Acessibilidade / Reportar erro

Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Alismataceae

Flora of the cangas of the Serra dos Carajás, Pará, Brazil: Alismataceae

Resumo

Foram encontradas quatro espécies de Alismataceae na Serra de Carajás, Pará, Brasil: Limnocharis flava, Echinodorus grisebachii, Helanthium tenellum e Sagittaria rhombifolia, as duas últimas, encontradas nas formações de canga. São apresentadas descrições detalhadas, comentários e ilustrações das espécies registradas em canga.

Palavras-chave:
FLONA Carajás; Helanthium; Pará; Sagittaria

Abstract

Four species of Alismataceae were found in the Serra dos Carajás, Pará state, Brazil: Limnocharis flava, Echinodorus grisebachii, Helanthium tenellum and Sagittaria rhombifolia, the last two, found in the canga formations. Descriptions, comments and illustrations of the species recorded in the cangas are presented.

Keywords:
FLONA Carajás; Helanthium; Pará state; Sagittaria

Alismataceae

Alismataceae Vent. possui distribuição cosmopolita, apresentando 15 gêneros e cerca de 90 espécies (Stevens 2001Stevens, P.F. 2001 [onwards]. Angiosperm Phylogeny Website. Version 9, June 2008 [and more or less continuously updated since]. Disponível em <http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/>. Acesso em 12 março 2016.
http://www.mobot.org/MOBOT/research/APwe...
). A família é constituída por ervas aquáticas ou semi-aquáticas, dulciaquícolas, lactescentes, hermafroditas, monoicas ou dioicas; suas folhas são pecioladas e alternas; as inflorescências são cimosas, geralmente tirsoides ou umbeliformes; as flores são vistosas, actinomorfas, trímeras, de gineceu apocárpico; e frutos aquênios ou folículos (Haynes & Holm-Nielsen 1992Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1992. The Limnocharitaceae. Flora Neotropica 56: 1-32., 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.; Stevens 2001Stevens, P.F. 2001 [onwards]. Angiosperm Phylogeny Website. Version 9, June 2008 [and more or less continuously updated since]. Disponível em <http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/>. Acesso em 12 março 2016.
http://www.mobot.org/MOBOT/research/APwe...
). No Brasil, são citadas 40 espécies distribuídas em cinco gêneros (BFG 2015BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085-1113.), ocorrendo na Serra dos Carajás quatro espécies: Limnocharis flava (L.) Buchenau [Arruda et al. 562 (BHCB)], Echinodorus grisebachii Small [Rosa et al. 4620 (MG)], Helanthium tenellum (Mart. ex Schult.f.) J.G.Sm. e Sagittaria rhombifolia Cham., sendo apenas as duas últimas encontradas nas formações de canga e incluídas nesse trabalho.

    Chave para os gêneros de Alismataceae das cangas da Serra dos Carajás
  • 1. Planta delicada; flores monoclinas....................................................................................1. Helanthium

  • 1'. Planta robusta; flores diclinas..............................................................................................2. Sagittaria

1. Helanthium (Benth. & Hook.f.) Engelm. ex J.G.Sm.

Helanthium é constituído por ervas aquáticas ou palustres, estoloníferas, delicadas; suas folhas são rosuladas, eretas, ascendentes ou flutuantes; as inflorescências umbeliformes, 1-3-verticiladas; as flores são monoclinas com pétalas unguiculadas, brancas, com 6-9 estames e gineceu com 10-20-carpelos uniovulados (Lehtonen & Myllys 2008Lehtonen, S. & Myllys, L. 2008. Cladistic analysis of Echinodorus (Alismataceae): simultaneous analysis of molecular and morphological data. Cladistics 24: 218-239.). Helanthium inclui três espécies distribuídas do Canadá até a Argentina e dessas, duas ocorrem no Brasil (BFG 2015BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085-1113.; Govaerts 2016Govaerts, R. 2016. World checklist of Alismataceae. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew. Published on the Internet. Disponível em <http://apps.kew.org/wcsp/>. Acesso em 20 março 2016.
http://apps.kew.org/wcsp/...
). A delimitação de Helanthium e sua relação com Echinodorus foi tratada por diversos autores (Fassett 1955Fassett, N.C. 1955. Echinodorus in the American tropics. Rhodora 57: 133-156, 174-188, 202-212.; Haynes & Holm-Nielsen 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.; Jérémie et al. 2001Jérémie, J.; Lobreau-Callen, D.; Couderc, H. & Jossang, A. 2001. Une nouvelle espèce d'Echinodorus (Alismataceae) de Guadeloupe (Petites Antilles). Observations palynologiques, cytogénétiques et chimiques. Adansonia 23: 191-203.; Lehtonen & Myllys 2008Lehtonen, S. & Myllys, L. 2008. Cladistic analysis of Echinodorus (Alismataceae): simultaneous analysis of molecular and morphological data. Cladistics 24: 218-239.) e a atual circunscrição do gênero foi proposta por Lehtonen & Myllys (2008)Lehtonen, S. & Myllys, L. 2008. Cladistic analysis of Echinodorus (Alismataceae): simultaneous analysis of molecular and morphological data. Cladistics 24: 218-239. como resultado de filogenias moleculares e morfológicas que mostraram o grupo formado por Helanthium e Echinodorus como polifilético, posicionamento aceito no presente trabalho.

1.1. Helanthium tenellum (Mart. ex Schult. & Schult.f.) J.G.Sm. in Britton, Man. Fl. N. States, ed. 2: 54. 1905. Figs. 1a-b; 2a-b

Figura 1
a-b. Helanthium tenellum - a. hábito; b. flor. c-e. Sagittaria rhombifolia - c. hábito; d. flor estaminada; e. flor carpelada (a-b. J.R. Trindade 238; c-e. P.L. Viana 578).
Figure 1
a-b. Helanthium tenellum - a. habit; b. flower. c-e. Sagittaria rhombifolia - c. habit; d. staminate flower; e. carpellate flower (a-b. J.R. Trindade 238; c-e. P.L. Viana 578).

Figura 2
a-b. Helanthium tenellum - a. flores (vista frontal); b. flor (vista lateral).
Figure 2
a-b. Helanthium tenellum - a. flowers (front view); b. flower (side view).

Erva 11-36,5 cm alt., ereta, submersa fixa a palustre, estoloníferas. Folhas completas, acródomas; pecíolo 8-25,5 × 0,05-0,2 cm, trígono a compresso; limbo 2,7-7,5 × 0,5-1,1 cm, elíptico a estreito-elíptico, 3-nervado, ductos translúcidos não visíveis, base atenuada contínua com bainha invaginante, ápice agudo. Inflorescências (1-)2(-3) verticilos umbeliformes; pedunculo 4,5-33 × 0,06-0,1 cm, trígono, glabro; porção basal 4,5-27,5 cm comp.; porção interverticilar 2,5-6,5 cm comp.; brácteas 3-6 × 2-3 mm, ovadas a deltoides, glabras, ápice agudo. Flores pediceladas, monoclinas; pedicelo 17-40 × 0,4-0,7 mm, sub-cilíndrico a trígono, glabro; sépalas verdes, 3-3,5 × 2,5-3 mm, largo-ovadas a orbiculares, glabras, ápice obtuso; pétalas alvas, 4-5 × 4-4,5 mm, curto-unguiculadas, glabras, limbo sub-orbicular, ápice arredondado; estames 9, filete cônico, ca. 2 mm comp., antera basifixa, ca. 1 mm comp., rimosa; carpelos 16-18, ca. 1,5-2,5 ×1 mm, fusiformes, lateralmente compressos. Aquênios ca. 1,5-2,5 × 1,5 mm, suborbiculares, lateralmente compressos, com bico lateral curvo.

Material selecionado: Canaã dos Carajás, Serra Sul, 6°23'17"S, 50°20'57"W, 750 m, 7.XII.2007, fl., P.L. Viana et al. 3360 (BHCB, MG); Serra Sul, corpo A, 6°18'14"S, 50°27'40"W, 820 m, 21.V.2010, fl., M.O. Pivari. et al. 1542 (BHCB, HCJS); Serra Sul, corpo B, 6°20'26"S, 50° 25'12"W, 820 m, 4.VIII.2010, fl., M.O. Pivari. et al. 1632 (BHCB, HCJS); Serra do Tarzan, 6°19'15"S, 50°05'59"W, 737m, 1.IX.2015, fl., R.M. Harley. et al. 57350 (MG); Serra do Tarzan, V.2010, fl., L.V. Costa et al. 1043 (BHCB, HCJS); Parauapebas, FLONA de Carajás, platô N1, 6°01'38"S, 50°17'32"W, 659 m, 31.VIII.2015, fr., P.L. Viana et al. 5789 (MG); FLONA de Carajás, Serra norte, N3, 6°03'69"S, 50°12'37"W, 22.VI.2015, fl., J.R. Trindade et al. 220 (MG).

As espécies de Helanthium possuem delimitação problemática, especialmente quanto a diferenciação de H. tenellum de H. bolivianum (Rusby) Lehtonen & Myllys (e.g.Haynes & Holm-Nielsen 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.; Jérémie et al. 2001Jérémie, J.; Lobreau-Callen, D.; Couderc, H. & Jossang, A. 2001. Une nouvelle espèce d'Echinodorus (Alismataceae) de Guadeloupe (Petites Antilles). Observations palynologiques, cytogénétiques et chimiques. Adansonia 23: 191-203.), taxa que se assemelham, vegetativamente e na morfologia floral (e.g., Haynes & Holm-Nielsen 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.). O basiônimo de H. tenellum, foi descrito como tendo nove estames (Schultes & Schultes1830Schultes, J.A. & Schultes, J.H. 1830. Systema Vegetabilium 7: 1600.), enquanto o basiônimo de H. bolivianum é tratado em seu protólogo como uma espécie de seis estames (Rusby1927Rusby, H.H. 1927. Descriptions of new genera and species of plants collected on the mulford biological exploration of the amazon valley, 1921-1922. Memoirs of The New York Botanical Garden 7: 205-387.). Apesar de essa característica não ser usada em obras subsequentes com o grupo (e.g., Haynes & Holm-Nielsen 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.; Koehler & Bove 2004Koehler, S. & Bove, C.P. 2004. Alismatales from the upper and middle Araguaia river basin (Brazil). Revista Brasileira de Botânica 27: 439-452.), optamos por usar esse caráter, assim como a ausência de ductos translúcidos visíveis nas folhas [caráter usado em Haynes & Holm-Nielsen (1994)Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.; Koehler & Bove (2004)Koehler, S. & Bove, C.P. 2004. Alismatales from the upper and middle Araguaia river basin (Brazil). Revista Brasileira de Botânica 27: 439-452.], para confirmar a identificação do táxon de Carajás como H. tenellum.

Espécie distribuída do Canadá à Argentina (Govaerts 2016Govaerts, R. 2016. World checklist of Alismataceae. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew. Published on the Internet. Disponível em <http://apps.kew.org/wcsp/>. Acesso em 20 março 2016.
http://apps.kew.org/wcsp/...
). No Brasil, ocorre no Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo (Haynes & Holm-Nielsen 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.; Pott & Pott 2000Pott, V.J. & Pott, A. 2000. Plantas Aquáticas do Pantanal. EMBRAPA, Brasília. 404p.; Matias & Sousa 2011Matias, L.Q. & Sousa, D.J.L. 2011. Alismataceae no estado do Ceará, Brasil. Rodriguésia 62: 887-900.). Na Serra dos Carajás, ocorre na Serra Norte: N1 e N3, Serra Sul: S11A e S11B, e Serra do Tarzan. Espécie comum nas formações de canga em bordas de lagoas, brejos e em campos brejosos alagados.

2. Sagittaria L.

Sagittaria é constituído por ervas aquáticas, submersas fixas, normalmente robustas, monóicas, dióicas ou hermafroditas; com folhas flutuantes ou emergentes; inflorescências racemiformes, flutuantes ou emergentes, 3-9-verticilada, sendo os verticilos inferiores com flores pistiladas e verticilos superiores com flores estaminadas; flores diclinas (ou raramente flores estaminadas e hermafroditas no mesmo indivíduo), com sépalas adpressas persistentes e pétalas alvas; flores estaminadas com carpelos estéreis presentes ou ausentes, estames 7-∞; flores pistiladas com estaminódios presentes ou ausentes, carpelos numerosos, uniovulados; e frutos aquênios (adaptado de Haynes & Holm-Nielsen 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.; Wang et al. 2010Wang, Q.F.; Haynes, R.R. & Hellquist, C.B. 2010. Alismataceae. In: Wu, Z.Y.; Raven, P.H. & Hong, D.Y. (eds.). Flora of China (Acoraceae through Cyperaceae). Vol. 23. Science Press & Missouri Botanical Garden Press, Beijing & St. Louis. Pp. 84-89.). Sagittaria compreende ca. 40 espécies de distribuição cosmopolita (Govaerts 2016Govaerts, R. 2016. World checklist of Alismataceae. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew. Published on the Internet. Disponível em <http://apps.kew.org/wcsp/>. Acesso em 20 março 2016.
http://apps.kew.org/wcsp/...
), seis das quais ocorrem no Brasil (BFG 2015BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085-1113.).

2.1. Sagittaria rhombifolia Cham., Linnaea 10: 219 (1835). Fig. 1c-e

Erva 103-110 cm alt., robusta, ereta, emergente. Folhas completas, acródomas; pecíolo 18-78 × 0,5-1,3 cm; limbo 10-16 × 0,8-6 cm, lanceolado a largo-elíptico ou romboide, base atenuada contínua com bainha invaginante, ápice agudo a acuminado. Inflorescências flutuantes, 2-5 verticilos; pedúnculo 30,5-49 × 0,3-0,7 cm; porção basal 17,5-39 cm comp.; porção interverticilar 6-16 cm comp.; brácteas 1-3,9 × 0,5-1 cm, elíptica a lanceolada, ápice agudo. Flores pediceladas, diclinas. Flores estaminadas com pedicelo ca. 20-45 × 1 mm; sépalas 0,8-1,2 × 0,3-0,6 cm, ovadas a oblongas, ápice obtuso; pétalas alvas, ca. 1,8 × 1,2 cm, curto-unguiculadas, limbo sub-orbicular, ápice arredondado; estames 12, filete ca. 1,4 mm comp., antera ca. 1,8-2 mm comp.; carpelos estéreis presentes. Flores pistiladas com pedicelo 13-35× 3-4 mm; sépalas verdes, 1,3- 2,6 × 0,7-1,4 cm, largo-ovadas, glabras, ápice obtuso; pétalas alvas, ca. 2 × 1,3 cm, curto-unguiculadas, limbo sub-orbicular, ápice arredondado; estaminódios ausentes; carpelos ca. 60, ca. 2,5-3 ×1,5 mm, semi-lunares, lateralmente compressos. Aquênios ca. 3-4 × 2 mm, obdeltoides, com bico lateral ereto a curvo.

Material selecionado: Canaã dos Carajás, Floresta Nacional de Carajás, Serra Sul, corpos A, B e C, 6°20'59''S, 50°20'52''W, 752 m, 09.XII.2007, fl., N.F.O. Mota et al. 1132 (BHCB); S11A, 6°17'42''S, 50°28'12''W, 700 m, 20.VII.2012, fl., A.J. Arruda et al. 1193 (BHCB); S11B, 6°20'31''S, 50°25'4''W, 820 m, 16.II.2010, fl., M.O. Pivari et al. 1483 (BHCB, HCJS, MG); Parauapebas, FLONA Carajás - Platô N1, 6°1'38''S, 50°17'32''W, 659 m, 31.VIII.2015, fl.,fr., P.L. Viana et al. 5788 (MG); Serra do Tarzan, 6°20'10''S, 50°9'48''W, 700 m, 13.III.2009, fl., P.L. Viana et al. 4037 (BHCB, HCJS).

Sagittaria rhombifolia se assemelha às outras espécies do gênero ocorrentes no Pará, S. guayanensis Kunth e S. sprucei Micheli, pelos pedicelos das flores pistiladas engrossados e pelos frutos agregados com sépalas persistentes e adpressas. No entanto, S. rhombifolia pode ser diferenciada dessas duas espécies pelas folhas de base atenuada, sem lobos basais (vs. folhas de base sagitada; adaptado de Haynes & Holm-Nielsen 1994Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.).

Espécie distribuída da Costa Rica à Argentina (Govaerts 2016Govaerts, R. 2016. World checklist of Alismataceae. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew. Published on the Internet. Disponível em <http://apps.kew.org/wcsp/>. Acesso em 20 março 2016.
http://apps.kew.org/wcsp/...
). No Brasil, ocorre em toda a região sul, além de Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,Pará, Piauí, Roraima, São Paulo e Tocantins (BFG 2015BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085-1113.). Na Serra dos Carajás, ocorre na Serra Norte: N1, Serra Sul: S11A, S11B e S11C e Serra do Tarzan. Espécie comum nas formações de canga, em bordas e interiores de lagoas permanentes, brejos e em campos brejosos alagados.

Lista de exsicatas

  • Arruda, A.J. 1113 (1.1), 1193 (2.1); Costa, L.V. 1034, 1043 (1.1); Gil, A. 471 (2.1); Harley, R.M. 57350 (1.1); Mota, N.F.O. 1132 (2.1); Pivari, M.O. 1542, 1632 (1.1), 1483, 1596 (2.1); Secco, R.S. 508 (2.1); Trindade, J.R. 220, 238 (1.1); Viana, P.L. 3360, 5789 (1.1), 4037, 5788 (2.1).

Agradecimentos

Agradecemos ao Museu Paraense Emílio Goeldi e ao Instituto Tecnológico Vale, a estrutura e o apoio. Ao CNPq, a bolsa do Programa de Capacitação Institucional (MPEG/MCTI) concedida à CFH. Aos curadores dos herbários BHCB, IAN, HCJS, MG e RB, a disponibilização de material para análise. Ao Dr. Pedro Viana e Dra. Ana Maria Giulietti, coordenadores do projeto "Flora de Carajás", o convite. Ao projeto objeto do convênio MPEG/ITV/FADESP (01205.000250/2014-10) e ao projeto aprovado pelo CNPq (processo 455505/2014-4), o financiamento. Ao ICMBio, especialmente ao Frederico Drumond Martins, a licença de coleta concedida e o suporte nos trabalhos de campo. Ao Carlos Alvarez, a confecção das ilustrações. À Dra. Nara Mota, o auxilio em etapas importantes do projeto.

Referências

  • BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085-1113.
  • Fassett, N.C. 1955. Echinodorus in the American tropics. Rhodora 57: 133-156, 174-188, 202-212.
  • Govaerts, R. 2016. World checklist of Alismataceae. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew. Published on the Internet. Disponível em <http://apps.kew.org/wcsp/>. Acesso em 20 março 2016.
    » http://apps.kew.org/wcsp/
  • Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1992. The Limnocharitaceae. Flora Neotropica 56: 1-32.
  • Haynes, R.R. & Holm-Nielsen, L.B. 1994. The Alismataceae. Flora Neotropica 64: 1-112.
  • Jérémie, J.; Lobreau-Callen, D.; Couderc, H. & Jossang, A. 2001. Une nouvelle espèce d'Echinodorus (Alismataceae) de Guadeloupe (Petites Antilles). Observations palynologiques, cytogénétiques et chimiques. Adansonia 23: 191-203.
  • Koehler, S. & Bove, C.P. 2004. Alismatales from the upper and middle Araguaia river basin (Brazil). Revista Brasileira de Botânica 27: 439-452.
  • Lehtonen, S. & Myllys, L. 2008. Cladistic analysis of Echinodorus (Alismataceae): simultaneous analysis of molecular and morphological data. Cladistics 24: 218-239.
  • Matias, L.Q. & Sousa, D.J.L. 2011. Alismataceae no estado do Ceará, Brasil. Rodriguésia 62: 887-900.
  • Pott, V.J. & Pott, A. 2000. Plantas Aquáticas do Pantanal. EMBRAPA, Brasília. 404p.
  • Rusby, H.H. 1927. Descriptions of new genera and species of plants collected on the mulford biological exploration of the amazon valley, 1921-1922. Memoirs of The New York Botanical Garden 7: 205-387.
  • Schultes, J.A. & Schultes, J.H. 1830. Systema Vegetabilium 7: 1600.
  • Stevens, P.F. 2001 [onwards]. Angiosperm Phylogeny Website. Version 9, June 2008 [and more or less continuously updated since]. Disponível em <http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/>. Acesso em 12 março 2016.
    » http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/
  • Wang, Q.F.; Haynes, R.R. & Hellquist, C.B. 2010. Alismataceae. In: Wu, Z.Y.; Raven, P.H. & Hong, D.Y. (eds.). Flora of China (Acoraceae through Cyperaceae). Vol. 23. Science Press & Missouri Botanical Garden Press, Beijing & St. Louis. Pp. 84-89.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2016

Histórico

  • Recebido
    29 Abr 2016
  • Aceito
    26 Out 2016
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br