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Aeschynomene (Fabacaeae, Papilionoideae) no estado de Goiás, Brasil

Aeschynomene (Fabaceae, Papilionoideae) from the state of Goiás, Brazil

Resumo

A partir de metodologia usual em taxonomia vegetal é apresentado o tratamento taxonômico das espécies de Aeschynomene presentes do estado de Goiás. Foram registradas 26 espécies correspondentes a 33 táxons, quatro deles endêmicos (A. nana, A. genistoides var. latifoliola, A. simplicifolia e A. veadeirana) e dez novos registros (A. evenia var. evenia, A. mollicula, A. montevidensis, A. parviflora, A. rudis, A. sensitiva var. sensitiva, A. sensitiva var. amazonica, A. sensitiva var. hispidula, A. viscidula e A. vogelii). Descrições, ilustrações, uma chave para os táxons, comentários sobre seus habitats, épocas de floração e frutificação e relacionamentos morfológicos, além de mapas de distribuição são apresentados.

Palavras-chave:
Dalbergieae; Leguminosae; savana brasileira; taxonomia

Abstract

Based on usual methods in plant taxonomy, the taxonomic treatment of Aeschynomene species of Goiás state is here presented. 26 species were recorded corresponding to 33 taxa, four of them endemic (A. nana, A. genistoides var. latifoliola, A. simplicifolia and A. veadeirana) and ten new records to the state (A. evenia var. evenia, A. mollicula, A. montevidensis, A. parviflora, A. rudis, A. sensitiva var. sensitiva, A. sensitiva var. amazonica, A. sensitiva var. hispidula, A. viscidula e A. vogelii). Descriptions, illustrations, a key for the taxa, comments on their habitats, flowering and fruiting periods, morphological relationships, and distribution maps are provided.

Key words:
Dalbergieae; Leguminosae; Brazilian savannah; taxonomy

Introdução

Leguminosae é cosmopolita e a terceira maior família de Angiospermas, com aproximadamente 770 gêneros e cerca de 19.500 espécies, distribuídas em seis subfamílias (LPWG 2017LPWG - The Legume Phylogeny Working Group (2017) A new subfamily classification of the Leguminosae based on a taxonomically comprehensive phylogeny. Taxon 66: 44-77.), sendo Papilionoideae a mais expressiva e estudada, com 14.000 espécies, 503 gêneros e 28 tribos (Lewis et al. 2005Lewis GP, Schrire B, Mackinder B & Lock M (eds.) (2005) Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew. 577p., LPWG 2017LPWG - The Legume Phylogeny Working Group (2017) A new subfamily classification of the Leguminosae based on a taxonomically comprehensive phylogeny. Taxon 66: 44-77.). Dentre as tribos de Papilionoideae, Dalbergieae s.l. é monofilética (Lavin et al. 2001Lavin M, Pennington RT, Klitgaard B, Sprent JI, Lima HC & Gasson PE (2001) The Dalbergioid legumes (Fabaceae): delimitation of a pantropical monophyletic clade. American Journal of Botany 88: 503-533.; Klitgaard & Lavin 2005Klitgaard, B.B. & Lavin, M. 2005. Tribe Dalbergieae sens. lat. In: Lewis G.P.; Schrire B.D.;) e reúne 49 gêneros e cerca de 1.325 espécies, sendo Aeschynomene L. seu terceiro maior gênero com cerca de 150 espécies, das quais 84 e 49, respectivamente, ocorrem nas Américas e Brasil (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.; Fernandes 1996Fernandes A (1996) O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 128p.).

Aeschynomene inclui usualmente subarbustos ou arbustos com estípulas peltadas ou não, flores papilionáceas e lomentos com artículos unidos por septos ou istmos (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.; Klitgaard & Lavin 2005Klitgaard, B.B. & Lavin, M. 2005. Tribe Dalbergieae sens. lat. In: Lewis G.P.; Schrire B.D.;). Este gênero foi descrito por Linnaeus (1753)Linnaeus C (1753) Species plantarum. Vol. 2. Laurentii Salvii, Stockholm. 1200p., mas teve sua taxonomia estruturada em categorias infragenéricas por Vogel (1838)Vogel JRT (1838) De Hedysareis Brasiliae. In: Schlechtendal, D. F. L. von. Linnaea 12: 51-111., e revisada para as Américas e Brasil por Rudd (1955)Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172. e Fernandes (1996)Fernandes A (1996) O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 128p., respectivamente. No Brasil, além do estudo previamente citado, menções ao gênero existem na flora da Bahia (Lewis 1987Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.), Mato Grosso do Sul (Lima et al. 2006Lima LCP, Sartori ALB & Pott VJ (2006) Aeschynomene L. (Leguminosae, Papilionoideae, Aeschynomeneae) no estado de Mato Grosso do Sul. Hoehnea 33: 419-453.), Minas Gerais (Brandão 1991Brandão M (1991) Gênero Aeschynomene L.: espécies mineiras e sua distribuição no país. Daphne 2: 27-46.; Siniscalchi 2012Siniscalchi CM (2012) Dalbergieae s.l. (Leguminosae, Papilionoideae) na Serra do Cipó, Minas Gerais. São Paulo. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, São Paulo. 117p.), Rio Grande do Sul (Oliveira 2002Oliveira MLAA (2002) Sinopse taxonômica do gênero Aeschynomene L. (Leguminosae-Faboideae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia Série Botânica 57: 279-301.), São Paulo (Silva & Tozzi 2011Silva ED & Tozzi AMGA (2011) Leguminosae na Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11: 299-325.), do bioma caatinga (Queiroz 2009Queiroz LP (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.) e da região do Alto Rio Paraná (Souza et al. 2012Souza MC, Vianna LF, Kawakita K & Miotto STS (2012) O gênero Aeschynomene L. (Leguminosae, Faboideae, Dalbergieae) na planície de inundação do alto rio Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Biociências 10: 198-210.).

Diante da necessidade de informações mais precisas relacionadas à taxonomia e distribuição das espécies de Aeschynomene, é aqui fornecido o tratamento florístico para este gênero no estado de Goiás.

Metodologia

Foram realizadas excursões mensais entre 2013 a 2016 ao longo do estado de Goiás para coleta, observação e obtenção de fotografias das espécies em campo, bem como estudadas coleções de herbários nacionais (ALCB, BHCB, CEN, CEPEC, CGMS, COR, CPAP, ESA, HUEFS, HUFU, IAC, IBGE, ICN, INPA, MBM, MG, PAMG, PEUFR, PMSP, R, RB, SP, SPF, TEPB, UB, UEC, UFG, UFMS, VIC) e estrangeiros (CT, F, K, MO, NY, P), acrônimos segundo Thiers (continuamente atualizado). O material coletado foi identificado por literatura especializada (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.; Fernandes 1996Fernandes A (1996) O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 128p.) e comparação com coleções dos herbários supracitados. As espécies foram descritas com base na análise de coleções próprias e herborizadas, sendo as terminologias usadas na descrição das mesmas baseadas na literatura especializada supracitada. A abreviação dos nomes das obras onde as espécies foram publicadas segue Stafleu & Cowan (1976)Stafleu F & Cowan RS (1976) Taxonomic literature. A selective guide to botanical publications and collections with dates, comentaries and types. Regnum Vegetabile 94: 1-1136., enquanto que a dos nomes dos autores seguiu IPNI (2017)IPNI. 2017. The International Plant Name Index. Royal Botanic Gardens, Kew. Disponível em <https://www.ipni.org>. Acesso em 5 julho 2017.
https://www.ipni.org...
. As ilustrações foram feitas com o auxílio de um estereomiscrocópio Zeiss, com câmara clara acoplada e constam de caracteres relevantes para o reconhecimento dos táxons. As categorias infraespecíficas admitidas seguem as propostas de Rudd (1955)Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.. O material botânico coletado encontra-se depositado no Herbário UFG, e as duplicatas serão doadas para os principais herbários nacionais e estrangeiros. Os mapas foram confeccionados a partir do software Quantum GIS Development Team (QGIS) version 2.8.2., e foram baseados nos pontos de ocorrência conhecidos de cada táxon ocorrente em Goiás.

Resultados e Discussão

Aeschynomene L., Sp. Pl., 2: 713. 1753.

Subarbustos ou arbustos, eretos, prostrados, rastejantes ou decumbentes, cespitosos ou não, com ou sem xilopódio, indumentados ou glabros, os tricomas tectores ou glandulares, alvos a dourados. Estípulas peltadas ou não, com ou sem pontuações translúcidas. Folhas presentes ou raramente ausentes, alternas, pecioladas com 1 a 106 folíolos, membranáceos a coriáceos com bases oblíquas, ápices agudos a arredondados e margens planas ou revolutas, cartilaginosas ou ciliadas; venação broquidódroma ou paralelódroma, nervura principal central a marginal. Racemos e, ou panículas, axilares e, ou terminais, laxos ou congestos, unifloros a multifloros. Flores papilionáceas com cálice campanulado ou bilabiado com 3 lobos ou dentes carenais e 2 vexilares, pétalas amarelas, lavanda, ou salmão, o estandarte com guias e máculas basais vináceas ou vermelhas, alas e pétalas da quilha falcadas ou obovais ou combinações destas, as alas com ápices arredondados, as quilhas com ápices agudos; brácteas e bractéolas com margem inteira ou dentada, glabras ou indumentadas, as brácteas peltadas ou não; androceu monadelfo com duas falanges de 5 estames; ovário estipitado. Lomento reto ou reflexo, falcado ou não, com 1-12 artículos, glabros ou indumentados, lisos ou muricados, unidos por septos ou istmos. Sementes reniformes, lisas, lustrosas, castanhas ou negras.

Aeschynomene, embora parafilético (Ribeiro et al. 2007Ribeiro RA, Lavin M, Lemos-Filho JP, Mendonça Filho CV, Santos FR & Lovato MB (2007) The genus Machaerium (Leguminosae) is more closely related to Aeschynomene sect. Ochopodium than to Dalbergia: inferences from combined sequence data. Systematic Botany 32: 762-771.), ainda compreende duas seções, A. seção Aeschynomene e A. seção Ochopodium, cujas espécies são marcadas pelos caracteres destacados na copla um da chave e em sua oposição, respectivamente. O cerrado e caatinga são os dois domínios fitogeográficos mais ricos em espécies do gênero, com 33 e 29 espécies, respectivamente, de um total de 49 citadas para o Brasil por BFG (2015)BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29..

Em Goiás ocorrem 26 espécies do gênero (33 táxons), o que corresponde a 53% das espécies citadas por BFG (2015)BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29. para o Brasil. Aeschynomene nana Glaz. ex Rudd, A. genistoides var. latifoliola G.P. Lewis, A. simplicifolia G.P. Lewis e A. veadeirana M.J. Silva & L.L.C. Antunes são táxons endêmicos do estado e dez são novos registros para o mesmo: A. evenia C. Wright var. evenia, A. mollicula Kunth, A. montevidensis Vogel, A. parviflora Micheli, A. rudis Benth., A. sensitiva Sw. var. sensitiva, A. sensitiva var. amazonica Rudd, A. sensitiva var. hispidula Rudd, A. viscidula Michx. e A. vogelii Rudd.

    Chave de identificação das espécies de Aeschynomene ocorrentes no estado de Goiás
  • 1. Plantas usualmente aquáticas ou de ambientes paludosos; folíolos, estípulas e brácteas com pontuações translúcidas; estípulas peltadas; cálice bilabiado.

    • 2. Folíolos com venação paralelódroma, pétalas lavanda ou salmão.... 1. Aeschynomene americana

    • 2'. Folíolos com venação broquidódroma, pétalas amarelas, amarelo claras, amarelo escuras ou alaranjadas.

      • 3..... Lomentos com 1-3 artículos; flores com 3-5,5 mm compr.

        • 4..... Estípulas híspidas; racemos 0,4-1,5 cm compr.; pétalas da quilha bifurcadas no ápice; estipe 1-1,5 mm compr. 17. Aeschynomene parviflora

        • 4'.... Estípulas glabras; racemos 2-12,5 cm compr.; pétalas da quilha inteiras no ápice; estipe 8-15 mm compr. 7. Aeschynomene filosa

      • 3'. Lomentos com 3-13 artículos; flores com 6-31 mm compr.

        • 5..... Folíolos com nervuras secundárias inconspícuas em ambas as faces; estandarte elíptico-oboval; lomentos suturados entre o estipe e o primeiro artículo ............................................... 19. Aeschynomene pratensis

        • 5'.... Folíolos com nervuras secundárias conspícuas na face abaxial; estandarte elíptico, oval, oval-orbicular ou orbicular; lomentos não suturados entre o estipe e o primeiro artículo.

          • 6...... Racemos congestos; estandartes ovais; artículos conspicuamente muricados ................ 8. Aeschynomene fluminensis

          • 6'.... Racemos laxos; estandartes elípticos, orbiculares ou oval-orbiculares; artículos não muricados ou verrucosos ao centro.

            • 7..... Flores 17-31 mm compr.; estipe 10-20 mm compr.; artículos subelípticos ........... 13. Aeschynomene montevidensis

            • 7'.... Flores 6-15 mm compr.; estipe 2-6 mm compr.; artículos quadrangulares.

              • 8...... Brácteas não peltadas; estandarte recurvado, margem serrado-ciliada ........... 21. Aeschynomene rudis

              • 8'.... Brácteas peltadas; estandarte não recurvado, margem inteira, híspido-ciliada ou não ciliada.

                • 9..... Brácteas 4,5-9 mm compr., estandarte 6-6,5 mm compr., elíptico ou orbicular, ápice emarginado, artículos 3-4 mm compr. ................................................................................ 5. Aeschynomene evenia

                • 9'.... Brácteas 2-2,5 mm compr., estandarte 6,5-11 mm compr., oval-orbicular, ápice arredondado, artículos 4-7 mm compr. ................................................................................ 22. Aeschynomene sensitiva

  • 1'. Plantas de ambientes secos; folíolos, estípulas e brácteas sem pontuações translúcidas; estípulas não peltadas; cálice campanulado.

    • 10. Plantas áfilas......................................................................................... 10. Aeschynomene graminoides

    • 10'. Plantas com folhas.

      • 11... Folhas unifolioladas.................................................................... 23. Aeschynomene simplicifolia

      • 11'.. Folhas com mais que 3 folíolos.

        • 12... Plantas eretas.

          • 13... Plantas adultas até 40 cm altura.

            • 14... Folíolos lineares, aciculares ou oblongo-espatulados com nervura principal central; cálice com margem não ciliada ............................................................ 9. Aeschynomene genistoides

            • 14'.. Folíolos oblongo-falcados ou oblongo-elípticos com nervura principal marginal ou submarginal, cálice com margem ciliada.

              • 15... Folíolos 2,8-7,2 mm compr. com nervura principal marginal ................. 14. Aeschynomene nana

              • 15'.. Folíolos 12-27 mm compr. com nervura principal submarginal ............. 15. Aeschynomene oroboides

          • 13'.. Plantas adultas maiores que 40 cm e até 3 m altura.

            • 16... Folíolos oblongo-falcados com nervura principal marginal .............................. 18. Aeschynomene paucifolia

            • 16'.. Folíolos oblongos, oblongo-obovais, oblongo-elípticos ou obovais com nervura principal central ou excêntrica.

              • 17... Inflorescências mais curtas que as folhas; ramos e artículos vilosulos .. 12. Aeschynomene mollicula

              • 17'.. Inflorescências mais longas que as folhas; ramos híspido-glandulares a glabrescentes e artículos glabros, glabrescentes, puberulentos ou pubescentes.

                • 18. Ramos híspido-glandulares, tricomas glutinosos; artículos maculados...... 26. Aeschynomene vogelii

                • 18'. Ramos hipídulos, pubescentes ou glabrescentes, tricomas não glutinosos; artículos não maculados.

                  • 19... Folhas 4,5-6 cm compr., 26-42-folioladas; folíolos não ciliados; estípulas esparsamente pubescentes; artículos oblongo-obovais .............................................................................. 20. Aeschynomene racemosa

                  • 19'. Folhas 6-12,5 cm compr., 50-106-folioladas; folíolos ciliados; estípulas glabras; artículos orbiculares ou suborbiculares.

                    • 20... Folíolos puberulentos abaxialmente; pecíolo 0,4-0,7 cm compr.; lomento moniliforme .. 16. Aeschynomene paniculata

                    • 20'.. Folíolos glabrescentes abaxialmente; pecíolo 1,5-2,8 cm compr.; lomento submoniliforme 3. Aeschynomene brevipes

        • 12'. Plantas prostradas; rastejantes ou decumbentes.

          • 21. Folhas 3-7-folioladas; folíolos com margem revoluta; alas sobrepostas dorsalmente, lomentos moniliformes 24. Aeschynomene veadeirana

          • 21'. Folhas 7-28-folioladas; folíolos com margem inteira; alas não sobrepostas dorsalmente; lomentos submoniliformes.

            • 22... Lomentos reflexos; estipe 1-5 mm compr.

              • 23... Artículos densamente alvo-tomentosos entremeados com tricomas híspidos glandulares amarelos 25. Aeschynomene viscidula

              • 23'.. Artículos crispo-pubescentes ou pubescentes.

                • 24... Racemos 0,5-4 cm compr.; flores 5-7 mm compr.; lomento 5-6 mm compr. ....... 11. Aeschynomene histrix

                • 24'.. Racemos 3-14 cm compr.; flores 8-10 mm compr.; lomentos 1-3 cm compr. ..... 2. Aeschynomene brasiliana

            • 22'.. Lomentos curvos ou falcados; estipe 5-15 mm compr.

              • 25... Folhas 3-8 folioladas; pecíolo 2-3 mm ................................... 6. Aeschynomene falcata

              • 25'.. Folhas 10-18 folioladas; pecíolo 5-8 mm compr. ................ 4. Aeschynomene elegans

1. Aeschynomene americana L., Sp. Pl. 2: 713. 1753. Figs. 1a-k; 13a-c; 22a

Figura 1
a-k. Aeschynomene americana - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. folíolo; e. cálice aberto; f. estandarte; g. ala; h. pétala da quilha; i. androceu; j. gineceu; k. lomento. l-x. A. brasiliana - l. ramo fértil; m. tricomas dos ramos; n. estípula; o. folíolo; p. detalhe do ápice do folíolo; q. cálice aberto; r. estandarte; s. ala; t. pétala da quilha; u. androceu; v. gineceu; w. lomento (a-k. L.L.C. Antunes 656; l-x. L.L.C. Antunes & A.O Souza 1135).
Figure 1
a-k. Aeschynomene americana - a. fertile branch; b. trichomes of the branches; c. stipule; d. leaflet; e. calyx opened out; f. standard; g. wing; h. keel petal; i. androecium; j. gynoecium; k. loment. l-x. A. brasiliana - l. fertile branch; m. trichomes of the branches; n. stipule; o. leaflet; p. detail the apex of the leaflet; q. calyx opened out; r. standard s. wing; t. keel petal; u. androecium; v. gynoecium; w. loment (a-k. L.L.C. Antunes 656; l-x. L.L.C. Antunes & A.O Souza 1135).

Figura 2
a-k. Aeschynomene brevipes - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. folíolo; e. cálice aberto; f. estandarte; g. ala; h. pétala da quilha; i. androceu; j. gineceu; k. lomento. l-w. A. elegans var. elegans - l. ramo fértil; m. tricomas dos ramos; n. estípula; o. folíolo; p. tricomas na face abaxial do folíolo; q. cálice aberto; r. estandarte; s. ala; t. pétala da quilha; u. androceu; v. gineceu; w. lomento. x. A. elegans var. robustior - x. folha e lomento (a-k. C. Proença 1038; l-w. L.L.C. Antunes et al. 1074; x. L.L.C. Antunes 893).
Figure 2
a-k. Aeschynomene brevipes - a. fertile branch; b. trichomes of the branches; c. stipule; d. leaflet; e. calyx opened out; f. standard; g. wing; h. keel petal; i. androecium; j. gynoecium; k. loment. l-w. A. elegans var. elegans - l. fertile branch; m. trichomes of the branches; n. stipule; o. leaflet; p. trichomes on the lower leaflet surface; q. calyx opened out; r. standard; s. wing; t. keel petal; u. androecium; v. gynoecium; w. loment. x. A. elegans var. robustior - x. leaf and loment (a-k. C. Proença 1038; l-w. L.L.C. Antunes et al. 1074; x. L.L.C. Antunes 893).

Figura 3
a-i. Aeschynomene evenia var. evenia - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c1. estípula; c2. margem da estípula; d1. folíolo; d2. margem do folíolo; e. cálice aberto; f1. estandarte; f2. ala; f3. pétala da quilha; g. androceu; h. gineceu; i. lomento. j-l3. A. evenia var. serrulata - j. margem da estípula; k. margem do folíolo; l1. estandarte; l2. ala; l3. pétala da quilha. m-u. A. falcata - m. ramo fértil; n. tricomas dos ramos; o. estípula; p1. folíolo; p2. tricomas na face adaxial do folíolo; p3. tricomas na face abaxial do folíolo; q. cálice aberto; r1. estandarte; r2. ala; r3. pétala da quilha; s. androceu; t. gineceu; u. lomento (a-i. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 948; j-l3. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 998; m-u. L.L.C. Antunes 661).
Figure 3
a-i. Aeschynomene evenia var. evenia - a. fertile branch; b. trichomes of the branches; c1. stipule; c2. stipule margin; d1. leaflet; d2. leaflet margin; e. calyx opened out; f1. standard; f2. wing; f3. keel petal; g. androecium; h. gynoecium; i. loment. j-l3. A. evenia var. serrulata - j. stipule margin; k. leaflet margin; l1. standard; l2. wing; l3. keel petal. m-u. A. falcata - m. fertile branch; n. trichomes of the branches; o. stipule; p1. leaflet; p2. trichomes on upper leaflet surface; p3. trichomes on lower leaflet surface; q. calyx opened out; r1. standard; r2. wing; r3. keel petal; s. androecium; t. gynoecium; u. loment (a-i. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 948; j-l3. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 998; m-u. L.L.C. Antunes 661).

Figura 4
a-j. Aeschynomene filosa - a. ramo fértil; b. estípula; c. folíolo; d. cálice aberto; e. estandarte; f. ala; g. pétala da quilha; h. androceu; i. gineceu; j. lomento. k-t. A. fluminensis - k. ramo fértile; l. estípula; m. folíolo; n. cálice aberto; o. estandarte; p. ala; q. pétala da quilha; r. androceu; s. gineceu; t. lomento (a-j. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1041; k-t. L.L.C. Antunes 935).
Figure 4
a-j. Aeschynomene filosa - a. fertile branch; b. stipule; c. leaflet; d. calyx opened out; e. standard; f. wing; g. keel petal; h. androecium; i. gynoecium; j. loment. k-t. A. fluminensis - k. fertile branch; l. stipule; m. leaflet; n. calyx opened out; o. standard; p. wing; q. keel petal; r. androecium; s. gynoecium; t. loment (a-j. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1041; k-t. L.L.C. Antunes 935).

Figura 5
a-k. Aeschynomene genistoides - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. folíolo; e. cálice aberto; f. estandarte; g. ala; h. pétala da quilha; i. androceu; j. gineceu; k. lomento. l. A. genistoides var. latifoliola - l. folíolo. m-v. A. graminoides - m. ramo fértil; n. estípula; o. cálice aberto; p. estandarte; q. tricomas do estandarte; r. ala; s; pétala da quilha; t. androceu; u; gineceu; v. lomento (a-k. M.J. Silva et al 3083; l. G. Hatschbath & M.J. Silva 54605; m-v. L.L.C. Antunes et al. 1111).
Figure 5
a-k. Aeschynomene genistoides - a. fertile branch; b. trichomes of the branches; c. stipule; d. leaflet; e. calyx opened out; f. standard; g. wing; h. keel petal; i. androecium; j. gynoecium; k. loment. l. A. genistoides var. latifoliola - l. leaflet. m-v. A. graminoides - m. fertile branch; n. stipule; o. calyx opened out; p. standard; q. trichomes of standard; r. wing; s; keel petal; t. androecium; u; gynoecium; v. loment (a-k. M.J. Silva et al 3083; l. G. Hatschbath & M.J. Silva 54605; m-v. L.L.C. Antunes et al. 1111).

Figura 6
a-l. Aeschynomene histrix var. histrix - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. folíolo; e. tricomas do folíolo; f. cálice aberto; g. estandarte; h. ala; i. pétala da quilha; j. androceu; k. gineceu; l. lomento. m-n. A. histrix var. densiflora - m. folha e estípula; n. tricomas dos ramos. o-p. A. histrix var. incana - o. folha e estípula; p. tricomas dos ramos. q-z. A. mollicula - q1. ramo fértil; q2. tricomas dos ramos; r. estípula; s. folíolo; s1. tricomas na face adaxial do folíolo; s2. tricomas na face abaxial do folíolo; t. cálice aberto; u. estandarte; v. ala; w. pétala da quilha; x. androceu; y. gineceu; z. lomento (a-l. M.L. Fonseca et al. 4104; m-n. L.L.C. Antunes 618; o-p. L.L.C. Antunes et al. 1154; q-z. G.P. Silva et al. 4386).
Figure 6
a-l. Aeschynomene histrix var. histrix - a. fertile branch; b. trichomes of the branchs; c. stipule; d. leaflet; e. trichomes of the leaflet; f. calyx opened out; g. standard; h. wing; i. keel petal; j. androecium; k. gynoecium; l. loment. m-n. A. histrix var. densiflora - m. leaf and stipule; n. trichomes of the branchs. o-p. A. histrix var. incana - o. leaf and stipule; p. trichomes of the branchs. q-z. A. mollicula - q1. fertile branch; q2. trichomes of the branchs; r. stipule; s. leaflet; s1. trichomes on upper leaflet surface; s2. trichomes on lower leaflet surface; t. calyx opened out; u. standard; v. wing; w. keel petal; x. androecium; y. gynoecium; z. loment (a-l. M.L. Fonseca et al. 4104; m-n. L.L.C. Antunes 618; o-p. L.L.C. Antunes et al. 1154; q-z. G.P. Silva et al. 4386).

Figura 7
a-k. Aeschynomene nana - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. folíolo; e. cálice aberto; f. estandarte; g. ala; h. pétala da quilha; i. androceu; j. gineceu; k. lomento. l-w A. oroboides - l. ramo fértil; m. tricomas dos ramos; n. estípula; o. folíolo; p. tricomas na face abaxial do folíolo; q. cálice aberto; r. estandarte; s. ala; t. pétala da quilha; u. androceu; v. gineceu; w. lomento (a-k. L.L.C. Antunes et al. 643; l-w. L.L.C. Antunes 873).
Figure 7
a-k. Aeschynomene nana - a. fertile branch; b. trichomes of the branch; c. stipule; d. leaflet; e. calyx opened out; f. standard; g. wing; h. keel petal; i. androecium; j. gynoecium; k. loment. l-w A. oroboides - l. fertile branch; m. trichomes of the branchs; n. stipule; o. leaflet; p. trichomes on lower leaflet surface; q. calyx opened out; r. standard; s. wing; t. keel petal; u. androecium; v. gynoecium; w. loment (a-k. L.L.C. Antunes et al. 643; l-w. L.L.C. Antunes 873).

Figura 8
a-n. Aeschynomene paniculata - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. margem ciliada da estípula; e. folíolo; f. tricomas na face abaxial do folíolo; g. cálice aberto; h. estandarte; i. ala; j. pétala da quilha; k. androceu; l. gineceu; m. lomento; n. tricomas do artículo. o-y. A. parviflora - o. ramo fértil; p. tricomas dos ramos; q. estípula; r. folíolo; s. cálice aberto; t. estandarte; u. ala; v. pétala da quilha; w. androceu; x. gineceu; y. lomento (a-n. L.L.C. Antunes 782; o-y. M.J. Silva 3226).
Figure 8
a-n. Aeschynomene paniculata - a. fertile branch; b. trichomes of the branchs; c. stipule; d. ciliate margin of the stipule; e. leaflet; f. trichomes on lower leaflet surface; g. calyx opened out; h. standard; i. wing; j. keel petal; k. androecium; l. gynoecium; m. loment; n. trichomes of the article. o-y. A. parviflora - o. fertile branch; p. trichomes of the branchs; q. stipule; r. leaflet; s. calyx opened out; t. standard; u. wing; v. keel petal; w. androecium; x. gynoecium; y. loment (a-n. L.L.C. Antunes 782; o-y. M.J. Silva 3226).

Figura 9
a-h. Aeschynomene paucifolia - a1. ramo fértil; a2. tricomas dos ramos; b. estípula; c. folíolo; d. cálice aberto; e1. estandarte; e2. ala; e3. pétala da quilha; f. androceu; g. gineceu; h. lomento. i-p. A. pratensis - i. ramo fértil; j. estípula; k. folíolo; l. cálice aberto; m1. estandarte; m2. ala; m3. pétala da quilha; n. androceu; o. gineceu; p. lomento. q-x. A. racemosa - q1. ramo fértil; q2. tricomas dos ramos; r. estípula; s1. folíolo; s2. tricomas na face abaxial dos folíolos; t. cálice aberto; u1. estandarte; u2. ala; u3. pétala da quilha; v. androceu; w. gineceu; x. lomento (a-h. L.L.C. Antunes 793; i-p. L.L.C. Antunes 921; q-x. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1004).
Figure 9
a-h. Aeschynomene paucifolia - a1. fertile branch; a2. trichomes of the branchs; b. stipule; c. leaflet; d. calyx opened out; e1. standard; e2. wing; e3. keel petal; f. androecium; g. gynoecium; h. loment. i-p. A. pratensis - i. fertile branch; j. stipule; k. leaflet; l. calyx opened out; m1. standard; m2. wing; m3. keel petal; n. androecium; o. gynoecium; p. loment. q-x. A. racemosa - q1. fertile branch; q2. trichomes of the branchs; r. stipule; s1. leaflet; s2. trichomes on lower leaflet surface; t. calyx opened out; u1. standard; u2. wing; u3. keel petal; v. androecium; w. gynoecium; x. loment (a-h. L.L.C. Antunes 793; i-p. L.L.C. Antunes 921; q-x. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1004).

Figura 10
a-k. Aeschynomene rudis - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. folíolo; e. cálice aberto; f. estandarte; g. ala; h. pétala da quilha; i. androceu; j. gineceu; k. lomento. l-u. A. sensitiva var. sensitiva - l1. ramo fértil; l2. tricomas dos ramos; m. estípula; n. folíolo; o. cálice aberto; p. estandarte; q. ala; r. pétala da quilha; s. androceu; t. gineceu; u. lomento. v-w. A. sensitiva var. amazonica - v. folha; w. estípula. x-z. A. sensitiva var. hispidula - x. margem do folíolo; y. tricomas dos ramos; z. tricomas dos lomentos (a-k. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1025; l-u. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1022; v-w. M.J. Silva 3225; x-z. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1045).
Figure 10
a-k. Aeschynomene rudis - a. fertile branch; b. trichomes of the branchs; c. stipule; d. leaflet; e. calyx opened out; f. standard; g. wing; h. keel petal; i. androecium; j. gynoecium; k. loment. l1-u. A. sensitiva var. sensitiva - l1. fertile branch; l2. trichomes of the branchs; m. stipule; n. leaflet; o. calyx opened out; p. standard; q. wing; r. keel petal; s. androecium; t. gynoecium; u. loment. v-w. A. sensitiva var. amazonica - v. leaf; w. stipule. x-z. A. sensitiva var. hispidula - x. margin of leaflet; y. trichomes of the branchs; z. trichomes of the loment (a-k. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1025; l-u. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1022; v-w. M.J. Silva 3225; x-z. L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1045).

Figura 11
a-j. Aeschynomene simplicifolia - a. ramo fértil; b. estípula; c. folíolo; d. cálice aberto; e. estandarte; f. ala; g. pétala da quilha; h. androceu; i. gineceu; j. lomento. k-v. A. veadeirana - k. ramo fértil; l. tricomas dos ramos; m. estípula; n. folíolo; o. tricomas em ambas as faces dos folíolos; p. cálice aberto; q. estandarte; r. ala; s. pétala da quilha; t. androceu; u. gineceu; v. lomento (a-j. M.J. Silva et al. 3027; k-v. L.L.C. Antunes 883).
Figure 11
a-j. Aeschynomene simplicifolia - a. fertile branch; b. stipule; c. leaflet; d. calyx opened out; e. standard; f. wing; g. keel petal; h. androecium; i. gynoecium; j. loment. k-v. A. veadeirana - k. fertile branch; l. trichomes of the branchs; m. stipule; n. leaflet; o. trichomes on both surfaces of the leaflet; p. calyx opened out; q. standard; r. wing; s. keel petal; t. androecium; u. gynoecium; v. loment (a-j. M.J. Silva et al. 3027; k-v. L.L.C. Antunes 883).

Figura 12
a-l. Aeschynomene viscidula - a. ramo fértil; b. tricomas dos ramos; c. estípula; d. folíolo; e. margem ciliada e tricomas em ambas as faces dos folíolos; f. cálice aberto; g. estandarte; h. ala; i. pétala da quilha; j. androceu; k. gineceu; l. lomento. m-x. A. vogelii - m. ramo fértil; n. tricomas dos ramos; o. estípula; p. folíolo; q. tricomas em ambas as faces dos folíolos; r. cálice aberto; s. estandarte; t. ala; u. pétala da quilha; v. androceu; w. gineceu; x. lomento (a-l. L.L.C. Antunes et al. 1145; m-x. L.L.C. Antunes et al. 849).
Figure 12
a-l. Aeschynomene viscidula - a. fertile branch; b. trichomes of the branchs; c. stipule; d. leaflet; e. ciliate margin and trichomes on both surfaces of the leaflets; f. calyx opened out; g. standard; h. wing; i. keel petal; j. androecium; k. gynoecium; l. loment. m-x. A. vogelii - m. fertile branch; n. trichomes of the branchs; o. stipule; p. leaflet; q. trichomes on both surfaces of the leaflet; r. calyx opened out; s. standard; t. wing; u. keel petal; v. androecium; w. gynoecium; x. loment (a-l. L.L.C. Antunes et al. 1145; m-x. L.L.C. Antunes et al. 849).

Figura 13
a-c. Aeschynomene americana - a. detalhe do ramo; b. detalhe da folha, estípula e lomento; c. flores, note as pétalas lavanda. d-f. A. brasiliana - d. ramo fértil; e. flores e frutos, note os lomentos com até quatro artículos; f. folha e folíolos, note a nervura principal subcêntrica.
Figure 13
a-c. Aeschynomene americana - a. branch detail; b. leaf detail, stipule and loment; c. flowers, note the lavender petals. d-f. A. brasiliana - d. fertile branch; e. flowers and fruits, note loments with up to four articles; f. leaf and leaflets, note the subcentric principal vein.

Figura 14
a-c. Aeschynomene brevipes - a. detalhes da inflorescência; b. flor, note o estandarte com guias vináceos; c. lomento. d-e. A. elegans var. elegans - d. ramo fértil; e. folha, note os folíolos pubescentes. f-h. A. evenia var. evenia - f. ramo fértil; g. frutos; h. estípula.
Figure 14
a-c. Aeschynomene brevipes - a. inflorescence details; b. flower, note the standad with wine guides; c. loment. d-e. A. elegans var. elegans - d. fertile branch; e. leaf, note the pubecence of leaflets. f-h. A. evenia var. evenia - f. fertile branch; g. loments; h. stipule.

Figura 15
a-d. Aeschynomene falcata - a. aspecto geral dos ramos; 2. flor; 3. Folha e inflorescência; 4. lomento. e-g. A. filosa - e. folha; f. inflorescência; g. flores.
Figure 15
a-d. Aeschynomene falcata - a. general aspect of branchs; 2. flower; 3. Leaf and inflorescence; 4. loment. e-g. A. filosa - e. leaf; f. inflorescence; g. flowers.

Figura 16
a-c. Aeschynomene fluminensis - a. aspecto geral do ramo; b. lomentos; c. flor. d-g. A. genistoides var. genistoides - d. hábito; e. flor; f. população; g. lomentos.
Figure 16
a-c. Aeschynomene fluminensis - a. general aspecto of branch; b. loments; c. flower. d-g. A. genistoides var. genistoides - d. habit; e. flower; f. population; g. loments.

Figura 17
a-c. Aeschynomene graminoides - a. flor; b. hábito; c. fruto, cálice e androceu. d-e. A. histrix Poir. var. histrix - d. inflorescências e lomentos; e. ramo fértil. f. A. histrix var. densiflora - f. folhas e estípulas. g. A. histrix var. incana - ramo e folhas.
Figure 17
a-c. Aeschynomene graminoides - a. flower; b. habit; c. loment, calyx and androecium. d-e. A. histrix Poir. var. histrix - d. inflorescence and loments; e. fertile branch. f. A. histrix var. densiflora - f. leaves and stipules. g. A. histrix var. incana - branch and leaves.

Figura 18
a-c. Aeschynomene nana - a. hábito; b. flor; c. ramo frutificado. d-e. A. oroboides - d. ramo fértil; e. folha e lomento. f-h. A. paniculata - f. ramo fértil; g. inflorescência; h. flor.
Figure 18
a-c. Aeschynomene nana - a. habit; b. flower; c. fruited branch. d-e. A. oroboides - d. fertile branch; e. leaf and loment. f-h. A. paniculata - f. fertile branch; g. inflorescence; h. flower.

Figura 19
a-c. Aeschynomene parviflora - a. hábito; b. ramo fértil; c. folhas e estípulas. d-e. A. paucifolia - d. ramo fértil; e. aspecto da inflorescência e lomentos. f-g. A. pratensis - f. flor; g. lomento.
Figure 19
a-c. Aeschynomene parviflora - a. habit; b. fertile branch; c. leaves and stipules. d-e. A. paucifolia - d. fertile branch; e. aspect f inflorescence and loments. f-g. A. pratensis - f. flower; g. loment.

Figura 20
a-c. Aeschynomene rudis - a. aspecto geral do ramos; b. estípula; c. flor. d-f. A. sensitiva var. sensitiva - d. hábito; e. lomentos; f. flor. g-i. A. simplicifolia - g. hábito; h. flor; i. lomento.
Figure 20
a-c. Aeschynomene rudis - a. general aspect of branchs; b. stipule; c. flower. d-f. A. sensitiva var. sensitiva - d. habit; e. loments; f. flower. g-i. A. simplicifolia - g. habit; h. flower; i. loment.

Figura 21
a-c. Aeschynomene veadeirana - a. hábito; b. folha e flor; c. lomentos. d-f. A. vogelii - d. hábito; e. lomento; f. aspecto geral do ramo fértil.
Figure 21
a-c. Aeschynomene veadeirana - a. habit; b. leaves and flower; c. loments. d-f. A. vogelii - d. habit; e. loment; f. general aspect of fertile branch.

Figura 22
Mapas de distribuição - a. Aeschynomene americana, A. brasiliana, A. brevipes. b. A. elegans, A. elegans var. robustior. c. A. evenia var. evenia, A. evenia var. serrulata, A. falcata. d. A. filosa, A. fluminesis, A. genistoides var. genistoides.
Figure 22
Distribution maps - a. Aeschynomene americana, A. brasiliana, A. brevipes. b. A. elegans, A. elegans var. robustior. c. A. evenia var. evenia, A. evenia var. serrulata, A. falcata. d. A. filosa, A. fluminesis, A. genistoides var. genistoides.

Subarbustos 0,3-1,5 m alt., decumbentes, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos pubescentes ou híspidulos; estípulas 0,8-2,5 × 1-1,6 cm, lanceoladas ou falcado-lanceoladas, peltadas, prolongamento basal lanceolado a falcado, margem híspido-ciliada, pontuações translúcidas presentes. Folhas 3,5-8 cm compr., 42-66-folioladas; folíolos 5-13 × 1-2 mm, oblongo-falcados, ápice obtuso e mucronulado, glabros, margem serreada e hirsuto-ciliada no terço superior, pontuações translúcidas presentes, venação paralelódroma, nervura principal submarginal. Racemos 1,4-5,5 cm compr., axilares, com 2-13 flores, laxos; brácteas 2-5 × 1,4-2 mm, oval-elípticas, margem denticulada e ciliada, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 2-4 × 0,8-1 mm, lanceoladas, semelhante às brácteas. Flores 4-14 mm compr., pétalas lavanda ou salmão; cálice 2-3,5 mm compr., bilabiado, margem serreada e híspida; estandarte 4-8 × 4,8-6,2 cm, orbicular, ápice emarginado; alas 5-6 × 2-2,2 mm, oblongo-obovais; pétalas da quilha 5-7 × 1,8-2,5 mm, oval-falcadas, com tricomas de base alargada na margem; androceu 6 mm compr., ovário 3-5 mm compr., hirsuto. Lomento 0,6-3,5 cm compr., (1-)2-8(-9)-articulado, margem superior reta e inferior crenada, septado; artículos 3-6 × 3-4,5 mm, híspidulos; estipe 0,8-2 cm compr., glabro ou glabrescente. Sementes 1,5-2,2 × 1,5-2 mm, castanhas.

Material examinado selecionado: Água Fria de Goiás, em frente ao Sítio Parceiro de Deus, GO-118 km 61, 16º38'25.5"S, 48º39'52.4"W, 9.V.2013, L.L.C. Antunes et al. 637 (UFG). Caldas Novas, PESCAN, 17º28'07.1"S, 49º13'13.4"W, 656 m, 16.VIII.2013, L.L.C. Antunes 768 (UFG). Goiânia, Parque Leolídeo di Ramos Caiado, em volta do lago, 16º37'40.4"S, 49º15'16.4"W, 526 m, 20.V.2013, L.L.C. Antunes 656 (UFG). Pirenópolis, margem do rio das Almas, 15º50'50"S, 48º57'21"W, 760 m, 6.VII.2013, L.L.C. Antunes 681 (UFG).

Espécie americana (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.) presente em todo o Brasil (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.), crescendo como ruderal, invasora de culturas e em ambientes úmidos ou não, condições em que também foi coletada neste estudo. Floresce e frutifica o ano inteiro. É reconhecida pelos folíolos oblongo-falcados com venação paralelódroma, margem serrada e hirsuto-ciliada no terço superior e flores com pétalas lavanda ou salmão.

2. Aeschynomene brasiliana (Poir.) DC. Prodr., 2: 322. 1825. Figs. 1l-w; 13d-f; 22a

Subarbustos 0,5-2 m alt., decumbentes, sem xilopódio, de ambientes secos; ramos híspido-viscosos, crispo-pubescentes e pubescentes, os tricomas alvos ou amarelados; estípulas 2,5-8 × 1-3 mm, não peltadas, oval-lanceoladas, hirsutas externamente, ciliadas, sem pontuações translúcidas. Folhas 2,5-7 cm compr., 10-18 folioladas; folíolos 5-19 × 2-10 mm, obovais a oblongo-obovais, ápice truncado ou arredondado, face adaxial glabrescente, face abaxial pubescente, margem inteira e ciliada, nervura principal subcêntrica, sem pontuações translúcidas. Racemos 3-14 cm compr., solitários ou até três, com 3-15 flores, laxos, axilares, maiores que às folhas; brácteas 2,5-3,1 × 2,3-2,5 mm, elípticas, híspidas externamente, híspido-ciliadas, sem pontuações translúcidas; bractéolas 2-3 × 1,5-2 mm, elípticas, semelhantes às brácteas. Flores 8-10 mm compr., pétalas amarelas; cálice 2,5-3 × 1,5-3 mm, campanulado, pubescente externamente, ciliado; estandarte 5-7 × 5-6,5 mm, orbicular, ápice obtuso, pubescente externamente, margem ciliolada; alas 5-6,5 × 2-2,5 mm, falcado-obovais, não sobrepostas dorsalmente; pétalas da quilha 5-7,2 × 1,5-1,7 mm, falcadas; androceu 5-6,2 mm compr., ovário 2-2,5 mm compr., seríceo, estilete 2,9-3 mm compr. Lomentos 1-3 cm compr., 1-3(-4)-articulados, submoniliformes, reflexos, istmos marginais; artículos 2,5-4 × 2-3 mm, crispo-pubescentes; estipe 2-5 mm compr., híspido. Sementes 0,8-1 × 0,8-1,2 mm, castanhas.

Material examinado selecionado: Alvorada do Norte, Alvoradinha, margem do Rio Corrente, 18º46'45.39"S, 46º30'54"W, 510 m, 20.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1027 (UFG). Amorinópolis, Serra dos Caiapós, a 40 km de Amorinópolis sentido Rio Verde, 18.VI.1971, J.A. Rizzo & A. Barbosa 6461 (UFG). Ipameri, BR-330 depois da ponte do ribeirão Roncador, 17º22'50"S, 48º14'45"W, 710 m, 6.III.2014, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1135 (UFG).

Espécie presente nas Américas Central e do Sul (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.), sendo no Brasil registrada em todo o país. Em Goiás foi encontrada de norte a sul do estado, em áreas abertas de cerrado sensu stricto, bordas de matas, campos úmidos, margens de estradas, como ruderal ou invasora de culturas, com flores e frutos o ano inteiro.

É reconhecida pelo habito decumbente, ramos híspido-viscosos e folíolos obovais a oblongo-obovais. Assemelha-se a Aeschynomene viscidula pelos caracteres relacionados ao caule, forma dos folíolos e frutos. Entretanto, em A. brasiliana as folhas possuem 10-18 folíolos (vs. 7-11 em A. viscidula), as flores têm 8-10 mm compr. (vs. 10-13 mm compr.), e os artículos dos frutos medem 2,5-4 × 2-3 mm (vs. 5-5,5 × 4-5 mm).

3. Aeschynomene brevipes Benth., Fl. bras., 15(1A): 66. 1859. Figs. 2a-k; 14a-c; 22a

Subarbustos 0,4-1,5 m alt., eretos, sem xilopódio, de ambientes secos; ramos, pecíolos, raque e eixos das inflorescências esparsamente híspidulos ou glabrescentes, tricomas não glutinosos; estípulas 3,5-5 × 1,4-1,5 mm, lanceoladas ou oval-lanceoladas, não peltadas, glabras, ciliadas, sem pontuações translúcidas; pecíolo 1,5-2,8 cm compr. Folhas 6-12,5 cm compr., 50-104 folioladas; folíolos 2,2-8 × 1-2 mm, oblongos, glabros adaxialmente, glabrescentes abaxialmente, ápice arredondado, às vezes emarginado e mucronulado, nervura principal central, margem adpresso-ciliada, sem pontuações translúcidas. Racemos 5,2-28,5 cm compr., com 5-24 flores, terminais e axilares, mais longos que as folhas; brácteas 2-2,2 × 2-2,5 mm, ovais, ápice arredondado, margem serrado-ciliada, sem pontuações translúcidas; bractéolas 1,8-2 × 1,2-1,5 mm, estreito-elípticas, ciliadas. Flores 9-18 mm compr., pétalas amarelas; cálice 3-5 × 3-4 mm, campanulado, ciliado, puberulento externamente, ciliado; estandarte 6-6,5 × 5-6 mm, orbicular, ápice arredondado ou emarginado, puberulento externamente; alas 2,5-3,2 × 5-7 mm, falcado-obovais, glabras; pétalas da quilha 4,5-5 × 4 mm, falcadas, glabras; androceu 7-8 mm compr.; ovário 6,5-7 mm compr., piloso. Lomento 1-3 cm compr., submoniliforme com 1-5 artículos; artículos 6-10 × 3-4 mm, suborbiculares, puberulentos, muricados, não maculados; estipe 3-5 mm compr., glabro. Sementes 3-3,5 × 2 mm, castanhas.

Material examinado selecionado: Caiapônia, estrada para Doverlândia, Fazenda Maracanã do sr. Marcos, 13.XI.1993, C. Proença 1038 (UB). Cavalcante, ca. 40 km north of Veadeiros, 1.000 m, 15.III.1969, H.S. Irwin et al. 24440 (UB). Posse, entrada da cidade, 14º05'47"S, 46º23'23"W, 794 m, 19.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 982 (UFG).

Espécie endêmica do Brasil (Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Ocorre de norte a sul da área estudada, em margens de estradas entre 750-1300 m, com flores e frutos o ano inteiro.

Relaciona-se morfologicamente com Aeschynomene paniculata pelas inflorescências terminais e folíolos oblongos. Porém, A. paniculata possui folhas com pecíolo curto (0,4-0,7 cm compr.), panículas terminais e lomentos moniliformes. Já A. brevipes possui folhas com pecíolos longos (1,5-2,8 cm compr.), racemos terminais e lomentos submoniliformes.

4. Aeschynomene elegans Schltdl. & Cham. Linnaea, 5: 583. 1830.

Subarbustos 0,3-1,5 m alt., decumbentes ou apoiantes, sem xilopódio, de ambientes secos; ramos pubescentes, às vezes híspido-glandulares, tricomas alvos ou amarelados; estípulas 3-10 × 1-3 mm, lanceoladas, não peltadas, híspidas, margem híspido-ciliada, sem pontuações translúcidas; pecíolo 5-8 mm compr., híspidulo. Folhas 3-7 cm compr., 10-18-folioladas; folíolos 6-20 × 3-7 mm, oblongos ou oblongo-obovais, ápice arredondado e mucronulado, nervura central ou excêntrica, margem adpresso-ciliada, pubescentes em ambas as faces, sem pontuações translúcidas. Racemos 1,5-9,5 cm compr., com 3-9 flores, solitários ou até 3, axilares, pubescentes e híspido-amarelados; brácteas 1,5-2 × 1,5-2 mm, largamente elípticas, glabras ou glabrescentes, margem dentada e híspido-ciliada, sem pontuações translúcidas; bractéolas 1,5-3 × 1,5-2 mm, elípticas, semelhantes às brácteas. Flores 8-20 mm compr., pétalas amarelas; cálice 3,5-4 × 4-4,5 mm, campanulado, margem crispo-pubescente; estandarte 6,5-9,5 × 8-9 mm, elíptico-orbicular, ápice emarginado, puberulento externamente; alas 7,5-9,5 × 2,8-5 mm, obovais; pétalas da quilha 7,2-9 × 1,8-2,5 mm, falcadas; androceu 8-8,5 mm compr.; ovário 3-8,5 mm, reto, velutino. Lomento 1,8-3,5 cm compr., 3-6 (-7)-articulado, submoniliforme, curvo; artículos 2,5-4 × 2,5-3,5 mm, suborbiculares, pubérulos a híspidulo-amarelados; estipe 9-15 mm compr., híspido-amarelado. Sementes 1-1,2 × 1-1,5 mm, marrons.

Aeschynomene elegans pode ser reconhecida pelos ramos híspido-glandulares, folíolos oblongos ou oblongo-obovais com margem adpresso-ciliada, lomentos curvados, longamente estipitados (9-15 mm compr.) e com 3 a 7 artículos.

Compartilha com Aeschynomene falcata o hábito decumbente, os lomentos com artículos suborbiculares e longo-estipitados (estipe até 15 mm compr.). Entretanto, A. elegans é uma planta viscosa com folhas 10-18-folioladas, pecíolo com 5-8 mm compr. e racemos com 3 a 9 flores, enquanto A. falcata não é viscosa, possui folhas 4-8-folioladas, pecíolo 2-3 mm compr. e racemos com 1 a 4 flores. Rudd (1959)Rudd VE (1959) Supplementary studies in Aeschynomene, I: Series Viscidulae, including a new species and five new varieties. Journal of the Washington Academy of Sciences 49: 45-52. reconheceu para esta espécie duas variedades, ambas encontradas neste estudo.

    Chave de identificação das variedades de Aeschynomene elegans
  • 1. Plantas decumbentes, os ramos até 1,5 m alt.; folíolos 6-10 mm compr.; artículos com 2,5-3 mm compr.; estipe com 10-15 mm compr. ............................................................................................ 4.1. Aeschynomene elegans var. elegans

  • 1'. Plantas apoiantes, os ramos até 6 m alt.; folíolos 11-20 mm compr.; artículos com 3,5-4 mm compr.; estipe 9-11 mm compr. 4.2. Aeschynomene elegans var. robustior

4.1. Aeschynomene elegans Schltdl. & Cham. var. elegans. Figs. 2l-w; 14d-e; 22b

Variedade com registro nas Américas Central e Sul (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil é reportada para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Em Goiás cresce principalmente em áreas antropizadas, como invasora de culturas e margens de estradas, em áreas abertas de cerrado sensu stricto e próximo a cursos d'água, entre 130-1.050 m, com flores e frutos o ano inteiro. Está sendo primeiramente registrada para o estado de Rondônia.

Material examinado selecionado: Caldas Novas, PESCAN, 17º46'54"S, 48º38'35"W, 749 m, 7.II.2014, L.L.C. Antunes et al. 1074 (UFG). Luziânia, APP do Rio Corumbá 3, 16º44'03"S, 48º00'58"W, 777 m, 13.II.2014, L.L.C. Antunes et al. 1098 (UFG). Minaçú, lago próximo a Serra da Mesa em direção à "Mata de Cana", 13º48'09"S, 48º31'55"W, 13.XII.2013, L.L.C. Antunes 912 (UFG).

Material adicional examinado: BRASIL. RONDÔNIA: Porto Velho, Estrada rio Madeira ao povoado São Lourenço, km 8, 09º30'51"S, 65º02'35"W, 130 m, 23.IV.2012, G.P. Silva et al. 16179 (CEN).

4.2. Aeschynomene elegans var. robustiorRudd, J. Wash. Acad. Sci. 49(2): 50.1959Rudd VE (1959) Supplementary studies in Aeschynomene, I: Series Viscidulae, including a new species and five new varieties. Journal of the Washington Academy of Sciences 49: 45-52.. Figs. 2x; 22b

Variedade com ocorrência para os estados de Goiás e Minas Gerais (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Foi coletada em uma floresta estacional na porção central do estado, crescendo apoiada sobre árvores ou rochas e alcançando até 6 m compr., com frutos em dezembro.

Material examinado selecionado: Silvânia, Floresta Nacional de Silvânia (FLONA - Silvânia), 16º38'50.7"S, 48º39'30.1"W, 6.XII.2013, L.L.C. Antunes 893 (UFG).

5. Aeschynomene evenia C. Wright, Anales Acad. Ci. Med. Habana, 5: 334. 1869.

Subarbustos 0,4-1 m alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos esparsamente ou densamente hípidulos, os tricomas às vezes glandulares com base enegrecida; estípulas 4,5-5 × 1,5-3 mm, ovais, peltadas, margem inteira ou serreado-ciliada, prolongamento oval, persistentes, glabras, pontuações translúcidas presentes. Folhas 2,4-8 cm compr., 19-43-folioladas; folíolos 4-10 × 1-2 mm, oblongos, glabros, ápice arredondado e mucronulado, nervura principal central ou levemente excêntrica, venação broquidódroma, nervuras secundárias conspícuas na face abaxial, margem inteira ou esparsamente serrulado-ciliada, pontuações translúcidas presentes. Racemos 0,7-5,4 mm compr., 2-5 flores, às vezes unifloros, híspidulos, laxos; brácteas 4,5-9 × 1,8-2 mm, oval-elípticas, peltadas, margem serreado-ciliada, prolongamento abaixo do ponto de inserção bilobado, oval-lanceolado com margem esparsamente dentada ou inteira, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 2,8-3 × 1-1,3 mm, elípticas, não peltadas, pontuações translúcidas presentes. Flores 9-10 mm compr., pétalas amarelo claras, glabras; cálice 4-5 × 2-3 mm, bilabiado, margem serrilhado-ciliada; estandarte 6-6,5 × 7-7,5 mm, elíptico ou orbicular, ápice emarginado, base atenuada, não recurvado, margem inteira, não ciliada; alas 3-4,5 × 5-5,5 mm, elíptico-falcadas a falcadas, margem inteira; pétalas da quilha 5,5-6 × 5,5-6 mm, falcadas; androceu 7,5-9 mm compr.; ovário 3,5-7 mm compr., curvo. Lomento 2,5-4,5 mm compr., (4-)5-13-articulado, não suturado entre o estipe e o primeiro artículo, castanho na maturidade; artículos 3-4 × 3-4,2 mm, quadrangulares, híspidulos ou glablos, verrucosos ao centro na maturidade; estipe 2-5 mm compr. Sementes 2-3 × 2 mm, marrons.

Aeschynomene evenia pode ser reconhecida pelas flores amarelo claras, estandarte estreito-elíptico com base atenuada e frutos com artículos quadrangulares. Assemelha-se a A. sensitiva pelo caule hispídulo, folíolos oblongos, inflorescências hispídulas e frutos com artículos septados. Porém, diferencia-se pelo cálice com margem não ciliada e lacínios carenais lobados (vs. híspido-ciliado e lacínios carenais subinteiros em A. sensitiva) e lomentos com margens retas e artículos com 3-4 × 3-4,2 mm (vs. margem superior reta e inferior crenulada e artículos com 4-7 × 5-6 mm). Rudd (1955)Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172. reconheceu para Aeschynomene evenia as variedades evenia e serrulata, ambas coletadas neste estudo.

    Chave de identificação das variedades de Aeschynomene evenia
  • 1. Ramos esparsamente hispídulos; folíolos e estípulas com margem inteira; estandarte elíptico ............. 5.1. Aeschynomene evenia var. evenia

  • 1'. Ramos densamente hispídulos; folíolos e estípulas com margem serreado-ciliadas; estandarte orbicular 5.2. Aeschynomene evenia var. serrulata

5.1. Aeschynomene evenia C. Wright var. evenia.Figs. 3a-i; 14f-h; 22c

Distribui-se desde os Estados Unidos até a Argentina (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil foi referida por Queiroz (2009)Queiroz LP (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p. e BFG (2015)BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29. para Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe, e constitui nova ocorrência para o estado de Goiás. Foi coletada na porção centro-norte do estado, próximo a margens de rios e em ambientes temporariamente alagados entre 240-865 m, com flores e frutos o ano inteiro.

Material examinado selecionado: Luziânia, BR-060 km 4, divisa com Distrito Federal, 16º06'01"S, 48º17'12"W, 863 m, 21.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 948 (UFG). Santa Bárbara, após o posto da Polícia Federal, em borda de mata seca, 16.I.2011, M.J. Silva 3275 (UFG).

5.2. Aeschynomene evenia var. serrulataRudd, Contr. U. S. Natl. Herb. 32(1): 61-62. 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.. Figs. 3j-l3; 22c

Ocorre nas Antilhas, Brasil, Colômbia, Estados Unidos e Venezuela (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.), sendo no Brasil registrada para todas as regiões. Coletada desde a porção norte até a central da área estudada, em margem de estradas, ambientes alagados e borda de lagoas.

Material examinado selecionado: Santa Bárbara, em direção a Trindade ca. 20 km da cidade, na margem de um lago, 16.I.2011, M.J. Silva 3275 (UFG). Posse, em frente à Fazenda São Pedro, 14º16'17"S, 46º17'00"W, 840 m, 19.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 998 (UFG).

6. Aeschynomene falcata (Poir.) DC., Prodr., 2: 322. 1825. Figs. 3m-u; 15a-d; 22c

Subarbustos 0,2-1 m alt., decumbentes, cespitosos, sem xilopódio, de ambientes secos; ramos, pecíolo e eixo da inflorescência puberulentos ou híspidulos, alvecentos; estípulas 4-13 × 1-2 mm, lanceoladas, não peltadas, ciliadas, pubescentes ou glabrescentes, sem pontuações translúcidas; pecíolo 2-3 mm compr. Folhas 0,5-2 cm compr., 3-8-folioladas; folíolos 6-19 × 3-6 mm, obovais ou oboval-elípticos, ápice obtuso, mucronulado, nervura principal excêntrica, alvo-pubescentes, margem plana, sem pontuações translúcidas. Racemos 2,5-3 cm compr., 1-3(-4) flores, solitários ou aos pares, axilares, maiores que às folhas; brácteas 1-2 × 1-1,5 mm, ovais, serruladas e híspido-ciliadas, pubescentes externamente, sem pontuações translúcidas; bractéolas 1-1,5 × 1 mm, elípticas, semelhante às brácteas. Flores 5-14 mm compr., pétalas amarelas; cálice 3-4 × 2,5-4 mm, campanulado, margem crispo-pubescente; estandarte 6-6,5 × 7-8 mm, oboval, pubescente externamente, ápice arredondado; alas 6-7,2 × 2-3,5 mm, obovais, não sobrepostas dorsalmente; pétalas da quilha 6,5-7,5 × 2-2,8 mm, falcadas; androceu 5-8 mm; ovário 2-4 mm compr., lanoso. Lomento 2-3,5 cm compr., (1-)2-7-articulado, falcado, submoniliforme; artículos 3-5 × 2-3,2 mm, suborbiculares, crispo-pubescentes e híspidulos, os tricomas marrons ou negros, ciliados, não maculados; estipe 5-13 mm compr., esparsa e pubescente. Sementes 1,2-2,5 mm compr., marrons.

Material examinado selecionado: Campinorte, lagoa intermitente, 14º17'08"S, 49º02'06"W, 502 m, 13.XII.2013, L.L.C. Antunes 922 (UFG). Catalão, Serra do Facão, cerca de 35 km NE of Catalão, 900 m, 24.I.1970, H.S. Irwin et al. 25284 (NY, UB). Formosa, GO-020, 17º18'22.37"S, 47º37'47.48"W, 941 m, 18.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 967 (UFG). Goiânia, Parque Leolídio de Ramos Caiado, margem do lago, 16º37'51"S, 49º15'21"W, 713 m, 20.V.2013, L.L.C. Antunes 661 (UFG).

Espécie sul-americana (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia e Paraguai) (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172., Fernandes 1996Fernandes A (1996) O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 128p.). No Brasil, só não foi encontrada na região Norte (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.) e, neste estudo, foi coletada em todo o estado de Goiás, em margens de estradas e cerrado ralo, sobre solos argilosos ou argilo-arenosos, entre 500-1.000 m alt., com flores e frutos o ano inteiro.

É reconhecida pelos ramos com indumento alvecentos, inflorescências 1-3(-4) flores e lomentos conspicuamente falcados e assemelha-se a Aeschynomene elegans, como discutido nos comentários desta última.

7. Aeschynomene filosa Mart. ex Benth., Fl. bras., 15(1): 61. 1859. Figs. 4a-j; 15e-g; 22d

Subarbustos 0,5-1,5 m alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos, folíolos, cálice, estipe e frutos glabros ou glabrescentes; estípulas 6-10 × 2-3,5 mm, lanceoladas, peltadas, margem inteira, prolongamento oblongo e arredondado, glabras, pontuações translúcidas presentes. Folhas 2,5-7 cm compr., 20-68-folioladas; folíolos 2,5-5 × 1-1,2 mm, oblongo-elípticos, ápice arredondado e mucronulado, margem inteira, venação broquidódroma, nervura principal central, pontuações translúcidas presentes. Racemos 2-12,5 cm compr., com 2 a 5 flores; brácteas 1,5-2,8 × 1,2-2 mm, ovais a largamente ovais, peltadas, prolongamento bilabiado, esparsamente denticulado-ciliadas, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 0,8-0,6 × 0,5-0,9 mm, oval-elípticas, pontuações translúcidas presentes. Flores 3-5 mm compr., pétalas amarelas; cálice 3-3,2 × 2,5-3,5 mm, bilabiado, margem esparsamente dentado-ciliada; estandarte 5-6 × 2,5-3,8 mm, oblongo-elíptico, ápice emarginado, margem inteira; alas 5-5,2 × 1,3-1,5 mm, oblongo-elípticas; pétalas da quilha 4,5-5,2 × 2-2,5 mm, falcadas, inteiras no ápice; androceu 3-4,5 mm compr.; ovário 1,5-2 mm compr., crispo-pubescente. Lomentos 9-17 mm compr., 1-3-articulados, moniliformes; artículos 3,5-4,5 × 3-3,2 mm, suborbiculares; estipe 8-15 mm compr., glabro. Sementes 1,9-2 × 1,5-2 mm, negras.

Material examinado selecionado: Alvorada de Goiás, Rodovia BR-020, rio Macacos, 9.I.1977, G. Hatschbach et al. 39371 (NY). Alvorada do Norte, pequena lagoa na estrada para Simolândia, 14º28'33"S, 46º30'54"W, 510 m, 20.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1041 (UFG). Santa Bárbara, após o posto da Polícia Federal, em borda de mata seca, 16.I.2011, M.J. Silva 3274 (UFG).

Espécie registrada nas Américas Central (Cuba, Costa Rica e Honduras) e do Sul (Venezuela, Colômbia e Brasil) (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil foi referida por BFG (2015)BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29. para as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. Em Goiás foi coletada em margem de lagoa na porção central e norte do estado, entre 20-510 m, em ambientes antropizados, com flores e frutos o ano inteiro.

Aeschynomene filosa é prontamente identificada pelas flores diminutas (3-5 mm compr.) e lomento moniliforme, 1-3-articulado e com estipe de 8-15 mm compr.

8. Aeschynomene fluminensis Vell., Fl. Flumin., 310. 1825. Figs. 4k-t; 16a-c; 22d

Subarbustos ou arbustos 1,5-4 m de alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos glabros; estípulas 6-8,5 × 1-1,5 mm, lanceoladas, peltadas, serreado-ciliadas, glabras ou pubescentes externamente, prolongamento basal deltoide, pontuações translúcidas presentes. Folhas 3,5-8,5 cm compr., 24-54-folioladas; folíolos 5-12 × 1,5-3 mm, oblongos, ápice obtuso e mucronulado, glabros, margem inteira e ciliolada, venação broquidódroma, nervura principal excêntrica, nervuras secundárias conspícuas na face abaxial, pontuações translúcidas presentes. Racemos 4-13 mm compr., 5-10 flores, congestos; brácteas 0,9-1 × 0,9-1,1 mm, ovais, margem dentado-ciliada, glabras, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 3-3,5 × 1-1,5 mm, oval-elípticas, semelhantes às brácteas. Flores 1,2-1,9 cm compr., pétalas amarelas; cálice 5-8 × 6-9 mm, bilabiado, margem dentado-ciliada; estandarte 5-6 ×4-5 mm, oval, ápice obtuso, glabro; alas 7,5-10 × 3,5-5 mm, obovais, glabras; pétalas da quilha 8,5-10 × 3-4,5 mm, falcadas, glabras; androceu 9,8-10 mm compr.; ovário 5,5-7 mm compr., puberulento. Lomento 2-4,5 cm compr., 5-9(-10)-articulado, avermelhado na maturidade, não suturado entre o estipe e o primeiro artículo; artículos 4-8 × 4-5 mm, glabrescentes ou pubescentes, face superior ligeiramente crenulada e inferior arredondada, conspicuamente muricados; estipe 1-4 mm compr., glabro. Sementes 2,5-3 mm compr., marrons.

Material examinado selecionado: Campinorte, lagoa intermitente, 14º17'08"S, 49º02'06"W, 502 m, 13.XII.2013, L.L.C. Antunes 935 (UFG). Formosa, margem da GO-020, 17º18'22.37"S, 47º37'47.48"W, 941 m, 18.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 975 (UFG). Turvânia, a 8 km de Firminópolis, 16º35'48.92"S, 50º14'21.56"W, 602 m, 27.XI.2013, L.L.C. Antunes 864 (UFG).

Material adicional examinado: BRASIL. AMAPÁ: Macapá, Braço do rio Macacoari, 25.IV.1981, B. Rabelo 1197 (MG). PARANÁ: Porto Rico, Ilha Porto Rico, rio Paraná lagoa Figueira, 22.V.2007, S.R. Slusarski et al. (ICN-164776).

Aeschynomene fluminensis ocorre nas Américas Central (Cuba e República Dominicana) e do Sul (Bolívia, Brasil, Paraguai e Venezuela) entre 90 a 940 m alt., com flores e frutos o ano inteiro.

Rudd (1955)Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172. reportou duas variedades para este táxon, a típica e a var. tuberculata. Destas, apenas a variedade típica é referida para o Brasil (Fernandes 1996Fernandes A (1996) O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 128p., BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.) nas regiões Norte (Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Nordeste (Bahia e Maranhão), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso). Está sendo registrada primeiramente para os estados do Amapá e Paraná. Em Goiás foi coletada em ambientes brejosos, campos sujeitos a inundação e lagoas, se destacando pelo caule robusto e cespitoso. Distingue-se das demais congêneres pelos ramos glabros, lomentos conspicuamente muricados e avermelhados na maturidade, flores com estandarte de ápice obtuso e pelos racemos curtos (4-13 mm compr.).

9. Aeschynomene genistoides (Taub.) Rudd, Phytologia 23(4): 321. 1972

Subarbustos 15-40 cm alt., eretos, com xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos glabrescentes; estípulas 1,5-2,5 × 0,3-0,6 mm, triangulares, não peltadas, ciliadas, glabras, sem pontuações translúcidas. Folhas 0,6-5 cm compr., 3-22-folioladas; folíolos 0,4-4,6 × 0,1-0,5 cm, lineares, aciculares ou oblongo-espatulados, ápices e bases agudos ou obtusos, glabros a glabrescentes, nervura principal central, margem não cartilaginosa, sem pontuações translúcidas. Racemos 5,8-31 cm compr., com 3-10 flores, laxos, terminais, pubescentes; brácteas 1,9-2,1 × 1,3-1,5 mm, largamente ovais, ciliadas, glabras, sem pontuações translúcidas; bractéolas 2,8-3 × 1,4-2,3 mm, lanceoladas, ciliadas, glabras ou glabrescentes. Flores 1,2-4,2 cm compr., pétalas amarelo-escuras a alaranjadas, glabras; cálice 6-7 × 5-8 mm, campanulado, glabrescente, margem inteira, não ciliada; estandarte 15-20 × 14-23 mm, largamente orbicular ou elíptico-orbicular, ápice emarginado; alas 12,5-20 × 7-11 mm, obovais; pétalas da quilha 8-19 × 3-6 mm, falcadas; androceu 1,2-2 cm compr.; ovário 1,4-2,7 cm compr., piloso. Lomento 3-3,5 cm compr., 1-2-articulado, puberulento; estipe 1,5-2,6 cm compr., pubescente; artículos 8-15 × 7-10 mm, suborbiculares. Sementes 4-7 mm compr., marrons.

Os folíolos lineares, aciculares ou oblongo-espatulados e as flores com pétalas amarelo-escuro ou alaranjadadas tornam esta espécie facilmente reconhecida. Ambas as variedades reconhecidas por Fernandes (1996)Fernandes A (1996) O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 128p. para a espécie foram admitidas neste estudo.

    Chave de identificação das variedades de Aeschynomene genistoides
  • 1. Folíolos lineares ou aciculares ..................................... 9.1. Aeschynomene genistoides var. genistoides

  • 1'. Folíolos oblongo-espatulados ......................................... 9.2. Aeschynomene genistoides var. latifoliola

9.1. Aeschynomene genistoides (Taub.) Rudd var. genistoides.Figs. 5a-k; 16d-g; 22d

Variedade até então referida apenas para a Chapada dos Veadeiros, Goiás e, portanto, aqui primeiramente registrada para a Chapada da Contagem no Distrito Federal. Cresce em campos limpos sobre solos arenosos e floresce usualmente após fogo.

Material examinado selecionado: Alto Paraíso de Goiás, ca. 40 km N of Alto Paraíso, 1.250 m., 24.III.1971, H.S. Irwin et al. 33132 (NY, UB); ca. 15 km da Vila de São Jorge sentido Alto Paraíso, margem esquerda da rodovia, 14º07'50"S, 47º41'43"W, 1.217 m, 16.X.2010, M.J. Silva et al. 3083 (UFG); Morro do Japonês, 14º3'15.1"S, 47º32'29.9"W, 1.478 m, 10.V.2013, L.L.C. Antunes et al. 640 (UFG).

Material adicional examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL: Brasília, Chapada da Contagem, estrada para Brazilândia, a 33 km NW de Brasília, próximo a Usina Basevil, 12.X.1980, G. Martinelli et al. 7448 (NY, RB).

9.2. Aeschynomene genistoides var. latifoliola G.P. Lewis, Kew Bull., 49: 95. 1994. Figs. 5l; 23a

Figura 23
Mapas de distribuição - a. Aeschynomene genistoides var. latifoliola, A. graminoides, A. histrix var. histrix. b. A. histrix var. densiflora, A. histrix var. incana, A. mollicula. c. A. nana, A. oroboides. d. A. paniculata.
Figure 23
Distribution maps - a. Aeschynomene genistoides var. latifoliola, A. graminoides, A. histrix var. histrix. b. A. histrix var. densiflora, A. histrix var. incana, A. mollicula. c. A. nana, A. oroboides. d. A. paniculata.

Variedade endêmica da Chapada dos Veadeiros e conhecida por poucas populações, habitando solos arenosos em meio a vegetação campestre no cerrado rupestre, a cerca de 1200 m de altitude, com flores e frutos em outubro e com frutos em maio.

Material examinado selecionado: Alto Paraíso de Goiás, GO-327, 2-5km a oeste de Alto Paraíso de Goiás, 1.200 m, 15.X.1990, G. Hatschbach & J.M. Silva 54605 (NY); na GO-118 km 156, de São João da Aliança a Alto Paraíso de Goiás, 14º12'49.8"S, 47º28'59.3"W, 1.198 m, 4.IV.2013, M.J. Silva et al. 4794 (UFG); 22.V.2013, L.L.C. Antunes et al. 674, 675, 676 (UFG).

10. Aeschynomene graminoides G. P. Lewis, Kew Bull., 47(1): 143, f. 2. 1992. Figs. 5m-v; 17a-c; 23a

Subarbustos decumbentes, áfilos, ramos até 50 cm compr., cespitosos, com xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos 0,5-1,5 m compr., delgados, glabrescentes; estípulas 0,7-1,5 × 0,5-0,8 mm, triangulares, não peltadas, margem inteira ou esparsamente ciliada, enegrecidas, sem pontuações translúcidas. Racemos 1-5,2 cm compr., 2-8 flores, axilares, puberulentos, laxos; brácteas e bractéolas 1-1,5 × 1,2-1,5 mm, oval-triangulares, ciliadas, glabras, sem pontuações translúcidas. Flores 7-15 mm compr., pétalas amarelas; cálice 3-4 × 3-3,3 mm, campanulado, não ciliado; estandarte 7-10 × 6,5-10 mm, largamente orbicular, ápice arredondado, pubescente externamente; alas 5-8,2 × 3,5-5 mm, elíptico-falcadas, glabras; pétalas da quilha 6-8,5 × 4-4,5 mm, falcadas; androceu 7-9 mm compr.; ovário 4-5 mm compr., reto, piloso. Lomento 1-3,5 cm compr., 1-5-articulado, não reflexo, istmos marginais; artículos 4-7 × 2,5-3,5 mm, suborbiculares, face superior reta, face inferior conspicuamente crenulada, alvo-pubescentes; estipe 2-4 mm compr. Sementes 2,9-3 mm compr., marrons ou negras.

Material examinado selecionado: Santo Antônio do Descoberto, 15.I.1976, E.P. Heringer 15336 (UB, UEC). Sem município, 27.III.1980, E.P. Heringer 17747 (IBGE); morro próximo à Saneago, 15º56'21.16"S, 48º15'38.42"W, 932 m, 14.II.2014, L.L.C. Antunes et al. 1111 (UFG).

Endêmica da Região Centro-Oeste (Distrito Federal e Goiás) (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.), onde habita nos campos úmidos, cerrado sensu stricto e rupestre entre 1.000 e 1.100 m alt., com flores e frutos de janeiro a junho. É facilmente distinguível das demais congêneres por ser áfila.

11. Aeschynomene histrix Poir., Encycl. Suppl., 4(1): 77. 1816.

Subarbustos 20-50 cm alt., cespitosos, prostrados ou decumbentes, sem xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos laterais 0,4-1,5 m compr., pubérulos, seríceos a híspido-glandulares, os tricomas tectores alvos, dourados ou cinéreos, juntamente com o pecíolo, face externa das estípulas, brácteas, bractéolas, raque foliar e inflorescência; estípulas 3-20 × 1-5 mm, lanceoladas ou oval-lanceoladas, não peltadas, ciliadas, sem pontuações translúcidas. Folhas 1,5-7 cm compr., 12-28-folioladas; folíolos 4-10 × 1,5-3 mm, oblongos ou oblongo-obovais, ápice arredondado ou obtuso às vezes aristado, nervura principal excêntrica, pubescentes em ambas as faces, margem inteira e ciliada, sem pontuações translúcidas. Racemos 0,5-4 cm compr., 4-15 flores, usualmente congestos, axilares; brácteas 1-2 × 1-1,5 mm, ovais, ciliadas, sem pontuações translúcidas; bractéolas 1,5-2,8 × 0,9-1 mm, elípticas, ciliadas. Flores 5-7 mm compr., pétalas róseas ou amarelas; cálice 1,5-2,2 × 1,5-2 mm, campanulado, pubescente externamente, ciliado; estandarte 4-6,5 × 5-6 mm, largamente oblongo-orbicular, ápice arredondado e mucronulado, pubérulo externamente, ciliolado; alas 5-7 × 1,2-2,8 mm, obovais, glabras, não sobrepostas dorsalmente; pétalas da quilha 4-5 × 1-2,5 mm, falcadas, glabras; androceu 5-7 mm compr.; ovário 4-6 mm compr., pubérulo. Lomento 5-6 mm compr., 1-3-articulado, reflexo, submoniliforme; artículos 1,5-2,5 × 1-1,5 mm, pubescentes ou crispo-pubescentes, tricomas alvos; estipe 1-2 mm compr., híspido-dourados antes do primeiro artículo. Sementes 0,5-0,8 × 0,2-0,5 mm, castanhas.

Aeschynomene histrix pode ser reconhecida pelos folíolos com nervura principal excêntrica, racemos congestos e frutos reflexos com 1 ou 2 artículos. Associa-se morfologicamente com A. brasiliana pelos folíolos com nervura principal excêntrica, estandarte orbicular e os lomentos reflexos com poucos artículos. Porém, diferencia-se desta última principalmente pelos racemos congestos com 0,5-4 cm compr. (vs. laxos com 3-14 cm compr.) e flores com 5-7 mm compr. (vs. 8-10 mm compr.).

Rudd (1959)Rudd VE (1959) Supplementary studies in Aeschynomene, I: Series Viscidulae, including a new species and five new varieties. Journal of the Washington Academy of Sciences 49: 45-52. reconheceu para Aeschynomene histrix cinco variedades diferenciadas por características do indumento, tamanho das folhas e das estípulas. Três delas são reportadas para o Brasil e foram encontradas neste estudo:

    Chave de identificação das variedades de Aeschynomene histrix
  • 1. Plantas decumbentes; ramos pubescentes a híspido-glandulares, os tricomas alvos, amarelos ou dourados; folhas 1,5-4 cm compr. 2

    • 2. Estípulas 5-9 mm compr., lanceoladas; folíolos 4-7 mm compr., pubescentes e híspido-glandulares, amarelados ou dourados .................................................................................. 11.1. Aeschynomene histrix var. histrix

    • 2'. Estípulas 9-20 mm compr., oval-lanceoladas, folíolos 6-10 mm compr., híspido-dourados ........ 11.2. Aeschynomene histrix var. densiflora

  • 1'. Plantas prostradas; ramos seríceos, os tricomas cinéreos; folhas 0,8-2 cm compr. .................................. 11.3 Aeschynomene histrix var. incana

11.1. Aeschynomene histrix Poir. var. histrix. Figs. 6a-l; 17d-e; 23a

Táxon registrado para as Américas Central e do Sul (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil é encontrada em todas as regiões (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Foi coletada em margem de estradas, como ruderal, em áreas abertas de cerrado sensu stricto e rupestre, e em campo sujo sobre solos arenosos, pedregosos ou argilosos.

Material examinado selecionado: Bela Vista, GO-050 km 135, 17º02'55"S, 47º45'14.2"W, 934 m, 23.I.2014, L.L.C. Antunes et al. 1062 (UFG). Campinorte, lagoa intermitente, 14º17'08"S, 49º02'06"W, 502 m, 13.XII.2013, L.L.C. Antunes et al. 927 (UFG). Itajá, margem da GO-302 lado esquerdo, 19º04'20.34"S, 51º32'37.54"W, 449 m, 22.III.2013, L.L.C. Antunes & J.P. Santos 622 (UFG). Simolândia, estrada para o povoado Três Rios, 14º26'13.9"S, 46º33'03.2"W, 530 m, 18.II.2003, M.L. Fonseca et al. 4104 (IBGE).

11.2. Aeschynomene histrix var. densiflora (Benth.) Rudd, Contr. U.S. Natl. Herb. 32(1): 84. 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.. Figs. 6m-n; 17f; 23b

Táxon distribuído desde o México até Paraguai (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil ocorre nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Distribui-se por toda a área estudada, crescendo em brejos, encostas de morros e áreas próximas a cachoeiras associadas a cerrado sensu stricto, florestas estacionais ou áreas antropizadas.

Material examinado selecionado: Itarumã, próximo ao km 15 da GO-206, 18º43'57.73"S, 51º23'46.74"W, 554 m, 22.III.2013, L.L.C. Antunes 618 (UFG). Leopoldo de Bulhões, próximo a cachoeira na BR-457, 16º37'37.97"S, 48º53'39.33"W, 803 m, 14.III.2013, L.L.C. Antunes et al. 600 (UFG). Quirinópolis, GO-206 km 173, 18º26'04.63"S, 50º34'35.21"W, 518 m, 22.III.2013, L.L.C. Antunes et al. 613 (UFG). São Luiz do Norte, 14º42'05"S, 49º13'07"W, 592 m, 12.XII.2013, L.L.C. Antunes 909 (UFG).

11.3. Aeschynomene histrix var. incana (Vogel) Benth., Fl. bras. 15(1): 69. 1859. Figs. 6o-p; 17g; 23b

Táxon sul-americano (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.), sendo, no Brasil, reportado para as regiões Centro-Oeste (Goiás), Norte (Acre, Roraima), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí) e Sudeste (Minas Gerais) (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Está sendo aqui primeiramente reportado para o Rio Grande do Norte e Tocantins. Em Goiás, cresce desde a porção central a norte, como ruderal e em cerrado ralo sobre solo arenoso.

Material examinado selecionado: Formosa, rodovia Brasília-Fortaleza, 158 km de Formosa, 10.I.1965, R.P. Belém & J.M. Mendes 153 (NY). Niquelândia, lago Serra da Mesa, redondezas do Condomínio Vista do Lago, 14º11'40.6''S, 48º18'43.4''W, 468 m, 20.VI.2014, L.L.C. Antunes et al. 1154 (UFG). Teresina de Goiás, margem da GO-118, 13º47'18.67"S, 47º17'11.56"W, 790 m, 5.IV.2013, L.L.C. Antunes & M.J. Silva 628 (UFG).

Material adicional examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, 2.X.1980, L. Emygdio 4443 (R). TOCANTINS: Dianópolis, 11º37'00"S 46º26'41"W, 663 m, 28.IX.2003, T.B. Cavalcanti et al. 3223 (CEN). Novo Jardim, estrada para Placas, TO-280 km 386, 11º49'07"S 46º33'55"W, 20.VII.2000, V.C. Souza et al. 24282 (RB).

12. Aeschynomene mollicula Kunth, Nov. Gen. Sp. (4ed.):6: 532. 1823. Figs. 6q-z; 23b

Subarbustos 0,5-3 m alt., eretos, sem xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos vilósulo-amarelados; estípulas 6-10 × 1,5-2 mm, lanceoladas, não peltadas, pubescentes externamente, ciliadas, sem pontuações translúcidas. Folhas 4,2-7,5 cm compr., 22-42-folioladas; folíolos 7,5-12 × 2,5 mm, oblongos, ápice obtuso e curtamente acuminado, base usualmente sobreposta à raque, face abaxial puberulenta, face adaxial pubescente, ciliados, nervura principal central, sem pontuações translúcidas. Racemos 2-10 mm compr. com 3-6 flores, congestos, mais curtos que as folhas, axilares; brácteas 2,5-3,2 × 1,5 mm, ovais, ciliadas, glabras, sem pontuações translúcidas; bractéolas 3,5-4 × 1,5-2 mm, elípticas, ciliadas, glabras ou glabrescentes. Flores 14-17 mm compr., pétalas amarelas; cálice 6-6,5 × 5-5,5 mm, campanulado, pubescente externamente, ciliado; estandarte 13-14 × 10-11,5 mm, orbicular-oboval, ápice emarginado, pubérulo externamente; alas 5-6 × 12-13 mm, oblongo-obovais, glabras; pétalas da quilha 9,8-10 × 7-8 mm, falcadas, glabras; androceu 13-15 mm compr.; ovário 5,5-6,5 mm compr., tomentoso. Lomento 1,2-3,4 cm compr., 3-5(-6)-articulado, submoniliforme; artículos 4-7 × 4,5-6 mm, suborbiculares, vilósulos; estipe 3-5 mm compr. Sementes 3-3,5 × 2-2,5 mm, marrons.

Material examinado selecionado: Cavalcante, Estrada Balsa Porto dos Paulistas para o Buracão, cerca de 27.7 km do rio Tocantins, 13º21'52"S, 48º01'37"W, 440 m, 9.XI.2000, G.P. Silva et al. 4386 (CEN); rio Santo Antônio, margem direita, 13º50'06"S, 48º01'12"W, 330 m, 23.V.2002, G.P. Silva & E.S. Guarino 6477 (CEN).

Distribui-se pelo Brasil, Colômbia, Paraguai e Peru (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil é reportada para a Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.; Queiroz 2009Queiroz LP (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.), e portanto, citada primeiramente para Goiás, onde floresce e frutifica de novembro a junho.

Aeschynomene mollicula pode ser diagnosticada pelos ramos vilósulo-amarelados, folíolos oblongos com nervura principal central e racemos congestos com 3-6 flores. É semelhante a A. paucifolia por compartilharem o hábito ereto e racemos congestos. Porém, A. paucifolia possui ramos com indumento cinéreo e folíolos oblongo-falcados com nervura principal submarginal, enquanto A. mollicula apresenta ramos com indumento amarelado e folíolos oblongos com nervura principal central.

13. Aeschynomene montevidensis Vogel, Linnaea 12: 83. 1838.

Arbustos 1,8-3,5 m alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos glabros ou esparsamente híspidos; estípulas 6,5-11,5 mm compr., lanceoladas, peltadas, prolongamento arredondado ou obtuso, margem inteira ou crenulado-ciliada, glabras, presença de pontuações translúcidas. Folhas 2,5-9 cm compr., 20-64-folioladas, folíolos 2-8 × 1-3,5 mm, oblongo ou oblongo-elípticos, ápice truncado ou arredondados, margem inteira, venação broquidódroma, nervura principal central a excêntrica, nervuras secundárias conspícuas na face abaxial glabros, presença de pontuações translúcidas. Racemos 1,7-7 cm compr., 1-9 flores, glabros ou esparsamente hirsutos, laxos; brácteas 5-7,5 × 2,5-4,5 mm, elípticas, margem crenado-ciliada, glabras, peltadas, o prolongamento bilobado, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 4,5-6,5 × 2,5-3,5 mm, oboval-elípticas, margem inteira ou crenado-ciliada, glabras, pontuações translúcidas presentes. Flores 17-31 mm compr., pétalas amarelas; cálice 5-10 × 5-8 mm, bilabiado, glabro, margem crenulado-ciliada; estandarte 13-18 × 12-22 mm, elíptico, ápice arredondado ou emarginado, margem inteira ou crenulado-ciliada, glabro; alas 12,5-18,5 × 6-10 mm, elíptico-obovais, ápice obtuso, margem crenado-ciliada, glabras; pétalas da quilha 13-20,5 × 6-9 mm, falcado-obovais, margem crenulada dorsalmente, glabras; androceu 12,5-18 mm compr.; ovário 10-17 mm compr., hirsuto. Lomento 3,5-8,8 cm compr., 3-8 articulado, margem superior reta e inferior crenada, não suturado entre o estipe e o primeiro artículo; artículos 3,5-5 × 5,5-10 mm, subelípticos, glabros a esparsamente hirsutos, não muricados; estipe 10-20 mm compr., glabro. Sementes 2,2-3 × 3-4 mm, marrons.

Material examinado selecionado: Pirenópolis, Parque Estadual Serra dos Pireneus, a 9 km do município, 2.III.2016, J.A. Oliveira et al. 4 (UFG).

Referida pelo BFG (2015)BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29. para Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, e citada primeiramente para Goiás. Coletada crescendo em expressivas populações em campo úmido temporariamente alagado, com flores e frutos de setembro a fevereiro.

Aeschynomene montevidensis é diagnosticada pelas maiores flores dentre as espécies estudadas (17-31 mm compr.), as mesmas com alas de margem crenulado-ciliada e pelos lomentos crenados na margem inferior.

14. Aeschynomene nana Glaz. ex Rudd, Phytologia, 15(2): 118. 1967. Figs. 7a-k; 18a-c; 23c

Subarbustos 6-30 cm alt., eretos, cespitosos, com xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos glabros ou pubérulos; estípulas 3,5-7 × 0,8-1,1 mm, lanceoladas, não peltadas, ciliadas, glabras, sem pontuações translúcidas. Folhas 0,9-2,2 cm compr., 19-23-folioladas; folíolos 2,8-7,2 × 1-1,8 mm, oblongo-falcados, ápice agudo, nervura principal marginal, puberulentos na face abaxial, margem ciliolada, sem pontuações translúcidas. Racemos 0,5-1 cm compr., 1 ou 2 flores, axilares ou terminais, laxos; brácteas e bractéolas semelhantes às estípulas, sem pontuações translúcidas. Flores 7-20 mm compr., pétalas alaranjadas; cálice 5-6 × 4-5 mm, campanulado, puberulento externamente, margem ciliada; estandarte 10-12 × 7,5-10,2 mm, orbicular, ápice arredondado e curtamente mucronulado, pubescente externamente; alas 10-12 × 3,5-5 mm, falcado-obovais, glabras; pétalas da quilha 7,5-10 × 3-4,5 mm, falcadas, glabras; androceu 8-11 mm compr.; ovário 2-6 mm compr., seríceo. Lomento 2,5-3,3 cm compr., 2-5(-6)-articulado; artículos 5-7 × 3-4 mm, suborbiculares, alvo-pubescentes, estipe 3-7 mm compr., puberulento antes do primeiro artículo. Sementes 2-3 × 1-2 mm, marrons.

Material examinado selecionado: Alto Paraíso de Goiás, Burned-over campo, ca. 7 km of Veadeiros, Goiás, 950 m, 15.II.1966, H.S. Irwin et al 12886 (NY, UB); morro do Japonês, 14º3'15.1"S, 47º32'29.9"W, 1478 m, 10.V.2013, L.L.C. Antunes et al. 643 (UFG); campo em meio a vegetação, 14º02'59.6"S, 47º31'19.7"W, 1478 m, 2.XI.2013, M.J. Silva et al. 5539 (UFG).

Espécie endêmica da Chapada dos Veadeiros no estado de Goiás, onde cresce em campos úmidos limpos ou sujos, formando populações entre 950-1.513 m, em solos areno-argilosos, com flores e frutos entre outubro e março, ou maio.

É reconhecida pelo hábito diminuto (até 30 cm alt.) e cespitoso e pelas inflorescências paucifloras (1 ou 2 flores). Compartilha dos folíolos oblongo-falcados com nervura principal marginal com Aeschynomene paucifolia, mas neste último as folhas têm 4,5-14,5 cm compr. (vs. 0,9-2,2 cm compr.), os racemos são congestos (vs. laxos) e as flores possuem pétalas amarelas (vs. alaranjadas).

15. Aeschynomene oroboides Benth. Fl. bras. 15(1A): 64. 1859. Figs. 7l-w; 18d-e; 23c

Subarbustos 10-30 cm alt., eretos, cespitosos, com xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos, pecíolo e inflorescências pubérulos; estípulas 5-11 × 2-3 mm, oval-lanceoladas, não peltadas, puberulentas externamente, cilioladas, sem pontuações translúcidas. Folhas 1,5-5 cm compr., 6-18-folioladas, curvas a falcadas; folíolos 12-27 × 5-8 mm, oblongo-elípticos, ápice agudo e mucronado, nervura principal submarginal, face abaxial puberulenta, margem espaçadamente ciliolada, sem pontuações translúcidas. Racemos 2,5-8 cm compr., (1-)2-6-floros; brácteas 3-4 × 1,2-1,5 mm, ovais, puberulentas, margem ciliado-denticulada, sem pontuações translúcidas; bractéolas 3-4,5 × 1-1,5 mm, lanceoladas, puberulentas, cilioladas. Flores 1,5-2,5 cm compr., pétalas amarelas; cálice 8-9 × 5-6 mm, campanulado, puberulento, margem ciliada; estandarte 11,5-14,5 × 8-12 mm, largamente orbicular, ápice arredondado, puberulento externamente; alas 11,5-13 × 5-6,2 mm, obovais, glabras; pétalas da quilha 9-10 × 6,5-8 mm, falcadas, glabras; androceu 9-10 mm compr.; ovário 12-14 mm compr., piloso. Lomento 1,5-2,7 cm compr., 1-6 articulado; artículos 3-11 × 4,3-4,5 mm, suborbiculares, face superior reta, face inferior arredondada, densamente puberulento, ciliolado; estipe 1-2 mm compr., glabro. Sementes 2-3,5 × 2-5 mm, marrons.

Material examinado selecionado: Amorinópolis, Serra dos Caiapós, a 40 km de Amorinópolis para Rio Verde, 21.VIII.1971, J.A. Rizzo & A. Barbosa 6644 (UFG). Caiapônia, Serra dos Caiapós, 28.XI.2013, L.L.C. Antunes 873 (UFG). Chapadão do Céu, Parque Nacional das Emas, 7.I.1991, A.L. Brochado 107 (IBGE). Jataí, fazenda Matalta, ca. 22 km da estrada Jataí-Caiapônia, 2.X.1968, S.G. Fonseca & Onishi 1014 (UB, NY).

Espécie endêmica da região Centro-Oeste, onde cresce entre 300-1000 m alt. Foi coletada no sudoeste da área estudada (Serra dos Caiapós e no município de Jataí), em cerrado de encosta com flores e frutos de agosto a janeiro.

As folhas curvas a falcadas com folíolos oblongo-elípticos e amplos (12-27 mm compr.) tornam A. oroboides facilmente reconhecível e distinta das demais espécies estudadas.

16. Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel, Linnaea, 12: 95.1838. Figs. 8a-n; 18f-h; 23c

Subarbustos ou arbustos 0,30-3 m alt., eretos, não cespitosos, sem xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos glabros ou glabrescentes, verde-amarelados; estípulas 3-9 × 1-1,5 mm, oval-lanceoladas, não peltadas, glabras, margem ciliolada, sem pontuações translúcidas; pecíolo 0,4-0,7 cm compr. Folhas 6-10 cm compr., 64-106-folioladas; folíolos 3-7 × 1-1,5 mm, oblongos, ápice arredondado ou curtamente acuminado, glabros adaxialmente, puberulentos abaxialmente, margem ciliolada, nervura principal central, sem pontuações translúcidas. Racemos axilares e panículas terminais, 7-25 cm compr., com 5-20 flores, laxos, mais longos que as folhas; brácteas 0,5-1 × 1-1,2 mm, oblongo-elípticas, glabras, ciliadas, sem pontuações translúcidas; bractéolas 1,5-2 × 2-2,5 mm, ovais, ciliadas, glabras. Flores 0,6-1,5 cm compr., pétalas amarelas; cálice 2,5-3,8 × 2-3,8 mm, campanulado, puberulento externamente, ciliolado; estandarte 7-8 × 7,5-8 mm, orbicular, ápice arredondado ou emarginado, base auriculada, alvo-puberulento externamente; alas 7,2-8,5 × 3-5 mm, falcadas, glabras; pétalas da quilha 5-5,5 × 2-4,8 mm, falcadas; androceu 7-8 × 2,5-3 mm; ovário 3,8-4,8 mm compr., seríceo. Lomento 2-3,5 mm compr., 4-6-articulado, não reflexo, moniliforme; artículos 2,5-4 × 2,5-4 mm, orbiculares, glabros a pubescentes; estipe 3-4 mm compr. Sementes 2-2,5 × 1-1,5 mm, verde-amareladas.

Material examinado selecionado: Abadia de Goiás, redondezas da Fazenda Olho D'água, 20.IX.2013, L.L.C. Antunes 782 (UFG). Água Fria de Goiás, km 56 da GO-118, M.J. Silva et al. 4104 (UFG). Aragarças: BR-070 km 429, sentido Aragarças, 15º53'37"S, 51º50'56.8"W, 320 m, 26.VI.2014, L.S. Inocencio et al. 51 (UFG). Caiapônia, cerca de 40 km S of Caiapônia, 950 m, 26.VI.1966, H.S. Irwin et al. 17779 (NY). Cristalina, margem do rio Arrependido, 16º13'14"S, 47º20'42"W, 850 m, 6.III.2002, G.P. Silva et al. 6048 (CEN).

Distribui-se nas Américas Central e do Sul (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil, ocorre amplamente em todo o país em ambientes antropizados e abertos, incluindo margens de estradas e pastagens, associadas a diferentes tipos de solos e vegetação, condições em que também foi encontrada neste estudo. Floresce e frutifica o ano todo.

Aeschynomene paniculata é reconhecida pelas panículas terminais ou racemos axilares e frutos moniliformes. Assemelha-se morfologicamente a A. brevipes e A. racemosa pelo hábito ereto e inflorescências laxas, terminais e maiores que as folhas. Porém, A. paniculata se diferencia de A. racemosa pelas folhas 64-106-folioladas (vs. 26-42-folioladas), folíolos oblongos (vs. oblongo-obovais) e pelos lomentos 4-6-articulados com artículos orbiculares (vs. 2-3-articulado com artículos oblongo-obovais). As semelhanças morfológicas entre A. paniculata e A. brevipes estão discutidas nos comentários desta última.

17. Aeschynomene parviflora Micheli, Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist. Foren. Kjøbenhavn, 66. 1875. Figs. 8o-y; 19a-c; 24a

Figura 24
Mapas de distribuição - a. Aeschynomene parviflora, A. paucifolia. b. A. pratensis, A. racemosa, A. rudis, A. sensitiva var. sensitiva. c. A. sensitiva var. amazonica, A. sensitiva var. hispidula, A. simplicifolia. d. A. veadeirana, A. viscidula, A. vogelii.
Figure 24
Distribution maps - a. Aeschynomene parviflora, A. paucifolia. b. A. pratensis, A. racemosa, A. rudis, A. sensitiva var. sensitiva. c. A. sensitiva var. amazonica, A. sensitiva var. hispidula, A. simplicifolia. d. A. veadeirana, A. viscidula, A. vogelii.

Subarbustos 0,5-1,5 m alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos híspido-glandulares ou glabros; estípulas 3,2-8 × 1,2-2 mm, falcado-lanceoladas, peltadas, ciliadas, híspidas externamente, prolongamento basal oblongo de base truncada, pontuações translúcidas presentes. Folhas 1,5-2,8 mm compr., 18-26-folioladas; folíolos 3,2-5,5 × 1,2-1,8 mm, estreitamente oblongos, ápice obtuso e mucronulado, venação broquidódroma, nervura principal submarginal, glabros, margem inteira, pontuações translúcidas presentes. Racemos 0,4-1,5 cm compr., com 2 a 6 flores, terminais e axilares; brácteas 1-1,2 × 0,8-1 mm, largamente ovais, serrulado-ciliadas, glabras, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 1,5-1,8 × 0,8-1 mm, oval-lanceoladas, híspidula-ciliadas, glabras, pontuações translúcidas presentes. Flores 3-5,5 mm compr., pétalas amarelo escuras; cálice 2-3,8 × 2-2,5 mm, bilabiado, glabro, híspido-ciliado; estandarte 4-4,5 × 2,5-3 mm, oboval, ápice levemente emarginado com tricomas híspidulos, glabro; alas 3,5-4,5 × 1-1,5 mm, oblongo-elípticas, glabras; pétalas da quilha 3,5-4 × 1,4-1,5 mm, falcadas, bifurcadas no ápice, glabras; androceu 2,5-3 mm compr., ovário 1,2-1,5 mm compr., hirsuto. Lomento 1-3-articulado, 4-6 mm compr., reflexo, não suturado entre o estipe e o primeiro artículo; artículos 2,8-3 × 2-2,2 mm, suborbiculares, face superior reta e inferior crenulada, curtamente híspiduloso, muricados; estipe 1-1,5 mm compr., glabro. Sementes 1-2,8 × 1-1,5 mm, negras ou esverdeadas.

Material examinado selecionado: Goiânia, às margens do ribeirão João Leite que a 400 m deságua no rio Meia Ponte, 7.VI.1968, J.A. Rizzo & A. Barbosa 1365 (UFG); borda de lagoa do Parque Beija-flor no Setor Jaó, 22.XII.2010, M.J. Silva 3226 (UFG); borda da lagoa do Parque Leolídeo di Ramos Caiado, Setor Goiânia II, 16º37'39.77"S, 49º15'23.70"W, 714 m, 14.VIII.2014, L.L.C. Antunes 1200 (UFG).

Espécie sul-americana (Bolívia, Brasil e Paraguai) (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil, ocorre no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e em São Paulo (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.), e está sendo citada para Goiás, onde foi coletada em margens de lagoas, com flores e frutos de janeiro a agosto.

É reconhecida pelas folhas, flores e frutos pequenos, 1,5-2,8 mm compr., 3-5,5 mm compr. e 4-6 mm compr., respectivamente, e pétalas da quilha bifurcadas no ápice. Aeschynomene parviflora pode ser confundida com A. histrix var. histrix pelos racemos pequenos (até 4 cm compr.) e frutos reflexos com 1-3 artículos. Porém A. parviflora possui habitat aquático, estípulas peltadas, cálice bilabiado e flores 3-5,5 mm compr., enquanto A. histrix var. histrix é de habitat terrestre, possui estípulas não peltadas, cálice campanulado e flores 5-7 mm compr.

18. Aeschynomeme paucifolia Vogel, Linnaea, 12: 94. 1838. Figs. 9a-h; 19d-e; 24a

Subarbustos 0,5-1,5 m alt., eretos, sem xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos velutino-canescentes; estípulas 4-10 × 1-3 mm, lanceoladas ou triangulares, não peltadas, puberulentas externamente, ciliadas, sem pontuações translúcidas. Folhas 4,5-14,5 cm compr., 44-84-folioladas; folíolos 5-12 × 1,2-4,2 mm, oblongo-falcados, ápice obtuso, às vezes mucronulado, face abaxial serícea ou glabrescente, face adaxial glabra, nervura principal marginal, sem pontuações translúcidas. Racemos 0,9-5,5 cm compr., 3-5-flores, congestos, menores que as folhas, axilares e terminais, solitários, às vezes aos pares; brácteas 1,8-2,5 × 1,2-1,5 mm, ovais, tomentosas externamente, ciliadas, sem pontuações translúcidas; bractéolas 2-2,5 × 1,2-1,9 mm, oval-elípticas, semelhante às brácteas. Flores 0,9-1,7 cm compr., pétalas amarelas; cálice 3,5-4,5 × 2-3 mm, campanulado, puberulento, externamente ciliado; estandarte 6-12,5 × 5-9 mm, orbicular, ápice arredondado, pubescente externamente, ciliolado; alas 6-10 × 2,5-5 mm, falcado-obovais, ápice obtuso, glabras, às vezes pubescentes no ápice; pétalas da quilha 5,5-8 × 2-3 mm, falcadas, ápice agudo, glabras; androceu 6,5-12 mm compr.; ovário 2-5 mm compr., piloso. Lomento 0,7-3,5 cm compr., 1-4-articulado; estipe 2-6 mm compr., indumentado antes do primeiro artículo, istmos marginais; artículos 5-10 × 2,5-6 mm, suborbiculares, vilosulos. Sementes 3-4,5 mm compr., marrons.

Material examinado selecionado: Caiapônia, Serra dos Caiapós, 28.XI.2013, L.L.C. Antunes 879 (UFG). Colinas do Sul, 3 km a partir da estrada que leva a Fazenda Gavião, 1.XI.2013, M.J. Silva et al. 5510 (UFG). Flores de Goiás, Fazenda Lagamar, 14º31'20"S, 46º34'15"W, 9.XII.2003, G.P. Silva et al. 8352 (CEN). Goiás, 22 km da cidade rumo a Serra Dourada, 8.IX.1976, P. Gibbs et al. 2877 (UEC). Vianópolis, GO-010 km 228, 26.IX.2013, L.L.C. Antunes 793 (UFG).

Espécie endêmica do Brasil, com registro para a Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Tocantins (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Foi coletada em cerrado rupestre e cerrado sensu stricto ou em áreas antropizadas, associada a solos arenosos entre 290 e 1.448 m de altitude, com flores e frutos o ano inteiro.

Aeschynomene paucifolia é reconhecida pelos ramos velutino-canescentes, folíolos oblongo-falcados com nervura principal marginal, racemos congestos e frutos com artículos grandes (5-10 × 2,5-6 mm) e vilosulos. Assemelha-se a A. nana e A. mollicula, conforme já discutido.

19. Aeschynomene pratensis Small, Bull. New York Bot. Gard., 3(11): 423. 1905. Figs. 9i-p; 19f-g; 24b

Subarbustos 1-2 m alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de lugares paludosos; caule glabro ou esparsamente hispídulo; estípulas 5-13 mm compr., lanceoladas, peltadas, prolongamento basal oblongo e bilobado, margem híspida, glabras, pontuações translúcidas presentes. Folhas 2,5-6,5 cm compr., 22-40-folioladas; folíolos 4,8-7,5 × 1,5-2,5 mm, oblongos, ápice arredondado, margem inteira, venação broquidódroma, nervura principal central, as secundárias inconspícuas em ambas as faces, pontuações translúcidas presentes. Racemos 4,3-13 cm compr., com 3-5 flores, híspidulo-glandulares, os tricomas de base alargada, amarelados; brácteas 3,5-5,5 × 2-3 mm, ovais, denticulado-ciliadas, glabras, peltadas, prolongamento basal bilobado, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 2,8-4 × 1,3-2 mm, base arredondada, semelhante às brácteas. Flores 13-18 mm compr., pétalas amarelas; cálice 5-7 × 6-10 mm, bilabiado, glabro, ciliado; estandarte 8,5-12 × 7,5-9 mm, elíptico-oboval, ápice arredondado, margem híspidulo-ciliada ou não, glabro; alas 4-5 × 8-10 mm, elípticas, margem inteira, glabras; pétalas da quilha 6-6,5 × 5-6,5 mm, falcadas, margem inteira, glabras; androceu 9-10 mm compr., ovário 4,5-5 mm compr, crispo-pubescente. Lomentos 3,5-5 cm compr., 3-7 articulados, glabros a glabrescentes, enegrecido na maturidade; artículos 6-8 × 4-5 mm, crenulados em ambas as margens ou a margem superior reta, suturado entre o estipe e o primeiro artículo; estipe 8-14 mm compr. Sementes 1,9-2 × 1,8-2 mm, marrons.

Material examinado selecionado: Campinorte, lagoa intermitente, 14º17'08"S, 49º02'06"W, 502 m, 13.XII.2013, L.L.C. Antunes 921 (UFG). Formosa, GO-020, 17º18'22.37"S, 47º37'47.48"W, 941 m, 18.XII.2013, L.L.C. Antunes & Souza A. O. 971 (UFG).

Espécie registrada nas Américas Central (Costa Rica, Panamá, Haiti e Cuba) e do Sul (República Dominicana, Venezuela, Colômbia, Bolívia e Brasil) (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil pode ser encontrada nas regiões Norte (Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul) e Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.), associada a bordas de córregos, lagos, rios, ou ambientes alagados, com flores de agosto a fevereiro.

Diferencia-se das demais espécies estudadas pelos folíolos com nervuras secundárias inconspícuas, estandarte elíptico-oboval e lomentos suturados entre o estipe e o primeiro artículo. Confunde-se com Aeschynomene sensitiva var. sensitiva pelo hábito ereto, folhas grandes (2,5-8 cm compr.) com folíolos oblongos e lomentos enegrecidos na maturidade. No entanto, em A. sensitiva var. sensitiva os folíolos apresentam nervuras secundárias conspícuas (vs. inconspícuas), estandarte orbicular (vs. elíptico-oboval), lomentos não suturados no primeiro artículo (vs. suturados) e estipe 3-6 mm compr. (vs. 8-14 mm compr.).

20. Aeschynomene racemosa Vogel, Linnaea 12: 92-93. 1838. Figs. 9q1-x; 24b

Subarbustos 0,4-2 m alt., eretos, sem xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos pubescentes a glabrescentes, tricomas não glutinosos e alvos; estípulas 2-4 × 1-1,5 mm, lanceoladas, não peltadas, esparsamente pubescentes externamente, híspido-ciliadas, sem pontuações translúcidas. Folhas 4,5-6 cm compr., 26-42-folioladas; folíolos 5-7 × 1,5-3 mm, oblongo-obovais, ápice arredondado e mucronulado, glabros na face adaxial, pubescentes ao longo das nervuras na face abaxial, nervura principal excêntrica, não ciliados, margem inteira, sem pontuações translúcidas. Racemos 10-12 cm compr., 4-6 flores, axilares e terminais, mais longos que as folhas; brácteas 1,2-1,5 × 1 mm, ovais, ápice 3-dentado, glabras, híspido-ciliadas, sem pontuações translúcidas; bractéolas 1,5-1,8 × 1-1,2 mm, ovais, semelhante às brácteas. Flores 9,8-10 mm compr., pétalas amarelas; cálice 2,9-3 × 2,8-2,9 mm, campanulado, glabro ou pubescente no centro dos lobos, híspido-ciliado; estandarte 6-8 × 7-8 mm, orbicular, ápice arredondado, pubérulo externamente; alas 6,5-7,5 × 4-5 mm, oboval-elípticas, glabras; pétalas da quilha 5-6 × 3,5-4 mm, falcadas, glabras; androceu 6-7 mm compr.; ovário 3-3,5 mm compr., puberulento. Lomento 1,5-1,8 cm compr., 2-5-articulados, face superior reta e inferior crenulada; artículos 5-6 × 2,4-2,5 mm, oblongo-obovais, plano compressos, alvo-pubescentes, não maculados; estipe 3 mm compr., glabro. Sementes 2-3 × 1,5-2 mm, marrons.

Material examinado selecionado: Posse, em frente à Fazenda São Pedro, 14º16'17"S, 46º17'00"W, 840 m, 19.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1004 (UFG); próximo a pista de pouso da Fazenda Santa Genoveva, 14º11'42"S, 46º19'18"W, 823 m, 20.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1018 (UFG).

Espécie brasileira (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo) (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.), sobretudo dos biomas cerrado e caatinga. Foi coletada em ambientes desmatados entre 820-840 m, com flores e frutos de setembro a abril.

Aeschynomene racemosa caracteriza-se pelas folhas 26-42-folioladas, pecíolos longos (9-18 mm compr.), brácteas 3-dentadas e híspido-ciliadas e frutos com artículos oblongo-obovais. Relaciona-se morfologicamente com A. paniculata, conforme discutido previamente.

21. Aeschynomene rudis Benth., Pl. Hartw. 116. 1843. Figs. 10a-k; 20a-c; 24b

Subarbustos ou arbustos 0,5-3 m alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos híspidos, tricomas amarelos de base alargada enegrecida; estípulas 12-20 × 3,5-4 mm, ovais, peltadas, prolongamento arredondado, glabras, margem serrado-ciliada, pontuações translúcidas presentes. Folhas 9,5-10,5 cm compr., 30-52-folioladas; folíolos 8-14 × 2-3,5 mm, oblongos, ápice obtuso, venação broquidódroma, nervura principal excêntrica, nervuras secundárias conspícuas na face abaxial, margem inteira, glabros, pontuações translúcidas presentes. Racemos 2,5-6,5 cm compr., 2-7 flores, laxos; brácteas 3,5-7 × 2-3,5 mm, ovais, não peltadas, margem serrado-ciliada, glabras, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 4,5-5 × 1,5-1,8 mm, lanceoladas, semelhantes às brácteas. Flores 9,5-14 mm compr., pétalas amarelas; cálice 6,5-7 × 7-8 mm, bilabiado, glabro, margem com ápice ciliolado, pontuações translúcidas presentes; estandarte 11-12,5 × 10,5-11 mm, orbicular, ápice emarginado, recurvado, margem serrado-ciliada, glabro; alas 9-10 × 5,5-6,5 mm, oboval-elíptico, margem dorsal serrado-ciliada, glabras; pétalas da quilha 7-12 × 3-3,5 mm, elíptico-falcadas, margem sutilmente serrilhada, glabras; androceu 6-8 mm compr.; ovário 6-7 mm compr., falcado, híspidulo. Lomento 3,8-5 cm compr., (7-)8-12-articulado, reto a ligeiramente curvo, face superior reta e inferior crenulada, castanho a enegrecido, não suturado entre o estipe e o primeiro artículo; artículos 4-5 × 3,5-4 mm, quadrangulares, esparsamente híspidos, verrucoso ao centro na maturidade; estipe 4-6 mm compr., híspido próximo ao primeiro artículo. Sementes 2-2,5 × 2-3 mm, marrons.

Material examinado selecionado: Alvorada do Norte, entrada para o trevo de Iaciara, 14º29'27"S, 46º30'19"W, 497 m, 20.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1025 (UFG).

Espécie latino-americana (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.), sendo no Brasil encontrada em todas as regiões, em áreas antropizadas alagadas, matas ciliares e de galeria (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Está sendo citada para Goiás neste estudo, onde foi coletada em ambiente perturbado sobre águas rasas com flores e frutos de setembro a junho.

Aeschynomene rudis pode ser reconhecida pelos ramos híspidos, folhas 9,5-10,5 cm compr., flores com estandarte emarginado e recurvado, lomentos (7-)8-12-articulado com artículos esparsamente híspidos. Assemelha-se morfologicamente a A. sensitiva var. hispidula pelos ramos híspidos, folíolos oblongos, racemos e estipes do lomento com tamanhos similares, lomentos com margem superior reta e inferior crenulada. Entretanto, A. rudis possui folíolos com margem não ciliada (vs. ciliada em A. sensitiva var. hispidula), brácteas com 3,5-7 mm compr., não peltadas (vs. 2-2,5 mm compr., peltadas), estandarte com ápice emarginado (vs. arredondado) e alas com margem dorsal serreada (vs. inteira).

22. Aeschynomene sensitiva Sw. Prodr., 107. 1788.

Subarbustos a arbustos 1-3 m alt., eretos, sem xilopódio, aquáticos ou de ambientes paludosos; ramos glabros, glabrescentes, esparsa a densamente híspido-glandulares; estípulas 5-26 × 1,5-3 mm, elípticas ou ovais, peltadas, margem inteira ou serrada, híspido-ciliadas, glabras, com pontuações translúcidas presentes, decíduas. Folhas 4-17 cm compr., 16-50-folioladas; folíolos 5-25 × 2-6 mm, oblongos a oblongo-elípticos, ápice arredondado e mucronulado, margem inteira, esparsamente hispídula, glabros, venação broquidódroma, nervura principal central, nervuras secundárias conspícuas na face abaxial, pontuações translúcidas presentes. Racemos 3,5-6 cm compr., glabros ou hispídulos, laxos; brácteas 2-2,5 × 1,5-2,5 mm, elípticas, peltadas, híspido-ciliadas, glabras, pontuações translúcidas presentes; bractéolas 2-2,5 × 1,4-1,5 mm, ovais, semelhantes às brácteas. Flores 6-15 mm compr., pétalas amarelas; cálice 4-6 × 4-5 mm, bilabiado, margem inteira ou híspido-ciliado, glabro; estandarte 6,5-11 × 5-7,5 mm, oval-orbicular, ápice arredondado, não recurvado, margem inteira, híspido-ciliada ou não ciliada, glabro; alas 5,5-6,2 × 3,5-4,5 mm, obovais, margem hispídula-ciliada ou não, glabras; pétalas da quilha 3,5-5 × 3-4,5 mm, falcadas, glabras; androceu 5-6 mm compr.; ovário 5-7 mm compr., glabro. Lomento 2,8-7 cm compr., 4-12-articulado, enegrecido na maturidade, margem superior reta, margem inferior crenulada, não suturado entre o estipe e o primeiro artículo; artículos 4-7 × 5-6 mm, quadrangulares, glabro a hispídulo, não muricados; estipe 3-6 mm compr., glabro a esparsamente híspidulo. Sementes 2,9-3 mm compr., marrons.

Pode ser reconhecida pelo porte usualmente arbustivo com até 3 m alt., folhas com 16-50 folíolos oblongos a oblongo-elípticos, estípulas com prolongamento basal oval ou oblongo-oboval, lomentos grandes (2,8-7 cm compr.), enegrecidos com margem superior reta e inferior crenulada. Relaciona-se com Aeschynomene evenia, A. pratensis e A. rudis como já discutido nos comentários das mesmas. Rudd (1955)Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172. reconheceu para esta espécie as variedades amazonica, hispidula e sensitiva, todas encontradas neste estudo.

    Chave de identificação das variedades de Aeschynomene sensitiva
  • 1. Ramos densamente híspido-glandulares; folíolos e estípulas com margens ciliadas ................................ 22.3. Aeschynomene sensitiva var. hispidula

  • 1'. Ramos glabros, glabrescentes ou esparsamente híspido-glandulares; folíolos e estípulas com margens não ciliadas.

    • 2. Folhas com 10-17 cm compr.; pecíolo 10-14 mm compr.; folíolos 15-25 × 4-6 mm compr.; estípula 20-26 mm compr. 22.2. Aeschynomene sensitiva var. amazonica

    • 2'. Folhas 4-8 cm compr.; pecíolo 3-6 mm compr.; folíolos 5-7 × 2-2,5 mm compr.; estípulas 5-11 mm compr. 22.1. Aeschynomene sensitiva var. sensitiva

22.1. Aeschynomene sensitiva Sw. var. sensitiva.Figs. 10l-u; 20d-f; 24b

Segundo Rudd (1955)Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172., este táxon ocorre desde o sul do México até a Argentina. No Brasil distribui-se em todas as regiões, crescendo entre 270-860 m, frequentemente encontrado em ambientes antropizados (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Citada primeiramente neste estudo para os estados de Goiás e Tocantins, sendo no primeiro estado encontrada em brejos, lagoas rasas ou margem de rios.

Material examinado selecionado: Alvorada do Norte, entrada para o trevo de Iaciara, brejo a esquerda do Morro, 14º29'27"S, 46º30'19"W, 497 m, 20.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1022 (UFG). Pires do Rio, GO-030, km 166, 26.IX.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 806 (UFG). Uruaçú, 13 km a nordeste da Vila Água Branca, 27 km da BR-153 região da fazenda Amarra Cachorro, 14º13'12"S, 49º00'36"W, 470m, 5.X.1992, B.M.T., Walter et al. 1988 (CGMS).

Material adicional examinado: BRASIL. TOCANTINS: Graciosa, 24.III.1828-10.II.1830, W.J. Burchell 8801 (NY).

22.2. Aeschynomene sensitiva var. amazonicaRudd, Contr. U.S. Natl. Herb., 32(1): 54. 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.. Figs. 10v-w; 24c

Táxon conhecido no Brasil, Colômbia e Perú (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.). No Brasil é reportado para o Amazonas e Pará, e a partir deste estudo para Goiás, onde cresce em brejos, margem de lagoas naturais ou artificiais, ou ambientes alagados.

Material examinado selecionado: Goiânia, borda de lagoa do Parque Beija-flor no Setor Jaó, 22.XII.2010, M.J. Silva 3225 (UFG); 20.II.2014, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1131 (UFG). Santa Bárbara, após o posto da Polícia Federal, 16.I.2011, M.J. Silva 3278 (UFG).

22.3. A. sensitiva var. hispidulaRudd, Contr. U.S Natl. Herb., 32(1): 54. 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.. Figs. 10x-z; 24c

Táxon distribuído na América do Sul (Colômbia e Brasil) (Fernandes 1996Fernandes A (1996) O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 128p.). No Brasil pode ser encontrado em Minas Gerais, Pará, Piauí e São Paulo (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.), e está sendo registrado para Goiás primeiramente. Coletado em bordas de lagoas ou rios.

Material examinado selecionado: Alvorada do Norte, pequena lagoa, 14º28'33"S, 46º30'54"W, 510 m, 20.XII.2013, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1045 (UFG). Goiânia, área de preservação permanente do rio Meia Ponte, 16º38'04"S, 49º14'58"W, 718 m, 20.II.2014, L.L.C. Antunes & A.O. Souza 1120 (UFG).

23. Aeschynomene simplicifolia G.P. Lewis, Kew Bull., 47(1): 141, f. 3. 1992. Figs. 11a-j; 20g-i; 24c

Subarbustos 5-25 cm alt., cespitosos, eretos, terrestres de ambientes secos, com xilopódio, glabrescentes; estípulas 2-4 × 0,8-1 mm, oval-lanceoladas, não peltadas, ciliadas, glabras ou pubescentes, sem pontuações translúcidas; pecíolo conspicuamente articulado. Folhas unifolioladas, os folíolos 3,2-6 × 0,9-2 cm, elípticos, ápice obtuso e mucronulado, glabros, margem inteira, espessada, nervura principal central, sem pontuações translúcidas. Racemos 1,5-9 cm compr. com 3-7 flores, terminais, laxos; brácteas 1,5-2 × 1-1,2 mm, oval-elípticas, pubérulas, hispídula-ciliadas, sem pontuações translúcidas; bractéolas 2-3,2 × 0,5-1 mm, lanceoladas, semelhante às brácteas. Flores 1,6-2,8 cm compr., pétalas alaranjadas; cálice 4-7 × 3-4 mm, campanulado, margem ciliada, púberulo externamente na porção superior; estandarte 12-16 × 15-17 mm, orbicular, ápice arredondado a retuso, glabro a pubérulo externamente; alas 13-14 × 6,5-8 mm, obovais, glabras; pétalas da quilha 10-14 × 3-4 mm, falcadas, glabras; androceu 10-15 mm compr.; ovário 3,5-8 mm compr., densamente piloso. Lomento 1,4-2,6 cm compr., 1-2-articulado, submoniliforme; artículos 7-12 × 5-7,5 mm, suborbiculares, pubérulos; estipe 4-11 mm compr. Sementes 5-7 × 3-5 mm, negras.

Material examinado selecionado: Alto Paraíso de Goiás, estrada de acesso ao alojamento dos brigadistas do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, 15.X.2010, M.J. Silva et al. 3027 (UFG); imediações do morro do Buracão, 26.X.2012, M.J. Silva et al. 4500 (UFG); início da estrada de terra para o Morro da Baleia, 2.VIII.2013, L.L.C. Antunes et al. 695 (UFG); cerca de 20 m do rio Preto, em direção ao Morro Peito de Moça, 3.VIII.2013, L.L.C. Antunes et al. 702 (UFG).

Aeschynomene simplicifolia é endêmica da Chapada dos Veadeiros, Goiás, onde habita campos limpos ou sujos entre 1.200 e 1.250 m, com flores e frutos de julho a março ou, em geral, pós fogo. É a única espécie deste estudo com folhas unifolioladas, o que facilita seu reconhecimento.

24. Aeschynomene veadeirana M.J. Silva & L.L.C. Antunes, Phytotaxa, 184(1): 31. 2014. Figs. 11k-v; 21a-c; 24d

Subarbustos 0,7-2,8 m compr., prostrados, às vezes decumbentes, terrestres, de ambientes secos, com xilopódio; ramos glabrescentes a tomentosos; estípulas 2,5-5 × 1-2 mm, lanceoladas a oval-lanceoladas, não peltadas, ciliadas, pubérulas em ambas as faces, sem pontuações translúcidas. Folhas 6-18 mm compr., 3-5(-7)-folioladas; folíolos 7-15 × 3-7 mm compr., oblongos, raramente oblongo-obovais, ápice obtuso e mucronulado, nervura principal excêntrica, margem ciliada e revoluta, pubescentes em ambas as faces, sem pontuações translúcidas. Racemos 2,8-16,1 mm compr., com 2-13 flores, axilares e terminais; brácteas 1,8-3 × 1,8-2 mm, ovais, margem denticulada e hispídula, pubescentes em ambas as faces, sem pontuações translúcidas; bractéolas 2,2-3 × 1-2 mm, elípticas, semelhante às brácteas. Flores 10-17 mm compr., pétalas amarelas; cálice 5-6 × 5-5,5 mm, campanulado, pubescente externamente, híspido-ciliado; estandarte 11-13 × 11-12,5 mm, orbicular, ápice emarginado, púberulo externamente; alas 5-5,5 × 10-10,5 mm, amplamente obovais, sobrepondo-se dorsalmente; pétalas da quilha 5-6 × 4-5,5 mm, falcadas, glabras; androceu 6,5-8 mm compr.; ovário 2-3,5 mm compr., tomentoso. Lomentos 1,5-2,5 cm compr., moliniformes, retos, 1-2-articulados, não reflexos; artículos 4-6 × 3-4 mm, orbiculares, pubescentes, maculados; estipe 4-7 mm compr. Sementes 2-2,5 × 1,5-2 mm, castanho-escuras a negras.

Material examinado selecionado: Alto Paraíso de Goiás, Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, trilha que passa atrás do Morro da Baleia, 14º03'53"S, 47º38'20"W, 17.VIII.1995, R.C. Mendonça et al. 2267 (IBGE). Cavalcante, GO-118, km 195, cerca de 2 km a partir do Cruzeiro em direção à cidade de Teresina de Goiás, 13º56'9.4"S, 47º26'43.5"W, 1.570 m, 12.X.2013, L.L.C. Antunes et al. 883 (UFG); imediações do km 204 da GO-118, no lado esquerdo da estrada que leva a Teresina de Goiás, 13º32'38"S, 47º13'29"W, 1278 m, 27.VII.2014, M.J. Silva et al. 6123 (UFG).

Aeschynomene veadeirana é endêmica da Chapada dos Veadeiros, onde habita em campos úmidos próximos a córregos, entre 1278-1570 m, florescendo e frutificando de julho a outubro.

O hábito decumbente a prostrado, folhas 3-7-folioladas com folíolos oblongos ou oblongo-obovais, flores com alas sobrepostas dorsalmente, associado aos seus lomentos 1-2-articulados, não reflexados e com artículos maculados, a tornam seguramente reconhecida. Relaciona-se morfologicamente com Aeschynomene viscidula, com a qual compartilha o hábito prostrado ou decumbente, folhas com tamanhos similares e pecíolos curtos. Entretanto, em A. viscidula os ramos são usualmente híspido-viscosos (vs. glabrescentes ou tomentosos e não viscosos em A. veadeirana), os folíolos são obovais (vs. oblongos a raro oblongo-obovais), as inflorescências são axilares (vs. terminais e axilares) e os lomentos são reflexados (vs. retos).

25. Aeschynomene viscidula Michx., Fl. Bor.-Am. 2: 74. 1803. Figs. 12a-l; 24d

Subarbustos 0,6-1 m compr., prostrados ou decumbentes, sem xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos híspido-viscosos, glutinosos; estípulas 3-8,5 × 1-2 mm, oval-lanceoladas, não peltadas, ciliadas por tricomas híspido-glandulares ou não, sem pontuações translúcidas. Folhas 6-15 mm compr., 7-11-folioladas; folíolos 6-9 × 3,5-5 mm compr., obovais, ápice arredondado, nervura principal central ou pouco excêntrica, alvo pubescentes em ambas as faces, margem inteira e hispídula-ciliada, os tricomas glandulares ou não, sem pontuações translúcidas. Racemos 1,7-7 mm compr. com 2-4 flores, axilares, maiores que às folhas; brácteas 1,6-2 × 1,9-2 mm, elípticas, híspido-glandulares, ciliado-glandulares, sem pontuações translúcidas; bractéolas 1,5-2,2 × 1-1,5 mm, elípticas, híspido-glandulares externamente, dentado-ciliadas. Flores 10-13 mm compr., pétalas amarelas; cálice 3-3,5 × 2,5-4 mm, campanulado, margem crispo-pubescente, margem híspido-ciliada; estandarte 5-7 × 5,5-7 mm, orbicular, ápice arredondado e mucronulado, ciliado, pubescente externamente; alas 5,4-5,5 × 3,3-3,5 mm, obovais, não sobrepostas dorsalmente; pétalas da quilha 4,9-5× 3,8-4 mm, falcadas, glabras; androceu 5,5-7,5 mm compr.; ovário 3-4,5 mm compr., piloso e híspido. Lomento 8-11 mm compr., reflexo, 2-3-articulado, submoniliforme; artículos 5-5,5 × 4-5 mm, suborbiculares, densamente alvo-tomentosos entremeados com tricomas híspidos glandulares amarelos; estipe 2-3 mm compr., híspido. Sementes 2,5-3 × 2,2-2,5 mm, castanhas.

Material examinado selecionado: Bela Vista, GO-020 km 24 margem de estrada, 16º59'40.2"S, 48º57'43.8"W, 791 m, 23.I.2014, L.L.C. Antunes et al. 1060 (UFG). Caldas Novas, em frente ao alojamento do PESCAN, 17º28'07.1"S, 49º13'13.4"W, 656 m, 7.II.2014, L.L.C. Antunes et al. 1068 (UFG). Niquelândia, Lagoa Serra da Mesa, imediações do Condomínio Vista do Lago, 14º12'16.06"S, 48º18'43.4"W, 468 m, 20.VI.2014, L.L.C. Antunes et al. 1145 (UFG).

Aeschynomene viscidula ocorre desde os Estados Unidos até o Brasil (Rudd 1955Rudd VE (1955) The American species of Aeschynomene. In: Rudd VE (ed.) Leguminosae. Contributions from the United States National Herbarium 32: 1-172.), onde pode ser encontrada em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.). Neste estudo é referida pela primeira vez para Goiás, onde foi coletada em pastagens abandonadas, margens de rios e afloramentos rochosos associados ao cerrado sensu stricto, florescendo e frutificando de janeiro a julho.

Pode ser reconhecida pelos ramos híspido-viscosos, às vezes glutinosos, folíolos obovais com margem hispídula-ciliada e lomentos reflexos com artículos densamente alvo-tomentosos e híspido-amarelados glandulares. Assemelha-se com Aeschynomene brasiliana e A. veadeirana como discutido nos comentários destas.

26. Aeschynomene vogelii Rudd, J. Wash. Acad. Sci. 49(2): 48. 1959. Figs. 12m-x; 21d-f; 24d

Subarbustos a arbustos 1,8-2 m alt., eretos, sem xilopódio, terrestres de ambientes secos; ramos híspido-glandulares, os tricomas glutinosos e enegrecidos; estípulas 5,5-10 × 1,5-2,5 mm, oval-lanceoladas, não peltadas, pubescentes externamente, glabras ou glabrescentes, margem ciliada, os tricomas híspido-glandulares, sem pontuações translúcidas. Folhas 3-15,5 cm compr., 20-40-folioladas; folíolos 6,5-16,5 × 4,8-7 mm, oblongos a oblongo-elípticos, ápice arredondado e mucronado, nervura principal excêntrica, margem hispídula-ciliada, pubescentes em ambas as faces, sem pontuações translúcidas. Racemos ou panículas 4-8,5 cm compr., com 3 a 10 flores, axilares, mais longos que as folhas, solitários ou aos pares; brácteas 1,5-2 × 1,3-2 mm, ovais, ápice agudo e inteiro, margem hispídula-ciliada, pubescentes externamente, sem pontuações translúcidas; bractéolas 2-2,8 × 1-1,5 mm, elípticas, semelhante às brácteas. Flores 8-15 mm compr., pétalas amarelas; cálice 3-3,5 × 3-3,5 mm, campanulado, margem ciliada; estandarte 7-8 × 7-8 mm, largamente orbicular, ápice emarginado, pubérulo externamente; alas 7-7,2 × 3,1-3,2 mm, obovais glabras; pétalas da quilha 5-5,2 × 1,5-1,8 mm, falcadas, glabras; androceu 6-6,5 mm compr.; ovário 7-8 cm compr., glabro. Lomentos 7-19 mm compr., não reflexos, 1-3(4)-articulados; artículos 3,5-6 × 3-4 mm, suborbiculares, maculados, glabros ou glabrescentes; estípe 2-6 mm compr. Sementes 2,5-3,5 × 2-3 mm, marrons a negras.

Material examinado selecionado: Caiapônia, Serra do Caiapó, cerca de 50 km S de Caiapônia na estrada para Jataí, 17º12'S, 51º47'W, 800-1.000 m, 26.X.1964, H.S. Irwin & T.R. Soderstrom 7406 (UB, SP). Caldas Novas, PESCAN, 17º28'07.1"S, 49º13'13.4"W, 656 m, 7.II.2014, L.L.C. Antunes et al. 1083 (UFG). Mossâmedes, Parque Estadual da Serra Dourada, próximo da porteira principal do parque, 16º04'42.48"S, 50º11'23.50"W, 994 m, 20.XI.2013, L.L.C. Antunes et al. 849 (UFG). Pirenópolis, Serra dos Pireneus, 15º50'37.5"S, 48º54'39.8"W, 321 m, 9.X.2010, M.J. Silva 3009 (UFG).

Aeschynomene vogelii é endêmica do Brasil e tinha sua distribuição documentada somente para a Bahia e Minas Gerais (BFG 2015BFG - The Brazil Flora Group (2015) Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-29.) e está sendo pela primeira vez referida para o estado de Goiás. Cresce em cerrado rupestre e sensu stricto, próximo a córregos e sobre solos arenosos, entre 320-1.120 m, com flores e frutos de outubro a fevereiro.

Por possuir hábito arbustivo (até 2 m alt.), ramos glutinosos com tricomas híspido-glandulares enegrecidos, folhas e pecíolos longos, 3-15,5 cm compr. e 5-18 cm compr., respectivamente, além de frutos usualmente com 1 ou 2 artículos maculados, A. vogelii torna-se distinta das demais estudadas.

  • Lista de exsicatas
    Abruzzi ML 162, 184 (6). Allem A 2634 (16); 2344 (22.1). Alunos de Sistemática Vegetal s/n (22.1). Alves FM 459 (3); 519, 533 (11.1); 38 (12). Anderson WR 36668 (3); 11349 (6); 7003, 11180 (11.2); 37031 (12); 7462, 7568, 7761, 9836, 9685 (16). Andrade AG 563 (8). Andrade JB 3353 (8). Antunes LLC 598, 599, 606, 621, 637, 651, 656, 657, 658, 659, 662, 663, 684, 685 1016, 1017, 1018, 1019, 1020, 1021 (1); 603, 844, 845, 890, 1133, 1135 (2); 983, 984, 985, 986, 987 (3); 904, 910, 912, 936, 937, 938, 939, 940, 941, 960, 961, 1075, 1098, 1124 (4.1); 947, 948, 949 950, 951, 952, 953, 954, 955, 956, 957 (5.1); 999, 1000, 1001, 1002, 1003 (5.2); 607, 608, 609, 612, 661, 664, 905, 906, 923, 926, 967, 968, 969, 988, 989, 1014 (6); 1031, 1032, 1033, 1034, 1035, 1036, 1037, 1038, 1039, 1040, 1041, 1042, 1043, 1044 (7); 865, 866, 939 (8); 631, 632, 633, 642, 649, 677, 702, 706, 707, 709, 710, 711, 712, 713, 714, 715, 716, 725, 726 (9); 1086, 1087, 1088, 1089, 1090, 1112, 1113, 1114, 1115 (10); 913, 923, 927, 932, 980, 981, 997, 1026, 1062, 1100, 1101, 1131, 1132, 1138 (11.1); 600, 618, 885, 886, 924, 925, 1052, 1092 (11.2); 908, 1009, 1155 (11.3); 643, 644, 645, 646, 843 (14); 874, 875, 876, 877, 878, 887, 888, 889 (15); 568, 569, 571, 572, 573 574, 575, 576, 579, 580, 590, 591, 592, 597, 624, 625, 759, 770, 772, 773, 782, 789, 795, 796, 797, 798, 805, 809, 812, 860, 861, 863, 895, 896, 898, 907, 911, 942, 813, 828, 1053, 1058, 1064, 1134, 1140 (16); 1201, 1202, 1203, 1204, 1205, 1212, 1213 (17); 921, 933, 934, 936, 937, 938, 940, 972, 973, 974 (19); 1005 (20); 1026 (21); 783, 784, 785, 787, 788, 791, 792, 958, 959, 1023, 1024 (22.1); 1132 (22.2); 1046, 1047, 1048, 1049, 1050, 1121, 1122 (22.3); 695, 696, 697, 698, 703, 704, 738, 739, 740 (23); 830, 831, 832, 833, 834, 835, 836, 837, 838, 839, 840 (24); 1029, 1060, 1061, 1126, 1127, 1128, 1129, 1130, 1146, 1147, 1148, 1149 (25); 849, 850, 851, 852 (26). Araújo D 2093 (26). Archer WA 41 (15). Argent in Richards GCG 6854 (15). Arzivenco L 574 (4.1). Bacelar M 45, 429 (7). Baltasar T 13838 (20). Bastos MN 1295 (3). Belém RP 114 (16); 1897 (18). Bernacci L 1843 (2);1798 (6). Bernacci LC 253 (15); Bianchetti LB 921 (18). Boff SV 25 (11.1). Boldrini I 335 (4.1). Bortoluzzi RLC 1341 (4.1). Brandão M 11650 (12); 5844, 6975, 6977, 10180, 10394, 10834, 10919, 11016, 11023, 11031, 11595, 11673, 11728, 12177, 12198, 12201, 12205, 12219, 12260, 12622, 14680, 15540, 15641, 17805, 17838, 18144, 18197, 18475, 18990, 19026, 21634, 21814,22055, 22153, 22109, 22195, 22740, 22891, 24187, 28370, 28393, 29167, 29219, 29456, 29581, 29739, 29742, 29752, 29800 (16); 17358 (17). Bueno ML 532 (8). Burkart A 22995 (20). Caboco RB 26 (11.1). CAC 1710 (22.2). Caio 84 (2); 53 (11.1); 113 (16). Calago K 329 (18). Card SF 435 (18). Cardoso SF 310, 312 (8). Carneiro CS 01, 02, 03, 07 (2); 04 (4.1); 08 (6). Carreira L 947 (11.1). Carreira LM 1945 (2). Carvalho AM 6512 (26). Carvalho FS 43 (6); 09 (18); 341 (20); 171 (22.1). Cavalcanti TB 588 (2); 3471 (18). Cezare 363-b (18). Chacon RG 623 (18). Chaves E 290 (16). Conceição GM 17 (22.1). Coradin L 1106, 3432a (4.1); 1123 (11.1); 1101, 2305, 2381, 3345, 5665, 5668 (16); 1105, 7404, 7545 (18). Correia CAS 87, 88, 90 (18). Costa NMS 2215 (7); 2290 (8); 2091, 2207 (11.1); 2267 (16). Costra B 45 (2). Cowan C 3248 (16). Cremers G 12863 (11.3). Crow G 7626 (7). D'Angelo NS 336 (12). d'Ea Neves 153, 180 (6). Dias EBA 21, 101, 129 (18). Drouet F 2293 (5.1); 948910 (7); 2702 (20). Dubs B 384 (8). Ducke A 2398 (3). Dúsen P 2546 (6). Dutra 525 (6). Dutra VF 25 (4.1). Eiten G 4204 (2); 8870 (18); 9880, 10085 (16). Elba L 94 (22.1). Emygdio L 2164 (1). Falcão M 90, 203 (3); 97, 98 (7). Faria JG 198 (10). Faria SM 2350 (3). Ferreira HD 01, 2821, 4020 (16). Ferreira J 28 (11.3). Ferreira MB 109 (16); 232 (12). FHF 1545 (18). Fleig M 274, 851 (4.1). Flowers A 60 (4.1); 73, 106, 225 (6). Fonseca ML 4316 (6) 670, 1022 (18); 896, 4500 (16). Fonseca SG 1389 (15). Fontes CG 22 (10). França F 3265 (8). Freitas TG 32 (22.1). Garcia JM 164778 (8); 92 (6). Garcia RJF 3634 (4.1); 3661 (1). Gavilanes ML 3930 (16). GE 8537 (15); 4221 (16). Gentry HS s/n (1). Gibbs P 2873 (6); 2755, 2877, 2816 (18). Gontijo LS 01, 02 (26); 03, 04, 05, 06 (18). Guarino ESG 445, 793 (18); 78 (16); 94 (10). Guimarães TB 965 (6). Harley RM 50112, 50671 (3); 10331, 10853 (15). Hatschbach G 39371 (7); 33.030 (15); 58880 (16); 22066, 60911 (22.1). Heringer EP 17747, 15338 (10); 4129 (11.1); 4186, 6488, 6884 (16); 18027, 8882 (18); 7395, 7418 (22.3); 77, 411, 853 (25). Hunt DR 5660 (2); 5451 (16). Iganci JRV 413, 572 (4.1). Inocencio LS 51 (16); 74, 75 (25); 60, 61 (26). Irwin HS 15079, 16180, 16313, 16895, 17052, 21250 (2); 14375, 22279 (3); 12183, 12272 (4.1); 15308 (6);33132 (9); 15156, 16963, 35057 (11.1); 21261, 26453 (11.2); 21733, 26037 (11.3); 23192 (12); 24900 (14); 6514, 6649, 6677, 6812, 6970 (15); 6005, 8542, 9842, 13574, 14286, 14523, 15013, 15214, 15533, 16114, 16499, 16811, 17544, 17779, 17901, 18549, 18804, 21240, 21499, 24708, 26575, 31793 (16); 5085, 5750, 6248, 6776, 6791, 8210, 8808, 9629, 10123, 15373, 25042, 26544 (18). Jacques EL 1217; 1319 (16). Jarenkow JA 1596 (6). Jobert-Schwacke 158 (2); 1074 (3). Hatschbach G 34592 (18). Kirkbride JH 3036 (2); 3173 (16). Klein VLG 2173 (8). Kral R 75079 (15). Laca-Buendia 919 (16). Laclette P 791 (6). Leandro THD 95 (22.1). Leitão Filho HF 900 (11.1); 1320 (17). Leme FM 01 (1); 03,0 4 (8). Leonor M 286 (6). Lescano LEAM 98 (16). Lima LCP 66 (6);172 (7); 105 (8). Lima TE 22 (22.1). Linsingen V 372 (6). Lobato LC 1513, 3750 (3). Lobato LCB 3417 (16); 3221 (20). Loefgren A 397, 856 (5.1). Lombardi JA 365 (8); 2920, 3536, 3725 (26). Lopes ES 65 (6); 241 (11.1); 243 (16). Ludtke R 440, 487 (6). Lundell CL 1365 (22.2). Macedo A 1717 (11.2); 5490 (16). Macedo JF 2692 (17); 14 (18). Magalhães GM 09 (12). Maguire B 56293, 56885, 56903, 56903 (15). Malme GO 23.189 (8); 1548 (22.1). Martins CR 457 (18). Martinelli G 7448 (9). Matzenbacher NI 544 (6). McVaugh R 22083 (20). Medeiros SCH 52 (22.1). Mello LE 5170 (5.1). Mendonça RC 333 (16). Mexia Y 1018 (20). MGC 452 (26). Miotto S 834 (4.1); 13, 718, 730, 763, 1042 (6). Miotto STS 1690, 1808, 2051, 2057, 2066, 2320, 2571 (4.1); 853, 1173, 1528, 1807, 1904, 1979, 2028, 2299, 2313, 2325, 2442, 2498, 2530, 2559, 2609, 2617 (6). Miranda M 5992 (11.1). Mizoguchi K 2648 (15). Moore SLM 194 (15). Moreira SN 232, 279 (20). Muller F 92 (6). Munhoz CB 2899 (18). Nascimento MSB 1060 (5.1). Neubert EE s/n (4.1). Neves IM 79 (11.1). Noguchi DK 203 (11.1). Nunes GP 215 (16). Oliveira FCA 296 (16); 67 (18). Oliveira MLA 509 (6). Onishi E 158 (18). Paluma ME 108 (6). Passos FB 170 (16). Paula-Souza J 10040 (25). Pereira BAS 966 (1). Pereira FG 291(1). Pereira NM 69 (18). Pereira ZV 1592 (6); 1628 (22.1). Philcox D 3378 (3); 3601 (15). Pinto BEM 661 (6). Pittier H 2647 (22.1). Pivari MO 858, 1059, 1423 (8). Pivari MOD 330 (22.1). Pohl JBE 982194 (8). Porto ML 2399 (6). Prance GT 19039, 19070 (15); 26227 (8); 26067 (22.1). Proença C 244, 2173 (16); 2959 (18). Queiroz LP 4717 (3). Rabelo B 1197 (8). Rambo B 46133 (6). Ramos J S-43 (18). Ramos WM 83 (1). Ratter JA R1300 (2); R853 (11.1). Rego A 325 (8). Rezende JM 445 (16). Rezende SG 204 (17). Ribas OS 1766 (16). Riedel L 983013 (15). Rizzo JA 5069, 6461 (2); 06 (6); 3223, 9674 (11.1); 4886, 5011 (11.2); 7013 (15); 390, 655, 4082, 4920, 9785, 9844, 13044 (16); 1207, 1547, 1903, 2358 (18); 3239, 3480 (25); 11597 (26). Robert RH 7067 (22.1). Rocha AES 1070 (11.1). Rocha DMS 14a (18). Rodrigues RB 39 (20). Romero LC 5 (3). Roppa O 569 (4.1). Roveratti J 780, 809 (16). Saiter FZ 402 (26). Salzmann 65333 (4.1). Santos FFM 107, 169 (18). Santos JR 47 (18). Santos N 67343 (6). Schaller G 246 (8). Schipp WA 660 (16). Schneider AA 1755 (6). Schott 982193 (8). Schulz AG 7580 (20). Schultz AR 2533 (6). Scremim-Dias E 25853 (8). Setubal R 789, 1001 (6). Sevilha AC 2333 (11.1); 4366 (16); 4478(18). Silva ASL 3566 (3). Silva Filho PJS 508 (6); Silva G. P. 5127 (1); 10690 (2); 16179 (4.1); 10675, 11646 (8); 950 (10); 4132, 11388 (11.1); 3404, 4834, 8521, 8677, 11500 (11.2); 2204, 3872, 6048, 7444, 9011, 10543, 11471, 12929 (16); 1713, 1931, 3363, 6845, 8352, 10382 (18). Silva MA 2152 (24). Silva MJ 3570, 3575, 3940 (4.1); 3276, 3277 (5.1); 3276 (5.2); 3281, 3283 (7); 3035, 3036, 3043, 3067, 3868, 3083, 3084 (9); 4491, 4492, 4493, 4912, 4913, 5539, 5540 (14); 3411, 3412, 3418, 3419, 3420, 3601, 3915, 4104, 4171, 4196, 4805 (16); 4244, 4377, 5290, 5291, 5421, 5422, 5510 (18); 3279, 3280, 3282 (22.2); 3027, 3038, 3039, 3040, 3042, 3081, 3082, 5121 (23); 5305, 5306, 5307, 5308, 5309, 5310, 5311, 5312, 5314, 5315, 5317, 5318, 6124, 6125, 6126, 6128, 6129, 6130 (24); 3670, 3671, 3672 (26). Silva WL 22 (2); 17 (11.1). Silveira A 102.240 (6). Slusarski SR 164776 (8). Smith HH 273 (20). Smith LB 11593 (4.1); 13854 (6). Souza AO 565, 566, 567 (23); 1078, 1079 (26). Souza B 14 (2). Souza MC 1931 2071, 2418 (2); 1833 (8). Souza VC 20548 (15); 25448 (26). Stevens WD 5162 (1). Sucre D 334, 704 (16); 414 (18). Terezinha ABD 516 (16); TMP 81 (19). Trinta A 41 (6). Tsugaru S B-148 (18). Ule E 65329 (4.1). Valls J 4638, 4681 (6). Vanni R 594 (6). Viana JJ 133 (16). Vidal J I-830 (6); Vieira JGA 06 (4.1); 05 (16). Vieira RF 1637 (18). Willian RA 8284 (16). Wright S 948715 (20). Zehntner 935 (5.1).

Agradecimentos

Aos curadores dos Herbários o empréstimo de suas valiosas coleções e boa receptividade; à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES a concessão da bolsa de estudo à primeira autora; à Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Goiás (FAPEG) o financiamento ao Projeto "Filogenia e Evolução do gênero Aeschynomene L. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae) e taxonomia das espécies ocorrentes na Região Centro-Oeste do Brasil", (processo no. 201210267001081) e à Universidade Federal de Goiás a disponibilidade das instalações laboratoriais, de transporte e de motoristas.

Referências

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Editado por

Editor de área: Dr. Marcelo Trovó

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2018

Histórico

  • Recebido
    28 Jul 2017
  • Aceito
    24 Out 2017
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