Acessibilidade / Reportar erro

Mercury: the beginnings in the medicalization of common names of medicinal plants in Brazil

Abstract

Medicalization of common names of medicinal plants is a process that involves replacing popular native names by trademarked names of drugs, active principles or therapeutic indications used by modern biomedicine. In Brazil, this process seems to have been intensified in the early 2000s due to the increasing use of those names in ethnoscientific surveys in local communities. In this study, we aimed to trace the origins of that process. For this purpose, we reviewed data from the “grey literature” pre-1980, including 15 books, compendia, dictionaries, and guides of medicinal plants. Mercury and its lexical changes were the only medicalized names found in the literature before the 1980s. This is probably due to the ancient use of mercury in several medical systems through human history, including by Brazilian apothecaries since the seventeenth century. Moreover, Mercurochrome was the name of a Brazilian trademark of antiseptic that probably influenced the use of medicalized names of mercury in the past. The name “Mercury” and its “natural” epithet combinations, like “Mercúrio-vegetal” (Mercury-plant) and “Mercúrio-do-campo” (Field-mercury), could have been the original medicalized way of naming medicinal plants in Brazil.

Key words:
ethnobotany; ethnotaxonomy; historical research; merbromin; pharmacy

Resumo

A medicalização de nomes populares de plantas medicinais é o processo de substituição de nomes populares nativos por nomes de medicamentos comerciais, princípios ativos ou sua indicação terapêutica empregados pela biomedicina moderna. Aparentemente, este processo se intensificou no início dos anos 2000, visto que houve um aumento na quantidade desses nomes em pesquisas etnocientíficas realizadas em comunidades locais no Brasil. Nosso objetivo foi delinear as origens desse processo. Foram revisados dados da “literatura cinza” pré-1980, incluindo 15 livros, compêndios, dicionários e guias de plantas medicinais. Mercúrio e suas corruptelas lexicais foram os únicos nomes medicalizados encontrados antes dos anos 1980. Isso se deve provavelmente ao antigo uso de mercúrio por vários sistemas médicos durante a história humana, inclusive pelos boticários no Brasil desde o século XVII. Além disso, Mercurocromo era uma marca brasileira de antisséptico que provavelmente influenciou o emprego medicalizado do nome mercúrio no passado. As combinações de “Mercúrio” e com epítetos “naturais,” como “Mercúrio-vegetal” e “Mercúrio-do-campo,” podem ser a forma original medicalizada de se nomear plantas medicinais no Brasil.

Palavras-chave:
etnobotânica; etnotaxonomia; pesquisa histórica; merbromina; farmácia

Several plant species have been assigned with common names similar to those of popular Brazilian drugs,e.g.,Terramicine, Anador®, and Vick®. This is related to two cultural appropriation processes, the medicalization and pharmaceuticalization, which have been occurring for some decades in Brazil. Medicalization is generally conceptualized as a biomedical transformation of human experiences and behaviors into medical concerns (Bortoli et al. 2019Bortoli FR, Kovaleski DF & Moretti-Pires RO (2019) Medicalização social e bucalidade: a busca pela superação da técnica. Cadernos Saúde Coletiva 29: 67-72.; Zola 1983Zola IK (1983) Socia-medical inquiries. Temple University Press, Philadelphia. 349p.). On the other hand, pharmaceuticalization can be defined as the overconsumption of pharmaceuticals and social dependency of commercial drugs (Fox & Ward 2008Fox NJ & Ward KJ (2008) Pharma in the bedroom and the kitchen. The pharmaceuticalisation of daily life. Sociology of Health & Illness 30: 856-868.; Bell & Figert 2012Bell SE & Figert AE (2012) Medicalization and pharmaceuticalization at the intersections: looking backward, sideways and forward. Social Science and Medicine 75: 775-783.).

Medicinal plants with medicalized names can be found cumulatively in ethnobiological surveys from the 1980s to the late 2010s (Siqueira et al. 2018Siqueira BVL, Sakuragui CM, Soares BE & Oliveira DR (2018) The rise of medicalization of plants in Brazil: a temporal perspective on vernacular names. Journal of ethnopharmacology 224: 535-540.). The medicalized names could have had an ethnotaxonomical origin, associated with extensive drug use by modern societies in the twentieth century (Siqueira et al. 2017Siqueira BVL, Soares BE, Oliveira DR & Sakuragui CM (2017) The regionalization of medicalized vernacular names of medicinal plants in Brazil. Scientometrics 110: 945-966., 2018Siqueira BVL, Sakuragui CM, Soares BE & Oliveira DR (2018) The rise of medicalization of plants in Brazil: a temporal perspective on vernacular names. Journal of ethnopharmacology 224: 535-540.). However, so far, no evidence has been found to support the recency of the medicalization process since, apparently, there are no surveys about it before the 1980s.

To trace the origins of the medicalization of common names of medicinal plants in Brazil, we evaluated the presence of medicalized names in the “grey literature” from the early twentieth century. Grey literature is defined as scientific productions that were not formally published, including book chapters, research reports, and other unpublished data (Hopewell et al. 2007Hopewell S, McDonald S, Clarke M & Egger M (2007) Grey literature in meta-analyses of randomized trials of health care interventions. Cochrane Database Systematic Reviews 2: MR000010.). We consulted 15 books, compendia and dictionaries of medicinal plants, including those that were published before the 1980s, such as Correa1 (1926Correa MP (1926) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Vol. 1. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 774p., 1931Correa MP (1931) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 2. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 707p., 1952Correa MP (1952) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 3. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 646p., 1969Correa MP (1969) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 4. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 759p., 1974Correa MP (1974) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 5. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 687p., 1975)Correa MP (1975) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 6. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 777p., Da Matta (1913)Da Matta AA (1913) Flora medica braziliense. Secção de Obras da Imprensa Official, Manaus. 318p., and Cruz (1979)Cruz GL (1979) Dicionário das plantas úteis do Brasil. Vol. 4. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro. 599p. (Tab. 1). These references were chosen based on their historical relevance in the field of Brazilian medicinal plants and availability.

Table 1
Titles, bibliographic classifications and references of "grey literature" consulted.

We found the following 20 medicalized names: Anador®, Atroveran®, Bromil®, Coramina®, Dipirona®, Doril®, Elixir-Paregórico®, Erva-iodex, Figatil®, Heparema®, Insulina, Insulina-vegetal, Melhoral®, Mercúrio-do-campo, Mercúrio-vegetal, Novalgina®, Penicilina, Saúde-da-mulher, Terramicina, and Vick®. However, in the pre-1980s literature (Correa 1926Correa MP (1926) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Vol. 1. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 774p., 1931Correa MP (1931) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 2. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 707p., 1952Correa MP (1952) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 3. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 646p., 1969Correa MP (1969) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 4. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 759p., 1974Correa MP (1974) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 5. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 687p., 1975Correa MP (1975) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 6. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 777p., Cruz 1979Cruz GL (1979) Dicionário das plantas úteis do Brasil. Vol. 4. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro. 599p.; Da Matta 1913Da Matta AA (1913) Flora medica braziliense. Secção de Obras da Imprensa Official, Manaus. 318p.) we detected only two medicalized names, both of them related to mercury, “Mercúrio-do-campo” and “Mercúrio-vegetal” (Tab. 2). The medicalized name “Mercúrio” (mercury) combined with the epithets “vegetal” (plant) and “campo” (field), both indicating natural sources, is the most ancient medicalized name in Brazil. The association of “natural” epithets seems to be a rudimentary method of creating medicalized names in popular Brazilian medicine.

Table 2
Species by medicalized name, the grey literature in which they were reported, medicinal popular uses, organoleptic characteristics and pharmacological activities related to mercury. Information not found in scientific literature were represented by the diacritical sign -.

The majority of species cited as “Mercúrio” in the grey literature is also mentioned with non-medicalized names, with six cited as useful to treat diseases. Croton antisyphiliticus Mart. (Euphorbiaceae) was named as Curraleira (Botrel et al. 2006Botrel RT, Rodrigues LA, Gomes LJ, Carvalho DA & Fontes MAL (2006) Uso da vegetação nativa pela população local no município de Ingaí, MG, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20: 143-156.; Hirschmann & Arias 1990Hirschmann GS & Arias AR (1990) A survey of medicinal plants of Minas Gerais, Brazil. Journal of Ethnopharmacol 29: 159-172.) and Canela-de-saracura (Hirschmann & Arias 1990Hirschmann GS & Arias AR (1990) A survey of medicinal plants of Minas Gerais, Brazil. Journal of Ethnopharmacol 29: 159-172.); Erythroxylum suberosum A.St.-Hil (Erythroxylaceae) as Bananinha-do-campo (Hirschmann & Arias 1990Hirschmann GS & Arias AR (1990) A survey of medicinal plants of Minas Gerais, Brazil. Journal of Ethnopharmacol 29: 159-172.) and Galinha-choca (Hirschmann & Arias 1990Hirschmann GS & Arias AR (1990) A survey of medicinal plants of Minas Gerais, Brazil. Journal of Ethnopharmacol 29: 159-172.; Silberbauer-Gottsberger 1981Silberbauer-Gottsberger I (1981) O cerrado como potencial de plantas medicinais e tóxicas. Oréades 8: 15-30.); Brosimum acutifolium Huber (Moraceae), as Mururé and Mureré (Coutinho & Travassos 2002Coutinho DF & Travassos LMA (2002) Estudo etnobotânico de plantas medicinais utilizadas em comunidades indigenas no estado do Maranhão - Brasil. Visão Acadêmica 3: 7-12.; Monteles & Pinheiro 2007Monteles R & Pinheiro CUB (2007) Plantas medicinais em um quilombo maranhense: uma perspectiva etnobotânica. Revista de Biologia e Ciências da Terra 7: 38-48.); Brunfelsia australis Benth. (Solanaceae), as Primavera (Battisti et al. 2013Battisti C, Garlet TMB, Essi L, Horbach RK, Andrade A & Badke MR (2013) Plantas medicinais utilizadas no município de Palmeira das Missões, RS, Brasil. Revista Brasileira de Biociências 11: 338-348.); Brunfelsia brasiliensis (Spreng.) L.B.Sm. & Downs (Solanaceae), as Manacá (Guedes et al. 1985Guedes RR, Profice SR, Costa EL, Baumgratz JFA & Lima HC (1985) Plantas utilizadas em rituais afro-brasileiros no estado do Rio de Janeiro - um ensaio etnobotânico. Rodriguésia 37: 3-9); Brunfelsia uniflora (Pohl) D.Don (Solanaceae), as Manacá or Flor-da-trovoada (Tribess et al. 2015Tribess B, Pintarelli GM, Bini LA, Camargo A, Funez LA, Gasper AL & Zeni ALB (2015). Ethnobotanical study of plants used for therapeutic purposes in the Atlantic Forest region, Southern Brazil. Journal of Ethnopharmacology 164: 136-146.), and Primavera or Macaé (Bieski et al. 2015Bieski IG, Leonti M, Arnason JT, Ferrier J, Rapinski M, Violante IM, Balogun SO, Pereira JF, Figueiredo RC, Lopes CR, Silva DR, Pacini A, Albuquerque UP & Martins DT (2015) Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. Journal of Ethnopharmacology 173: 383-423.); Brunfelsia pauciflora (Cham. & Schltdl.) Benth. (Solanaceae), as Manacá-de-cheiro (Sanquetta et al. 2010Sanquetta CR, Fernandes LAV, Miranda DLC & Mognon F (2010) Inventário de plantas fornecedoras de produtos não madeireiros da floresta ombrófila mista no estado do Paraná. Scientia Agraria 11: 359-369.) (used, however, only as an ornamental plant); finally, Pseudolmedia macrophylla Trécul (Moraceae) was not cited as medicinal and had no common names related to it. The majority of species were reported in the scientific literature to treat syphilis or rheumatism (Tab. 2).

In the literature post-1980s, “Mercúrio” mainly refers to Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze (Amaranthaceae); Chelidonium majus L. (Papaveraceae); Erythroxylum tortuosum Mart. (Erythroxylaceae); Jatropha multifida L. (Euphorbiaceae) (Fig. 1). Additionally, “Mercúrio-do-campo” refers only to Galphimia brasiliensis (L.) A. Juss. (Malpighiaceae) (Siqueira et al. 2018Siqueira BVL, Sakuragui CM, Soares BE & Oliveira DR (2018) The rise of medicalization of plants in Brazil: a temporal perspective on vernacular names. Journal of ethnopharmacology 224: 535-540.). Thus, the binomial “Mercúrio-do-campo” lost representation of C. antisyphiliticus, although it has retained E. tortuosum as the related species. “Mercúrio-vegetal,” however, lost every related species; thus, it became an extinct medicalized name in the post-1980s.

Figure 1
Jatropha multifida (public domain).

The former practice of naming medicinal plant species as “Mercúrio” is mainly related to the ancient therapeutic use of the mercury element, predominantly extracted from cinnabar (Broussard et al. 2002Broussard LA, Hammett-Stabler CA, Winecker RE & Ropero Miller JD (2002) The toxicology of mercury. Lab Med 33: 614-625.), in several traditional pharmacopoeias worldwide, like the Caribbean (Zayas & Ozuah 1996Zayas LH & Ozuah PO (1996) Mercury use in espiritismo: a survey of botanicas. American Journal of Public Health 86: 111-112.), Indian-Tibetan (Kumar & Prabhakar 1987Kumar DS & Prabhakar VS (1987) On the ethnomedical significance of the arjuna tree, T. arjuna (Roxb). Journal of Ethnopharmacology 20: 173-190.; Leslie 1976Leslie C (1976) Asian medical systems: a comparative study. University of California Press, Berkeley. 419p.), and Chinese (Tang et al. 2008Tang JL, Liu B & Ma KW (1980) Traditional Chinese medicine. Lancet 372: 1938-1940.). The therapeutic use of mercury in drug preparations in Brazilian pharmacies and apothecaries dates back to the eighteenth century (Edler 2006Edler FC (2006) Boticas e pharmacias: uma história ilustrada da farmácia no Brasil. Casa da Palavra, Rio de Janeiro. 160p.), but probably was a common “chemical medicine” since the sixteenth century (Almeida 2017Almeida DS (2017) O trato das plantas: os intermediários da cura e do comércio de drogas na América portuguesa, 1750-1808. Doctoral dissertation. Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 382p.).

The Brazilian Pharmacopoeia also mentioned its use in several pharmaceuticals to treat syphilis and wounds until the 1920s and 1990s, respectively, since the first edition (Silva 1929Silva RAD (1929) Pharmacopoeia dos Estados Unidos do Brasil. Nacional, São Paulo. 393p.). This probably explains the majority of popular antisyphilitic indications of species, pre-1980s, listed in Table 2. The “antirheumatic” indications were probably related to congenital and acquired syphilitic arthritis that overcome in several clinical cases of the disease (Gray & Philip 1963Gray MS & Philp T (1963) Syphilitic arthritis: diagnostic problems with reference to congenital syphilis. Annals of the Rheumatic Diseases 22: 19-25.), or to the similarity of those symptoms with other musculoskeletal disorders.

On the other hand, pharmacological activities and organoleptic characteristics may explain the case of Erythroxylum suberosum due to the reddish color of the inner bark and its antimicrobial and anti-inflammatory activities (Tab. 2). The red inner bark is a morphological characteristic that could refer to the alcoholic solution of merbromin.

“Mercúrio” usually refers to the Brazilian trademarked name “Mercúrio-cromo” (Mercurochrome) (Fig. 2), a topical antiseptic formerly used to treat wounds and perforations in the epidermis (Campos 1978Campos MP (1978) Contribuição para o tratamento do mal perfurante plantar na hanseníase. Hansen International 3: 59-61.) (Fig. 3). The main constituent of “Mercúrio-cromo” is Merbromin, a sodium organomercuric compound prohibited as a commercial drug by ANVISA (Brazilian National Health Surveillance Agency) since 2001 (ANVISA 2001ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2001) Resolução RE nº 528, de 17 de abril de 2001. Diário Oficial da União (DOU) de 18 de abril de 2001, Seção 1, Brasília, 256p.). Therefore, the medicalized name “Mercúrio” may become obsolete due to this relatively recent ban on the use of mercury compounds in Brazilian drugs. On the other hand, another medicalized name of antiseptic, “Merthiolate,” is derived from the trademark name Merthiolate® and it has been used to the same therapeutic purposes (Bieski et al. 2015Bieski IG, Leonti M, Arnason JT, Ferrier J, Rapinski M, Violante IM, Balogun SO, Pereira JF, Figueiredo RC, Lopes CR, Silva DR, Pacini A, Albuquerque UP & Martins DT (2015) Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. Journal of Ethnopharmacology 173: 383-423.; Caetano et al. 2015Caetano NLB, Ferreira TF, Reis MRO, Neo GGA & Carvalho AA (2015) Plantas medicinais utilizadas pela população do município de Lagarto-SE, Brasil - ênfase em pacientes oncológicos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 17: 748-756.; Leite & Oliveira 2012Leite CC & Oliveira GL (2012) Plantas medicinais cultivadas e utilizadas na Associação Casa de Ervas Barranco da Esperança e Vida (ACEBEV), Porteirinha, MG. Revista Fitos 7: 26-36.; Martins et al. 2005Martins LGS, Senna-Valle L & Pereira NA (2005) Princípios ativos e atividades farmacológicas de 8 plantas popularmente conhecidas por nome de medicamentos comerciais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 7: 73-76.). In this context, we hypothesize a gradual functional substitution of the name “Mercury” by “Merthiolate” to name medicinal plants with antiseptic and wound-healing properties.

Figure 2
Mercurochrome bottle (by Kevin Vreeland, <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Merbromin-Anti-Infective.jpg>. No changes were made). This file is licensed under the Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic license.

Figure 3
Advertising of Brazilian pharmaceutical journal from the 1940s (public domain). It is possible to notice that mercurial drugs as “Mercúrio-cromo” (highlighted) were sold as “socorros farmacêuticos” (pharmaceutical aids).

Acknowledgments

Our study was supported by CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (307568/2015-6), CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (1237264), and MUSEU NACIONAL/UFRJ (000888/2013). We thank Alda Lucia Heizer for historical insights. CMS is grateful to the CNPq for the research grant.

References

  • Almeida DS (2017) O trato das plantas: os intermediários da cura e do comércio de drogas na América portuguesa, 1750-1808. Doctoral dissertation. Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 382p.
  • ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2001) Resolução RE nº 528, de 17 de abril de 2001. Diário Oficial da União (DOU) de 18 de abril de 2001, Seção 1, Brasília, 256p.
  • Barbosa WLR, Pinto LN, Silva WB, Fernandes JGS & Soler O (2009) Etnofarmácia: fitoterapia popular e ciência farmacêutica. NUMA/ UFPA, Belém. 124p.
  • Barros IMDC, Leite BH, Leite CF, Fagg CW, Gomes SM, Resck IS, Fonseca-Bazzo YM, Magalhães PO & Silveira D (2017) Chemical composition and antioxidant activity of extracts from Erythroxylum suberosum A. St. Hil. leaves. Journal of Applied Pharmaceutical Science 7: 88-94.
  • Battisti C, Garlet TMB, Essi L, Horbach RK, Andrade A & Badke MR (2013) Plantas medicinais utilizadas no município de Palmeira das Missões, RS, Brasil. Revista Brasileira de Biociências 11: 338-348.
  • Bell SE & Figert AE (2012) Medicalization and pharmaceuticalization at the intersections: looking backward, sideways and forward. Social Science and Medicine 75: 775-783.
  • Berg ME (1993) Plantas medicinais na Amazônia: contribuição ao seu conhecimento sistemático. 2ª ed. rev. aum. il. (Coleção Adolpho Ducke). Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém. 207p.
  • Bieski IG, Leonti M, Arnason JT, Ferrier J, Rapinski M, Violante IM, Balogun SO, Pereira JF, Figueiredo RC, Lopes CR, Silva DR, Pacini A, Albuquerque UP & Martins DT (2015) Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. Journal of Ethnopharmacology 173: 383-423.
  • Bortoli FR, Kovaleski DF & Moretti-Pires RO (2019) Medicalização social e bucalidade: a busca pela superação da técnica. Cadernos Saúde Coletiva 29: 67-72.
  • Botrel RT, Rodrigues LA, Gomes LJ, Carvalho DA & Fontes MAL (2006) Uso da vegetação nativa pela população local no município de Ingaí, MG, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20: 143-156.
  • Broussard LA, Hammett-Stabler CA, Winecker RE & Ropero Miller JD (2002) The toxicology of mercury. Lab Med 33: 614-625.
  • Caetano NLB, Ferreira TF, Reis MRO, Neo GGA & Carvalho AA (2015) Plantas medicinais utilizadas pela população do município de Lagarto-SE, Brasil - ênfase em pacientes oncológicos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 17: 748-756.
  • Caminhoá JM (1871) Das plantas tóxicas do Brazil. Perspectiva, 1871. Tese. Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 186p.
  • Campos MP (1978) Contribuição para o tratamento do mal perfurante plantar na hanseníase. Hansen International 3: 59-61.
  • Correa MP (1926) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Vol. 1. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 774p.
  • Correa MP (1931) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 2. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 707p.
  • Correa MP (1952) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 3. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 646p.
  • Correa MP (1969) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 4. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 759p.
  • Correa MP (1974) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 5. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 687p.
  • Correa MP (1975) Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas . Vol. 6. Ed. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 777p.
  • Coutinho DF & Travassos LMA (2002) Estudo etnobotânico de plantas medicinais utilizadas em comunidades indigenas no estado do Maranhão - Brasil. Visão Acadêmica 3: 7-12.
  • Cruz GL (1979) Dicionário das plantas úteis do Brasil. Vol. 4. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro. 599p.
  • Da Matta AA (1913) Flora medica braziliense. Secção de Obras da Imprensa Official, Manaus. 318p.
  • Di Stasi LC & Hiruma-Lima CA (2002) Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2ª ed. Editora Universidade Estadual Paulista, São Paulo. 604p.
  • Duke JA (2008) Duke’s handbook of medicinal plants of Latin America. CRC Press Taylor & Francis Group, New York. 832p.
  • Edler FC (2006) Boticas e pharmacias: uma história ilustrada da farmácia no Brasil. Casa da Palavra, Rio de Janeiro. 160p.
  • Elisabetsky E & Castilhos ZC (1990) Plants used as analgesics by Amazonian caboclos as a basis for selecting plants for investigation. International Journal of Crude Drug Research 28: 309-320.
  • Fenner R, Betti AH, Mentz LA & Rates SMK (2006) Plantas utilizadas na medicina popular brasileira com potencial atividade antifúngica. Brazilian Journal of Pharmaceutical Science 42: 369-394.
  • Fox NJ & Ward KJ (2008) Pharma in the bedroom and the kitchen. The pharmaceuticalisation of daily life. Sociology of Health & Illness 30: 856-868.
  • Gray MS & Philp T (1963) Syphilitic arthritis: diagnostic problems with reference to congenital syphilis. Annals of the Rheumatic Diseases 22: 19-25.
  • Guedes RR, Profice SR, Costa EL, Baumgratz JFA & Lima HC (1985) Plantas utilizadas em rituais afro-brasileiros no estado do Rio de Janeiro - um ensaio etnobotânico. Rodriguésia 37: 3-9
  • Hopewell S, McDonald S, Clarke M & Egger M (2007) Grey literature in meta-analyses of randomized trials of health care interventions. Cochrane Database Systematic Reviews 2: MR000010.
  • Hirschmann GS & Arias AR (1990) A survey of medicinal plants of Minas Gerais, Brazil. Journal of Ethnopharmacol 29: 159-172.
  • Kumar DS & Prabhakar VS (1987) On the ethnomedical significance of the arjuna tree, T. arjuna (Roxb). Journal of Ethnopharmacology 20: 173-190.
  • Leite CC & Oliveira GL (2012) Plantas medicinais cultivadas e utilizadas na Associação Casa de Ervas Barranco da Esperança e Vida (ACEBEV), Porteirinha, MG. Revista Fitos 7: 26-36.
  • Leslie C (1976) Asian medical systems: a comparative study. University of California Press, Berkeley. 419p.
  • Lorenzi H & Matos FJA (2008) Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Plantarum, Nova Odessa. 512p.
  • Martins LGS, Senna-Valle L & Pereira NA (2005) Princípios ativos e atividades farmacológicas de 8 plantas popularmente conhecidas por nome de medicamentos comerciais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 7: 73-76.
  • Matos FJA, Sousa MP, Matos MEO, Machado MIL & Craveiro AA (2004) Constituintes químicos ativos e propriedades biológicas de plantas medicinais brasileiras, 2ª ed. Edições UFC, Fortaleza. 448p.
  • Ming LC, Gaudêncio P & Santos VP (1997) Plantas medicinais na Reserva Extrativista “Chico Mendes” - Acre. UNESP, São Paulo. 165p.
  • Monteles R & Pinheiro CUB (2007) Plantas medicinais em um quilombo maranhense: uma perspectiva etnobotânica. Revista de Biologia e Ciências da Terra 7: 38-48.
  • Moretti C, Gaillard Y, Grenand P, Bévalot F, Prévosto JM (2006) Identification of 5-hydroxytryptamine (bufotenine) in takini (Brosimum acutifolium Huber subsp. acutifolium C.C. Berg, Moraceae), a shamanic potion used in the Guiana Plateau. Journal of Ethnopharmacology 106: 198-202.
  • Pereira S, Taleb-Contini S, Coppede J, Pereira P, Bertoni B, França S & Pereira AM (2012) An ent-Kaurane-type diterpene in Croton antisyphiliticus Mart. Molecules 17: 8851-8858.
  • Plowman T (1977) Brunfelsia in ethnomedicine. Botanial Museum Leaflets 25: 289-320.
  • Reis GO, Vicente G, Carvalho FK, Heller M, Micke GA, Pizzolatti MG & Frode TS (2014) Croton antisyphiliticus Mart. attenuates the inflammatory response to carrageenan-induced pleurisy in mice. Inflammopharmacology 22: 115-126.
  • Rodrigues GA, Souza WC, Godinho MGC, Ferreira HD & Vila Verde GM (2015) Determinação de parâmetros farmacognósticos para as folhas de Erythroxylum suberosum A. St.-Hilaire (Erythroxylaceae) coletadas no município de Goiânia, GO. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 17: 1169-1176.
  • Sanquetta CR, Fernandes LAV, Miranda DLC & Mognon F (2010) Inventário de plantas fornecedoras de produtos não madeireiros da floresta ombrófila mista no estado do Paraná. Scientia Agraria 11: 359-369.
  • Silva RAD (1929) Pharmacopoeia dos Estados Unidos do Brasil. Nacional, São Paulo. 393p.
  • Siqueira BVL, Soares BE, Oliveira DR & Sakuragui CM (2017) The regionalization of medicalized vernacular names of medicinal plants in Brazil. Scientometrics 110: 945-966.
  • Siqueira BVL, Sakuragui CM, Soares BE & Oliveira DR (2018) The rise of medicalization of plants in Brazil: a temporal perspective on vernacular names. Journal of ethnopharmacology 224: 535-540.
  • Silberbauer-Gottsberger I (1981) O cerrado como potencial de plantas medicinais e tóxicas. Oréades 8: 15-30.
  • Soares ELC, Vendruscolo GS, Eisinger SM & Zaìchia RA (2004) Estudo etnobotânico do uso dos recursos vegetais em São João do Polesine, RS, Brasil, no período de Outubro de 1999 a Junho de 2001. I - Origem e fluxo do conhecimento. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 6: 69-95.
  • Tang JL, Liu B & Ma KW (1980) Traditional Chinese medicine. Lancet 372: 1938-1940.
  • Thiesen LC, Colla IM, Silva GJ, Kubiak MG, Faria MGI, Gazim ZC, Linde G & Colauto, NB (2018) Antioxidant and antimicrobial activity of Brunfelsia uniflora leaf extract. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR 21: 93-97.
  • Tribess B, Pintarelli GM, Bini LA, Camargo A, Funez LA, Gasper AL & Zeni ALB (2015). Ethnobotanical study of plants used for therapeutic purposes in the Atlantic Forest region, Southern Brazil. Journal of Ethnopharmacology 164: 136-146.
  • Uribe JA & Uribe-Uribe L (1941) Flora de Antioquia. Imprenta Departamental, Medellín. 383p.
  • Vieira LS (1992) Fitoterapia da Amazônia. Ed. Ceres, São Paulo. 347p.
  • Violante IMP, Hamerski L, Garcez WS, Batista AL, Chang MR, Pott VJ & Garcez FR (2012) Antimicrobial activity of some medicinal plants from the Cerrado of the central-western region of Brazil. Brazilian Journal of Microbiology 43: 1302-1308.
  • Zayas LH & Ozuah PO (1996) Mercury use in espiritismo: a survey of botanicas. American Journal of Public Health 86: 111-112.
  • Zola IK (1983) Socia-medical inquiries. Temple University Press, Philadelphia. 349p.

Edited by

Area Editor: Dr. Leopoldo Baratto

Publication Dates

  • Publication in this collection
    13 July 2020
  • Date of issue
    2020

History

  • Received
    02 July 2019
  • Accepted
    28 Oct 2019
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br