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UNIVERSITÁRIOS NO CONTEXTO DA COVID-19: PERFIL, COMPORTAMENTOS E ATIVIDADES ACADÊMICAS

RESUMO

Objetivo:

descrever o perfil sociodemográfico, as atividades acadêmicas e os comportamentos de estudantes universitários no contexto da pandemia de COVID-19.

Método:

estudo transversal, descritivo, quantitativo, que teve os dados coletados entre agosto e setembro de 2020, via formulário Google forms, no Rio Grande de Sul, Brasil. Os dados foram analisados utilizando a estatística descritiva.

Resultados:

de 536 estudantes da disciplina optativa de Saúde mental em emergências humanitárias, ofertada pela Universidade Federal de Pelotas, no semestre alternativo, em 2020, 464 participaram. Desses, 53,45% estavam em isolamento e distanciamento social, 40,73% tiveram piora da situação financeira, 66,59% buscaram apoio familiar e 85,96% acompanharam atividades a distância.

Conclusão:

o distanciamento e o isolamento social foram fundamentais para o controle da infecção pela COVID-19, porém apresentaram fatores negativos, como piora da situação financeira, e positivo, a adaptação às novas abordagens para a continuidade das aulas remotas.

DESCRITORES:
Universidades; Educação Superior; Estudantes; Pandemias; COVID-19

ABSTRACT

Objective:

to describe the sociodemographic profile, academic activities, and behaviors of college students in the context of the COVID-19 pandemic.

Method:

cross-sectional, descriptive, quantitative study, which had data collected between August and September 2020, via Google forms, in Rio Grande de Sul, Brazil. Data were analyzed using descriptive statistics.

Results:

of 536 students in the optional discipline of Mental Health in Humanitarian Emergencies, offered by the Federal University of Pelotas, in the alternate semester in 2020, 464 participated. Of these, 53.45% were in isolation and social withdrawal, 40.73% had worsening financial situation, 66.59% sought family support, and 85.96% followed distance activities.

Conclusion:

the distancing and social isolation were fundamental for the control of the infection by COVID-19, but presented negative factors, such as worsening of the financial situation, and positive, the adaptation to the new approaches for the continuity of the remote classes.

DESCRIPTORS:
Universities; Education, Higher; Students; Pandemics; COVID-19

RESUMEN

Objetivo:

describir el perfil sociodemográfico, las actividades académicas y los comportamientos de los estudiantes universitarios en el contexto de la pandemia de COVID-19.

Método:

estudio transversal, descriptivo, cuantitativo, que tuvo datos recogidos entre agosto y septiembre de 2020, a través de formularios de Google, en Rio Grande de Sul, Brasil. Los datos se analizaron mediante estadísticas descriptivas.

Resultados:

de 536 estudiantes de la disciplina optativa de Salud mental en emergencias humanitarias, ofertada por la Universidad Federal de Pelotas, en el semestre alternativo, en 2020, participaron 464. De ellos, el 53,45% se encontraba en situación de aislamiento y distanciamiento social, el 40,73% presentaba un empeoramiento de la situación económica, el 66,59% buscaba apoyo familiar y el 85,96% realizaba actividades a distancia.

Conclusión:

el distanciamiento y el aislamiento social fueron fundamentales para el control de la infección por COVID-19, pero presentaron factores negativos, como el empeoramiento de la situación financiera, y positivos, la adaptación a los nuevos enfoques para la continuidad de las clases a distancia.

DESCRIPTORES:
Universidades; Educación Superior; Estudiantes; Pandemias; COVID-19

INTRODUÇÃO

A pandemia de COVID-19 ocasionou uma reorganização para atender à demanda causada pelas implicações do acontecimento que assola a população mundial, não somente nos serviços de saúde, mas também nas atividades da vida cotidiana de inúmeras pessoas. Nessa reorganização, incluem-se as estratégias de enfrentamento de escolas e universidades, as quais tiveram que adaptar seu formato de ensino, antes presencial, para o formato remoto11 Maia BR, Dias PC. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o impacto da COVID-19. Estud. psicol. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 37. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200067.
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. No ambiente universitário, isso ocasionou uma sequência de episódios que se refletiram na saúde física e mental dos estudantes. Muitos tiveram que lidar com questões relativas à infecção da COVID-19, além de mudanças em seu estilo de vida pessoal, nos contextos familiar, econômico, social e, finalmente, acadêmico para dar seguimento a seus projetos de vida22 Bezerra CB, Saintrain MV de, Braga DBA, Santos F da S, Lima AOP, Brito EHS de, et al. Impacto psicossocial do isolamento durante pandemia de COVID-19 na população brasileira: análise transversal preliminar. Saúde soc. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 29(4). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/347822777_Impacto_psicossocial_do_isolamento_durante_pandemia_de_covid-19_na_populacao_brasileira_analise_transversal_preliminar.
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. Para muitos, a pandemia foi um momento decisivo, pois dividiu opiniões e mostrou-se desafiadora para todos.

Um tema discutido neste contexto é o ensino a distância, que se mostrou uma estratégia emergencial para garantir a continuidade das atividades acadêmicas em tempos de distanciamento social imposto pela pandemia. Essa mudança de paradigma - a migração do modo de ensino presencial para o remoto (síncrono/assíncrono) - tornou o universo acadêmico um espaço de re(construção) para a modalidade de ensino a distância, o que exigiu flexibilidade por parte de docentes e discentes para o desenvolvimento deste processo de aprendizagem e envolvimento através da colaboração e interação33 Scorsolini-Comin F, Melo LP de, Rossato L, Gaia R da SP. Educação a distância na formação em enfermagem: reflexões sobre a pandemia da COVID-19. Rev. baiana enferm. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 34. Disponível em: https://doi.org/10.18471/rbe.v34.36929.
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.

Estudos44 Kecojevic A, Basch CH, Sullivan M, Davi NK. The impact of the COVID-19 epidemic on mental health of undergraduate students in New Jersey, cross-sectional study. PLoS ONE. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 15(9). Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0239696.
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-55 Son C, Hegde S, Smith A, Wang X, Sasangohar F. Effects of COVID-19 on college students’ mental health in the United States: interview survey study. J. med. internet res. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 22(9). Disponível em: http://dx.doi.org/10.2196/21279.
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demonstram que esta modalidade de ensino se mostrou promissora, desde que os estudantes tenham assegurado o acesso à internet e a dispositivos móveis para que, com isso, possam acompanhar as atividades em seus domicílios. Além de dados sobre o ensino a distância, observou-se que os estudos66 Ornell F, Schuch JB, Sordi AO, Kessler FHP. “Pandemic fear” and COVID-19: mental health burden and strategies. Braz. J. Psychiatry [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 42(3). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1516-4446-2020-0008.
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se focam na infecção pela COVID-19, nas formas de prevenção e no tratamento. Contudo, outras questões importantes - como mudanças na renda e o distanciamento/isolamento social, que impactam a saúde mental das pessoas afetadas pela pandemia - não foram abordadas nas pesquisas que enfocam os estudantes universitários.

Em virtude da COVID-19, diversos estudantes tiveram mudanças significativas em suas capacidades de engajamento e aprendizagem, levando a consequências como falta de acompanhamento e rendimento nas atividades de ensino. O estresse cotidiano, impulsionado pela necessidade de isolamento social e a consequente ausência de contato com pessoas, gerou sentimentos negativos nesses estudantes. Um ponto relevante é a questão das condições materiais, as quais repercutiram no acompanhamento das atividades. Isso, os recursos e o espaço físico foram os maiores dificultadores dos estudantes no ensino remoto77 Osti A, Pontes Júnior JA de F, Almeida LS. O comprometimento acadêmico no contexto da pandemia da COVID-19 em estudantes brasileiros do Ensino Superior. Rev. Prâksis. [Internet]. 2021 [acesso em 05 abr 2021]; 3. Disponível em: https://doi.org/10.25112/rpr.v3.2676.
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.

Nesse sentido, o objetivo deste estudo é descrever o perfil sociodemográfico, as atividades acadêmicas e os comportamentos de estudantes universitários no contexto da pandemia de COVID-19. Estudos voltados para essa população se justificam, pois os universitários em breve estarão compondo o mercado de trabalho e poderão apresentar sequelas, por exemplo, adoecimentos físicos e mentais, que podem gerar impacto na saúde pública.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo. Os dados foram coletados de quatro de agosto a 12 de setembro de 2020, através de um censo entre estudantes que frequentaram a disciplina optativa de Saúde mental em emergências humanitárias, ofertada pela Universidade Federal de Pelotas, durante a pandemia de COVID-19, no semestre alternativo, em 2020.

Todos os 536 estudantes que frequentaram a disciplina até o final foram recrutados via e-mail e receberam eletronicamente o consentimento livre e esclarecido via formulário Google forms, manifestando seu interesse em participar da pesquisa através do preenchimento do formulário. Em seguida, os estudantes receberam o questionário eletrônico da pesquisa, também por e-mail. Responderam ao questionário 464 estudantes, configurando uma taxa de resposta de 86%.

O critério de inclusão dos participantes no estudo foi frequentar a disciplina até o final, e o critério de exclusão foi a desistência ou o trancamento da disciplina por parte do estudante.

A pesquisa utilizou-se de um questionário online autoaplicado que, após respondido, foi devidamente codificado e migrado para o programa EpiData. Logo foi feita a limpeza dos dados com correção de erros de amplitude e consistência.

O questionário foi elaborado pelo grupo de pesquisa e testado previamente com um grupo de estudantes que não integraram o estudo. As variáveis apresentadas neste artigo foram as relacionadas a características sociodemográficas, como sexo, etnia, idade, estado civil, renda familiar e curso de graduação. As variáveis relacionadas ao ensino remoto foram: oferta de disciplinas/cursos na modalidade remota, dificuldades de acompanhamento dos estudantes e contribuições.

O controle de qualidade dos dados se deu através da checagem das questões com relação ao preenchimento do questionário e, três vezes na semana, foi realizado o backup dos questionários disponíveis no sistema. Os dados foram analisados utilizando a estatística descritiva, com auxílio do programa SPSS v. 25.0.

O presente estudo é um recorte do projeto temático intitulado “Saúde mental em tempos de pandemia de COVID-19”, de cuja equipe os autores fazem parte. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas através do parecer nº 4.186.982, de 1 de agosto de 2020. Foram garantidos o sigilo e o anonimato dos participantes, visto que, ao migrar para o banco de dados, os questionários passam a ser identificados através de uma codificação. Os dados seguem armazenados na universidade por cinco anos.

RESULTADOS

Na Tabela 1, é possível identificar o perfil sociodemográfico (sexo, etnia, idade, renda familiar, estado civil e curso) dos estudantes universitários participantes desta pesquisa.

Tabela 1
Perfil sociodemográfico dos estudantes que participaram da pesquisa. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 2021 (continua)

Dos estudantes participantes desta pesquisa, 329 (71,1%) são do sexo feminino. A média de idade identificada pelo estudo foi de 23,4 (±5,7) anos, com variação entre 18 e 56 anos. Observou-se que 355 (76,5%) se autodeclararam brancos e 109 (23,5%) não brancos. Constatou-se que 412 (88%) dos participantes não possuem companheiros e 52 (11,2%) possuem. Quanto à classe social, 131 (28,2%) pertencem à E, com renda familiar de até dois salários-mínimos; 101 (28,7%) à D, com renda familiar entre dois e quatro salários-mínimos; 112 (24,1%) à C, com renda familiar de quatro a 10 salários-mínimos, 28 (6%) à B, com renda entre 10 e 20 salários-mínimos e cinco (1%) à A, com renda acima de 10 salários-mínimos. A média de dependentes dessa renda é de ±1,3 pessoa (3,3%).

Entre os estudantes da amostra, 160 (34,6%) cursam Medicina, 76 (16,4%) Enfermagem, 43 (9,3%) Psicologia, 36 (7,8%) Odontologia, 15 (3,2%) Terapia Ocupacional, 12 (2,6%) Agronomia, 11 (2,4%) Letras, 11 (2,4%) Pedagogia e 99 (21,3%) outros cursos.

Quanto às áreas de conhecimento, 310 (67%) pertencem à área da Saúde, 64 (13,8%) à de Ciências Humanas, 17 (3,7%) à de Ciências Agrárias, 16 (3,5%) à de Ciências Biológicas, 15 (3,2%) à das Ciências Exatas e da Terra, 14 (3%) à de Ciências Sociais Aplicadas, 13 (2,8%) à de Linguística, Letras e Artes, 12 (2,6%) à das Engenharias e dois (0,4%) à do Turismo, Hospitalidade e Lazer. Em relação ao semestre, a média dos estudantes foi de 4,7 (±2,3) anos, com variação entre o 1° e o 10° semestre.

Os dados referentes à oferta de atividades durante a pandemia nas devidas unidades acadêmicas da universidade, aos motivos pelos quais não conseguiram acompanhar as atividades remota e ao aproveitamento das atividades remota no contexto da pandemia de COVID-19 são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2
Atividades ofertadas pelas Unidades Acadêmicas da Universidade. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 2021

Durante a pandemia, algumas unidades acadêmicas da universidade ofereceram atividades de ensino a distância (EAD). Quando perguntados sobre a oferta de seus cursos, 29 (6,3%) relatam que, em sua unidade, todas as atividades foram suspensas; 435 (93,7%) afirmaram que houve oferta de atividades em suas unidades, sendo que desses 367 (79%) as acompanharam e 68 (14,7%) não as acompanharam.

Em relação aos motivos pelos quais não conseguiram acompanhar as atividades EAD, 28 (6%) não tinham recursos; 24 (5,2%) afirmaram que começaram a acompanhar, mas tiveram dificuldades; quatro (8,0%) tiveram que trabalhar ou ajudar em casa; três (0,6%) tiveram problemas de saúde familiar; três (0,6%) não conseguiram vaga para cursar e 398 (86%) relatam que não gostaram da disciplina e/ou a unidade não ofertou disciplinas.

Sobre o aproveitamento das atividades EAD no contexto da pandemia, 21 (4,5%) concluíram que tais atividades mais atrapalham do que ajudam, 99 (21,5%) afirmaram que não atrapalham nem ajudam e 340 (74%) avaliaram que mais ajudam do que atrapalham.

O comportamento desses estudantes em relação às restrições impostas pela COVID-19, ao diagnóstico através de testagem para a COVID-19 ou familiares que faleceram em decorrência da COVID-19, à alteração da situação financeira e à necessidade de apoio familiar pode ser observado na Tabela 3.

Tabela 3
Comportamento dos estudantes com relação à COVID-19. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 2021 (continua)

Com relação especificamente às restrições impostas pela COVID-19, 248 (53,4%) estudantes relataram que ficaram em casa, saindo somente quando necessário; 36% (n=167) tomaram os cuidados de distanciamento social, 9,1% (n=42) afirmaram que ficaram rigorosamente em casa, seis (1,3%) disseram que a única mudança na rotina foi que pararam de ir à aula e apenas um (0,2%) afirmou que estava levando uma vida normal.

Entre os estudantes que responderam à pesquisa, 461 (99,3%) afirmaram que não foram diagnosticados com COVID-19 e três (0,7%) que testaram positivo. Quando perguntados sobre familiares que faleceram em decorrência da doença, 37 (8%) afirmaram que sim, enquanto 427 (92%) negaram ter tido perdas familiares relacionadas ao novo coronavírus.

Com relação à situação financeira da família, 264 (56,9%) afirmaram que continuou igual, 189 (40,7%) que piorou e 11 (2,4%) consideraram que melhorou. 37 (8,0%) afirmaram que perderam a fonte de renda, 27,1% (n=126) relataram que um membro da família perdeu a fonte de renda e 301 (64,9%) negaram perdas com relação à fonte de renda.

Durante a pandemia, quando perguntados sobre a necessidade de apoio, 309 (66,6%) afirmaram contar com a família, 119 (25,7%) com amigos, seis (1,3%) com colega de curso, quatro (0,8%) com conselho espiritual e 26 (5,6%) relataram que não contaram com apoio de ninguém quando necessitaram.

DISCUSSÃO

A partir dos resultados, observou-se que a proporção dos participantes do presente estudo se aproxima do que foi visualizado em um estudo canadense88 Hamza CA, Ewing L, Heath NL, Goldstein AL. When social isolation is not new: a longitudinal study on university suffering with and without preexisting mental health problems. Psychol canad. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 62(1). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1037/cap0000255.
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no qual 74% dos 733 participantes foram do sexo feminino, 25% do sexo masculino e 1% outros. Aproxima-se também de um estudo português11 Maia BR, Dias PC. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o impacto da COVID-19. Estud. psicol. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 37. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200067.
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que teve duas amostras de participantes e, em ambas, o perfil demográfico se manteve semelhante ao da Tabela 1: 81,4% do sexo feminino na amostra 1 e 77,4% do sexo feminino na amostra 2. O mesmo vale para um estudo de Zurique, Suíça99 Dratva J, Zysset A, Schlatter N, von Wyl A, Huber M, Volken T. Swiss University Students’ Risk Perception and General Anxiety during the COVID-19 Pandemic. Int. j. environ. res. public health. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 17(20). Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/ijerph17207433.
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que, com um n=12.429, teve 70% de participantes do sexo feminino.

A média de idade se manteve também em outros estudos, nos quais foram identificadas médias como 20,14 anos (DP=1,65, variação=18-25) e 20,40 anos (DP=1,67, variação=18-25)11 Maia BR, Dias PC. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o impacto da COVID-19. Estud. psicol. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 37. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200067.
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, 21,4±3,39 (min=17; máx.=52)1010 Sengul H, Bulut A, Coşkun S. Psychological effect of COVID-19 pandemic on university students in Turkey. J Clin Med Res. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 11(6). Disponível em: http://dx.doi.org/10.4328/ACAM.20358.
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, 25 anos (IQR 23-28)99 Dratva J, Zysset A, Schlatter N, von Wyl A, Huber M, Volken T. Swiss University Students’ Risk Perception and General Anxiety during the COVID-19 Pandemic. Int. j. environ. res. public health. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 17(20). Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/ijerph17207433.
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e 20,7 (DP=1,7)55 Son C, Hegde S, Smith A, Wang X, Sasangohar F. Effects of COVID-19 on college students’ mental health in the United States: interview survey study. J. med. internet res. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 22(9). Disponível em: http://dx.doi.org/10.2196/21279.
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. Já a respeito da cor autodeclarada, vê-se que o presente estudo vai de encontro ao estudo de Nova Jersey, Estados Unidos44 Kecojevic A, Basch CH, Sullivan M, Davi NK. The impact of the COVID-19 epidemic on mental health of undergraduate students in New Jersey, cross-sectional study. PLoS ONE. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 15(9). Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0239696.
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, em que 63% dos participantes eram não brancos.

Uma temática pertinente a ser discutida é o rendimento familiar. 570 participantes (73,5%) de um estudo indiano1010 Sengul H, Bulut A, Coşkun S. Psychological effect of COVID-19 pandemic on university students in Turkey. J Clin Med Res. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 11(6). Disponível em: http://dx.doi.org/10.4328/ACAM.20358.
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relataram que sua família tinha um rendimento estável e 205 (26,5%) que sua família não o tinha. A questão financeira também esteve presente num estudo asiático1111 Dutta S, Smita MK. The Impact of COVID-19 pandemic on terciary education in bangladesh: students ‘perspectives. Open J. Soc. Sci. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 8. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4236/jss.2020.89004.
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em que os estudantes de escolas públicas se preocupavam com a diminuição da renda familiar, que impossibilitou a aquisição de bons pacotes de internet. Já os estudantes de universidades privadas passaram pela necessidade de realizar o trancamento dos cursos, sem perspectiva de retorno, em função da modificação fianceira de suas famílias.

Percebe-se uma grande variedade em relação aos cursos e áreas. Em outros estudos(5, 9, 12-14), isso se relacionou, muitas vezes, com a faculdade que instituiu a pesquisa. Em um estudo chinês1515 Wang C, Zhao H. The Impact of COVID-19 on anxiety in chinese university students. Front. Psychol. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 11. Disponível em: https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.01168.
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, observou-se que as áreas mais representadas foram as de Engenharia (n=565, 29,74%), Artes Liberais (n=261, 13,74%) e Agricultura e Ciências da Vida (n=189, 9,95%).

Em relação ao aproveitamento e às dificuldades do ensino remoto, em um estudo estadunidense55 Son C, Hegde S, Smith A, Wang X, Sasangohar F. Effects of COVID-19 on college students’ mental health in the United States: interview survey study. J. med. internet res. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 22(9). Disponível em: http://dx.doi.org/10.2196/21279.
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, grande parte dos participantes (89%) teve dificuldades para se concentrar no trabalho acadêmico em virtude das distrações no ambiente domiciliar. Além disso, 46% referiram que sua casa remete a um ambiente de descanso, não de estudos.

Um dos fatores que mais contribuíram para o estresse acadêmico, de acordo com um estudo chinês1414 Li HY, Cao H, Leung DYP, Mak YW. The psychological impacts of a covid-19 outbreak on college students in China: a longitudinal study. Int J Environ Health Res [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021];17(11). Disponível em: https://doi.org/10.3390/ijerph17113933.
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, foi a transição abrupta e a manutenção das aulas online, associadas a preocupações com o progresso acadêmico e planos futuros. Isso foi corroborado por outro estudo chinês55 Son C, Hegde S, Smith A, Wang X, Sasangohar F. Effects of COVID-19 on college students’ mental health in the United States: interview survey study. J. med. internet res. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 22(9). Disponível em: http://dx.doi.org/10.2196/21279.
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cuja maioria dos participantes (89%) considerou a transição para as aulas online o maior desafio, apontando preocupações relacionadas à qualidade das aulas, problemas técnicos, aplicação de provas online e dificuldade de aprendizado.

As dificuldades relacionadas à vida acadêmica, como a falta de concentração nas atividades e na aprendizagem, foram associadas ao aumento dos níveis de medidas de somatização da saúde mental44 Kecojevic A, Basch CH, Sullivan M, Davi NK. The impact of the COVID-19 epidemic on mental health of undergraduate students in New Jersey, cross-sectional study. PLoS ONE. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 15(9). Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0239696.
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. Ademais, visualizou-se em um estudo de Bangladesh1111 Dutta S, Smita MK. The Impact of COVID-19 pandemic on terciary education in bangladesh: students ‘perspectives. Open J. Soc. Sci. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 8. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4236/jss.2020.89004.
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) que alguns participantes referiram questões técnicas (falta de energia, diminuição da velocidade de internet) e falta de dispositivos eletrônicos para as aulas no ambiente virtual. Problemas físicos como cansaço, dores de cabeça, dores nas costas, cansaço visual e dor de ouvido também foram mencionados.

O distanciamento e o isolamento social foram as primeiras recomendações globais no enfrentamento da infecção pela COVID-19, despertando, em toda a sociedade civil, sentimentos de solidão, medo e ansiedade generalizada. Isso junto com o temor ocasionado pela alta taxa de transmissão viral em decorrência da rapidez, da invisibilidade e da morbimortalidade da COVID-19. Também houve desafios psicossociais, incluindo estigmatização e discriminação de pessoas infectadas22 Bezerra CB, Saintrain MV de, Braga DBA, Santos F da S, Lima AOP, Brito EHS de, et al. Impacto psicossocial do isolamento durante pandemia de COVID-19 na população brasileira: análise transversal preliminar. Saúde soc. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 29(4). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/347822777_Impacto_psicossocial_do_isolamento_durante_pandemia_de_covid-19_na_populacao_brasileira_analise_transversal_preliminar.
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Esses aspectos negativos das medidas de distanciamento e isolamento social apresentarão, a longo prazo, sequelas de saúde mental em populações mais jovens, visto que são eventos desagradáveis e desconhecidos para muitos que experimentaram, durante o período isolado, distúrbios agudos como irritabilidade, insônia, angústia emocional, transtornos do humor, sintomas depressivos, medo e pânico, ansiedade e estresse, em consequência de preocupações financeiras, frustração e tédio, solidão, falta de suprimentos, medicamentos, restrição de atividades diárias de rotina e redução, ou até mesmo ausência total, de comunicação22 Bezerra CB, Saintrain MV de, Braga DBA, Santos F da S, Lima AOP, Brito EHS de, et al. Impacto psicossocial do isolamento durante pandemia de COVID-19 na população brasileira: análise transversal preliminar. Saúde soc. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 29(4). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/347822777_Impacto_psicossocial_do_isolamento_durante_pandemia_de_covid-19_na_populacao_brasileira_analise_transversal_preliminar.
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O isolamento social afeta o comportamento e a saúde mental, elevando os níveis de ansiedade, estresse e depressão, sendo difícil não se deixar conduzir por gatilhos emocionais postos pela mídia através do bombardeio de notícias acerca da situação no Brasil e no mundo1616 Nascimento EF do, Monte LMI do, Nascimento MAC do, Mateus A da S, Sousa Júnior P de TX, Siqueira FI do MR. University youth and social isolation in the COVID-19 pandemic: employment, sociability and family. Res., Soc. Dev. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 9(12). Disponível em: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10995.
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. Por se tratar de uma população jovem, é possível identificar que o acesso a informações em tempo real, associado à restrição do contato com familiares e amigos, contribuiu para intensificar os sentimentos negativos. O isolamento, para jovens universitários, traz mais prejuízos do que se imagina. Além de provocar fragilidades na saúde mental em decorrência do afastamento de pessoas próximas, também pode interferir na qualidade do sono1616 Nascimento EF do, Monte LMI do, Nascimento MAC do, Mateus A da S, Sousa Júnior P de TX, Siqueira FI do MR. University youth and social isolation in the COVID-19 pandemic: employment, sociability and family. Res., Soc. Dev. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 9(12). Disponível em: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10995.
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. É possível que o isolamento cause outros problemas de saúde, tendo em conta a relação bidirecional entre insônia e ansiedade, insônia e depressão22 Bezerra CB, Saintrain MV de, Braga DBA, Santos F da S, Lima AOP, Brito EHS de, et al. Impacto psicossocial do isolamento durante pandemia de COVID-19 na população brasileira: análise transversal preliminar. Saúde soc. [Internet]. 2020 [acesso em 05 abr 2021]; 29(4). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/347822777_Impacto_psicossocial_do_isolamento_durante_pandemia_de_covid-19_na_populacao_brasileira_analise_transversal_preliminar.
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A internet se mostrou uma grande aliada na construção e na manutenção de afetos, apesar de não poder sanar completamente emoções e sentimentos ligados às relações. Foi um recurso adotado para atenuar momentos em que todos estavam isolados, uma ferramenta útil não só para manter as pessoas conectadas, de alguma forma, a familiares e amigos, mas também para realizar atividades acadêmicas e ter informações pelos meios oficiais1616 Nascimento EF do, Monte LMI do, Nascimento MAC do, Mateus A da S, Sousa Júnior P de TX, Siqueira FI do MR. University youth and social isolation in the COVID-19 pandemic: employment, sociability and family. Res., Soc. Dev. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 9(12). Disponível em: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10995.
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A rede de apoio se mostrou positiva para os estudantes, pois puderam contar com a família e amigos para ressignificar sentimentos e, até mesmo, amenizar a dor - o que requer ajuste e adaptação à nova condição1616 Nascimento EF do, Monte LMI do, Nascimento MAC do, Mateus A da S, Sousa Júnior P de TX, Siqueira FI do MR. University youth and social isolation in the COVID-19 pandemic: employment, sociability and family. Res., Soc. Dev. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 9(12). Disponível em: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10995.
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. A necessidade de apoio espiritual também esteve presente na pesquisa, o que indica que a fé se mostrou uma estratégia protetiva individual e coletiva, sendo identificada entre apenas 0,8% (n=quatro) entrevistados. A espiritualidade e a religiosidade foram recursos para fortalecer e superar esse momento de pandemia1717 Porreca W. Espiritualidade/Religiosidade: possíveis companhias nos desafios pandêmicos - COVID-19. Caderno de Administração. [Internet]. 2020 [acesso em 04 abr 2021]; 28. Disponível em: https://doi.org/10.4025/cadadm.v28i0.53632.
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A pandemia de COVID-19 agravou a crise econômica que já havia no Brasil. O desemprego e o aumento da pobreza indicam uma dramática realidade, com implicações físicas relacionadas ao estresse e a outros problemas de saúde. Um estudo espanhol1818 Baena-Díez JM, Barroso M, Cordeiro-Coelho SI, Díaz JL, Grau M. Impact of COVID-19 outbreak by income: hitting hardest the most deprived. J Public Health (Oxf) [Internet]. 2020 nov [acesso em 04 abr 2021]; 42(4):698-703. Disponível em: https://doi.org/10.1093/pubmed/fdaa136.
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) sinaliza que as dificuldades de acesso à saúde em populações carentes (por exemplo, com baixa renda ou sem seguro de saúde) têm sido apontadas no contexto da pandemia não apenas em países de baixa e média renda, mas também em países de alta renda.

Nos dados da presente pesquisa, constata-se que o número de participantes cuja renda familiar ficou comprometida pela perda da fonte de renda diminuiu. Esse dado é importante porque indica que quem sofreu com essa crise instaurada pela pandemia representa a menor parcela.

O desemprego pode gerar sintomas físicos e psíquicos que, a longo prazo, dependendo tanto da situação específica do sujeito quanto do contexto econômico, cultural e social pode suscitar patologias, como o alcoolismo1919 Silva TJ de A, Pacheco TP. As consequências psicossociais do desemprego. Rev. Ciência Amazônida. [Internet]. 2017 [acesso em 06 abr 2021]; 1(2). Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/amazonida/article/view/2997/2554.
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Pode ser considerada uma limitação deste estudo o fato de ser descritivo, o que aponta a necessidade de estudos analíticos que possam discutir o impacto dessas variáveis na vida dos estudantes.

CONCLUSÃO

A partir dos resultados, evidenciou-se que algumas variáveis sociodemográficas, como sexo, idade, renda familiar, distanciamento e isolamento social e rede de apoio, relacionadas ao ensino remoto, interferiram na saúde mental dos estudantes universitários.

O distanciamento social e o isolamento durante a pandemia foram fundamentais para o controle da infecção pela COVID-19, porém, apresentaram um fator negativo - piora da situação financeira, e outro positivo - adaptação dos estudantes às novas abordagens para a continuidade do ensino na modalidade remota.

O desenvolvimento de estudos sobre esse tema visa contribuir com a prática de docentes e gestores das universidades, bem como qualificar o cuidado aos estudantes universitários, com o intuito de diminuir os impactos da pandemia. Isso justifica sua relevância científica e social em tempos de restrições sociais e modificações nos modos de ensino.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão de bolsa de pós-graduação (001) a uma das autoras.

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Editado por

Editora associada:

Luciana Puchalski Kalinke

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Jun 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    03 Ago 2021
  • Aceito
    22 Dez 2021
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