DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA PARA ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

RESUMO

Objetivo

desenvolver e validar um aplicativo multimídia em plataforma móvel para o ensino de suporte básico na parada cardiorrespiratória para estudantes de graduação da área de saúde.

Método

estudo metodológico conduzido em duas etapas: desenvolvimento do aplicativo e validação de conteúdo por especialistas. O aplicativo foi desenvolvido a partir do Design Instrucional Contextualizado, seguindo as etapas de análise, desenho (design), desenvolvimento e implementação. Para a validação de conteúdo, 11 especialistas avaliaram o aplicativo quanto à relevância, à clareza, à coerência, às informações, à apresentação, à navegabilidade, à acessibilidade e ao design.

Resultados

o aplicativo SBVida foi desenvolvido para dispositivos móveis em plataforma Android. Foi alcançado Índice de Validade de Conteúdo geral de 0,87.

Conclusão

o aplicativo SBVida foi desenvolvido e validado e pode contribuir para a preparação e a capacitação complementar a estudantes e profissionais de Enfermagem e de demais áreas da saúde.

DESCRITORES:
Tecnologia Educacional; Reanimação Cardiopulmonar; Educação em Enfermagem; Tecnologia da Informação; Estudo de Validação

ABSTRACT

Objective:

to develop and validate a multimedia application on a mobile platform for teaching basic support in cardiac arrest to undergraduate health care students.

Method

methodological study conducted in two stages: development of the application and content validation by experts. The application was developed based on Contextualized Instructional Design, following the stages of analysis, design, development, and implementation. For the content validation, 11 experts evaluated the application regarding relevance, clarity, coherence, information, presentation, navigability, accessibility, and design.

Results

The SBVida application was developed for mobile devices on the Android platform. An overall Content Validity Index of 0.87 was achieved.

Conclusion

The SBVida application was developed and validated and can contribute to the preparation and further training of students and professionals from Nursing and other health fields.

DESCRIPTORS:
Educational Technology; Cardiopulmonary Resuscitation; Education; Nursing; Information Technology; Validation Study.

RESUMEN

Objetivo

desarrollar y validar una aplicación multimedia en una plataforma móvil para la enseñanza del soporte básico en la parada cardíaca a estudiantes de pregrado de salud.

Método

estudio metodológico realizado en dos etapas: desarrollo de la aplicación y validación del contenido por expertos. La aplicación se ha desarrollado basándose en el Design Instruccional Contextualizado, siguiendo las etapas de análisis, diseño, desarrollo e implementación. Para la validación del contenido, 11 expertos evaluaron la aplicación en cuanto a relevancia, claridad, coherencia, información, presentación, navegabilidad, accesibilidad y diseño.

Resultados

La aplicación SBVida fue desarrollada para dispositivos móviles en la plataforma Android. Se obtuvo un Índice de Validez de Contenido global de 0,87.

Conclusión

la aplicación SBVida fue desarrollada y validada y puede contribuir a la preparación y perfeccionamiento de estudiantes y profesionales de Enfermería y otras áreas de la salud.

DESCRIPTORES:
Tecnología Educacional; Reanimación Cardiopulmonar; Educación en Enfermería; Tecnología de la Información; Estudio de Validación

INTRODUÇÃO

O Suporte Básico de Vida (SBV) na Parada Cardiorrespiratória (PCR) representa um conjunto de medidas sequenciais, também conhecidas como manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), adotadas durante o atendimento primário à vítima¹-². A PCR é definida como a inexistência de atividade mecânica do coração e pode ser identificada por meio da ausência de pulso palpável em grandes artérias, irresponsividade, respiração agônica ou apneia².

Durante uma situação de PCR em ambiente extra-hospitalar, a realização precoce do atendimento de emergência é determinante para a otimização da sobrevida da vítima³. Nesse sentido, as manobras de RCP no SBV são empregadas na tentativa de reversão do quadro e envolvem o reconhecimento, o acionamento do serviço de emergência, as compressões torácicas, a ventilação e o uso de desfibrilador externo automático, quando apropriado¹,³.

A maioria das vítimas, nesses casos, é formada por adultos e as taxas de sobrevida estão associadas à presença de outras pessoas próximas com capacidade de atuar na cena, empregando a RCP até a chegada da equipe de saúde especializada³-⁴. Logo, para um atendimento eficaz, tornam-se necessárias capacitações teórico-práticas, que desenvolvam habilidades que facilitarão a atuação do socorrista leigo ou profissional¹.

Em ambientes de cuidado à saúde, é esperado que os profissionais estejam treinados para a execução de manobras de RCP de modo a aplicar compressões e ventilações com eficiência⁴. Porém, algumas pesquisas destacam que, diante das situações de PCR, alguns profissionais ainda manifestam dúvidas sobre a prestação de RCP de alta qualidade⁵-⁷.

Um estudo realizado com 101 profissionais de Enfermagem de um hospital universitário apontou que 73,26% dos participantes não souberam reconhecer a inconsciência como sinal clínico da PCR⁸. Outro estudo realizado com equipes de Enfermagem evidenciou que 40,8% dos profissionais não souberam reconhecer a sequência de atendimento de uma pessoa em PCR⁹.

Algumas pesquisas reconhecem que o conteúdo sobre atendimento em PCR ministrado durante a formação do enfermeiro tem sido abordado de forma breve e superficial¹,⁵. Contudo, a literatura tem indicado aumento significativo na segurança em oferecer a temática após a capacitação teórico-prática e as revisões periódicas, favorecendo a efetividade da RCP¹-²,⁶. Neste contexto, o aplicativo móvel tem sido empregado como ferramenta pedagógica na complementação de capacitação e na atualização do conhecimento¹⁰-¹¹.

Estudo¹² realizado com 225 estudantes de Enfermagem chineses avaliou a motivação, a prática e o desempenho dos participantes que utilizaram aplicativo móvel no aprendizado de saúde cardiovascular. Os resultados demonstraram elevada satisfação, motivação e melhora no desempenho após a utilização do aplicativo móvel.

Outra pesquisa¹³ comparou a precisão e a velocidade de compressão na RCP entre um grupo que recebeu orientações por meio de um aplicativo e outro grupo que recebeu o módulo no formato presencial. A avaliação prática, antes e após a intervenção, mostrou significativo efeito (p= 0,000) sobre as variáveis precisão e velocidade para os dois grupos, indicando a utilização do aplicativo móvel como uma possibilidade educativa.

Atualmente, é possível acessar livremente alguns aplicativos sobre atendimento em PCR, contudo, há carência de dispositivos móveis desenhados e validados para área de educação em Enfermagem/Saúde¹⁴-¹⁵.

Ao considerar que a literatura ainda carece de pesquisa aplicada para a criação e a validação de ambientes virtuais para complementar o aprendizado, justifica-se o estudo que tem como objetivo desenvolver e validar um aplicativo multimídia em plataforma móvel para o ensino de suporte básico na PCR para estudantes de graduação da área de saúde.

MÉTODO

Trata-se de um estudo metodológico para o desenvolvimento e a validação de conteúdo de um aplicativo móvel sobre SBV para estudantes da área da saúde. O processo de desenvolvimento e validação ocorreu no formato remoto, envolvendo pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), entre fevereiro de 2020 a março de 2021. O instrumento SQUIRE 2.0 do Equator foi utilizado para nortear a metodologia.

Para a validação do aplicativo, foram selecionados, aleatoriamente, pelo currículo Lattes, profissionais de saúde que possuíssem produções científicas sobre a temática nos últimos cinco anos e/ou, no mínimo, especialização na área de Urgência/Emergência ou Terapia Intensiva. Do total de 23 profissionais, 11 aceitaram e participaram de todo o processo de avaliação. Foram excluídos os especialistas que descontinuaram a avaliação em algum momento da coleta de dados.

A pesquisa foi desenvolvida em duas fases, sendo a primeira relacionada ao desenvolvimento do aplicativo e a segunda relacionada à validação de conteúdo por especialistas¹⁶.

A primeira fase, ou o processo de produção do aplicativo móvel, baseou-se no Design Instrucional Contextualizado (DIC), seguindo as etapas de análise, desenho (design), desenvolvimento e implementação¹⁶. Na etapa de análise, procedeu-se a um inquérito junto à população-alvo sobre as lacunas educacionais relacionadas à temática e acesso a celulares e aplicativos em dispositivos móveis. Nesta etapa, foram abordados 168 estudantes do curso de graduação em Enfermagem da UFJF. Para o desenvolvimento do desenho instrucional, foram definidos elementos como: objetivos educacionais, ferramentas e os esboços para a pré-visualização dos conteúdos.

Para a etapa do desenvolvimento e da estrutura idealizada, contou-se com o suporte técnico de profissionais da área de ciências da computação e desenho gráfico. Foi utilizada a matriz de design para produzir o logotipo, cenários gráficos, menu com seus ícones, conteúdos teóricos, materiais audiovisuais e testes. As questões do teste foram adaptadas de uma escala validada¹⁷. Os materiais audiovisuais foram produzidos pela pesquisadora principal com o uso da câmera do celular e editados pelo programa VSDC Free Editor Video. Após editados, foram disponibilizados em um canal do site YouTube, denominado SBVida. Foram utilizadas ferramentas frameworks Expo e React Native para a configuração do aplicativo, permitindo realizar a etapa de implementação no Sistema Operacional Android.

Na segunda fase, para a validação de conteúdo, procedeu-se à coleta de dados por meio de questionário online enviado para o correio eletrônico dos especialistas, que responderam acerca de dados sociodemográficos e de avaliação do aplicativo. Para a avaliação e a validação do conteúdo do aplicativo no Sistema Operacional Android, foram considerados os aspectos educacionais, os recursos didáticos e a interface do ambiente virtual, avaliados nos tópicos: relevância do tema; clareza dos conceitos; coerência dos conteúdos; quantidade de informação; apresentação das imagens/vídeos/interfaces de conexões (links); validade das informações; navegabilidade; acessibilidade e design das telas.

A avaliação do aplicativo foi realizada por meio de uma escala Likert de cinco pontos, a saber: um = discordo totalmente; dois = discordo; três = não discordo nem concordo; quatro = concordo e cinco = concordo totalmente. Foi inserido um espaço para sugestões e comentários após a avaliação de cada item. Todos os itens que receberam pontuação um ou dois na primeira rodada de avaliação foram revisados e encaminhados aos especialistas para nova avaliação.

Os dados foram inseridos em planilha Excel^® e analisados por frequências relativa e absoluta. Para o cálculo da validade, utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), com concordância mínima aceitável de 0,80. Os itens cujo IVC não atingiram 0,80 foram submetidos a novas rodadas de avaliação até a obtenção do consenso pelos especialistas.

A pesquisa foi iniciada após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora sob o Parecer nº 3.318.209.

RESULTADOS

Na etapa de análise, dos 168 estudantes de Enfermagem abordados, 44 aceitaram responder ao questionário. Destes, a maioria eram mulheres (n=40, 90,9%), cursando entre o primeiro e quinto ano de curso e com idade média de 19,8 anos. Os elementos do desenho instrucional que compuseram a matriz do aplicativo podem ser visualizados no quadro 1.

Quadro 1
Matriz de Design Instrucional do Aplicativo Móvel SBVida. Juiz de Fora, MG, Brasil, 2020-2021

Unidades	Objetivos	Ferramentas	Conteúdos	Avaliação
Introdução ao SBV.	Avaliar o conhecimento prévio.	Perguntas objetivas sobre SBV.	Aplicação de questionário.	Pré-teste.
Atendimento à vítima de PCR adulta extra-hospitalar.	Mediar o aprendizado do conteúdo.	Manuais e vídeos instrutivos.	Ilustrações, resumos textuais e vídeos curtos.	Acesso ao conteúdo do aplicativo.
Reconhecimento e atendimento à vítima em PCR e realização das manobras de SBV.	Fornecer informações da identificação e do atendimento de PCR em adultos.	Cadeia de sobrevida; acionamento do serviço de emergência; uso do desfibrilador automático; manobras de RCP; identificação de ritmos cardíacos chocáveis.	Ícones Interativos; Material Teórico; Vídeo Instrucional.	Pós-teste.

Fonte: autores (2020-2021).

Para o desenvolvimento do aplicativo móvel SBVida, seguindo as etapas de desenho (design), desenvolvimento e implementação, foi elaborada uma página principal, denominada home, na qual o aplicativo é apresentado ao usuário. A tela inicial tem por objetivo direcionar para a interface central do aplicativo na qual o usuário encontrará o menu principal que permitirá a navegação por ícones. A partir do primeiro acesso ao aplicativo, há uma programação automática que direciona o usuário à realização do pré-teste, intitulado Suporte Básico de Vida. Caso o usuário não consiga realizá-lo ou não queira fazê-lo naquele momento, poderá optar por acessar o aplicativo, por meio do menu principal, a qualquer momento (Figura 1).

Figura 1
Menu de acesso navegado por ícones. Juiz de Fora, MG, Brasil, 2020-2021

Após a exploração global do aplicativo e a assimilação da temática, o usuário poderá realizar o pós-teste. Ao terminá-lo, será gerado um quadro comparativo que possibilita avaliar o nível de conhecimento prévio e o conhecimento adquirido. Destaca-se que o pós-teste possui as mesmas questões que o pré-teste e pode ser usado para mensurar, por meio de frequência simples, o impacto do aprendizado dos usuários.

Cabe destacar que o aplicativo ora apresentado é a versão final validada por 11 especialistas. Destes, seis (54,6%) eram do sexo feminino, tinham idades entre 30 e 40 anos, com titulação de mestre ou doutor, sete (63,7%) atuavam em unidade de terapia intensiva ou urgência/emergência, cinco (45,5%) tinham experiência profissional entre 11 e 20 anos e oito (78,3%) residiam na região Sudeste do Brasil. Alguns especialistas realizaram sugestões para o aperfeiçoamento do aplicativo, as quais foram incorporadas na versão final, como a criação de uma logomarca e de manuais.

Foram realizadas duas rodadas entre os especialistas para obter-se o grau de concordância superior a 0,80. O IVC geral da escala resultou em 0,87 como pode ser observado na tabela 1.

Tabela 1
Índice de Validade de Conteúdo por item do aplicativo móvel SBVida. Juiz de Fora, MG, Brasil, 2020-2021

Item		IVC item
Relevância		1
Clareza dos conceitos		0,90
Coerência dos conteúdos		0,90
Quantidade de informações		0,82
Apresentação de imagens/vídeos/links		0,82
Validade das informações		0,82
Navegabilidade		0,82
Acessibilidade		0,90
Design das telas		0,90
IVC geral da escala		0,87

(n=11)Fonte: autores (2020-2021).

DISCUSSÃO

O uso de tecnologias de ensino por dispositivos móveis tem se expandido no campo da saúde, influenciando os modos de cuidados. Dentre as possibilidades, destacam-se os aplicativos que produzem orientações, monitoram doenças, sinais e sintomas e até mesmo direcionam condutas protocolares em situações clínicas variadas¹⁸-²⁰.

Nesse sentido, pesquisas²¹-²³ destacam que, na área de saúde, os aplicativos educativos podem dinamizar e complementar o ensino. Estes aplicativos podem ser utilizados em uma interface presencial ou remota por meio de conteúdos teóricos, testes, vídeos, animações e jogos interativos.

Uma pesquisa experimental realizada na Coreia com 66 estudantes, concluintes do curso de graduação em Enfermagem, avaliou o conhecimento, as habilidades e a autoeficácia na prática clínica por meio da utilização prévia de um aplicativo com e sem interatividade. O grupo experimental, que utilizou o aplicativo interativo, apresentou resultados significativamente maiores (p<0,001) no conhecimento, nas habilidades e na percepção de autoeficácia em procedimentos como sinais vitais, medicação endovenosa, gavagem gástrica e aspiração endotraqueal²⁴.

No campo do ensino de graduação em Enfermagem, a possibilidade de acessar um aplicativo educativo em qualquer momento, de rever e de treinar conhecimentos pode estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais ao cuidado¹³,²⁵. Infere-se, portanto, que a integração dos aplicativos educativos à prática clínica e ao ensino pode mobilizar habilidades cognitivas como o pensamento crítico, o julgamento clínico e a tomada de decisão em saúde⁵,²⁶.

Uma pesquisa utilizou o aplicativo Cuidar Tech Neo com o objetivo de estimular o julgamento clínico e a tomada de decisão de enfermeiros neonatologistas. A partir do estudo, identificou-se que os profissionais consideraram o dispositivo como ferramenta auxiliar no processo de Enfermagem por meio do cruzamento de indicadores clínicos ¹⁷.

No que diz respeito ao SBV, um estudo rastreou a existência de 3.890 aplicativos sobre a temática a partir da Google Play Store e Apple App Store. Contudo, apenas cinco destes aplicativos foram validados com usabilidade suficiente e precisão médica relacionada às diretrizes internacionais para o atendimento da PCR²⁷.

Aplicativos que ensinam intervenções em situações que envolvam risco iminente de morte devem basear-se nas melhores evidências disponíveis. Além disso, tornam-se indispensáveis a rigorosa validação do conteúdo por especialistas e a garantia de padrões de usabilidade²⁷-²⁸.

Nesta direção, o Aplicativo Móvel SBVida foi estruturado com base nas recomendações da American Heart Association e validado por especialistas em Terapia Intensiva e Urgência/Emergência²⁸-²⁹. Quanto à usabilidade, fornece informações e indicadores que orientam condutas para a identificação de possível vítima em PCR e direciona para os procedimentos RCP até a implementação de condutas mais complexas em unidade de cuidado especializado.

Cabe destacar que a validade de conteúdo alcançada pelo aplicativo foi adequada, elucidando o utilitário como relevante, claro em seus conceitos, coerente nos conteúdos e informações, além de interface, acesso, navegabilidade e design apropriados. No campo das urgências cardiológicas, outros estudos sobre o desenvolvimento e a validação de aplicativos multimídias têm alcançado escores adequados e conteúdos válidos¹¹,¹⁹. A literatura tem estabelecido um escore mínimo de 0,8 como idealmente adequado para validar os conteúdos específicos e gerais de um instrumento ou protótipo³⁰.

Ressalta-se que o estudo se limitou à criação e à validação de conteúdo do aplicativo por meio da avaliação de especialistas, carecendo de aplicação em uma amostra representativa da população-alvo para a validação de aparência. Além disso, o aplicativo necessita de plataforma vinculada à web, o que pode restringir o manuseio por pessoas com conhecimentos limitados em informática e sem acesso à internet.

CONCLUSÃO

Por meio do DIC e da análise de conteúdo, o aplicativo SBVida foi, respectivamente, desenvolvido e validado. De acordo com os especialistas, o aplicativo é relevante, claro em seus conceitos, coerente nos conteúdos e informações, com interface, acesso, navegabilidade e design adequados.

Considera-se que o aplicativo SBVida está apto para estudos que avaliem a validade de aparência junto à população de interesse e contribui como uma ferramenta digital inovadora para o ensino de SBV para estudantes de Enfermagem e Saúde.

O aplicativo móvel SBVida poderá contribuir para a difusão do conhecimento sobre SBV e para a capacitação complementar de estudantes e profissionais de saúde de um modo prático e interativo. Além disso, poderá ser utilizado em pesquisas com o objetivo de comparar o conhecimento prévio e posterior a uma intervenção educativa sobre SBV.

AGRADECIMENTO

À Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) - APQ-00556-18.

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Editora associada: Luciana Nogueira

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  04 Nov 2022
• Data do Fascículo
  2022

Histórico

• Recebido
  28 Dez 2021
• Aceito
  24 Maio 2022