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Preditividade das sentenças do protocolo de avaliação da inteligibilidade de fala nas disartrias

Resumos

OBJETIVO: Analisar a preditividade das sentenças utilizadas no protocolo de avaliação da inteligibilidade da fala nas disartrias. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 120 voluntários divididos, aleatoriamente, em quatro grupos de 30 indivíduos. A partir da lista de 25 frases do protocolo, foram elaboradas quatro versões de listas. Em cada uma delas, uma palavra-alvo diferente foi omitida das sentenças. Cada grupo de participantes completou uma versão da lista preenchendo graficamente as lacunas com a primeira palavra que lhes viesse à mente, de modo que cada sentença ficasse coerente. Foram realizadas análises estatísticas para classificar as frases quanto a sua preditividade, comparar a preditividade das palavras em cada sentença e comparar as versões da lista. RESULTADOS: Três sentenças apresentaram alta preditividade; sete, média preditividade; e 15, baixa preditividade. Foram encontradas diferenças de preditividade entre as palavras-alvo em 84% das frases (p<;0,0054). Comparando as versões da lista, constatou-se que a versão 1 diferiu das demais (p<;0,002), mostrando-se menos previsível. CONCLUSÃO: No protocolo de avaliação da inteligibilidade da fala empregado neste estudo há predomínio de sentenças de baixa preditividade, sugerindo que estas podem ser empregadas de maneira confiável na avaliação da inteligibilidade. A análise da inteligibilidade em sentenças por palavras-alvo deve ser usada clinicamente, especialmente quando se conhece a preditividade das sentenças.

Inteligibilidade da fala; Percepção da fala; Fala; Distúrbios da fala; Disartria; Fonoaudiologia


PURPOSE: To analyze the predictability of sentences used in the protocol for the assessment of intelligibility of dysarthric speech. METHODS: A cross-sectional study was conducted in 120 volunteers divided randomly into four groups of 30 individuals.Based on the list of 25 sentences from the protocol, four versions of lists were elaborated. In each version, a different target word was omitted from the sentences. Each group of participants completed a different list version by graphically filling in the blanks with the first word that came to mind, while keeping the sentences coherent. Statistical analyses were carried out to classify sentences according to their predictability, to compare predictability of the words in each sentence, and to compare the different list versions. RESULTS: Three sentences presented high predictability; seven, average predictability; and fifteen, low predictability. Differences in the predictability of target words were found in 84% of the sentences (p<;0.0054). The comparison of list versions revealed that version 1 differed from the others (p<;0.002), and was less predictable. CONCLUSION: Low predictability sentences predominated in the protocol for assessment of speech intelligibility used in this study, suggesting that these sentences can be used reliably for assessing intelligibility. Analysis of intelligibility in sentences based on target words can be used in clinical practice, especially when the predictability of the sentences is known.

Speech intelligibility; Speech perception; Speech; Speech disorders; Dysarthria; Speech pathology


ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE

Preditividade das sentenças do protocolo de avaliação da inteligibilidade de fala nas disartrias

Predictability of sentences used in the assessment of speech intelligibility in dysarthria

Erika AlexandreI; Simone dos Santos BarretoII; Karin Zazo OrtizIII

IPrograma Multiprofissional de Atenção Hospitalar à Saúde do Adulto e do Idoso, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil

IIDepartamento de Formação Específica, Universidade Federal Fluminense - UFF - Nova Friburgo (RJ), Brasil

IIIDepartamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Erika Alexandre R. Botucatu, 802, Vila Clementino São Paulo (SP), Brasil, CEP: 04023-062 Email: erika.pelichek@gmail.com

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a preditividade das sentenças utilizadas no protocolo de avaliação da inteligibilidade da fala nas disartrias.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 120 voluntários divididos, aleatoriamente, em quatro grupos de 30 indivíduos. A partir da lista de 25 frases do protocolo, foram elaboradas quatro versões de listas. Em cada uma delas, uma palavra-alvo diferente foi omitida das sentenças. Cada grupo de participantes completou uma versão da lista preenchendo graficamente as lacunas com a primeira palavra que lhes viesse à mente, de modo que cada sentença ficasse coerente. Foram realizadas análises estatísticas para classificar as frases quanto a sua preditividade, comparar a preditividade das palavras em cada sentença e comparar as versões da lista.

RESULTADOS: Três sentenças apresentaram alta preditividade; sete, média preditividade; e 15, baixa preditividade. Foram encontradas diferenças de preditividade entre as palavras-alvo em 84% das frases (p<;0,0054). Comparando as versões da lista, constatou-se que a versão 1 diferiu das demais (p<;0,002), mostrando-se menos previsível.

CONCLUSÃO: No protocolo de avaliação da inteligibilidade da fala empregado neste estudo há predomínio de sentenças de baixa preditividade, sugerindo que estas podem ser empregadas de maneira confiável na avaliação da inteligibilidade. A análise da inteligibilidade em sentenças por palavras-alvo deve ser usada clinicamente, especialmente quando se conhece a preditividade das sentenças.

Descritores: Inteligibilidade da fala, Percepção da fala, Fala, Distúrbios da fala, Disartria, Fonoaudiologia

ABSTRACT

PURPOSE: To analyze the predictability of sentences used in the protocol for the assessment of intelligibility of dysarthric speech.

METHODS: A cross-sectional study was conducted in 120 volunteers divided randomly into four groups of 30 individuals.Based on the list of 25 sentences from the protocol, four versions of lists were elaborated. In each version, a different target word was omitted from the sentences. Each group of participants completed a different list version by graphically filling in the blanks with the first word that came to mind, while keeping the sentences coherent. Statistical analyses were carried out to classify sentences according to their predictability, to compare predictability of the words in each sentence, and to compare the different list versions.

RESULTS: Three sentences presented high predictability; seven, average predictability; and fifteen, low predictability. Differences in the predictability of target words were found in 84% of the sentences (p<;0.0054). The comparison of list versions revealed that version 1 differed from the others (p<;0.002), and was less predictable.

CONCLUSION: Low predictability sentences predominated in the protocol for assessment of speech intelligibility used in this study, suggesting that these sentences can be used reliably for assessing intelligibility. Analysis of intelligibility in sentences based on target words can be used in clinical practice, especially when the predictability of the sentences is known.

Keywords: Speech intelligibility, Speech perception, Speech, Speech disorders, Dysarthria, Speech pathology (Speech, language and hearing sciences)

INTRODUÇÃO

A redução da inteligibilidade da fala é uma das principais manifestações encontradas em falantes com disartria(1,2). O julgamento da inteligibilidade da fala pode ser influenciado por diversos fatores(1), sejam eles relacionados ao ouvinte(3-11), ao falante(4,5,7-9) ou ao próprio instrumento de avaliação(1,3-5,8,12-24).

Quanto aos instrumentos de avaliação, um desses fatores é o tipo de estímulo de fala(8). Diversos estudos têm constatado o efeito do emprego de distintos estímulos de fala sobre os escores de inteligibilidade(4,5,8,12-15,17,18,23-26). Alguns desses estudos indicam que quanto maior a quantidade de pistas semânticas disponíveis aos ouvintes, melhores são os escores de inteligibilidade dos falantes(4,8,17,18,24).

O nível de preditividade das sentenças utilizadas na avaliação também pode influenciar as medidas de inteligibilidade. A preditividade pode ser definida como a redundância ou a quantidade de conteúdo semântico na sentença(4). Os resultados de pesquisas realizadas sobre o efeito da preditividade na mensuração da inteligibilidade indicam que sentenças com alta preditividade tendem a elevar os escores de inteligibilidade dos falantes quando comparadas a sentenças com baixa preditividade(4,8,27,28).

Um instrumento proposto no Brasil para a avaliação da inteligibilidade da fala de disártricos é o Protocolo de Avaliação da Inteligibilidade de Fala(PAIF)(2). Nesse protocolo, propõe-se que a inteligibilidade seja avaliada por meio de diferentes materiais de fala, que incluem a utilização de 25 sentenças. Os escores são obtidos por meio de transcrição ortográfica das amostras de fala e calculados, convencionalmente, segundo a percentagem de palavras corretamente transcritas.

Como não se conhece a preditividade das sentenças do protocolo e este é um fator que pode influenciar na mensuração da inteligibilidade, o conhecimento deste aspecto da lista de sentenças pode ser útil para o aprimoramento desse instrumento de avaliação. Com base nessas considerações, o presente estudo teve como objetivo analisar a preditividade das sentenças utilizadas no PAIF.

MÉTODOS

O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), sob número 1055/09. Trata-se de pesquisa transversal, em que participaram 120 voluntários, 109 mulheres e 11 homens, falantes nativos do Português Brasileiro, com média de idade de 21,2 anos (DP=3,9) e 12,8 anos de escolaridade (DP=1,3). Foram excluídos da pesquisa indivíduos com menos de 18 anos de idade, com escolaridade inferior a oito anos e com conhecimento prévio do Protocolo de Avaliação da Inteligibilidade de Fala. Todos os participantes assinaram previamente o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Foram elaboradas quatro versões distintas da lista de 25 sentenças do PAIF(2). Em cada versão, uma palavra-alvo diferente de cada sentença foi omitida. As palavras omitidas foram selecionadas de acordo com sua carga de informação dentro da sentença. Foram selecionadas todas as palavras de classe aberta, isto é, substantivos, verbos, adjetivos e advérbios, alcançando de duas a quatro palavras por sentença, em um total de 79 palavras (Anexo 1 Anexo 1 ). As palavras de classe fechada (conjunções, artigos e preposições) não foram analisadas, pois, conhecidamente, apresentam altos índices de preditividade(11).

Os participantes foram divididos, aleatoriamente, em quatro grupos de 30 sujeitos. Cada grupo completou graficamente as lacunas de uma versão da lista. Eles foram orientados a completar cada sentença com a primeira palavra que lhes viesse à mente, de modo que a sentença ficasse coerente. Tal tarefa foi realizada em ambiente silencioso e em grupos com, no máximo, 20 participantes por vez.

As respostas foram analisadas e pontuadas como acerto quando o participante preencheu a lacuna com a palavra-alvo esperada. A preditividade das palavras foi calculada segundo a percentagem de acertos por cada palavra-alvo. A preditividade das sentenças foi dada pela percentagem de acertos das palavras-alvo por frase. Seguindo a proposta convencional de avaliação da inteligibilidade presente no PAIF, na qual todas as palavras das frases são analisadas para o cálculo do escore de inteligibilidade em sentenças, no presente estudo todas as palavras-alvo foram consideradas para a classificação do nível de preditividade de cada sentença.

A análise de cluster foi empregada para classificar as frases de acordo com seu nível de preditividade. Tal técnica estatística é utilizada para formar grupos por similaridade, de acordo com as relações naturais que a amostra apresenta. Para analisar se as palavras-alvo em cada sentença diferiam quanto a sua preditividade, aplicou-se o teste Qui-quadrado. A Análise de Variância (ANOVA) foi utilizada para a comparação das versões da lista entre si. Quando diferenças foram encontradas, aplicou-se o teste de comparações múltiplas de Bonferroni. Em todos os testes adotou-se nível de significância de 5%.

Com o intuito de avaliar a possível interferência das variáveis demográficas (idade, escolaridade e gênero) sobre o desempenho de cada grupo de participantes, foram aplicados os testes ANOVA, para as variáveis numéricas, e Qui-quadrado, para a variável categórica. Constatou-se que os quatro grupos de voluntários não diferiram quanto às variáveis gênero e escolaridade. Em relação à idade, foi encontrada diferença apenas entre os grupos designados para as listas 3 e 4 (p=0,018).

RESULTADOS

As sentenças que compõem o PAIF apresentaram 41,7% de preditividade (DP= 18,1). Pela análise de cluster, as sentenças foram classificadas em três níveis de preditividade: baixa preditividade (menos de 50% de acertos), média preditividade (entre 50 e 60% de acertos) e alta preditividade (acima de 60% de acertos) (Tabela 1).

Foi realizada a comparação entre as palavras de cada sentença. Em 84% das frases (21/25) foram encontradas diferenças entre as palavras-alvo, segundo seu nível de preditividade, com pelo menos uma palavra-alvo mais previsível que as demais palavras-alvo da sentença (p<;0,0054) (Tabela 2).

Foi observada diferença na comparação entre as versões da lista (p<0,001) por meio do teste ANOVA (Tabela 3). As comparações múltiplas de Bonferroni revelaram que a versão um da lista diferiu das demais, uma vez que houve menor preditividade das palavras-alvo dessa versão (p<;0,002). Tal versão da lista é apresentada no Anexo 1 Anexo 1 .

DISCUSSÃO

Analisando a preditividade de cada sentença do PAIF, nota-se que das 25 sentenças, 15 apresentaram baixa preditividade; sete, apresentaram média preditividade; e apenas três, alta preditividade. Assim, a maior parte das sentenças utilizadas nesse protocolo pode ser empregada de forma confiável na avaliação da inteligibilidade da fala de pacientes com disartria. O escore de inteligibilidade baseado em tais sentenças será mais apropriado, pois a correta decodificação do sinal de fala pelo ouvinte dependerá mais das pistas dependentes do sinal acústico (alteradas no falante disártrico) do que da redundância da sentença, que é uma pista independente do sinal(3).

Em um dos estudos levantados(4), encontramos uma proposta com um critério arbitrário para a classificação da preditividade de sentenças em baixa (<25% de acertos), média (entre 25 e 75% de acertos) e alta (>75% de acertos). No presente estudo, a análise de cluster possibilitou agrupar as sentenças do protocolo, adotando-se outros critérios de corte (<50% de acertos, entre 50 e 60% e acima de 60%, respectivamente para baixa, média e alta preditividade). Contudo, a maioria das sentenças classificadas no grupo de maior preditividade por essa técnica de análise, apresentou percentagem de acerto abaixo do critério de corte para alta preditividade proposto no estudo anterior. Isso confirma a tendência de reduzida preditividade das sentenças do PAIF.

Foram observadas diferenças sutis entre os grupos de sentenças na análise de cluster (5,6% a 9,5%), particularmente entre os grupos de baixa e média preditividade. Assim, a seleção das sentenças menos previsíveis a partir do ranking de preditividade obtido, como habitualmente realizado nos estudos que consideram esta variável(4,8,27), pode ser mais adequada ao aprimoramento do instrumento.

Adicionalmente, a análise comparativa do nível de preditividade das palavras-alvo de cada sentença revelou a ocorrência de palavras-alvo com diferentes índices de preditividade. Deste modo, na aplicação do PAIF, caso opte-se pela análise da inteligibilidade da fala em sentenças com foco apenas nas palavras-alvo, é possível também selecionar as palavras de classe aberta menos previsíveis de cada sentença, otimizando o instrumento de avaliação.

A comparação entre as quatro versões da lista de sentenças do protocolo indica que na versão um foram selecionadas, para a maioria das frases, as palavras-alvo com menor preditividade. A diferença encontrada na versão um não se deve às variáveis relacionadas ao grupo de ouvintes, pois os quatro grupos não diferiram quanto às variáveis gênero e escolaridade. Somente nos grupos três e quatro foi encontrada diferença em relação à idade.

Considerando que a alta preditividade semântica pode aumentar os escores de inteligibilidade de sentenças(4,8,27,28), o uso desta lista menos previsível pode tornar o protocolo estudado mais sensível para a avaliação da inteligibilidade. A lista ainda pode ser aprimorada, substituindo-se as sentenças e palavras-alvo por outras, menos previsíveis, que não fazem parte desta versão.

Os estudos encontrados analisaram o efeito da preditividade das sentenças sobre os escores de indivíduos com distúrbios da fala(4,8,27,28). Em geral, o procedimento utilizado para a análise da preditividade das sentenças foi similar ao realizado no presente estudo. Porém, para a classificação da preditividade, em alguns desses estudos(4,8,27) foram selecionadas as sentenças mais e menos previsíveis do ranking de preditividade. Diante dos resultados obtidos, é válido ressaltar que ainda devem ser desenvolvidos estudos sobre as diferentes possibilidades de mensuração da inteligibilidade de frases com o PAIF e sobre o impacto da preditividade das sentenças nos escores obtidos.

CONCLUSÃO

No Protocolo de Avaliação da Inteligibilidade da Fala predominam as sentenças de baixa preditividade, sugerindo que essas podem ser empregadas de forma confiável na avaliação da inteligibilidade da fala. Na maioria das sentenças, as palavras-alvo diferenciaram-se quanto ao grau de preditividade, sugerindo que a seleção dessas palavras pode otimizar este instrumento de avaliação. Entre as versões da lista, a versão um apresenta palavras com menor preditividade que as demais, podendo ser utilizada para aumentar a sensibilidade do teste no emprego da análise da inteligibilidade em sentenças por palavras-alvo.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio concedido para a realização dessa pesquisa, sob o processo número 1055/09.

Recebido em: 6/2/2011

Aceito em: 9/5/2011

Trabalho Realizado no Núcleo de Investigação Fonoaudiológica em Neuropsicolinguística do Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil.

Anexo 1 - Clique para ampliar

Anexo 1

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Anexo 1

  • Endereço para correspondência:

    Erika Alexandre
    R. Botucatu, 802, Vila Clementino
    São Paulo (SP), Brasil, CEP: 04023-062
    Email:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      25 Jul 2011
    • Data do Fascículo
      2011

    Histórico

    • Recebido
      06 Fev 2011
    • Aceito
      09 Maio 2011
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