Acessibilidade / Reportar erro

Análise sistemática dos benefícios do uso do implante coclear na produção vocal

Resumos

OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática de pesquisas relacionadas às características vocais de crianças ou adultos com deficiência auditiva usuários de implante coclear. ESTRATÉGIAS DE PESQUISA: Foi realizada uma busca com os descritores voz, qualidade da voz e implante coclear, e seus respectivos correspondentes na língua inglesa, nas bases de dados Web of Science, Bireme, portal de teses e dissertações da USP e banco de teses e dissertações da CAPES. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO: Os critérios adotados incluíram título condizente com a proposta deste estudo, casuística necessariamente englobando crianças ou adultos com deficiência auditiva de grau severo a profundo, pré ou pós-linguais, usuários de implante coclear e que tenham passado por análise perceptivo-auditiva e/ou acústica da qualidade vocal. RESULTADOS: Vinte e sete trabalhos foram classificados seguindo-se os níveis de evidências e indicadores de qualidade empregados pela American Speech-Language-Hearing Association (ASHA). Os desenhos dos trabalhos analisados foram considerados de média e baixa evidência científica. Seis trabalhos foram classificados como nível de evidência IIb, 20 como III, e um como IV. CONCLUSÃO: A qualidade vocal da criança ou adulto com deficiência auditiva usuário de implante coclear tem sido estudada em pequena escala. Não há um número efetivo de estudos com alto índice de evidência que demonstrem com precisão os efeitos do implante coclear na qualidade vocal desses indivíduos.

Voz; Qualidade da voz; Distúrbios da voz; Transtornos da audição; Implante coclear


PURPOSE: To perform a systematic analysis of the research regarding vocal characteristics of hearing impaired children or adults with cochlear implants. RESEARCH STRATEGY: A literature search was conducted in the databases Web of Science, Bireme, and Universidade de São Paulo's and CAPES' thesis and dissertations databases using the keywords voice, voice quality, and cochlear implantation, and their respective correspondents in Brazilian Portuguese. SELECTION CRITERIA: The selection criteria included: title consistent with the purpose of this review; participants necessarily being children or adults with severe to profound pre-lingual or post-lingual hearing loss using cochlear implants; and data regarding participants' performance on perception and/or acoustic analysis of the voice. RESULTS: Twenty seven papers were classified according to the levels of evidence and quality indicators recommended by the American Speech-Language-Hearing Association (ASHA). The designs of the studies were considered of low and medium levels of evidence. Six papers were classified as IIb, 20 as III, and one as IV. CONCLUSION: The voice of hearing impaired children and adults with cochlear implants has been little studied. There is not an effective number of studies with high evidence levels which precisely show the effects of the cochlear implantation on the quality of voice of these individuals.

Voice; Voice quality; Voice disorders; Hearing disorders; Cochlear implantation


FONOAUDIOLOGIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

Análise sistemática dos benefícios do uso do implante coclear na produção vocal

Ana Cristina CoelhoI; Alcione Ghedini BrasolottoII; Maria Cecília BevilacquaII

IPrograma de Pós-graduação em Fonoaudiologia (Mestrado), Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo - USP - Bauru (SP), Brasil

IIDepartamento de Fonoaudiologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo - USP - Bauru (SP), Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Ana Cristina Coelho Faculdade de Odontologia de Bauru, Clínica de Fonoaudiologia Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 09/75, Vl. Altinópolis, Bauru (SP), Brasil, CEP: 17012-901. E-mail: anacrisccoelho@yahoo.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática de pesquisas relacionadas às características vocais de crianças ou adultos com deficiência auditiva usuários de implante coclear.

ESTRATÉGIAS DE PESQUISA: Foi realizada uma busca com os descritores voz, qualidade da voz e implante coclear, e seus respectivos correspondentes na língua inglesa, nas bases de dados Web of Science, Bireme, portal de teses e dissertações da USP e banco de teses e dissertações da CAPES.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO: Os critérios adotados incluíram título condizente com a proposta deste estudo, casuística necessariamente englobando crianças ou adultos com deficiência auditiva de grau severo a profundo, pré ou pós-linguais, usuários de implante coclear e que tenham passado por análise perceptivo-auditiva e/ou acústica da qualidade vocal.

RESULTADOS: Vinte e sete trabalhos foram classificados seguindo-se os níveis de evidências e indicadores de qualidade empregados pela American Speech-Language-Hearing Association (ASHA). Os desenhos dos trabalhos analisados foram considerados de média e baixa evidência científica. Seis trabalhos foram classificados como nível de evidência IIb, 20 como III, e um como IV.

CONCLUSÃO: A qualidade vocal da criança ou adulto com deficiência auditiva usuário de implante coclear tem sido estudada em pequena escala. Não há um número efetivo de estudos com alto índice de evidência que demonstrem com precisão os efeitos do implante coclear na qualidade vocal desses indivíduos.

Descritores: Voz. Qualidade da voz. Distúrbios da voz. Transtornos da audição. Implante coclear

INTRODUÇÃO

O principal foco do trabalho fonoaudiológico junto ao indivíduo com deficiência auditiva nem sempre abrange a produção da voz. Porém, a alteração vocal pode representar um impacto tão negativo nessa população a ponto de interferir na inteligibilidade da fala e comprometer decisivamente sua integração social(1).

O implante coclear (IC) traz benefícios globais na percepção auditiva, e consequentemente na linguagem receptiva e expressiva, incluindo a melhora da qualidade vocal. Resulta na otimização da percepção de fala, e consequentemente no desenvolvimento na comunicação oral de seus usuários. Assim, o IC tem se mostrado uma das tecnologias mais efetivas e promissoras para remediar a perda auditiva(2,3).

Uma ampla literatura mostra que o implante coclear, além de todos os benefícios auditivos, também traz grandes vantagens para a produção vocal. Os relatos mais encontrados são de melhora das medidas de ruído e de perturbação(4-7), do controle fonatório(4-7), da frequência fundamental(5,8), de parâmetros de rugosidade e tensão(9), e do pitch(10). Entretanto, alguns trabalhos não encontraram modificações relevantes específicas na produção vocal de indivíduos com deficiência auditiva usuários de implante coclear(11-13).

Uma revisão bibliográfica direcionada aos aspectos metodológicos desses trabalhos pode auxiliar na compreensão de tais resultados, podendo ser uma diretriz do que ainda deve ser mais bem explorado. A presente investigação trata-se de uma revisão sistemática, que consiste na aplicação de estratégias científicas que buscam a avaliação crítica e a síntese de um grande número de estudos sobre um determinado tópico. Sua relevância é a capacidade de resumir e condensar resultados de vários estudos, produzindo diferentes indicadores quantitativos e qualitativos sobre o assunto pesquisado(14-16).

OBJETIVO

O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão sistemática de pesquisas relacionadas às características vocais de crianças ou adultos com deficiência auditiva usuários de implante coclear.

ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Para a realização desta revisão sistemática, foram seguidos os preceitos do curso online promovido pelo Centro Cochrane do Brasil e pelo Laboratório de Educação à Distância - LED-DIS do Departamento de Informática em Saúde da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, disponível em http://www.virtual.epm.br/cursos/valida.php. O levantamento bibliográfico foi baseado na pergunta "Qual o efeito do uso de implante coclear na voz de indivíduos que usam esse dispositivo?".

Para o levantamento bibliográfico, foram utilizados três descritores provenientes dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e quatro descritores contidos no vocabulário da Medical Subject Heading Terms (MeSH). Os termos DeCS utilizados foram voz (voice), qualidade da voz (quality of voice) e implante coclear (cochlear implantation). Os termos MeSH foram voice, voice quality, cochlear implant e cochlear implantation. Foram utilizadas diferentes combinações desses termos (Quadro 1), utilizando-se o conector "AND".


A pesquisa bibliográfica (Tabela 1) foi realizada nas bases de dados Web of Science (www.isiknowledge.com); Bireme - Biblioteca Virtual em Saúde - BVS (www.bireme.br) que engloba as bases de dados LILACS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO e IBECS; portal de teses e dissertações da USP (http://www.teses.usp.br/); e banco de teses e dissertações da CAPES (www.capes.gov.br/servicos/banco-de-teses). Não houve restrição quanto ao ano de publicação.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Foi realizada uma pré-seleção de todas as publicações/estudos cujos títulos pareciam estar relacionados à pergunta proposta nesta revisão sistemática. Para que o estudo fosse analisado, deveria incluir necessariamente crianças ou adultos com deficiência auditiva de grau severo a profundo, pré ou pós-linguais, usuários de implante coclear. Outro critério de seleção foi a realização da análise perceptivo-auditiva e/ou acústica da qualidade vocal dos usuários de IC.

Foram excluídas publicações duplicadas (85), publicações cujos textos completos não foram encontrados (13), cujo idioma não fosse o português ou o inglês (15) e que não continham conteúdo correspondente ao objetivo proposto (2354). Ao final do levantamento restaram 27 publicações relevantes para a revisão sistemática, que incluíram uma carta ao editor e duas dissertações de mestrado. As demais se referem a artigos de periódicos, sendo dois realizados no Brasil e 22 em outros países.

ANÁLISE DOS DADOS

Todos os trabalhos foram analisados e classificados seguindo-se os níveis de evidências empregados pela ASHA em 2004, adaptados do Scottish Intercollegiate Guideline (Quadro 2). Além disso, os estudos foram analisados com base numa proposta(16,17) de oito indicadores de qualidade de estudos científicos, que inclui: o tipo de desenho utilizado para o estudo; a prática de manter os participantes ou avaliadores em duplo cego; a randomização da amostra; a comparabilidade entre os grupos; a validade e a confiabilidade dos resultados; a significância dos dados estatísticos; a precisão dos resultados com intervalos de confiança descritos e/ou calculáveis e a fidelidade ao tratamento empregado.


RESULTADOS

Seis trabalhos foram classificados como nível de evidência IIb, 20 como III, e 1 como IV (Quadro 3). Os desenhos dos trabalhos encontrados foram considerados de média e baixa evidência científica, embora se deva considerar que estudos não experimentais também têm grande valia na compreensão de um determinado assunto.


Em relação aos indicadores de qualidade, 23% se tratam de trabalhos quase experimentas e 77% não experimentais; 66,67% dos trabalhos apresentam grupos comparáveis e descritos satisfatoriamente; 70,78% dos estudos apresentam resultados com validade clara e confiável; em 85% o intervalo de confiança é calculável e valor de p é descrito; há evidências de randomização e de avaliadores cegos em 29,62% dos trabalhos. A fidelidade ao tratamento,(6,7) não foi considerada, uma vez que esse indicador se aplica somente a ensaios clínicos controlados.

A heterogeneidade da metodologia utilizada nos estudos dificulta o entendimento de como o uso do implante coclear pode beneficiar a qualidade vocal do deficiente auditivo. Os estudos mostram, de forma diversificada e muitas vezes controversa, as características vocais dos implantados (Quadro 4). Em muitos casos, a importância de conhecer a voz do indivíduo com IC não é clara.


Embora todos os trabalhos refiram com unanimidade que o uso do IC traz algum benefício para a produção vocal, os relatos desses benefícios são pouco consistentes. Fatores como as vantagens trazidas pelo IC para a produção vocal auxiliando a comunicação oral e como essas vantagens podem auxiliar em um processo terapêutico, ou mesmo como podem ser consideradas como um dos vários critérios para a escolha de qual dispositivo será usado, não são bem descritos.

Notou-se predominância do uso dos programas da Kay Elemetrics (48,14%), em casos de análise acústica do sinal de voz como parte da metodologia. Oito trabalhos (29,62%) envolveram análise perceptivo-auditiva da qualidade vocal, todos estes com evidências de randomização da amostra e avaliadores cegos. Apenas um trabalho levou em consideração diferentes tipos de dispositivos de implante coclear na população estudada.

CONCLUSÃO

Com a revisão, é possível observar que a qualidade vocal da criança ou adulto com deficiência auditiva usuário de implante coclear tem sido estudada em pequena escala. Não há um número efetivo de estudos com alto índice de evidência que demonstrem com precisão os efeitos do implante coclear na qualidade vocal da criança ou adulto com deficiência auditiva.

Para a melhoria da qualidade dos estudos em termos de evidência científica, os trabalhos devem ser cautelosamente desenhados, com um número significativo de sujeitos de acordo com as possibilidades dos centros. Além disso, uma metodologia baseada nos indicadores de qualidade propostos pela ASHA deveria ser adotada em trabalhos futuros sobre o tema.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo no. 2008/07948-1.

REFERÊNCIAS

1. Coelho AC, Bevilacqua MC, Oliveira G, Behlau M. Relationship between voice and speech perception in children with cochlear implants. Pró-Fono. 2009;21(1):7-12.

2. Danieli F. Reconhecimento de fala com e sem ruído competitivo em crianças usuárias de implante coclear utilizando dois diferentes processadores de fala [dissertação]. São Carlos: EESC/FMRP/IQSC; 2010.

3. Angelo, TC, Bevilacqua MC, Moret, AL. Percepção da fala em deficientes auditivos pré-linguais usuários de implante coclear. Pró-Fono. 2010;22(3):275-80.

4. Hocevar-Boltezar I, Vatovec J, Gros A, Zargi M. The influence of cochlear implantation on some voice parameters. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2005;69(12):1635-40.

5. Campisi P, Low A, Papsin B, Mount R, Cohen-Kerem R, Harrison R. Acoustic analysis of the voice in pediatric cochlear implant recipients: a longitudinal study. Laryngoscope. 2005;115(6):1046-50.

6. Ubrig-Zancanella, MT. Análise da voz de deficientes auditivos pré e pós uso de implante coclear [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2010.

7. Ubrig MT, Goffi-Gomez MV, Weber R, Menezes MH, Nemr NK, Tsuji DH, et al. Voice analysis of postlingually deaf adults pre- and postcochlear implantation. J Voice. 2011;25(6):692-9.

8. Evans MK, Deliyski DD. Acoustic voice analysis of prelingually deaf adults before and after cochlear implantation. J Voice. 2007;21(6):669-82.

9. Horga D, Liker M. Voice and pronunciation of cochlear implant speakers. Clin Linguist Phon. 2006;20(2-3):211-7.

10. Campisi P, Low AJ, Papsin BC, Mount RJ, Harrison RV. Multidimensional voice program analysis in profoundly deaf children: quantifying frequency and amplitude control. Percept Mot Skills. 2006;103(1):40-50.

11. Poissant SF, Peters KA, Robb MP. Acoustic and perceptual appraisal of speech production in pediatric cochlear implant users. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70(7):1195-203.

12. Valero Garcia J, Rovira JM, Sanvicens LG. The influence of the auditory prosthesis type on deaf children's voice quality. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2010;74(8):843-8.

13. Baudonck N, D'haeseleer E, Dhooge I, Van Lierde K. Objective vocal quality in children using cochlear implants: a multiparameter approach. J Voice. 2011;25(6):683-91. 14. Luna Filho B. A ciência e a arte de ler artigos médicos. São Paulo: Atheneu; 2010. 15. Andrade CR, Juste FS. Systematic review of delayed auditory feedback effectiveness for stuttering reduction. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(2):187-91.

16. Frymark T, Schooling T, Mullen R, Wheeler-Hegland K, Ashford J, McCabe D, et al. Evidence-based systematic review: oropharyngeal dysphagia behavioral treatments. Part I - Background and methodology. J Rehabil Res Dev. 2009;46(2):175-83.

17. Mullen R. The state of the evidence: ASHA develops levels of evidence for communication sciences and disorders. 6 de março de 2007. The ASHA Leader, pp. 8-9, 24-25. Disponível em: http://www.asha.org/Publications/leader/2007/070306/f070306b.htm 18. Monini S, Banci G, Barbara M, Argiro MT, Filipo R. Clarion cochlear implant: short-term effects on voice parameters. Am J Otol. 1997;18(6):719-25.

19. Langereis MC, Dejonckere PH, van Olphen AF, Smoorenburg GF. Effect of cochlear implantation on nasality in post-lingually deafened adults. Folia Phoniatr Logop. 1997;49(6):308-14.

20. Langereis MC, Bosman AJ, van Olphen AF, Smoorenburg GF. Effect of cochlear implantation on voice fundamental frequency in post-lingually deafened adults. Audiology. 1998;37(4):219-30.

21. Perrin E, Berger-Vachon C, Topouzkhanian A, Truy E, Morgon A. Evaluation of cochlear implanted children's voices. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 1999;47(2):181-6.

22. Bell M, Hickson L, Woodyatt G, Dornan D. A case study of the speech, language and vocal skills of a set of monozygous twin girls: one twin with a cochlear implant. Cochlear Implants Int. 2001;2(1):1-16.

23. Seifert E, Oswald M, Bruns U, Vischer M, Kompis M, Haeusler R. Changes of voice and articulation in children with cochlear implants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2002;66(2):115-23.

24. Schenk BS, Baumgartner WD, Hamzavi JS. Changes in vowel quality after cochlear implantation. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2003;65(3):184-8.

25. Van Lierde KM, Vinck BM, Baudonck N, De Vel E, Dhooge I. Comparison of the overall intelligibility, articulation, resonance, and voice characteristics between children using cochlear implants and those using bilateral hearing aids: a pilot study. Int J Audiol. 2005;44(8):452-65.

26. Hocevar-Boltezar I, Radsel Z, Vatovec J, Geczy B, Cernelc S, et al. Change of phonation control after cochlear implantation. Otol Neurotol. 2006;27(4):499-503.

27. Campisi P. Voice analysis in pediatric cochlear implant recipients. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70(4):760.

28. Lenden JM, Flipsen P Jr. Prosody and voice characteristics of children with cochlear implants. J Commun Disord. 2007;40(1):66-81.

29. Xu L, Zhou N, Chen X, Li Y, Schultz HM, et al. Vocal singing by prelingually-deafened children with cochlear implants. Hear Res. 2009;255(1-2):129-34.

30. Allegro J, Papsin BC, Harrison RV, Campisi P. Acoustic analysis of voice in cochlear implant recipients with post-meningitic hearing loss. Cochlear Implants Int. 2010;11(2):100-16.

31. Holler T, Campisi P, Allegro J, Chadha NK, Harrison RV, et al. Abnormal voicing in children using cochlear implants. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;136(1):17-21.

32. Mahmoudi Z, Rahati S, Ghasemi MM, Asadpour V, Tayarani H, Rajati M. Classification of voice disorder in children with cochlear implantation and hearing aid using multiple classifier fusion. Biomed Eng Online. 2011;10:3.

33. Coelho, AC. Efeito de diferentes estratégias de codificação dos processadores de fala na voz de crianças usuárias de implante coclear. [dissertação]. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo; 2011.

Conflito de interesses: Não

Recebido em: 5/3/2012

Aceito em: 17/7/2012

Trabalho realizado no Programa de Pós-graduação em Fonoaudiologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo - USP - Bauru (SP), Brasil.

  • 1. Coelho AC, Bevilacqua MC, Oliveira G, Behlau M. Relationship between voice and speech perception in children with cochlear implants. Pró-Fono. 2009;21(1):7-12.
  • 2. Danieli F. Reconhecimento de fala com e sem ruído competitivo em crianças usuárias de implante coclear utilizando dois diferentes processadores de fala [dissertação]. São Carlos: EESC/FMRP/IQSC; 2010.
  • 3. Angelo, TC, Bevilacqua MC, Moret, AL. Percepção da fala em deficientes auditivos pré-linguais usuários de implante coclear. Pró-Fono. 2010;22(3):275-80.
  • 4. Hocevar-Boltezar I, Vatovec J, Gros A, Zargi M. The influence of cochlear implantation on some voice parameters. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2005;69(12):1635-40.
  • 5. Campisi P, Low A, Papsin B, Mount R, Cohen-Kerem R, Harrison R. Acoustic analysis of the voice in pediatric cochlear implant recipients: a longitudinal study. Laryngoscope. 2005;115(6):1046-50.
  • 6. Ubrig-Zancanella, MT. Análise da voz de deficientes auditivos pré e pós uso de implante coclear [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2010.
  • 7. Ubrig MT, Goffi-Gomez MV, Weber R, Menezes MH, Nemr NK, Tsuji DH, et al. Voice analysis of postlingually deaf adults pre- and postcochlear implantation. J Voice. 2011;25(6):692-9.
  • 8. Evans MK, Deliyski DD. Acoustic voice analysis of prelingually deaf adults before and after cochlear implantation. J Voice. 2007;21(6):669-82.
  • 9. Horga D, Liker M. Voice and pronunciation of cochlear implant speakers. Clin Linguist Phon. 2006;20(2-3):211-7.
  • 10. Campisi P, Low AJ, Papsin BC, Mount RJ, Harrison RV. Multidimensional voice program analysis in profoundly deaf children: quantifying frequency and amplitude control. Percept Mot Skills. 2006;103(1):40-50.
  • 11. Poissant SF, Peters KA, Robb MP. Acoustic and perceptual appraisal of speech production in pediatric cochlear implant users. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70(7):1195-203.
  • 12. Valero Garcia J, Rovira JM, Sanvicens LG. The influence of the auditory prosthesis type on deaf children's voice quality. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2010;74(8):843-8.
  • 13. Baudonck N, D'haeseleer E, Dhooge I, Van Lierde K. Objective vocal quality in children using cochlear implants: a multiparameter approach. J Voice. 2011;25(6):683-91.
  • 14. Luna Filho B. A ciência e a arte de ler artigos médicos. São Paulo: Atheneu; 2010.
  • 15. Andrade CR, Juste FS. Systematic review of delayed auditory feedback effectiveness for stuttering reduction. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(2):187-91.
  • 16. Frymark T, Schooling T, Mullen R, Wheeler-Hegland K, Ashford J, McCabe D, et al. Evidence-based systematic review: oropharyngeal dysphagia behavioral treatments. Part I - Background and methodology. J Rehabil Res Dev. 2009;46(2):175-83.
  • 17. Mullen R. The state of the evidence: ASHA develops levels of evidence for communication sciences and disorders. 6 de março de 2007. The ASHA Leader, pp. 8-9, 24-25. Disponível em: http://www.asha.org/Publications/leader/2007/070306/f070306b.htm 18.
  • Monini S, Banci G, Barbara M, Argiro MT, Filipo R. Clarion cochlear implant: short-term effects on voice parameters. Am J Otol. 1997;18(6):719-25.
  • 19. Langereis MC, Dejonckere PH, van Olphen AF, Smoorenburg GF. Effect of cochlear implantation on nasality in post-lingually deafened adults. Folia Phoniatr Logop. 1997;49(6):308-14.
  • 20. Langereis MC, Bosman AJ, van Olphen AF, Smoorenburg GF. Effect of cochlear implantation on voice fundamental frequency in post-lingually deafened adults. Audiology. 1998;37(4):219-30.
  • 21. Perrin E, Berger-Vachon C, Topouzkhanian A, Truy E, Morgon A. Evaluation of cochlear implanted children's voices. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 1999;47(2):181-6.
  • 22. Bell M, Hickson L, Woodyatt G, Dornan D. A case study of the speech, language and vocal skills of a set of monozygous twin girls: one twin with a cochlear implant. Cochlear Implants Int. 2001;2(1):1-16.
  • 23. Seifert E, Oswald M, Bruns U, Vischer M, Kompis M, Haeusler R. Changes of voice and articulation in children with cochlear implants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2002;66(2):115-23.
  • 24. Schenk BS, Baumgartner WD, Hamzavi JS. Changes in vowel quality after cochlear implantation. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2003;65(3):184-8.
  • 25. Van Lierde KM, Vinck BM, Baudonck N, De Vel E, Dhooge I. Comparison of the overall intelligibility, articulation, resonance, and voice characteristics between children using cochlear implants and those using bilateral hearing aids: a pilot study. Int J Audiol. 2005;44(8):452-65.
  • 26. Hocevar-Boltezar I, Radsel Z, Vatovec J, Geczy B, Cernelc S, et al. Change of phonation control after cochlear implantation. Otol Neurotol. 2006;27(4):499-503.
  • 27. Campisi P. Voice analysis in pediatric cochlear implant recipients. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70(4):760.
  • 28. Lenden JM, Flipsen P Jr. Prosody and voice characteristics of children with cochlear implants. J Commun Disord. 2007;40(1):66-81.
  • 29. Xu L, Zhou N, Chen X, Li Y, Schultz HM, et al. Vocal singing by prelingually-deafened children with cochlear implants. Hear Res. 2009;255(1-2):129-34.
  • 30. Allegro J, Papsin BC, Harrison RV, Campisi P. Acoustic analysis of voice in cochlear implant recipients with post-meningitic hearing loss. Cochlear Implants Int. 2010;11(2):100-16.
  • 31. Holler T, Campisi P, Allegro J, Chadha NK, Harrison RV, et al. Abnormal voicing in children using cochlear implants. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;136(1):17-21.
  • 32. Mahmoudi Z, Rahati S, Ghasemi MM, Asadpour V, Tayarani H, Rajati M. Classification of voice disorder in children with cochlear implantation and hearing aid using multiple classifier fusion. Biomed Eng Online. 2011;10:3.
  • 33. Coelho, AC. Efeito de diferentes estratégias de codificação dos processadores de fala na voz de crianças usuárias de implante coclear. [dissertação]. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo; 2011.
  • Endereço para correspondência:
    Ana Cristina Coelho
    Faculdade de Odontologia de Bauru, Clínica de Fonoaudiologia
    Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 09/75, Vl. Altinópolis, Bauru (SP), Brasil, CEP: 17012-901.
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Jan 2013
    • Data do Fascículo
      2012

    Histórico

    • Recebido
      05 Mar 2012
    • Aceito
      17 Jul 2012
    Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Alameda Jaú, 684, 7ºandar, 01420-001 São Paulo/SP Brasil, Tel/Fax: (55 11) 3873-4211 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: jornal@sbfa.org.br