RESUMO
Críticas têm sido levantadas quanto ao uso da técnica de linhas fixas de armadilhas. Este estudo propõe modificações nessa última técnica, qsue foi testada em cerrado do Parque Nacional de Brasília, DF
Palavras-chave:
Armadilhas; Pequenos mamíferos.
ABSTRACT
Critical remarks have been made aboud the use of immovable lines fixas of traps method. In this paper, modifications are suggested for this technics, which where tested in the cerrado of the Parque Nacional de Brasília, DF
Key words:
Traps methods; small mamals.
Por várias décadas, o método de marcação recaptura tem sido o mais frequentemente utilizado para a estimativa dos espaços domiciliares ("home-ranges") de diversos taxa.
Críticas tem sido constantemente levantadas quanto ao uso da técnica de linhas fixas de armadilhas. A técnica das linhas móveis, apesar de largamente aceita, apresenta ainda algumas limitações. Este trabalho propõe modificações nessa última técnica, como: a distância entre as estações de captura; a periodicidade dos movimentos; o número mínimo de armadilhas por estação; a duração de cada sessão de amostragem e o formato padrão do gradeado.
O método proposto foi testado numa área de cerrado sensu strictu do Parque Nacional de Brasília (DF), onde foi marcado um gradeado de 16 ha, constituído de colunas numeradas de 01 à 20 e linhas de A à U, perfazendo um total de 400 estações de captura. Cada estação distando 20 metros uma das outras.
As armadilhas foram colocadas em 4 linhas móveis de captura. Cada linha composta por 40 armadilhas, duas por estação, totalizando 160 armadilhas por noite de levantamento. Cada período correspondeu a 10 noites sucessivas, onde movimentavam-se paralelamente as 4 linhas de armadilhas à cada das dias, na sequência: AFLQ; BGMR; CHNS; DIOT; e EJPU.
Desenvolveu-se um ano de estudos, com uma sessão de captura/mês. Creme de amendoim usado como isca padrão e os individuos marcados pela ablação de falanges, em diversas combinações.
Este método demonstrou acurácia por evitar ou minimizar algumas das desvantagens apontadas na literatura, tais como: 1) a aversão ("trap shy") do animal ao objeto estranho que constitui-se a armadilha, devido a periodicidade de dois dias nos movimentos; 2) com duas armadilhas a estação não "fecha" pelo resto da noite após capturado um animal, favorecendo, dessa forma, a obtenção de dados sobre a justaposição dos espaços domiciliares e a composição dos grupos familiares, se existentes; 3) no cerrado, o intervalo de 10 noites sucessivas de amostragem/mês mostrou ser suficiente para a captura de mais de 80% dos animais residentes em todos os meses do ano, imposição fundamental para a aplicabilidade de qualquer estimativa populacional; 4) o espaçamento de 20 metros, entre as estações, mostrou-se satisfatório quando proporcionalmente comparado às dimensões médias dos espaços domiciliares obtidos, como também o adequado para cobrir a grande área necessária ao estudo.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
26 Jan 2024 -
Data do Fascículo
1997
