Acessibilidade / Reportar erro

Usos da terra e Áreas de Preservação Permanente (APP) na Bacia do Rio da Prata, Castelo-ES

Land use and Permanent Preservation Areas (PPA) in the watershed of Rio da Prata, Brazil

Resumos

Este trabalho avaliou o uso da terra e identificou Áreas de Preservação Permanente (APPs) na Bacia Hidrográfica do Rio da Prata (BRP), município de Castelo-ES, via técnicas de geoprocessamento. A BRP é marcada pela supressão de vegetação nativa, para expansão da fronteira agropecuária. As classes de uso da terra foram vetorizadas por fotointerpretação de aerofotos ortorretificadas. A delimitação das APPs foi realizada a partir de dados de hidrografia e altimetria de cartas topográficas digitais, com respeito às determinações do Código Florestal Brasileiro. A principal forma de uso da terra é a agropecuária (60,84% da área total), composta pela agricultura (30,21%) e pela pecuária (30,63%), sendo que a área preservada com floresta nativa é de 36,85%. As APPs representam 55,48% da área total e sua maior parte (50,40%) é utilizada para fins socioeconômicos, enquanto a cobertura florestal representa apenas 49,60%.

manejo de bacias hidrográficas; uso e ocupação do solo; Áreas de Proteção Ambiental (APP); Bacia do Rio da Prata (ES)


In this study, we evaluated the use of land and identified the Permanent Preservation Areas (PPA) in the watershed of Rio da Prata (RPW) in the municipality of Castelo, Espirito Santo state, using geoprocessing techniques. RPW is marked by the removal of native vegetation for the expansion of the agricultural frontier. The classes of land use were vectored by photointerpretation of orthorectified aerial photographs. The delimitation of the PPAs was carried out based on hydrography and altimetry data from digital topographic maps according to the determinations of the Brazilian Forest Code. The main forms of land use are agriculture (30.21%) and livestock (30.63%), totaling 60.84% of the area, and the preserved area of native forest occupies 36.85% of the total area. The PPAs represent 55.48% of the total area, with most of it (50.40%) being used for socioeconomic purposes, while the forestry cover represents only 49.60%.

watershed management; land use and occupancy; Environmental Protection Areas (EPA); Rio da Prata watershed


  • Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o Código Florestal Brasileiro. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF (1965 set.
  • Brasil. Ministério das Minas e Energia. Secretária Geral. Projeto RADAMBRASIL. Levantamentos dos Recursos Naturais - Folha SF 23-24; Geologia, Geomorfologia, Pedologia, Vegetação, Uso potencial da Terra Rio de Janeiro: IBGE, 1983.
  • Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Resolução nº 303, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF (2002 mar.
  • Câmara G, Souza RCM, Freitas UM, Garrido J. SPRING: Integrating remote sensingand GIS by object-oriented data modelling. Computers & Graphics 1996; 20(3): 395-403. http://dx.doi.org/10.1016/0097-8493(96)00008-8
  • Campos Júnior CT. O Novo Arrabalde Vitória: Prefeitura Municipal de Vitória, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo; 1996. 250 p.
  • Castro Júnior RM, Sobreira FG, Bortoloti FD, Souza LA. Definição de unidades geomorfológicas a partir de navegação e validação de campo utilizando GPS e sistemas de informações geográficas: o caso as sub-bacia do rio Castelo-ES. Boletim de Ciências Geodésicas 2007; 13(1): 42-59.
  • Coutinho LM. Impacto das áreas de preservação permanente sobre a erosão hídrica na bacia hidrográfica do Rio da Prata, Castelo-ES [dissertação]. Jerônimo Monteiro: Universidade Federal do Espírito Santo; 2010.
  • Coutinho LM, Sampaio TVM. Evolução da supressão de florestas na bacia hidrográfica do Rio Itapemirim via uso de imagens orbitais. Revista Camiliana de Iniciação Científica 2007; 2(1): 156-163.
  • Eugenio FC, Santos AR, Louzada FLRO, Pimentel LB, Moulin JV. Identificação de áreas de preservação permanente no município de Alegre utilizando geotecnologia. Cerne 2011; 17(4): 563-571.
  • Hott MC, Guimarães M, Miranda EE. Método para a determinação automática de áreas de preservação permanente em topos de morros para o Estado de São Paulo, com base em geoprocessamento Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélites; 2004.
  • Lima WP. Hidrologia florestal aplicada ao manejo de bacias hidrográficas Piracicaba: ESALQ; 2008.
  • Louzada FLRO, Santos AR, Sattler MA. Análise das áreas de preservação permanentes da bacia hidrográfica do ribeirão Estrela do Norte, ES. Revista de Biologia e Saúde 2009; 3(2): 128-141.
  • Medeiros LC, Ferreira NC, Ferreira LG. Avaliação de modelos digitais de elevação para delimitação automática de bacias hidrográficas. Revista Brasileira de Cartografia 2009; 61(2): 137-151.
  • Nascimento MC, Soares VP, Ribeiro CAAS, Silva E. Uso do geoprocessamento na identificação de conflito de uso da terra em áreas de preservação permanente Bacia Hidrográfica do Rio Alegre, Espírito Santo. Ciência Florestal 2005; 15(2): 207-220.
  • Pinto LVA, Ferreira E, Botelho AS, Davide AC. Caracterização física da bacia hidrográfica do ribeirão santa cruz, Lavras, MG e uso conflitante da terra em suas áreas de preservação permanente. Cerne 2005; 11(1): 49-60.
  • Pires JM, Nascimento MC, Santana RM, Ribeiro CAAS. Análise da exatidão de diferentes métodos de interpolação para geração de modelos digitais de elevação e obtenção de características morfométricas em bacias hidrográficas. Revista Brasileira de Recursos Hídricos 2005; 10(2): 39-47.
  • Ribeiro CAAS, Soares VP, Oliveira MAS, Gleriani JM. O desafio da delimitação de áreas de preservação permanente. Revista Árvore 2005; 29(2): 203-212. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622005000200004
  • Santos AR. ArcGIS 9.1 total: aplicações para dados espaciais. Vitória: Fundagres; 2007.
  • Silva JM. Programa levantamentos geológicos básicos do Brasil. Brasília: DNPM/CPRM; 1993. Cachoeiro de Itapemirim - Folha SF-24-V-A-V. Estado do Espírito Santo, escala 1:100.000.
  • Silva VG. Legislação ambiental comentada 3. ed. Belo Horizonte: Fórum; 2006.
  • Soares VP, Moreira AA, Ribeiro CAAS, Gleriani JM. Mapeamento das áreas de preservação permanente e dos fragmentos florestais naturais como subsidio à averbação de Reserva Legal em imóveis rurais. Cerne 2011; 17(4): 555-561.
  • Vicente CRB, Simões ERD, Moreira JVP, Fonseca MA. Inventário da oferta turística do município de Castelo. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Espirito Santo; 2005.
  • Vieira MV, Peluzio TMO, Saito NS, Souza SM, Louzada FLRO, Santos AR. Delimitação das áreas de preservação permanente do terço superior de topo de morro, para as microrregiões sudoeste serrana, litoral norte e extremo norte do estado do Espírito Santo. Revista Brasileira de Agroecologia 2011, 6(2): 142-151.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Dez 2013
  • Data do Fascículo
    Dez 2013

Histórico

  • Recebido
    23 Jul 2012
  • Aceito
    09 Jan 2013
Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Rodovia BR 465 Km 7, CEP 23897-000, Tel.: (21) 2682 0558 | (21) 3787-4033 - Seropédica - RJ - Brazil
E-mail: floram@ufrrj.br