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Efeito da Temperatura e do KNO3 na Germinação de Acnistus arborescens (Solanaceae)

Effect of Temperature and KNO3 in the Germination of Acnistus arborescens (Solanaceae)

RESUMO

A propagação de Acnistus arborescens (fruto-do-sabiá) usualmente é feita através de estacas, devido a baixa taxa de germinação de suas sementes. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da temperatura e do estimulante nitrato de potássio (KNO3) na germinação do fruto-do-sabiá. O experimento foi realizado utilizando quatro regimes de temperatura (20, 25, 30 e 20-30 °C), com e sem nitrato de potássio, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições de 50 sementes cada. Foram avaliados a porcentagem, o índice de velocidade e o tempo médio de germinação. Nas temperaturas constantes, o KNO3 favoreceu a germinação, sendo as maiores porcentagens (>68%) obtidas nas temperaturas de 20 °C e 25 °C. A temperatura alternada de 20-30 °C aumentou a porcentagem de germinação, sem a adição de KNO3, portanto além da propagação vegetativa. A produção de mudas a partir de sementes é viável.

Palavras-chave:
nitrato de potássio; dormência; fruto-do-sabiá; sementes

ABSTRACT

The propagation of Acnistus arborescens (fruto-do-sabiá) is usually made using cuttings, because the germination percentage of this species is low. The objective of this work was to study the effect of temperature and potassium nitrate (KNO3) stimulant on the germination of fruto-do-sabiá. The experiment was conducted under four temperature regimes (20, 25, 30 and 20-30 °C), with and without potassium nitrate, in a completely randomized design with four replications of 50 seeds each. The percentage, speed index, and average time of germination were evaluated. Under constant temperatures, KNO3 improved germination, with the highest percentages (>68%) obtained at the temperatures of 20 and 25 °C. The alternating temperature of 20-30 °C was effective in overcoming seed dormancy without addition of KNO3; therefore, besides the vegetative propagation, the production of seedlings from seeds is viable.

Keywords:
nitrate potassium; dormancy; fruto-do-sabiá; seeds

1 INTRODUÇÃO

O sucesso da germinação constitui uma etapa fundamental para a propagação das espécies. Ela depende de diversos fatores abióticos e inerentes à própria semente (Baskin & Baskin, 2014Baskin CC, Baskin JM. Seeds: ecology, biogeography and evolution of dormancy and germination. San Diego: Academic Press; 2014. 1586 p.; Bian et al., 2013Bian L, Yang L, Wang J, Shen H. Effects of KNO pretreatment and temperature on seed germination of 3Sorbus pohuashanensis.Journal of Forest Research 2013; 24(2): 309-316. http://dx.doi.org/10.1007/s11676-013-0354-9.
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). Um dos fatores primários que atuam na germinação é a temperatura, afetando a viabilidade e a dormência de sementes (Deng & Song, 2012Deng Z, Song S. Sodium nitroprusside, ferricyanide, nitrite and nitrate decrease the thermo-dormancy of lettuce seed germination in a nitric oxide-dependent manner in light. South African Journal of Botany 2012; 78: 139-146. http://dx.doi.org/10.1016/j.sajb.2011.06.009.
http://dx.doi.org/10.1016/j.sajb.2011.06...
), sendo que seus efeitos variam conforme a espécie (Labouriau, 1983Labouriau LG. A germinação das sementes. Washington: Secretaria da OEA; 1983. 173 p.), havendo uma temperatura ótima para cada uma.

Devido à interferência de fatores externos, as plantas desenvolveram mecanismos para maximizar a sobrevivência quando as condições ambientais são desfavoráveis, como a dormência de sementes, fundamental para prevenir a germinação até que condições de crescimento e sobrevivência adequadas se estabeleçam (Vivian et al., 2008Vivian R, Silva AA, Gimenes JRM Jr, Fagan EB, Ruiz ST, Labonia V. Dormência em sementes de plantas daninhas como mecanismo de sobrevivência: breve revisão. Planta Daninha 2008; 26(3): 695-706. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582008000300026.
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582008...
).

A dormência das sementes é controlada tanto por fatores exógenos quanto endógenos (Bian et al., 2013Bian L, Yang L, Wang J, Shen H. Effects of KNO pretreatment and temperature on seed germination of 3Sorbus pohuashanensis.Journal of Forest Research 2013; 24(2): 309-316. http://dx.doi.org/10.1007/s11676-013-0354-9.
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), sendo que algumas espécies distribuem sua germinação ao longo do tempo, enquanto outras sementes permanecem por longos períodos no solo, assim, a germinação e a presença da dormência nem sempre podem ser separadas (Baskin & Baskin, 2014Baskin CC, Baskin JM. Seeds: ecology, biogeography and evolution of dormancy and germination. San Diego: Academic Press; 2014. 1586 p.).

Embora a dormência funcione como um mecanismo eficiente para garantir a sobrevivência e continuidade das espécies, a propagação de plantas de interesse florestal ou econômico com sementes que possuem algum grau de dormência pode se tornar uma barreira. No entanto, alguns procedimentos podem ser adotados para se obter uma germinação rápida e uniforme, acelerando esse processo e promovendo o estabelecimento das plântulas (Lopes et al., 1998Lopes JC, Capucho MT, Krohling B, Zanotti P. Germinação de sementes de espécies florestais de Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. Benth., L. e . leiostachyaCassia grandisSamanea saman Merrill, após tratamentos para superar a dormênciaRevista Brasileira de Sementes 1998; 20(1): 80-86. http://dx.doi.org/10.17801/0101-3122/rbs.v20n1p80-86.
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; Cardoso et al., 2014Cardoso ED, Sá ME, Haga KI, Binotti FFS, Nogueira DC, Valério Filho WV. Desempenho fisiológico e superação de dormência em sementes de Brachiaria brizantha submetidas a tratamento químico e envelhecimento artificial. Semina: Ciências Agrárias 2014; 35(1): 21-38. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n1p21.
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).

O tratamento para auxiliar a germinação é realizado conforme o grau da dormência. Alguns pré-tratamentos aplicados têm o objetivo de aumentar e acelerar esse processo (Cordazzo & Hackbart, 2009Cordazzo CV, Hackbart VCS. Efeitos da temperatura, lixiviação, KNO3, GA3 e escarificação sobre a Germinação das sementes de Lam. Hydrocotyle bonariensisAtlantica 2009; 31(1): 79-84. http://dx.doi.org/10.5088/atl.2009.31.1.79.
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; Cardoso et al., 2014Cardoso ED, Sá ME, Haga KI, Binotti FFS, Nogueira DC, Valério Filho WV. Desempenho fisiológico e superação de dormência em sementes de Brachiaria brizantha submetidas a tratamento químico e envelhecimento artificial. Semina: Ciências Agrárias 2014; 35(1): 21-38. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n1p21.
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). Entre os compostos utilizados está a aplicação de nitrato de potássio (KNO3) que, segundo Roberts (1974)Roberts EH. Dormancy: a factor affecting seed survival in the soil. In: Roberts EH. Viability of seeds. London: Chapman and Hall; 1974. p. 321-359., estimula a germinação e vem sendo utilizado por diversos autores (Ikeda et al., 2008Ikeda FS, Carmona R, Mitja D, Guimarães RM. Luz e KNO3 na germinação de sementes de sob temperatura constante e alternada. Tridax procumbensPlanta Daninha 2008; 26(4): 751-756. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582008000400006.
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; Parreira et al., 2011Parreira MC, Cardozo NP, Giancotti PRF, Alves PLCA. Superação de dormência e influência dos fatores ambientais na germinação de sementes de Spermacoce latifólia.Revista Brasileira de Ciências Agrárias 2011; 6(3): 427-431. http://dx.doi.org/10.5039/agraria.v6i3a1031.
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; Bian et al., 2013Bian L, Yang L, Wang J, Shen H. Effects of KNO pretreatment and temperature on seed germination of 3Sorbus pohuashanensis.Journal of Forest Research 2013; 24(2): 309-316. http://dx.doi.org/10.1007/s11676-013-0354-9.
http://dx.doi.org/10.1007/s11676-013-035...
; Cardoso et al., 2014Cardoso ED, Sá ME, Haga KI, Binotti FFS, Nogueira DC, Valério Filho WV. Desempenho fisiológico e superação de dormência em sementes de Brachiaria brizantha submetidas a tratamento químico e envelhecimento artificial. Semina: Ciências Agrárias 2014; 35(1): 21-38. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n1p21.
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).

O mecanismo de ação do nitrato de potássio atua na recepção de elétrons, reduzindo a forma de nitrito no interior das sementes, reoxidando o NADPH e aumentando a disponibilidade de NADP para a redução das desidrogenases do ciclo da pentose fosfato, auxiliando a superação da dormência das sementes (Marcos-Filho, 2005Marcos-Filho J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: Fealq; 2005. 495 p.).

O Acnistus arborescens (L.) Schltdl. é uma solanácea que cresce como um arbusto de 2-6 metros de altura, habitando bordas e clareiras de florestas, entre o nível do mar e 2.000 m de altitude (Hunziker, 2001Hunziker AT. The genera of Solanaceae illustrated, arranged according to a new system. Ruggell: A.R.G.GantnerVerlag; 2001. 500 p.). No Brasil, distribui-se nos estados do Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nos quais são comuns as denominações populares de fruto-do-sabiá, mariana e marianeira (Hunziker, 2001Hunziker AT. The genera of Solanaceae illustrated, arranged according to a new system. Ruggell: A.R.G.GantnerVerlag; 2001. 500 p.).

Estudos farmacológicos realizados com essa espécie indicam a presença de princípios ativos anticâncer e antimalárico (Garavito et al., 2006Garavito G, Rincón J, Arteaga L, Hata Y, Bourdy G, Gimenez A et al. Antimalarial activity of some Colombian medicinal plants. Journal of Ethnopharmacology 2006; 107(3): 460-462. http://dx.doi.org/10.1016/j.jep.2006.03.033. PMid:16713157.
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). O fruto-do-sabiá, espécie incluída em programas de reflorestamento, também apresenta frutos adocicados, que quando maduros servem de alimento para pássaros e outros frutívoros. Porém a sua multiplicação é realizada principalmente através de estaquia (Gandolfi, 2004Gandolfi JFD. Establecimiento y crecimiento inicial de varias especies forestales en pastizales degradados em la cuenca deI rio Picagres, Puriscal. In: Greenheck FM, editor. Investigacion para la recuperacion de areas degradadas em la cuenca dei rio Picagres, Puriscal (1992-2004). San José: Universidad de Costa Rica; 2004. p. 33-50.), e não há na literatura informações acerca da sua propagação por sementes.

Em testes preliminares realizados pelos autores com sementes do fruto-do-sabiá foi observada uma baixa porcentagem de germinação, o que pode indicar a presença de algum mecanismo de dormência ainda não estudado. Salienta-se que em alguns trabalhos autores vêm utilizando o KNO3 em outras solanáceas para estimular a germinação (Brasil, 2009Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV; 2009. 395 p.; Pereira et al., 2012Pereira MD, Soares ER, Lopes JC, Borges EEL. Condicionamento osmótico de sementes cubiu. Revista Caatinga 2012; 25(3): 12-17.; Pinto et al., 2014Pinto KMS, Barbosa LA, Ferreira DS, Nascimento LC, Rêgo ER, Bruno RLA. Sanidade e fisiologia de sementes de pimenta cambuci L. var. pendulum tratadas com extrato de Capsicum baccatumLippia microphylla.Bioscience Journal 2014; 30(3): 743-749.).

Estudos visando informações a respeito da temperatura ideal e métodos de estímulo da germinação de sementes são de suma importância. Assim, o trabalho objetivou analisar o processo de germinação de sementes de A. arborescens sob diferentes temperaturas e na presença do estimulante KNO3.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Os frutos utilizados na realização do experimento foram coletados na Serra de Guaramiranga, CE (latitude 4° 12’ 25.6” S/longitude 38° 58’ 15.3” W), à altitude média de 800 m, sendo uma das áreas úmidas do Ceará (Xavier et al., 2007Xavier FA, Oliveira TS, Araújo FS, Gomes VS. Manejo da vegetação sob linhas de transmissão de energia elétrica na serra de Baturité. Ciência Florestal 2007; 17(4): 351-364.). Foram selecionadas aleatoriamente 20 matrizes para a coleta dos frutos em estágio de maturação semelhante, verificado a partir da coloração alaranjada dos frutos. Essa coleta foi realizada no mesmo dia. Posteriormente os frutos foram acondicionados em sacos plásticos e encaminhados ao Laboratório de Análise de Sementes do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, para beneficiamento.

Para a extração das sementes foi realizada a maceração dos frutos em peneira e sua lavagem em água corrente, com posterior secagem sobre papel toalha a uma temperatura média de 25 °C, até as sementes estarem completamente secas, o que demandou 48 horas. Em seguida foi determinado o teor de água das sementes, pelo método da estufa a 105 °C ± 3 °C por 24 horas, conforme Brasil (2009)Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV; 2009. 395 p..

Devido à ausência de informações sobre sementes de A. arborescens foi realizado um teste de germinação preliminar utilizando duas repetições de 50 sementes cada, que foram distribuídas em placas de Petri contendo como substrato dois discos de papel germitest umedecidos com 2,5 vezes o peso do papel de água destilada. As placas foram dispostas em câmaras de germinação, tipo B.O.D a 25 °C, com 12/12 horas de luz e escuro. Após 21 dias do início do teste foi observada uma germinação de 29%, considerando-se germinadas as sementes com radícula de 2 mm ou mais de comprimento, conforme Brasil (2009)Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV; 2009. 395 p..

Em decorrência da baixa porcentagem de germinação observada no teste preliminar, e baseada em recomendações da literatura, nas quais o nitrato de potássio é tido como um estimulante (Brasil, 2009Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV; 2009. 395 p.) e já utilizado em outras solanáceas (Pinto et al., 2014Pinto KMS, Barbosa LA, Ferreira DS, Nascimento LC, Rêgo ER, Bruno RLA. Sanidade e fisiologia de sementes de pimenta cambuci L. var. pendulum tratadas com extrato de Capsicum baccatumLippia microphylla.Bioscience Journal 2014; 30(3): 743-749.), foi realizado um experimento para avaliar o efeito da solução a uma concentração de 0,2% (Brasil, 2009Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV; 2009. 395 p.) na germinação do fruto-do-sabiá.

O experimento foi realizado utilizando-se um delineamento inteiramente casualizado com esquema em fatorial 4 × 2, no qual foram testados quatro regimes de temperatura (20 °C, 25 °C, 30 °C constante e 20-30 °C alternada) com e sem adição da solução de nitrato de potássio ao substrato (KNO3 a 0,2%). Cada tratamento constou de quatro repetições de 50 sementes cada. Para as temperaturas constantes foi utilizado um regime de 12/12 horas de luz e escuro e, para a temperatura alternada, de 12 horas de luz, correspondendo à temperatura de 30 °C, e de 12 de escuro, na temperatura de 20 °C.

As sementes foram colocadas em placas de Petri de 9 cm de diâmetro, tendo como substrato duas folhas de papel germitest umedecidas com água destilada ou com a solução de KNO3, conforme tratamento, em quantidade equivalente a 2,5 vezes o peso do papel seco. As placas foram então distribuídas em B.O.D. conforme cada tratamento de temperatura.

Foram realizadas contagens diárias até o 21º dia após a semeadura, avaliando-se ao final desse período a porcentagem de germinação (PG), o índice de velocidade de germinação (IVG), de acordo com Maguire (1962)Maguire JD. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science 1962; 2(2): 176-177. http://dx.doi.org/10.2135/cropsci1962.0011183X000200020033x.
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, e o tempo médio de germinação (TMG), conforme Ferreira & Borguetti (2004)Ferreira AG, Borguetti F. Germinação do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed; 2004. 323 p..

Os dados obtidos foram submetidos aos testes de Komolgorov-Smirnov e de Watson para analisar a normalidade da distribuição dos dados, sendo que quando normais foram submetidos à análise de variância, após o que as médias foram comparadas através do teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, utilizando-se o programa estatístico SISVAR® (Ferreira, 2008Ferreira, DF. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium 2008; 6(2): 36-41.).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O teor de água obtido no lote de sementes utilizadas no experimento foi de 12,84%. A temperatura, atuando junto com o nitrato de potássio, exerceu efeito significativo sobre a porcentagem de germinação e o IVG (p < 0,01), porém não teve efeito no TMG (p > 0,05). Essa variação é esperada, uma vez que existem temperaturas que favorecem mais a germinação, bem como houve uso do KNO3, que mostrou ter efeito significativo em outras espécies vegetais (Pereira et al., 2012Pereira MD, Soares ER, Lopes JC, Borges EEL. Condicionamento osmótico de sementes cubiu. Revista Caatinga 2012; 25(3): 12-17.; Ikeda et al., 2008Ikeda FS, Carmona R, Mitja D, Guimarães RM. Luz e KNO3 na germinação de sementes de sob temperatura constante e alternada. Tridax procumbensPlanta Daninha 2008; 26(4): 751-756. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582008000400006.
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).

A aplicação de KNO3 no substrato aumentou a porcentagem de germinação nas temperaturas de 20 °C, 25 °C e 30 °C (Tabela 1). O efeito positivo obtido com a aplicação de KNO3 às sementes de A. arborescens mostrou que esse estimulante foi eficaz, e isso é vantajoso para a propagação dessa espécie. O KNO3 também foi eficiente na superação da dormência em resultados obtidos por Ikeda et al. (2008)Ikeda FS, Carmona R, Mitja D, Guimarães RM. Luz e KNO3 na germinação de sementes de sob temperatura constante e alternada. Tridax procumbensPlanta Daninha 2008; 26(4): 751-756. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582008000400006.
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em Tridax procumbens, por Cordazzo & Hackbart (2009)Cordazzo CV, Hackbart VCS. Efeitos da temperatura, lixiviação, KNO3, GA3 e escarificação sobre a Germinação das sementes de Lam. Hydrocotyle bonariensisAtlantica 2009; 31(1): 79-84. http://dx.doi.org/10.5088/atl.2009.31.1.79.
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em Hydrocotyle bonariensis e por Pereira et al. (2012)Pereira MD, Soares ER, Lopes JC, Borges EEL. Condicionamento osmótico de sementes cubiu. Revista Caatinga 2012; 25(3): 12-17. na Solanum sessiliflorum Dunal.

Tabela 1
Médias da porcentagem de germinação de sementes de A. arborescens submetidas a quatro temperaturas e ao efeito de KNO3 (Presença/Ausência).
Table 1.
Mean percentage of germination of seed A. arborescens exposed to four temperatures and the effect of KNO3 (Presence/Absence).

Segundo Ellis et al. (1983)Ellis RH, Hong TD, Roberts EH. Procedures for the safe removal of dormancy from rice seed. Seed Science Technology 1983; 11(1): 77-112., o potencial de aumentar a taxa de germinação (de algumas espécies) do nitrato de potássio pode estar associado à sua atuação como oxidante e aceptor de elétrons. Além disso, o potássio está envolvido na manutenção do equilíbrio nas células vegetais, promovendo a respiração e o metabolismo de carboidratos (Aisha et al., 2007Aisha AH, Rizk FA, Shaheen AM, Abdel-Mouty MM. Onion plant growth, bulb yield and its physical and chemical properties as affected by organic and natural fertilization. Research Journal of Agriculture and Biological Sciences 2007; 3(5): 380-388.).

A temperatura alternada de 20-30 °C foi eficiente para estimular a germinação de sementes de A. arborescens, atingindo 69% sem a aplicação de KNO3 (Tabela 1). A temperatura pode ser eficiente para a superação da dormência (Deng & Song, 2012Deng Z, Song S. Sodium nitroprusside, ferricyanide, nitrite and nitrate decrease the thermo-dormancy of lettuce seed germination in a nitric oxide-dependent manner in light. South African Journal of Botany 2012; 78: 139-146. http://dx.doi.org/10.1016/j.sajb.2011.06.009.
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), como observado para o A. arborescens. A temperatura alternada também aumentou a germinação de sementes de Hydrocotyle bonariensis LAM. (Cordazzo & Hackbart, 2009Cordazzo CV, Hackbart VCS. Efeitos da temperatura, lixiviação, KNO3, GA3 e escarificação sobre a Germinação das sementes de Lam. Hydrocotyle bonariensisAtlantica 2009; 31(1): 79-84. http://dx.doi.org/10.5088/atl.2009.31.1.79.
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).

A temperatura pode atuar tanto na quebra de dormência como no controle da germinação (Mayer & Poljakoff-Mayber, 1982Mayer AM, Poljakoff-Mayber A. The germination of seeds. 3. ed. Oxford: Pergamon Press; 1982. 211 p.), portanto é um importante fator abiótico, existindo uma faixa ótima para cada espécie, conforme observado no trabalho realizado por Parreira et al. (2011)Parreira MC, Cardozo NP, Giancotti PRF, Alves PLCA. Superação de dormência e influência dos fatores ambientais na germinação de sementes de Spermacoce latifólia.Revista Brasileira de Ciências Agrárias 2011; 6(3): 427-431. http://dx.doi.org/10.5039/agraria.v6i3a1031.
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.

Porém, quando considerada apenas a temperatura de 30 °C, mesmo com a adição de KNO3 a germinação só chegou a 20% (Tabela 1). Segundo Nassif & Perez (2000)Nassif SML, Perez SCJG. Efeitos da temperatura na germinação de sementes de amendoim-do-campo ( Tul.). Pterogyne nitensRevista Brasileira de Sementes 2000; 22(1): 1-6. http://dx.doi.org/10.17801/0101-3122/rbs.v22n1p1-6.
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, a baixa germinação nas temperaturas próximas às extremas também pode ser vista como uma vantagem adaptativa, pois o atraso da germinação pode aumentar a probabilidade de as plântulas encontrarem condições favoráveis.

A adição de KNO3 ao substrato também aumentou o IVG nas temperaturas de 20 °C e 25 °C, para 3,63 e 3,07, respectivamente. A 30 °C e 20-30°C, o KNO3 não afetou o IVG. O menor IVG foi obtido a 30°C, independentemente da aplicação de KNO3 (Tabela 2).

Tabela 2
Índice de Velocidade de Germinação (IVG) de sementes de A. arborescens submetidas a quatro temperaturas e ao efeito de KNO3 (Presença/Ausência).
Table 2.
Germination Speed ​​Index (GSI) of seed A.arborescens exposed to four temperatures and the effect of KNO3 (Presence/Absence).

O aumento do IVG com a presença de KNO3 indica que esse composto foi eficiente para elevar o vigor das sementes. Porém a 20-30 °C apenas a temperatura foi suficiente para aumentar o IVG. O efeito positivo com a aplicação de nitrato de potássio observado nas sementes de A. arborescens pode dever-se ao aumento da respiração causado por essa substância (Conner & Conner, 1988Conner AJ, Conner LN. Germination and Dormancy of seeds Arthropodium cirratum.New Zealand Natural Sciences 1988; 15: 3-10.).

Segundo Labouriau (1983)Labouriau LG. A germinação das sementes. Washington: Secretaria da OEA; 1983. 173 p., existe uma faixa ótima de temperatura, na qual a velocidade de germinação aumenta. O estudo da germinação de Bowdichia virgilioides (Kunth.) também mostrou que para algumas espécies a temperatura pode ser suficiente para a superação da dormência e o aumento do vigor das sementes. Para B. Virgilioides, a temperatura alternada de 20-30 °C também aumentou o IVG (Albuquerque & Guimarães, 2007Albuquerque KS, Guimarães RM. Comportamento fisiológico de sementes de Kunth. sob diferentes condições de luz e temperaturas. Bowdichia virgilioidesCerne 2007; 13(1): 64-70.).

Em sementes de Ageratum conyzoides L., o KNO3 aumentou o IVG na presença de luz e na temperatura alternada de 15-35 °C e diminuiu o IVG a 25 °C (Ikeda et al., 2008Ikeda FS, Carmona R, Mitja D, Guimarães RM. Luz e KNO3 na germinação de sementes de sob temperatura constante e alternada. Tridax procumbensPlanta Daninha 2008; 26(4): 751-756. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582008000400006.
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582008...
). Porém, durante a germinação de Mimosa setosa Benth, a aplicação de KNO3 não aumentou o vigor das sementes (Sperandio et al., 2013Sperandio HV, Lopes JC, Matheus MT. Superação de dormência em sementes de Mimosa setosa Benth. Comunicata Scientiae 2013; 4(4): 385-390.). Portanto, o efeito do KNO3 no IVG varia conforme a espécie e a temperatura. Quando o processo de germinação ocorre em temperaturas inferiores ou superiores à ótima ocorre uma redução na velocidade, o que pode deixar as plântulas expostas a fatores abióticos adversos (Carvalho & Nakagawa, 2012Carvalho NM, Nakagawa J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed. Jaboticabal: FUNEP; 2012. 590 p.).

Para o TMG não houve interação significativa entre as temperaturas e o KNO3, porém, separadamente, esses fatores influenciaram o TMG (Tabela 3). O menor tempo de germinação, média de 10,72 dias, foi obtido quando as sementes foram submetidas à temperatura de 25 ºC, embora não tenha diferido das temperaturas de 20 °C e 30 °C (Tabela 3).

Tabela 3
Tempo médio de germinação de sementes de A. arborescens submetidas a quatro temperaturas e ao efeito de KNO3 (Presença/Ausência).
Table 3.
Average time to germination of seed A. arborescens exposed to four temperatures and the effect of KNO3 (Presence/Absence).

A adição de KNO3 ao substrato aumentou o TMG, o que pode ter ocorrido porque o nitrato de potássio aumentou a porcentagem final. Na presença de KNO3, a máxima germinação foi observada aos 12,39 dias, enquanto sem a adição de KNO3 ao substrato ocorreu aos 10,53 dias (Tabela 3).

O menor TMG é vantajoso para o processo de germinação, já que as plântulas podem se estabelecer mais rapidamente, aproveitando as condições ambientais favoráveis (Nogueira et al., 2010Nogueira FCB, Medeiros S Fo, Gallão MI. Caracterização da germinação e morfologia de frutos, sementes e plântulas de Dalbergia cearensis Ducke (pau-violeta) – Fabaceae. Acta Botanica Brasílica 2010; 24(4): 978-985. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062010000400013.
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062010...
). Para o fruto-do-sabiá, que é uma espécie heliófita (Brandão et al., 2002Brandão M, Laca-Buendía JP, Macedo JF. Árvores nativas e exóticas do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: EPAMIG; 2002. 528 p.), a rápida germinação pode favorecer o estabelecimento de suas plântulas em áreas de regeneração inicial nas quais a maior disponibilidade de luz pode levar a altas temperaturas e ao estresse hídrico.

4 CONCLUSÕES

A aplicação da solução de KNO3 em sementes do fruto-do-sábia auxilia o processo de germinação nas temperaturas de 20 °C, 25 °C e 30 °C, sendo que a temperatura alternada de 20-30 ºC favorece o processo de germinação, portanto a propagação do fruto-do-sábia a partir de sementes é considerada viável nas condições testadas.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Laboratório de Análise de Sementes da Universidade Federal do Ceará.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Maio 2016
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2016

Histórico

  • Recebido
    22 Jun 2014
  • Aceito
    21 Fev 2016
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