Acessibilidade / Reportar erro

Valvoplastia com balão para tratamento da estenose aórtica congênita do neonato e lactente: onde menos é mais

EDITORIAL

Valvoplastia com balão para tratamento da estenose aórtica congênita do neonato e lactente - onde menos é mais

Francisco Chamié

Setor de Hemodinâmica dos Defeitos Estruturais e Congênitos - Hospital dos Servidores do Estado MS/RJ - Rio de Janeiro, RJ, Brasil. INTERCAT - Cardiologia Intervencionista - Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Correspondência Correspondência: Francisco Chamié Av. Borges de Medeiros, 3501/103 - Lagoa Rio de Janeiro, RJ, Brasil - CEP 22470-001 E-mail: fchamie@pobox.com

O relato inicial de Lababidi, em 1983, seguido pela descrição de uma primeira série de casos bem-sucedidos, no ano seguinte, abriu caminho para o estabelecimento da valvoplastia com balão como método terapêutico para o tratamento das estenoses valvares aórticas1,2.

Outros estudos comparando os resultados da valvoplastia aórtica com balão com os da valvotomia cirúrgica demonstraram que os resultados são comparáveis, por ambos os métodos3-5. Naturalmente, o fato de ser menos invasiva tornou a dilatação por balão o método de escolha da maioria dos centros.

Vários outros trabalhos se seguiram, apontando as dificuldades do método: sua taxa de mortalidade, o índice não desprezível de complicações maiores e menores, o aparecimento e a subsequente progressão de regurgitação valvar aórtica, e a necessidade de reintervenção, sem falar na possibilidade de troca valvar no futuro. Entretanto, demonstraram também efetiva redução do gradiente transvalvar, e melhora da função ventricular esquerda e, até mesmo, do crescimento das cavidades esquerdas, notadamente do ventrículo esquerdo e do anel valvar aórtico6-14.

A morbidade e a mortalidade do procedimento decorrem de vários fatores: características próprias do paciente (morfologia do defeito), qualidade do treinamento e experiência do operador, material utilizado, e alguns aspectos técnicos.

A estenose aórtica que se apresenta na fase neonatal pode causar grave alteração da função contrátil, com síndrome de baixo débito cardíaco, e apresentação de morfologia ventricular variável, com hipoplasia ou dilatação. O tipo de valva mais comum é a unicomissural com orifício excêntrico. Frequentemente há outros defeitos associados, como lesão valvar mitral, fibroelastose, comunicação interventricular e coarctação de aorta15. Os resultados geralmente não são favoráveis nos casos com ventrículos esquerdos malformados, com hipoplasia ou dilatação, e fibroelastose com grave disfunção contrátil, com hipoplasia valvar mitral e hipoplasia do anel aórtico ou da região subaórtica16.

Outro estudo multicêntrico demonstrou que recém-nascidos ducto-dependentes apresentaram maior taxa de mortalidade (38%) que os não-ducto-dependentes (5%). As análises uni e multivariada demonstraram que foram fatores de risco de morte após o procedimento: 1) anel valvar menor que 6 mm; 2) ventrículo esquerdo que não forma a ponta do coração; e 3) presença de estenose mitral17.

A experiência do operador certamente influencia o resultado. Interessantemente, é o tipo de treinamento obtido durante a formação do especialista que faz a diferença. Estudos demonstraram que datas mais precoces do procedimento, na mesma instituição, eram fator de risco independente para resultado subótimo16.

As complicações vasculares eram as mais prevalentes, especialmente nos casos realizados por via femoral18. Elas foram substancialmente reduzidas pelo aparecimento de cateteres-balão com perfis menores. Atualmente são encontrados balões com diâmetros adequados, montados em cateteres que podem ser introduzidos por meio de bainhas 4 F (cateterbalão TyShak Mini™, NuMEd - Hopkinton, Estados Unidos).

A utilização de outras vias de introdução dos balões também resultou na redução de complicações vasculares, como via umbilical19, via venosa com passagem anterógrada do cateter-balão pela valva aórtica20, via axilar21 e via carotídea22, todas apresentando prós e contras.

A via umbilical, embora de acesso mais fácil em pacientes neonatos, apresenta alguma dificuldade de manuseio. A entrada do cateter na aorta descendente, praticamente em ângulo reto, prejudica seu torque, impedindo qualquer tipo de manobra mais ampla e delicada.

A via venosa necessita de um ventrículo esquerdo de bom tamanho, em cuja cavidade o balão possa "rodar" para subir em direção à valva aórtica, sem provocar lesão à valva mitral. Em compensação, a flutuação de um cateter fluxo-dirigível, tipo Berman ou Swan-Ganz, torna mais suave a passagem da guia através do plano valvar por via anterógrada.

A via axilar, por punção ou dissecção, tem o inconveniente de apresentar uma artéria de menor calibre, por vezes incapaz de acomodar a bainha 4 F, obrigando a introdução do balão diretamente por sobre a guia, com o consequente risco de sangramento no local da entrada.

A via carotídea tem sido a preferida, por apresentar artéria de tamanho compatível com o procedimento, e por dirigir o cateter quase que diretamente sobre a valva, facilitando seu cruzamento.

Esta edição da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva traz um interessante artigo sobre a valvoplastia aórtica em neonatos e lactentes jovens por via carotídea. Nele, Costa et al. apresentam uma casuística significativa de 24 casos, com resultados comparáveis aos melhores encontrados na literatura, validando o procedimento23. Na discussão são enfocados vários aspectos de grande interesse para todos os especialistas na área. A dificuldade do manuseio dos cateteres através do arco aórtico e de sua passagem pela valva pelo acesso femoral faz com que a abordagem por via carotídea seja a preferida, atualmente, pela maioria dos serviços17.

O aparecimento ou o incremento de regurgitação aórtica preexistente podem ser encontrados após a realização da dilatação, na maioria das séries. Se respeitada a técnica correta, a regurgitação em geral é bem tolerada e raramente resulta em cirurgia de urgência.

A relação entre o diâmetro do balão e o anel valvar aórtico deve ser entre 0,6 e 1. Balões maiores que o diâmetro do anel (até 137%) podem ser utilizados, com extrema cautela, quando com o uso de balões menores não se obtém o adequado alívio da estenose, desde que não surja ou aumente a regurgitação valvar preexistente24.

A avulsão de uma cúspide aórtica é uma complicação temida e resulta, geralmente, em regurgitação catastrófica, fazendo o paciente necessitar de cirurgia de emergência25. Válvulas unicomissurais e displásicas podem estar envolvidas nesses eventos, mas na maioria dos casos trata-se de perfuração de uma cúspide com a guia e de sua posterior dilatação com o balão, principalmente quando a valva é cruzada de forma retrógrada. Isso pode ser evitado pelo uso de guias de pontas macias e longas, realizando a passagem da valva com muito cuidado, e evitando progredir com a guia caso haja qualquer tipo de resistência.

Outro fator capaz de lesar a valva aórtica é a movimentação, para cima e para baixo, do balão através do tecido valvar, impulsionado pela força de contração ventricular26. Além da possível lesão dos folhetos, a expulsão brusca do balão através da valva impede a correta dilatação das comissuras. Esse problema não é muito encontrado no grupo de recém-nascidos e lactentes, em quem o ventrículo esquerdo, geralmente, não consegue gerar força contrátil capaz de expulsar vigorosamente o balão. Para evitar esse inconveniente, pode-se lançar mão de algumas alternativas técnicas, sendo a mais simples delas o uso de balões mais longos (3 cm a 6 cm), que podem dilatar a valva enquanto são expulsos para a aorta ascendente27. Outra alternativa, na dilatação por via retrógrada, seria a colocação de bainhas longas até imediatamente acima da extremidade proximal do balão, dando apoio e impedindo sua expulsão do ventrículo esquerdo. Isso se torna extremamente fácil pela via carotídea, que fornece um trajeto mais retilíneo até a valva26.

Uma opção farmacológica foi sugerida com o uso de adenosina em bolo para provocar bradicardia ou parada cardíaca temporária, permitindo a estabilização do balão durante sua insuflação28.

O uso de marca-passo transvenoso, fornecendo altas frequências de estimulação para o chamado overdrive suppression, obtém o mesmo resultado, também permitindo a estabilização temporária do balão29,30.

Regurgitação aórtica grave ou aumento de 2+ na regurgitação preexistente ocorrem em 5% a 10% dos pacientes. O diâmetro valvar menor que 8 mm foi considerado preditor independente dessa complicação no registro Valvuloplasty and Angioplasty of Congenital Anomalies (VACA). Idade, regurgitação preexistente maior que a trivial, valvotomia prévia e uso de balões superdimensionados também foram considerados fatores de risco para a regurgitação aórtica16,24.

Apesar desses estudos, Balmer et al.31 apontam que a regurgitação aórtica é o maior problema no seguimento longo dos neonatos e lactentes submetidos a dilatação. O estudo afirma que a regurgitação é progressiva e a maior causa de intervenção cirúrgica nesses pacientes, e não parece ser afetada pelo uso de balões de menor diâmetro31.

Com isso em mente, devemos considerar que a dilatação da valva aórtica com balão, nos dias de hoje, é um procedimento seguro e efetivo, mesmo em recém-nascidos e lactentes. É importantíssimo, entretanto, que seja encarado como um método de tratamento "paliativo", e que a correção cirúrgica com troca valvar ou cirurgia de Ross deve ser sempre considerada tratamento definitivo, que precisa ser postergado tanto quanto possível. É nesse sentido que a dilatação valvar por balão, realizada em caráter de emergência, em recém-nascido em choque circulatório deva causar a menor agressão possível ao paciente, mesmo que obtenha apenas o mínimo alívio da estenose. Essa conduta, na maioria das vezes, ganha tempo salvando uma vida e permitindo posterior intervenção, com mais segurança e em melhores condições. É nessa circunstância que se pode dizer que a manutenção de estenose aórtica de menor grau após a dilatação é preferível à completa abolição do gradiente com o surgimento de regurgitação significativa. É nesse contexto que menos significa mais!

CONFLITO DE INTERESSES

O autor declarou inexistência de conflito de interesses relacionado a este manuscrito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Lababidi Z. Aortic balloon valvuloplasty. Am Heart J. 1983;106(4 Pt 1):751-2.

2. Lababidi Z, Wu JR, Walls JT. Percutaneous balloon aortic valvuloplasty: results in 23 patients. Am J Cardiol. 1984;53(1):194-7.

3. Gatzoulis MA, Rigby ML, Shinebourne EA, Redington AN. Contemporary results of balloon valvuloplasty and surgical valvotomy for congenital aortic stenosis. Arch Dis Child. 1995;73(1):66-9.

4. Justo RN, McCrindle BW, Benson LN, Williams WG, Freedom RM, Smallhorn JF. Aortic valve regurgitation after surgical versus percutaneous balloon valvotomy for congenital aortic valve stenosis. Am J Cardiol. 1996;77(15):1332-8.

5. McCrindle BW, Blackstone EH, Williams WG, Sittiwangkul R, Spray TL, Azakie A, et al. Are outcomes of surgical versus transcatheter balloon valvotomy equivalent in neonatal critical aortic stenosis? Circulation. 2001;104(12 Suppl 1):152-8.

6. Kachaner J, Piéchaud JF, Gay F, Lebidois J. [Non-surgical treatment of valvular stenoses in pediatric cardiology: percutaneous valvuloplasty]. Ann Pediatr (Paris). 1987;34(10):787-9. French.

7. Sullivan ID, Wren C, Bain H, Hunter S, Rees PG, Taylor JF, et al. Balloon dilatation of the aortic valve for congenital aortic stenosis in childhood. Br Heart J. 1989;61(2):186-91.

8. Vogel M, Benson LN, Burrows P, Smallhorn JF, Freedom RM. Balloon dilatation of congenital aortic valve stenosis in infants and children: short term and intermediate results. Br Heart J. 1989;62(2):148-53. Comment in: Br Heart J. 1990;64(1):107.

9. Rocchini AP, Beekman RH, Ben Shachar G, Benson L, Schwartz D, Kan JS. Balloon aortic valvuloplasty: results of the Valvuloplasty and Angioplasty of Congenital Anomalies Registry. Am J Cardiol. 1990;65(11):784-9.

10. Keane JF, Perry SB, Lock JE. Balloon dilation of congenital valvular aortic stenosis. J Am Coll Cardiol. 1990;16(2):457-8. Comment on: J Am Coll Cardiol. 1990;16(2):451-6.

11. O'Connor BK, Beekman RH, Rocchini AP, Rosenthal A. Intermediate-term effectiveness of balloon valvuloplasty for congenital aortic stenosis. A prospective follow-up study. Circulation. 1991;84(2):732-8.

12. Schleich JM, Rey C, Prat A, Marache P, Cajot MA, Dupuis C. [Dilatation of critical aortic valve stenosis in infants under 3 months of age. Our experience from 15 cases]. Arch Mal Coeur Vaiss. 1993;86(5):549-54. French.

13. Pedra CA, Sidhu R, McCrindle BW, Nykanen DG, Justo RN, Freedom RM, et al. Outcomes after balloon dilation of congenital aortic stenosis in children and adolescents. Cardiol Young. 2004;14(3):315-21.

14. Han RK, Gurofsky RC, Lee KJ, Dipchand AI, Williams WG, Smallhorn JF, et al. Outcome and growth potential of left heart structures after neonatal intervention for aortic valve stenosis. J Am Coll Cardiol. 2007;50(25):2406-14.

15. Justino H, Pedra CAC, Freedom RM, Benson LN. Congenital aortic valve stenosis or regurgitation. In: Freedom RM, Yoo S-J, Mikailian H, Williams WG, editors. The natural and modified history of congenital heart disease. New York: Blackwell; 2004. p.138-68.

16. McCrindle BW. Independent predictors of immediate results of percutaneous balloon aortic valvotomy in children. Valvuloplasty and Angioplasty of Congenital Anomalies (VACA) Registry Investigators. Am J Cardiol. 1996;77(4):286-93.

17. Robinson BV, Brzezinska-Rajszys G, Weber HS, Ksiazyk J, Fricker FJ, Fischer DR, et al. Balloon aortic valvotomy through a carotid cutdown in infants with severe aortic stenosis: results of the multicentric registry. Cardiol Young. 2000;10(3):225-32.

18. Burrows PE, Benson LN, Williams WG, Trusler GA, Coles J, Smallhorn JF, et al. Iliofemoral arterial complications of balloon angioplasty for systemic obstructions in infants and children. Circulation. 1990;82(5):169-704. Comment in: Circulation. 1990;82(5):1868-71.

19. Beekman RH, Rocchini AP, Andes A. Balloon valvuloplasty for critical aortic stenosis in the newborn: influence of new catheter technology. J Am Coll Cardiol. 1991;17(5):1172-6.

20. Hausdorf G, Schneider M, Schirmer KR, Schulze-Neick I, Lange PE. Anterograde balloon valvuloplasty of aortic stenosis in children. Am J Cardiol. 1993;71(5):460-2.

21. Dua JS, Osborne NJ, Tometzki AJ, Martin RP. Axillary artery approach for balloon valvoplasty in young infants with severe aortic valve stenosis: medium-term results. Cathet Cardiovasc Interv. 2006;68(6):929-35.

22. Fischer DR, Ettedgui JA, Park SC, Siewers RD, del Nido PJ. Carotid artery approach for balloon dilatation of aortic valve stenosis in the neonate: a preliminary report. J Am Coll Cardiol. 1990;15(7):1633-6.

23. Costa RN, Fontes VF, Pedra SRFF, Santos MA, Moreira SM, Santana MVT, et al. Valvoplastia por via carotídea na estenose aórtica do neonato e lactente jovem: resultados imediatos em serviços de referência. Rev Bras Cardiol Invasiva. 2009;17(4):526-32.

24. Moore P, Egito E, Mowrey H, Perry SB, Lock JE, Keane JF. Midterm results of balloon dilation of congenital aortic stenosis: predictors of success. J Am Coll Cardiol. 1996;27(5):1257-63.

25. Kasten-Sportes CH, Piéchaud JF, Sidi D, Kachaner J. Percutaneous balloon valvuloplasty in neonates with critical aortic stenosis. J Am Coll Cardiol. 1989;13(5):1101-5.

26. Pedra CA, Pedra SR, Braga SL, Esteves CA, Moreira SM, dos Santos MA, et al. Short- and midterm follow-up results of valvuloplasty with balloon catheter for congenital aortic stenosis. Arq Bras Cardiol. 2003;81(2):111-9.

27. Yeager SB, Flanagan MF, Keane, JF. Catheter interventions: balloon valvotomy. In: Lock JE, Keane JF, Perry SB, editors. Diagnostic and interventional catheterization in congenital heart disease. Boston: Kluwer Academic, 2000. p.151-78.

28. De Giovanni JV, Edgar RA, Cranston A. Adenosine induced transient cardiac standstill in catheter interventional procedures for congenital heart disease. Heart. 1998;80(4):330-3.

29. Sánchez A, David F, Velázquez E, Yáñez L, Jiménez S, Martínez A, et al. [Balloon stabilization by means of cardiac stimulation during aortic valvuloplasty]. Arch Cardiol Mex. 2005;75(4):455-9. Spanish.

30. Karagöz T, Aypar E, Erdoðan I, Sahin M, Ozer S, Celiker A. Congenital aortic stenosis: a novel technique for ventricular pacing during valvuloplasty. Catheter Cardiovasc Interv. 2008;72(4):527-30.

31. Balmer C, Beghetti M, Fasnacht M, Friedli B, Arbenz U. Balloon aortic valvoplasty in paediatric patients: progressive aortic regurgitation is common. Heart. 2004;90(1):77-81. Comment in: Heart. 2004;90(1):5-6.

Recebido em: 3/12/2009

Aceito em: 7/12/2009

  • 1. Lababidi Z. Aortic balloon valvuloplasty. Am Heart J. 1983;106(4 Pt 1):751-2.
  • 2. Lababidi Z, Wu JR, Walls JT. Percutaneous balloon aortic valvuloplasty: results in 23 patients. Am J Cardiol. 1984;53(1):194-7.
  • 3. Gatzoulis MA, Rigby ML, Shinebourne EA, Redington AN. Contemporary results of balloon valvuloplasty and surgical valvotomy for congenital aortic stenosis. Arch Dis Child. 1995;73(1):66-9.
  • 4. Justo RN, McCrindle BW, Benson LN, Williams WG, Freedom RM, Smallhorn JF. Aortic valve regurgitation after surgical versus percutaneous balloon valvotomy for congenital aortic valve stenosis. Am J Cardiol. 1996;77(15):1332-8.
  • 5. McCrindle BW, Blackstone EH, Williams WG, Sittiwangkul R, Spray TL, Azakie A, et al. Are outcomes of surgical versus transcatheter balloon valvotomy equivalent in neonatal critical aortic stenosis? Circulation. 2001;104(12 Suppl 1):152-8.
  • 6. Kachaner J, Piéchaud JF, Gay F, Lebidois J. [Non-surgical treatment of valvular stenoses in pediatric cardiology: percutaneous valvuloplasty]. Ann Pediatr (Paris). 1987;34(10):787-9. French.
  • 7. Sullivan ID, Wren C, Bain H, Hunter S, Rees PG, Taylor JF, et al. Balloon dilatation of the aortic valve for congenital aortic stenosis in childhood. Br Heart J. 1989;61(2):186-91.
  • 8. Vogel M, Benson LN, Burrows P, Smallhorn JF, Freedom RM. Balloon dilatation of congenital aortic valve stenosis in infants and children: short term and intermediate results. Br Heart J. 1989;62(2):148-53.
  • Comment in: Br Heart J. 1990;64(1):107.
  • 9. Rocchini AP, Beekman RH, Ben Shachar G, Benson L, Schwartz D, Kan JS. Balloon aortic valvuloplasty: results of the Valvuloplasty and Angioplasty of Congenital Anomalies Registry. Am J Cardiol. 1990;65(11):784-9.
  • 10. Keane JF, Perry SB, Lock JE. Balloon dilation of congenital valvular aortic stenosis. J Am Coll Cardiol. 1990;16(2):457-8.
  • Comment on: J Am Coll Cardiol. 1990;16(2):451-6.
  • 11. O'Connor BK, Beekman RH, Rocchini AP, Rosenthal A. Intermediate-term effectiveness of balloon valvuloplasty for congenital aortic stenosis. A prospective follow-up study. Circulation. 1991;84(2):732-8.
  • 12. Schleich JM, Rey C, Prat A, Marache P, Cajot MA, Dupuis C. [Dilatation of critical aortic valve stenosis in infants under 3 months of age. Our experience from 15 cases]. Arch Mal Coeur Vaiss. 1993;86(5):549-54. French.
  • 13. Pedra CA, Sidhu R, McCrindle BW, Nykanen DG, Justo RN, Freedom RM, et al. Outcomes after balloon dilation of congenital aortic stenosis in children and adolescents. Cardiol Young. 2004;14(3):315-21.
  • 14. Han RK, Gurofsky RC, Lee KJ, Dipchand AI, Williams WG, Smallhorn JF, et al. Outcome and growth potential of left heart structures after neonatal intervention for aortic valve stenosis. J Am Coll Cardiol. 2007;50(25):2406-14.
  • 15. Justino H, Pedra CAC, Freedom RM, Benson LN. Congenital aortic valve stenosis or regurgitation. In: Freedom RM, Yoo S-J, Mikailian H, Williams WG, editors. The natural and modified history of congenital heart disease. New York: Blackwell; 2004. p.138-68.
  • 16. McCrindle BW. Independent predictors of immediate results of percutaneous balloon aortic valvotomy in children. Valvuloplasty and Angioplasty of Congenital Anomalies (VACA) Registry Investigators. Am J Cardiol. 1996;77(4):286-93.
  • 17. Robinson BV, Brzezinska-Rajszys G, Weber HS, Ksiazyk J, Fricker FJ, Fischer DR, et al. Balloon aortic valvotomy through a carotid cutdown in infants with severe aortic stenosis: results of the multicentric registry. Cardiol Young. 2000;10(3):225-32.
  • 18. Burrows PE, Benson LN, Williams WG, Trusler GA, Coles J, Smallhorn JF, et al. Iliofemoral arterial complications of balloon angioplasty for systemic obstructions in infants and children. Circulation. 1990;82(5):169-704.
  • Comment in: Circulation. 1990;82(5):1868-71.
  • 19. Beekman RH, Rocchini AP, Andes A. Balloon valvuloplasty for critical aortic stenosis in the newborn: influence of new catheter technology. J Am Coll Cardiol. 1991;17(5):1172-6.
  • 20. Hausdorf G, Schneider M, Schirmer KR, Schulze-Neick I, Lange PE. Anterograde balloon valvuloplasty of aortic stenosis in children. Am J Cardiol. 1993;71(5):460-2.
  • 21. Dua JS, Osborne NJ, Tometzki AJ, Martin RP. Axillary artery approach for balloon valvoplasty in young infants with severe aortic valve stenosis: medium-term results. Cathet Cardiovasc Interv. 2006;68(6):929-35.
  • 22. Fischer DR, Ettedgui JA, Park SC, Siewers RD, del Nido PJ. Carotid artery approach for balloon dilatation of aortic valve stenosis in the neonate: a preliminary report. J Am Coll Cardiol. 1990;15(7):1633-6.
  • 23. Costa RN, Fontes VF, Pedra SRFF, Santos MA, Moreira SM, Santana MVT, et al. Valvoplastia por via carotídea na estenose aórtica do neonato e lactente jovem: resultados imediatos em serviços de referência. Rev Bras Cardiol Invasiva. 2009;17(4):526-32.
  • 24. Moore P, Egito E, Mowrey H, Perry SB, Lock JE, Keane JF. Midterm results of balloon dilation of congenital aortic stenosis: predictors of success. J Am Coll Cardiol. 1996;27(5):1257-63.
  • 25. Kasten-Sportes CH, Piéchaud JF, Sidi D, Kachaner J. Percutaneous balloon valvuloplasty in neonates with critical aortic stenosis. J Am Coll Cardiol. 1989;13(5):1101-5.
  • 26. Pedra CA, Pedra SR, Braga SL, Esteves CA, Moreira SM, dos Santos MA, et al. Short- and midterm follow-up results of valvuloplasty with balloon catheter for congenital aortic stenosis. Arq Bras Cardiol. 2003;81(2):111-9.
  • 27. Yeager SB, Flanagan MF, Keane, JF. Catheter interventions: balloon valvotomy. In: Lock JE, Keane JF, Perry SB, editors. Diagnostic and interventional catheterization in congenital heart disease. Boston: Kluwer Academic, 2000. p.151-78.
  • 28. De Giovanni JV, Edgar RA, Cranston A. Adenosine induced transient cardiac standstill in catheter interventional procedures for congenital heart disease. Heart. 1998;80(4):330-3.
  • 29. Sánchez A, David F, Velázquez E, Yáñez L, Jiménez S, Martínez A, et al. [Balloon stabilization by means of cardiac stimulation during aortic valvuloplasty]. Arch Cardiol Mex. 2005;75(4):455-9. Spanish.
  • 30. Karagöz T, Aypar E, Erdoðan I, Sahin M, Ozer S, Celiker A. Congenital aortic stenosis: a novel technique for ventricular pacing during valvuloplasty. Catheter Cardiovasc Interv. 2008;72(4):527-30.
  • 31. Balmer C, Beghetti M, Fasnacht M, Friedli B, Arbenz U. Balloon aortic valvoplasty in paediatric patients: progressive aortic regurgitation is common. Heart. 2004;90(1):77-81.
  • Comment in: Heart. 2004;90(1):5-6.
  • Correspondência:

    Francisco Chamié
    Av. Borges de Medeiros, 3501/103 - Lagoa
    Rio de Janeiro, RJ, Brasil - CEP 22470-001
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      13 Ago 2012
    • Data do Fascículo
      2009
    Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI R. Beira Rio, 45, 7o andar - Cj 71, 04548-050 São Paulo – SP, Tel. (55 11) 3849-5034, Fax (55 11) 4081-8727 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: sbhci@sbhci.org.br