Acessibilidade / Reportar erro

Estado e partidos na primeira república dos EUA.Comentários ao texto de Edward Baptist

National State and Political Parties during the First American Republic (U.S.). Notes on Edward Baptist's paper

Resumo

Este trabalho comenta o texto "A Segunda Escravidão e a Primeira República Americana", de autoria de Edward E. Baptist. Destaco os principais elementos do texto, especialmente os conceitos de Segunda Escravidão e de Primeira Republica. Concentro meus comentários no Segundo Sistema Partidário e nas diferentes interpretações sobre o papel do Estado nacional durante o período que antecedeu a eclosão da Guerra Civil Norte-Americana.

Palavras-chave:
Estado Nacional; partidos políticos; Segunda Escravidão; fronteira; seccionalismo

Abstract

This work comments on Edward Baptist's "The Second Slavery and the First American Republic." In it, I emphasize the text's main elements, the concepts of Second Slavery, and the concept of First Republic. My comments focus on the Second Party System and distinct interpretations concerning the role of the Federal State during the period that preceded the American Civil War.

Keywords :
State; political parties; Second Slavery; frontier; sectionalism

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • 1
    Sobre o papel do separatismo seccional na História ver DOYLE, Don H. Nations divided: America, Italy and the Southern Question. Athens: The University of Georgia Press, 2002.
  • 2
    A esse respeito ver POTTER, David M. The impending crisis, 1848-1861. Nova Iorque: Harper & Row, 1976; FREEHLING, William W. The road to disunion. Vol.II: Secessionists Triumphant, 18541861. Nova Iorque: Oxford University Press, 1990. DEW, Charles B. Apostles of disunion: Southern secession commissioners and the causes of the Civil War. Charlotessville: University Press of Virginia, 2001.
  • 3
    Para o desenvolvimento do conceito, ver TOMICH Dale W. Through the prism of slavery: labor, capital and the world economy. Nova Iorque: Rowman & Littlefield Publishers, 2004. Para um histórico da trajetória do conceito ver o comentário de Rafael de Bivar Marquese neste número da revista.
  • 4
    A visão excepcionalista destaca a originalidade da trajetória histórica dos Estados Unidos. Para a trajetória do conceito ver LIPSET, Seymour Martin. American exceptionalism: a double-edged sword. Nova Iorque: W. W. Norton & Company, 1996.
  • 5
    TURNER, Frederick Jackson. O significado da fronteira na História Americana. In: KNAUSS, Paulo (Org.). Quatro ensaios de história dos Estados Unidos da América de Frederick Jackson Turner. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2004. p.23-54.
  • 6
    6BERLIN, Ira. Slaves without masters: the free negro in the Antebellum South. Nova Iorque: Pantheon Books, 1979. p.225-257
  • 7
    KLEIN, Herbert. The middle passage: comparative studies in the Atlantic slave trade. Princeton: Princeton University Press, 1978. CONRAD, Robert. Os últimos anos da escravatura no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. SLENES, Robert. The Brazilian Internal Slave Trade, 1850-1888: regional economics, slave experience, and politics of a peculiar market. In: JOHNSON, Walter (ed.). The chattel principle: internal slave trades in the Americas. London: Yale University Press, 2004. p.325-370.
  • 8
    STOWE, Harriet Beecher. A cabana do Pai Tomás Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1966.
  • 9
    FOGEL, Robert William; ENGERMAN, Stanley. Time on the Cross: the economics of American Negro Slavery. Nove Iorque: W. W. Norton Company, 1974.
  • 10
    No jargão historiográfico norte-americano, "história social" é um termo de amplo espectro, que remete à história vista do chão ou "from the bottom up", incorporando também questões de gênero e sexualidade ausentes em abordagens mais tradicionais dos chamados "grandes temas".
  • 11
    HOLT, Michael F. The rise and fall of the American Whig Party: Jacksonian Politics and the onset of the Civil War. Nova Iorque: Oxford University Press, 1999.
  • 12
    Durante a década de 1830 representantes sulistas aprovaram a chamada "Lei da Mordaça". A lei constituía, na verdade, em uma série de procedimentos que impediam a leitura pública ou aceitação de petições abolicionistas em ambas as casas do Congresso.
  • 13
    BENSEL, Richard Franklin. The American Ballot Box in the Mid-Nineteenth Century. Nova Iorque: Cambridge University Press, 2004.
  • 14
    Críticas anteriores: ASHWORTH, John. Slavery, capitalism and politics in the Antebellum Republic: Commerce and Compromise, 18201850. Nova Iorque: Cambridge University Press, 1995, vol.1. HOWE, Daniel Walker. What hath God wrought: the transformation of America, 18151848. Nova Iorque: Oxford University Press, 2009. HARRIS, J. William. The making of the American South: a short history, 1500-1877. Malden: Blackwell Publishing, 2006. p.97-183.
  • 15
    Essa corrente apresenta, para a História dos EUA, posições semelhantes àquelas discutidas pela Sociologia Histórica no que toca aos estudos dos processos de construção do Estado nacional nos países europeus. Guardadas as devidas especificidades, a Sociologia Histórica discute as diferentes modalidades de construção do Estado nacional, enfatizando a interface entre ideias e instituições. Para uma síntese dessas discussões, MORONE, James A. The democratic wish: popular participation and the limits of American Government. New Haven: Yale University Press, 1998. p.15-23.
  • 16
    SKOWRONEK, Stephen. Building a new American state: the expansion of national administrative capacities, 1877-1920. Nova Iorque: Cambridge University Press, 1993.
  • 17
    SCOTT, James C. Seeing like a State: how certain schemes to improve the human condition have failed. New Haven: Yale University Press, 1998.
  • 18
    WILSON, Mark R. The business of Civil War: military mobilization and the State, 1861-1865. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2006.
  • 19
    Congressional Globe, v.36, n.2, p.102, 17 de dezembro de 1869.
  • 20
    Nesse sentido, vejo a instrumentalização do governo federal pelos líderes sulistas numa perspectiva próxima àquela descrita no trabalho de ASHWORTH, John. Slavery, capitalism and politics in the Antebellum Republic..., Op. Cit., Vol 2.
  • 21
    RUESCHMEYER, Dietrich; EVANS, Peter B.; SKOCPOL, Theda. Bringing the State back in. Cambridge: Cambridge University Press, 1985. Trata-se da obra coletiva que consolidou um movimento "estadocêntrico" nas ciências sociais.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2013

Histórico

  • Recebido
    Fev 2013
  • Aceito
    Mar 2013
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP Estrada do Caminho Velho, 333 - Jardim Nova Cidade , CEP. 07252-312 - Guarulhos - SP - Brazil
E-mail: revista.almanack@gmail.com