Acessibilidade / Reportar erro

Briófitas do centro urbano de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil

Bryophytes of the urban center of Caxias do Sul, Rio Grande do Sul State, Brazil

Resumos

No centro urbano de Caxias do Sul foram selecionadas três áreas de estudo, com maior ou menor influência antrópica e onde a vegetação encontra-se em diferentes graus de preservação. Foram encontrados 159 táxons, pertencentes a 87 gêneros e 47 famílias. Anthocerotophyta está representada por duas famílias, dois gêneros e três espécies. Marchantiophyta, por 16 famílias, 29 gêneros e 63 espécies e Bryophyta por 29 famílias, 56 gêneros e 93 espécies, sendo que destas, duas estão representadas por variedades e por uma subespécie. As famílias com maior riqueza específica foram Lejeuneaceae, Fissidentaceae, Orthotrichaceae, Sematophyllaceae, Bryaceae, Pottiaceae, Metzgeriaceae, Dicranaceae e Plagiochilaceae. Comparando com os demais estudos de briófitas urbanas desenvolvidos no Brasil, Caxias do Sul apresentou o maior número de táxons. Entre as três áreas estudadas no centro urbano, observou-se maior similaridade entre as duas áreas onde a vegetação encontra-se em melhor estado de conservação, diferenciando-se da área onde a antropização é maior.

Anthocerotophyta; briófitas urbanas; Bryophyta; Caxias do Sul; Marchantiophyta


Three areas of study at the urban center of Caxias do Sul were selected, with higher or lower antropic influence and where the vegetation is in different levels of preservation. One hundred and fifty nine taxa were found, belonging to 87 genera and 47 families. Anthocerotophyta is represented by two families, two genera and three species. Marchantiophyta by 16 families, 29 genera and 63 species and Bryophyta by 29 families, 56 genera and 93 species, these two are determined until variety and one until subspecies. The families with larger specific richness are Lejeuneaceae, Fissidentaceae, Orthotrichaceae, Bryaceae, Pottiaceae, Metzgeriaceae, Dicranaceae and Plagiochilaceae. In comparison with the other studies of urban Bryophytes developed in Brazil, Caxias do Sul presents the largest number of taxa. Among the three areas studied at the urban center, larger similarity was observed between the two areas where the vegetation is in better conservation status, unlike the area in which the human occupation is larger.

Anthocerotophyta; Bryophyta; Caxias do Sul; Marchantiophyta; urban bryophytes


Briófitas do centro urbano de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil1 1 Parte da Dissertação de Mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, Instituto de Botânica

Bryophytes of the urban center of Caxias do Sul, Rio Grande do Sul State, Brazil

Juçara Bordin* * Autor para correspondência: jucarabordin@gmail.com ; Olga Yano

Instituto de Botânica, Caixa Postal 3005, 01061-970 São Paulo, SP, Brasil

RESUMO

No centro urbano de Caxias do Sul foram selecionadas três áreas de estudo, com maior ou menor influência antrópica e onde a vegetação encontra-se em diferentes graus de preservação. Foram encontrados 159 táxons, pertencentes a 87 gêneros e 47 famílias. Anthocerotophyta está representada por duas famílias, dois gêneros e três espécies. Marchantiophyta, por 16 famílias, 29 gêneros e 63 espécies e Bryophyta por 29 famílias, 56 gêneros e 93 espécies, sendo que destas, duas estão representadas por variedades e por uma subespécie. As famílias com maior riqueza específica foram Lejeuneaceae, Fissidentaceae, Orthotrichaceae, Sematophyllaceae, Bryaceae, Pottiaceae, Metzgeriaceae, Dicranaceae e Plagiochilaceae. Comparando com os demais estudos de briófitas urbanas desenvolvidos no Brasil, Caxias do Sul apresentou o maior número de táxons. Entre as três áreas estudadas no centro urbano, observou-se maior similaridade entre as duas áreas onde a vegetação encontra-se em melhor estado de conservação, diferenciando-se da área onde a antropização é maior.

Palavras-chave: Anthocerotophyta, briófitas urbanas, Bryophyta, Caxias do Sul, Marchantiophyta

ABSTRACT

Three areas of study at the urban center of Caxias do Sul were selected, with higher or lower antropic influence and where the vegetation is in different levels of preservation. One hundred and fifty nine taxa were found, belonging to 87 genera and 47 families. Anthocerotophyta is represented by two families, two genera and three species. Marchantiophyta by 16 families, 29 genera and 63 species and Bryophyta by 29 families, 56 genera and 93 species, these two are determined until variety and one until subspecies. The families with larger specific richness are Lejeuneaceae, Fissidentaceae, Orthotrichaceae, Bryaceae, Pottiaceae, Metzgeriaceae, Dicranaceae and Plagiochilaceae. In comparison with the other studies of urban Bryophytes developed in Brazil, Caxias do Sul presents the largest number of taxa. Among the three areas studied at the urban center, larger similarity was observed between the two areas where the vegetation is in better conservation status, unlike the area in which the human occupation is larger.

Key words: Anthocerotophyta, Bryophyta, Caxias do Sul, Marchantiophyta, urban bryophytes

Introdução

Estudos com briófitas urbanas são de fundamental importância, pois fornecem dados sobre a ocorrência e distribuição geográfica de espécies que suportam o convívio com a ocupação humana (Bastos & Yano 1993) e fornecem subsídios para futuras pesquisas ecológicas (Yano & Câmara 2004). Apesar disso, há poucos trabalhos publicados no Brasil que se referem às briófitas em áreas urbanas (Câmara et al. 2003), não sendo mencionado nenhum para a região Sul do Brasil. Yano (1984c) registrou a ocorrência de Aulacopilum glaucum Wilson em áreas urbanas de diversas cidades do Brasil, Visnadi & Monteiro (1990), Bastos & Yano (1993), Lisboa & Ilkiu-Borges (1995); Câmara et al. (2003) e Yano & Câmara (2004) estudaram a brioflora urbana de Rio Claro, Salvador, Belém, Recanto das Emas e Manaus, respectivamente; Visnadi & Vital (1997, 2000); Mello et al. (2001) e Molinaro & Costa (2001) trataram das briófitas ocorrentes em casa de vegetação e parque, orquidário e jardim botânico, em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro, respectivamente; Ganacevich & Mello (2006) fizeram levantamento das briófitas ocorrentes na Biquinha Anchieta, em São Vicente e Vital & Bononi (2006) estudaram as briófitas ocorrentes sobre tumbas em cemitérios da região metropolitana de São Paulo. No Estado do Rio Grande do Sul, nenhum trabalho específico com briófitas urbanas foi realizado.

Com base nos catálogos de Yano (1981a, 1984a, 1989, 1995, 2006 e 2008) e em Yano & Bordin (2006) são conhecidas 705 espécies de briófitas para o Estado do Rio Grande do Sul, em 230 gêneros e 82 famílias.

Os registros mais antigos de coletas de briófitas neste Estado foram de Lindman, Saint-Hilaire e Sellow (Sehnem 1953). Brotherus (1900) e Lindman (1906) citaram 94 e 81 espécies de briófitas, respectivamente. Posteriormente foram desenvolvidos trabalhos no Estado por Bartram (1952), Sehnem (1953, 1955, 1969, 1970, 1972, 1976, 1978, 1979, 1980), Vianna (1970, 1971, 1976, 1981a, b, c, 1985, 1988, 1990), Oliveira (1973), Lorscheitter (1973, 1977), Baptista (1977), Lemos-Michel (1980, 1983, 1999, 2001), Farias (1982, 1984, 1987), Bueno (1984, 1986), Lemos-Michel & Bueno (1992), Lemos-Michel & Yano (1998) e Yano & Bordin (2006).

Para o município de Caxias do Sul são conhecidas apenas coletas de Sehnem, em Vila Oliva, interior do município, entre os anos de 1940 e 1950, de Wasum, entre 1980 e 1990, cujas exsicatas estão depositadas no Herbário da Universidade de Caxias do Sul (HUCS), além da contribuição de Yano & Bordin (2006), que citam algumas coletas realizadas neste município.

Os objetivos deste trabalho são conhecer a diversidade de briófitas na área urbana do município de Caxias do Sul, comparar a ocorrência de espécies coletadas em áreas com diferentes níveis de influência antrópica e verificar a distribuição geográfica das espécies no Brasil e no Rio Grande do Sul.

Material e métodos

O estudo foi desenvolvido no município de Caxias do Sul (29º30'S, 51º00'W), localizado na extremidade leste da Encosta Superior do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, com área de 1.643,913 km2, altitude média de 750-760 m na sede, variando entre 100 e 900 m; temperatura média de 15,9 oC e pluviosidade em torno de 1.821 mm/ano. É o maior município do interior do Estado, com população aproximada de 412.053 habitantes (www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php, consultado em 03.05.2007), sendo que 92,5% da população reside na área urbana.

O município possui relevo montanhoso (Brena 2003) e a vegetação é constituída pela Floresta Ombrófila Mista (matas com Araucária angustifolia (Bertol.) Kuntze), Savana Gramíneo-Lenhosa (campos) e Floresta Estacional Decidual, que fazem parte das nove regiões fitogeográficas do Estado, determinadas por Veloso et al. (1991).

O aumento acentuado da migração para o município nos últimos anos tem elevado o número de construções e acelerado o processo de degradação da vegetação primária. No centro urbano de Caxias do Sul ocorrem poucas áreas com vegetação nativa devido às profundas alterações causadas pela urbanização. Foram selecionadas três áreas de estudo, com maior ou menor influência antrópica: Região Central - CENTRO (área fortemente antropizada, com vegetação original pouco preservada); Universidade de Caxias do Sul - UCS e Jardim Botânico de Caxias do Sul - JBCS (áreas antropizadas, porém em intensidade menor, com vegetação mais preservada).

A primeira área (CENTRO) é inteiramente urbanizada e abrange aproximadamente 75 ha. As áreas ocupadas por vegetação restringem-se apenas às praças e parques, e ocorrem árvores isoladas utilizadas na arborização urbana. Foram realizadas coletas ao longo de toda a extensão das ruas e avenidas, incluindo as áreas das praças e parques.

A segunda área (UCS) possui 68 ha, sendo 17, 28 ha ocupados por vegetação. Cerca de 90% da vegetação original foi destruída e a vegetação hoje existente é resultado da sucessão secundária das áreas anteriormente ocupadas por vinhedos, por espécies nativas e exóticas plantadas no local e por remanescentes da mata primária que ali existia. As áreas verdes estão distribuídas entre as construções ou nas encostas com declividade elevada.

A terceira área (JBCS) possui 50 ha, sendo cerca de 45% constituída por vegetação nativa e 15% ocupados por vegetação exótica. As coletas foram realizadas nos locais onde ocorre visitação pública, trilhas, bordas e interior das matas e bosques. Não foram realizadas coletas nas áreas de vegetação nativa por tratar-se de áreas sem ou com pouca influência antrópica, não contempladas nos objetivos do trabalho.

As coletas foram realizadas entre agosto de 2005 e novembro de 2006. Os métodos de coleta, preservação e herborização seguem Yano (1984a). As amostras foram depositadas no Herbário Científico do Estado "Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo" (SP), com duplicatas no Herbário da Universidade de Caxias do Sul (HUCS). Para o trabalho, ainda foram estudadas as exsicatas provindas da área de estudo depositadas no Herbário da Universidade de Caxias do Sul (HUCS). Também foram consultados os herbários ICN, PACA e SP (siglas de acordo com o Index Herbariorum, disponível em http://sweetgum.nybg.org/ih/), porém em nenhum deles havia material da área estudada.

Os sistemas de classificação utilizados foram de Stotler & Crandall-Stotler (2005) para Anthocerotophyta, Crandall-Stotler & Stotler (2000) para Marchantiophyta e Buck & Goffinet (2000) para Bryophyta.

A identificação das espécies foi baseada nos trabalhos de: Bartram (1949), Bastos (2004), Buck (1998), Castle (1964a, 1964b, 1966), Churchill & Linares C. (1995), Costa (1999), Dismier (1884), Farias (1982), Florschütz (1964), Frahm (1979, 1991), Fulford (1966, 1976), Gradstein (1975, 1994), Gradstein & Costa (2003), Hassel-de-Menéndez (1962, 1989), Heinrichs & Gradstein (2000), Hell (1969), Hirai et al. (1998), Hornschuch (1840), Inoue (1989), Jiménez et al. (2005), Lemos-Michel (2001), Menzel (1991), Ochi (1980), Oliveira-e-Silva & Yano (2000a, b), Peralta (2005), Pursell (1994, 1997), Ramsay & Cairns (2004), Reiner-Drehwald (1994, 1995, 2000), Sastre-de-Jesús (1987), Schuster (1980, 1992), Sehnem (1969, 1970, 1972, 1976, 1978, 1979, 1980), Sharp et al. (1994), Stotler (1970), Swails (1970), Visnadi (2002), Vital (1980), Yamada (1982), Yano (1981b), Yano & Mello (1999), Yano et al. (2003) e Zander (1993).

As abreviações dos autores dos epítetos específicos foram baseadas em Brummitt & Powell (1992), os periódicos dos cabeçalhos taxonómicos em Bridson & Smith (1991) e os termos técnicos utilizados nas descrições em Luizi-Ponzo et al. (2006) e Yano (1992).

Dimerodontium mendozense Mitt. e Sematophyllum succedaneum (Hook. f. & Wils.) Mitt. foram ilustrados pois as ilustrações disponíveis na literatura são deficientes para estas espécies. Para as demais espécies que não foram ilustradas, foram indicados trabalhos com ilustração, preferencialmente brasileiros, o que facilita a localização para futuras consultas.

A distribuição geográfica brasileira foi baseada nos catálogos de Yano (1981a, 1984b, 1989, 1995, 2006 e 2008) e está representada na tabela 1. A distribuição geográfica no Rio Grande do Sul foi baseada nos mesmos catálogos e em Yano & Bordin (2006), sendo indicados os municípios com os nomes antigos (conforme citação nos trabalhos consultados) e os nomes atuais correspondentes e, quando possível, as localidades.

Para a comparação florística entre as três áreas estudadas, foi elaborada uma matriz de presença e ausência de táxons, a partir da qual foi realizada uma análise de agrupamento entre os três locais. Para isto foi utilizado o coeficiente de similaridade de Jaccard (Magurran 1989) e a ligação por média de grupo usando o programa Past versão 1.73 (Hammer et al. 2001).

O índice de Jaccard foi aplicado com o objetivo de avaliar a semelhança entre a brioflora das três áreas de coleta, não levando em consideração dados quantitativos, pois o mesmo baseia-se apenas na presença ou ausência das espécies (Magurran 1989). O resultado é expresso em porcentagem, sendo que quanto mais próximo de 100, mais similares são as áreas.

Na comparação entre os trabalhos sobre briófitas de áreas urbanas no Brasil (tabela 2), optou-se por apresentar os antigos nomes dos táxons, seguidos pelo nome atualmente válido. Os números arábicos que aparecem na tabela 2 indicam o trabalho onde cada sinônimo foi citado e os táxons que ocorreram em três ou mais áreas estão indicados com asterisco (*) na mesma tabela.

Resultados e Discussão

Foram identificadas 159 espécies, três das quais representadas por táxons infra-específicos (uma subespécie e duas variedades), agrupados em 87 gêneros e 47 famílias, correspondendo a 5% do número total de táxons ocorrentes no Brasil (2.961, conforme Yano & Peralta 2007a) e a 22% do número de táxons ocorrentes no Rio Grande do Sul [705 táxons, baseado nos catálogos de Yano (1981a, 1984b, 1989, 1995, 2006) e Yano & Bordin (2006)].

No centro urbano de Caxias do Sul, dentre os táxons encontrados, Anthocerotophyta está representada por três espécies, dois gêneros e duas famílias; Marchantiophyta, por 63 espécies, 29 gêneros e 16 famílias e Bryophyta, por 91 espécies, uma variedade e uma subespécie (93 táxons), 55 gêneros e 29 famílias. As famílias com maior riqueza estão representadas na figura 1.


Anthocerotophyta

ANTHOCEROTACEAE

Anthoceros punctatus L., Sp. Pl. 2: 1139. 1753.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Hell (1969).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, caminho para IB, barranco úmido, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29151 (SP385529).

Distribuição no RS: Dois Irmãos, Cascata São Miguel; Viamão, Parque Saint Hilaire.

Reconhecida pelos esporos enegrecidos, com superfície rugosa e pelos pseudoelatérios pardos a negros, com 2-6 células e paredes irregularmente espessadas.

Hell (1969) também separa Anthoceros de Phaeoceros pelos grandes canais internos presentes no talo de Anthoceros e ausentes (presentes apenas nas cavidades que contêm algas cianofíceas) em Phaeoceros.

Ocorre no solo, até 800 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada no solo, em local úmido, em barranco na beira da mata.

NOTOTHYLADACEAE

Phaeoceros laevis

(L.) Prosk., Bull. Torrey Bot. Club 78(4): 347. 1951 ≡

Anthoceros laevis

L., Sp. Pl. 2: 1139. 1753.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Hãssel-de-Menéndez (1962), Oliveira-e-Silva & Yano (2000a).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, beira do lago do Zoológico, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29121 (HUCS29523, SP385499); idem, no barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29125 (HUCS29527, SP385503).

Distribuição no RS: Dois Irmãos, Cascata São Miguel; Novo Hamburgo, Sanga Funda; Taquari, Águas Claras; Viamão, Parque Saint Hilaire.

A espécie é bastante variável (Schuster 1992) e pode ser reconhecida pelos esporos amarelos, translúcidos, de superfície equinulada e pseudoelatérios castanho-amarelados, formados por 1-4 células cilíndricas com espessamento das paredes.

Difere de Anthoceros punctatus L. pela ausência de lacunas no gametófito, que nesta espécie são grandes e numerosas (Howe 1898).

Ocorre em solo úmido, rochas e ao longo das margens de rios, até 1.250 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada em barrancos, em beira de lago.

Marchantiophyta

AYTONIACEAE

Plagiochasma rupestre

(J.R. Forst. & G. Forst.) Steph., Bull. Herb. Boissier 6: 783. 1898 ≡

Aytonia rupestris

J.R. Forst. & G. Forst., Char. Gen. Pl. ed 2: 148. 1776.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Hassel-de-Menéndez (1962).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, no barranco rochoso, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29212 (HUCS29574, SP385677).

Distribuição no RS: Bento Gonçalves; Bom Jesus; Caxias do Sul; Gramado; Ivoti; Jaguari; Montenegro; Porto Alegre; Rolante; Rosário; Santa Cruz; Santa Maria; São Leopoldo; São Sepé; Tenente Portela; Torres; Vacaria; Viamão, Parque Saint Hilaire.

Reconhecida pela coloração verde-acinzentada ou verde-prateada do talo, com bordos e face ventral negro-arroxeadas, pelo anel único de células com paredes espessadas que circunda os poros, escamas ventrais grandes, imbricadas, purpúreas com 1-2(-3) apêndices inteiros, agudos ou acuminados, avermelhados ou hialinos e receptáculos femininos sobre a linha mediana do talo, subsésseis ou com pedúnculo curto.

Difere de Reboulia hemisphaerica (L.) Raddi, principalmente por esta apresentar talos verdeclaros, escamas purpúreas com 1-2 apêndices bífidos, filiformes e agudos e receptáculo feminino com pedúnculo longo.

Segundo Yano (1981b), esta espécie cresce preferencialmente sobre paredões abruptos, sobre rochas perto de cachoeiras e barrancos, geralmente calcáreos, bem úmidos, parcialmente iluminados ou, às vezes, expostos aos raios solares diretos, formando placas ou tapetes cobrindo grandes extensões.

Reboulia hemisphaerica (L.) Raddi, Opusc. Sci. 2(6): 357. 1818 ≡ Marchantia hemisphaerica L., Spec. Pl. ed. 1, 2: 1138. 1753.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Hassel-de-Menéndez (1962).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre rochas, 17-VIII-2006, E. Pasini 121 (HUCS28899, SP383615); idem, mata ao lado da escadaria do IB, barranco, no solo, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29146 (HUCS29550, SP385524).

Distribuição no RS: Bento Gonçalves; Bom Jesus; Canoas; Dois Irmãos, Morro Reuter (atual município de Morro Reuter); Gramado; Gravataí; Jaguari; Mostardas; Nova Petrópolis; Porto Alegre; Rosário; Santa Maria; São Francisco de Paula; São Leopoldo; São Pedro; Tenente Portela; Torres; Vacaria; Viamão, Parque Saint Hilaire.

Reconhecida pelo talo verde-claro, com uma fileira de escamas ventrais purpúreas com 1-2 apêndices filiformes, lanceolados, longos, agudos e bífidos, formando uma linha mediana de coloração escura. As câmaras de ar superpostas, o número de invólucros no disco do receptáculo feminino, o pedúnculo longo e os elatérios delgados, com 3 bandas helicoidais também são características diagnósticas desta espécie, além dos discos do receptáculo com 4-7 lóbulos obtusos.

Diferencia-se de Plagiochasma rupestre (J.R. Forst. & G. Forst.) Steph., principalmente por esta apresentar talo com coloração verde-acinzentada, escamas ventrais grandes, imbricadas, purpúreas com 1-2(-3) apêndices inteiros, agudos ou acuminados e pelo receptáculo feminino com pedúnculo subséssil ou muito curto. Foi coletada na mata, sobre rochas e solo, em local úmido.

CHONECOLEACEAE

Chonecolea doellingeri

(Nees) Grolle, Rev. Bryol. Lichénol. 25: 295. 195 ≡

Jungermannia doellingeri

Nees

in

Gottsche

et al.,

Syn. Hepat.: 104. 1844.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Grolle (1956), Yano & Luizi-Ponzo (2006).

Material examinado: Centro, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J.Bordin & L.Bordin 474p.p. (HUCS28481, SP383067); idem, nas ruas arborizadas, 26-IV-1983, O. Yano & J.R. Pirani 6955 (SP182010).

Distribuição no RS: Caxias do Sul; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Farroupilha, Praça da Biblioteca Municipal; Getúlio Vargas; Jiruá; Júlio de Castilhos; Montenegro; Passo Fundo; Porto Alegre, Parque da Redenção; Rosário do Sul, Praça Dr. Julio Bozzano; Santo Ângelo; São Francisco de Paula; Sapucaia do Sul.

Reconhecida pelos filídios côncavos, bilobados, pelo tamanho reduzido do gametófito e pela ausência de anfigastros. Tem como principal característica a cor verde-escura, opaca e quando fértil, o gametófito coberto por esporos marrom-escuros. Ocorre geralmente sobre troncos e, ocasionalmente, pode ser encontrada sobre rocha (Yano et al. 2003). É comum sobre estipe ou base de palmeiras em praças, jardins botânicos ou bosques (Yano & Luizi-Ponzo 2006).

É tolerante à seca, comum em vegetação de cerrado, restinga, parques e áreas altamente poluídas, até 1.000 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Geralmente está associada a locais já alterados ou sujeitos ao pisoteio (Yano et al. 2003). Cresce associada com Frullania ericoides (Nees) Mont. e Microlejeunea globosa (Spruce) Steph.

GEOCALYCACEAE

Clasmatocolea vermicularis (Lehm.) Grolle, Rev. Bryol. Lichénol. 29: 78. 1960 ≡ Jungermania vermicularis Lehm., Linnaea 4: 361. 1829.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, no barranco, sobre rochas, 20-IX-2005, J. Bordin 124 (HUCS27621, SP379685).

Distribuição no RS: Porto Alegre.

Reconhecida pelos gametófitos reduzidos, amarelados, filídios arredondados, os superiores côncavos e os inferiores planos, anfigastros muito variáveis, bífidos ou inteiros, com ou sem papilas e dente lateral de 1-2 células. Os gametófitos não são planos e encontram-se geralmente virados para o lado. Ocorre em solo úmido e rochas, ao longo de rios, riachos e submersos em água corrente (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre rocha, em local úmido.

Lophocolea bidentata (L.) Dumort., Recueil Observ. Jungerm.: 17. 1835 ≡ Jungermania bidentata L., Sp. Pl. ed. 1, 2: 1132. 1753.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Fulford (1976, como Lophocolea coadunata (Swartz) Nees).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, mata do Bloco F, no solo úmido, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29167 p.p. (HUCS29559, SP385545); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco podre na mata, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29250 (HUCS29597, SP385715).

Distribuição no RS: Porto Alegre.

Reconhecida pelos filídios bífidos até ¼ da lâmina ou menos, retangulares, anfigastros não ciliados, duplamente bífidos, 2 dentes apicais longos de 3-8 células, 2 dentes laterais de 2-3 células. Diferencia-se de Lophocolea platensis C. Massal., pois esta apresenta gametófitos menores, filídios inteiros, arredondados, anfigastros mais largos, duplamente bífidos, porém com 1-2 dentes laterais mais curtos, com 1-2 células.

Ocorre no solo, sobre madeira em decomposição ou sobre rocha, até 1.500 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Também ao longo de riachos, troncos de árvores, samambaias ou folhas, normalmente em florestas (Fulford 1976). Foi coletada na mata úmida, sobre tronco em decomposição e no solo, associada com Chryso-hypnum diminutivum (Hampe) W.R. Buck.

Lophocolea muricata (Lehm.) Nees in Gottsche et al., Syn. Hepat.: 169. 1845 ≡ Jungermannia muricata Lehm., Linnaea 4: 363. 1829.

Ilustração: Fulford (1976).

Material examinado: Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre troncos em decomposição, 18-IV-2006, J. Bordin et al, 502 p.p. (HUCS28095, SP383004).

Distribuição no RS: Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; São Francisco de Paula, Colinas de São Francisco, Floresta Nacional de São Francisco de Paula.

Reconhecida pelo gametófito com aspecto espinhoso devido aos inúmeros cílios presentes na margem e superfície dos filídios e anfigastros. Os filídios são bífidos até ¼ da lâmina e os anfigastros reduzidos, bífidos, com dois dentes apicais curtos, com ou sem dentes laterais.

Ocorre sobre troncos de árvores e samambaias, ramos, folhas e madeira em decomposição (Fulford 1976). Foi coletada na mata, sobre troncos em decomposição, associada com Lejeunea glaucescens Gottsche e Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt.

JUBULACEAE

Frullania brasiliensis Raddi, Soc. Ital. Atti. Sci. Mod. 19: 36. 1822.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001), Stotler (1970).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29234 (SP385699); Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 212 (HUCS27306, SP379499); idem, Mata do Quiosque, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 17-I-2006 J. Bordin & E. Pasini 292 (HUCS27439, SP379742); idem, beira da mata, sobre troncos, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 168 (HUCS27199, SP379702); idem, na mata, base do tronco de Araucaria angustifolia, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 169 p.p. (HUCS27200, SP379852); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171ap.p.; idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171b p.p. (HUCS27197; HUCS27294); idem, na mata secundária, sobre troncos, 17-VII-2006, E. Pasini 118p.p. (HUCS28898, SP383614); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do caminho, sobre tronco de Pinus, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 430p.p. (HUCS28001, SP379912).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Bento Gonçalves; Bom Jesus; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Canela, Floresta Nacional de Canela, Parque das Sequóias, Parque do Caracol; Canoas; Dois Irmãos; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Gramado; Ivoti; Lavras do Sul; Montenegro; Muitos Capões; Nonoai; Nova Petrópolis; Novo Hamburgo; Osório; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Porto Alegre; Rio Grande; Santa Cruz do Sul; Santo Ângelo; São Francisco de Paula, Aratinga, Colinas de São Francisco, Floresta Nacional de São Francisco; São José dos Ausentes; São Leopoldo; Soledade; Tenente Portela; Torres; Vacaria; Viamão.

Reconhecida pela cor escura, avermelhada, filídios com ápice mucronado, recurvado e perianto liso e cilíndrico.

Segundo Yano & Mello (1999) a espécie apresenta variações morfológicas, dificultando sua identificação, mas apresenta os lobos do filídio geralmente côncavos com o ápice mucronado, margens lisas e base dorsal cordiforme. Os anfigastros são imbricados, gibosos, bífidos até ⅓ de seu compr. e, quando fértil, pode ser facilmente reconhecida pelo perianto cilíndrico e arredondado em secção transversal.

Ocorre comumente sobre cascas de árvores, solos ou rochas, até 2.200 m de altitude (Gradstein & Costa 2003), geralmente isolada (Lemos-Michel 2001).

É uma espécie relativamente comum na área de estudo, coletada em parques e matas abertas, sempre sobre troncos, associada com Acrolejeunea torulosa (Lehm. & Lindenb.) Schiffn., Frullania ericoides (Nees) Mont., Groutiella apiculata (Hook.) Crum & Steere, Macrocoma tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt, Orthostichella rigida (Müll. Hal.) B.H. Allen & Magill, Plagiochila corrugata (Nees) Nees & Mont., Radula tectiloba Steph. e R. sinuata Gottsche ex Steph.

Frullania ericoides (Nees) Mont., Ann. Sci. Nat. Bot. ser. 2, 12: 51. 1839 ≡ Jungermannia ericoides Nees in Martius, Fl. Bras. Enum. Pl. 1(1): 346. 1833.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001), Vanden Berghen (1976), Yano & Mello (1999).

Material examinado: Centro, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 159a (HUCS27223, SP379475); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 474 p.p. (HUCS28481, SP383067); Bairro Panazzolo, beira da rua, sobre rochas, 6-II-2006, S. Maboni 32 (HUCS28477); Bairro de Lourdes, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Salix, 12-XI-2005, J. Bordin 164a p.p. (HUCS27220, SP379473); Parque Cinqüentenário, na base do tronco de Araucaria angustifolia, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29070 (SP385448); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29225 (HUCS29581, SP385690); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29233 (SP385698); Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 203 p.p. (HUCS27261); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171b p.p. (HUCS27294); idem, na mata ao lado do Bloco I, sobre tronco, 1-X-2006, J. Bordin & I.P.R. Cunha 521 (HUCS29649); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29249 (HUCS, SP385714).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Bom Jesus; Canoas; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Porto Alegre.

Reconhecida pelos filídios com lobos enrolados quando secos, lóbulos galeados e perianto triquilhado com pêlos, escamas ou pequenas verrugas na superfície.

Confunde-se com Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., mas esta apresenta ápices dos lobos arredondados e arqueados, lóbulos sacados, portanto, mais longos e perianto com cílios na parte inferior.

Ocorre no interior ou borda de matas, em locais sombreados (Lemos-Michel 2001), bosques abertos, restingas, plantações e parques (Gradstein & Costa 2003), em lugares habitados ou onde a vegetação sofreu alguma degradação (Behar et al. 1992).

Foi coletada em ruas, parques e matas abertas, sobre troncos e rochas, associada com Chonecolea doellingeri (Nees) Grolle, Colobodontium vulpinum (Mont.) S.P. Churchill & W.R. Buck, Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) Buck, Frullania brasiliensis Raddi, F. glomerata (Lehm. & Lindenb.) Nees & Mont., Macrocoma tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt, Microlejeunea globosa (Spruce) Steph., Orthostichella rigida (Brid.) Buck, Radula tectiloba Steph. e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann.

Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., Ann. Sci. Nat. Bot. ser. 2, 9: 46. 1838 ≡ Jungermannia glomerata Lehm. & Lindenb., Nov. Stirp. Pug. 5: 21. 1833.

Ilustração: Yano & Mello (1999).

Material examinado: Centro, Bairro de Lourdes, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Salix, 12-XI-2005, J. Bordin 164a p.p. (HUCS27220, SP379473); Centro, Rua Visconde de Pelotas, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 220 pp. (HUCS27300, SP379493); idem, Rua Os 18 do Forte, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 221 p.p. (HUCS27291, SP379707); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29228 (SP385693); Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Tipuana, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29069 (SP385447); Universidade de Caxias do Sul, sobre tronco de Yucca, 28-I-2006, J. Bordin et al. 353a p.p. (HUCS27493, SP383047); idem, na mata, sobre tronco de Sloanea, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 172 p.p. (HUCS27201, SP379853); idem, Bloco 57, 13-IV-2006, J. Bordin 467pp. (HUCS28478, SP383065); idem, na mata, sobre troncos, 17-VII-2006, E. Pasini 117 (HUCS28902, SP383618); idem, Biolago, sobre rocha, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29156 (SP385534); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al.448p.p. (HUCS28045, SP382979).

Distribuição no RS: Torres.

Reconhecida pelos filídios orbiculares, anfigastros largo-obovados, lóbulos sacados e estilete triangular.

Diferencia-se de Frullania ericoides (Nees) Mont., por esta apresentar lóbulos galeados e perianto com escrescências em toda a superfície.

Encontrada sobre troncos de árvores, arbustos, galhos (Costa & Yano 1998) e rochas, até 2.400 m de altitude (Gradstein & Costa 2003).

Cresce associada com Colobodontium vulpinum (Mont.) Churchill & Buck, Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck, Frullania ericoides (Nees) Mont., Lejeuneaflava (Sw.) Nees, L. phyllobola Nees & Mont., Macrocoma tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt, Orthostichella rigida (Müll. Hal.) B.H. Allen & Magill, Plagiochilla corrugata (Nees) Nees & Mont., Porella brasiliensis (Raddi) Schiffn., P. reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis., P. swartziana (F. Weber) Trevis., Radula javanica Gottsche e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann.

Frullania montagnei Gottsche in Gottsche et al., Syn. Hepat.: 456. 1845.

Ilustração: Stotler (1970).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 17-XII-2005, J. Bordin & D.F. Peralta 183 p.p. (HUCS27208, SP379856); idem, beira da mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 17-XII-2005, J. Bordin & D.F. Peralta 184 p.p. (HUCS27206, SP379854).

Distribuição no RS: Montenegro.

Reconhecida pelos filídios com lobos ovalados, ápice obtuso, recurvado, nunca apiculado ou mucronado e anfigastros longos, com margens e ápices recurvados, com uma constricção basal.

Ocorre sobre cascas de árvores, abaixo de 1.200 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Coletada sobre tronco de Araucaria angustifolia, associada com Acrolejeunea torulosa (Lehm. & Lindenb.) Schiffn. e Porella reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis.

LEJEUNEACEAE

Anoplolejeunea conferta (C.F.W. Meissn. ex Spreng.) A. Evans, Bull. Torrey Bot. Club 35: 175. 1908 ≡ Jungermannia conferta C.F.W. Meissn. ex Spreng. in Linnaeus, Syst. Veg. ed. 16, 4(2): 325. 1827.

Ilustração: Bastos (2004), Gradstein & Costa (2003).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 213 (HUCS27307, SP379500).

Distribuição no RS: Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados; Canela, Floresta Nacional de Canela; Gramado; São Francisco de Paula, Aratinga, Colinas de São Francisco, Veraneio Hampel.

Reconhecida pelos lóbulos inflados, como pequenos sacos aqüíferos (Lemos-Michel 2001) e pelos anfigastros inteiros, mais estreitos na base.

Ocorre sobre troncos e arbustos em florestas sub-montanas, normalmente em hábitats expostos, até 2.400 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). A espécie ocorre em floresta ombrófila, muçununga, campo rupestre e floresta estacional, como corticícola e epixícola (Bastos & Yano 2006). Foi coletada na mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia.

Drepanolejeunea araucariae Steph., Hedwigia 35: 80. 1896.

Ilustração: Bastos (2004), Gradstein & Costa (2003).

Material examinado: Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco de arbusto na beira do riacho, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29244 p.p. (HUCS29591, SP385709).

Distribuição no RS: Serra Gaúcha.

Reconhecida pelos gametófitos delgados, filídios distantes, lobo triangular com ápice acuminado, margem com 2-4 dentes na parte interna e anfigastros bífidos com sinus amplamente aberto, lobos com duas células de altura, sem células diferenciadas na base.

Diferencia-se de Drepanolejeunea anoplantha (Spruce) Steph. pois esta apresenta filídios contíguos a imbricados, ápices dos lobos mais curtos, margem crenulada, anfigastros sem as duas células na base de cada lobo e sinus menos aberto.

Ocorre sobre troncos e folhas de árvores, de 700-2.000 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos, em local úmido, associada com Lejeunea flava (Sw.) Nees e Microlejeunea bullata (Taylor) Steph.

Frullanoides densifolia Raddi, Critt. Bras.: 14. 1822.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001).

Material examinado: Centro, Bairro Exposição, sobre tronco de árvore, 21-I-2006, J. Bordin et al. 322 p.p. (HUCS27453, SP379755); Parque Cinqüentenário, sobre tronco, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29065 (SP385443); Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, sobre tronco de Hovenia, 13-IV-2006, J. Bordin & R. Wasum 466 (HUCS28488, SP383073).

Distribuição no RS: Carazinho; Sarandi; Santa Cruz; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai.

Reconhecida pelos filídios com lobos ovalados, levemente falcados, apiculados e ápice agudo, involuto, lóbulos com 6-10 dentes de 1-3 células e anfigastros inteiros, obovados, com ápice truncado, involuto.

Pode ser confundida com Acrolejeunea torulosa (Lehm. & Lindenb.) Schiffn., mas esta apresenta filídios com lobos ovalado-orbiculares, não falcados, ápice arredondado a obtuso, não recurvado.

A espécie ocorre em floresta estacional, crescendo como corticícola (Bastos & Yano 2006). Ocorre também sobre rochas e solo (Lemos-Michel 2001), em ambientes expostos, ao longo de estradas, até 2000 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada em ruas arborizadas e parques, associada com Lejeunea flava (Sw.) Nees e Macrocoma orthotrichoides (Raddi) Wijk & Margad.

Lejeunea flava (Sw.) Nees, Naturgesch. Eur. Leberm. 3: 277. 1838 ≡ Jungermannia flava Sw., Prodr. (Swartz): 144. 1788.

Ilustração: Bastos (2004), Gradstein & Costa (2003), Oliveira-e-Silva & Yano (2000a), Reiner-Drehwald (2000).

Material examinado: Centro, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 159 p.p. (HUCS27227); idem, Rua Visconde de Pelotas, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 220 p.p. (HUCS27300, SP379493); idem, Rua Garibaldi, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 218p.p. (HUCS27298, SP379491); nas ruas arborizadas, sobre tronco de Ligustrum, 26-IV-1983, O. Yano & J.R. Pirani 6937 (SP182012); Parque Cinqüentenário, sobre troncos, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 236 p.p. (HUCS27337, SP379504); idem, sobre tronco de Sloanea, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 227 p.p. (HUCS27356, SP379881); idem, sobre tronco de Araucaria, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29058 (SP385436); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Cinnamomum, beira da mata, 21-I-2006, J. Bordin et al. 320 (HUCS27454, SP379756); idem, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29218 (HUCS29577, SP385683); Bairro Exposição, beira da rua, sobre tronco, 21-I-2006, J. Bordin et al. 322 p.p. (HUCS27453, SP379755); Universidade de Caxias do Sul, mata do Bloco F, sobre tronco de Tabebuia, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29168 (SP385546); idem, Biolago, sobre rocha, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29157 (HUCS29556, SP385535); idem, Mata do IB, barranco, no solo úmido, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29149p.p. (HUCS29552, SP385527); idem, Biolago, sobre tronco de Hovenia, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29137 (SP385515); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 458 p.p., (HUCS27008, SP379918); idem, sobre tronco de arbusto, na beira do riacho, 6-X2006, O. Yano & J. Bordin 29244 pp. (HUCS29591, SP385709); idem, sobre tronco de arbusto, na beira do riacho, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29259pp. (HUCS29603, SP385724).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados; Canela, Floresta Nacional de Canela, Parque as Sequóias; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracari; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula, Veraneio Hampel Hotel; São José dos Ausentes.

Reconhecida pela coloração verde-amarelada, pelo gametófito com filídios obliquamente inseridos e pelos anfigastros grandes e orbiculares. O lóbulo é muito variável e no material examinado, o dente apical do lóbulo e a papila hialina são pouco visíveis.

É comum sobre troncos, rochas e solo, em florestas tropicais, restingas, plantações e parques, até 2.400 m de altitude (Gradstein & Costa 2003), ocasionalmente sobre troncos caídos em decomposição (Reiner-Drehwald 2000). Foi coletada sobre troncos e solo úmido, em ruas arborizadas, parques, praças e beira de matas, associada com Archilejeunea parviflora (Nees) Schiffn., Colobodontium vulpinum (Mont.) S.P. Churchill & W.R. Buck, Drepanolejeunea araucariae Steph., Frullanoides densifolia Raddi, Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., Lejeunea setiloba Spruce, Macrocoma orthotrichoides (Raddi) Wijk & Margad., Meiothecium boryanum (Müll. Hal.) Mitt., Metzgeria furcata (L.) Dumort., Microlejeunea bullata (Taylor) Steph., Pterogonidium pulchellum (Hook.) Müll. Hal. ex Broth. e Telaranea nematodes (Gottsche ex Austin) Howe.

Lejeunea phyllobola Nees & Mont. in Ramón de la Sagra, Hist. Phys. Cuba, Bot., Pl. Cell. 9: 471. 1842.

Ilustração: Bastos (2004), Reiner-Drehwald (2000).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, no solo úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29237 (HUCS29585, SP385702); idem, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29241 (HUCS29589, SP385706); idem, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29242 p.p. (HUCS29590, 385707); Universidade de Caxias do Sul, interior da Mata da Capela, sobre tronco de Nectandra, 3-XII2005, J. Bordin & L. Bordin 176p.p. (HUCS27194, SP379700); idem, na mata, sobre tronco de Sloanea, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 174b p.p. (HUCS27293, SP379872); idem, na mata, sobre tronco de Cupania vernalis, 22-XII-2005, J Bordin et al. 200p.p. (HUCS27286, SP379870); idem, na mata secundária, sobre troncos, 17-VII-2006, E. Pasini 116 p.p. (HUCS28893, SP383609); idem, Mata do Museu, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29153 pp. (HUCS29554, SP385531); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos, 12XII-2006, J. Bordin et al. 448 p.p. (HUCS28045, SP382979); idem, sobre tronco podre, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29186 (HUCS29537, SP385564).

Distribuição no RS: sem localidade.

Reconhecida pelos gametófitos delicados com filídios arredondados, lóbulos inflados sem dente apical visível e anfigastros reduzidos, distantes, arredondados a orbiculares.

Cresce sobre cascas de árvores e, ocasionalmente, sobre troncos caídos e podres (Reiner-Drehwald 2000). Também sobre rochas em florestas tropicais e restingas, até 250 m (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos e no solo em parques e na mata, associada com Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., Lejeunea laetevirens Nees & Mont., Metzgeria fruticola Spruce, Neckera scabridens Müll. Hal., N. villae-ricae Besch., Orthostichella rigida (Müll. Hal.) B.H. Allen & Magill, Plagiochila corrugata (Nees) Nees & Mont., Porella brasiliensis (Raddi) Schiffn., Radula nudicaulis Steph. e Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt.

Leucolejeunea unciloba (Lindenb.) A. Evans, Torreya 7: 228. 1907 ≡ Lejeunia unciloba Lindenb. in Gottsche et al., Syn. Hepat.: 311. 1845.

Ilustração: Bastos (2004), Gradstein & Costa (2003), Schuster (1980).

Material examinado: Centro, sobre tronco de Cinnamomum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 477 p.p. (HUCS28479, SP383066); Universidade de Caxias do Sul, Mata da Biblioteca, sobre tronco de Cabralea, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29159 (SP385537); idem, Mata da Biblioteca, sobre tronco de Cabralea, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29161 (SP385539); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos, 12-I-2006, J. Bordin et al. 268p.p. (HUCS27386, SP379717).

Distribuição no RS: Serra Gaúcha.

Reconhecida pelos filídios com lobos grandes, levemente falcados, com margem inferior e ápice levemente involutos e pelos lóbulos grandes, oblongo-retangulares, inflados, com dente apical alongado.

Difere de Leucolejeunea xanthocarpa (Lehm. & Lindenb.) A. Evans pois esta apresenta coloração amarelada a castanha, ápices e margens dos lobos visivelmente involutos e lóbulo retangular, com dente apical inconspícuo.

Ocorre sobre troncos e raízes em florestas, até 1.300 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi encontrada em floresta ombrófila, floresta estacional e cerrado, crescendo como corticícola (Bastos & Yano 2006). Foi coletada sobre troncos, na mata e áreas antropizadas, associada com Brachymenium hornschuchianum Mart., Lejeunea cristulata (Steph.) E. Reiner & Goda, Neckera villae-ricae Besch. e Porella reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis.

Leucolejeunea xanthocarpa

(Lehm. & Lindenb.) A. Evans, Torreya 7: 229. 1907 ≡

Jungermannia xanthocarpa

Lehm. & Lindenb.

in

Lehm., Nov. Stirp. Pug. 5: 8. 1833.

Ilustração: Bastos (2004), Gradstein & Costa (2003), Schuster (1980).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre tronco, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29073 (HUCS29482, SP385451); Universidade de Caxias do Sul, na Mata do Quiosque, sobre tronco de Castanea, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 293 p.p. (HUCS27431, SP379734); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos, 12-I-2006, J. Bordin et al. 276 (HUCS27411, SP379516).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Canela, Floresta Nacional de Canela, Parque do Caracol; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracurí; Nova Petrópolis; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; São Francisco de Paula, Floresta Nacional de São Francisco de Paula; São José dos Ausentes.

Reconhecida pela coloração amarelada a castanha, pelos lobos dos filídios com margem fortemente involuta, formando uma dobra ventral canalicular, pelos lóbulos grandes, retangulares, com dente apical curto ou inconspícuo e pelos trigônios grandes, muito salientes.

Difere de Leucolejeunea unciloba (Lindenb.) A. Evans, pois esta apresenta tamanho menor, coloração esverdeada, margens levemente involutas e lóbulos inflados, com dente apical alongado.

Geralmente é encontrada sobre troncos de árvores e arbustos isolados (Costa & Yano 1998). Também ocorre sobre rochas em florestas, restingas e manguezal até 2.500 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada em parques e no interior de matas, associada com Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt.

LEPIDOZIACEAE

Telaranea nematodes

(Gottsche

ex

Austin) M. Howe, Bull. Torrey Bot. Club 29: 284. 1902 ≡

Cephalozia nematodes

Gottsche

ex

Austin, Bull. Torrey Bot. Club 6: 302. 1879.

Ilustração: Fulford (1966, como Telaranea sejuncta (Angstr.) Arn.), Gradstein & Costa (2003), Oliveira-e-Silva & Yano (2000a).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, no barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29145 p.p. (HUCS29549, SP385523); idem, Mata do IB, barranco, no solo, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29149p.p. (HUCS29552, SP385527); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, no solo, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 497p.p. (HUCS28099).

Distribuição no RS: Gramado; Guaíba.

Reconhecida pelos gametófitos delgados com filídios filiformes, 3-4 vezes mais longos do que largos, com duas células longo-retangulares na base e anfigastros reduzidos, bífidos ou trífidos, menores do que os filídios.

Geralmente encontrada sobre solo humoso no interior da mata ou na base dos troncos de árvores e arbustos (Costa & Yano 1998), também sobre rochas em ambientes sombreados e úmidos, nas planícies e florestas tropicais, até 2.400 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada no interior da mata, sobre o solo, associada com Lejeunea flava (Sw.) Nees, Microcampylopus curvisetus (Hampe) Giese & J.-P. Frahm e Pallavicinia lyellii (Hook.) S. Gray.

MARCHANTIACEAE

Dumortiera hirsuta

(Sw.) Nees

in

Martius, Fl. Bras. Enum. Pl. 1(1): 307. 1833 ≡

Marchantia hirsuta

Sw., Prodr. (Swartz): 145. 1789.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Hassel-de-Menéndez (1962).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre rochas e solo, 17-VII-2006, M. Sartori 115 (HUCS28894, SP383610); idem, na mata, perto da cachoeira do IB, sobre rocha, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29141 (HUCS29546, SP385519); idem, Mata do IB, barranco, solo, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29143 (HUCS29547, SP385521); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do riacho, barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29190pp. (HUCS29541, SP385568).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Cambará do Sul; Caxias do Sul; Gramado; Gravataí; Ivoti; Jaguari; Montenegro; Novo Hamburgo, Cascata São Miguel; Rio Grande; Porto Alegre; Santa Maria; São Francisco de Paula; São Leopoldo; Tenente Portela; Vacaria; Viamão, Parque Saint Hilaire.

Reconhecida pelos gametófitos verde-escuros, bem aderidos ao substrato por inúmeros rizóides esbranquiçados que partem da nervura e chegam até a margem e pela ausência de poros respiratórios.

Diferencia-se de Marchantia papillata Raddi, pois esta apresenta talo menor e mais estreito, presença de poros, menor quantidade de rizóides e escamas avermelhadas com apêndices na superfície ventral.

Cresce sobre rochas ou solo úmido, formando placas (Costa & Yano 1988), também perto de cachoeiras, cavernas e em florestas tropicais montanhosas antropizadas ou não, de 150 até 3.500 m de altitude, mais comum abaixo de 2000 m de altitude (Bischler-Causse et al. 2005). Foi encontrada na mata sobre rochas e solo, sempre em locais úmidos e sombreados, associada com Plagiomnium rhynchophorum (Hook.) T.J. Kop.

Marchantia papillata Raddi, Critt. Bras.: 20. 1822.

Ilustração: Costa & Yano (1988), Hassel-de-Menéndez (1962).

Material examinado: Centro, Bairro de Lourdes, sobre muro de tijolos, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 475 (HUCS28201); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do riacho, no barranco, 12-I-2006, J. Bordin et al. 277 (HUCS27409, SP379514).

Distribuição no RS: Cerro Largo; Lavras do Sul; Novo Hamburgo; Santa Cruz; Viamão.

Reconhecida pelos vários receptáculos radiados distribuídos sobre o talo e pelas escamas avermelhadas, com apêndices na superfície ventral.

Difere de Dumortiera hirsuta (Sw.) Nees, pois esta apresenta gametófitos grandes, verde-escuros, bem aderidos ao substrato por inúmeros rizóides esbranquiçados que partem da nervura e chegam até a margem e pela ausência de poros.

Cresce sobre paredão úmido ou nas margens de rios encachoeirados (Costa & Yano 1988), normalmente em locais pouco elevados (até 500 m de altitude), mas já coletada em altitudes superiores a 1.200 m de altitude, na Argentina (Bischler-Causse et al. 2005). Foi coletada em áreas fortemente antropizadas e em borda de mata, sempre onde há muita umidade.

METZGERIACEAE

Metzgeria albinea Spruce, Bull. Soc. Bot. France 36 (suppl.): 201. 1890.

Ilustração: Costa (1999).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, caminho para o IB, sobre troncos, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 305 (HUCS27434, SP379737).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Cambará do Sul, Itaimbezinho, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Caxias do Sul, Vila Oliva; Esmeralda; Gramado; São Francisco de Paula; São Leopoldo, Fazenda São Borja; Viamão.

Reconhecida pela secção transversal da costa com duas fileiras de células epidérmicas na superfície ventral e duas na superfície dorsal; 12-16 células medulares, normalmente em quatro camadas.

Conforme Costa (1999), o talo é uniformemente hirsuto, com dois rizóides por célula na margem, a medula apresenta 12-23 céulas, em 3-4(-5) camadas e não há papila mucilaginífera no ápice. Hell (1969) observou gametófitos masculinos sem rizóides e femininos com poucos rizóides nas margens. O material examinado assemelha-se ao descrito por Hell (1969), indicando que pode haver variação morfológica na espécie.

Cresce sobre troncos, ramos e folhas de árvores ou arbustos vivos ou em decomposição, paredões rochosos, até ca. 1.800 m de altitude (Costa 1999). Foi coletada sobre troncos, na mata.

Metzgeria conjugata

Lindb., Acta Soc. Sci. Fenn. 10: 495. 1875.

Ilustração: Costa (1999), Alvarenga et al. (2007).

Material examinado: Centro, Bairro Exposição, Rua Santos Dumont, 21-I-2006, J. Bordin et al. 312 p.p. (HUCS27450, SP379752); Parque dos Macaquinhos, interior da mata, sobre troncos, 21-I-2006, J. Bordin et al. 316 (HUCS27455, SP379757); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre tronco de Zanthoxyllum, 12-I-2006, J. Bordin et al. 268 p.p. (HUCS27385, SP379716).

Distribuição no RS: Esmeralda; São Francisco de Paula, Serra do Faxinal; Santa Cruz, Parque da Gruta; Taquari, Morro da Toca Ventosa; Tenente Portela, Parque Florestal Estadual do Turvo; Viamão, Parque Saint Hilaire.

Reconhecida pela secção transversal da costa com duas fileiras de células epidérmicas na superfície dorsal e, geralmente, 3-4 fileiras na superfície ventral, com medula de 13-24 células, em 3-4 camadas.

No material examinado os rizóides na margem eram escassos, ocasionalmente em pares, mas nunca em grupos de três, o que está de acordo com as observações de Schuster (1992).

Assemelha-se a Metzgeria furcata (L.) Dumort., mas esta apresenta menor tamanho, secção da costa com células menores e bem orientadas, rizóides simples e muitas gemas na margem.

Cresce sobre tronco de árvores vivas, eventualmente sobre tronco em decomposição ou superfície rochosa, na mata atlânica, mata de galeria, matas secundárias e formações campestres, até 2.000 m de altitude (Costa 1999).

A espécie não suporta dessecação prolongada, sendo mais facilmente encontrada em locais úmidos e sombreadas (Schuster 1992). Foi coletada sobre troncos, em ruas arborizadas e parques, associada com Brachymenium hornschuchianum Mart.

Metzgeria dichotoma

(Sw.) Nees

in

Gottsche

et al,

Syn. Hepat.: 504. 1844 ≡

Jungermannia dichotoma

Sw., Prodr. (Swartz): 145. 1788.

Ilustração: Costa (1999), Costa & Yano (1988).

Material examinado: Centro, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 480 (HUCS28202, SP383056); Universidade de Caxias do Sul, estacionamento, sobre tronco de Cupressus, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 289 (HUCS27429, SP379732); idem, sobre troncos, 28-I-2006, J. Bordin et al. 355 p.p. (HUCS27489); idem, Bloco F, sobre tronco de Myrsine, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29169 (HUCS29560, SP385547).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Serra da Rocinha; Excolônia Santo Ângelo (atual município de Agudo); Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Rio Grande; São Francisco de Paula.

Reconhecida pela coloração escura, gametófitos emaranhados, com ramificações dicotômicas curtas, secção transversal da costa com 3-4 fileiras de células epidérmicas dorsais e, geralmente, 5-6 ventrais e pelas células medulares grandes e numerosas 16-30, em 4-6 camadas.

Cresce sobre troncos de árvores, rochas ou madeira em decomposição (Hell 1969), até 1.600 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos, em áreas degradadas, associada com Brachymenium hornschuchianum Mart., Neckera scabridens Müll. Hal. e Porella brasiliensis (Raddi) Schiffn.

Metzgeria fruticola

Spruce, Trans. & Proc. Bot. Soc. Edinburgh 15: 554. 1885.

Ilustração: Costa (1999).

Material examinado: Centro, nas ruas arborizadas, sobre tronco de Ligustrum, 26-IV-1983, O. Yano & J.R. Pirani 6933 (SP182008); Universidade de Caxias do Sul, na Mata em frente ao MUCS, sobre tronco de Sloanea, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 191 p.p. (HUCS27284, SP379489); idem, na mata, sobre tronco de Cupania vernalis, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 200 p.p. (HUCS27286, SP379870); idem, Mata do IB, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29138 (HUCS29535, SP385516); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 441 p.p. (HUCS28005, SP379916).

Distribuição no RS: Canela; São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos gametófitos verde-amarelados, delgados, costa fortemente arqueada para o lado ventral, com três fileiras de células epidérmicas dorsais, 4-5 ventrais, medula com 14-22 células e margem densamente hirsuta.

As gemas na margem são abundantes e as células da medula foram observadas em menor número, diferindo da descrição de Costa (1999) na qual as gemas eram pouco freqüentes e foram observadas 22¬ 58 células na medula. Não foram observados rizoides na superfície ventral da lâmina.

A espécie ocorre sobre troncos de árvores vivas, de 800 até 1100 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos, na mata e ruas arborizadas associada com Lejeunea laetevirens Nees & Mont., L. phyllobola Nees & Mont., Neckera villae-ricae Besch., Orthostichella rigida (Brid.) W.B. Buck, Radula nudicaulis Steph., R. tectiloba Steph. e Schlotheimia jamesonii (W.-Arn.) Brid.

Metzgeria furcata

(L.) Dumort., Recueil Observ. Jungerm.: 26. 1835 ≡

Jungermannia furcata

L., Sp. Pl. 2: 1136. 1753.

Ilustração: Costa (1999), Costa & Yano (1988).

Material examinado: Centro, Rua Garibaldi, 27XII-2005, J. Bordin et al. 218 p.p. (HUCS27298, SP379491); Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Leguminosae, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 231 p.p. (HUCS27336, SP379503); idem, sobre tronco de Cinnamomum, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29056 (HUCS29473, SP383817); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29226 (SP385691); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 445 p.p. (HUCS28042, SP382977); idem, sobre troncos, 18-V-2006, E. Pasini 67, (HUCS28110, SP383016); idem, interior da mata, sobre troncos, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 504 p.p., (HUCS28146, SP383023); idem, sobre tronco, 4-X2006, O. Yano & J. Bordin 29079 (HUCS29487, SP385457); idem, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29179 (HUCS29494, SP385557); idem, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29258 (HUCS29602, SP385723).

Distribuição no RS: Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Porto Alegre, Morro da Polícia; Santo Ângelo; Viamão, Praia do Tigre, Parque Saint Hilaire.

Reconhecida pela secção transversal da costa, com 16-17 células na medula, em quatro camadas paralelamene orientadas, facilmente visíveis. Conforme Schuster (1992) o número de células da medula é, usualmente, 9-10.

Assemelha-se a Metzgeria conjugata Lindb., porém esta apresenta talos maiores, secção transversal da costa com maior número de células, rizóides marginais em pares e gemas raras na margem do talo.

Cresce sobre troncos, ramos e folhas de árvores vivas, ocasionalmente sobre bambu, cipó, palmeira ou solo, até 1.500 m de altitude (Costa 1999). Foi coletada sobre troncos de árvores e arbustos, nas ruas arborizadas, parques e na mata, associada com Colobodontium vulpinum (Mont.) S.P. Churchill & W.R. Buck, Lejeuneaflava (Sw.) Nees, L. laetevirens Nees & Mont., L. setiloba Spruce e Sematophyllum subpinnatum (Brid.) E. Britton.

Metzgeria herminieri

Schiffn., Õsterr. Bot. Zeitschr. 61: 261. 1911.

Ilustração: Costa (1999).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Sebastiania, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29061 (HUCS29476, SP385439); Universidade de Caxias do Sul, atrás da quadra de tênis, sobre troncos, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29134 (SP385512); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre tronco de Schinus, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 494 p.p. (HUCS28022, SP379927).

Distribuição no RS: Esmeralda; Santa Cruz, Parque da Gruta; Santa Maria; São Francisco de Paula, Reserva do IBDF.

Reconhecida pelo gametófito delgado, verdeamarelado e pela secção transversal da costa, mostrando duas fileiras de células epidérmicas dorsais e, normalmente, 2-3 ventrais.

O material examinado apresenta diversas gemas discoides a elípticas na margem e não apresenta rizoides na superfície ventral da lâmina e as células medulares aparecem em número de 10-14 diferindo. Tais características diferem da descrição de Costa (1999), que observou material com rizóides na superfície ventral da lâmina e (5-)13-14(-23) células na medula.

Cresce sobre tronco de árvores vivas, solo ou superfície rochosa úmida, ocorrendo desde o nível do mar até ca. 2.000 m de altitude (Costa 1999). Foi coletada sobre troncos, em parques e na mata, associada com Microlejeunea bullata (Taylor) Steph.

PALLAVICINIACEAE

Pallavicinia lyellii

(Hook.) S. Gray, Nat. Arr. Brit. Pl. 1: 685. 1821 ≡

Jungermannia lyellii

Hook., Brit. Jungerm.: 77. 1816.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Hell (1969).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, no barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29145 p.p. (HUCS29549, SP385523).

Distribuição no RS: São Francisco de Paula.

Reconhecida pelo gametófito verde-claro, delgado, com poucas ou sem ramificações, pela secção transversal com um único feixe de células prosenquimatosas e margem com 1-2 fileiras de células diferenciadas, grandes e alongadas.

Difere de Symphyogyna aspera Steph., pois esta apresenta secção transversal do talo com 2 feixes de células prosenquimáticas na base e uniformidade das células do talo, não apresentando margem com células diferenciadas.

Cresce sobre solo úmido ou madeira em decomposição, isolada ou formando pequenas placas (Hell 1969). Também ocorre em rochas, base de troncos e florestas não muito degradadas (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada na mata, em barranco, associada com Telaranea nematodes (Gottsche ex Austin) Howe.

Symphyogyna aspera

Steph.

in

McCormick, Bot. Gaz. 58: 403. 1914.

Ilustração: Hell (1969), Oliveira-e-Silva & Yano (2000a).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, escadaria para IB, no barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29140 (SP385518); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do caminho, no solo, 12-IV2006, J. Bordin et al. 460 (HUCS28002, SP379913); idem, barranco, no solo, 18-IV-2006, E. Pasini 65 (HUCS28058, SP382987); idem, beira do riacho, barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29189 (HUCS29540, SP385567).

Distribuição no RS: Excolônia Santo Ângelo (atual município de Agudo).

Reconhecida pela secção transversal da nervura com um feixe de células prosenquimáticas no ápice e dois feixes na base e pela margem com células uniformes, não diferenciadas na margem.

Difere de Pallavicinia lyellii (Hook.) S. Gray, pois esta apresenta margem bordeada com células diferenciadas, alongadas e um feixe único de células prosenquimáticas na nervura.

Cresce sobre solo úmido, em lugares sombreados, no interior da mata, formando placas, geralmente pouco extensas (Hell 1969) até 2.200 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Coletada sobre solos úmidos, em locais antropizados e sombreados.

PLAGIOCHILACEAE

Plagiochila corrugata

(Nees) Nees & Mont., Ann. Sci. Nat. Bot. ser. 2, 5: 52. 1836 ≡

Jungermannia corrugata

Nees

in

Martius, Fl. Bras. Enum. Pl. 1(1): 378. 1833.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Hovenia, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29197 (SP385662); Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco de Sloanea, 3-XII-2005, JBordin & L. Bordin 172 p.p. (HUCS27201); idem, sobre tronco de Schinus, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 189 (HUCS27268, SP379863); idem, interior da mata, 17-VII-2006, E. Pasini 114 p.p. (HUCS28896, SP383612); idem, na mata, sobre troncos, 17-VII2006, E. Pasini 116 p.p. (HUCS28893, SP383609); idem, na mata secundária, sobre troncos, 17-VII-2006, E. Pasini 118p.p. (HUCS28898, SP383614).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Bom Jesus; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Canela, Floresta Nacional de Canela; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracurí; Gramado; Muitos Capões; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Nova Petrópolis; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Porto Alegre; São Francisco de Paula, Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Veraneio Hampel.

Reconhecida pelo aspecto crespo em vista ventral, devido aos filídios imbricados com margem acentuadamente ondulada, denteada, involuta.

Cresce sobre troncos de árvores vivas (Yano & Colletes 2000), abundante nos ambientes sombrios do interior de matas e em locais bem iluminados (Lemos-Michel 2001), até 2.300 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos na mata ou em parques, associada com Frullania brasiliensis Raddi, Lejeunea phyllobola Nees & Mont., Neckera scabridens Müll. Hal., Radula javanica Gottsche, R. sinuata Gottsche, R. tectiloba Steph. e Schlotheimia jamesonii (W.-Arn.) Brid.

Plagiochila disticha

(Lehm. & Lindenb.) Lindenb., Sp. Hepat. (Lindenberg) 4: 108. 1840 ≡

Jungermannia disticha

Lehm. & Lindenb.

in

Lehm., Nov. Stirp. Pug. 6: 64. 1834.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Heinrichs & Gradstein (2000).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Schinus, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29219 (SP385684); Universidade de Caxias do Sul, estacionamento, sobre tronco de Cupressus, 17I-2006, J. Bordin & E. Pasini 290p.p. (HUCS27441, SP379744); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 195 (HUCS27273, SP379868); idem, mata do MUCS, sobre tronco de arbusto, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29162 (SP385540).

Distribuição no RS: São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos gametófitos dicotomicamente ramificados, pelos filídios ovalado-ligulados, eretopatentes, com longos dentes na margem ventral e base dorsal longo decurrente.

Assemelha-se a Plagiochila montagnei Nees, porém esta apresenta filídios mais largos e curtos, com poucos dentes na margem ventral, curtos e curvados.

Cresce sobre cascas de árvores e rochas, em planícies, florestas tropicais submontanas e restingas, até 900 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos de árvores e arbustos, em parques e na mata, associada com Radula javanica Gottsche.

Plagiochila martiana

(Nees) Lindenb., Sp. Hepat. (Lindenberg) 1: 12. 1839 ≡

Jungermannia martiana

Nees, Linnaea 6: 617. 1831.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001), Oliveira-e-Silva & Yano (2000a).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Ligustrum, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29222 (HUCS29579, SP385687).

Distribuição no RS: Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha.

Reconhecida pelos filídios densamente imbricados e margem com poucos dentes. Caracteriza-se pelos filídios alargados na base, decurrentes com porção apical truncada ou levemente arredondada (Yano et al. 2003).

Cresce geralmente sobre a base de troncos de árvores, podendo ocasionalmente ocorrer sobre rochas (Yano et al. 2003), em planícies e florestas tropicais submontanas, até 1.100 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada em parques, sobre troncos.

Plagiochila micropteryx

Gottsche, Ann. Sci. Nat. Bot. ser. 5, 1: 107. 1864.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Inoue (1989).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco de castanheira, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 211 (HUCS27262, SP379857); idem, na mata, sobre troncos, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 215p.p. (HUCS27266, SP379861); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 440 (HUCS28008).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Canela; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula, Colina de São Francisco.

Reconhecida pelos gametófitos com filídios contíguos a distantes, propágulos abundantes presentes na superfície ventral dos filídios e dentes curtos na margem.

Diferencia-se Plagiochila disticha (Lehm. & Lindenb.) Lindenb., que apresenta filídios subovalados, imbricados, com dentes longos na margem ventral.

É comum sobre cascas de árvores e rochas em planícies, florestas tropicais e restingas, normalmente perto de riachos, até 1.000 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos na mata úmida, associada com Brachymenium hornschuchianum Mart.

Plagiochila patentissima

Lindenb., Sp. Hepat.: 64. 1840.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Inoue (1989, como Plagiochila raddiana Lindenb.).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Sebastiania, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29062 (SP385440); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco, 5-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29184 (HUCS29499, SP385562); idem, na mata, sobre tronco de arbusto, 5-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29185 (SP385563).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos gametófitos grandes (ca. 5 cm alt.), amarelo-claros, filídios contíguos, longoligulados com longos dentes no ápice.

Diferencia-se de Plagiochila micropteryx Gottsche, pois esta apresenta filídios geralmente distantes, com dentes mais curtos no ápice e grande número de propágulos na superfície ventral dos filídios, ausentes em P. patentissima.

Cresce sobre cascas de árvores e rochas, em florestas, até 1.400 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre caules de árvores e arbustos, em parques e na mata.

PORELLACEAE

Porella brasiliensis

(Raddi) Schiffn., Nova Acta Acad. Caes.-Leop.-Carol. German. Nat. Cur. 60: 246. 1893 ≡

Schultesia brasiliensis

Raddi, Critt. Bras.: 10. 1822.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001), Oliveira-e-Silva & Yano (2000a), Swails (1970).

Material examinado: Centro, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 482b p.p. (HUCS28484, SP383069); Universidade de Caxias do Sul, sobre troncos, 28-I-2006, J. Bordin et al. 355 p.p. (HUCS27489); idem, sobre tronco de Yucca, 28I-2006, J. Bordin et al. 353 (HUCS27492, SP383046); idem, na mata, sobre troncos, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 196 p.p. (HUCS27287, SP379704); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos, 28-IV2006, J. Bordin et al. 501 (HUCS28097, SP383006); idem, interior da mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 448 p.p. (HUCS28045, SP382979).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Bom Jesus; Canoas; Montenegro; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Pareci Novo, Montenegro (atual município de Pareci Novo); Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Porto Alegre; São Francisco de Paula; São Leopoldo; Vacaria.

Reconhecida pelos anfigastros e lóbulos dos filídios aplanados, inteiramente ornamentados com margens denteadas e ciliadas.

Difere de Porella reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis. que apresenta anfigastros com ápices ciliados e denteados apenas na base.

Ocorre sobre cascas de árvores, troncos e rochas sombreadas até 1.500 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos na mata e nas ruas arborizadas, associada com Brachymenium hornschuchianum Mart., Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck, Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., Metzgeria dichotoma (Sw.) Nees, Lejeunea phyllobola Nees & Mont. e Radula tectiloba Steph.

Porella reflexa

(Lehm. & Lindenb.) Trevis., Mem. Reale Ist. Lombardo Sci. Ser. 3, 4: 408. 1877 ≡

Jungermannia reflexa

Lehm. & Lindenb.

in

Lehm., Nov. Stirp. Pug. 5: 5. 1833.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001), Swails (1970).

Material examinado: Centro, base do tronco de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 163 p.p. (HUCS27164, SP379848); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 479 p.p. (HUCS28079, SP382998); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 485 p.p. (HUCS28486, SP383071); idem, sobre tronco de Cinnamomum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 487 p.p. (HUCS28479, SP383066); Bairro de Lourdes, sobre tronco de Senna, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 469 p.p. (HUCS28206); Universidade de Caxias do Sul, Mata da Creche, sobre troncos, 17-I2006, J. Bordin & E. Pasini 298 p.p. (HUCS27432, SP379735); idem, sobre tronco de Yucca, 28-I-2006, J. Bordin et al. 353a p.p. (HUCS27493, SP383047); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171c p.p. (HUCS27295, SP379873); idem, sobre troncos, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 202 (HUCS27263, SP379858); idem, Zoológico, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 17-XII-2005, J. Bordin & D.F. Peralta 183 p.p. (HUCS27208, SP379856).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Forromeco (atual município de Carlos Barbosa); Montenegro; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Poço Preto, Valões; Portão; Rio Grande; Santa Cruz, Boa Vista; São Francisco de Paula, Taimbé; São Leopoldo, Quilombo, Arroio Kruse.

Reconhecida pelos ápices dos anfigastros acentuadamente reflexos e com ornamentação apenas na base.

Difere de Porella brasiliensis (Raddi) Schiffn., pois esta apresenta gametófitos maiores e mais claros e lóbulos dos filídios e anfigastros inteiramente cilidados.

Ocorre sobre cascas de árvores, troncos e rochas sombreadas até 1.500 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos em ruas e matas, associada com Brachymenium hornschuchianum Mart., Colobodontium vulpinum (Mont.) S.P. Churchill & W.R. Buck, Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck, Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., F. montagnei Gottsche, Leucolejeunea unciloba (Lindenb.) A. Evans, Meteorium nigrescens (Hedw.) Dozy & Molk., Radula tectiloba Steph. e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann.

Porella swartziana

(F. Weber) Trevis., Mem. Reale Ist. Lombardo Sci. Ser. 3, 4: 407. 1877 ≡

Jungermannia swartziana

F. Weber, Hist. Musc. Hepat. Prodr.: 18. 1815.

Ilustração: Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001), Swails (1970).

Material examinado: Centro, Rua Os 18 do Forte, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 221 p.p. (HUCS27291, SP379707); Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Chorisia, 3-X-2006, O. Yano & J.Bordin 29055 (HUCS29472, SP383816); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29227 (SP385692); idem, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29235 (SP385700); Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 216 (HUCS27304, SP379497), idem mata do MUCS, sobre tronco de arbusto, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29152 p.p. (SP385530).

Distribuição no RS: Nonoai, Parque Estadual Florestal de Nonoai; Planalto, Parque Estadual de Nonoai; Santa Cruz; São Leopoldo.

Reconhecida facilmente pelos anfigastros com margens inteiras levemente denteadas na base, diferindo por estas características de Porella brasiliensis (Raddi) Schiffn., que possui anfigastros aplanados, inteiramente ciliados e denteados, e de Porella reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis., que possui anfigastros reflexos, com dentes ou cílios apenas na base.

Ocorre sobre cascas de árvores, troncos, rochas ou solo de 100 até 700 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos em parques, ruas e na mata, associada com Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck, Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., Radula tectiloba Steph.

RADULACEAE

Radula javanica Gottsche in Gottsche et al., Syn. Hepat.: 257. 1845.

Ilustração: Castle (1966), Gradstein & Costa (2003).

Material examinado: Centro, Bairro de Lourdes, sobre muro de tijolos, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 473 (HUCS28205); Universidade de Caxias do Sul, estacionamento, sobre tronco de Cupressus, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 290 p.p. (HUCS27441, SP379744); idem, na mata, sobre tronco de Sloanea, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 172 p.p. (HUCS27201, SP379853); idem, Bloco 57, sobre tronco de Hovenia, 13-IV-2006, J. Bordin 467 p.p. (HUCS28478, SP383065).

Distribuição no RS: Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai.

Reconhecida pelos filídios contíguos a subimbricados, com lobos freqüentemente falcados, lóbulos subquadrados com ápices obtusos a agudos, cobrindo ca. ¼ do caulídio e região carinal inflada.

Cresce sobre cascas de árvores e rochas sombreadas, até 1.000 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre muro de tijolos e troncos, em áreas antropizadas e na mata, associada com Frullania glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., Orthostichella rigida (Müll. Hal.) B.H. Allen & Magill, Plagiochila corrugata (Nees) Nees & Mont. e P. disticha (Lehm. & Lindenb.) Lindenb.

Radula sinuata

Gottsche

ex

Steph., Sp. Hepat. 4: 161. 1910.

Ilustração: Castle (1964b), Gradstein & Costa (2003).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 17-VII-2006, E. Pasini 118 p.p. (HUCS28898, SP383614); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira da mata, sobre troncos, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 488p.p. (HUCS28108).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Cambará do Sul; Canela; Canoas; Cruz Alta; Gramado; Nonoai; Porto Alegre; São Francisco de Paula; Viamão.

Reconhecida pelos filídios densamente imbricados, com ápices arredondados, fortemente recurvados, lóbulos cobrindo V do caulídio, com abaulamento na base e região carinal fortemente inflada ao longo da quilha.

Cresce no solo ou madeira em decomposição, 500-2000 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada formando emaranhados sobre troncos, na mata, associada com Frullania brasiliensis Raddi, Meteorium nigrescens (Hedw.) Dozy & Molk. e Plagiochila corrugata (Nees) Nees & Mont.

Radula tectiloba Steph., Hedwigia 27: 298. 1888.

Ilustração: Castle (1964a), Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001).

Material examinado: Centro, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 485 p.p. (HUCS28486, SP383071); Parque Cinqüentenário, sobre tronco, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29053 (SP383814); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29216 (SP385681); idem, sobre tronco de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J.Bordin 29236 (SP385701); Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, 22-XII-2005, J. Bordin 217 p.p. (HUCS27303, SP379496); idem, Mata do Museu, sobre tronco de Sloanea, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 191 p.p. (HUCS27284, SP379489); idem, Mata da Creche, sobre troncos, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 298 p.p. (HUCS27432, SP379735); idem, sobre tronco de Eucalyptus, 20-IV-2005, J. Bordin 126 p.p. (HUCS26615, SP379680); idem, sobre tronco de Cupania vernalis, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 188 p.p. (HUCS27281, SP379703); idem, na mata, sobre troncos, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 196 p.p. (HUCS27287, SP379704); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171d p.p. (HUCS27296, SP379874); idem, na mata, sobre troncos, 22-XII2005, J. Bordin et al. 203 p.p. (HUCS27261); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171bp.p. (HUCS27294); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin 171c p.p. (HUCS27295, SP379873); idem, interior da mata, 17-VII-2006, E. Pasini 114 p.p. (HUCS28896, SP383612); idem, atrás da quadra de tênis, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29133 (SP385511); idem, atrás da quadra de tênis, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29136 (SP385514); idem, mata do MUCS, sobre tronco de arbusto, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29152 p.p. (SP385530); Jardim Botânico de Caxias do Sul, orla da mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al.435a p.p. (HUCS28059, SP382988); idem, na mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 5-X2006, O. Yano & J.Bordin 29174 (SP385552); idem, na mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 5-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29254 (HUCS29600, SP385719).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Esmeralda, Estação Ecológica de Aacuri; Muitos Capões; Nova Petrópolis; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula, Veraneio Hampel.

Reconhecida pelas margens dos filídios com inúmeras gemas, dando o aspecto de ondulada e pelos lóbulos com ápice alongado que cobrem menos de V do caulídio.

Cresce sobre cascas de árvores, madeira em decomposição ou rochas, até 1.650 m de altitude (Gradstein & Costa 2003).

É uma espécie muito comum no local de estudo, crescendo sobre caules de árvores e arbustos, em áreas antropizadas e no interior da mata, associada com Donnellia commutata (Müll. Hal.) W.R. Buck, Frullania brasiliensis Raddi, F. ericoides (Nees) Mont., Lejeunea cristulata (Steph.) E. Reiner & Goda, L. laetevirens Nees & Mont., Macrocoma orthotrichoides (Raddi) Wijk & Margad., M. tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt, Meteorium nigrescens (Hedw.) Dozy & Molk. , Metzgeria fruticola Spruce, Orthostichella rigida (Müll. Hal.) B.H. Allen & Magill, Plagiochila corrugata (Nees) Nees & Mont., Porella brasiliensis (Raddi) Schiffn., P. reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis., P. swartziana (F. Weber) Trevis., Schotheimia jamesonii (W.-Arn.) Brid. e Thuidium delicatulum (Hedw.) Bruch & Schimp.

Radula voluta Taylor in Gottsche et al., Syn. Hepat.: 225. 1845.

Ilustração: Castle (1964b), Gradstein & Costa (2003), Lemos-Michel (2001).

Material examinado: Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira da mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 461 p.p. (HUCS28017, SP379922).

Distribuição no RS: Barracão Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo.

Reconhecida pelos filídios com lobos arredondados e lóbulos ovalados com ápice obtuso e base auriculada, cobrindo todo o caulídio e ultrapassando-o.

Cresce sobre cascas de árvores e rochas, 500-2.400 m de altitude (Gradstein & Costa 2003). Foi coletada sobre troncos, na beira da mata, associada com Meteorium nigrescens (Hedw.) Dozy & Molk.

Bryophyta

BARTRAMIACEAE

Philonotis cernua

(Wilson) D.G. Griffin & W.R. Buck, Bryologist 92(3): 376. 1989 ≡

Glyphocarpus cernuus

Wilson, Hooker's J. Bot. Kew Gard. Misc. 3: 383. 1851.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre paredão de pedra úmida, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29047 (HUCS29468, SP383808); Universidade de Caxias do Sul, beira do lago do Zoológico, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29123 (HUCS29525, SP385501).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Fazenda do Cilho.

Reconhecida pelos gametófitos reduzidos, delgados, verde-amarelados, filídios ovaladolanceolados, margem serrulada na metade superior com dentes simples e pelo esporófito com cápsulas globosas, escuras e rugosas quando secas. Foram observadas papilas nos ápices das células da margem.

Difere de Philonotis hastata (Duby) Wijk & Margad. por esta apresentar gametófitos maiores, filídios oblongo-lanceolados, falcados, apiculados, com margem serreada e dentes duplos.

Cresce no solo, desde altitudes moderadas até altas (Sharp et al. 1994), sobre pedra úmida, próxima a corredeiras de água (Yano & Peralta 2007b). Foi coletada sobre rochas e no solo, sempre em locais muito úmidos.

Philonotis hastata (Duby) Wijk & Margad., Taxon 8: 74. 1959 ≡ Hypnum hastatum Duby in Mor., Syst. Verz.: 132. 1846.

Ilustração: Lisboa (1993), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Parque Cinqüentenário, 3-X2006, sobre paredão de pedra, O. Yano & J. Bordin 29046 (HUCS29467, SP383807); Parque dos Macaquinhos, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29208 (SP385673); Universidade de Caxias do Sul, sobre rocha, estrada para IB, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29132 (SP385510).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Fazenda do Cilho; Caxias do Sul, Ana Rech - Faxinal.

Reconhecida pelos filídios oblongo-lanceolados, falcados, ápice agudo, margem dos filídios serreada com dentes duplos, costa escabrosa e células com papilas nos ápices.

Difere de Philonotis uncinata (Schwagr.) Brid., pois esta apresenta filídios com ápice longamente acuminado e células longo-retangulares com papilas no ápice.

Cresce sobre húmus e rocha, em florestas montanhosas (Sharp et al. 1994), ambiente úmido, sombrio e iluminado (Yano & Peralta 2007b). Foi coletada em parques e na mata, sobre solo ou rocha, em locais úmidos.

Philonotis uncinata (Schwagr.) Brid., Bryol. Univ. 2: 221. 1827 ≡ Bartramia uncinata Schwagr., Sp. Musc. Frond. Suppl. 1(2): 60. 57. 1816.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, descida para IB, sobre rochas com água corrente, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29139 (HUCS29536, SP385517).

Distribuição no RS: Canguçu; São Leopoldo; Porto Alegre; Santo Ângelo.

Reconhecida pelos gametófitos robustos, verde-acinzentados, filídios longamente acuminados, ápices revolutos, margem serreada do ápice até V do filídio e serrulada em direção à base, com dentes duplos, menos visíveis na base.

No material examinado não foram observados filídios com costa excurrente, o que concorda com as observações de Dismier (1884). Sharp et al. (1994), no entanto, afirmam que Philonotis uncinata (Schwagr.) Brid. é um complexo que inclui muitas variações morfológicas dentro da mesma população e até no mesmo gametófito, podendo ser encontrados filídios com costa percurrente, subpercurrente e excurrente.

Difere de Philonotis hastata (Duby) Wijk & Margad., pois esta apresenta filídios com ápice agudo, costa escabrosa e células retangulares, curtas.

Cresce em solo úmido ou encharcado (Sharp et al. 1994), sobre rochas, troncos e ao longo de rios (Allen 1999), podendo ocorrer submersa, em ambiente sombrio ou cachoeiras (Yano & Peralta 2007b). Foi coletada sobre rochas, em local muito úmido, com água corrente.

BRACHYTHECIACEAE

Aerolindigia capillacea (Hornsch.) M. Menzel, Nova Hedwigia 52(3-4): 322. 1991 ≡ Pilotrichum capillaceum Hornsch. in Martius, Fl. Bras. 1(2): 58. 1840.

Ilustração: Sharp et al. (1994).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, Mata em frente ao Museu, sobre raízes de Sloanea, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 192 (HUCS27299, SP379492).

Distribuição no RS: Gramado; São Francisco de Paula; Montenegro, Linha São Pedro; Santa Cruz.

Reconhecida pelos gametófitos muito delgados, verde-amarelados, filídios esquarrosos, longoacuminados, com margem inteiramente serrulada e costa delgada até ⅓ da lâmina.

É semelhante a Brachythecium plumosum (Hedw.) Schimp., porém esta apresenta filídios imbricados, côncavos, curto-acuminados, com margem serreada apenas no ápice.

Cresce sobre galhos de árvores e arbustos, entre 700 e 1.700 m (Sharp et al. 1994). Foi coletada na mata, sobre raízes.

Brachythecium plumosum

(Hedw.) Schimp.

in

Bruch

et al.,

Bryol. Eur. 6(52-54): 8. 1853 ≡

Hypnum plumosum

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 257. 1801.

Ilustração: Sharp et al. (1994).

Material examinado: Bairro Panazzolo, sobre rochedos, 6-II-2006, S. Maboni 32 p.p. (HUCS27523).

Distribuição no RS: Carlos Barbosa, Salto Ventoso.

Reconhecida pelos filídios ovalado-lanceolados, côncavos, com ápice acuminado, costa até V ou 1/3 da lâmina e margem serreada apenas no ápice, levemente serrulada em todo o filídio.

Diferencia-se de Aerolindigia capillacea (Hornsch.) M. Menzel, pois esta apresenta coloração mais clara e filídios longamente acuminados, com margem fortemente serrulada.

Cresce sobre rochas molhadas, perto de riachos, algumas vezes sobre troncos de árvores em locais úmidos (Sharp et al. 1994). Foi coletada sobre rochas, associada com Fissidens taxifolius Hedw.

Rhynchostegium riparioides

(Hedw.) Cardot

in

Tourr., Bull. Soc. Bot. France 60: 231. 1913 ≡

Hypnum riparioides

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 242. 1801.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Peralta & Yano (2006).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29205 p.p. (HUCS29570, SP385670); Universidade de Caxias do Sul, mata do IB, sobre rocha úmida, 4-X2006, O. Yano & J. Bordin 29147 (SP385525); idem, sobre pedra úmida, perto da cachoeira, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29165 p.p. (SP385543).

Distribuição no RS: Sapiranga, Picada Verão.

Reconhecida pelos filídios ovalados, distantes, margem serreada no ápice e serrulada até a base, bordeado com 1-2 fileiras de células lineares, longas e costa até ⅔ da lâmina. Os filídios do ramo principal são um pouco diferenciados, com ápice agudo e base mais larga.

É facilmente diferenciada de Rhynchostegium scariosum (Taylor) A. Jaeger e R. serrulatum (Hedw.) A. Jaeger pelo formato dos filídios curtos e ovalados, enquanto que nas outras espécies os filídios são oblongo-ovalados ou ovalado-lanceolados.

Cresce sobre rochas, ocasionalmente em solo e raramente em madeiras, nas áreas úmidas e em água corrente (Sharp et al. 1994), em altitudes médias até grandes (Bartram 1949). Foi coletada em parques e na mata, sobre solo e rochas, sempre em locais úmidos, asssociada com Fissidens angustifolius Sull. e Rhynchostegium scariosum (Taylor) A. Jaeger.

Rhynchostegium scariosum

(Taylor) A. Jaeger, Ber. Thátigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 1876-77: 374. 1878 ≡

Hypnum scariosum

Taylor, London J. Bot. 5: 65. 1846.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b)

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, beira da mata, barranco, no solo, 21-I-2006, J. Bordin et al. 314 (HUCS27456, SP379758); idem, sobre rochas, S. Maboni 33 (HUCS27755, SP379909); idem, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29205 p.p. (HUCS29570, SP385670); idem, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29215 (HUCS29576, SP385680); Bairro de Lourdes, sobre muro de tijolos, 14-IV2006, J. Bordin & L. Bordin 473 (HUCS28205, SP383059).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Cambará do Sul, Fortaleza; Caxias do Sul, Ana Rech - Faxinal; Garibaldi, Marcorama.

Reconhecida pelos filídios reduzidos, oblongo-ovalados, margem serreada, serrulada na base, costa forte, até ½ ou ⅓ da lâmina e células lineares a fusiformes, alares quadráticas, bem diferenciadas.

Difere de Rhynchostegium serrulatum (Hedw.) A. Jaeger, pois este apresenta filídios com ápice acuminado, mais longo e células longo-lineares.

Ocorre sobre ramos e troncos de árvores, em áreas úmidas (Sharp et al. 1994) e também sobre rochas, em médias e elevadas altitudes (Bartram 1949). Foi coletada em parques e avenidas, sobre rochas, muros e no solo, em locais úmidos, associada com Rhynchostegium riparioides (Hedw.) Cardot.

Rhynchostegium serrulatum

(Hedw.) A. Jaeger, Ber. Thátigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 1876-77: 370. 1878 ≡

Hypnum serrulatum

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 238. 1801.

Ilustração: Sharp et al. (1994).

Material examinado: Parque dos Macaquinhos, no solo, 21-I-2006, J. Bordin et al. 317 (HUCS27460, SP379762); Universidade de Caxias do Sul, dentro de um vaso, 11-I-2006, J. Bordin & R.C. Molon 259 (HUCS27400, SP379728).

Distribuição no RS: Caxias do Sul, Ana Rech; São Francisco de Paula, Floresta Nacional.

Reconhecida pelos filídios com ápice normalmente contorcido, margem inteiramente serrulada, costa até ⅔ da lâmina e células longo-lineares.

Conforme Buck (1998), esta é uma espécie muito variável, apresentando filídios muito distantes ou contorcidos, estreitos com ápice acuminado ou ovalados com ápice curto-acuminado.

Difere de Rhynchostegium scariosum (Taylor) A. Jaeger, por este apresentar filídios mais curtos, com ápice agudo a obtuso e células lineares, mais curtas.

É semelhante a Aerolindigia capillacea (Hornsch.) M. Menzel, porém esta possui gametófitos mais delgados, filídios esquarrosos, distantes, com ápices mais longos e células menores e mais estreigas.

Cresce no solo, húmus ou caules de árvores e arbustos úmidos (Sharp et al. 1994). Foi coletada no solo, em parques e áreas antropizadas.

BRUCHIACEAE

Trematodon longicollis

Michx., Fl. Bor.-Amer. 2: 289. 1803.

Ilustração: Sharp et al. (1994).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, beira do lago do Zoológico, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29122 (HUCS29524, SP385500).

Distribuição no RS: Montenegro; Pareci Novo; São Leopoldo; São Miguel das Missões, Campestre.

Reconhecida pelos filídios oblongos, levemente contorcidos quando secos, base alargada, ápice gradualmente longo-linear, margem inteira e esporófito com seta longa, castanho-avermelhada e cápsula alongada, sulcada.

Conforme Sharp et al. (1994), a costa é percurrente, entretanto, no material examinado a costa finaliza logo abaixo do ápice, mostrando que há variação nesta característica. Cresce no solo, em baixas a moderadas elevações.

BRYACEAE

Brachymenium hornschuchianum Mart., Icon. Pl. Crypt. 36. pl. 20. 1834.

Ilustração: Ochi (1980).

Material examinado: Centro, Rua Pinheiro Machado, Posto Comboio, sobre tronco de Ligustrum, 12-XI2005, J. Bordin 158p.p. (HUCS27163, SP379697); idem, sobre tronco de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 159c (HUCS27226); idem sobre tronco de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 163 p.p. (HUCS27164, SP379848); idem, sobre tronco de Cinnamomum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 477 p.p. (HUCS28479, SP383066); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 479 p.p. (HUCS28079, SP382998); ruas arborizadas, sobre tronco de Ligustrum, 26-IV-1983, O. Yano & J.R. Pirani 693 (SP182009); Bairro Exposição, Rua Santos Dumont, sobre troncos, 21-I-2006, J. Bordin et al. 312 p.p. (HUCS27450, SP379752); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Ligustrum, 15-X-2005, J. Bordin 1 51 p.p. (HUCS27224, SP379476); Parque Cinqüentenário, sobre tronco, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29064 (HUCS29478, SP385442); Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 299 (HUCS27445, SP379748), idem, sobre troncos, 28-I-2006, J. Bordin et al. 354 p.p. (HUCS27488, SP383043); idem, na mata, sobre troncos, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 215 p.p. (HUCS27266, SP379861); idem, na mata do Museu, sobre tronco de arbusto, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29154 (SP385532); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre ramos de árvore, 18IV-2006, J. Bordin et al. 503 (HUCS28104).

Distribuição no RS: São Leopoldo, São Salvador (atual município de Salvador do Sul).

Reconhecida pelo seu hábito, formando tapetes com aspecto aveludado, pelos filídios contorcidos, oblongo-lanceolados com longo ápice capiliforme, hialino e margem bordeada com 1-2 fileiras de células alongadas e amareladas. Também pode ser reconhecida pela costa delgada terminando bem perto do ápice e as células basais da lâmina retangulares (Yano & Costa 1992).

Diferencia-se de Gemmabryum acuminatum (Harvey) J.R. Spence & H.P. Ramsay, pois esta apresenta filídios mais curtos, sem borda de células diferenciadas, ápice curto-acuminado e células da lâmina romboidais, mais estreitas.

Assemelha-se a Brachymenium speciosum (Hook. f. & Wilson) Steere, que apresenta filídios um pouco mais curtos, com ápice não hialino e borda bem diferenciada, larga, de 2-3 fileiras de células alongadas.

Cresce geralmente em casca ou ramos de árvores isoladas ou de florestas mais abertas (Yano & Costa 1992). Foi coletado sobre caules de árvores e arbustos, em ruas, parques e na mata, associada com Chenia leptophylla (Müll. Hal.) R.H. Zander, Colobodontium vulpinum, Leucolejeunea unciloba (Lindenb.) A. Evans, Lopholejeunea nigricans (Lindenb.) Schiffn., Macrocoma frigida (Müll. Hal.) Vitt, Metzgeria conjugata Lindb., Plagiochila micropteryx Gottsche e Porella reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis. e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann.

Bryum argenteum Hedw., Sp. Musc. Frond.: 181. 1801.

Ilustração: Costa (1994), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, no solo, 12-XI-2005, J. Bordin 166p.p. (HUCS27161, SP379696); Parque Cinqüentenário, paredão de rocha, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29171 p.p. (HUCS29562, SP385549); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Cabralea canjerana, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 20230 p.p. (HUCS29583, SP386695); Universidade de Caxias do Sul, beira da estrada, sobre o asfalto, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 307 (HUCS27425); idem, Museu, nas calhas da sacada, 11-I-2006, J. Bordin & R.C. Molon 258 (HUCS27403, SP379731); idem, sobre rochas, 11-VIII-2005, A. Brunetto s.n. (HUCS26624, SP379688); idem, beira da mata, no solo, 18-VI2006, J. Bordin et al. 516 (HUCS28591, SP383079); Jardim Botânico de Caxias do Sul, no solo, entre as pedras do calçamento, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29263 (HUCS29607, Distribuição no RS: Cachoeira, Campos (atual município de Cachoeira do Sul); Porto Alegre; São Francisco de Paula; São Leopoldo, São Salvador (atual município de Salvador do Sul).

Reconhecida pelo gametófito reduzido, prateado, juláceo, filídios ovalados, costa forte, subpercurrente células apicais hialinas.

Normalmente o esporófito não está presente (Sharp et al. 1994), entretanto ele foi observado em um espécime do material examinado.

É uma das espécies mais comuns no mundo, melhor conhecidas e amplamente distribuídas do gênero (Ochi 1980). Ocorre em solo, rochas, troncos de árvores, paredes de cimento, telhados e outros locais abertos ou semi-sombreados (Sharp et al. 1994).

Foi coletada em substratos variados: troncos, solo, rochas, asfalto e calhas de alumínio, em parques, ruas e beira da mata, associada com Bryum limbatum Müll. Hal., Gemmabryum exile (Dozy & Molk.) J.R. Spence & H.P. Ramsay e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann.

Bryum limbatum

Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 2: 573. 1851.

Ilustração: Ochi (1980), Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, no solo, 12-IX-2005, J. Bordin 166pp. (HUCS27161, SP379696).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Fazenda do Cilho; Estação São Salvador (atual município de Salvador do Sul).

Reconhecida pelos filídios ovalados com ápice agudo ou curto-acuminado, bordeado com 3-6 fileiras de células bem diferencidas, alongadas.

Observou-se variação nos ápices dos filídios, que são agudos em alguns e curto-acuminados em outros e na costa que vai de sub-percurrente a curto-excurrente.

É muito semelhante a Bryum chryseum Mitt., diferenciando-se pelo ápice alongado com célula apical hialina e ausência de borda diferenciada nesta espécie.

Cresce sobre rochas molhadas, ao longo de riachos (Sharp et al. 1994) e também sobre solo (Yano & Colletes 2000). Foi coletada em solo batido, em local antropizado, associada com Bryum argenteum Hedw.

Rosulabryum densifolium

(Brid.) Ochyra

in

Ochyra

et al.,

Biodiv. Poland 3: 162. 2003 ≡

Bryum densifolium

Brid., Bryol. Univ. 1: 855. 1827.

Ilustração: Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Sharp et al. (1994), ambos como Bryum densifolium Brid.

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, no solo úmido, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29173 (HUCS29563, SP385551).

Distribuição no RS: Canoas; Colônia Nova Wuerttenberg (atual município de Panambi); Porto Alegre; São Francisco de Paula; São Salvador (atual município de Salvador do Sul).

Distingue-se pelos filídios oblongo-lanceolados, margem serreada na metade superior, bordeada ao longo de todo o filídio com 2-3 fileiras de células alongadas e dente apical hialino.

Normalmente ocorre em locais úmidos (Sharp et al. 1994). Foi coletada sobre o solo úmido, na mata.

DICRANACEAE

Campylopus filifolius

(Hornsch.) Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 76. 1896 ≡

Dicranum filifolium

Hornsch.

in

Martius, Fl. Bras. 1: 12. 1840.

Ilustração: Frahm (1991).

Material examinado: Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos caídos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 442 (HUCS28006, SP379917); idem, na mata, sobre troncos caídos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 450 (HUCS28080, SP382999).

Distribuição no RS: Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Portão.

Reconhecida pelos gametófitos em tufos, filídios linear-lanceolados, dispostos em verticilos ao redor do caulídio, margem inteira, serreada no ápice e secção da costa com duas camadas de estereídios, sendo a dorsal maior.

Segundo Frahm (1991), o tamanho do gametófito e o comprimento dos filídios são muito variáveis nesta espécie.

Ocorre no solo úmido, madeira em decomposição (Sharp et al. 1994), na base de troncos, solo rochoso, ao longo de rodovias e clareiras (Frahm 1991). A espécie foi coletada na mata, sobre troncos caídos.

Campylopus heterostachys

(Hampe) A. Jaeger, Ber. Thátigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 1870-1871: 421. 1872 =

Dicranum heterostachys

Hampe, Flora 48: 581. 1865.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre solo batido úmido, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29050 (HUCS29470, SP383811); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Lagestroemia, 6-X2006, O. Yano & J. Bordin 29239 (HUCS29587, SP385704); Universidade de Caxias do Sul, no solo, 20-IX-2005, J. Bordin 129, (HUCS26644, SP379691); idem, beira da mata, sobre tronco de Cupressus, 18-VI-2006, J. Bordin et al. 514 (HUCS28587, SP383075); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos, 18-IV-2006, E. Pasini 61 p.p. (HUCS28147); idem sobre tronco em decomposição, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 436 (HUCS28151).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Fazenda do Cilho; Caçapava do Sul, Minas de Camaquã; Jaquirana; São Francisco de Paula, Fazenda Violeta.

Reconhecida pelos filídios oblongo-lanceolados, com margem revoluta e secção transversal da costa com lamelas dorsais de 1-2 células de altura, duas camadas de estereídios e duas de leucocistos.

É semelhante a Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid., porém este apresenta filídios mais curtos, base ovalada e secção da costa com apenas uma camada dorsal larga de estereídios. Segundo Frahm (1991), esta espécie é facilmente distinguida de Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid. pelas paredes estreitas das células basais da lâmina, pelas células alares que ocupam parte da costa, pelo ápice serreado e pelos grandes leucocistos ventrais.

Ocorre sobre troncos de árvores e florestas em declínio, até 2.000 m (Sharp et al. 1994).

Foi coletada em parques e na mata, no solo, sobre troncos e troncos em decomposição, associada com Atrichum androgynum (Müll. Hal.) A. Jaeger.

Campylopus occultus

Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12:86. 1869.

Ilustração: Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, no solo, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 228 p.p. (HUCS27368, SP379892).

Distribuição no RS: Canela; Montenegro; Pelotas, Campus Universitário; Portão; Porto Alegre; Rio Grande; São Francisco de Paula; São Leopoldo, São Salvador (atual município de Salvador do Sul).

Reconhecida pelos filídios ovalado-lanceolados e secção da costa com uma camada dorsal de estereídios e duas camadas ventrais de leucocistos, uma com células grandes, retangulares e outra com células menores, arredondadas, intercaladas entre as células maiores.

Cresce em solo turfoso ou arenoso úmido, sobre tocos de árvores e rochas arenosas, até 2.000 m (Frahm 1991). Foi coletada em parques, no solo, associada com Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt.

Campylopus pilifer

Brid., Muscol. Recent. Suppl. 4: 72. 1819.

Ilustração: Frahm (1991), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Parque Cinqüentenário, no solo, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 233 (HUCS27366, SP379890); Universidade de Caxias do Sul, barranco, no solo, 20-IX-2005, J. Bordin 120 (HUCS26638, SP379690).

Distribuição no RS: Canela.

Reconhecida pelos gametófitos eretos, em tufos rígidos, filídios com ápice capilar, hialino, serreado e secção da costa com lamelas de 1-2 células de altura, camada dorsal de estereídios e duas camadas de leucocistos, uma ventral com células grandes de paredes sinuosas e outra central, com células menores, arredondadas, afastadas.

Difere das demais espécies estudadas do gênero pelos filídios lanceolados e pelo ápice longo, capilar, hialino, serreado.

No material examinado, foram observadas 1-2 células nas lamelas costais, diferindo da descrição de Frahm (1991), que observou 3-4 células de altura nestas lamelas. Segundo Frahm (1991), as longas lamelas costais que estocam água são adaptações desta espécie aos hábitats secos. Portanto, as lamelas mais curtas observadas podem estar relacionadas ao clima mais úmido na área de estudo.

Ocorre sobre rochas expostas, solo seco, ao longo de rodovias e trilhas (Frahm 1991). Foi coletada em parques, no solo, em barrancos.

Holomitrium olfersianum

Hornsch.

in

Martius, Fl. Bras. 1(2): 18. 1840.

Ilustração: Hornschuch (1840), Mello & Yano (1991).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, Mata da Capela, interior da mata, sobre troncos, 17VII-2006, M. Sartori 114 (HUCS28901, SP383617).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Canela, Parque das Sequóias; Colônia Nova Wuerttemberg (atual município de Panambi); Gramado; Nonoai, Parque Estadual Florestal de Nonoai; Nova Petrópolis; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Porto Alegre; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula, Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Veraneio Hampel; São José dos Ausentes; Silveira Martins.

Reconhecida pelos filídios crispados quando secos, longo-lanceolados, com margem duplamente denteada, inteira na base, percurrente e porção basal alargada na altura dos ombros.

O gametófito assemelha-se ao de Ptychomitrium vaginatum Besch., entretanto este é menor, possui filídios com a base hialina e margem inteiramente lisa.

As espécies do gênero crescem em ramos e troncos de árvores (Gradstein et al. 2001). Foi coletada na mata, sobre troncos.

DITRICHACEAE

Ditrichum subrufescens

Broth., Acta Soc. Sci. Fenn. 19(5): 6. 1891.

Ilustração: Yano & Bordin (2006).

Material examinado: Parque dos Macaquinhos, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29210 (SP385675).

Distribuição no RS: São Francisco de Paula, Lajeado Grande.

Reconhecida pelos gametófitos verde-amarelados, filídios lanceolado-lineares, subulados, denticulados apenas na região apical do ápice e pelos esporófitos com cápsulas eretas, amareladas.

Os filídios lanceolado-lineares e delgados assemelham-se aos das espécies estudadas da família Dicranaceae, entretanto, estes apresentam gametófitos eretos e células alares normalmente diferenciadas.

Cresce no solo sombreado e úmido, em barrancos ou rochas (Sharp et al. 1994). Foi coletada em parques, sobre barrancos úmidos.

ENTODONTACEAE

Erythrodontium longisetum

(Hook.) Paris, Index Bryol.: 436. 1896 ≡

Neckera longiseta

Hook., Musci Exot. 1: 43. 1818.

Ilustração: Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, interior da mata, sobre tronco caído, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 300 (HUCS27433, SP379736).

Distribuição no RS: Cerro Largo, Rio Encantado; Gramado; Montenegro, Linha Júlio de Castilho; Santa Cruz; São Francisco de Paula; São Luiz das Missões, Bossoroca (atuais municípios de São Luiz Gonzaga e Bossoroca); Vacaria.

Reconhecida pelos filídios côncavos, orbicularovalados, ápice abruptamente acuminado, ecostados, com células alares bem diferenciadas.

No material examinado não foi observada costa nos filídios, entretanto, segundo Sharp et al. (1994), quando presente, esta estrutura pode ser curta e dupla.

Cresce em galhos e troncos de árvores e sobre rochas (Sharp et al. 1994), em ambientes secos (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Foi coletada na mata, sobre troncos caídos.

ERPODIACEAE

Aulacopilum glaucum

Wilson, London J. Bot. 7: 90. 1848.

Ilustração: Vital (1980).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre tronco, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29066 (SP385444).

Distribuição no RS: Caçapava do Sul; Camargo; Candelária; Canela; Carazinho; Catuípe; Caxias do Sul, Ana Rech; Cerro Largo; Encantado; Farroupilha; Frederico Westphalen; Getúlio Vargas; Guarani das Missões; Ijuí; Marcelino Ramos; Palmeira das Missões; Panambi; Santa Cruz do Sul; Santa Rosa; São Gabriel; São Luiz Gonzaga; São Marcos; São Pedro do Sul; Tenente Portela; Três Passos; Venâncio Aires; Vicente Dutra.

Reconhecida pelos gametófitos bem aderidos ao substrato, filídios assimétricos, células pluripapilosas e esporófito com caliptra plicada.

Todos os membros desta família ocupam nichos ecológicos bem específicos, isto é, são encontrados em locais onde a vegetação arbórea é bastante esparsa e em locais antropizados, tais como chácaras, pomares, jardins botânicos, praças públicas, sobre árvores ao longo de ruas e avenidas de grandes cidades industriais (Vital 1980). Foi coletada em parques, sobre tronco de árvore.

FABRONIACEAE

Dimerodontium mendozense

Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 541. 1869.

Figura 2


Material examinado: Centro, Rua Os 18 do Forte, junto ao canteiro, no solo, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 222 p.p. (HUCS27302, SP379495); idem, sobre tronco de Ligustrum, 2-XII-2005, J. Bordin et al. 181 p.p. (HUCS27204, SP379483); idem, Rua Visconde de Pelotas, no canteiro, sobre rocha, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 219 p.p. (HUCS27301, SP379494); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Platanus, 15-X-2005, J. Bordin 152 p.p. (HUCS27228, SP379478); idem, sobre tronco de Lagestroemia, 14IV-2006, J. Bordin & L.Bordin481 p.p. (HUCS28054, SP382983); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 484 (HUCS28485, SP383070); Bairro São Pelegrino, sobre tronco de Ligustrum, 18-XI-2005, J. Bordin 130 p.p. (HUCS26648, SP379693); Parque Cinqüentenário, na base de tronco de Mimosaceae, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29068 (SP385446); Universidade de Caxias do Sul, interior da mata, sobre muro, 17I-2005, J. Bordin & E. Pasini 291 (HUCS27442, SP379745); idem, sobre tronco de Eucalyptus, 20-IX2005, J. Bordin 127 p.p. (HUCS26614, SP379679); idem, na calçada, 18-VI-2006, J. Bordin et al. 513 (HUCS28592, SP383080).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Montenegro, Pareci Novo (atual município de Pareci Novo); Santa Cruz; São Leopoldo, Três Portos, Praça Centenário.

Reconhecida pelos filídios juláceos quando secos, ereto-patentes quando úmidos, côncavos, ovalados, base cordada, costa forte, até ⅔ da lâmina e células basais bem diferenciadas.

Cresce sobre casca de árvores ou rochas, junto de rios (Sehnem 1970).

A espécie parece não ter muita especificidade por substrato, já que foi coletada sobre troncos de diversas espécies de árvores, rochas, solo, muros e calçadas, associada com Colobodontium vulpinum (Mont.) S.P. Churchill & W.R. Buck, Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck, Fissidens inaequalis Mitt. e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann. Cresce no interior da mata, mas parece preferir ambientes urbanizados, já que foi facilmente encontrada em ruas movimentadas, praças e parques.

Fabronia ciliaris

var.

polycarpa

(Hook.) W.R. Buck, Brittonia 35(3): 251. 1983 ≡

Fabronia polycarpa

Hook., Musci Exot. 1: 3. 1818.

Ilustração: Buck (1983), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Rua Alfredo Chaves, sobre raízes de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 160 p.p. (HUCS27222, SP379474); idem, sobre tronco de Ligustrum, 2-XII-2005, J. Bordin et al. 181 p.p. (HUCS27204, SP379483); idem, Rua Os 18 do Forte, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 221 p.p. (HUCS27291, SP379707); idem, próximo a Rodoviária, sobre troncos, 16-IX-2005, J. Bordin 132 p.p. (HUCS26622, SP379686); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 482b p.p. (HUCS28484, SP383069); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 486 (HUCS28204, SP383058); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 487 p.p. (HUCS28056, SP382985); nas ruas arborizadas, sobre tronco de Ligustrum, 26-IV-1983, O. Yano & J.R. Pirani 6938 (SP182013); Bairro de Lourdes, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Salix, 12-XI-2005, J. Bordin 164ap.p. (HUCS27220, SP379473); idem, sobre tronco de Ligustrum, 21-I-2006, J. Bordin et al. 311 (HUCS27463, SP379765); idem, sobre tronco de Senna, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 469 p.p. (HUCS28206); idem, sobre tronco de Jacaranda, 12XI-2005, J. Bordin 165 p.p. (HUCS27162, SP379847); Bairro São Pelegrino, sobre tronco de Syagrus, 21-I2006, J. Bordin & L.S. Bordin 327 (HUCS27465, SP379767); idem, sobre tronco de Ligustrum, 18-XI2005, J. Bordin 130 p.p. (HUCS26648, SP379693); Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Mimosaceae, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29067 (HUCS29479, SP385445); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Lagestroemia, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29229 (HUCS29582, SP385694); Universidade de Caxias do Sul, na sacada, em vaso de flor, J. Bordin & R.C. Molon 259 (HUCS27401, SP379729); idem, sobre tronco de Eucalyptus, 20-IX-2005, J. Bordin 127 p.p. (HUCS26614, SP379679).

Distribuição no RS: Colônia Wuerttenberg (atual município de Panambi); Erechim; Montenegro, São Pedro; Portão; Santo Ângelo; São Leopoldo, Vila Gonzaga.

Reconhecida pelos gametófitos reduzidos, formando tapetes, filídios ovalado-lanceolados, ápice gradualmente longo-acuminado, costa forte até ½ ou ⅔ da lâmina, células romboidais, diferenciadas na base e esporófitos com seta e cápsula amarelada.

Cresce normalmente em troncos de árvores (Sharp et al. 1994) e troncos podres (Sehnem 1970), em local aberto, na margem da mata e sobre o solo em ambiente sombrio e úmido (Valdevino et al. 2002) ou sobre árvores isoladas de parques e jardins (Yano 1994).

Foi coletada sobre troncos de diversas espécies de árvores, raízes e no solo endurecido, em ruas, parques e praças, associada com Colobodontium vulpinum (Mont.) S.P. Churchill & W.R. Buck, Dimerodontium mendozense Mitt., Frullania ericoides (Nees) Mont., F. glomerata (Lehm. & Lindenb.) Nees & Mont., Helicodontium capillare (Hedw.) A. Jaeger, Macrocoma tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt, Porella brasiliensis (Raddi) Schiffn., P. reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis., P. swartziana (F. Weber) Trevis. e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann. Pode ser considerada uma espécie bem adaptada a ambientes urbanos, já que foi muito coletada no centro da cidade e não apareceu na mata, nas áreas melhor preservadas.

FISSIDENTACEAE

Fissidens asplenioides

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 156.1801.

Ilustração: Florschütz (1964), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, beira da mata, no solo, 21-I-2006, J. Bordin et al. 318 (HUCS27461, SP379763).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Caxias do Sul, Vila Oliva; Montenegro, Estação São Salvador (atual município de Salvador do Sul); São Francisco de Paula, Fazenda Englert; São Leopoldo; Vacaria (Passo do Socorro).

Reconhecida pelos gametófitos contorcidos, filídios oblongo-lanceolados, crispados quando secos, elimbados, lâmina vaginante ⅔ do filídio, células mamilosas e costa percurrente.

No material examinado, o ápice dos filídios varia de agudo a mucronado, concordando com Florschütz (1964), que observou ápices agudos no espécime tipo e obtuso em outros espécimes examinados, concluindo que esta não é uma boa característica para ser utilizada na diferenciação específica.

Assemelha-se a Fissidens radicans Mont. pelos ápices dos filídios circinados quando secos, mas a última espécie apresenta gametófitos eretos, delgados, com filídios distantes, mais escuros, com células pequenas.

Cresce sobre troncos de árvores e rochas, comum em altitudes elevadas, em florestas tropicais (Florschütz 1964). Também pode ser encontrada sobre solo, rochas úmidas ou quase submersa nos rios e lagos (Yano et al. 2003). Foi coletada em parques, no solo, em local úmido.

Fissidens elegans

Brid., Muscol. Recent. Suppl. 1: 167. 1806.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, solo úmido, 5-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29178 (SP385556).

Distribuição no RS: São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos filídios imbricados, oblongos, elimbados, ápice agudo normalmente terminando em uma célula apical hialina e com células escuras, pluripapilosas.

No material examinado não foi observado limbídio na lâmina vaginante, entretanto, segundo Pursell (1994), uma fileira de células, variável em tamanho e ocorrência pode estar presente, formando um bordo. Quando esta característica está presente, a espécie pode ser confundida com Fissidens guianensis Mont.

No material examinado, Fissidens guianensis Mont., apresenta limbídio de 1-4 células alongadas na base da lâmina vaginante, diferenciando-se assim de Fissidens elegans Brid. onde esta característica não foi observada.

Difere de Fissidens pellucidus Hornsch. pelos filídios com ápice gradualmente acuminado e células mamilosas, hialinas, e de Fissidens taxifolius Hedw., pela presença de células mamilosas na lâmina vaginante.

Cresce no solo, sobre rochas (Sharp et al. 1994) e também sobre troncos de árvores (Yano et al. 2003). Foi coletada na mata, em solo úmido.

Fissidens radicans

Mont., Ann. Sci. Nat., Bot. Ser. 2, 14: 345. 1840.

Ilustração: Florschütz (1964), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, Bairro Panazzollo, sobre rochas, 6-II-2006, S. Maboni 32 (HUCS27523, SP379900).

Distribuição no RS: São Leopoldo, Capão da Lagoa.

Reconhecida pelos filídios elimbados, com ápices crispados quando secos, costa percurrente, margem crenulada; lâmina vaginante V a % do filídio e células pequenas, hexagonais, diferenciadas na margem, arredondadas na lâmina vaginante.

Assemelha-se a Fissidens asplenioides Hedw. pelos ápices crispados, mas difere pois este apresenta tamanho maior do gametófito e filídios imbricados.

Cresce sobre cascas de árvores (Florschütz 1964), madeira em decomposição (Sharp et al. 1994) e raramente sobre rochas, do nível do mar até 700 m (Bruggeman-Nannenga & Pursell 1990). Foi coletada sobre rochas, em área antropizada.

HYPNACEAE

Chryso-hypnum diminutivum

(Hampe) W.R. Buck, Brittonia 36: 182. 1984 ≡

Hypnum diminutivum

Hampe, Linnaea 20: 86. 1847.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, interior da mata, no solo, 21-I-2006, J. Bordin et al. 324 (HUCS27457, SP379759); Universidade de Caxias do Sul, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 17-XII-2005, J. Bordin & D.F. Peralta 182 (HUCS27205); idem, mata do Bloco F, no solo úmido, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29167 p.p. (HUCS29559, SP385545); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre pedras do calçamento, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 464 (HUCS28003, SP379914); idem, no calçamento, 18-VI-2006, J. Bordin et al. 510p.p. (HUCS28076, SP382995); idem, na mata, no solo, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 453 (HUCS28073); idem, sobre troncos, 2-IX-2005, F. Marchett 374 (HUCS26639, SP 379659).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Canela, Floresta Nacional de Canela; Caxias do Sul, Vila Oliva; Gramado; Nonoai, Floresta Estadual de Nonoai; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos filídios ovalado-lanceolados, gradualmente acuminados, serrulados no ápice, pelas células alongadas com projeções papilosas apicais e células alares bem diferenciadas, quadradas, em 3-5 fileiras. Os filídios do caulídio e dos ramos são levemente diferenciados, sendo os dos ramos menores.

Cresce na base de troncos, troncos em decomposição, solo e rochas (Sharp et al. 1994), no interior da mata (Peralta & Yano 2005). Foi coletada em parques e na mata, sobre troncos, solo e rochas, associada com Lophocolea bidentata (L.) Dumort.

Isopterygium tenerum

(Sw.) Mitt., J. Linn. Soc., Bot. 12: 499. 1869 ≡

Hypnum tenerum

Sw., Flora Ind. Occid. 3: 1817. 1806.

Ilustração: Hirai et al. (1998), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 226 p.p. (HUCS27355, SP379880).

Distribuição no RS: Cambará do Sul, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Colônia Nova Wuerttenberg (atual município de Panambi); Farroupilha; Lavras; Montenegro; Novo Hamburgo; Porto Alegre; São Francisco de Paula; São Leopoldo.

Reconhecida pelos filídios ovalado-lanceolados, eretopatentes, complanados, margem inteira, serreada no ápice e células alares em pequenos grupos, diferenciadas, quadráticas, amareladas.

É uma espécie muito variável (Sharp et al. 1994), difícil de caracterizar (Behar et al. 1992).

Cresce sobre troncos e base de troncos de árvores e arbustos, troncos em decomposição e raramente sobre rochas (Sharp et al. 1994), comumente em locais secos, mas às vezes também em ambientes encharcados (Hirai et al. 1998). Foi coletada em parques, sobre tronco de árvore, associada com Bryoerythrophyllum recurvirostrum (Hedw.) Chen., Chionoloma schimperiana (Paris) M. Menzel, Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt. e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R.H. Zander.

Vesicularia vesicularis

(Schwägr.) Broth.

in

Engler & Prantl, Nat. Pflanzenfam. 1(3): 1094. 1908 ≡

Hypnum vesiculare

Schwägr., Sp. Musc. Frond. Suppl. 2(2, 2): 167. 1827.

Ilustração: Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Praça Dante Alighieri, sobre tronco de Ligustrum, 3-VIII-2003, J. Bordin 19b (HUCS22331, SP262472); idem, sobre tronco de Ligustrum, 3-VIII-2003, J. Bordin 20 (HUCS22332, SP362473).

Distribuição no RS: Cerro Largo; Porto Alegre; São Leopoldo.

Reconhecida pelos filídios ovalados, côncavos, largos, apiculados, com células romboidais. Encontrada geralmente com esporófitos (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b).

Ocorre sobre rocha, solo, córtex vivo ou em decomposição, areia de rio e lugares úmidos próximos de rios e cachoeiras (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Foi coletada em praças, sobre troncos.

HYPOPTERIGIACEAE

Hypopterygium tamarisci

(Sw.) Brid.

ex

Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 2: 8. 1850 ≡

Hypnum tamarisci

Sw., Fl. Ind. Occ. 3: 1825. 1806.

Ilustração: Sharp et al. (1994, como Hypopterygium tamariscinum (Hedw.) Brid.).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29207 (HUCS29571, SP385672); idem, no barranco rochoso, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29213 (SP385678); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do riacho, sobre tronco, 12-I-2006, J. Bordin et al. 275 (HUCS27408).

Distribuição no RS: Esmeralda; Porto Alegre; São Francisco de Paula, Carapina.

Reconhecida pelos gametófitos dendróides, filídios dimórficos em três fileiras, ovalados, margem serreada na metade superior e costa descentralizada, até ⅔ da lâmina.

Ocorre sobre rocha, córtex vivo e em decomposição e xaxim, na margem de rios, em ambientes úmidos, sombrios, raramente ensolarados e secos, do nível do mar até 870 m (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b).

Forma tapetes bem visíveis devido à coloração verde-amarelada dos gametófitos, tendo sido coletada em parques, na margem de riacho, no solo, sobre rochas e troncos, em locais úmidos.

LEMBOPHYLLACEAE

Orthostichella rigida

(Müll. Hal.) B.H. Allen & Magill, Bryologist 110(1): 25. 2005 ≡

Neckera rigida

Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 2(1): 126. 1850.

Ilustração: Allen & Magill (2007), Sharp et al. (1994), como Pilotrichella rigida (Müll. Hal.) Besch.

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, interior da mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 309 (HUCS27447, SP379750); idem, interior da mata, sobre tronco de Sloanea, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 193 (HUCS27271, SP379866); idem, na mata, sobre tronco de Sloanea, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 174 p.p. (HUCS27193, SP379849); idem, J. Bordin & L. Bordin 172 p.p. (HUCS27201, SP379853); na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171bp.p. (HUCS27294); na mata, sobre tronco de Cupania, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 200 p.p. (HUCS27286, SP379870); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre tronco caído, 12-I-2006, J. Bordin et al. 274 (HUCS27412); idem, interior da mata, sobre troncos, 3-XI-2005, R. Wasum 3068, (HUCS27402, SP379730); idem, na mata de Pinus, sobre tronco, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 438 (HUCS28004, SP379915); idem, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 443 (HUCS28072, SP382991); idem, sobre troncos, 18-IV-2006, E. Pasini 65 (HUCS28055, SP382984); idem, na mata, sobre tronco caído, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 447 (HUCS28101, SP383010); idem, interior da mata, sobre troncos, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 500 (HUCS28100, SP383009); idem, interior da mata, sobre troncos, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 505 (HUCS28150, SP383020); idem, sobre troncos, 7-VII2004, R. Wasum 2152, (HUCS2680); idem, sobre troncos, 3-VIII-2004, R. Wasum 2158 (HUCS23935, SP372398).

Distribuição no RS: Caxias do Sul, Ana Rech - Faxinal; Garibaldi, Marcorama; São Francisco de Paula, Floresta Nacional.

Reconhecida pelos gametófitos verde-paleáceos, brilhantes, alongados, pendentes, filídios longolanceolados, constrictos logo acima da região basal e curvados na parte superior.

São pendentes nos ramos e troncos de árvores, em altitudes baixas a moderadas (Sharp et al. 1994). Também pode ser encontrada, com menor freqüência, sobre rochas (Buck 1998).

Foi coletada apenas no interior da mata, sobre troncos ou troncos caídos, associada com Frullania brasiliensis Raddi, F. ericoides (Nees) Mont., F. glomerata (Lehm. & Lindenb.) Nees & Mont., Lejeunea phyllobola Nees & Mont., L. setiloba Spruce, Metzgeria fruticola Spruce, Neckera villaericae Besch., Plagiochila corrugata (Nees) Nees & Mont., Radula javanica Gottsche, R. nudicaulis Steph. e R. tectiloba Steph. Parece ter preferência por locais sombreados, úmidos e mais bem preservados.

LEUCODONTACEAE

Leucodon julaceus

(Hedw.) Sull., Musci. Allegh.: 87. 1845 ≡

Pterigynandrum julaceum

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 81. 1801.

Ilustração: Buck (1998), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata em frente ao Museu, sobre tronco de Schinus, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 186 (HUCS27283, SP379488).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Estadual de Espigão Alto; Nova Petrópolis; Planalto, Parque Estadual de Nonoai; São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos gametófitos delgados quando secos, filídios juláceos, ovalados, ecostados, com ápice curto-acuminado e células bem diferenciadas no centro e nas margens.

Cresce sobre troncos de árvores (Sharp et al. 1994), freqüentemente perto de riachos (Buck 1998). Foi coletada na mata, sobre troncos.

METEORIACEAE

Meteorium deppei

(Müll. Hal.) Mitt., J. Linn. Soc., Bot. 12: 441. 1869 ≡

Neckera deppei

Hornsch.

ex

Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 2: 136. 1850.

Ilustração: Buck (1998), Hirai et al. (1998), Sharp et al. (1994), todos como Papillaria deppei (Hornsch. ex Müll. Hal.) A. Jaeger.

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco de castanheira, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 207 (HUCS27265, SP379860); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira da mata, sobre tronco de Schinus, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 490 (HUCS28032, SP382972); idem, interior da mata, sobre tronco de Sebastiania, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 499 (HUCS28093, SP383002).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo.

Reconhecida pelos filídios triangular-lanceolados, base auriculada, ápice longo-acuminado, capilar e células fusiformes com 1-6 papilas.

Difere de Meteorium nigrescens (Hedw.) Dozy & Molk. pois este apresenta gametófitos mais robustos, filídios ovalado-triangulares, mais largos e ápice curto-acuminado.

Cresce sobre ramos de árvores em matas, ocasionalmente em superfícies de rochas úmidas (Hirai et al. 1998). Também sobre troncos em decomposição em ambientes sombrios e raramente ensolarados (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b).

Parece ter preferência por locais menos degradados pois foi coletada sobre troncos, unicamente no interior e beira da mata.

Meteorium nigrescens

(Hedw.) Dozy & Molk., Musci Frond. Ined. Archip. Ind.: 160. 1848 ≡

Hypnum nigrescens

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 250. 1801.

Ilustração: Buck (1998), Hirai et al. (1998), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b), todos como Papillaria nigrescens (Sw. ex Hedw.) A. Jaeger.

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, Vila Olímpica, beira da mata, sobre tronco caído, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 297 (HUCS27427); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171c p.p. (HUCS27295, SP379873); idem idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171d p.p. (HUCS27296, SP379874); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira da mata, sobre barrancos, 12-IV-2006, J. Bordin et al.461 p.p. (HUCS28017, SP379922); idem, beira da mata, sobre tronco, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 488p.p. (HUCS28108, SP383014).

Distribuição no RS: Canoas; Colônia Nova Wuerttenberg (atual município de Panambi); Esmeralda; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Porto Alegre; São Francisco de Paula; São Leopoldo, São Salvador (atual município de Salvador do Sul), Quilombo.

Reconhecida pelos gametófitos moderadamente robustos, filídios plicados, normalmente tingidos de preto, ovalado-triangulares, gradualmente curtoacumindos e células fusiformes, pluripapilosas.

Difere de Meteorium deppei (Müll. Hal.) Mitt. pois este apresenta gametófitos mais delgados, filídios mais alongados e estreitos, base auriculada, ápice hialino, capilar e células menores, fusiformes.

Cresce sobre troncos de árvores e rochas, na beira de riachos, em ambiente sombrio ou ensolarado, úmido ou seco (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Foi coletada no interior e beira da mata, sobre troncos e troncos caídos, associada com Poreíía reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis., Raduía tectiíoba Steph., R. sinuata Gottsche ex Steph., R. voíuta Taylor e Schíotheimia jamesonii (W.-Arn.) Brid.

MNIACEAE

Plagiomnium rhynchophorum

(Hook.) T.J. Kop., Hikobia 6: 57. 1971 [1972] ≡

Mnium rhynchophorum

Hook., Icon. Pl. 1: pl. 20, fig. 3. 1836.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano (1990).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, no solo úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29198 (HUCS29566, SP385663); Universidade de Caxias do Sul, Mata da Capela, beira do caminho, no solo, 2-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 178 (HUCS27202, SP379481); idem, na mata, beira do riacho, no solo, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 306 (HUCS27440, SP379743); Jardim Botânico de Caxias do Sul, no caminho, entre o calçamento, 12-I-2006, J. Bordin et al. 263 (HUCS27421, SP379524); idem, na mata, sobre rocha, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 462 (HUCS28043, SP382978); idem, junto a estrada, no solo, entre paralelepípedo, 18-IV-2006, E. Pasini 64 (HUCS28033, SP382973); idem, no caminho, entre as pedras do calçamento, 18-IV-2006, J. Bordin & T. Ziembowicz 489 (HUCS28034, SP382974); idem, beira do riacho, barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29190p.p. (HUCS29541, SP385568).

Distribuição no RS: São Borja; São Francisco de Paula; São Leopoldo, São Salvador (atual município de Salvador do Sul).

Reconhecida pelos gametófitos estoloniformes, verde-brilhantes, filídios grandes, oblongo-elípticos e pela margem serreada, inteiramente bordeados com 2-4 fileiras de células lineares.

Cresce em locais úmidos, sobre húmus e base de troncos (Sharp et al. 1994). Foi coletada na mata e em local antropizado, no solo, barrancos, beira de riachos e entre pedras do calçamento de ruas, associada com Dumortiera hirsuta (Sw.) Nees. Parece não ter preferência por lugares menos impactados, e solos mais ricos, pois foi coletada tanto na mata como em solo pobre, entre pedras do calçamento de ruas.

MYRINIACEAE

Helicodontium capillare (Hedw.) A. Jaeger, Ber. Thãtigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 1876-77: 225. 1878 ≡ Leskea capiííaris Hedw., Sp. Musc. Frond.: 221. 1801.

Ilustração: Hirai et al. (1998), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, Rua Alfredo Chaves, sobre raízes de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 160 p.p. (HUCS27222, SP379474); idem, sobre tronco de Ligustrum, 3-VIII-2003, J. Bordin 19a (HUCS22330, SP362471); Parque Cinqüentenário, sobre rocha, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29074 (HUCS29483, SP385452).

Distribuição no RS: Canoas; Montenegro, Estação São Salvador (atual município de Salvador do Sul); Porto Alegre; São Leopoldo, Vila Gonzaga, Feitoria, Arroio Kruse.

Reconhecida pelos filídios oblongo-lanceolados, costa forte até ⅔ da lâmina; margem crenulada, serrulada na metade superior e células alares bem diferenciadas, quadráticas em 4-6 fileiras.

Cresce sobre troncos de árvores, principalmente na base, raramente sobre rochas (Hirai et al. 1998).

Segundo Sharp et al. (1994), quando esta espécie cresce em hábitats marginais, sobre rochas ou troncos em decomposição, o ápice é normalmente mais longo e a costa relativamente menor. O material examinado, coletado em parques e ruas, sobre troncos, raízes e rochas, associada com Fabronia ciíiaris var. poíycarpa (Hook.) W.R. Buck e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann, não apresenta estas características.

NECKERACEAE

Neckera scabridens

Müll. Hal., Bot. Zeitung 5: 828. 1947.

Ilustração: Sastre-de-Jesus (1987).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco de Síoanea, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 174b (HUCS27293, SP379872); idem, sobre troncos, 28-I-2006, J. Bordin et al. 355 p.p. (HUCS27489); idem, na mata secundária, sobre tronco, 17-VII-2006, E. Pasini 116 p.p. (HUCS28893, SP383609); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 439 (HUCS28044); idem, na mata, sobre tronco de arbusto, 5-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29183 p.p. (HUCS29498, SP385561).

Distribuição no RS: Bento Gonçalves; Montenegro, Linha São Pedro; São Luiz das Missões, Bossoroca (atuais municípios de São Luiz Gonzaga e Bossoroca); São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos filídios dísticos, fortemente ondulados com ápice acuminado e margem serreada no ápice.

Diferencia-se de Neckera viííae-ricae Besch. por esta apresentar filídios mais longos e lisos, sem ondulações e margem levemente serrulada no ápice acuminado.

É uma espécie epífita muito comum nas florestas de páramos e montanhas da Argentina, Chile, norte da Venezuela e leste do Brasil (Sastre-de-Jesus 1987). Foi coletada sobre troncos, na mata ou borda de mata, associada com Lejeunea phyííoboía Nees & Mont., Macrocoma orthotrichoides (Raddi) Wijk & Margad., Metzgeria dichotoma (Sw.) Nees, Neckera viííae-ricae Besch., Píagiochiía corrugata (Nees) Nees & Mont. e Poreíía brasiíiensis (Raddi) Schiffn.

Neckera villae-ricae

Besch., Mém. Soc. Sci. Nat. Cherbourg 21: 264. 1877.

Ilustração: Sastre-de-Jesus (1987).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 214 (HUCS27305, SP379498); idem, na mata, sobre tronco de Cupania, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 200 p.p. (HUCS27286, SP379870); idem, sobre troncos, 28-I-2006, J. Bordin et al. 355 p.p. (HUCS27489); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre tronco, 12-I-2006, J. Bordin et al. 268 p.p. (HUCS27386, SP379717); idem, no tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29182 (HUCS29497, SP385560); idem, no tronco, mata do IB, 1-X-2006, J. Bordin & LPR. Cunha 523 (HUCS29651); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29183 p.p. (HUCS29498, SP385561).

Distribuição no RS: Arroio do Tigre; Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Bento Gonçalves; Bom Jesus, Serra da Rocinha; Caxias do Sul, Forqueta; Cruz Alta, Colônia Nova Wuerttenberg; Dois Irmãos; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Lagoa Vermelha; Montenegro, Pareci Novo (atual município de Pareci Novo), Linha São Pedro; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Novo Hamburgo; Panambi; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Santa Cruz; Santana da Boa Vista, Fazenda Passo da Chácara; São Francisco de Paula; São Leopoldo, Morro Dois Irmãos, Feitoria, Fazenda São Borja, São Salvador (atual município de Salvador do Sul); São Luiz das Missões, Bossoroca (atuais municípios de São Luiz Gonzaga e Bossoroca); Taquara; Vacaria.

Reconhecida pelos gametófitos complanados, filídios lisos, sem ondulações, com margem levemente serrulada no ápice.

Difere de Neckera scabridens Müll. Hal. pois esta apresenta filídios fortemente ondulados, com margem serreada no ápice que é acuminado.

É freqüentemente encontrada como epífita (Sastrede-Jesus 1987). Foi coletada sobre troncos, na mata ou borda de mata, associada com com Lejeunea cristuíata (Steph.) E. Reiner & Goda, L. phyííoboía Nees & Mont., Leucoíejeunea unciíoba (Lindenb.) A. Evans, Macrocoma orthotrichoides (Raddi) Wijk & Margad., Metzgeria fruticoía Spruce, Neckera scabridens Müll. Hal., Orthosticheíía rigida (Müll. Hal.) B.H. Allen & Magill e Poreíía brasiíiensis (Raddi) Schiffn.

Porotrichum longirostre

(Hook.) Mitt., J. Linn. Soc., Bot. 12: 461. 1869 ≡

Neckera íongirostris

Hook., Musci Exot. 1: 1. 1818.

Ilustração: Costa (1994), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29177 (HUCS29493, SP385555).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Serra da Rocinha; Cambará do Sul, Fortaleza; Canela, Floresta Nacional de Canela; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Gramado; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula, Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Serra do Faxinal.

Reconhecida pelo gametófito frondoso e ápice dos filídios fortemente serreado, o que distingue esta espécie facilmente das outras espécies de Neckeraceae observadas. Conforme Bartram (1949), é uma espécie muito variável no tamanho e forma dos filídios, conforme sua localização no ramo, sendo os apicais mais estreitos com dentes maiores.

Cresce sobre troncos e ramos mais baixos de árvores, sendo menos comum em rochas calcáreas (Sharp et al. 1994). Também encontrada sobre troncos em decomposição, na mata úmida (Costa 1994). Foi coletada sobre tronco, na mata.

ORTHODONTIACEAE

Orthodontium pelucens

(Hook.) B.S.G.

in

Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 1: 240. 1849 ≡

Bryum peííucens

Hook., Icon. Pl. 1: 34. 1836.

Ilustração: Sharp et al. (1994).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, sobre barranco, sobre rochas, 20-IX-2005, J. Bordin 123 (HUCS26636, SP379689).

Distribuição no RS: São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos gametófitos reduzidos e amarelados com filídios lanceolados, contorcidos quando secos, costa forte, subpercurrente, margem serrulada e esporófitos com cápsula avermelhada, ovóide-piriforme, sulcada quando seca.

Ocorre sobre troncos (Sharp et al. 1994). Foi coletada sobre rochas, na beira da mata.

ORTHOTRICHACEAE

Macrocoma orthotrichoides

(Raddi) Wijk & Margad., Taxon 11: 221. 1962 ≡

Lasia orthotrichoides

Raddi, Critt. Bras.: 30. 1822.

Ilustração: Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, próximo a Rodoviária, sobre tronco, 16-IX-2005, J. Bordin 131 (HUCS26623, SP379687); Bairro de Lourdes, sobre tronco de Senna, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 470 (HUCS28208, SP383061); Bairro Exposição, beira da rua, sobre tronco, 21-I-2006, J. Bordin et al. 322 p.p. (HUCS27453, SP379755); Parque Cinqüentenário, sobre tronco, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29063 (HUCS29477, SP385441); Universidade de Caxias do Sul, sobre tronco, 28-I-2006, J. Bordin et al. 355 p.p. (HUCS27489); idem, sobre tronco de Eucalyptus, 20-IX-2005, J. Bordin 126 p.p. (HUCS26615, SP379680); idem, na mata, sobre tronco, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 208 p.p. (HUCS27264, SP379859); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 2-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 177 (HUCS27195, SP379850); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco de Yucca, beira do caminho, 12-I-2006, J. Bordin et al. 264 (HUCS27422, SP379525).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Caxias do Sul, Jardim Botânico de Caxias do Sul; Canela, Floresta Nacional de Canela; Colônia Nova Wuerttenberg; Cruz Alta Elsenau (ambos como atual município de Panambi); Erechim; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Excolônia de Santo Angelo (atual município de Agudo); Flores da Cunha, Parque da Vindima; Montenegro, Linha Campestre, Linha São Pedro, Pareci Novo; Nova Petrópolis; Novo Hamburgo, São João do Deserto; Pareci Novo; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Rio Grande; Santa Cruz do Sul, Boa Vista; Santo Ângelo; São Francisco de Paula, Floresta Nacional de São Francisco de Paula; São Leopoldo; São Leopoldo, São Salvador (atual município de Salvador do Sul), Vila Gonzaga; São Luiz das Missões, Bossoroca (atuais municípios de São Luiz Gonzaga e Bossoroca); Vacaria.

Reconhecida pelos gametófitos delgados, juláceos, bastante ramificados, com filídios oblongolanceolados e células arredondadas, lisas, em fileiras bem orientadas em todo o filídio.

Difere de Macrocoma frigida (Müll. Hal.) Vitt, pois esta apresenta gametófitos mais robustos e filídios menores, ovalado-lanceolados, além da presença de células superiores mamilosas. Também difere de Macrocoma tenue subsp. suííivantii (Müll. Hal.) Vitt, pois este possui filídios menores e mais estreitos, células menores, basais mamilosas e margem com aparência de crenulada na base.

Cresce sobre troncos e galhos de árvores em vegetação esparsa ou árvores isoladas (Sehnem 1978). Foi coletada em ruas arborizadas, parques e praças, sobre troncos de árvores isoladas e também no interior da mata, associada com Acrolejeunea torulosa (Lehm. & Lindenb.) Schiffn., Brachymenium hornschuchianum Mart., Frullanoides densifolia Raddi, Lejeunea flava (Sw.) Nees, Neckera villaericae Besch. e Radula tectiloba Steph.

Macrocoma tenue

subsp.

sullivantii

(Müll. Hal.) Vitt, Bryologist 83(4): 413. 1980 ≡

Macromitrium sullivantiii

Müll. Hal., Bot. Zeitung 20: 361. 1862.

Ilustração: Hirai et al. (1998), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, Bairro de Lourdes, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Salix, 12-XI2005, J. Bordin 164a p.p. (HUCS27220, SP379473); Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, 22XII-2005, J. Bordin et al. 217 p.p. (HUCS27303, SP379496); idem, na mata em frente ao Museu, sobre tronco de Castanea, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 206 (HUCS27285, SP379490); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do caminho, sobre tronco de Pinus, 12-IV2006, J. Bordin et al. 430p.p. (HUCS28001, SP379912).

Distribuição no RS: Cambará do Sul, Lajeado da Margarida; São Francisco de Paula, Cazuza Ferreira.

Reconhecida pelos filídios juláceos, oblongolanceolados, margem crenulada na base, células superiores lisas, distantes, com orientação oblíqua e as basais mamilosas, em colunas.

Difere de Macrocoma orthotricoides (Raddi) Wijk & Margad., pois esta apresenta filídios maiores, mais largos, margem inteira e células lisas e orientadas em colunas em todo o filídio. De Macrocoma frigida (Müll. Hal.) Vitt difere pelos filídios oblongoovalados, mais curtos e largos e células superiores mamilosas nesta espécie.

Cresce sobre troncos e ramos de árvores em florestas secas e abertas (Sharp et al. 1994).

Foi coletada sobre troncos em ruas arborizadas e beira de mata em locais antropizados, associada com Donnellia commutata (Müll. Hal.) W.R. Buck, Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck, Frullania brasiliensis Raddi, F. ericoides (Nees) Mont., Macrocoma tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt, Radula tectiloba Steph. e Syntrichia pagorum (Milde) J.J. Amann.

Macromitrium punctatum

(Hook. & Grev.) Brid., Bryol. Univ. 1: 739. 1826 ≡

Orthotrichum puctatum

Hook. & Grev., Edinburgh J. Sci. 1: 119. 1824.

Ilustração: Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira da mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 435 (HUCS28018, SP379923); idem, interior da mata, sobre troncos, 3-XI-2006, R. Wasum 3069 (HUCS29405).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Canela, Floresta Nacional de Canela; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; São Francisco de Paula, Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Veraneio Hampel.

Reconhecida pelos filídios oblongo-lanceolados, com base de células retangulares, amareladas ou hialinas e margem diferenciada na base, com células retangulares, longo-retangulares, formando uma borda distinta. Distingue-se facilmente das demais espécies observadas na família pelos filídios alongados e presença de bordo basal diferenciado.

Cresce sobre ramos e troncos de árvores, freqüentemente em ramos caídos e, possivelmente, nas partes superiores das árvores (Sharp et al. 1994). Também encontrada sobre rochas (Bastos et al. 2000), em locais úmidos ou secos, sombrios ou ensolarados (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Foi coletada sobre troncos, no interior e beira da mata.

Schlotheimia jamesonii

(Arn.) Brid., Bryol. Univ. 1: 742. 1826 ≡

Orthotrichum jamesonii

Arn., Mém. Soc. Linn. Paris 1: 349. 1823.

Ilustração: Hirai et al. (1998), Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Leguminosae, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 229 (HUCS27355, SP379502); idem, J. Bordin & L.Brancher 230 (HUCS27357, SP379882); Universidade de Caxias do Sul, na mata em frente ao Museu, sobre tronco de Schinus, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 187 (HUCS27280, SP379486); idem, J. Bordin et al. 189 p.p. (HUCS27278, SP379863); idem, sobre tronco de Iíex, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 201 (HUCS27267, SP379862); idem, sobre tronco de Cupania, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 199 (HUCS27270, SP379865); idem, Bloco 57, sobre tronco de Hovenia, 23-IV-2004, R. Wasum & J. Bordin 2141 (HUCS22698); idem, estrada para IB, sobre tronco de Dasyphyííum, beira da estrada, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 308 (HUCS27428); idem, sobre tronco de Castanea, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 294 (HUCS27430, SP379733); idem, sobre troncos, 20-IX-2005, J. Bordin 122 (HUCS26618, SP379682); idem, sobre tronco de Myrsine, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 170 (HUCS27197, SP379701); idem, na mata, sobre tronco de Schinus, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 171dp.p. (HUCS27296, SP379874); idem, Bloco M, sobre tronco, interior da mata, 17-VII-2006, M. Sartori 109 (HUCS28892, SP383608); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre tronco, na orla da mata, 12-I-2006, J. Bordin et al. 265 (HUCS27424, SP379527); idem, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 441 p.p. (HUCS28005, SP379916).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados; Canela, Floresta Nacional de Canela, Parque das Sequóias; Esmeralda, Fazenda da Guabiroba; São Francisco de Paula, Fazenda Englert, Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Taimbezinho, Veraneio Hampel; São José dos Ausentes, Monte Negro.

Reconhecida pelos gametófitos com ramificações irregulares e ramos eretos, filídios oblongolanceolados, apiculados, pouco rugulosos, com células superiores arredondadas, orientadas em fileiras oblíquas em direção à costa. Quando fértil é facilmente identificada pelos filídios periqueciais longos e apiculados (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b).

É muito semelhante a Schíotheimia rugifoíia (Hook.) Schwagr. e foi considerada sinônimo desta por autores como Grout (1946) e Bartram (1949), mas difere pois esta possui filídios mais longos, fortemente enrugados transversalmente e não apresenta células orientadas em fileiras oblíquas perto da costa.

Lisboa (1993) coloca esta espécie como sinônimo de Schíotheimia rugifoíia (Hook.) Schwagr., baseada no fato de que as diferenças entre as duas espécies estão apenas na forma e tamanho dos filídios e podem ser devido aos diferentes tipos de hábitats, com maior ou menor disponibilidade de luz e umidade, o que influencia no caráter fortemente ou pouco ruguloso dos filídios destas espécies.

Cresce no tronco de árvores, na mata (Sehnem 1978), ocasionalmente sobre rochas (Sharp et al. 1994), em ambiente úmido ou seco, sombrio ou ensolarado (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Foi coletada sobre troncos, em parques, praças, matas e beira de estradas, em locais muito ou pouco ensolarados, associada com Meteorium nigrescens (Hedw.) Dozy & Molk., Metzgeria fruticoía Spruce, Píagiochiíía corrugata (Nees) Nees & Mont., Raduía nudicauíis Steph. e R. tectiíoba Steph.

Schlotheimia rugifolia

(Hook.) Schwagr., Sp. Musc. Frond. Suppl. 2(1): 150. 1824 ≡

Orthotrichum rugifolium

Hook., Musci Exot. 2: pl. 128. 1819.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, atrás da quadra de tênis, sobre tronco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29135 (HUCS29533, SP385513); idem, mata do IB, sobre tronco de Cupressus, 4-X2006, O. Yano & J. Bordin 29148 (HUCS29551, SP385526); idem, mata da Biblioteca, 1-X-2006 J. Bordin & I.P.R. Cunha 522 (HUCS29650); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira da mata, sobre troncos, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 491 (HUCS28051, SP382980); idem, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 457 (HUCS28248, SP383018); idem, interior da mata, sobre troncos, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 507 (HUCS28096, SP383005); idem, sobre troncos, 18-IV-2006, E. Pasini 70 (HUCS28052, SP382981); idem, sobre troncos, 17-IV-2004, R. Wasum 2142 (HUCS23487, SP368699); idem, sobre troncos, 7-VII-2004, R. Wasum 2151 (HUCS23975, SP368873).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Bom Jesus; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados; Itaimbezinho, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Canela, Floresta Nacional de Canela; Caxias do Sul, Vila Oliva; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Montenegro, Campestre; Muitos Capões; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Nova Petrópolis; Novo Hamburgo, São João do Deserto; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula, Taimbé, Tainhas; Vacaria.

Reconhecida pelos gametófitos avermelhados, robustos, filídios estreitos com numerosas rugas transversais na parte superior da lâmina e ápice mucronado ou apiculado.

É muito semelhante a Schlotheimia jamesonii (Arn.) Brid., mas difere pois esta apresenta filídios mais longos, com pouca rugosidade, ápice com apículo mais curto e células arredondadas, em fileiras oblíquas perto da costa.

Ocorre em ramos e troncos de árvores (Sharp et al. 1994), troncos em decomposição e rochas (Bastos et al. 2000), em ambiente seco ou úmido, sombrio (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b) ou aberto (Behar et al. 1992). Foi coletada sobre troncos de árvores isoladas, em locais abertos, na beira ou no interior da mata.

Zygodon viridissimus

(Dicks.) Brid., Bryol Univ. 1: 592. 1826 ≡

Bryum viridissimus

Dicks., Fasc. Pl. Crypt. Brit. 4: 9. 1801.

Ilustração: Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Cupressus, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29224 (HUCS29580, SP385689).

Distribuição no RS: Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados; Muitos Capões; São Francisco de Paula.

Reconhecida pelas gemas elípticas com 2-4 septos, filídios linear-lanceolados com células superiores e medianas pluripapilosas e ápice com apículo hialino.

Ocorre sobre troncos e, ocasionalmente, sobre rochas (Lemos-Michel 1999, Sharp et al. 1994), normalmente estéril e dispersa entre outros musgos (Crum & Anderson 1981).

POLYTRICHACEAE

Atrichum androgynum

(Müll. Hal.) A. Jaeger, Ber. Thatigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 241: 1873. 1875 ≡

Catharinea androgyna

Müll. Hal., Syn. 1: 193. 1848.

Ilustração: Nyholm (1971).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29199 (HUCS29567, SP385664); Universidade de Caxias do Sul, na mata, no solo, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 204 (HUCS27288, SP379705); idem, na mata, no solo, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 296a (HUCS27446, SP379749); idem, escadaria do Bloco 57, em barranco, 17-VII-2006, E. Pasini 120 (HUCS28897, SP383613); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do caminho, no barranco, 12-I-2006, J. Bordin et al. 262 (HUCS27419, SP379523); idem, beira do caminho, no solo, 12-IV-2006, E. Pasini 61 (HUCS28078, SP382997); idem, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 465 (HUCS28010, SP379920); idem, beira da estrada, no solo, 18-IV-2006, E. Pasini 62 (HUCS28053, SP382982); idem, na orla da mata de Pinus, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 432 (HUCS28153, SP383021).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Fazenda do Cilho; Canela; Cambará do Sul; Caxias do Sul, Criúva, Ilhéus; Esmeralda; Gramado; Montenegro; Porto Alegre; São Francisco de Paula, Veraneio Hampel; São Leopoldo; Soledade; Vacaria; Viamão.

Reconhecida pelos gametófitos eretos, verdeescuros, filídios fortemente contorcidos quando secos, margem bordeada até perto do ápice com 1-2 fileiras de células alongadas, duplamente denteada e secção transversal da costa com lamelas de 2-3 células de altura.

Ocorre em locais muito úmidos e sombrios, principalmente à beira de regatos e nascentes, formando extensos agrupamentos (Farias 1982). Foi coletada em parques, praças e na mata, sobre solo, barrancos e troncos, em locais abertos, associada com Campylopus heterostachys (Hampe) A. Jaeger.

Pogonatum pensilvanicum

(Hedw.) P. Beauv., Mem. Soc. Linn. Paris 1: 461. 1823 ≡

Polytrichum pensilvanicum

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 96. 1801.

Ilustração: Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, Mata do IB, no solo, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29144 (HUCS29548, SP385522).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Cambará do Sul, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Canela, Salto; São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos gametófitos reduzidos, protonema persistente, filídios curtos, lanceolados com base alargada e ápice serrulado, lamelas da secção transversal com células apicais irregulares, diferenciando-a das demais espécies observadas nesta família.

É típica de solos nus e abertos desde o nível do mar até 2.900 m (Hyvõnen 1989). Também ocorre sobre rocha e barranco em ambiente seco ou úmido (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Foi coletada na mata, sobre o solo.

Polytrichum juniperinum

H.B. Willd.

ex

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 89. 1801.

Ilustração: Costa (1994), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, sobre barranco, no solo, 15-X-2005, J. Bordin 153 (HUCS27230, SP379480); Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, no solo, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 517 (HUCS28589, SP383077); idem, na mata, barranco, 17-VII-2006, E. Pasini 122 (HUCS28900, SP383616); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do caminho, barranco, 12-I-2006, J. Bordin et al. 261 (HUCS27420); idem, beira do caminho, barranco, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 509 (HUCS28154, SP383022); idem, beira da estrada, E. Pasini 71 (HUCS28203, SP383057).

Distribuição no RS: Bento Gonçalves; Bom Jesus; Cambará do Sul, Taimbezinho, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Canela, Salto; Casca; Caxias do Sul, Vila Oliva; Encruzilhada do Sul; Gramado; Guaíba; Gravataí; Ivoti; Jaquirana; Livramento; Mariana Pimental; Montenegro; Nova Prata; Porto Alegre, Belém Velho; Santa Maria; São Francisco de Paula, Serra da Rocinha; São Leopoldo, Morro da Pedreira, São Salvador (atual município de Salvador do Sul); Silveira Martins; Torres; Viamão.

Reconhecida pelos gametófitos eretos, robustos, filídios oblongos, subulados, com lâmina involuta, cobrindo parcialmente as lamelas, secção transversal com lamelas formadas por 6-8 células de altura e células apicais das lamelas piriformes.

É uma espécie bastante resistente, ocorrendo em diferentes ambientes com pouca umidade (Farias 1982). Cresce sobre rochas e lageados areníticos (Bastos et al. 2000), ou sobre o solo de regiões altas (Yano & Carvalho 1995). Foi coletada sobre barrancos, no solo, em parques ou na mata, sempre em locais abertos.

POTTIACEAE

Barbula indica

(Hook.) Spreng.

ex

Steud., Nomencl. Bot. 2: 72. 1824 =

Tortula indica

Hook., Musci Exot. 2: 135. 1819.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Zander (1993).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, no solo, 15-X-2005, J. Bordin 154 (HUCS27290, SP379871).

Distribuição no RS: Santana da Boa Vista.

Reconhecida pelos gametófitos verde-escuros a marrons no ápice, filídios ligulados com ápice mucronado e células uni ou pluripapilosas e pela presença de grande número de propágulos elípticos a ovalados, multicelulares.

Ocorre no solo úmido (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b), rochas, sobre barrancos em beira de estradas, às vezes na base de troncos (Sharp et al. 1994). Foi coletada no solo, em local aberto e antropizado.

Chionoloma schimperiana

(Paris) M. Menzel, Willdenowia 22(1-2): 198. 1992 ≡

Syhrropodon schimperiana

Paris, Index Bryol.: 1254. 1898.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b), ambos como Pseudosymblepharis schimperiana (Paris) H.A. Crum.

Material examinado: Centro, Bairro Exposição, sobre rochas, 21 -I-2006, J. Bordin et al. 326 (HUCS27451, SP379753); idem, sobre rochas, 21-I2006, J. Bordin et al. 313 (HUCS27449, SP379751); Parque Cinqüentenário, sobre raízes, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29072 (HUCS29481, SP385450); Universidade de Caxias do Sul, sobre rochas, 20-IX2005, J. Bordin 121 (HUCS26617, SP379681).

Distribuição no RS: São Salvador, atual município de Salvador do Sul.

Reconhecida pelos filídios longo-lanceolados a lineares, com base alargada, células pluripapilosas, secção transversal da costa semicircular, com duas camadas de estereídios e uma fileira de células diferenciadas na região ventral superior.

Ocorre sobre troncos, solo e rochas (Sharp et al. 1994). Foi coletada sobre rochas e raízes, em áreas antropizadas, parques e praças, associada com Isopterygium tenerum (Sw.) Mitt., Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt. e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R.H. Zander.

Didymodon australasiae

(Hook. & Grev.) R.H. Zander, Phytologia 41: 21. 1978 ≡

Tortula australasiae

Hook. & Grev., Edinburgh J. Sci. 1: 301. 1824.

Ilustração: Guerra & Ros (1987), Jiménez et al. (2005).

Material examinado: Centro, Bairro de Lourdes, muro de tijolos, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 472 (HUCS28210, SP383063); Jardim Botânico de Caxias do Sul, beira do lago, sobre rochas, 12-IV-2006, J. Bordin et al.452 (HUCS28020, SP379925).

Distribuição no RS: Caçapava do Sul, Ruínas do Forte.

Reconhecida pelos gametófitos verde-escuros, filídios oblongo-lanceolados, com base alargada, amarelada e secção transversal da costa com uma camada estreita de estereídios, às vezes ausente na porção ventral.

Assemelha-se a Ptychomitrium vaginatum Besch. pelo formato do gametófito e do filídio, com base larga, ombro distinto, estreitando-se em direção ao ápice, mas difere desta última espécie por não apresentar células papilosas no filídio.

Ocorre em rochas calcáreas ou ácidas, muros, beiras de trilhas, locais secos (Jiménez et al. 2005). Foi coletado em áreas antropizadas e na mata, em locais úmidos, sobre muros e rochas.

Hyophila involuta

(Hook.) A. Jaeger, Ber. Thatigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 1871-72: 354. 1873 ≡

Gymnostomum involutum

Hook., Musci Exot. 2: 154. 1819.

Ilustração: Lisboa (1993), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, Bairro de Lourdes, sobre tronco de Syagrus, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 468 (HUCS28480).

Distribuição no RS: São Francisco de Paula.

Reconhecida pelos filídios ovalado-ligulados com margem involuta quando secos, irregularmente denteada perto do ápice, secção transversal da costa semicircular, com 2 camadas de estereídios, a dorsal maior e propágulos elípticos em grande quantidade.

Ocorre sobre rochas calcáreas, solo, paredes de concreto, tijolos, seixos de rios, entre outros, em locais ensolarados e muito úmidos. É característica de locais perturbados, como muros ou calçadas de cidades e se ocorrer em florestas é junto a estradas ou cursos d'água (Lisboa 1993). Raramente é enconcontrada sobre córtex em decomposição (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Foi coletada em local antropizado, sobre tronco de Syagrus.

Syntrichia pagorum

(Milde) J.J. Amann, Fl. Mouss. Suisse 2: 117. 1919 ≡

Barbula pagorum

Milde, Bot. Zeit. 20: 459.1862.

Ilustração: Yano & Bordin (2006), Zander (1993).

Material examinado: Centro, Rua Alfredo Chaves, sobre raízes de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 160 p.p. (HUCS27222, SP379474); idem, sobre tronco de Lagestroemia, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 481 p.p. (HUCS28054, SP382983); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 482 (HUCS28056, SP382985); idem, próximo a Rodoviária, sobre troncos, 16-IX-2005, J. Bordin 132 p.p. (HUCS26622, SP379686); idem, 14IV-2006, J.Bordin & L.Bordin 479p.p. (HUCS28079, SP382998); Bairro de Lourdes, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Salix, 12-XI-2005, J. Bordin 164a p.p. (HUCS27220, SP379473); idem, sobre tronco de Salix, 12-XI-2005, J. Bordin 164b (HUCS27229, SP379479); idem, sobre tronco de Jacaranda, 12-XI2005, J. Bordin 165 p.p. (HUCS27162, SP379847); idem, sobre tronco de Senna, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 471 (HUCS27487, SP383072); Bairro São Pelegrino, sobre tronco de Ligustrum, 25-I-2006, J. Bordin & LS. Bordin 328 (HUCS27464, SP379766); Parque Cinqüentenário, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29054 (SP383815); Parque dos Macaquinhos, na base do tronco de Cabralea canjerana, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29230 p.p. (HUCS29583, SP386695); Universidade de Caxias do Sul, sobre tronco de Eucalyptus, 20-IX-2005, J. Bordin 127 p.p. (HUCS26614, SP379679).

Distribuição no RS: Bento Gonçalves; Caxias do Sul, Centro; Gramado; Ijuí; Marau; Santo Ângelo; Uruguaiana.

Reconhecida pelos filídios espatulados com longo ápice hialino ou amarelado, facilmente visível, ½ do tamanho do filídio e secção transversal da costa circular ou com apenas uma grande camada dorsal de estereídios.

Cresce ocasionalmente sobre troncos de árvores, raramente sobre rochas (Sharp et al. 1994). Foi coletada em ruas arborizadas, parques, praças, locais antropizados, sobre troncos de árvores e raízes, associada Frullania ericoides (Nees) Mont., F. glomerata (Lehm. & Lindenb.) Mont., Helicodontium capillare (Hedw.) A. Jaeger, Macrocoma tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt e Porella reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis.

Tortella humilis

(Hedw.) Jennings, Man. Mosses W. Pennsylvania: 96. 1913 ≡

Barbula humilis

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 116. 1801.

Ilustração: Hirai et al. (1998), Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Yano & Peralta (2007b), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, Bairro Exposição, Chácara Eberle, muro de basalto, 14-XII-2004, R. Wasum 2264 (HUCS24683, SP372421); Parque dos Macaquinhos, no barranco rochoso, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29214 (HUCS29575, SP385679); Universidade de Caxias do Sul, no barranco, II-1984, I.M.F. Guerra et al. s.n. (HUCS124); idem, Mata da Biblioteca, tronco de coqueiro, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29158 (HUCS29557, SP385536); idem, sobre rocha úmida, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29130 (HUCS29532, SP385508).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Colônia Nova Wuerttenberg (atual município de Panambi); Erechim; Gramado; Nova Petrópolis; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Porto Alegre, Belém Velho; São Borja; São Leopoldo, São Salvador (atual município de Salvador do Sul).

Reconhecida pelos filídios ligulados, contorcidos quando secos, expondo o dorso da costa clara e brilhante, ápice largo-acuminado, margem crenulada, geralmente fraturada e secção transversal da costa com duas camadas de estereídios, sendo a dorsal maior.

Cresce sobre troncos de árvores, rochas, húmus, geralmente em lugares secos, substratos ácidos e básicos (Hirai et al. 1998). Também sobre raízes (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b) e base de troncos, geralmente em ambientes parcialmente secos (Sharp et al. 1994). Foi coletada na mata, em ruas e parques, sobre rochas, muros, barrancos e troncos.

Weissia controversa

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 67. 1801.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Zander (1993).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, sobre rochas, na escada, 13-I-2006, J. Bordin & R. Wasum 279 p.p. (HUCS27381, SP379712); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre a taipa de pedra, 7-VII-2004, R. Wasum 2149 (HUCS23681).

Distribuição no RS: São Leopoldo.

Reconhecida pelos filídios oblongo-lanceolados bordeados com células diferenciadas, hialinas, estreitas, da base até í4 da lâmina e secção transversal da costa circular com duas bandas iguais de estereídios.

Cresce sobre solo, rochas, muros e base de troncos, em altitudes baixas a moderadas (Sharp et al. 1994). Coletada sobre rochas, em locais antropizados e beira da mata, associada com Bryum chryseum Mitt.

PTYCHOMITRIACEAE

Ptychomitrium sellowianum

(Müll. Hal.) A. Jaeger, Ber. Thatigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 1872-73: 104. 1874 ≡

Brachysteleum sellowianum

Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 1: 769. 1849.

Ilustração: Cao et al. (2006), Costa (1994), Lemos-Michel (1999).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, na mata, no solo, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 296 (HUCS27436, SP379739).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados; Canoas; Montenegro, São Salvador (atual município de Salvador do Sul); Nova Petrópolis; Porto Alegre; São Francisco de Paula; São José dos Ausentes; São Leopoldo, Morro da Pedreira; Vacaria, Passo do Socorro.

Reconhecida pelos gametófitos verde-oliva, densos, filídios contorcidos quando secos, lanceoladoacuminados, falcados, com base larga, células basais amareladas e peristômio com dentes divididos em dois braços, mas unidos na base.

Difere de Ptychomitrium vaginatum Besch. por este apresentar filídios não falcados, ápice apiculado, células basais menores e mais próximas e peristômio com dentes profundamente fendidos, separados.

Cresce preferencialmente sobre rochas em lugares secos e até expostos ao sol, raramente sobre árvores (Sehnem 1969). Também ocorre na base do tronco de Araucaria angustifoíia e sobre suas raízes tabulares (Lemos-Michel 1999). Foi coletada na mata, sobre solo.

Ptychomitrium vaginatum

Besch., Mem. Soc. Sci. Nat. Cherbourg 21: 262. 1877.

Ilustração: Yano & Colletes (2000).

Material examinado: Centro, Parque Cinqüentenário, na base de tronco, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29071 (HUCS29480, SP385449); Universidade de Caxias do Sul, Mata da Biblioteca, sobre rochas basálticas, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 209 (HUCS27282, SP379487); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre rochas, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 495 (HUCS28016, SP379921).

Distribuição no RS: Bom Jesus; Montenegro, São Salvador (atual município de Salvador do Sul); Porto Alegre; São Francisco de Paula; São Lourenço do Sul; Vacaria.

Reconhecida pelos gametófitos verde-escuros, cespitosos, filídios longo-ligulados, base larga, hialina e esporófito com dentes do peristômio profundamente fendidos, separados.

Assemelha-se a Hoíomitrium oífersianum Hornsch., no entanto, este apresenta gametófitos maiores e filídios com margem fortemente denteada, lisa apenas na base que é alargada e amarelada. Assemelha-se também a Ptychomitrium seííowianum (Müll. Hal.) A. Jaeger, mas difere por este apresentar tamanho maior dos gametófitos, filídios contorcidos e falcados, células basais maiores, mais distantes e alongadas e dentes do peristômio estreitos, divididos em dois braços, unidos na base.

Cresce sobre rochas expostas ao sol ou junto de córregos (Sehnem 1969). Foi coletada em parques e na mata, sobre rochas e base de troncos.

SEMATOPHYLLACEAE

Colobodontium vulpinum

(Mont.) S.P. Churchill & W.R. Buck

in

Churchill & Linares C., Bibliot. Jose Jeronmino Triana 12: 759. 1995 ≡

Neckera vuípina

Mont., Ann. Sci. Nat. Bot. ser. 2: 203. 1835.

Ilustração: Churchill & Linares C. (1995), Florschütz-de Waard (1992).

Material examinado: Centro, sobre tronco de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 158 p.p. (HUCS27163, SP379697); idem, sobre tronco de Ligustrum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin. 483 p.p. (HUCS28482); idem, Rua Pinheiro Machado, sobre tronco de Ligustrum, 12-XI-2005, J. Bordin 159 p.p. (HUCS27225, SP379477); idem, Rua Pinheiro Machado, Garagem Peretti, sobre tronco de Ligustrum, 7-XI-2005, J. Bordin 156 (HUCS27012, SP379472); idem, Rua Os 18 do Forte, junto ao canteiro, no solo, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 222 p.p. (HUCS27302, SP379495); idem, Rua Garibaldi, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 218 p.p. (HUCS27298, SP379491); idem, rua Visconde de Pelotas, sobre tronco de Ligustrum, 27-XII-2005, J. Bordin et al. 220 p.p. (HUCS27300, SP 379493); Bairro de Lourdes, sobre tronco de Senna, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 469p.p. (HUCS28206); Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Píatanus, 15-X2005, J. Bordin 152 p.p. (HUCS27228, SP379478).

Distribuição no RS: Caxias do Sul, Centro.

Reconhecida pelos gametófitos verde-brilhantes, filídios ovalados, côncavos, com células basais diferenciadas, levemente infladas.

No material examinado foi observada costa dupla e curta, porém, conforme (Churchill & Linares C. 1995), ela pode estar ausente ou ser indiferenciada.

É muito semelhante a Donneííia commutata (Müll. Hal.) W.R. Buck, mas diferencia-se pois esta apresenta gametófitos maiores, mais encurvados e filídios mais longos, ovalado-lanceolados, gradualmente acuminados. Também se assemelha a Sematophyííum subpinnatum (Brid.) E. Britton devido ao formato dos filídios ovalados, porém difere pois este apresenta ápice curto-acuminado.

Cresce em bosques úmidos, sobre troncos e ramos de árvores, madeiras em decomposição e rochas, em locais inundados (Churchill & Linares C. 1995) ou temporariamente submersos (Florschützde Waard 1992). Foi coletada sobre troncos e rochas, em ruas arborizadas e áreas antropizadas associada com Archiíejeunea parvifíora (Nees) Schiffn., Brachymenium hornschuchianum Mart., Dimerodontium mendozense Mitt., Fabronia ciíiaris var. poíycarpa (Hook.) W.R. Buck, Fruííania ericoides (Nees) Mont., F. gíomerata (Lehm. & Lindenb.) Nees & Mont., Lejeunea flava (Sw.) Nees, Lophoíejeunea nigricans (Lindenb.) Schiffn., Metzgeria furcata (L.) Dumort. e Porella reflexa (Lehm. & Lindenb.) Trevis.

Sematophyllum galipense

(Müll. Hal.) Mitt., J. Linn. Soc., Bot. 12: 480. 1869 ≡

Hypnum galipense

Müll. Hal., Bot. Zeitung 6: 780. 1848.

Ilustração: Buck (1998), Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Centro, no solo, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 478 (HUCS20077, SP382996); Parque Cinqüentenário, no solo, 30-XII2005, J. Bordin & L. Brancher 225 (HUCS27367, SP379891); idem, no solo, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 228 p.p. (HUCS27338, SP379505); idem, no solo, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 237 (HUCS27368, SP379892); idem, sobre tronco de Araucaria angustifoíia, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 226 p.p. (HUCS27355, SP379880); idem, no solo, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29076 (HUCS29484, SP385454); Parque dos Macaquinhos, no barranco rochoso, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29211 (HUCS29573, SP385676); idem, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29242 p.p. (HUCS29500, SP385707); Universidade de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 302 (HUCS27437, SP379740); idem, sobre tronco de Castanea, interior da mata, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 293a (HUCS27443, SP379746); idem, interior da mata, sobre troncos, 17-VII-2006, E. Pasini 119 p.p. (HUCS28895, SP383611); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre rochas, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 508 p.p. (HUCS28075, SP382994); idem, na mata, sobre rochas, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 434 (HUCS28060, SP382989); idem, sobre troncos em decomposição, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 502 p.p. (HUCS28095, SP383004).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Bom Jesus; Cachoeira (atual município de Cachoeira do Sul); Cerro Largo; Montenegro, Linha São Pedro; Nonoai, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Porto Alegre; São Francisco de Paula, Veraneio Hampel; São Leopoldo.

Reconhecida pelos filídios oblongo-ovalados, acuminados, células da lâmina fusiformes, células alares bem diferenciadas e células supra-alares quadráticas.

Difere de Sematophyllum subpinnatum (Brid.) E. Britton, pois esta apresenta células da lâmina mais curtas e supra-alares menores. De S. subsimplex (Hedw.) Mitt., difere pois este possui filídios longamente acuminados e células lineares, mais longas.

Cresce sobre rochas e solo, raramente sobre madeira, em lugares úmidos e abertos (Buck 1998) e no interior da mata (Valdevino et al. 2002). Encontrada também crescendo sobre madeira podre (Sehnem 1978, Yano & Peralta 2007b).

Foi coletada sobre solo, troncos e rochas, em áreas úmidas, antropizadas e no interior da mata, associada com Bryoerythrophyllum recurvirostrum (Hedw.) Chen, Campylopus occultus Mitt., Isopterygium tenerum (Sw.) Mitt., Lejeunea glaucescens Gottsche, L. phyllobola Nees & Mont., Lophocolea muricata (Lehm.) Nees, Chionoloma schimperiana (Paris) M. Menzel, Sematophyllum subpinnatum (Brid.) E. Britton, Thuidium tomentosum Besch. e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R.H. Zander.

Sematophyllum subpinnatum

(Brid.) E. Britton, Bryologist 21(2): 28. 1918 [1919] ≡

Leskea subpinnata

Brid., Muscol. Recent. Suppl. 2: 54. 1812.

Ilustração: Buck (1998), Hirai et al. (1998, como Sematophyllum caespitosum (Hedw.) Mitt.), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Centro, Parque dos Macaquinhos, interior da mata, sobre rochas, 21-I-2006, J. Bordin et al. 325 (HUCS27459, SP379761); idem, interior da mata, sobre rochas, 21-I-2006, J. Bordin et al. 315 p.p. (HUCS27462, SP379764); Parque Cinqüentenário, sobre troncos, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 235 (HUCS27365, SP379889); Parque Cinqüentenário sobre tronco de Leguminosae, 30-XII2005, J. Bordin & L. Brancher 231 p.p. (HUCS27336, SP379503); nas ruas arborizadas, sobre tronco de Ligustrum, 26-IV-1983, O. Yano & J.R. Pirani 6936 (SP182011); Universidade de Caxias do Sul, na beira da mata, no solo, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 167 (HUCS27198, SP379851); idem, sobre tronco de Eucalyptus, 20-IX-2005, J. Bordin 128 (HUCS26649, SP379694); idem, na Mata do Quiosque, sobre tronco de Castanea, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 293 p.p. (HUCS27431, SP379734); idem, na Mata do Quiosque, sobre tronco de Castanea, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 294 (HUCS27430, SP379733); idem, no solo, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 295 (HUCS27444, SP379747); idem, sobre tronco de Eucalyptus, 20-IX-2005, J. Bordin 125 (HUCS26619, SP379683); idem, na mata, sobre troncos caídos, 17-VII-2006, E. Pasini 119 p.p. (HUCS28895, SP383611); idem, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 3-VII-2003, J. Bordin 21 (HUCS22333, SP362474); idem, Centro de Convivência, sobre tronco de Cupressus, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29170p.p. (HUCS29561, SP385548).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Serra da Rocinha; Cambará do Sul, Parque Nacional dos Aparados da Serra; Canoas; Colônia Nova Wuerttenberg (atual município de Panambi); Dois Irmãos; Erechim; Gravataí; Lavras do Sul; Montenegro; Planalto, Parque Florestal Estadual de Nonoai; Porto Alegre; Salvador do Sul; Santa Cruz do Sul; Santo Ângelo; São Francisco de Paula, Taimbé; São Leopoldo, Morro da Pedreira, São Salvador (atual município de Salvador do Sul); Taquara.

Reconhecida pelos filídios alargados, ovalados, curto-acuminados com células romboidais largas e curtas. É considerada por Sehnem (1978) como uma espécie muito variável.

Difere de Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt. pois esta apresenta células da lâmina e supraalares maiores e mais longas. S. subsimplex (Hedw.) Mitt., também é semelhante, mas difere pela presença de filídios longamente acuminados e células lineares, mais estreitas.

Cresce formando tapetes sobre troncos vivos e rochas, em ambiente sombrio e úmido, no interior da mata (Valdevino et al. 2002). Também sobre raízes expostas (Bastos et al. 2000), madeira em decomposição, barrancos e solo (Crum & Anderson 1981, Yano & Santos 1993).

Segundo Sharp et al. (1994), a espécie raramente ocorre no solo, rochas e base de troncos, entretanto, foi coletada nestes substratos na mata e em locais antropizados, parques e praças, associada galipense (Müll. Hal.) Mitt. e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R.H. Zander.

Sematophyllum subsimplex

(Hedw.) Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 494. 1869 ≡

Hypnum subsimplex

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 270. 1801.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, interior da mata, no solo, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 295 (HUCS27444); idem, na mata, no solo, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 210 (HUCS27274, SP379869); idem, estrada para IB, sobre rocha úmida, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29131 (SP385509); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre rochas, 12-I-2006, J. Bordin et al. 271 (HUCS27382, SP379713); idem, na mata de Pinus, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 433 (HUCS28102, SP383011).

Distribuição no RS: Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados; Canela, Floresta Nacional de Canela; Esmeralda, Estação Ecológica de Aracuri; Rondinha, Parque Florestal Estadual de Rondinha; São Francisco de Paula; São Leopoldo.

Reconhecida pelos filídios estreitamente longoacuminados e células lineares. Segundo Yano (1994), pode ser reconhecida facilmente também pelo sistema de ramificação subpinado e de ramos horizontais, células alares infladas na base e células da lâmina muito alongadas, sinuosas e lisas.

Diferencia-se de Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt. e de S. subpinnatum (Brid.) E. Britton, pois estes apresentam filídios com ápice mais curto, não longamente acuminado e células da lâmina mais largas, menores.

Cresce formando grandes tapetes sobre troncos vivos e mortos, em ambiente sombrio no interior da mata (Valdevino et al. 2002). Também em base de troncos (Buck 1998) e margem de regatos ou riachos (Yano 1994).

Sematophyllum succedaneum

(Hook. f. & Wilson) Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 484. 1869 ≡

Hypnum succedaneum

Hook. f. & Wilson, Fl. Antarct. 2: 420. 1847.

Figura 3


Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, barranco, II-1984, IM.F. Guerra sn. (HUCS125).

Distribuição no RS: Campestre; Gramado; Montenegro, São Pedro; Santa Cruz; São Leopoldo.

Reconhecida pelos filídios largos, ovalados, levemente rugosos; ápice gradualmente curtoacuminado Assemelha-se muito a S. galipense (Müll. Hal.) Mitt., diferindo na forma dos filídios, menores, mais largos, levemente rugulosos e gradualmente curto-acuminados.

Diferencia-se de S. subpinnatum (Brid.) E. Britton, pois este apresenta filídios com ápice mais curto e células da lâmina menores, mais largas e curtas. De S. subsimplex (Hedw.) Mitt. e S. swartzii (Schwagr.) W.H. Welch & H.A. Crum, difere pois estes apresentam filídios oblongo-lanceolados, com células longo-lineares.

Cresce sobre pedras e troncos de árvores, nas bases ou raízes (Sehnem 1978). Foi coletada sobre barranco, no solo.

Sematophyllum swartzii

(Schwagr.) W.H. Welch & H.A. Crum, Bryologist 62(3): 176. 1959 ≡

Hookeria swartzii

Schwagr., Sp. Musc. Frond. Suppl. 3: 276. 1830.

Ilustração: Buck (1998), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, sobre tronco de Cedrella, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 175 (HUCS27192, SP379699); Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre troncos, 18-IV-2006, E. Pasini 59 p.p. (HUCS28094, SP383003).

Distribuição no RS: Barracão, Parque Florestal Estadual de Espigão Alto; Cambará do Sul, Fortaleza, Aparados; Canela, Floresta Nacional de Canela; Passo Fundo, Floresta Nacional de Passo Fundo; São Francisco de Paula, Veraneio Hampel.

Reconhecida pelos filídios falcados, longamente acuminados, com margem serrulada na metade superior, diferindo por estas características das demais espécies observadas.

Cresce sobre troncos podres, ocasionalmente sobre rochas e solo ou na base de troncos, em florestas úmidas (Buck 1998). Foi coletada sobre troncos, na mata.

THUIDIACEAE

Thuidium delicatulum

(Hedw.) Bruch & Schimp.

in

Bruch

et al.,

Bryol. Eur. 5 (49/51): 164. 1852 ≡

Hypnum delicatulum

Hedw., Sp. Musc. Frond.: 260. 1801.

Ilustração: Sharp et al. (1994), Yano & Peralta (2007b).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, sobre tronco de Cupania, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 188p.p. (HUCS27281, SP379703); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre rochas, 12-I2006, J. Bordin et al. 270 (HUCS27384, SP379715).

Distribuição no RS: Caxias do Sul, Ana Rech - Faxinal.

Reconhecida pelos gametófitos muito ramificados, emaranhados, filídios dimórficos, triangular-ovalados, margem levemente serrulada pela projeção das papilas, células unipapilosas, papilas bífidas e parafilia abundante.

Difere de Thuidium tomentosum Besch., pois este apresenta filídios menores, células pluripapilosas e margem crenulada.

Cresce sobre solo, húmus, rochas, troncos ou base de troncos (Buck 1998) e também sobre troncos mortos (Yano & Peralta 2007b). Foi coletada na mata, sobre troncos e rochas, associada com Lejeunea cristulata (Steph.) E. Reiner & Goda e Radula tectiloba Steph.

Thuidium tomentosum

Besch., Mém. Soc. Sci. Nat. Cherbourg. 16: 237. 1872.

Ilustração: Oliveira-e-Silva & Yano (2000b), Sharp et al. (1994).

Material examinado: Universidade de Caxias do Sul, interior da Mata da Capela, no solo, 2-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 179 (HUCS27203, SP379482); idem, beira da mata, sobre tronco de Cupressus, 18-VI-2006, J. Bordin et al. 518 (HUCS28588, SP383076); idem, interior da mata, na base do tronco de Araucaria angustifolia, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 303 (HUCS27438, SP379741); idem, interior da mata, sobre tronco, 17-I-2006, J. Bordin & E. Pasini 301 (HUCS27435, SP379738); idem, na mata, sobre raízes de Schinus, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 197 (HUCS27269, SP379864); idem, na mata, sobre rochas, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 194 (HUCS27272, SP379867); idem, Mata da Capela, sobre tronco de Sloanea, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 173 (HUCS27191, SP379698); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, sobre troncos caídos, 12-I-2006, J. Bordin et al. 272 (HUCS27383, SP379714); idem, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 3-VIII-2003, J. Bordin 12, (HUCS22328, SP362469); idem, interior da mata, sobre rochas, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 508 p.p. (HUCS28075, SP382994); idem, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin et al. 459 (HUCS28098, SP383007); idem, na mata de Pinus, 12-IV-2006, J. Bordin et al.437p.p. (HUCS28149, SP383019).

Distribuição no RS: Bom Jesus, Fazenda do Cilho; Flores da Cunha; Novo Hamburgo, Lomba Grande.

Reconhecida pelos gametófitos muito ramificados, verde-escuros, filídios dimórficos, ovalado-cordados, longo-acuminados, costa forte até ⅔ da lâmina e células pluripapilosas.

Difere de Thuidium delicatulum (Hedw.) Bruch & Schimp., pois este apresenta filídios unipapilosos ou com duas papilas bífidas e margem levemente serrulada pela projeção das papilas.

Ocorre sobre rochas, córtex vivo ou em decomposição, em ambiente sombrio, raramente ensolarado, úmido, raramente seco, próximo a rios e cachoeiras (Oliveira-e-Silva & Yano 2000b). Também encontrada sobre solo e rochas (Sharp et al. 1994), em áreas abertas (Buck 1998). Foi coletada sobre troncos, base de troncos, raízes, troncos caídos, solo e rochas, no interior da mata, associada com Lejeunea laetevirens Nees & Mont. e Sematophyllum galipense (Müll. Hal.) Mitt.

Comparação entre as áreas de estudo - Dos 159 táxons coletados na área de estudo, 97 táxons (60%) ocorreram no Centro, sendo um antócero, 40 hepáticas e 56 musgos. Na UCS ocorreram 105 táxons (66%), sendo dois antóceros, 43 hepáticas e 60 musgos e no JBCS ocorreram 70 táxons (44%), sendo 35 hepáticas e 35 musgos (tabela 1).

Foram observados 26 táxons comuns entre o Centro e a UCS, 24 entre a UCS e o JBCS e sete entre o Centro e o JBCS. A análise de agrupamento realizada com dados de presença e ausência de táxons gerou um dendrograma (figura 4) que mostra a formação de um grupo entre UCS e JBCS com similaridade florística de 30% com as outras áreas, sugerindo a diferenciação destas duas áreas em relação à composição florística de briófitas.


As áreas da UCS e JBCS, apesar de estarem em ambiente urbano, conservam boa parte da sua vegetação original como remanescentes entre as construções ou como bosques naturais, permitindo o desenvolvimento de táxons que, provavelmente, não suportam elevados níveis de poluição e urbanização, preferindo ambientes menos degradados. A maior parte dos táxons exclusivos destas áreas é epífita, de tamanho maior e, normalmente, bem desenvolvida em matas, bosques ou ambientes menos degradados. Entre eles destacam-se Neckera scabridens Müll. Hal. e N. villae-ricae Besch., espécies comuns de florestas e matas (Sastre-de-Jesus 1987, Sehnem 1980), Groutiella apiculata (Hook.) H.A. Crum & Steere, comum em florestas e áreas abertas, Plagiochila micropteryx Gottsche e espécies de Lejeuneaceae, que vivem em matas sombreadas e locais muito úmidos (Richards 1984).

Com relação ao Centro, o número de táxons inventariados para esta área supera o esperado, uma vez que este é o local mais alterado, porém, o grande número de microhábitats, especialmente nos parques e praças, possibilita maior diversidade. De acordo com Schuster (1983), as briófitas são capazes de sobreviver em pequenos nichos adequados ao seu tamanho e sua distribuição é dependente de microclimas favoráveis à sua sobrevivência, apesar da hostilidade que possa existir nas condições climáticas gerais de uma região. O elevado número de táxons exclusivos (36) e o maior número de táxons comuns com outras áreas urbanas do Brasil, ressaltam a baixa similaridade entre o Centro e as demais áreas estudadas.

Os táxons comuns às três áreas foram 27 (17%), sendo 16 hepáticas e 11 musgos. Entre eles estão Bryum argenteum Hedw., Frullania ericoides (Nees) Mont., Lejeunea flava (Sw.) Nees e L. laetevirens Nees & Mont. que também foram muito freqüentes nos demais trabalhos com briófitas urbanas, indicando serem espécies bem adaptadas a áreas urbanas em diferentes níveis de preservação, já que ocorreram tanto nas áreas mais como nas menos preservadas. Observou-se que o número de hepáticas é maior entre os táxons mais comuns, provavelmente porque a maioria é corticícola e, de maneira geral, o maior número de táxons foi encontrado sobre este substrato. Além disso, a umidade elevada nos locais de coleta propiciou o desenvolvimento das hepáticas, pois, segundo Gradstein & Costa (2003), a maioria é encontrada em locais úmidos e sombreados.

Apesar das limitações observadas, os resultados estão de acordo com o esperado, mostrando similaridade maior entre as áreas com vegetação mais bem preservada (UCS e JBCS), porém não muito separadas do CENTRO, que difere pela vegetação mais degradada e presença de grande número de táxons exclusivos.

Comparação entre os trabalhos sobre briófitas de áreas urbanas no Brasil - Os dados obtidos foram comparados com os de outros trabalhos desenvolvidos em áreas urbanas no Brasil, não levando em conta a área e o esforço amostral em cada município (tabela 2). Bastos & Yano (1993), Câmara et al. (2003) inventariaram apenas os musgos, portanto dados comparativos com estes trabalhos não incluem hepáticas e antóceros.

Os táxons mais comuns, que ocorreram em quatro ou cinco municípios foram: Bryum argenteum Hedw., Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck, Frullania ericoides (Nees) Mont., Hyophila involuta (Hook.) A. Jaeger, Isopterygium tenerum (Sw.) Mitt., Lejeunea flava (Sw.) Nees, Octoblepharum albidum Hedw., Sematophyllum subpinnatum (Brid.) E. Britton e Syrrhopodon ligulatus Mont. Destes, apenas Octoblepharum albidum Hedw. e Syrrhopodon ligulatus Mont. não foram coletados em Caxias do Sul.

O desenvolvimento das espécies em zonas urbanas é fortemente influenciado pelos hábitats e pelas propriedades químicas do substrato. As espécies mais bem adaptadas às zonas urbanas desenvolveram estratégias adaptativas que permitem sua sobrevivência nestes locais inóspitos. Entre estas estratégias estão o tamanho pequeno e o hábito cespitoso, que lhes permitem proteger-se melhor de ações mecânicas, refugiar-se em pequenos nichos onde se expõem menos ao SO2 e reter maior quantidade de água; além disso, a grande capacidade de reprodução vegetativa por fragmentação e gemas ou desenvolvimento do esporófito, permite que elas se propagem rapidamente e colonizem áreas maiores sem competir com outras espécies (Soria & Ron 1995).

Ainda com relação às espécies que melhor se desenvolvem nas áreas urbanas, Soria & Ron (1995) indicam o predomínio das colonizadoras de vida curta, que se enquadram bem no papel das briófitas de pioneiras nas fases iniciais da sucessão ou colonizadoras de ambientes hostis e submetidos a perturbações. Lara et al. (1991) destacam as famílias Bryaceae e Pottiaceae por apresentarem uma notável resistência à influência urbana. Também algumas espécies de Fissidens, encontradas em grande número nos parques e praças do centro urbano, são comuns em solos perturbados (Richards 1984).

Entre os táxons mais comuns, Bryum argenteum Hedw. tem sido coletado em zona urbana em vários tipos de substratos (Bastos & Yano 1993). É heliófila e nitrófila e ocorre em zonas de poluição média a elevada, sendo pouco freqüente em zonas não ou pouco poluídas (Sérgio 1981). Em Manaus e Belém a espécie não foi coletada e nos demais trabalhos aparece geralmente associada a outras espécies. Em Caxias do Sul foi coletada tanto no Centro como nas áreas menos impactadas, demonstrando sua boa adaptação a diferentes tipos de ambientes.

Hyophila involuta (Hook.) A. Jaeger é uma espécie de ampla distribuição, característica de locais perturbados, como muros ou calçadas de cidades ou, se na floresta, junto a estradas ou cursos de rios (Lisboa 1993). Vital & Bononi (2006) coletaram a espécie sobre tumbas em cemitérios da região metropolitana de São Paulo, demonstrando adaptação às condições adversas e à grande poluição atmosférica. Em Salvador ocorreu como terrícola ou casmófita, tanto na zona urbana como na zona de vegetação e em Belém foi encontrada com maior freqüência como rupícola no centro da cidade e, raramente, nos jardins botânicos. Em Caxias do Sul foi coletada como corticícola, apenas no Centro.

Frullania ericoides (Nees) Mont. é considerada pantropical (Molinaro & Costa 2001) e cresce em locais onde a vegetação está mais ou menos degradada ou onde existe intensa influência antrópica (Vanden Berghen 1976) e ainda em lugares habitados ou visitados periodicamente (Behar et al. 1992). Foi coletada em todos os municípios e constitui a espécie de hepática mais abundante e mais bem distribuída em Rio Claro (Visnadi & Monteiro 1990). Em Caxias do Sul, no Centro, a espécie ocorre como corticícola ou rupícola e áreas menos impactadas aparece sempre crescendo sobre os troncos de árvores na borda das matas.

Fabronia ciliaris var. polycarpa (Hook.) W.R. Buck distribui-se pela América, crescendo sobre troncos em locais abertos (Buck 1998) e é bem representada nas áreas urbanas. Em Rio Claro ocorre como corticícola e é um dos táxons mais abundantes e bem distribuídos, ocorrendo associado com grande quantidade de espécies de musgos e hepáticas (Visnadi & Monteiro 1990). O mesmo ocorre em Caxias do Sul, onde este táxon foi amplamente coletado sobre troncos de árvores, associado com uma grande quantidade de outras espécies. Não foi registrado para Salvador e Belém.

Isopterygium tenerum (Sw.) Mitt. e Sematophyllum subpinnatum (Brid.) E. Britton também apresentam ampla distribuição geográfica, assim como Lejeunea flava (Sw.) Nees que é pantropical (Reiner-Drehwald 2000). São muito comuns nas áreas urbanas, sendo que I. tenerum não foi coletada no Recanto das Emas e em Belém, e S. subpinnatum somente não foi observado em Salvador. Lejeunea flava ocorreu em todas as áreas. Em Caxias do Sul I. tenerum foi coletado apenas no Centro, como corticícola, enquanto S. subpinnatum e L. flava ocorreram em todas as áreas, em diversos substratos.

Dos 159 táxons coletados em Caxias do Sul, apenas 31 (19%) foram comuns às outras áreas urbanas estudadas no Brasil. Provavelmente isto ocorre pelo fato de que a área de estudo encontra-se na região Subtropical e apresenta espécies típicas desta região, diferindo dos demais trabalhos que foram realizados na zona Tropical. A maioria dos táxons em comum possui distribuição geográfica ampla e é menos específica, enquanto que os demais geralmente são mais restritos ou requerem algumas condições particulares para sua sobrevivência.

Comparando o número total de táxons listados para Rio Claro (26) por Visnadi & Monteiro (1990), Manaus (73), porYano & Câmara (2004) e Belém (96), por Lisboa & Ilkiu-Borges (1995) com Caxias do Sul (159), observou-se que o maior número de táxons ocorreu neste último local (tabela 2). O mesmo ocorreu quando se comparou o número de táxons de musgos citados para o Recanto das Emas (11) por Câmara et al. (2003) e Salvador (21), por Bastos & Yano (1993) com Caxias do Sul (93). Este grande número de táxons existente na área de estudo indica a alta diversidade de briófitas no local, conforme já havia sido observado por Sehnem (1953); este se refere à flora briológica do Rio Grande do Sul como "rica, variada e bem interessante" devido à variedade de condições ecológicas e à posição geográfica do Estado, e afirma que a maior riqueza está na região dos pinhais e matas de cima da serra, onde se localiza Caxias do Sul.

Agradecimentos

À CAPES, pela concessão da bolsa à primeira autora, ao pesquisador Denilson Fernandes Peralta, do Instituto de Botânica de São Paulo pela elaboração das ilustrações, a Prefeitura Municipal de Caxias do Sul, ao Dr. Ronaldo A. Wasum, coordenador do Jardim Botânico de Caxias do Sul e Universidade de Caxias do Sul pela permissão de acesso aos locais de estudo.

Literatura citada

Recebido: 14.02.2008; aceito: 21.11.2008

  • Allen, B. 1999. The genus Philonotis (Bartramiaceae Musci) in Central America. Haussknechtia Beiheft 9:19-36.
  • Allen, B. & Magill, R.E. 2007. A revision of Orthostichella (Neckeraceae). The Bryologist 110:1-45.
  • Alvarenga, L.D.P., Silva, M.P.P., Oliveira, J.R.P.M. & Pôrto, K.C. 2007. Novas ocorrências de briófitas para Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 21:349-360.
  • Baptista, M.L.L. 1977. Flora Ilustrada do Rio Grande do Sul: Lejeuneaceae. Boletim do Instituto de Biociências, Botânica 36:1-135.
  • Bartram, E.B. 1949. Mosses of Guatemala. Fieldiana, Botany 25:1-442.
  • Bartram, E.B. 1952. New mosses from southern Brazil. Journal of the Washington Academy of Sciences 42:178-182.
  • Bastos, C.J.P. 2004. Lejeuneaceae (Marchantiophyta) no Estado da Bahia, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Bastos, C.J.P. & Yano, O. 1993. Musgos da zona urbana de Salvador, Bahia, Brasil. Hoehnea 20:23-33.
  • Bastos, C.J.P. & Yano, O. 2006. Lejeuneaceae holostipas (Marchantiophyta) no Estado da Bahia, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20:687-700.
  • Bastos, C.J.P., Yano, O. & Vilas Bôas-Bastos, S.B. 2000. Briófitas de campos rupestres da Chapada Diamantina, Estado da Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 23:359-370.
  • Behar, L., Yano, O. & Vallandro, G.C. 1992. Briófitas da Restinga de Setiba, Guarapari, Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 1:25-38.
  • Bischler-Causse, H., Gradstein, S.R., Jovet-Ast, S., Long, D.G. & Allen, N.S. 2005. Marchantiidae. Flora Neotropica, Monograph 97:214-218.
  • Bordin, J. 2008. Briófitas do centro urbano de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo.
  • Brena, D.A. 2003. Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul. Secretaria Estadual de Meio Ambiente/ Universidade Federal de Santa Maria/Departamento de Áreas Protegidas. http://www.coralx.ufsm.br/ifcrs/menu.htm (acesso em 23.05.2007).
  • Bridson, G.D.R. & Smith, E.R. 1991. BotânicoPeriodicum-Huntianum/Supplementun. Hunt Institute for Botanical Documentation, Pittsburg.
  • Brotherus, V.F. 1900. Die Laubmoose der ersten Regnellschen Expedition. Bihang til Kongliga Svenska Vetenskaps Handlingar. Stockholm. 26(7):1-65.
  • Bruggeman-Nannenga, M.A. & Pursell, R.A. 1990. The Fissidens radicans complex (Section Amblyothallia) in the neotropics and paleotropics. The Bryologist 93:332-340.
  • Brummitt, R.K. & Powell, C.E. (eds). 1992. Authors of plant names. Royal Botanic Gardens, Kew.
  • Buck, W.R. 1983. A Synopsis of the South American taxa of Fabronia (Fabroniaceae). Brittonia 35:248-254.
  • Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous Mosses of the West Indies. Memoirs of The New York Botanical Garden 82:1-400.
  • Buck, W.R. & Goffinet, B. 2000. Morphology and classification of Mosses. In: A.J. Shaw & B. Goffinet (eds.). Bryophyte Biology. Cambridge University Press, Cambridge, pp. 71-123.
  • Bueno, R.M. 1984. Gêneros de Jungermanniales (excl. Lejeuneaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
  • Bueno, R.M. 1986. O gênero Balantiopsis Mitt (Hepaticopsida) no Brasil. Rickia 13:29-33.
  • Câmara, P.E., Teixeira, R., Lima, J. & Lima, J. 2003. Musgos urbanos do Recanto das Emas, Distrito Federal, Brasil. Acta Botanica Brasilica 17:1-10.
  • Cao, T., Zuo, B., Guo, S-L., Hyvünen, J. & Virtanen, V. 2006. New synonyms and combinations in the genus Ptychomitrium (Bryopsida: Ptychomitriaceae). The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 100:41-52.
  • Castle, H. 1964a. A revision of the genus Radula. Part II. Subgenus Acroradula. Section 8. Acutilobulae Revue Bryologique et Lichénologique 33:185-210.
  • Castle, H. 1964b. A revision of the genus Radula. Part II. Subgenus Acroradula. Section 9. Densifoliae. Revue Bryologique et Lichénologique 33:328-398.
  • Castle, H. 1966. A revision of the genus Radula. Part. II. Subgenus Acroradula. Section 10. Ampliatae. Revue Bryologique et Lichénologique 34:1-81.
  • Churchill, S.P. & Linares C., E.L. 1995. Prodromus Bryologiae Novo-Granatensis: Introduction a la flora de musgos de Colômbia. Biblioteca Jose Jeronimo Triana 12:1-924.
  • Costa, D.P. 1994. Musgos do Pico da Caledônia, Município de Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica 8:141-191.
  • Costa, D.P. 1999. Metzgeriaceae (Metzgeriales, Hepatophyta) no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Costa, D.P. & Yano, O. 1988. Hepáticas talosas do Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica 1 (supl.):73-82.
  • Costa, D.P. & Yano, O. 1998. Briófitas da restinga de Macaé, Rio de Janeiro, Brasil. Hoehnea 25:99-119.
  • Crandall-Stotler, B. & Stotler, R.E. 2000. Morfology and classification of the Marchantiophyta. In: A.J. Shaw & B. Goffinet (eds.). Bryophyte Biology. Cambridge University Press, Cambridge, pp. 21-70.
  • Crum, H. & Anderson, L.E. 1981. Mosses of Eastern North America. Columbia Univesity Press, New York.
  • Dismier, M.G. 1884. Revision des Philonotis de l'Amerique. Memoires 17. Societé Botanique de France, II:1-37.
  • Farias, H.C. 1982. A família Polytrichaceae no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
  • Farias, H.C. 1984. A família Polytrichaceae no Rio Grande do Sul, Brasil. I. Taxonomia. Iheringia, série Botânica 32:77-89.
  • Farias, H.C. 1987. A família Polytrichaceae no Rio Grande do Sul, Brasil II: Anatomia do gametófito. Iheringia, série Botânica 36:75-82.
  • Florschütz, P.A. 1964. The Mosses of Suriname. Part 1. E.J. Brill, Leiden.
  • Florschütz-de Waard, J. 1992. A Revision of the genus Potamium (Musci: Sematophyllaceae). Tropical Bryology 5:109-121.
  • Frahm, J.-P. 1979. Die Campylopus-Arten Brasiliens. Revue Bryologique et Lichénologique 45:127-178.
  • Frahm, J.-P. 1991. Dicranaceae: Campylopodioideae, Paraleucobryoideae. Flora Neotropica, Monograph 54:1-238.
  • Fulford, M.H. 1966. Manual of the Leafy Hepaticae of Latin América Part II. Memoirs of The New York Botanical Garden 11:173-276.
  • Fulford, M.H. 1976. Manual of the Leafy Hepaticae of Latin América Part IV. Memoirs of The New York Botanical Garden 11:420-485.
  • Ganacevich, N.A. & Mello, Z.R. 2006. Briófitas da Biquinha de Anchieta, São Vicente, São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 18:75-84.
  • Gradstein, S.R. 1975. A taxonomic monograph of the genus Acrolejeunea (Hepaticae) with an arrangement of the genera of Pthychanthoideae. Bryophytorum Bibliotheca 4:1-162.
  • Gradstein, S.R. 1994. Lejeuneaceae: Ptychantheae, Brachiolejeuneae. Flora Neotropica, Monograph 62:1-216.
  • Gradstein, S.R. & Costa, D.P. 2003. The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. Memoirs of The New York Botanical Garden 87:1- 318.
  • Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86:1-577.
  • Grolle, R. 1956. Revision der Clasmatocolea Arten. Revue Bryologique et Lichénologique 25:288-303.
  • Grout, A.J. 1946. Orthotrichaceae. Flora of North America 15:1-62.
  • Guerra, J. & Ros, R.M. 1987. Revision de la Seccion Asteriscium del genero Didymodon (Pottiaceae, Musci) (=Trichostomopsis) en la Peninsula Iberica. Cryptogamie, Bryologie et Lichénologie 8:47-68.
  • Hammer, Ø., Harper, D.A.T. & Ryan, P.D. 2001. PAST - Paleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis, versão. 1.73. Paleontologia Electronica 4:1-9. http://www.palaeoelectronica.gov (acesso em 30.09.2007).
  • Hässel-de-Menendez, G.G. 1962. Estudio de las Anthocerotales y Marchantiales de la Argentina. Opera Lilloana 7:1-297.
  • Hässel-de-Menendez, G.G. 1989. Las especies de Phaeoceros (Anthocerotophyta) de América de. Norte, Sud y Central: la ornamentación de sus esporas y taxonomia. Candollea 44:716-739.
  • Heinrichs, J. & Gradstein, S.R. 2000. A revision of Plagiochila sect. Crispatae and sect. Hypnoides (Hepaticae) in the Neotropics. I. Plagiochila disticha, P. montagnei and P. raddiana. Nova Hedwigia 70:161-184.
  • Hell, K.G. 1969. Briófitas talosas dos arredores da cidade de São Paulo (Brasil). Boletim de Botânica da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo 25:11-87.
  • Hirai, R.Y., Yano, O. & Ribas, M.E.G. 1998. Musgos da mata residual do Centro Politécnico (Capão da Educação Física), Curitiba, Paraná, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 11:81-118.
  • Hornschuch, C.F. 1840. Musci. In: C.F.P. Martius (ed.). Flora Brasiliensis. Typographia Regia, Monachii, v. 1, pars 2, pp. 1-100, t. 1-4.
  • Howe, M.A. 1898. The Anthocerotaceae of North America. Bulletin of the Torrey Botanical Club 25:1-24.
  • Hyvönen, J. 1989. A synopsis of genus Pogonatum (Polytrichaceae, Musci). Acta Botanica Fennica 138:1-87.
  • Inoue, H. 1989. Notes on the Plagiochilaceae, XVI, Studies on some Plagiochila species in the Neotropics. Bulletin of the National Science Museum, Tokyo, series B 15:35-47.
  • Jiménez, J., Ros, R.M., Cano, M.J. & Guerra, J. 2005. A new evaluation of the genus Trichostomopsis (Pottiaceae, Bryopsida). Botanical Journal of the Linnean Society 147:117-127.
  • Lara, F., Lopez, C. & Mazimpaka, V. 1991. Ecologia de los briófitos urbanos en la ciudad de Segovia (España). Cryptogamie, Bryologie et Lichénologie 12:425-439.
  • Lemos-Michel, E. 1980. O gênero Frullania (Hepaticopsida) no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
  • Lemos-Michel, E. 1983. Frullania (Jungermanniales, Hepaticopsida) no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Botânica 6:115-123.
  • Lemos-Michel, E. 1999. Briófitas epífitas sobre Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze no Rio Grande do Sul, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Lemos-Michel, E. 2001. Hepáticas epífitas sobre o pinheiro-brasileiro no Rio Grande do Sul. Editora da Universidade, Porto Alegre.
  • Lemos-Michel, E. & Bueno, R.M. 1992. O gênero Bazzania S.F. Gray (Hepaticae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 19:143-149.
  • Lemos-Michel, E. & Yano, O. 1998. O gênero Bryopteris (Hepatophyta) no Brasil. Acta Botanica Brasilica 12:5-24.
  • Lindman, C.A.M. 1906. A vegetação no Rio Grande do Sul. Typographia da Livraria Universal, Porto Alegre.
  • Lisboa, R.C.L. 1993. Musgos acrocárpicos do Estado de Rondônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém.
  • Lisboa, R.C.L. & Ilkiu-Borges, A.L. 1995. Diversidade das briófitas de Belém (PA) e seu potencial como indicadoras de poluição. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série Botânica 11:131-293.
  • Lorscheitter, M.L. 1973. Hepáticas folhosas primitivas, novas para o Rio Grande do Sul. Iheringia, série Botânica 17:3-17.
  • Lorscheitter, M. L. 1977. Flora Ilustrada do Rio Grande do Sul. XIII. Lejeuneaceae. Boletim do Instituto de Ciências Biológicas, série Botânica 36:1-139.
  • Luizi-Ponzo, A.P., Bastos, C.J.P., Costa, D.P., Pôrto, K.C., Câmara, P.E.A.S., Lisboa, R.C.L. & Vilas Boas-Bastos, S. 2006. Glossarium polyglotum bryologiae: versão brasileira do Glossário briológico. Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.
  • Magurran, A.E. 1989. Diversidad Ecológica y su medición. Ediciones Vedrà, Barcelona.
  • Mello, Z.R. & Yano, O. 1991. Musgos do manguezal do Rio Guaraú, Peruíbe, São Paulo. Revista Brasileira de Botânica 14:35-44.
  • Mello, Z.R., Lourenço, G.A. & Yano, O. 2001. Briófitas do Orquidário Municipal de Santos, São Paulo, Brasil. In: C.R. Brito (org.). I Congresso Brasileiro de Pesquisas Ambientais, Santos, pp. 92-94.
  • Menzel, M. 1991. A taxonomic review of the genera Lindigia Hampe (Meteoriaceae, Leucodontales) and Aerolindigia gen. nov. (Brachytheciaceae, Hypnales), Bryopsida. Nova Hedwigia 52:319-335.
  • Molinaro, L.C. & Costa, D.P. 2001. Briófitas do arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rodriguésia 52:107-124.
  • Nyholm, E. 1971. Studies in the Genus Atrichum P. Beauv. A short survey of the genus and the species. Lindbergia 1:1-33.
  • Ochi, H. 1980. A Revision of the Neotropical Bryoideae, Musci (First Part). The Journal of the Faculty of Education Tottori University 29:49-154.
  • Oliveira, P.L. 1973. Espécies do gênero Radula Dumortier ocorrentes no Rio Grande do Sul, Brasil (Hepáticas). Iheringia, série Botânica 18:48-53.
  • Oliveira-e-Silva, M.I.M.N. & Yano, O. 2000a. Anthocerotophyta e Hepatophyta de Mangaratiba e Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 13:1-102.
  • Oliveira-e-Silva, M.I.M.N. & Yano, O. 2000b. Musgos de Mangaratiba e Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 14:1-137.
  • Peralta, D.F. 2005. Musgos (Bryophyta) do Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo.
  • Peralta, D.F. & Yano, O. 2005. Briófitas da mata paludosa do município de Zacarias, noroeste do Estado de São Paulo, Brasil. Acta Botanica Brasílica 19:963-977.
  • Peralta, D.F. & Yano, O. 2006. Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para o Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 29:49-65.
  • Pillar, V.P. 1996. Variações espaciais e temporais na vegetação; métodos analíticos. Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. http://www.ecoqua.ecologia.com.br (acesso em 09.10.2007)
  • Pursell, R.A. 1994. Taxonomic notes on neotropical Fissidens. The Bryologist 97:253-271.
  • Pursell, R.A. 1997. Taxonomic notes on neotropical Fissidens. II. An Adendum. The Bryologist 100:193-197.
  • Ramsay, H.P. & Cairns, A. 2004. Habitat, distribution and the phytogeographical affinities of mosses in the Wet Tropics bioregion, north-east Qheensland, Australia. Cunninghamia 8:371-408.
  • Reiner-Drehwald, M.E. 1994. El género Radula (Radulaceae, Hepaticae) en el Noreste de Argentina. Tropical Bryology 9:5-22.
  • Reiner-Drehwald, M.E. 1995. Las Lejeuneaceae (Hepaticae) de Misiones, Argentina III. Drepanolejeunea y Leptolejeunea. Tropical Bryology 10:21-27.
  • Reiner-Drehwald, M.E. 2000. Las Lejeuneaceae (Hepaticae) de Misiones, Argentina VI. Lejeunea y Taxilejeunea. Tropical Bryology 19:81-132.
  • Richards, P.W. 1984. The Ecology of Tropical Forest Bryophytes. In: R.M. Schuster (ed.). New Manual of Bryology II. The Hattori Botanical Laboratory, Nichinan, pp. 1233-1270.
  • Sastre-de-Jesus, I. 1987. A Revision of the Neckeraceae Schimp. and the Thamnobryaceae Margad. & Dur. in the Neotropics. Tese de Doutorado, City University New York, New York.
  • Schuster, R.M. 1980. The Hepaticae and Anthocerotae of North America IV. Columbia University Press, New York, pp. 1-1334.
  • Schuster, R.M. 1983. Phytogeography of the Bryophyta. In: R.M. Schuster (ed.). New Manual of Bryology I. The Hattori Botanical Laboratory, Nichinan, pp. 463-626.
  • Schuster, R.M. 1992. The Hepaticae and Anthocerotae of North America VI. Columbia University Press, New York, pp. 1-937.
  • Sehnem, A. 1953. Bryologia riograndensis. I. Elementos austral-antárticos da flora briológica do Rio Grande do Sul. Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues 5:95-106.
  • Sehnem, A. 1955. Vegetationsbild der Laubmoose von Rio Grande do Sul, Brasilien. Mitteilungen der Thüringischen Botanischen Gesellschaft 1:208-221.
  • Sehnem, A. 1969. Musgos Sul-Brasileiros. I. Pesquisas, Botânica 27:1-36.
  • Sehnem, A. 1970 Musgos Sul-brasileiros II. Pesquisas, Botânica 28:1-106.
  • Sehnem, A. 1972. Musgos Sul-Brasileiros III. Pesquisas, Botânica 29:1-70.
  • Sehnem, A. 1976. Musgos Sul-Brasileiros IV. Pesquisas, Botânica 30:1-79.
  • Sehnem, A. 1978. Musgos Sul-Brasileiros V. Pesquisas, Botânica 32:1-170.
  • Sehnem, A. 1979. Musgos Sul-Brasileiros VI. Pesquisas, Botânica 33:1-149.
  • Sehnem, A. 1980. Musgos Sul-Brasileiros VII. Pesquisas, Botânica 34:1-121.
  • Sérgio, C. 1981. Alterações da flora briológica epifítica na área urbana de Lisboa nos últimos 140 anos. Boletim da Sociedade Broteriana, série 2, 54:313-331.
  • Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P. 1994. The Moss Flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69:1-1113.
  • Soria, A. & Ron, M.E. 1995. Aportaciones al conocimiento de la brioflora urbana española. Cryptogamie, Bryologie et Lichénologie 16:285-299.
  • Stotler, R.E. 1970. The Genus Frullania subgenus Frullania in Latin America. Nova Hedwigia 18:397-555.
  • Stotler, R.E. & Crandall-Stotler, B. 2005. A revised classification of the Anthocerotophyta and a checklist of the hornworts of North America, North of Mexico. The Bryologist 108:16-26.
  • Swails Junior, F.S. 1970. The genus Porella in Latin America. J. Cramer, Lehre.
  • Valdevino, J.A., Sá, P.A. & Pôrto, K.C. 2002. Musgos pleurocárpicos de mata serrana em Pernambuco, Brasil. Acta Botánica Brasilica 16:161-174.
  • Vanden Berghen, C. 1976. Frullaniaceae (Hepaticae) africanae. Bulletin du Jardin botanique national de Belgique 46:1-220.
  • Veloso, H.P., Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE/RADAMBRASIL, Rio de Janeiro.
  • Vianna, E.C. 1970. Marchantiales e Anthocerotales coletadas no Rio Grande do Sul. Iheringia, série Botânica 14:45-54.
  • Vianna, E.C. 1971. Considerações sobre algumas hepáticas de Gramado, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, série Botânica 15:3-17.
  • Vianna, E.C. 1976. Marchantiales (Hepaticopsida) coletadas no Rio Grande do Sul. Tese de Livre Docência, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
  • Vianna, E.C. 1981a. Sphaerocarpos mucciloi, a new hepatic from Brazil. Lindbergia 7:58-60.
  • Vianna, E.C. 1981b. Sobre a ocorrência nova de Monoclea Hook. (Hepaticae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, série Botânica 26:165-167.
  • Vianna, E.C. 1981c. O gênero Riccia (Marchantiales) no Rio Grande do Sul, Brasil. I Subgen. Ricciella e Thallocarpus Rickia 9:71-80.
  • Vianna, E.C. 1985. Flora Ilustrada do Rio Grande do Sul. 15. Marchantiales. Boletim do Instituto de Biociências 38:1-213.
  • Vianna, E.C. 1988. Donnés additionnalles sur Riccia jovetastiae E.C. Vianna, espécie brésilienne (Rio Grande do Sul). Cryptogamie, Bryologie et Lichénologie 9:73-75.
  • Vianna, E.C. 1990. Dados adicionais sobre Riccia fruchartii Steph. Iheringia, série Botânica 40:127-130.
  • Visnadi, S.R. 2002. Meteoriaceae (Bryophyta) da Mata Atlântica do Estado de São Paulo. Hoehnea 29:159-187.
  • Visnadi, S.R. & Monteiro, R. 1990. Briófitas da cidade de Rio Claro, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 17:71-84.
  • Visnadi, S.R. & Vital, D.M. 1997. Bryophytes from greenhouses of the Institute of Botany, São Paulo, Brazil. Lindbergia 22:44-46.
  • Visnadi, S.R. & Vital, D.M. 2000. Lista das briófitas ocorrentes no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga - PEFI. Hoehnea 27:279-294,
  • Vital, D.M. 1980. Erpodiaceae (Musci) do Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
  • Vital, D.M. & Bononi, V.L.R. 2006. Briófitas sobre tumbas em cemitérios da Região Metropolitana de São Paulo, SP. Hoehnea 32:143-145.
  • Vitt, D.H. 1980. The genus Macrocoma I. Typification of Names and taxonomy of the species. The Bryologist 83:405-436.
  • Yamada, K. 1982. Notes on the type specimens of Radula taxa from Latin America. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 52:449-463.
  • Yano, O 1981a. A checklist of Brazilian Mosses. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory. 50:279-456.
  • Yano, O. 1981b. Aytoniaceae (Marchantiales, Hepaticopsida) no Brasil. Revista Brasileira de Botânica 4:89-94.
  • Yano, O. 1984a. Briófitas. In: O. Fidalgo & V.L.R. Bononi (coords.). Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. Manual n. 4. Instituto de Botânica, São Paulo. pp. 27-30.
  • Yano, O. 1984b. Checklist of Brazilian liverworts and hornworts. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 56:481-548.
  • Yano, O. 1984c. Ocorrência de Aulacopilum glaucum Wilson (Erpodiaceae, Bryopsida) no Brasil. In: T.S. Melhem (ed.). Anais do IV Congresso da Sociedade Botânica de São Paulo, Taubaté, pp. 77-82.
  • Yano, O. 1989. An additional checklist of Brazilian bryophytes. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 66:371-434.
  • Yano, O. 1990. Estudos de briófitas do Brasil: Plagiomniaceae (Bryopsida). Revista Brasileira de Botânica 13:103-108.
  • Yano, O. 1992. Leucobryaceae (Bryopsida) do Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Yano, O. 1994. Briófitas da Serra de Itabaiana, Sergipe, Brasil. Acta Botanica Brasilica 8:45-57.
  • Yano, O. 1995. A new additional annotated checklist of Brazilian bryophytes. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 78:137-182.
  • Yano, O. 2006. Novas adições ao catálogo de briófitas brasileiras. Boletim do Instituto de Botânica 17:1-142.
  • Yano, O. 2008. Catálogo de Antóceros e Hepáticas Brasileiros: literatura original, basiônimo, localidadetipo e distribuição geográfica. Boletim do Instituto de Botânica 19:1-110.
  • Yano, O. & Bordin, J. 2006. Novas ocorrências de briófitas para o Rio Grande do Sul, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 18:111-122.
  • Yano, O. & Câmara, P.E.A.S. 2004. Briófitas de Manaus, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica 34:445-457.
  • Yano, O. & Carvalho, A.B. 1995. Briófitas da Serra da Piedade, Minas Gerais, Brasil. In: J.D. Rodrigues (ed.). Anais do 9ş Congresso da Sociedade Botânica de São Paulo, São Paulo, pp. 15-25.
  • Yano, O. & Colletes, A.G. 2000. Briófitas do Parque Nacional de Sete Quedas, Guairá, PR, Brasil. Acta Botanica Brasilica 14:215-242.
  • Yano, O. & Costa, D.P. 1992. Novas ocorrências de briófitas no Brasil. In: R.R. Sharif (ed.). Anais do 8ş Congresso da Sociedade Botânica de São Paulo, Campinas, pp. 33-45.
  • Yano, O. & Luizi-Ponzo, A. 2006. Chonecolea doellingeri (Chonecoleaceae, Hepaticae), taxonomia e distribuição geográfica no Brasil. Acta Botanica Brasilica 20:783-788.
  • Yano, O. & Mello, Z.R. 1999. Frullaniaceae dos manguezais do litoral sul de São Paulo, Brasil. Iheringia, série Botânica 52:65-87.
  • Yano, O. & Peralta, D.F. 2007a. As briófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo. In: M. Simonelli & C.M. Fraga (orgs.). Espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo. Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica, Vitória, pp. 81-87.
  • Yano, O. & Peralta, D.F. 2007b. Musgos (Bryophyta). In: J.A. Rizzo (coord.). Flora dos Estados de Goiás e Tocantins: Criptógamos, v. 6, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, pp. 1-333.
  • Yano, O. & Santos, S.X. 1993. Musgos da Gruta de Mirassol, São Paulo. Acta Botanica Brasilica 7:89-106.
  • Yano, O., Mello, Z.R. & Colletes, A.G. 2003. Briófitas da Ilha de Urubuqueçaba, Santos, São Paulo, Brasil. Iheringia, série Botânica 58:195-214.
  • Zander, R.H. 1993. Genera of the Pottiaceae: Mosses of harsh environments. Bulletin of the Buffalo Society of Natural Sciences 32:1-378.
  • *
    Autor para correspondência:
  • 1
    Parte da Dissertação de Mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, Instituto de Botânica
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      22 Abr 2013
    • Data do Fascículo
      Mar 2009

    Histórico

    • Aceito
      21 Nov 2008
    • Recebido
      14 Fev 2008
    Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: hoehneaibt@gmail.com