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Closterium Nitzsch ex Ralfs (Desmidiaceae) em um lago artificial urbano, Paraná, Brasil

Closterium Nitzsch ex Ralfs (Desmidiaceae) in an urban artificial lake, Paraná State, Brazil

Resumos

Foi realizado um inventário das espécies do gênero Closterium do lago Municipal de Cascavel, Paraná, Brasil. As coletas foram realizadas entre janeiro de 2002 a novembro de 2003, na região litorânea do lago. Dezessete táxons pertencentes ao gênero Closterium foram identificados, sendo 13 variedades típicas e quatro não típicas de suas espécies. Aespécie mais representativa no estudo foi C. cynthia De Notaris var. cynthia, registrado em 25% das amostras, seguido de C. moniliferum (Bory) Ehrenberg ex Ralfs var. moniliferum registrado em 17% das amostras. Espécies como C. ehrenbergii Meneghini ex Ralfs var. ehrenbergii, C. leibleinii Kützing ex Ralfs var. leibleinii e C. lunula (Müller) Nitzsch ex Ralfs var. biconvexum Schmidle foram menos freqüentes durante a análise das amostras representando 3% do registro total dos táxons.

Desmídeas; taxonomia; Zygnemaphyceae


An investigation of the genera Closterium from an artificial lake of Cascavel city, Paraná, Brazil was undertaken. The samples were collected from January/2002 to November/2003, in the lake littoral zone. Seventeen taxa of the genera Closterium were identified, where 13 of them were typical and four of them non-typical varieties. C. cynthia De Notaris var. cynthia, represented 25% of total samples, followed by C. moniliferum (Bory) Ehrenberg ex Ralfs var. moniliferum (17%). Taxa such as C. ehrenbergii Meneghini ex Ralfs var. ehrenbergii, C. leibleinii Kützing ex Ralfs var. leibleinii e C. lunula (Müller) Nitzsch ex Ralfs var. biconvexum Schmidle were less frequent in the analysis representing 3% of the taxon total records.

Desmids; taxonomy; Zygnemaphyceae


Closterium Nitzsch ex Ralfs (Desmidiaceae) em um lago artificial urbano, Paraná, Brasil

Closterium Nitzsch ex Ralfs (Desmidiaceae) in an urban artificial lake, Paraná State, Brazil

Jascieli Carla BortoliniI; Carina MorescoII; Natália Silveira SiqueiraII; Stefania BioloII; Norma Catarina BuenoI,* * Autor para correspondência: ncbueno@unioeste.br

IUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, CCBS, Rua Universitária 2069, Jd. Universitário, 85819-110 Cascavel, PR, Brasil

IIUniversidade Estadual de Maringá, Departamento de Biologia, Nupélia, Av. Colombo, 5790, 87020-900 Maringá, PR, Brasil

RESUMO

Foi realizado um inventário das espécies do gênero Closterium do lago Municipal de Cascavel, Paraná, Brasil. As coletas foram realizadas entre janeiro de 2002 a novembro de 2003, na região litorânea do lago. Dezessete táxons pertencentes ao gênero Closterium foram identificados, sendo 13 variedades típicas e quatro não típicas de suas espécies. Aespécie mais representativa no estudo foi C. cynthia De Notaris var. cynthia, registrado em 25% das amostras, seguido de C. moniliferum (Bory) Ehrenberg ex Ralfs var. moniliferum registrado em 17% das amostras. Espécies como C. ehrenbergii Meneghini ex Ralfs var. ehrenbergii, C. leibleinii Kützing ex Ralfs var. leibleinii e C. lunula (Müller) Nitzsch ex Ralfs var. biconvexum Schmidle foram menos freqüentes durante a análise das amostras representando 3% do registro total dos táxons.

Palavras-chave: Desmídeas, taxonomia, Zygnemaphyceae

ABSTRACT

An investigation of the genera Closterium from an artificial lake of Cascavel city, Paraná, Brazil was undertaken. The samples were collected from January/2002 to November/2003, in the lake littoral zone. Seventeen taxa of the genera Closterium were identified, where 13 of them were typical and four of them non-typical varieties. C. cynthia De Notaris var. cynthia, represented 25% of total samples, followed by C. moniliferum (Bory) Ehrenberg ex Ralfs var. moniliferum (17%). Taxa such as C. ehrenbergii Meneghini ex Ralfs var. ehrenbergii, C. leibleinii Kützing ex Ralfs var. leibleinii e C. lunula (Müller) Nitzsch ex Ralfs var. biconvexum Schmidle were less frequent in the analysis representing 3% of the taxon total records.

Key words: Desmids, taxonomy, Zygnemaphyceae

Introdução

A classe Zygnemaphyceae constitui um importante grupo em função da alta diversidade morfológica comparada com os demais grupos de algas verdes (Wehr & Sheat 2003).

A família Desmidiaceae, por sua vez, destaca-se por englobar a grande maioria dos representantes da classe, compondo uma grande variedade de formas e estruturas (Carter-Lund & Lund 1995, Esteves 1998). Closterium Nitzsch ex Ralfs compreende um gênero rico em número de espécies, incluindo indivíduos solitários e sem constrição mediana (Bicudo & Castro 1994, Bicudo & Menezes 2006). Podem apresentar células morfologicamente diferentes, como por exemplo, pólos que variam desde arredondados até capitulados. Outras características como parede celular lisa ou estriada, tipo de cloroplasto, quantidade e distribuição dos pirenóides constituem elementos importantes na identificação das espécies (Bicudo & Menezes 2006).

Para o estado do Paraná, os seguintes trabalhos compreendem importantes contribuições para o conhecimento das desmídeas: Bittencourt-Oliveira (1993a, b) estudou o Rio Tibagi, principal afluente do Rio Paranapanema, no nordeste do estado, apresentando no primeiro os gêneros filamentosos de desmídeas e no segundo, os gêneros Actinotaenium, Cosmarium e Staurodesmus; em seguida Bittencourt- Oliveira & Mecenas (1994) fizeram o levantamento taxonômico de Micrasterias, Staurastrum e Xanthidium para o mesmo local; Cecy (1993) documentou para a região de Paranaguá, em uma área de restinga, nove expressões morfológicas de Pleurotaenium eherenbergii (Bréb) De Bary; Cecy et al. (1997) ao estudarem a divisão Chlorophyta da Represa do Rio Passaúna, município de Araucária, inventariaram 40 táxons, destes, apenas quatro pertenciam a Closterium; Picelli-Vicentim et al. (2001) realizaram um levantamento do fitoplâncton no mesmo local e registraram 21 táxons de desmídeas, no entanto, nenhum pertencente ao gênero Closterium; Silva & Cecy (2004) encontraram 20 táxons de Cosmarium,no Rio Iguaçu, região da usina hidrelétrica de Salto Caxias; Biolo et al. (2008) documentaram 41 táxons de desmídeas para o rio São Francisco Falso, tributário do reservatório de Itaipu, na região oeste do estado, contudo, apenas três representantes de Closterium foram apresentados; Felisberto & Rodrigues (2008) em estudos no reservatório de Salto do Vau, na bacia hidrográfica do Rio Iguaçu registraram a ocorrência de 45 representantes de desmídeas.

Apenas dois trabalhos exclusivamente taxonômicos registraram a ocorrência do gênero Closterium Nitzsch ex Ralfs para o Estado do Paraná: Bittencourt-Oliveira & Castro (1993) documentaram 21 táxons para o Rio Tibagi e Felisberto & Rodrigues (2007) 23 táxons para o reservatório de Salto do Vau. Alguns estudos como o de Felisberto (2003), Cetto et al. (2004), Felisberto & Rodrigues (2005) e Algarte et al. (2006) também reportaram a ocorrência do gênero, todavia, apenas em listagens de caráter ecológico.

O presente estudo caracteriza o levantamento taxonômico do gênero Closterium no lago Municipal de Cascavel, visando contribuir para o aumento do conhecimento e distribuição da desmidioflórula no estado do Paraná.

Material e métodos

O Lago Municipal de Cascavel (24º82'S, 53º 28'W) é um reservatório artificial que juntamente com o Jardim Zoológico formam o Parque Paulo Gorski. O lago está inserido na bacia hidrográfica do rio Cascavel (figura 1), abastecido por vários córregos, com área de drenagem de 117,50 km2. Localiza-se em clima subtropical úmido, mesotérmico e sem estação seca definida (ITCF 1990).


As coletas do material biológico foram realizadas mensalmente, no período de janeiro de 2002 a novembro de 2003, na região litorânea do lago. Utilizou-se rede de plâncton com malha de 25 µm para a coleta do material, o qual foi imediatamente conservado em solução Transeau, na proporção 1:1 (Bicudo & Menezes 2006). Para as análises qualitativas foram preparadas lâminas temporárias, em média de 8 a 10 lâminas por amostra ou até não ocorrer táxons diferentes. A análise das lâminas e as ilustrações foram realizadas com microscópio binocular acoplado à câmara clara, em aumentos de 400 e 1.000 ×. As amostras estão depositadas no Herbário da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNOP). A identificação dos táxons foi baseada em literaturas clássicas e especializadas e o enquadramento sistemático seguiu Bicudo & Menezes (2006).As medidas (em µm) estão representadas pelos símbolos: compr. = comprimento e larg. = largura.

Resultados e Discussão

A análise das amostras coletadas no Lago Municipal de Cascavel no período de estudo permitiu a identificação de 17 táxons do gênero Closterium Nitzsch ex Ralfs, sendo 13 variedades típicas e quatro variedades não típicas de suas espécies. A espécie melhor representada no estudo foi C. cynthia var. cynthia, registrado em 25% das amostras, seguido de C. moniliferum var. moniliferum registrado em 17% das amostras. Espécies como C. ehrenbergii var. ehrenbergii, C. leibleinii var. leibleinii e C. lunula var. biconvexum foram menos freqüentes durante a análise das amostras totalizando 3% do registro total dos táxons.

Closterium Nitzsch ex Ralfs

O gênero Closterium Nitzsch ex Ralfs pode apresentar indivíduos com células lunadas, semilunadas, elípticas ou fusiformes, com a margem dorsal sempre convexa e a ventral reta, côncava, convexa e às vezes inflada na região mediana. Algumas espécies podem apresentar as margens quase paralelas. Os pólos celulares podem ser arredondados, obtuso-arredondados, cônicos, acuminados, obtusos ou ainda capitulados. A parede celular pode ser lisa, estriada ou pontuada. Ocorre apenas um cloroplasto axial por semicélula. Os pirenóides podem ocorrer de um a muitos, em série mediana ou espalhados no cloroplasto. Pode ocorrer também vacúolo terminal com vários corpúsculos trepidantes.

Closterium baillyanum

(Brébisson) Brébisson var.

baillyanum

, Mém. Soc. Imp. Sci. Nat. Cherbourg. 4: 151. 1856 ≡

Closterium didymotocum

Ralfs var.

baillyanum

Brébisson

in

Ralfs, Brit. Desm.: 169. 1848.

Figura 2


 










Célula ligeiramente curvada, 10-12 vezes mais longa que larga, margem dorsal ligeiramente convexa, ventral pouco côncava, às vezes mais reta na porção mediana, ápices truncados, parede celular com finas estrias e densas pontuações principalmente na região apical, cloroplasto axial, pirenóides 5-6 dispostos em série mediana, vacúolo terminal e corpúsculos trepidantes não observados. Compr.: 504-588 µm; larg.: 44,1-54,6 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 26-I-2003, N.C. Bueno 810 (UNOP); idem, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP); idem, 28-IX-2003, N.C. Bueno 878 (UNOP).

A primeira citação de Closterium baillyanumpara o Brasil consta no trabalho de Scott, Gronblad & Croasdale (1965) para o Estado do Pará, os autores apresentaram medidas e ilustrações das espécies estudadas. Posteriormente Bicudo & Castro (1994)registraram C. baillyanum var. baillyanum para várias localidades do Estado de São Paulo. Os autores registraram polimorfismo celular, e os espessamentos polares apical e lateral da face interna da parede celular, ora faziam-se presentes ora não.

Lopes & Bicudo (2002) registraram a espécie para o Estado do Amazonas, os organismos identificados apresentaram medidas celulares inferiores às registradas no presente trabalho (298-310 × 25-28µm). A espécie pode ser facilmente confundida com C. abruptum W. West var. canadense Bourrely, porém esta espécie apresenta espessamento polar somente na região apical, enquanto C. baillyanum var. baillyanumapresenta espessamento polar apical e lateral.

Closterium cornu

Ehrenberg

ex

Ralfs var.

cornu

, Brit. Desm.: 176. 1848.

Figura 3

Célula semi-lunada, ligeiramente curvada, 12 vezes mais longa que larga, margem dorsal convexa, margem ventral reta, às vezes levemente côncava, não inflada na região mediana, pólos truncados, parede celular lisa, sem espessamento polar, cloroplasto axial, pirenóides 2-5 dispostos em série mediana, vacúolo terminal presente. Compr,: 152,7-193,6 µm; larg.; 12,3-12,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 30-XI-2002, N.C. Bueno 795 (UNOP).

A espécie foi facilmente reconhecida como Closterium cornu var. cornu, por apresentar margem dorsal convexa, pólos truncados e parede celular lisa. Os indivíduos analisados apresentaram margem ventral levemente côncava, enquanto em Bicudo & Castro (1994) os espécimes analisados apresentaram margem ventral ora reta ora levemente côncava.

Closterium closterioides

(Ralfs) Louis & Peeters var.

closterioides

, Bull. Jard. bot. natn. Belg. 37: 410. 1967 ≡

Penium closterioides

Ralfs, Brit. Desm.: 152. 1848.

Figura 4

Célula reta, elíptica a fusiforme, 4-4,2 vezes mais longa que larga, margens dorsal e ventral igualmente convexas, pólos arredondado-truncados, parede celular lisa, incolor, cloroplasto axial não dividido transversalmente, cristas 4-5, pirenóides 3-5 em série mediana. Compr,: 126-252 µm; larg.: 25,2-67,2 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 24-II-2002, N.C. Bueno 734 (UNOP); idem, 25-VIII-2002, N.C. Bueno774 (UNOP); idem 27-X-2002, N.C. Bueno786 (UNOP); idem, 28-VI2003, N.C. Bueno 842 (UNOP).

Closterium closterioides var. closterioides podeser confundido com C. navicula (Bréb.) Lütk.var. navicula e distinguindo-se desta, por apresentar medidas celulares maiores. Na literatura as medidas celulares da espécie variam de 154-179 µm × 37-45 µm para Bicudo & Castro (1994); 155-186 µm × 38-45 µm para Lopes & Bicudo (2002) e 147,6 µm × 36,7 µm para Felisberto & Rodrigues (2007).

Closterium closterioides

(Ralfs) Louis & Peeters var

. intermedium

(Roy & Bisset) Růžička, Preslia 45: 1973 ≡

Penium libellula

(Focke) Nordstedt var.

intermedium

Roy & Bisset, Ann. Scot. nat. Hist. 14(12): 252. 1894.

Figura 5

Célula relativamente curta e reta, 2-4 vezes mais longa que larga, margens igualmente convexas, pólos arredondados a truncados, parede celular lisa, cloroplasto laminar interrompido mais ou menos a cada metade da semi-célula, pirenóides 10-12 dispostos em série mediana. Compr.: 77,7-112 µm ; larg.: 27-27,3 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 27-X-2002, N.C. Bueno 786 (UNOP); idem 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP).

Closterium closterioides var. intermedium difere de sua variedade típica por apresentar medidas celulares menores e cloroplastídio divididos as vezes transversalmente. Bicudo & Castro (1994) registraram medidas celulares maiores (96-151 µm × 18-32 µm)e menor número de pirenóides (2-4 por cloroplasto).

Closterium cynthia

De Notaris var.

cynthia

, Desm. Ital.: 65. 71. 1867.

Figura 6

Célula lunada, fortemente curvada, 5-7 vezes mais longa que larga, margem dorsal convexa e ventral côncava, podendo às vezes ser levemente inflada na região mediana, pólos arredondados a obtusoarredondados, parede celular estriada, cloroplasto axial, pirenóides 5-7 dispostos em série mediana, corpúsculo trepidante presente. Compr.: 142-165µm;larg.: 23,4-29,4 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 29-IX-2002, N.C. Bueno 780 (UNOP); idem, 27-X-2002, N.C. Bueno 786 (UNOP); idem 26-I-2003, N.C. Bueno 810 (UNOP); idem, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP); idem, 28-IX-2003, N.C. Bueno 878 (UNOP); idem, 02-XI-2003, N.C. Bueno 893 (UNOP).

Felisberto & Rodrigues (2007) registraram valores (125-167 µm compr. × 15-24 µm larg.) inferiores com relação à largura da célula, porém as medidas do comprimento celular foram mantidas quando comparadas com dados de literatura. C. cynthia var. cynthia assemelha-se a C. jenneri Ralfs var. jenneri, no entanto, C. cynthia var. cynthia apresenta menor arco de curvatura, parede celular sempre estriada e um único corpúsculo trepidante.

Closterium dianae

Ehrenberg

ex

Ralfs var.

brevius

(Petkov) Krieger

in

Rabenhorst, Kryptogamen-Fl. Deutschl. 13: 296. 1937 ≡

Closterium dianae

Ehrenberg

ex

Ralfs f.

brevius

Petk., Philipp. Acad. Bulg. Sci. 1910: 160. 1910.

Figura 7

Célula lunada, 6,2-7,8 vezes mais longa que larga, curvatura acentuada, margem ventral côncava, margem dorsal convexa, pólos oblíquo-truncados com um poro na margem dorsal, parede celular lisa e incolor, espessamento apical presente, cloroplasto axial, pirenóides 3-5 dispostos em série mediana, vacúolo terminal. Compr.: 92,4-115,5 µm; larg.: 14,7 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 28-VI-2003, N.C. Bueno 842 (UNOP); idem, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP).

Closterium dianae var. brevius difere da forma típica da espécie por possuir dimensões celulares menores, por apresentar a porção mediana da célula levemente inflada e parede celular lisa.

Closterium ehrenbergii

Meneghini

ex

Ralfs var.

ehrenbergii

, Brit. Desm.: 166. 1848.

Figura 8

Célula lunada, 5,5 vezes mais longa que larga, fortemente curvada, margem dorsal convexa, margem ventral côncava, inflada na região mediana, pólos arredondados, parede celular lisa, e cloroplasto axial, cristas 3-4, vários pirenóides espalhados e vacúolo terminal presente. Compr.: 220,5-228,9 µm; larg.: 39,3-39,9 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 30-XI-2002, N.C. Bueno 795 (UNOP); 2-XI-2003, N.C. Bueno 893 (UNOP).

Closterium ehrenbergii var. ehrenbergii assemelha-se a C. moniliferum (Bory) Ehrenberg ex Ralfs var. moniliferum diferindo por apresentar os pirenóides espalhados pelo cloroplasto. Sophia et al. (2005) registraram a espécie para o Rio Grande do Sul, porém com medidas celulares muito maiores (500-600 µm × 90-100 µm). As medidas celulares registradas no presente trabalho corroboram às medidas obtidas em Lopes & Bicudo (2002).

Closterium incurvum

Brébisson var.

incurvum

, Mém. Soc. Imp. Sci. Nat. Cherbourg 4: 150. 47. 1856.

Figura 9

Célula lunada, fortemente curvada, 6-8 vezes mais longa que larga, margem dorsal fortemente convexa, ventral côncava, pólos acuminados a acuminado-arredondado, parede celular incolor e lisa com espessamento apical, cloroplasto axial, pirenóides 2-4 dispostos em série mediana, corpúsculos trepidantes presentes. Compr.: 81,9-86,1 µm; larg.: 10,5-12,6 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 29-IX-2002, N.C. Bueno 780 (UNOP); idem, 27-X-2002, N.C. Bueno 786 (UNOP).

Closterium incurvum var. incurvum assemelha-se a C. venus Kutzing ex Ralfs var. incurvum diferindo desta última por apresentar maior curvatura celular e os pólos acuminado-arredondados. Biolo et al. (2008) registraram o táxon para um tributário do Reservatório de Itaipu, Paraná.

Closterium intermedium

Ralfs var.

intermedium

,Brit. Desm. 171. 1848.

Figura 10

Célula quase reta, 10-14 vezes mais longa que larga, levemente curvada, margem dorsal pouco convexa, margem ventral quase reta, levemente inflada na região mediana, pólos truncados nunca capitulados, parede celular estriada, estrias 6-8 em 10 µm, com espessamento polar, cloroplasto axial, pirenóides 6-8 em série mediana. Comp.; 210-294 µm; larg.: 18,9-21 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 30-XI-2002, N.C. Bueno 795 (UNOP).

Closterium intermedium var. intermedium é semelhante a C. striolatum Ehrenberg var. striolatum,diferindo deste último por apresentar os pólos truncados, não ocorrer pontuações entre as estrias e a região apical nunca ser pontuada, enquanto que em C. striolatum var. striolatum os pólos celulares são arredondado-truncados, ocorrendo presença de pontuações entre as estrias e a região celular apical pontuada.

Closterium leibleinii

Kützing

ex

Ralfs var.

leibleinii

, Brit. Desm.:167. 1848.

Figura 11


 








Célula lunada, 7, 8-8, 6 vezes mais longa que larga, fortemente curvada, margem dorsal convexa, margem ventral côncava, inflada na região mediana, pólos acuminado-arredondados, parede celular lisa, espessamento polar, cloroplasto axial, pirenóides 5-7 dispostos em série mediana. Compr.: 163,8-280,6 µm; larg.: 21-23,1 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP).

Closterium leibleinii var. leibleinii assemelhase a C. dianae Ehrenberg ex Ralfs var. dianae f. dianae, entretanto, esta última espécie apresenta pólos obtuso-arredondados e maior proporção comprimento/largura, enquanto que em C. leibleinii var. leibleinii os pólos são acuminado-arredondados e a proporção comprimento/largura é menor. Observou-se durante a análise qualitativa das amostras que a espécie apresentou maior comprimento que a já documentado por Felisberto & Rodrigues (2007) para o estado do Paraná (137-158,4 µm).

Closterium lunula

(Müller) Nitzsch

ex

Ralfs var.

biconvexum

Schmidle, Oster. Bot. 2. 45: 309. 1895.

Figura 12

Célula pouco curvada, quase reta, 3-4, 1 vezes mais longa que larga, margem dorsal ligeiramente convexa, margem ventral pouco convexa, às vezes inflada na região mediana, pólos celulares arredondados, parede celular lisa, cloroplasto axial, cristas 4-5, vários pirenóides espalhados, vacúolo terminal. Compr.: 130-142 µm; larg.: 34-44 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 21-VI-2002, N.C. Bueno 764 (UNOP).

A variedade típica da espécie difere da variedade encontrada por apresentar pólos celulares atenuados e truncados e pela disposição dos pirenóides em série mediana.

Closterium moniliferum

(Bory) Ehrenberg

ex

Ralfs var.

moniliferum

, Brit. Desm.: 166. 1848 ≡

Lunulina monilifera

Bory, Encycl. Meth. Hist. nat. zoophyt. 2(2): 501. 1824.

Figura 13

Célula lunada, fortemente curvada, 4,6-5,4 vezes mais longa que larga, margem dorsal extremamente convexa, ventral côncava, algumas vezes levemente inflada na região mediana, pólos arredondados, parede celular lisa e incolor, cloroplasto axial, pirenóides 6-8 dispostos em série mediana, vacúolo terminal. Compr.: 230-256,2 µm; larg.: 42-54,6 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 25-VIII-2002, N.C. Bueno 774 (UNOP); idem, 27-X-2002, N.C. Bueno 786 (UNOP); idem, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP); idem, 28-IX-2003, N.C. Bueno 878 (UNOP).

Closterium moniliferum var. moniliferum pode ser confundida com a variedade típica de C. ehrenbergii Meneghini ex Ralfs, diferindo desta pelo maior número e distribuição aleatória dos pirenóides no cloroplasto. Biolo et al (2008) registraram a espéciepela primeira vez na região oeste do estado em um tributário do Reservatório de Itaipu (183,6-259,1 µm × 40,8-53,1 µm).

Closterium navicula

(Brébisson) Lütkemuller var.

navicula

, Beitr. Biol. Pfl. Breslau 8: 395. 408. 1902 ≡

Penium navicula

Brébisson, Mém. Soc. imp. Sci. nat. Cherbourg 4: 146. 37. 1856.

Figura 14

Célula reta, elíptica a fusiforme, 3,1-4 vezes mais longa que larga, margens dorsal e ventral igualmente convexas, pólos arredondado-truncados, parede celular lisa, incolor, cloroplasto axial, cristas 4-5, pirenóides 1-3 dispostos em série mediana. Compr.: 54,6-86,1 µm; larg.: 14,7-27,3 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 24-V-2002, N.C.Bueno 761 (UNOP); idem, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP).

Closterium navicula var. navicula pode ser confundida com C. closterioides (Ralfs) Louis & Peeters var. closterioides devido a grande semelhança morfológica, porém C. navicula var. navicula apresenta medidas celulares bem menores.

Closterium pusillum

Hantzsch var.

pusillum

,

in

Rabenhorst, Algae Europ. Exsic.: 1008. 1861.

Figura 15

Célula semilunada, ligeiramente curvada, 4,7-4,8 vezes mais longa que larga, margem dorsal convexa, margem ventral quase reta, parede celular lisa, pólos truncado-arredondados, cloroplasto axial, pirenóides 2-3 em série mediana. Compr.: 27,6-39,3 µm; larg.: 5,7-8,2 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 24-II-2002, N.C. Bueno 734 (UNOP).

Closterium pusillum var. pusillum assemelha-se morfologicamente a C. pygmaeum Gutwinski, difere, porém, pela presença de pólos celulares acuminadoarredondados e pela região mediana da margem ventral sempre côncava.

Bicudo & Castro (1994) registraram na amostra populacional estudada polimorfismo nos pólos celulares, que ora apresentavam-se arredondados ora arredondado-truncados, a região mediana da margem ventral ora retilínea ora côncava, e em relação ao espessamento polar que ora se fazia presente ora não. A mesma espécie foi registrada por Felisberto & Rodrigues (2007) para o Reservatório Salto do Vau no Sul do Brasil, porém, as medidas celulares registradas (43,2-47,6 µm × 9,6 µm) pelas autoras foram maiores que para o presente estudo.

Closterium ralfsii

Brébisson

ex

Ralfs var.

hybridum

,

in

Rabenhorst, Krypt.-F1. Sachs.: 174. 1863.

Figura 16

Célula ligeiramente curvada, quase reta, 10-12 vezes mais longa que larga, margem dorsal convexa, ventral moderadamente convexa, levemente inflada na região mediana, pólos celulares truncados, parede celular estriada, cloroplasto axial, pirenóides 10-12 dispostos em série mediana. Compr.: 340,2-413,7 µm; larg.: 33,6-35,7 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 29-IX-2002, N.C. Bueno 780 (UNOP); idem, 27-X-2002, N.C. Bueno 786 (UNOP); idem, 30-XI-2002, N.C. Bueno 795 (UNOP); idem, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP).

Closterium ralfsii var. hybridum assemelha-se a variedade típica da espécie, porém a variedade típica apresenta relação comprimento/largura menor. As medidas celulares aqui documentadas aproximam-se das medidas registradas em literatura, como em Felisberto & Rodrigues (2007) que registraram C. ralfsii var. hybridumna comunidade perifitica do Reservatório de Salto do Vau, sul do Brasil com medidas variando entre 447-489,7 µm × 34,9-37,5 µm.

Closterium setaceum

Ehrenberg

ex

Ralfs var.

setaceum

, Brit. Desm.: 176. 1848.

Figura 17

Célula fusiforme-lanceolada, 19-21 vezes mais longa que larga, quase reta, margem dorsal e ventral igualmente convexas, sendo a porção mediana fusiforme, pólos truncados, parede celular lisa ou finamente estriada, pouco visível, cloroplasto axial, pirenóides 2-3 em série mediana, processos setáceos longos. Compr.: 320-346,5 µm; larg.: 14,7-18 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 30-XI-2002, N.C. Bueno 795 (UNOP).

Closterium setaceum var. setaceum difere de C. rostratum var. rostratum em função do maior comprimento celular e maior proporção comprimento/largura. A espécie já foi registrada no Lago Cristalino e Lago São Sebastião no Amazonas (Martins 1982), para o Estado de São Paulo (Bicudo & Castro 1994) e para o sul do Brasil (Felisberto & Rodrigues 2007).

Closterium striolatum

Ehrenberg

ex

Ralfs var.

striolatum

, Brit. Desm.: 170. 1848.

Figura 18

Célula lunada, 5,7-7 vezes mais longa que larga, margem dorsal convexa, margem ventral levemente côncava, pólos arredondado-truncados, parede celular visivelmente estriada, cloroplasto axial, cristas 3-4, pirenóides numerosos e espalhados. Compr.: 193226,8 µm; larg.: 33,6-36 µm.

Material examinado: BRASIL. Paraná: Cascavel, Lago Municipal, 27-X-2002, N.C. Bueno 786 (UNOP); idem, 30-XI-2002, N.C. Bueno 795 (UNOP); idem, 31-VIII-2003, N.C. Bueno 869 (UNOP).

Closterium striolatum var. striolatum apresenta estrias na parede celular facilmente observadas, possui ainda semelhança morfológica com C. intermedium Ralfs var. intermedium, que possui pólos celulares truncados e ausência de pontuações entre as estrias e na região apical, ao contrário de Closterium striolatum var. striolatum que possui pólos arredondadotruncados e pontuações entre as estrias e na região apical. Bicudo & Castro (1994) registraram o táxon com medidas celulares superiores (144-428 µm × 17-44 µm) ao contrário de Felisberto & Rodrigues (2007) que registraram o táxon com medidas inferiores (132-192 µm × 12-20 µm).

Literatura citada

Recebido: 18.12.2008; aceito: 30.07.2009

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  • *
    Autor para correspondência:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      16 Abr 2013
    • Data do Fascículo
      Set 2009

    Histórico

    • Recebido
      18 Dez 2008
    • Aceito
      30 Jul 2009
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