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Diatomáceas planctônicas e de sedimento superficial em represas de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, SP, Sudeste do Brasil

Plankton and surface sediment diatoms in water supply reservoirs from the Metropolitan Region of São Paulo, São Paulo State, Southeastern Brazil

Resumos

Este estudo apresenta e compara a composição florística das diatomáceas planctônicas e de sedimentos superficiais das represas de abastecimento do Sistema Alto Cotia (represas Pedro Beicht e Cachoeira da Graça), inseridas na Reserva Florestal do Morro Grande. Foram realizadas coletas em sete estações nos períodos seco e chuvoso, e de sedimento superficial no período seco. As amostragens foram acompanhadas de análises físicas e químicas da água. Foram identificados 23 táxons distribuídos em 11 gêneros. São disponibilizados dados morfométricos, comentários relevantes e distribuição espacial das espécies. A riqueza foi mais elevada no sedimento, com oito espécies exclusivas. A análise de agrupamento indicou que a composição das diatomáceas variou mais entre compartimentos (água e sedimento) do que entre represas ou períodos climáticos. O trabalho acresce três novas ocorrências para o Brasil e, além dessas, quatro para o Estado de São Paulo, contribuindo com informações inéditas em represas de abastecimento consideradas como referência para a Região Metropolitana de São Paulo.

algas; Bacillariophyta; flora; Reserva Florestal do Morro Grande; Sistema Produtor Alto Cotia


This study presents and compares the floristic diatom composition of plankton and surface sediments of the water supply reservoirs from the Alto Cotia System (Pedro Beicht and Cachoeira da Graça reservoirs), located in the Reserva Florestal do Morro Grande. Samplings were carried out in seven sites, during the dry and rainy seasons and in the sediment surface during the dry season. Physical and chemical water parameters were analyzed. Twenty-three taxa belonging to 11 genera were identified. Morphometric data, relevant comments, and spatial location of the species were provided. Richness was higher in sediments, with eight exclusive species. The cluster analysis indicates that diatom species composition varied more between the compartments (water and sediments) than between the reservoirs or seasons. Present work adds three new citations to Brazil, besides four other species to São Paulo State, contributing to pioneer information in reservoirs considered as a reference in water quality for the metropolitan region of São Paulo.

algae; Alto Cotia Water Supply System; Bacillariophyta; flora; Reseva Florestal do Morro Grande


ARTIGOS

Diatomáceas planctônicas e de sedimento superficial em represas de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, SP, Sudeste do Brasil

Plankton and surface sediment diatoms in water supply reservoirs from the Metropolitan Region of São Paulo, São Paulo State, Southeastern Brazil

Pryscilla Denise AlmeidaI,* * Autor para correspondência: pryalmeida@gmail.com ; Denise de Campos BicudoII

IPrograma de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, Instituto de Botânica

IIInstituto de Botânica, Núcleo de Pesquisa em Ecologia, Av. Miguel Stéfano, 3687, 04301-902, São Paulo, SP, Brasil

RESUMO

Este estudo apresenta e compara a composição florística das diatomáceas planctônicas e de sedimentos superficiais das represas de abastecimento do Sistema Alto Cotia (represas Pedro Beicht e Cachoeira da Graça), inseridas na Reserva Florestal do Morro Grande. Foram realizadas coletas em sete estações nos períodos seco e chuvoso, e de sedimento superficial no período seco. As amostragens foram acompanhadas de análises físicas e químicas da água. Foram identificados 23 táxons distribuídos em 11 gêneros. São disponibilizados dados morfométricos, comentários relevantes e distribuição espacial das espécies. A riqueza foi mais elevada no sedimento, com oito espécies exclusivas. A análise de agrupamento indicou que a composição das diatomáceas variou mais entre compartimentos (água e sedimento) do que entre represas ou períodos climáticos. O trabalho acresce três novas ocorrências para o Brasil e, além dessas, quatro para o Estado de São Paulo, contribuindo com informações inéditas em represas de abastecimento consideradas como referência para a Região Metropolitana de São Paulo.

Palavras-chave: algas, Bacillariophyta, flora, Reserva Florestal do Morro Grande, Sistema Produtor Alto Cotia

ABSTRACT

This study presents and compares the floristic diatom composition of plankton and surface sediments of the water supply reservoirs from the Alto Cotia System (Pedro Beicht and Cachoeira da Graça reservoirs), located in the Reserva Florestal do Morro Grande. Samplings were carried out in seven sites, during the dry and rainy seasons and in the sediment surface during the dry season. Physical and chemical water parameters were analyzed. Twenty-three taxa belonging to 11 genera were identified. Morphometric data, relevant comments, and spatial location of the species were provided. Richness was higher in sediments, with eight exclusive species. The cluster analysis indicates that diatom species composition varied more between the compartments (water and sediments) than between the reservoirs or seasons. Present work adds three new citations to Brazil, besides four other species to São Paulo State, contributing to pioneer information in reservoirs considered as a reference in water quality for the metropolitan region of São Paulo.

Keywords: algae, Alto Cotia Water Supply System, Bacillariophyta, flora, Reseva Florestal do Morro Grande

Introdução

A eutrofização é uma das maiores ameaças à qualidade ecológica de lagos e represas, sendo principalmente causada pelo aporte de fósforo e nitrogênio oriundos de atividades humanas (Smith et al. 2006, Bennion & Simpson 2011). A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é a segunda megalópole em grau de precariedade de recurso hídrico devido a sua localização geográfica nas cabeceiras do Rio Tietê e aos intensos impactos antropogênicos que recebe (Beyruth 2000, Whately & Diniz 2009).

Para o gerenciamento efetivo dos ecossistemas aquáticos é necessário estabelecer metas de mitigação de impactos e, neste sentido, é fundamental reunir informações sobre as condições ambientais antes dos distúrbios antropogênicos (Sayer & Roberts 2001, Bennion & Simpson 2011). Diante das mudanças ambientais atuais e considerando a escassez de informações em condição pré-impacto, é urgente o conhecimento de ambientes protegidos como o Sistema Produtor Alto Cotia, considerado como referência para o abastecimento da RMSP e exemplo de conservação ambiental.

As diatomáceas por responderem rapidamente às alterações ambientais e apresentarem diferentes amplitudes ecológicas são consideradas excelentes bioindicadoras das condições ambientais, com destaque para a eutrofização. Ainda, por suas frústulas permanecerem bem preservadas nos sedimentos, podem fornecer o registro da qualidade ecológica dos ecossistemas em longa escala temporal (Bennion et al. 2001, Dalton et al. 2005, Belling et al. 2006, Smol 2008).

No Brasil, o conhecimento da biodiversidade das diatomáceas de ambientes oligotróficos ou protegidos por legislação, tais como reservas biológicas, parques estaduais e estações biológicas, é bastante escasso (Schneck et al. 2008, Bicudo et al. 2009, Canani et al. 2011). No país, ainda predominam as contribuições em sistemas lóticos da região Sudeste e Sul do país (e.g. Lobo et al. 2002, Salomoni et al. 2006, Bere & Tundisi 2010, Bicca et al. 2011, Moresco et al. 2011). Para o Estado de São Paulo, publicações florísticas especificamente sobre diatomáceas em represas são recentes, datam de 1990 e teve início com o trabalho de Bicudo et al. (1993), que abordou a composição fitoplanctônica na represa hidrelétrica de Rosana. A composição das diatomáceas em sedimentos superficiais nos reservatórios de geração de energia do rio Paranapanema foi realizada por Fontana & Bicudo (2009, 2012). Mais recentemente, foi realizado estudo comparativo sobre a estrutura das diatomáceas planctônicas e perifíticas de duas represas rasas com distintos estados tróficos (Ferrari 2010) e, a partir de abordagem paleolimnológica, foi reconstruído o processo da eutrofização em duas represas urbanas da RMSP (Costa-Böddeker et al. 2012, Fontana 2013). Os estudos ecológicos sobre diatomáceas em represas de abastecimento também são bem recentes (Wengrat 2011, Nascimento 2012, Silva 2012).

Em relação ao Sistema Produtor Alto Cotia, inexistem publicações sobre a comunidade de algas em geral, e estudos abrangendo os compartimentos da água e do sedimento superficial são inéditos. Assim, este trabalho tem por objetivo contribuir pioneiramente com o conhecimento da composição e distribuição das diatomáceas planctônicas e de sedimentos superficiais das represas de abastecimento do Sistema Alto Cotia, buscando ampliar o entendimento da biodiversidade deste grupo de algas em ambientes protegidos do Brasil, bem como subsidiar futuros estudos sobre conservação e biomonitoramento nesta região.

Material e métodos

O Sistema Produtor Alto Cotia está inserido na bacia hidrográfica do rio Cotia, no Município de Cotia, entre as coordenadas geográficas 23º39'-23º44'S e 46º57'-46º58'W, dentro da Reserva Florestal Morro Grande (RFMG). As altitudes variam de 860 a 1.075 m, a temperatura do ar varia de 13 a 21 ºC e a precipitação média é de 1.339 mm, com média de 30-60 mm no período seco e de 150-200 mm no período chuvoso (Metzger et al. 2006). O sistema possui duas represas conectadas por um canal natural dentro da reserva florestal. A represa Pedro Beicht, localizada a montante, regulariza a vazão do rio Cotia e tem sua descarga dirigida para a represa Cachoeira da Graça, que eleva o nível da água para a Estação de Tratamento Morro Grande, e abastece cerca de 500 mil habitantes, produzindo água de excelente qualidade (Zuffo 1998).

As estações de amostragem foram selecionadas considerando o tamanho das represas, a entrada de tributários e a região de captação por ser mais profunda e de maior deposição sedimentar. Assim, sete locais, com diferentes profundidades, foram amostrados, sendo, cinco na represa Pedro Beicht e dois na represa Cachoeira da Graça (figura 1, tabela 1). A coluna d'água foi amostrada em período seco (junho/2010) e chuvoso (dezembro/2010) e o sedimento superficial, por fornecer uma amostra integrada no tempo e espaço (Smol 2008), foi amostrado apenas no inverno. Em cada ocasião, foram obtidos perfis de temperatura, pH, condutividade elétrica com sonda multiparâmetro (Eureka), bem como realizadas análises de nitrogênio total, fósforo total (Valderrama 1981) e sílica solúvel reativa da água (Golterman et al. 1978). As amostras planctônicas foram obtidas com garrafa de van Dorn na sub-superfície da água e fixadas com lugol acético (Bicudo & Menezes 2006). O sedimento superficial foi coletado com testemunhador de gravidade (UWITEC® Mondsee, Áustria), aproveitando-se os dois centímetros superficiais. Os dados de precipitação pluvial foram obtidos junto à Sabesp e os dados de temperatura média do ar foram obtidos da estação meteorológica mais próxima do Sistema Produtor Alto Cotia (Ciiagro 2012).


Para análise das diatomáceas, as amostras foram oxidadas com peróxido de hidrogênio (35%-40%) aquecido (CEN 2003) e montadas em lâminas permanentes, utilizando Naphrax (IR = 1, 73) como meio de inclusão. A identificação dos táxons foi baseada em estudo populacional, e a análise foi feita em microscópio óptico binocular Zeiss®, Axioscop 2 plus, equipado com contraste-de-fase e sistema de captura de imagem, em aumento de 1.000×. As amostras de água e sedimentos foram analisadas e comparadas com base na análise quantitativa das diatomáceas, seguindo o mesmo critério de quantificação para fins de comparação das comunidades dos diferentes hábitats. O método de contagem seguiu Battarbee (1986). Foram estabelecidos três critérios para o limite de contagem, ou seja, mínimo de 400 valvas, curva de rarefação de espécies e eficiência amostral de 90% (Pappas & Stoermer 1996). São apresentados os táxons que ocorreram com abundância relativa > 2% tanto no plâncton quanto no sedimento superficial. A similaridade florística entre os compartimentos, as represas e períodos climáticos foi avaliada pela análise de agrupamento (UPGMA), utilizando índice binário de Jaccard e programa PC-ORD 6.0 (McCune & Mefford 2011).

Adotou-se o sistema de classificação de Medlin & Kaczmarska (2004) para táxons supra-ordinais e de Round et al. (1990) para táxons subordinais, exceto para os gêneros posteriores a esta obra. A padronização dos nomes botânicos foi feita mediante consulta ao catálogo de gêneros de diatomáceas disponibilizado pela Academia da Filadélfia (Academia de Ciências da Filadelfia 2010). As amostras foram depositadas no acervo do Herbário Científico do Estado "Maria Eneyda P. Kauffmann" do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo (SP427578 a SP427598).

Resultados e Discussão

Os períodos de amostragem foram característicos de épocas seca e chuvosa, com média para a temperatura do ar de 13, 8 ºC e 19, 6 ºC para o local e para precipitação de 18, 4 e 228, 9 mm, respectivamente. A temperatura da água variou de 16, 3 a 27, 0 ºC. As represas apresentaram águas levemente ácidas, baixa condutividade, valores de sílica solúvel reativa de 2, 1 a 3, 4 mg L-1 e baixas concentrações de nutrientes, com teores de nitrogênio total de 170, 5 a 450, 9 µg L-1 e de fósforo total de 11, 0 a 18, 4 µg L-1 (tabela 1). As represas vêm sendo classificadas como mesotróficas desde os primeiros estudos (Gianesella-Galvão 1981, Tundisi et al. 2006) até o presente, muito provavelmente, por estarem inseridas na Reserva Florestal do Morro Grande (RFMG) e receberem contribuição alóctone de matéria orgânica, além de terem sido construídas sem a remoção da vegetação natural.

A biodiversidade de diatomáceas foi maior no compartimento sedimentar que englobou a maioria dos táxons encontrados no plâncton com exceção a cinco, Encyonema silesiacum (Bleisch) D.G.Mann, Pinnularia divergens W.Smith, Eunotia sudetica O.F. Müller, Placoneis sp. e Synedra sp.). A flora das represas do Sistema Alto Cotia compreendeu 63 táxons específicos e infraespecíficos no plâncton e 98 no sedimento superficial. Desses, 23 apresentaram abundância relativa maior ou igual a 2% (tabela 2), sendo consideradas como espécies mais representativas para essas represas. As mesmas distribuíram-se em 11 gêneros, oito famílias e seis ordens, conforme segue.

Bacillariophyta Coscinodiscophyceae Aulacoseirales AULACOSEIRACEAE

Aulacoseira Thwaites

Chave para os táxons de Aulacoseira

1.

Frústulas formando cadeias longas

2.

Espinhos de ligação curtos, iguais, sulco em forma de U .............A. ambigua

2.

Espinhos de ligação longos, diferentes, sulco em forma de V .....A. granulata

1.

Frústulas formando cadeias curtas

3. Espinhos de ligação presentes .................................................A. tenella 3.

Espinhos de ligação presentes

4.

Vários espinhos de separação, diâmetro valvar superior a 12 µm .......... ............................................................................. A. brasiliensis

4.

Um a dois espinhos de separação, diâmetro valvar inferior a 9 µm ........ .................................................................................A. herzogii

Aulacoseira ambigua (Grunow) Simonsen, Bacillaria, vol. 2, p. 56, 1979 ≡ Melosira crenulata var. ambigua Grunow in Van Heurck, Synopsis des diatomées de Belgique, pl. 88, fig. 12-14 (1882). Melosira ambigua O. Müller in Engler's Bot. Jahrb. 34: 283 (1904).

Figuras 2-4


 




























Valvas cilíndricas, formando cadeias longas e retas; espinhos de ligação curtos, sulco oco em forma de U; manto valvar com estrias oblíquas, aréolas conspícuas. Diâmetro 6-11 µm; altura do manto 10-16 µm; razão altura/diâmetro 0, 7-1, 6; 22-28 aréolas em 10 µm; 12-14 estrias em 10 µm.

A população examinada concordou com a descrição do material-tipo e literatura especializada (Le Cohu 1991, Siver & Kling 1997, Houk 2003). A espécie tem sido amplamente reportada no Brasil, nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010), tanto no plâncton quanto no perifíton de rios e represas (Landucci & Ludwig 2005). Para o Estado de São Paulo foi reportada em ambientes lóticos e lênticos (Bicudo et al. 1993, Bere 2010, Bere & Tundisi 2010). A espécie ocorreu em 100% das amostras (tabela 2), apresentando maiores abundâncias no plâncton no período do inverno.

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Aulacoseira brasiliensis Tremarin, Ludwig & Torgan, Fottea, Olomouc, vol. 12 (2): 171-188, 2012.

Figuras 5-7

Valvas cilíndricas, formando cadeias curtas ou frústulas solitárias; espinhos de separação de diferentes tamanhos; superfície valvar plana, completamente areolada; sulco inconspícuo; manto valvar quadrado a retangular com estrias retas, aréolas conspícuas. Diâmetro 14-17 µm; altura do manto 4-5, 5 µm; razão altura/diâmetro 0, 3-0, 4; 13-14 aréolas em 10 µm; 15-17 estrias em 10 µm.

Esta espécie, recentemente descrita, possui ringleist (anel de espessamento) estreito e espinhos ovados-atenuados. Segundo Tremarin et al. (2012), esta espécie tem sido identificada como A. muzzanensis (Meister) Krammer a qual, contudo, apresenta cadeias longas, estrias oblíquas e face valvar areolada apenas na margem. Também pode ser confundida com A. agassizii (Ostenfeld) Simonsen a qual apresenta ringleist amplo e menor densidade de estrias.

Aulacoseira brasiliensis foi proposta a partir de amostras planctônicas de rios e lagos das regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país (Tremarin et al. 2012). Estes autores observaram menores densidades dessa espécie em ambientes eutróficos. Trata-se da segunda citação em literatura, sendo, portanto, registrada pela primeira vez na área de estudo, onde se distribuiu em todas as amostras (tabela 2). Valvas unidas em cadeias foram observadas apenas no plâncton onde a espécie apresentou maiores abundâncias.

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Aulacoseira granulata (Ehrenberg) Simonsen, Bacillaria, vol. 2, p. 58, 1979 ≡ Gaillonella granulata Ehrenberg in Abhandlungen der Königlichen Akademie der Wissenschaften zu Berlin 1841: 127.1843. Melosira granulata Ralfs in Pritchard, Hist. Infus. Ed. 4, p. 820 (1861).

Figuras 8-10

Valvas cilíndricas, formando cadeias retas; um a quatro espinhos de separação de diferentes tamanhos; sulco raso; manto valvar com estrias paralelas a oblíquas em relação ao eixo pervalvar; aréolas conspícuas. Diâmetro 8-22 µm; altura do manto 10-20 µm; razão altura/diâmetro 1, 0-2, 5; 8-13 aréolas em 10 µm; 6-16 estrias em 10 µm.

Os materiais examinados concordam com o descrito em literatura (Houk 2003, Metzeltin & Lange-Bertalot 2007). No Brasil, a espécie é amplamente conhecida, sendo citada para as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010), tanto no perifíton quanto no plâncton de rios e lagos (Landucci & Ludwig 2005, Morandi et al. 2006). Para o Estado de São Paulo também é bem documentada (Sant'Anna et al. 1989, Bicudo et al. 1993, Morandi et al. 2006, Bicudo et al. 2009, Fontana & Bicudo 2009, Bere & Tundisi 2010). Esta espécie ocorreu em todas as amostras, sendo bem representada no plâncton e no sedimento superficial (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Aulacoseira herzogii (Lemmermann) Simonsen, Bacillaria, vol. 2, p. 59, 1979 ≡ Melosira herzogii Lemmermann in Archiv für Hydrobiologie und Planktonkude, Stuttgart 5: 316, fig. 12-14, (1910).

Figuras 11-13

Valvas cilíndricas, formando cadeias retas; unidas por dois espinhos longos de separação; células adjacentes claramente espaçadas; sulco raso; manto com estrias delicadas e paralelas; aréolas inconspícuas. Diâmetro 7-8 µm; altura do manto 14-16 µm; razão altura/diâmetro 2, 0-3, 7; 28-32 aréolas em 10 µm; 30-34 estrias em 10 µm.

A população encontrada confere com as características apresentadas na literatura especializada (e.g. Hickel & Håkansson 1991, Houk & Klee 2007). No Brasil, a espécie é citada para as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010). Para o Estado de São Paulo, foi reportada para lagoas e represas (Magrin & Senna 2000, Morandi 2008). A espécie ocorreu em 48% das amostras (tabela 2). A maioria dos indivíduos foi encontrada com frústulas solitárias, e as estrias delicadas foram observáveis apenas em contraste de fase.

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427579), fitoplâncton (SP427586, SP427587, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427594, SP427595); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597).

Aulacoseira tenella (Nygaard) Simonsen, Bacillaria, vol. 2, p. 63, 1979 ≡ Melosira tenella Nygaard in Folia Limnologica Scandinavica 8: 76, pl. 1, fig. 12-15 (1956).

Figuras 14-16

Valvas cilíndricas, formando cadeias curtas; espinhos de ligação curtos; sulco em forma de U; manto com no máximo três fileiras de aréolas perpendiculares ao eixo pervalvar; face valvar plana ornamentada com aréolas em toda superfície sendo as marginais mais destacadas. Diâmetro 5, 15-6, 5 µm; altura do manto 1, 0-1, 3 µm; razão altura/diâmetro 0, 2-0, 5; 21-23 aréolas em 10 µm.

As caraterísticas métricas e caracteres diagnósticos concordam com a literatura (Siver & Kling 1997, Raupp et al. 2006). No presente trabalho, a maioria dos indivíduos foi encontrada em vista valvar. No Brasil, a espécie foi reportada em represas da Região Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010). No Estado de São Paulo, foi citada por Wengrat (2011) e Nascimento (2012). A espécie foi encontrada em todas as estações de amostragem (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Bacillariophyceae Fragilariales

FRAGILARIACEAE

Fragilaria Lyngbye

Fragilaria sp.

Figuras 17-19

Valvas lineares, isopolares, longas, ligeiramente estreitas em direção aos ápices; extremidade capitada a amplamente capitada; área axial inconspícua a levemente lanceolada; área central levemente inflada; estrias muito delicadas, dispostas de maneira alternada, visualizadas em contraste-de-fase. Comprimento 25, 5-42, 7 µm; largura 1, 8-2, 4 µm; razão comprimento/largura 21-26; 20-22 estrias em 10 µm.

Os espécimes apresentaram, em sua maioria, valvas quebradas e área central ondulada ou com deformidade. O táxon foi mantido em nível genérico pela ausência de informações em microscopia eletrônica, tais como espinhos, campos de poros apicais, arranjo das estrias e rimopórtula (Round 1991). Os exemplares tem afinidade com Synedra rumpens var. fusa Patrick, contudo diferem pelo formato das extremidades que nesta espécie além de capitado pode ser espatulado, bem como pelas estrias mais delicadas em microscopia ótica e em menor densidade (15 em 10 µm) (Kingston 2003). A população analisada também tem afinidade com Synedra nana Meister, que, todavia, difere pela área central ausente (não inflada) e extremidades suavemente arredondadas (Lange-Bertalot 1993). O táxon ocorreu em todas as amostras, sendo bem representado no plâncton e no sedimento (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicu do s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Staurosirella Williams & Round

Staurosirella sp.

Figuras 20-22

Valvas rômbico-lanceoladas, ligeiramente heteropolares; formando cadeias curtas; extremidades rostrado-arredondadas; área axial linear-lanceolada; área central ausente; estrias paralelas a levemente radiadas em direção às extremidades, dispostas alternadamente; aréolas evidentes. Comprimento 15-17 µm; largura 5, 0-5, 4 µm; razão comprimento/largura 2, 8-3, 4; 7-9 estrias em 10 µm.

Staurosirella sp. é uma espécie em estudo e os caracteres que identificam os táxons deste gênero não são visíveis em microscopia ótica. A população examinada apresenta estrias unisseriadas largas, característica que a difere das demais espécies deste gênero, todavia a observação em microscopia eletrônica de varredura é fundamental. Em microscopia ótica essa espécie apresentou afinidade com Staurosira incerta E.A. Morales. Todavia nesta espécie, a disposição das estrias na valva é paralela e a densidade é maior (13-16 em 10 µm) (Morales 2006). A espécie difere, ainda, de Punctastriata lancettula (Schumann) P.B. Hamilton & P.A. Siver pelas estrias encontradas em maior número (10-12 em 10 µm) e com organização multisseriada na segunda espécie (Hamilton & Siver 2008). O táxon foi encontrado apenas no sedimento, em 28, 6% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427580, SP427581, SP427582); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584).

Eunotiales

EUNOTIACEAE

Eunotia Ehrenberg

Chave para os táxons de Eunotia

1.

Margem dorsal ondulada .....................E. muscicola var. tridentula

1. Margem dorsal sem ondulações 2.

Valvas fortemente arqueadas, margens paralelas .........E. mucophila

2. Valvas levemente arqueadas a retas, margens não paralelas 3.

Ápices protraídos, destacados do corpo valvar

4.

Ápices atenuado-arredondados .........E. incisa

4.

Ápices subcapitados .....................E. veneris

3.

Ápices não protraídos, não destacados do corpo valvar

5.

Valvas maiores (16-34 µm), ápices agudo-arredondados ....E. bilunaris

5.

Valvas menores (8-16 µm), ápices arredondados .........E. botuliformis

Eunotia bilunaris (Ehrenberg) Souza, Bulletin du Jardin Botanique National Belgique, vol. 67, fig. 13, 1999 ≡ Synedra bilunaris Ehrenberg, Phys. Abh. Akad. Wiss. Berlin, p. 87, 1831 (1832).

Figuras 23-25

Valvas simétricas, arqueadas; margem ventral côncava a levemente côncava; margem dorsal convexa; ápices agudo-arredondados; nódulos terminais da rafe delicados e evidentes; estrias transapicais paralelas no centro da valva e radiadas em direção às extremidades. Comprimento 16, 0-33, 8 µm; largura 2, 5-3, 0 µm; razão comprimento/largura 7, 0-11, 6 µm; 17-25 estrias em 10 µm.

A população examinada apresentou características similares àquelas apresentadas em literatura nacional para lagoas e rios no Sul do país e em igarapés da Amazônia (e.g. Souza & Moreira-Filho 1999, Ferrari et al. 2007, Tremarin et al. 2008). No Brasil, a espécie já foi encontrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010). Também vem sendo amplamente reportada no Estado de São Paulo (e.g. Bicudo et al. 1999, Morandi 2002, Bicudo et al. 2009, Bere & Tundisi 2010). A variabilidade populacional existente nessa espécie é bem ilustrada por Morandi (2002). A população examinada foi encontrada apenas no sedimento e ocorreu em 23% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582).

Eunotia botuliformis Wild Nörpel & Lange-Bertalot, Bibliotheca Diatomologica, vol. 27, pl. 33, fig. 2-15, 1993 ≡ Eunotia faba var. parvula Grunow 1882 in Cleve & Möller, 299 ≡ Eunotia tenella auct. non Grunow.

Figuras 26-28

Valvas simétricas a ligeiramente assimétricas, levemente arqueadas; margem ventral reta a levemente côncava; margem dorsal convexa; extremidades arredondadas, algumas vezes fletida em direção à margem ventral; nódulo terminal da rafe conspícuo localizado próximo à região ventral; estrias paralelas na região central e radiadas em direção às extremidades. Comprimento 8, 0-16, 0 µm; largura 2, 7-4, 7 µm; razão comprimento/largura 2, 0-5, 1; 17-20 estrias em 10 µm.

Esse táxon pode ser facilmente confundido com Eunotia rhomboidea Hustedt ou, ainda, com E. intermedia (Krasske ex Hustedt) Nörpel & Lange-Bertalot, diferindo destas quanto à maior densidade de estrias e pelo nódulo terminal da rafe menos conspícuo (Simonsen 1987, Ferrari et al. 2007). Essa espécie foi descrita em rios e riachos da Europa Central e, ao que tudo indica, não existem registros dessa espécie para o Brasil. Na área de estudo, teve ampla distribuição, distribuindo-se em 90, 5% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Eunotia incisa Gregory, Quarterly Journal of Microscopical Science, vol. 2, p. 96, pl. 4 fig. 4, 1854.

Figuras 29-31

Valvas simétricas, levemente arqueadas; margem ventral reta a levemente côncava; margem dorsal convexa; extremidades atenuado-arredondadas, protraídas, destacadas do corpo valvar, fletidas para a margem ventral; nódulos terminais da rafe distintos, afastados das extremidades, na margem ventral; estrias delicadas paralelas na região central e levemente radiadas para as extremidades. Comprimento 23, 0-45, 0 µm; largura 3, 0-5, 0 µm; razão comprimento/largura 7, 5-10, 0; 15-21 estrias em 10 µm.

As medidas da população examinada foram condizentes com o registrado em literatura nacional em igarapés da Amazônia e rios do Sul do país (Ferrari et al. 2007, Tremarin et al. 2008), exceto pela densidade de estrias levemente maior que o observado por essas autoras, contudo condizente com a descrição do material-tipo. A incisão do nódulo terminal típico dessa espécie e as extremidades valvares mais discretas permitem a diferenciação deste táxon de E. veneris (Kützing) De Toni. Ainda, a população examinada é muito similar à E. canicula Furey, espécie recentemente descrita (Furey et al. 2011), diferenciando-se desta pelo formato mais marcado de seus ápices e pelas valvas mais largas. Para o Brasil, a espécie foi relatada para as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010) e para o Estado de São Paulo, foi reportada por Wengrat (2011). Distribuiu-se apenas nos sedimentos, em 19% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427580, SP427581, SP427582).

Eunotia mucophila (Lange-Bertalot & Nörpel- Schempp) Lange-Bertalot, Iconographia Diatomologica, vol. 18, pl. 101, fig. 15-19. 2007 ≡ Eunotia bilunaris var. mucophila Lange-Bertalot & Nörpel-Schempp in Alles, Nörpel-Schempp & Lange- Bertalot, Nova Hedwigia 53, p. 156, fig. 12-21 (1991).

Figuras 32-34

Valvas simétricas, fortemente arqueadas; margem ventral côncava; margem dorsal convexa; extremidades arredondadas não diferenciadas do corpo valvar; nódulo terminal da rafe conspícuo nas extremidades; estrias delicadas, paralelas a levemente radiadas. Comprimento 22, 0-40, 0 µm; largura 2, 0-3, 0 µm; razão comprimento/largura 10, 0-17, 0; 20-24 estrias em 10 µm.

A população examinada concorda com as características descritas em literatura para a espécie (Metzeltin et al. 2005, Bicca & Torgan 2009). A espécie foi registrada apenas em ambientes lacustres na região Sul do Brasil, tanto no plâncton quanto no perifíton (Bicca & Torgan 2009), de forma que no presente trabalho é citada pela primeira vez para o Estado de São Paulo. Na área de estudo distribuiu-se em todas as amostras de sedimentos, e em 33, 3% do conjunto de amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P. D. A. Silva s.n (SP427583, SP427584).

Eunotia m uscicola Krasse var. tridentula Nörpel-Schempp & Lange-Bertalot, Bibliotheca Diatomologica, vol. 27, p. 9, pl. 26, fig.3 (1993)

Figuras 35-37

Valvas simétricas, levemente arqueadas; margem ventral côncava; margem dorsal convexa com três ou quatro ondulações; extremidade capitada a subcapitada, destacadas da valva, mais estreitas que a largura média da valva; nódulo terminal da rafe conspícuo; estrias delicadas, bem visíveis em contraste-de-fase; paralelas na região central e radiadas em direção às extremidades. Comprimento 12, 0-16, 0 µm; largura 3, 0-3, 5 µm; razão comprimento/largura 3, 7-6, 1; 17-25 estrias em 10 µm.

As ondulações e largura média das valvas são características diagnósticas e as medidas encontradas na população examinada são condizentes com os materiais reportados em literatura nacional no plâncton e perifíton de rios da região Sul do Brasil (Tremarin et al. 2008, Silva et al. 2010). Assim, este é a primeiro registro da variedade para o Estado de São Paulo. Na área de estudo ocorreu apenas nos sedimentos, em 28, 6% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427584).

Eunotia veneris (Kützing) De Toni, Sylloge Algarum Omnium Cognitarum, vol. 2, s. 2, p. 794, fig. 2e 1892 ≡ Himathidium veneris Kützing, Bacillarieae, p. 40, pl. 30. Fig. 7 (1844).

Figuras 38-40

Valvas simétricas, levemente arqueadas a retas; margem ventral reta a levemente côncava; margem dorsal convexa; extremidades valvares destacadas, protraídas, dorsalmente subcapitadas; nódulos terminais da rafe conspícuos, ventrais, próximos das extremidades; estrias transapicais paralelas a levemente radiadas em direção às extremidades. Comprimento 25, 0-49, 0 µm; largura 3, 7-5, 3 µm; razão comprimento/largura 5-10; 12-16 estrias em 10 µm.

A população encontrada apresentou formas menos capitadas do que o observado por Metzeltin et al. (2005), e menor largura valvar do que o relatado em trabalhos brasileiros para igarapés na Amazônia e em rios da região Sul do país (e.g. Ferrari et al. 2007, Tremarin et al. 2008, Bicca et al. 2011). Contudo, o formato valvar e as extremidades bem marcadas são características constantes da espécie. Para o Brasil, foi reportada para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010) e foi relatada como a espécie mais bem distribuída no Estado de São Paulo (Morandi 2002). Foi encontrada apenas no sedimento, em 33, 3% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584).

Cymbellales

CYMBELLACEAE

Encyonema Kützing

Encyonema neogracile Krammer, Bibliotheca Diatomologica, vol. 36, p. 177-178, pl. 82, fig. 1-13, pl. 83, fig. 1-3, pl. 85, fig. 7-10, pl. 86, fig. 9-12, pl. 90, fig. 6, pl. 91 fig. 1-2, 1997.

Figuras 41-42


 


















Valvas isopolares, dorsiventrais; margem ventral reta a levemente convexa; margem dorsal convexa; extremidades atenuado-arredondadas, fletidas ventralmente; área axial linear, estreita; área central reduzida, com um estigmóide na região mediana dorsal; rafe excêntrica, terminações distais fletidas ventralmente, terminações proximais fletidas dorsalmente; estrias dorsais e ventrais paralelas a levemente radiadas para as extremidades. Comprimento 37, 8-49, 0 µm; largura 6, 3-7, 0 µm; razão comprimento/largura 5, 4-7, 0; 14-16 estrias transapicais em 10 µm; aréolas 20-24 em 10 µm.

A espécie foi proposta por Krammer (1997a) para solucionar o problema do complexo gracilis, de forma que, na descrição da espécie, o autor propôs morfotipos e variedades com base na densidade de estrias e aréolas, e na largura valvar. A população examinada foi similar ao morfotipo 1, caracterizado pelas valvas mais largas e maior densidade de estrias em 10 µm. A espécie foi registrada para região Sul do Brasil como componente do perifíton em ambiente lótico (Marquardt et al. 2010), embora com maior número de aréolas que os observados na literatura brasileira (sete aréolas em 10 µm). Esta é a primeira citação da espécie para o Estado de São Paulo. No local de estudo, distribuiu-se apenas no sedimento superficial e em 33, 3% das amostras examinadas (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584).

Encyonopsis Krammer

Encyonopsis cf. schubartii (Hustedt) Krammer, Bibliotheca Diatomologica, v. 37, p. 125, pl. 158, fig. 10-12, 1997 ≡ Cymbella schubartii Hustedt Abhandlungen des Naturwissenschaftlichen Vereine Bremen, v. 34 (1): 47-68 (1955).

Figuras 43-44

Valvas levemente linear-elípticas, dorsiventrais; margens ventral e dorsal convexas; extremidades subcapitadas a capitadas; área axial estreita, linear-lanceolada, levemente dilatada na porção mediana da valva; área central levemente diferenciada dorsalmente, rafe levemente excêntrica, curvada para a margem ventral; terminações distais fletidas ventralmente; terminações proximais fletidas dorsalmente; estrias radiadas a paralelas. Comprimento 28, 0-31, 0 µm; largura 6, 1-6, 2 µm; razão comprimento/largura 4, 6-6, 0; 9-10 estrias em 10 µm; 28-32 aréolas em 10 µm.

A população encontrada assemelha-se muito a Encyonopsis schubartii (Hustedt) Krammer, conforme sua descrição em Krammer (1997b). Todavia, difere nas características métricas, sobretudo largura e razão comprimento/largura, que para este autor variam, respectivamente, de 5-6 µm e razão comprimento/largura máxima de 5, 3. A população examinada também difere de Encyonopsis subcapitata Krammer por apresentar valvas mais estreitas, maior razão comprimento/largura e maior densidade de estrias. Finalmente, difere de E. difficiliformis Krammer, Lange-Bertalot & Metzeltin que apresenta extremidades sub-rostradas a rostradas. Apesar do recobrimento métrico com os materiais em Krammer (1997b), para a confirmação desta espécie, há necessidade de análise ultraestrutural para visualização do formato das aréolas, da estrutura de recobrimento destas, além da presença de estigmas. No Brasil, essa espécie foi reportada apenas para reservatórios eutróficos da região Sul (Silva et al. 2010), e sua confirmação para o Estado de São Paulo necessita de maiores estudos ultraestruturais. Distribuiu-se apenas no sedimento superficial, em 28, 6% das amostras examinadas (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D.C. Bicudo s.n (SP427583, SP427584).

Naviculales

AMPHIPLEURACEAE

Frustulia Rabenhorst

Frustulia crassinervia (Brébisson) Lange-Bertalot & Krammer, Iconografia Diatomologica, vol. 2, p. 57-58, pl. 38, fig. 7-9, 1996 ≡ Navicula crassinervia Brébisson in W. Smith, Synopsis Britsh Diatomacea 1, p. 47, pl. 31, fig. 271 (1953).

Figuras 45-46

Valvas simétricas, rômbico-lanceoladas a rômbicas; margens convexas levemente onduladas; extremidades destacadas, rostradas a subcapitadas; área axial linear, estreita; área central indistinta ou reduzida; rafe reta localizada entre costelas, terminação distal pronunciada em forma de seta, terminações proximais retas; estrias finas compostas por aréolas diminutas e delicadas. Comprimento 41, 0-43, 0 µm; largura 8, 7-11, 0 µm; razão comprimento/largura 4, 7-5, 0; 28-30 estrias transapicais em 10 µm.

A população analisada concordou com as características do material-tipo e da literatura (Lange-Bertalot & Metzeltin 1996, Siver & Baskette 2004). Todavia, em relação à literatura brasileira (Brassac & Ludwig 2005, Canani et al. 2011), apresentou-se levemente mais estreita e com menor densidade de estrias transapicais. No Brasil, a espécie já foi registrada para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul em ambientes lóticos, como componente do plâncton e do perifíton (Eskinazi-Leça et al. 2010). Para o Estado de São Paulo, a espécie é bem reportada em represas (Oliveira 2008, Wengrat 2011, Costa-Böddeker et al. 2012). Na área de estudo ocorreu em todas as amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

BRACHYSIRACEAE

Brachysira Kützing

Chave para os táxons de Brachysira

1.

Valvas rômbico-lanceoladas, menor densidade de estrias (22-26 em 10 µm) ....... ...........................................................................................B. brebissonii

1.

Valvas lanceoladas, maior densidade de estrias (32-34 em 10 µm) ....B. neoexilis

Brachysira brebissoniiRoss, Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, vol. 66 (3), p. 607, 1986.

Figuras 53-54

Valvas simétricas, rômbico-lanceoladas; extre-midades atenuado-arredondadas; área axial estreita, linear; área central reduzida, circular a levemente oval; rafe filiforme, reta; estrias irradiadas do centro para o ápice, formadas por aréolas alongadas transapicalmente, interrompidas por linhas hialinas longitudinais. Comprimento 20, 0-25, 8 µm; largura 5, 0-5, 7 µm; razão comprimento/largura 4, 8-5, 0; 22-26 estrias em 10 µm.

As características da população examinada concordaram com a literatura especializada (Lange-Bertalot & Moser 1994, Wolfe & Kling 2001, Santos et al. 2011). Todavia, a largura valvar foi mais estreita do que a reportada para ambiente oligotrófico no Brasil no perifíton de rios da região Sudeste (Canani et al. 2011). A espécie foi encontrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país (Eskinazi-Leça et al. 2010). No Estado de São Paulo, foi amplamente reportada (Bicudo et al. 2009, Wengrat 2011, Costa-Boddeker et al. 2012). A espécie distribuiu-se em 95, 2% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Brachysira neoexilisLange-Bertalot, Bibliotheca Diatomologica, vol. 29, p. 51-52, pl. 5, fig. 1-35, pl. 6, fig. 1-6, pl. 17, fig. 7-11, pl. 32, fig. 27-30, pl. 46, fig. 19-27, 1994.

Figuras 55-56

Valvas simétricas; lanceoladas; extremidades atenuado-arredondadas; área axial linear, estreita; área central diminuta, assimétrica; rafe filiforme, reta; estrias paralelas a levemente radiadas nas extremidades; aréolas delicadas de tamanhos variados, interrompidas por linhas hialinas. Comprimento 20, 0-36, 7 µm; largura 4, 7-5, 0 µm; razão comprimento/largura 5-7; 32-34 estrias em 10-µm.

Wolfe & Kling (2001) consideraram Brachysira neoexilis sinônimo de B. microcephala (Grunow) Compère, cujo táxon apresenta grande variabilidade morfológica, englobando dois morfotipos, um com ápices subcapitados a capitados e outro com ápices arredondados. Contudo, a sinonimização agrupou espécies com autoecologia e formas distintas (Hamilton 2010). Diante da ausência de um contínuo entre os diferentes morfotipos e da necessidade de uma revisão do material-tipo das espécies, adotou-se a circunscrição de Lange-Bertalot & Moser (1994), que abrange as medidas presentemente encontradas, bem como as de materiais da literatura brasileira em reservatórios com águas degradas e ameaçadas de eutrofização (Bertolli et al. 2010). Brachysira neoexilis já foi reportada para as regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil (Eskinazi-Leça et al. 2010). No Estado de São Paulo, a espécie foi citada por Wengrat (2011) no Complexo Billings. Na área estudada foi encontrada em todas as amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 07-XII-2010 (SP427597, SP427598).

NAVICULACEAE

Navicula Bory

Chave para os táxons de Navicula

1.

Aréolas delicadas, alongadas apicalmente, largura valvar 6, 3-7, 2 µm ...... ................................................................................N. bicuneolus

1.

Aréolas inconspícuas, largura valvar 5, 0-6, 0 µm .................N. notha

Navicula bicuneolus Metzeltin & Lange-Bertalot, Iconographia Diatomologica, vol. 5, p. 139-140, pl. 76, fig. 12-13, pl. 77, fig. 5-6, 1998.

Figuras 59-60

Valvas simétricas; elíptico-lanceoladas; extre-midades rostrado-cuneadas; área axial estreita, linear; área central irregular; rafe filiforme, levemente inclinada; terminações distais da rafe fortemente fletidas para o mesmo lado da valva; terminações proximais unilateralmente curvadas; estrias transapicais radiadas e convergentes em direção aos ápices; aréolas delicadas, alongadas apicalmente. Comprimento 40-58 µm; largura 6, 3-7, 2 µm; razão comprimento/largura 6-8; 15-17 estrias em 10 µm.

A população examinada concorda com a circunscrição do material-tipo. Esta espécie assemelha-se com N. herbstiae quanto às medidas e forma valvar, contudo difere no formato (rostrado-cuneado) e na maior largura das extremidades em N. bicuneolus. Difere ainda de Navicula maidanae Metzeltin & Lange-Bertalot que apresenta maior largura valvar (12-14 µm). A falha de Voight, comum em formas naviculóides (Barber & Haworth 1981), descrita como pouco visível ou não presente nos espécimes, foi visualizada em alguns espécimes da população examinada. Essa espécie foi descrita no rio Essequibo na Guiana, assim, esta é a primeira citação para o país, e consequentemente para o Estado de São Paulo. Na área de estudo teve ampla distribuição, ocorrendo em 100% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Navicula notha Wallace, New and Variable Diatoms, vol. 331, p. 4, pl. 1, fig. 4A-D, 1960.

Figuras 57-58

Valvas simétricas; lanceoladas a linear-lanceoladas; extremidades atenuado-arredondadas; área axial estreita, linear; área central reduzida, irregular, rombóide a elíptica; rafe reta; terminação distal e proximal da rafe fletida para o mesmo lado da valva; estrias transapicais radiadas a curvadas no centro da valva e convergente nos ápices; aréolas inconspícuas. Comprimento 29, 0-44, 0 µm; largura 5, 0-6, 0 µm; razão comprimento/largura 5, 8-8; 14-15 estrias em 10 µm.

Krammer & Lange-Bertalot (1991) diferiram N. notha e N. heimansioides Lange-Bertalot com base nas medidas do comprimento valvar. Todavia, Morales (2001) examinou o material-tipo além de outros materiais oriundos da América do Norte e demonstrou que espécimes maiores são morfologicamente similares aos indivíduos menores da população, e que, portanto, não devem ser separados, tratando-se da mesma espécie. Embora a sinonimização ainda não tenha sido apresentada, adotou-se o nome mais antigo relatado na literatura. Ao que tudo indica, esta espécie foi apenas reportada para reservatórios das regiões Sul e Sudeste do Brasil (Bertolli et al. 2010, Wengrat 2011). Distribuiu-se em 90, 5% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597).

Surirellales

SURIRELLACEAE

Stenopter obia Brébisson

Chave para os táxons de Stenopterobia

1.

Valvas sigmóides ...................................S. curvula

1.

Valvas linear-lanceoladas .................S. delicatissima

Stenopterobia curvula (W. Smith) Krammer, Bibliotheca Diatomologica, vol. 15, p. 108, pl. 58, fig.1-4, 1987 ≡ Nitzschia curvula W. Smith, Synopsis of British Diatomaceae, vol. 2, p. 89, 1856.

Figuras 51-52

Valvas simétricas; lineares, sigmóides; extremidades arredondadas; área axial linear, estreita; projeções aliformes delicadas, curtas, paralelas na região mediana e levemente radiadas nas extremidades; estrias transapicais conspícuas; aréolas inconspícuas. Comprimento 158, 0-202, 1 µm; largura 6, 6-7, 5 µm; projeções aliformes 10-12 em 10 µm.

A população encontrada foi identificada de acordo com Lange-Bertalot & Krammer (1987) e Krammer (1989). Pelo contorno valvar assemelha-se a S. planctonica Metzeltin & Lange-Bertalot, diferindo pela largura da valva e pelas extremidades valvares, que na segunda espécie apresentam-se mais estreitas (3-5 µm) e atenuadas, sendo marcadamente agudas (Metzeltin & Lange-Bertalot 1998). No Brasil, a espécie foi reportada para rios da região Sul e Sudeste (Eskinazi-Leça et al. 2010). Não existem citações dessa espécie para o Estado de São Paulo. Na área de estudo distribuiu-se em 90, 5% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427595); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Stenopterobia delicatissima (Lewis) Brébisson ex van Heurck, A treatise on the Diatomaceae, p. 374. 1896 ≡ Surirella delicatissima Lewis, 1864, p. 343, pl. 1, fig. 4.

Figuras 47-48

Valvas simétricas; linear-lanceoladas; extremidades apiculadas, pontiagudas; área axial estreita, linear-lanceolada não alcançando as margens; projeções aliformes curtas, estrias transapicais inconspícuas; aréolas não visíveis em microscopia de luz. Comprimento 62, 0-71, 0 µm; largura 6, 7-7, 2 µm; projeções aliformes 7-8 em 10 µm.

A população examinada concordou com as medidas apresentadas na revisão do material-tipo (Krammer 1989) e com as apresentadas em literatura brasileira (Santos et al. 2011). Essa espécie é facilmente identificada pelo seu formato valvar delgado e ápices pontudos não muito pronunciados (Siver & Camfield 2007). No Brasil, a espécie foi reportada para as regiões Norte e Sul (Eskinazi-Leça et al. 2010). Para o Estado de São Paulo, foi registrada em represas urbanas (Wengrat 2011). Distribuiu-se em 100% das amostras analisadas (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427579, SP427580, SP427581, SP427582), fitoplâncton (SP427585, SP427586, SP427587, SP427588, SP427589); fitoplâncton, 7-XII-2010 P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427592, SP427593, SP427594, SP427595, SP427596); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427590, SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427597, SP427598).

Surirella Turpin

Surirella roba Leclerq, Bulletin du Jardin Botanique National de Belgique, vol. 53, (3-4), p. 495, fig. 1 (2-6), 2 (2-8), 3 (1-6), 1983.

Figuras 49-50

Valvas heteropolares; elípticas; extremidades atenuado-arredondadas; área axial estreita, linear, inconspícua; projeções aliformes paralelas no centro da valva e levemente radiadas em direção aos ápices; estrias transapicais inconspícuas. Comprimento 39, 0-49, 0 µm; largura 9, 0-12, 0 µm; razão comprimento largura 4; 32-40 canais alares em 10 µm.

A espécie caracteriza-se pela margem levemente ondulada e área axial estreita perceptível em diferentes profundidades do foco em microscopia óptica. Difere de S. linearis W. Smith pelo comprimento das valvas, maior nesta última espécie (20-120 µm) e pelo menor número de canais alares, inferior a 30 em 10 µm (Krammer & Lange-Bertalot 1991). A espécie, originalmente descrita em ambientes oligotróficos da Bélgica, é citada pioneiramente para o Brasil e, portanto, também para o Estado de São Paulo. Na área de estudo ocorreu em 28, 6% das amostras (tabela 2).

Material examinado: BRASIL. São Paulo: Sistema Produtor Alto Cotia, Represa Pedro Beicht, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427578, SP427581), fitoplâncton (SP427587); Represa Cachoeira da Graça, sedimento, 18-VI-2010, P.D.A. Silva & D. Bicudo s.n (SP427583, SP427584), fitoplâncton, (SP427591), fitoplâncton, 7-XII-2010 (SP427598).

Considerações Finais

Em relação à distribuição dos táxons, todos ocorreram nos sedimentos superficiais (23), enquanto que apenas 15 (65, 2%) foram encontrados no hábitat planctônico, ou seja, oito táxons foram exclusivos do sedimento superficial. Desta forma, a não inclusão das amostras de sedimento levaria à subestimativa de 34, 8% da biodiversidade de diatomáceas. Em termos de riqueza (tabela 2), destacam-se os valores mais elevados das amostras de sedimento (19-21) em comparação com as planctônicas (12 a 14). Muito provavelmente, o sedimento superficial foi um substrato importante para o desenvolvimento da comunidade, especialmente por se tratar de represas com baixa profundidade e com boa penetração de luz, além do caráter acumulador dos sedimentos superficiais, que integram espécies de diferentes hábitats e represas em diferentes períodos climáticos.

Os gêneros mais bem representados em espécies foram Eunotia (seis espécies), que ocorreu quase que exclusivamente nos sedimentos e Aulacoseira (cinco espécies), distribuídas no plâncton e sedimentos (tabela 2). Os representantes de Eunotia ocorrem preferencialmente em ambientes oligotróficos e ligeiramente ácidos (Round et al. 1990, Furey et al. 2011). Ainda que as represas do Sistema Alto Cotia sejam classificadas como mesotróficas, a presença dessas espécies indica a qualidade ambiental das represas que são consideradas como de referência para o abastecimento da RMSP, muito provavelmente pela presença da reserva florestal que as circundam.

A comparação florística entre compartimentos, represas e períodos climáticos, realizada a partir da análise de agrupamento (índice de Jaccard), demonstrou a formação de dois grandes grupos em um nível de 25% de similaridade (figura 61). O primeiro foi constituído de quase todas as amostras do plâncton independentemente do período climático, enquanto que o segundo agrupou, quase que exclusivamente, as unidades amostrais de sedimento. Exceções ocorreram com as estações PB4, CG1 e CG2 no período chuvoso, que apresentaram profundidades muito baixas (0, 5-1, 0 m) o que, possivelmente, propiciou maior interação entre as diatomáceas de ambos os compartimentos. Em um nível maior de similaridade, observa-se tendência de separação das amostras de plâncton pelos períodos climáticos de seca e chuva. Em síntese, a composição de espécies de diatomáceas variou mais entre compartimentos (água e sedimento) do que entre represas ou períodos climáticos.


Finalmente, em termos de biodiversidade, este trabalho acresce três novas ocorrências para o Brasil (Eunotia botuliformis, Navicula bicuneolus e Surirella roba) e, além destas, outras quatro novas citações para o Estado de São Paulo (Eunotia mucophila, E. muscicola var. tridentula, Encyonema neogracile e Stenopterobia curvula). Contribui, ainda, para o conhecimento da biodiversidade de represas de abastecimento ainda consideradas de referência para a Região Metropolitana de São Paulo e do Estado de São Paulo.

Agradecimentos

Este trabalho teve apoio financeiro da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, projeto AcquaSed, nº 2009/53898-9) e foi desenvolvido como parte da Dissertação de Mestrado da primeira Autora (FAPESP, bolsa 2010/04445-9) no Programa de Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, Instituto de Botânica, São Paulo. Também teve apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvido Científico e Tecnológico), pela concessão de bolsa a DCB (processo nº 305072/2009-9). As autoras agradecem o inestimável apoio da SABESP (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo, Divisão de Recursos Hídricos Metropolitanos - Divisão de Recursos Hídricos Metropolitanos Sudoeste), pela logística de campo e informações sobre as represas. Agradecem, ainda, ao Prof. William de Queiróz (Universidade de Guarulhos, Laboratório de Geoprocessamento), pela ilustração da área de estudo e a todos os alunos e técnicos, pelo auxílio no laboratório. Agradecem, finalmente, aos dois revisores anônimos pelas valiosas contribuições para a qualidade deste trabalho.

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Recebido: 3.10.2012; aceito: 13.12.2013

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    Autor para correspondência:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      01 Jul 2014
    • Data do Fascículo
      Jun 2014

    Histórico

    • Aceito
      13 Dez 2013
    • Recebido
      03 Out 2012
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