Acessibilidade / Reportar erro

Briófitas do Parque Estadual de Campos do Jordão, Estado de São Paulo, Brasil

Bryophytes of the Parque Estadual de Campos do Jordão, São Paulo, Brazil

RESUMO

Parque Estadual de Campos do Jordão é uma importante área remanescente da Mata Atlântica e não apresenta levantamentos brioflorísticos. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento da flora de briófitas do PECJParque e, desta forma, fornecer dados sobre a diversidade desse grupo vegetalina área, destacando aquelas espécies que representam novas ocorrências para o Estado de São Paulo. O estudo emgloba amostras coletadas desde o final da década de 1960 até o final de 2017. Como resultado, este estudo apresenta 490 espécies, das quais dessas 63 são endêmicas do Brasil e 26 são novas ocorrências para o Estado de São Paulo. As famílias de musgos mais diversas na área são Orthotrichaceae (22 spp.), Bryaceae (21 spp.), Pottiaceae (21 spp.) e Fissidentaceae (20 spp.). Com relação às hepáticas, Lejeuneaceae (80 spp.) é a maior família encontrada no PECJ.

Palavras chaves:
levantamento florístico; Mata Atlântica; novas ocorrências; unidade de conservação

ABSTRACT

The Parque Estadual de Campos do Jordão (PECJ) is an important remaining area of the Atlantic Forest and does not present bryofloristic surveys. The aim of this study was to survey the bryophyte flora of PECJ and provide data on the diversity of this group of plants in the area, highlighting those species that represent new occurrences for the state of São Paulo. The study includes samples collected from the late 1960s to the end of 2017. As a result, 490 species were recorded, of which 63 are endemic to Brazil and 26 are new records for the state of São Paulo. The most diverse moss families are Orthotrichaceae (22 spp.), Bryaceae (21 spp.), Pottiaceae (21 spp.), and Fissidentaceae (20 spp.). Regarding the liverworts, Lejeuneaceae (80 spp.) is the largest family found in the PECJ.

Keywords:
Atlantic forest; conservation unit; floristic survey; new occurrences

Introdução

Em 26 de junho de 1984, através da Lei Estadual Nº 4.105 o Parque Estadual de Campos do Jordão (PECJ) foi declarado como a primeira Unidade de Conservação (UC) criada no Estado de São Paulo (1941), uma Área de Proteção Ambiental (APA) e a primeira do país a possuir um Plano de Manejo (1975), um marco histórico no planejamento de áreas protegidas e conservação da biodiversidade. O PECJ apresenta uma cobertura vegetal de transição entre a Mata Atlântica e a Mata de Araucárias. Seu relevo, ligado à altitude, à vegetação e especialmente ao clima local, constitui um grupo de grande valor cênico e biológico. Por causa de sua posição geográfica, situada entre os dois maiores centros urbanos do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a APA tem um considerável potencial turístico e ecológico (SOS Mata Atlântica 2007FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. 2017. Florestas. A Mata Atlântica. Disponivel em https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/ (acesso em 20-II-2017).
https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-m...
), que são as atividades econômicas da região.

O Parque Estadual de Campos do Jordão (PECJ) está situado no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica, o qual apresenta as maiores taxas de endemismo e de riqueza de briófitas para o país (Costa et al. 2011Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T. S., Vaz- Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.). Por conta disso, ela é considerada um hotspot mundial que abriga hoje cerca de 12,5 % dos remanescentes florestais e fragmentos de floresta nativa (Fundação SOS Mata Atlântica 2017FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. 2017. Florestas. A Mata Atlântica. Disponivel em https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/ (acesso em 20-II-2017).
https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-m...
). A região do PECJ é formada basicamente por um mosaico com três fisionomias básicas: a mata de Araucária e Podocarpus, os Campos de Altitude e a Mata Nebular (Jarenkow & Batista 1987Jarenkow, J.A. & Baptista, L.R.M. 1987. Composição florística e estrutura da mata com Araucária na Estação Ecológica de Aracuri, Esmeralda, RS. Napaea, Porto Alegre, v.3, pp. 9-18.).

O Estado de São Paulo dispõe de uma série de trabalhos com briófitas ocorrentes em regiões da Mata Atlântica, (Visnadi 2005Visnadi, S.R. 2005. Brioflora da Mata Atlântica do estado de São Paulo: região norte. Hoehnea 32: 215-231., Visnadi 2006Visnadi, S.R. 2006. Sematophyllaceae da Mata Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Hoehnea 33: 455-484., Yano & Peralta 2007Yano, O. & Peralta, D.F. 2007. Briófitas da Ilha do Bom Abrigo, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 34: 87-94., Peralta & Yano 2008Peralta, D.F. & Yano, O. 2008. Briófitas do Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba, estado de São Paulo, Brasil. Iheringia 63: 101-127., Yano & Peralta 2008Yano, O. & Peralta, D.F. 2008. Briófitas da Ilhabela, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 35: 111-121., Visnadi 2009Visnadi, S.R. 2009. Briófitas do Caxetal, em Ubatuba, São Paulo, Brasil. Tropical Bryology 30: 8-14., Peralta & Yano 2012Peralta, D.F. & Yano, O. 2012. Briófitas da Serra do Itapeti. In: M.S.C. Morini & V.F.O. Miranda (org.). Serra do Itapeti: Aspectos Históricos, Sociais e Naturalísticos. Viena Gráfica e Editora, Santa Cruz do Rio Pardo v. 1. pp. 1-397., Visnadi 2013Visnadi, S.R. 2013. Briófitas de áreas antrópicas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, estado de São Paulo, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi 8: 49-62., Carmo et. al. 2016Carmo, D.M., Lima, J.S., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287.) que contribuem com o conhecimento da flora regional. Atualmente, 890 espécies ocorrem no domínio da Mata Atlântica refletindo 99% da brioflora estimada para todo Estado de São Paulo (Costa & Peralta 2015aCosta, D.P. & Peralta, D.F. 2015a. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-9.).

Até o momento, não há estudos de briófitas realizados para o PECJ, o que se conhece da brioflora dessa região é proveniente de citações para o Estado de São Paulo em bibliografias com enfoques florísticos e ecológicos para Mata Atlântica (Costa & Lima 2005Costa, D.P. & Lima, F.M. 2005. Moss diversity in the tropical rainforests of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil. Revista Brasileira de Botânica 28: 671-685., Santos & Costa 2008Santos, N.D. & Costa, D.P. 2008. A importância de Reservas Particulares do Patrimônio Natural para a conservação da brioflora da Mata Atlântica: um estudo em El Nagual, Magé, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 359-372., Costa & Santos 2009Costa, D.P. & Santos, N.D. 2009. Conservação de hepáticas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil: uma análise regional no Estado do Rio de Janeiro. Acta Botanica Brasilica 23: 913-922., Santos & Costa 2010Santos, N.D. & Costa, D.P. 2010. Phytogeography of the liverwort flora of the Atlantic Forest of southeastern Brazil. Journal of Bryology 32: 9-22., Costa & Peralta 2015bCosta, D.P. & Peralta, D.F. 2015b. Briófitas. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/floradobrasil/FB128472 (acesso em 21-II-2017).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/...
, Silva & Pôrto 2015Silva, M.P.P. & Pôrto, K.C. 2015. Diversity of bryophytes in priority areas for conservation in the Atlantic Forest of northeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 29: 16-23., Carmo et al. 2016Carmo, D.M., Lima, J.S., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287.). O objetivo principal deste estudo é apresentar o levantamento de briófitas mostrando a diversidade do grupo na área do Parque Estadual de Campos do Jordão.

Materiais e métodos

Área de Estudo - O Parque Estadual de Campos do Jordão (PECJ), está localizado ao norte do município de Campos do Jordão, SP, Brasil (22°44'S 45°30'W). A área está inserida no domínio de Floresta Ombrófila Mista, sobre a Serra da Mantiqueira, preservando remanescentes naturais restritos aos fundos de vale, estando os interflúvios predominantemente ocupados por campos naturais (Souza 2008Souza, R.P.M. 2008. Estrutura da comunidade arbórea de trechos de florestas de Araucária no estado de São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.). O PECJ conta com 8341 ha de área, equivalente a um terço do município de Campos do Jordão, o qual faz divisa com o Estado de Minas Gerais. O relevo é fortemente dissecado pela extensa rede de drenagem da Bacia do Alto Sapucaí, com altitudes variando de 1500 a 2000 m (Almeida 1964ALMEIDA, F.F.M. 1974. Fundamentos geológicos do relevo paulista. Boletim do Instituto de Geografia. São Paulo. Instituto de Geografia.). O clima da região é classificado como temperado brando sem estiagem, de acordo com o sistema de classificação de Köppen (Seibert et al. 1975Seibert, C.L., Negreiros, O.C., Bueno, R.A., Emerich, W., Moura-Netto, B.V., Marcondes, M.A.P, Cesar, S.F., Guillanimon, J.R., Montagna, R.A.A., Barreto, J.R., Oliveira, M.C. & Godoi, A. 1975. Plano de manejo no Parque Estadual de Campos de Jordão. Boletim Técnico do Instituto Florestal de São Paulo 19: 1-153.). A precipitação média anual é de 1804 mm, com temperaturas médias variando de 17,5 °C no mês mais quente (fevereiro) a 11,5 °C no mês mais frio (junho), não raro com mínimas abaixo de 0 °C e ocorrência de geadas (Moreira et al. 2006Moreira, M., Baretta, D., Tsai, S.M. & Cardoso, E.J.B.N. 2006. Spore density and root colonization by arbuscular mycorrhizal fungi in preserved or disturbed Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. ecosystems. Scientia Agrícola, v. 63, 4: 380-385.).

Delineamento amostral - O estudo engloba amostras coletadas em expedições realizadas por diversos coletores de 1964 até 2017. Em 2017 os autores deste estudo realizaram mais duas expedições e as coletas foram feitas em caminhadas livres nas trilhas disponíveis no parque, cobrindo além da área principal, aproximadamente mais dois metros além do extremo das trilhas. As briófitas foram coletadas em todos os tipos de substratos disponíveis e o método utilizado para a coleta, herborização e preservação do material seguiu Gradstein et al. (2001Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.).

As amostras coletadas foram analisadas e incluídas no herbário do Instituto de Botânica “Maria Eneyda Pacheco Kauffman Fidalgo” (SP). Para a identificação das espécies foram usadas as seguintes referências: Frahm (1991Frahm, J.P. 1991. Dicranaceae: Campylopodioideae, Paraleucobryoideae. Flora Neotropica Monograph 54: 1-237.), Sharp et al. (1994Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P. 1994. The Moss Flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69: 1-1113.), Buck (1998Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous Mosses of the West Indies. Memoirs of The New York Botanical Garden 1: 1-401.), Gradstein et al. (2001Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.), Gradstein & Costa (2003Gradstein, S.R. & Costa, D.P. 2003. The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. Memoirs of The New York Botanical Garden 87: 1-318.), Câmara & Costa (2006Câmara, P.E.A.S. & Costa, D.P. 2006. Hepáticas e antóceros das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Hoehnea 33: 79-87.), Câmara (2008aCâmara, P.E.A.S. 2008a. Musgos pleurocárpicos das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 573-581., bCâmara, P.E.A.S. 2008b. Musgos acrocárpicos das Matas de Galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 1027-1035.), Yano & Peralta (2009Yano, O. & Peralta, D.F. 2009. Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais. Briófitas (Bryophyta e Marchantiophyta). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 27: 1-26.), Yano & Peralta (2011Yano, O. & Peralta, D.F. 2011. Bryophytes from Serra de São José, Tiradentes, Minas Gerais, Brasil. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 21: 141-172.) e Bordin & Yano (2013Bordin, J. & Yano, O. 2013. Fissidentaceae (Bryophyta) do Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 22: 1-72.). Os sistemas de classificação adotados para as três divisões foram baseados em Kruijer (2002Kruijer, J.D. 2002. Hypopterygiaceae of the world. Blumea. Supplement 13: 1-388.), Crandall-Stotler et al. (2009Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E. & Long, D.G. 2009. Morphology and classification of the Marchantiophyta. In: B. Goffinet & A.J. Shaw, 2 ed. Bryophyte Biology. Cambridge, Cambridge University Press., pp. 1-54.), Frey & Stech (2009Frey W, Stech M. 2009. Marchantiophyta, Bryophyta, Anthocerotophyta. In: W. Frey, M. Stech & E. Fischer. Syllabus of Plant Families - Engler’s Syllabus der Pflanzenfamilien, 13 ed. Part 3: Bryophytes and seedless Vascular Plants. Frey W, editor. Borntraeger, Berlin, pp. 13-115.), Goffinet et al. (2009Goffinet, B., Buck, W.R. & Shaw, A.J. 2009. Morphology, anatomy and classification of the Bryophyta. In: B. Goffinet & A.J. Shaw, 2 ed. Bryophyte Biology. Cambdrige University Press, pp. 56-138.), Renzaglia et al. (2009Renzaglia, K.S., Villarreal, J.C. & Duff, R.J. 2009. New insights into morphology, anatomy and systematics of hornworts. In: B. Goffinet & , A.J. Shaw, 2 ed. Bryophyte Biology. Cambridge, Cambridge University Press. pp. 139-171.), Costa et al. (2011Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T. S., Vaz- Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.), Söderström et al. (2013aSödeström, L., Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E., Vána, J., Hagborg, A. & Konrat, M.V. 2013a. Notes on Early Land Plants Today. 36. Generic treatment of Lophocoleaceae (Marchantiophyta). Phytotaxa 97: 36-43., bSödeström, L., Vána, J., Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E., Hagborg, A. & Konrat, M.V. 2013b. Notes on Early Land Plants Today. 43. New Combinations in Lophocoleaceae (Marchantiophyta). Phytotaxa 112: 18-32.), Gradstein (2015Gradstein, S.R. 2015. Annotated key to the species of Plagiochila (Marchantiophyta) from Brazil. Pesquisas, Botânica 67: 23-36.), Gradstein & Ilkiu-Borges (2015Gradstein, S.R. & Ilkiu-Borges, A.L. 2015. A taxonomic revision of the genus Odontoschisma (Marchantiophyta: Cephaloziaceae). Nova Hedwigia 100: 15-100.), Carvalho-Silva et al. (2017Carvalho-Silva, M., Stech, M., Soares-Silva, L.H., Buck, W.R., Wickett, N.J., Liu, Y. & Câmara, P.E.A.S. 2017. A molecular phylogeny of the Sematophyllaceae s.l. (Hypnales) based on plastid, mitochondrial and nuclear markers, and its taxonomic implications. Taxon 66: 811-831.) e Puttick et al. (2018Puttick, M.N., Morris, J.L., Williams, T.A., Cox, C.J., Edwards, D., Kenrick, P., Pressel, S., Wellman, C.H., Schneider, H., Pisani, D. & Donoghue, P.C.J. 2018. The Interrelationships of Land Plants and the Nature of the Ancestral Embryophyte. Current Biology 28: 733-745.).

A lista das espécies encontradas na área do parque está organizada em uma tabela por ordem alfabética de divisão, família, gênero e espécie (tabela 1). Para a distribuição mundial e dos domínios fitogeográficos brasileiros que as briófitas ocupam, foram adotadas as bibliografias segundo Costa (2010Costa, D.P. 2010. Briófitas. In: R.C. Forzza, J.F. Baumgratz, C.E. de M. Bicudo, D. Canhos, A.A. Carvalho Jr., A. Costa, D.P. Costa, M. Hopkins, M.P. Leitman, L.G. Lohmann, E.N. Lughadha, L.C. Maia, G. Martinelli, M. Menezes, M.P. Morin, M. Nadruz, A.L. Peixoto, J.R. Pirani, J. Prado, L.P. Queiroz, S. de Souza, V.C. Souza, J.R. Stehmann, L.S. Sylvestre, B.M.T. Walter & D.C. Zappi (orgs.). Catálogo de plantas e fungos do Brasil, v. 1, 1 ed. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, pp. 452-521.), Costa et al. (2011Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T. S., Vaz- Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.), Costa & Peralta (2015Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015a. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-9.), Carmo & Peralta (2016Carmo, D.M. & Peralta, D.F. 2016. Survey of bryophytes in Serra da Canastra National Park, Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica 30: 254-265.), Carmo et al. (2016Carmo, D.M., Lima, J.S., Silva, M. I., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2018. Briófitas da Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça, Estado de Minas Gerais, Brasil. Hoehnea 45: 484-508.) e a Flora do Brasil (2020, em prep.).

Table 1
List of species occurring in the Parque Estadual de Campos do Jordão (PECJ), Campos do Jordão, São Paulo State, Brazil. Dom. Fito. (Phytogeographic Domain): AM: Amazon; CA: Caatinga; CE: Cerrado; MA: Atlantic Forest; PA: Pampa; PN: Pantanal; Distr. Mundial (Worldwide distribution). *New occurrence for the State of São Paulo. Acronyms of the Brazilian states according to IBGE (2012IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 2012. Manual técnico da vegetação brasileira. Série: Manuais técnicos em geociências. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro.).

Resultados & Discussão

Foram analisadas 3003 exsicatas e identificadas 77 famílias, 189 gêneros e 490 espécies. Destas, três espécies (três famílias) pertencem à divisão Anthocerotophyta, 225 espécies (65 gêneros e 29 famílias) à Marchantiophyta e 262 espécies (124 gêneros e 46 famílias) pertencem à Bryophyta.

As famílias que apresentaram maior diversidade foram Lejeuneaceae (80 spp.), representando a divisão das hepáticas (Marchantiophyta) e na divisão dos musgos (Bryophyta) as famílias que se destacaram pela maior diversidade foram Orthotrichaceae (22 spp.), Bryaceae (21 spp.) e Pottiaceae (21 spp.), seguidas por Fissidentaceae (20 spp.). A diversidade das espécies encontradas para o PECJ representa 54,44% das briófitas registradas para o Estado de São Paulo, 32,15% das espécies encontradas para o Brasil e 12,30% das espécies reconhecidas para a América tropical (Gradstein et al. 2001Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577., Costa & Peralta 2015aCosta, D.P. & Peralta, D.F. 2015a. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-9., Flora do Brasil 2020, em prep.) (tabela 2).

Tabela 2
Número de espécies encontradas no Parque Estadual de Campos do Jordão (PECJ) em relação com outras regiões. Valores entre parênteses representam a porcentagem de espécies do PECJ em relação ao total de espécies encontradas na região comparada. Table 2. Number of the species found in the Parque Estadual de Campos do Jordão (PECJ) in relation to other regions. Values in parentheses represent the percentage of species in the PECJ in relation to the total of species found in the compared region.

A Mata Atlântica pode ser considerada o maior centro de biodiversidade de briófitas no país (Costa & Peralta, 2015aCosta, D.P. & Peralta, D.F. 2015a. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-9.) e este estudo expõem o quanto o bioma é diverso (das 490 spp. 482 espécies ocorrem na Mata Atlântica) e as mesmas famílias citadas acima são as mais representativas neste bioma. Outros trabalhos realizados com o grupo de briófitas também encontram as mesmas famílias sendo as mais representativas (por exemplo, Costa et al. 2015aCosta, D.P. & Peralta, D.F. 2015a. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-9., Silva & Porto 2015Silva, M.P.P. & Pôrto, K.C. 2015. Diversity of bryophytes in priority areas for conservation in the Atlantic Forest of northeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 29: 16-23., Carmo et al. 2016Carmo, D.M., Lima, J.S., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287., Carmo et al. 2018Carmo, D.M., Lima, J.S., Silva, M. I., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2018. Briófitas da Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça, Estado de Minas Gerais, Brasil. Hoehnea 45: 484-508.).

Para as hepáticas a família Lejeuneaceae se destaca, apresentando 80 espécies, o que representa 35% das hepáticas encontradas nessa área. A família Lejeuneaceae aparece em inúmeros trabalhos como sendo a mais diversa entre as hepáticas para o Estado de São Paulo (Visnadi 2005Visnadi, S.R. 2005. Brioflora da Mata Atlântica do estado de São Paulo: região norte. Hoehnea 32: 215-231., Visnadi 2009, Yano & Peralta 2007Yano, O. & Peralta, D.F. 2007. Briófitas da Ilha do Bom Abrigo, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 34: 87-94., Peralta & Yano 2008Peralta, D.F. & Yano, O. 2008. Briófitas do Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba, estado de São Paulo, Brasil. Iheringia 63: 101-127., Carmo et al. 2016Carmo, D.M., Lima, J.S., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287., 2018Carmo, D.M., Lima, J.S., Silva, M. I., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2018. Briófitas da Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça, Estado de Minas Gerais, Brasil. Hoehnea 45: 484-508.) e para as demais áreas do Brasil (Valente & Pôrto 2006, Santos & Costa 2008Santos, N.D. & Costa, D.P. 2008. A importância de Reservas Particulares do Patrimônio Natural para a conservação da brioflora da Mata Atlântica: um estudo em El Nagual, Magé, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 359-372., Costa et al. 2011Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T. S., Vaz- Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334., Reis et al. 2015Reis, L.C., Oliveira, H.C. & Bastos, C.J.P. 2015. Hepáticas (Marchantiophyta) epífitas de duas áreas de floresta atlântica no Estado da Bahia, Brasil. Pesquisas, Botânica 67: 225-241., Silva & Pôrto 2015Silva, M.P.P. & Pôrto, K.C. 2015. Diversity of bryophytes in priority areas for conservation in the Atlantic Forest of northeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 29: 16-23. e Carmo & Peralta 2016Carmo, D.M., Lima, J.S., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287.). Para o Brasil, estudos apontam que existam aproximadamente 285 espécies de Lejeuneaceae, distribuídos em 55 gêneros (Costa & Peralta 2015aCosta, D.P. & Peralta, D.F. 2015a. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-9., bCosta, D.P. & Peralta, D.F. 2015b. Briófitas. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/floradobrasil/FB128472 (acesso em 21-II-2017).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/...
) e a Mata Atlântica é o domínio fitogeográfico com o maior número de espécies (246 spp., Flora do Brasil 2020, em prep.), principalmente por conta do clima úmido e pôr uma infinidade de substratos onde as espécies podem se desenvolver como corticícolas, epífitas, rupícolas ou terrícolas (Gradstein et al. 2001Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.).

Na área do parque os antóceros estão representados pelas famílias Dendrocerotaceae (Nothoceros minarum (Nees) J. C. Villarreal), Notothyladaceae (Phaeoceros laevis (L.) Prosk.) e Phymatocerotaceae Duff et al. (Phymatoceros bulbiculosus (Broth.) Stotler, W.T. Doyle & Crand-Stotl.). Essas espécies são encontradas se desenvolvendo sobre rochas próximas da água e em barrancos úmidos, geralmente associadas a espécies de musgos (Fissidentaceae e Pottiaceae).

Os dados apresentados nesse trabalho acrescentaram importantes informações sobre a ocorrência, diversidade e distribuição da brioflora na Mata Atlântica para o Estado de São Paulo. O PECJ apresentou 1/3 da diversidade de briófitas estimada para o Brasil com um número alto de espécies endêmicas (63 spp.), dentre estas Lejeunea ramulosa Spruce é uma nova ocorrência para o Estado de São Paulo. Ao todo foram encontradas 26 novas ocorrências para o Estado de São Paulo, destas 20 espécies ocorrem na América Tropical, quatro são neotropicais, uma espécie (Leiomela bartramioides (Hook.) Paris) é Pantropical e outra espécie (Colura calyptryfolia (Hook.) Dummort.) era conhecida apenas para regiões oceânicas da África, América Latina e Leste da Europa.

A Mata Atlântica é o domínio fitogeográfico com maior riqueza de espécies de briófitas no país (Costa et al. 2011Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T. S., Vaz- Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.) e estudos como esse, mostram a importância de sua conservação. O PECJ e outras unidades de conservação, garantem a proteção dessas áreas e reforçam a importância da conservação, preservando a diversidade vegetal no Estado de São Paulo (Visnadi 2005Visnadi, S.R. 2005. Brioflora da Mata Atlântica do estado de São Paulo: região norte. Hoehnea 32: 215-231.). Baseado nos resultados desse estudo, das 409 espécies encontradas na área do paque, 203 espécies (ca. 41%) tem ocorrência exclusiva na Mata Atlântica, o que ressalta a importância desse domínio fitogeográfico.

Agradecimentos

Ao corpo administrativo do Parque Estadual de Campos do Jordão pela recepção.

Literatura citada

  • ALMEIDA, F.F.M. 1974. Fundamentos geológicos do relevo paulista. Boletim do Instituto de Geografia. São Paulo. Instituto de Geografia.
  • Bordin, J. & Yano, O. 2013. Fissidentaceae (Bryophyta) do Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 22: 1-72.
  • Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous Mosses of the West Indies. Memoirs of The New York Botanical Garden 1: 1-401.
  • Câmara, P.E.A.S. 2008a. Musgos pleurocárpicos das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 573-581.
  • Câmara, P.E.A.S. 2008b. Musgos acrocárpicos das Matas de Galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 1027-1035.
  • Câmara, P.E.A.S. & Costa, D.P. 2006. Hepáticas e antóceros das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Hoehnea 33: 79-87.
  • Carmo, D.M. & Peralta, D.F. 2016. Survey of bryophytes in Serra da Canastra National Park, Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica 30: 254-265.
  • Carmo, D.M., Lima, J.S., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287.
  • Carmo, D.M., Lima, J.S., Silva, M. I., Amélio, L.A. & Peralta, D.F. 2018. Briófitas da Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça, Estado de Minas Gerais, Brasil. Hoehnea 45: 484-508.
  • Carvalho-Silva, M., Stech, M., Soares-Silva, L.H., Buck, W.R., Wickett, N.J., Liu, Y. & Câmara, P.E.A.S. 2017. A molecular phylogeny of the Sematophyllaceae s.l. (Hypnales) based on plastid, mitochondrial and nuclear markers, and its taxonomic implications. Taxon 66: 811-831.
  • Costa, D.P. & Lima, F.M. 2005. Moss diversity in the tropical rainforests of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil. Revista Brasileira de Botânica 28: 671-685.
  • Costa, D.P. & Santos, N.D. 2009. Conservação de hepáticas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil: uma análise regional no Estado do Rio de Janeiro. Acta Botanica Brasilica 23: 913-922.
  • Costa, D.P. 2010. Briófitas. In: R.C. Forzza, J.F. Baumgratz, C.E. de M. Bicudo, D. Canhos, A.A. Carvalho Jr., A. Costa, D.P. Costa, M. Hopkins, M.P. Leitman, L.G. Lohmann, E.N. Lughadha, L.C. Maia, G. Martinelli, M. Menezes, M.P. Morin, M. Nadruz, A.L. Peixoto, J.R. Pirani, J. Prado, L.P. Queiroz, S. de Souza, V.C. Souza, J.R. Stehmann, L.S. Sylvestre, B.M.T. Walter & D.C. Zappi (orgs.). Catálogo de plantas e fungos do Brasil, v. 1, 1 ed. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, pp. 452-521.
  • Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T. S., Vaz- Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.
  • Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015a. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1-9.
  • Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015b. Briófitas. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/floradobrasil/FB128472 (acesso em 21-II-2017).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/floradobrasil/FB128472
  • Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E. & Long, D.G. 2009. Morphology and classification of the Marchantiophyta. In: B. Goffinet & A.J. Shaw, 2 ed. Bryophyte Biology. Cambridge, Cambridge University Press., pp. 1-54.
  • Frahm, J.P. 1991. Dicranaceae: Campylopodioideae, Paraleucobryoideae. Flora Neotropica Monograph 54: 1-237.
  • Frey W, Stech M. 2009. Marchantiophyta, Bryophyta, Anthocerotophyta. In: W. Frey, M. Stech & E. Fischer. Syllabus of Plant Families - Engler’s Syllabus der Pflanzenfamilien, 13 ed. Part 3: Bryophytes and seedless Vascular Plants. Frey W, editor. Borntraeger, Berlin, pp. 13-115.
  • FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. 2017. Florestas. A Mata Atlântica. Disponivel em https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/ (acesso em 20-II-2017).
    » https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/
  • Goffinet, B., Buck, W.R. & Shaw, A.J. 2009. Morphology, anatomy and classification of the Bryophyta. In: B. Goffinet & A.J. Shaw, 2 ed. Bryophyte Biology. Cambdrige University Press, pp. 56-138.
  • Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.
  • Gradstein, S.R. & Costa, D.P. 2003. The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. Memoirs of The New York Botanical Garden 87: 1-318.
  • Gradstein, S.R. 2015. Annotated key to the species of Plagiochila (Marchantiophyta) from Brazil. Pesquisas, Botânica 67: 23-36.
  • Gradstein, S.R. & Ilkiu-Borges, A.L. 2015. A taxonomic revision of the genus Odontoschisma (Marchantiophyta: Cephaloziaceae). Nova Hedwigia 100: 15-100.
  • Hallingbäck, T. & Hodgetts, N.G. 2000. Mosses, liverworts & hornworts. Status survey and conservation action plan for bryophytes. IUCN/SSC Bryophyte Specialist Group. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, UK.
  • Hallingbäck, T. & Tan, B.C. 2010. Past and present activities and future strategy of bryophyte conservation. Phytotaxa 9: 266-274.
  • IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 2012. Manual técnico da vegetação brasileira. Série: Manuais técnicos em geociências. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro.
  • Jarenkow, J.A. & Baptista, L.R.M. 1987. Composição florística e estrutura da mata com Araucária na Estação Ecológica de Aracuri, Esmeralda, RS. Napaea, Porto Alegre, v.3, pp. 9-18.
  • Kruijer, J.D. 2002. Hypopterygiaceae of the world. Blumea. Supplement 13: 1-388.
  • Longton, R.E. 1992. The role of bryophytes and lichens in terrestrial Ecosystems. In: J.W. Bates, & A.M. Farmer (eds.). Bryophytes and lichens in a changing environment. Oxford University Press, New York, pp. 32-76.
  • Moreira, M., Baretta, D., Tsai, S.M. & Cardoso, E.J.B.N. 2006. Spore density and root colonization by arbuscular mycorrhizal fungi in preserved or disturbed Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. ecosystems. Scientia Agrícola, v. 63, 4: 380-385.
  • Peralta, D.F. & Yano, O. 2008. Briófitas do Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba, estado de São Paulo, Brasil. Iheringia 63: 101-127.
  • Peralta, D.F. & Yano, O. 2012. Briófitas da Serra do Itapeti. In: M.S.C. Morini & V.F.O. Miranda (org.). Serra do Itapeti: Aspectos Históricos, Sociais e Naturalísticos. Viena Gráfica e Editora, Santa Cruz do Rio Pardo v. 1. pp. 1-397.
  • Puttick, M.N., Morris, J.L., Williams, T.A., Cox, C.J., Edwards, D., Kenrick, P., Pressel, S., Wellman, C.H., Schneider, H., Pisani, D. & Donoghue, P.C.J. 2018. The Interrelationships of Land Plants and the Nature of the Ancestral Embryophyte. Current Biology 28: 733-745.
  • Reis, L.C., Oliveira, H.C. & Bastos, C.J.P. 2015. Hepáticas (Marchantiophyta) epífitas de duas áreas de floresta atlântica no Estado da Bahia, Brasil. Pesquisas, Botânica 67: 225-241.
  • Renzaglia, K.S., Villarreal, J.C. & Duff, R.J. 2009. New insights into morphology, anatomy and systematics of hornworts. In: B. Goffinet & , A.J. Shaw, 2 ed. Bryophyte Biology. Cambridge, Cambridge University Press. pp. 139-171.
  • Santos, N.D. & Costa, D.P. 2008. A importância de Reservas Particulares do Patrimônio Natural para a conservação da brioflora da Mata Atlântica: um estudo em El Nagual, Magé, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 359-372.
  • Santos, N.D. & Costa, D.P. 2010. Phytogeography of the liverwort flora of the Atlantic Forest of southeastern Brazil. Journal of Bryology 32: 9-22.
  • Seibert, C.L., Negreiros, O.C., Bueno, R.A., Emerich, W., Moura-Netto, B.V., Marcondes, M.A.P, Cesar, S.F., Guillanimon, J.R., Montagna, R.A.A., Barreto, J.R., Oliveira, M.C. & Godoi, A. 1975. Plano de manejo no Parque Estadual de Campos de Jordão. Boletim Técnico do Instituto Florestal de São Paulo 19: 1-153.
  • Silva, M.P.P. & Pôrto, K.C. 2015. Diversity of bryophytes in priority areas for conservation in the Atlantic Forest of northeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 29: 16-23.
  • Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P. 1994. The Moss Flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69: 1-1113.
  • Souza, R.P.M. 2008. Estrutura da comunidade arbórea de trechos de florestas de Araucária no estado de São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
  • Södeström, L., Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E., Vána, J., Hagborg, A. & Konrat, M.V. 2013a. Notes on Early Land Plants Today. 36. Generic treatment of Lophocoleaceae (Marchantiophyta). Phytotaxa 97: 36-43.
  • Södeström, L., Vána, J., Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E., Hagborg, A. & Konrat, M.V. 2013b. Notes on Early Land Plants Today. 43. New Combinations in Lophocoleaceae (Marchantiophyta). Phytotaxa 112: 18-32.
  • Turetsky, M.R. 2003. The Role of Bryophytes in Carbon and Nitrogen Cycling. The Bryologist 106: 395-409.
  • Visnadi, S.R. 2005. Brioflora da Mata Atlântica do estado de São Paulo: região norte. Hoehnea 32: 215-231.
  • Visnadi, S.R. 2006. Sematophyllaceae da Mata Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Hoehnea 33: 455-484.
  • Visnadi, S.R. 2009. Briófitas do Caxetal, em Ubatuba, São Paulo, Brasil. Tropical Bryology 30: 8-14.
  • Visnadi, S.R. 2013. Briófitas de áreas antrópicas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, estado de São Paulo, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi 8: 49-62.
  • Yano, O. & Peralta, D.F. 2007. Briófitas da Ilha do Bom Abrigo, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 34: 87-94.
  • Yano, O. & Peralta, D.F. 2008. Briófitas da Ilhabela, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 35: 111-121.
  • Yano, O. & Peralta, D.F. 2009. Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais. Briófitas (Bryophyta e Marchantiophyta). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 27: 1-26.
  • Yano, O. & Peralta, D.F. 2011. Bryophytes from Serra de São José, Tiradentes, Minas Gerais, Brasil. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 21: 141-172.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Ago 2019
  • Data do Fascículo
    2019

Histórico

  • Recebido
    26 Out 2018
  • Aceito
    14 Jun 2019
Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com