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A dinâmica da presença brasileira no Índico e no Oriente. Séculos XVI-XIX

Resumos

O propósito deste ensaio - que busca revisar e complementar a historiografia sobre o tema - é oferecer uma perspectiva brasileira do comércio para além do Cabo da Boa Esperança, examinar a presença brasileira no Estado da Índia e, ainda, resgatar as dinâmicas iniciativas dos comerciantes brasileiros, bem como destacar o importante papel dos portos brasileiros. Salienta a importância de Moçambique como ponto de convergência e de articulação entre o Oriente e o Ocidente, não apenas em termos comerciais mas também do ponto de vista cultural, referindo-se à contribuição brasileira aos costumes e à dieta dos habitantes da África Oriental, da Índia, da China e do Japão.


This is an essay in compensatory and revisionist history whose purpose is to look at the Portuguese seaborne empire from a Brazilian and not a Portuguese metropolitan perspective, to examine the Brazilian presence and influence not in regions bordering the Atlantic but in the Estado da Índia, and to attribute to Brazilian merchants greater initiative and to Brazilian ports a more important role than is usually the case in the historiography by their engaging in commerce beyond the Cape of Good Hope. The role of Mozambique as a point of convergence and of articulation between East and West is emphasized not only in commercial terms but in the context of intercultural exchanges. Reference is made to the lasting legacy of Brazil to East África, Índia, China and Japan in terms of customs and diet.


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  • 1
    Uma forma abreviada deste texto foi apresentada ao Xo Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa, na cidade de Salvador, Bahia, em dezembro de 2000. Agradeço ao contra-almirante Max Justo Guedes, aos seus colegas do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha e aos membros da comissão executiva brasileira e da comissão organizadora portuguesa, sobretudo os doutores João Paulo de Oliveira e Costa e Inácio Guerreiro, pelo convite para participar deste seminário magistral.
  • 2
    C. R. Boxer. The Portuguese seaborne empire, 1415-1825. Londres: Hutchinson, 1969. Vitorino Magalhães Godinho. Os descobrimentos e a economia mundial. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1962, 2 vols. . E mais recentemente, Isabel dos Guimarães Sá. Quando o rico se faz pobre: Misericórdias, caridade e poder no império português, 1500-1800. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1997; A. J. R. Russell-Wood. Um mundo em movimento. Os portugueses na África, Ásia e América (1415-1808). Lisboa: Difel Editora, 1998; Timothy J. Coates. Degredados e orfãs: colonização dirigida pela Coroa no império português, 1550-1755. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998.
  • 3
    Fr. João dos Santos. A Ethiopia Oriental, Lisboa: Biblioteca de Clássicos portugueses, 1891; Jean Mocquet. Voyage en Ethiopie, Mozambique et Goa, & autres lieux d'Afrique & des Indes orientales (1617). Paris: Editions Chandaigne, 1996.
  • 4
    D. Luís da Cunha. Instruções inéditas de D. Luís da Cunha a Marco António de Azevedo Coutinho. Editores Pedro de Azevedo e António Baião. Lisboa: Academia de Ciências de Lisboa, 1930.
  • 5
    José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho. Ensaio econômico sobre o comércio de Portugal e suas colônias. Lisboa: Academia Real das Ciências, 1828, 3a. edição, Parte 2, cap. 7, § 8.
  • 6
    C. R. Boxer. "The Principal Ports of Call in the Carreira da Índia". Recueils de la SociétéJean Bodin pour l'histoire c omparative des institutions, XXXlll. Les grandes escales (Les temps modernes). Bruxelas: Editions de la Librairie Encyclopédique, 1972, pp. 29-65. Separata. "Moçambique Island and the Carreira da Índia". In: Studia, 8, Julho 1961, pp. 95-132. A respeito de Salvador, veja também José Roberto do Amaral Lapa. A Bahia e a Carreira da Índia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968, pp. 327-43.
  • 7
    Amaral Lapa. A Bahia e a Carreira da Índia; Godofredo Filho. "Influências orientais na pintura jesuítica da Bahia". In: Universitas, 2 (1969), pp. 13-21. A respeito da "projeção" do Brasil no Índico e no Oriente, veja A. J. R. Russell-Wood. "A Brazilian Commercial Presence beyond the Cape of Good Hope, 16th-19th Centuries", em Pius Malekandathil and T. Jamal Mohammed (orgs.). The Portuguese, Índian Ocean and European Bridgeheads: Festschrift in Honour of Professor K. S. Mathew. Goa: Fundação Oriente, 2001, pp. 191211; e, pelo mesmo autor, "A projeção da Bahia no império ultramarino português",1V Anais do Congresso de História da Bahia. Salvador: Instituto Geográfico e Histórico da Bahia/ Fundação Gregório de Matos, 2001, vol. 1, pp. 81-122.
  • 8
    Carlos Malheiro Dias (ed.). História da colonização do Brasil. Lisboa: Litografia Nacional, 1940, vol. 3, p. 363.
  • 9
    Para uma ótima síntese, veja Max Justo Guedes. "O condicionalismo físico do Atlântico e a expansão dos povos ibéricos". Studia, 47 (1989), pp. 245-90"; Frédéric Mauro. Le Portugal et l'Atlantique au XVII e siècle(1570-1670). Etude économique. Paris: S.E.V.P.E.N, 1960, pp. 13-27, 70-74; A. J. R. Russell-Wood, Portugal e o mar: um mundo entrelaçado. Lisboa: Assírio e Alvim, 1997.
  • 10
    Fr. António do Rosário. Frutas do Brasil numa Nova, e Ascetica Monarchia. Lisboa: Antônio Pedroso Galrão, 1702, citado por Diogo Ramada Curto. "As práticas de escrita". In: História da expansão portuguesa. Organizado por Francisco Bethencourt e Kurti Chaudhuri. Lisboa: Círculo de Leitores, 1998, vol. 3, p. 421.
  • 11
    Carlos Renato Gonçalves Pereira. História da administração da justiça no Estado da Índia. Século XVI. Lisboa: Agencia- Geral do Ultramar,1964. Volume 1, pp. 79-80; Stuart B. Schwartz. Sovereignty and Society in Colonial Brazil. The High Court of Bahia and Its Judges, 1609-1751. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 1973.
  • 12
    Documento de 28 de Dezembro de 1699. Historical Archive of Goa (abreviação, HAG),Livros das monções do reino, vol. 63, fol. 411r.
  • 13
    Consulta do Conselho Ultramarino, 21 de Março de 1690; resposta do governador, 23de Janeiro de 1691, HAG, Livros das monções, vol. 55A, fols. 201, 203. Apud Coates, Degredados e orfãs, p. 144, e nota 165. A respeito da proposta do governador-geral do Brasil em 1699, veja HAG, Livros das monções, vol. 64, fols. 170r-173r). Veja também P. P. Shirodkar, "Brazil's Colonial Administration as Reflected in Goa Archives", Purabhilekh-Puratatva, vol. 8. No. 1, Janeiro/Junho, 1990. Special Issue Índia and Brazil, pp. 26-27. Sobre a Consulta do Conselho de Estado em Goa de 14 de Outubro de 1702, veja Archana Kakodkar, "Source Material for Latin America in Goa (With Special Reference to Brazil)". In: Essays in: Goan History. Editado por T. R. de Souza. Nova Delhi: Concept Publishing Company, 1989, p. 211 Veja também Philomena Anthony. "Colonial Brazil and Goa: Visible and Invisible Links", Purabhilekh-Puratatva. Vol. 8. No. 1, Janeiro/Junho, 1990, pp. 82-83 e nota 34.
  • 14
    Eduardo de Castro e Almeida (org.). Inventário dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa. Vol. 2. Bahia, 1763-1786. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1914, no. 10.536-537.
  • 15
    António de Melo e Castro, governador de Moçambique a Rodrigo José de Meneses, governador da Bahia. Moçambique, 15 de Dezembro de 1786. Arquivo Público do Estado da Bahia (abreviação, APB). Correspondência recebida pelo Governo da Bahia. Vol. 197. Governador de Moçambique, doc. 3.
  • 16
    António Manuel de Mo. e Castro ao governador da Bahia, Rodrigo José de Meneses, Moçambique 29 de Novembro de 1786; e de 15 de Dezembro de 1786. APB, Correspondência recebida pelo Governo da Bahia. Vol. 197. Governador de Moçambique, docs. 2 e 3; HAG, Livros das monções, 171B, fols. 568r-72r.
  • 17
    Francisco Adolfo de Varnhagen. História Geral do Brasil. Revisão e notas de Rodolfo Garcia. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1975, 8a edição, vol 5, pp. 243 96.
  • 18
    Sebastião da Rocha Pitta. Historia da America Portugueza. Segunda edição. Lisboa: Francisco Arthur da Silva, 1880, apêndice ao Livro décimo.
  • 19
    Serafim Leite. "Movimento missionário do Brasil para a Índia", Boletim do Instituto Vasco da Gama, no. 69. Bastorá, Goa, 1952, pp. 108-118; e o seu artigo, "Luís de Góis. Senhor de engenho no Brasil, introdutor do tabaco em Portugal, Jesuíta na Índia (1504?-1567)", Brotéria, LXl (Agosto-Setembro, 1955), pp. 146-161. A. P. Ciriaco Fernandes, S.J., Missionários Jesuítas no Brasil no tempo de Pombal. 2a. edição (Porto Alegre: Livraria do Globo, 1941), p. 22. Não consegui consultar estas referências que constam do artigo de Anthony, "Colonial Brazil and Goa: Visible and Invisible Links", pp. 80-81, e notas 28 e 29.
  • 20
    Varnhagen. História Geral do Brasil. Vol. 5, p. 302.
  • 21
    O estudo mais completo acerca do fumo brasileiro é por Jean-Baptiste Nardi. O fumo brasileiro no período colonial. Lavoura, comércio e administração. São Paulo: Editora Brasiliense, 1996. Veja também Carl A. Hanson. "Monopoly and Contraband in the Portuguese Tobacco Trade, 1624-1702". In: Luso-Brazilian Review, 19:2 (1982), pp. 14968; Jean-Baptiste Nardi. "Le commerce du tabac vers l'Inde portugaise du XVIIe siècle au début du xixe siècle", Moyen Orient & Océan Indien, 6 (1989), pp. 165-74; Roberto do Amaral Lapa. "Dimensões do comércio colonial entre o Brasil e o Oriente". In: Studia, Vol. 49 (1989), pp. 394-95; Bonifacio Dias. "Impact of Tobacco on Goa (1620-1840)". In: P. P. Shirodkar (org.). Goa: Cultural Trends. Panaji-Goa: Directorate of Archives, Archaeology and Museum, Governo de Goa, 1988, pp. 222-28; Celsa Pinto. Trade and Finance in Portuguese Índia, 1770 1840. Nova Delhi: Concept Publishing Company, 1994, pp. 193-95.
  • 22
    Lapa. "Dimensões do comércio colonial". In: Studia, 49 (1989), pp. 395-96.
  • 23
    Lapa. A Bahia e a Carreira da Índia, pp. 253-64, 272-77; Sanjay Subrahmanyam. The Portuguese Empire in Ásia, 1500-1700: A Political and Economic History, Longman: Londres e Nova Iorque, 1993, pp. 183-85.
  • 24
    As naus seguiram as rotas seguintes: Lisboa-Madras com escalas em Pernambuco, Sal-vador e Rio de Janeiro. Celsa Pinto. "Luso-Brazilian Commerce and the Eastern Littoral of Índia, 1780-1820", comunicação apresentada ao X Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa, Salvador, Dezembro de 2000.
  • 25
    Veja o comentário do Conde de Galvêas a respeito da mortalidade e doenças da tripulação do nau Bom Jesus de Villa Nova durante a viagem de alguns 60 dias de Lisboa para Salvador: "o estrago que fez nestes homens a morte, não proveio tanto das infermidades como da fome e da sede que experimentarão na viagem". Galvêas para o rei. Salvador 3 de Julho de 1748 (APB, "Coleção de ordens régias" vol. 45, doc. 41).
  • 26
    Lapa. A Bahia e a Carreira da Índia, pp. 292-97; Castro e Almeida. Inventário. Vol. 2. nos. 10.595-99; 10.601-5; 10.611-12; 11.005-7; 10.545; 10.849; 10.856-57; 10.86066; 10.944; 11.011-12; 11.025-26; 11.238; 11.491; 10.494; 11.555; 11.625-29; 11.737; 11.754-56. Veja Kakodkar. "Source Material for Latin America in Goa (With Special Reference to Brazil)", pp. 210-211; Shirodkar. "Brazil's Colonial Administration as Reflected in Goa Archives", pp. 34-37; Celsa Pinto. "Goa-Brazil Commercial Relations, 1770 1825", Purabhilekh-Puratatva, 8:1, Janeiro-Junho, 1990, pp. 43-51, 58-61, e o livro dela Trade and Finance in Portuguese Índia, pp. 197-99; Anthony. "Colonial Brazil and Goa", pp. 73-75.
  • 27
    HAG, Livros das monções, vol. 63, fols. 418r-51r; vol. 64, fols.159-162, 164r-v, 166-67, 168r-v, 170r-173r.
  • 28
    Lapa. A Bahia e a Carreira da Índia, pp. 262-64, 277.
  • 29
    Celsa Pinto. "Goa-based Overseas and Coastal Trade. 18th-19th Centuries", em Teotoniode Souza (ed.). Goa through the Ages. An Economic History. Nova Delhi: Concept Publishing Company, 1990, vol. 2, pp. 180-81, e a nota 19.
  • 30
    Veja as referências em Castro e Almeida. Inventário, nota 25 deste ensaio; Kakodkar."Source Material for Latin America in Goa", pp. 210-211; Shirodkar. "Brazil's Colonial Administration as Reflected in Goa Archives", pp. 34-37.
  • 31
    Pinto. "Goa-based Overseas and Coastal Trade. 18th-19th Centuries", pp. 180-81.
  • 32
    Pinto. Trade and Finance in Portuguese Índia.
  • 33
    José António Caldas. Notícia geral de toda esta Capitania da Bahia desde o seu descobrimento até o presente anno de 1759. Edição facsímile: Salvador: Tip. Beneditina, 1951, pp. 525-33; A. J. R. Russell-Wood. "Senhores de engenho e comerciantes", em Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhuri (orgs.). História da expansão portuguesa. Lisboa: Círculo de Leitores, 1998, vol. 3, pág. 205-209; João Luís Ribeiro Fragoso. Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro(1790-1830). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992.
  • 34
    Veja a valiosa contribuição de Ernst Pijning. "Controlling Contraband: Mentality, Economy and Society in Eighteenth-Century Rio de Janeiro", Tese de doutorado, The Johns Hopkins University, 1997.
  • 35
    Conde de Sabugosa ao secretário do estado, 18 de novembro de 1733. APB, "Coleção de ordens régias", vol. 29, doc. 169; A. J. R. Russell-Wood. "Colonial Brazil: The Gold Cycle, c. 1690-1750". In: The Cambridge History of Latin America. Vol. 2. Colonial Latin America. Editado por Leslie Bethell. Cambridge: Cambridge University Press, 1984, pág. 589-93; para fumo, veja Pinto, "Goa-based Overseas and Coastal Trade", pp. 181 e nota 18.
  • 36
    José Jobson de A. Arruda. O Brasil no comércio colonial. São Paulo: Editora Ática, 1980, pp. 321-23. A respeito do comércio intercolonial nos séculos XVIII e princípios do século XIX, e as ligações de longa distância entre os portos do Brasil, da África oriental, da Índia, e de Macau, veja os artigos por João Fragoso, por Roquinaldo Ferreira, e por Luís Frederico Dias Antunes, na coletânea que abre novas perspectivas sobre o papel desempenhado pelo Brasil no império português: O antigo regime nos trópicos: A dinâmica imperial portuguesa (séculos XV1-XV111), organizado por João Fragoso, Maria Fernanda Bicalho e Maria de Fátima Gouvêa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
  • 37
    Edward A. Alpers. Ivory and Slaves. Changing Pattern of International Trade in East Central África to the Later Nineteenth Century. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 1975), pp. 188-89; Aurélio Rocha. "Contribuição para o estudo das relações entre Moçambique e o Brasil - século XlX". Studia, 51(1992), pp. 64-68; José Capela. O escravismo colonial em Moçambique. Porto: Edições Afrontamento, 1993, pp. 193-95.
  • 38
    Alexandre Lobato. Evolução administrativa e econômica de Moçambique, 1752-1763. 1a Parte. Fundamentos da criação do governo-geral em 1752. Lisboa: Agência-Geral do Ultramar, 1957.
  • 39
    Rocha. "Contribuição", pp. 70-72; Ernestina Carreira. "Os últimos anos da Carreirada Índia", Separata do Carreira da Índia e as rotas dos Estreitos. Actas do VIII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa. Angra do Heroísmo, 1998, pp. 810-820.
  • 40
    Joaquim Romero Magalhães. "Os territórios africanos". In: Bethencourt e Chaudhuri,História da expansão portuguesa, vol.3, pp. 71-73. Leslie Bethell. The Abolition of the Brazilian Slave Trade: Britain, Brazil, and the Slave Trade Question, 1807-1869. Cambridge: Cambridge University Press, 1970, caps. 1-2; Malyn Newitt. A History of Mozambique. Londres: Hurst & Cia,1995, pp. 248-51; Rocha. "Contribuição", pp. 7585; José Capela. Escravatura. A empresa de saque. O abolicionismo, 1810-1875 (Porto: Afrontamento, 1974).
  • 41
    Alpers. Ivory and Slaves, pp. 211-17.
  • 42
    Pareceres de 1 e 28 de Novembro de 1699. Goa. HAG, Livros das monções do Reino,no. 63, fols. 418r-23r.
  • 43
    Rocha. "Contribuição", pp. 71-75; Alpers, Ivory and Slaves, pp. 127, 211-17; Mary C. Karasch. Slave Life in Rio de Janeiro, 1808-1850. Princeton: Princeton University Press, 1987, pp. 13-15, 21-25, inter alia; João Luís Fragoso. Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992, pp. 179-82, 262-63.
  • 44
    George D. Winius. "Portugal's Shadow Empire in the Bay of Bengal". In: George D.Winius (org.). Portugal, The Pathfinder. Journeys from the Medieval toward the Modern World, 1300-ca. 1600. Madison: Seminary of Medieval Studies, 1995, pág. 247-68; A. J. R. Russell-Wood. "Os portugueses fora do império". In: Bethencourt e Chaudhuri (orgs.). História da expansão portuguesa. Vol. 1 (1998), pp. 256- 65.
  • 45
    Pierre Verger. Flux et reflux de la traite des nègres entre le Golfe de Bénin et Bahia de Todos os Santos. Paris: Mouton & Co., 1968, sobretudo os capítulos 12 e 16.
  • 46
    José Capela. O escravismo colonial em Moçambique, pp. 195-97; e, do mesmo autor, Donas, senhores, e escravos na Zambésia. Porto: Ed. Frontamento, 1996; Alpers. Ivory and Slaves, pp. 127.
  • 47
    Lapa. A Bahia e a Carreira da Índia, pp. 51-81 e apêndice 1; C. R. Boxer, Salvador de Sá and the Struggle for Brazil and Angola, 1602-1686. Londres: The Athlone Press,1952, pp. 308-9; F. Borges de Barros. Novos documentos para a história colonial. Salvador, 1931, pp. 23-27. A respeito de uma tal construção, veja a ordem do Conde de Galvêas para o provedor mor , 7 de Fevereiro de 1738, e o despacho do provedor mor de 8 de Fevereiro de 1738 (APB, "Coleção de ordens régias", Vol. 57, fols. 298-99; vol. 58, fol. 129r; e também Vol. 34, doc. 24. Refere-se à construção de uma nau de 60 peças na ribeira de Salvador, a custo da fazenda real, e destinada para a Carreira da Índia.
  • 48
    Russell-Wood. Um mundo em movimento, pp. 227-76.
  • 49
    Secretário do estado ao governador, 4 de Outubro de 1802 (APB, "Coleção de ordensrégias, Vol. 100, fol. 81).
  • 50
    André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. Comentário crítico por Andrée Mansuy. Paris: Institut des Hautes Etudes de l'Amérique Latine, 1968, segunda parte, capítulos 1 e 2.
  • 51
    Bonifacio Dias. "Impact of Tobacco on Goa", 222-25; e "Tobacco Trade in Goa, 1600-1850 A.D.". In: B. S. Shastry (org.). Goan Society through the Ages. Goan University Publication Series No. 2. Nova Delhi: Ásian Publication Services, 1993, 178-85; Irfan Habib, The Agrarian System of Mughal Índia, 1556-1707. Nova Iorque: Ásia Publishing House, 1963, pp. 45-46 e notas, e p. 94.
  • 52
    Boxer. Salvador de Sá, p. 384, nota 79.
  • 53
    Maria Helena Mendes Pinto. Biombos Namban. Lisboa: Museu Nacional de Arte Antiga, 1988, p. 14 e ilustrações.
  • 54
    Manuel da Cunha Meneses. Lisboa 12 de Agosto de 1780, Castro e Almeida, Inventá-rio, Vol. 2, no. 10.653.
  • 55
    Michael N. Pearson. Port Cities and Intruders. The Swahili Coast, Índia, and Portugal in the Early Modern Era. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1998, pp. 129-54; Michael N. Pearson. "Goa-based Seaborne Trade, 17th-18th Centuries", in: Teotonio de Souza. "Goa Through the Ages", in: An economic History, vol. 2, pp. 146-75; e Celsa Pinto. "Goa-based Overseas and Coastal Trade" idem, pp. 186-91, e seu livro Trade and Finance in Portuguese Índia, pp. 111-117,163-83. Veja P. P. Shirodkar. "Índia and Mozambique: Centuries-Old Interaction", Purabhilekh-Puratatva, 6:1, Janeiro-Junho 1988. Special Issue. Índia and Mozambique, pp. 35-62.
  • 56
    APB, "Coleção de ordens régias", vol. 58, fols. 154r-202v, 275-307v; Conde de Arcosao rei, Salvador, 28 de Maio de 1758, vol. 60, fols. 150r-v; veja também Eldino da Fonseca Brancante. O Brasil e as louças da Índia. São Paulo: Tip. Elvino Pocai, 1950.
  • 57
    Moema Parente Augel. Visitantes estrangeiros na Bahia oitocentista. São Paulo: Editora Cultrix, 1980, pp. 23-57.
  • 58
    APB, "Coleção de ordens régias", vol. 9, doc. 32; vol. 19, docs. 61, 78, 79; vol. 21, doc.110; vol. 23, doc. 43.
  • 59
    James C. Boyajian. Portuguese Trade in Ásia under the Habsburgs, 1580-1640. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1993; Russell-Wood. O mundo em movimento, pp. 164-7.
  • 60
    Azeredo Coutinho. Ensaio economico sôbre o comércio de Portugal, parte 2, cap. 1,§1016.
  • 61
    Alpers. Ivory and Slaves, p. 209; Rocha. "Contribuição", p. 74.
  • 62
    Sushil Chaudhury e Michel Morineau (ed.). Merchants, Companies and Trade. Europe and Ásia in the Early Modern Era. Cambridge: Cambridge University Press 1999, pp. 11112 e nota 57; pp. 135, 302.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2001
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