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Os passos da propagação da fé: o lugar da experiência em escritos jesuíticos sobre a América quinhentista

Resumos

Neste artigo, avalia-se o papel da experiência como um lugar que autoriza o discurso jesuítico sobre as Américas no século XVI. O deslocamento missionário dos inacianos para a América, ao mesmo tempo em que se apresenta como meio legitimador de relatos fidedignos sobre a nova terra e seus habitantes, mostra-se, no horizonte dos textos que produz, como princípio teológico que confere seus sentidos e orientações finalistas. São tomados, como casos exemplares disso, escritos de José Acosta e Manuel da Nóbrega, buscando perceber neles, nem tanto as circunstâncias específicas de cada jesuíta, mas o núcleo comum típico de um modus operandi da Companhia de Jesus no Novo Mundo.


The aim of this article is to evaluate the role of experience as a mechanism that authorised Jesuit discourses on Americas in the Sixteenth Century. The missionary displacement of the Inacians to America can be faced both as a mean to legitimate accurate discourses about the new land and its inhabitants and the theological principle that provide meaning and finalist orientation to their texts. Pieces of writing by José Acosta and Manuel da Nóbrega are taken here rather as examples of this typical modus operandi of the Company of Jesus in the New World than different circumstances to be compared.


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  • 1
    Sobre as narrativas quinhentistas sobre o índio da América portuguesa, João Adolfo Hansen oferece-nos seus dois princípios estruturantes que operam em conjunto: a ecfrase e a hermenêutica teológico-política. O primeiro encarrega-se de recolher, pelo olho, todo o visível, compondo ut pictura poiesis cenas e quadros justapostos que dão, ao entendimento do leitor, a visibilidade do "novo". O segundo submete as imagens criadas ecfrasicamente "à memória dos saberes autorizados do signo". Assim, a dispersão produzida no acúmulo de detalhes descritivos da escrita, via ecfrase, seria reunificada pela "interpretação teológico-política da enunciação". Ver: HANSEN, João Adolfo. Sem F, sem L, sem R: cronistas, jesuítas e índio no século XVI. In: Cadernos Cedes n.° 30, 1993. pp.45-46.
  • 2
    Sobre as novas estratégias do saber cosmográfico, a partir do advento da quarta parte do mundo, sugerimos: LESTRINGANT, Frank. L'Atelier du cosmographe ou l'image du monde à la Renaissance. Paris: Albin Michel, 1991. Segundo o autor, a descoberta do Novo Mundo passa a exigir uma flexibilização dos modelos antigos no caminho da incorporação das novas terras, promovendo o crescimento do papel da autopsia na direção do que denomina uma "inadaptação fecunda dos modelos".
  • 3
    Ver: PÉCORA, Alcir. A arte das cartas jesuíticas do Brasil. In: Máquina de gêneros, São Paulo: Edusp, 2001. pp.17-68.
  • 4
    LOYOLA, Ignácio de. Al P. Gaspar Berze. Roma, 24 febrero 1554. In: Obras de San Ignácio de Loyola, Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1991. p. 985. Tradução livre.
  • 5
    CASTELNAU-L'ESTOILE, Charlotte de. Les ouvriers d'une vigne stérile: les jésuites et la conversion de Indiens au Brésil, 1580-1620, Lisboa: Fundação Caluste Gulbenkian, 2000. pp. 354-355.
  • 6
    Idem p. 377.
  • 7
    Trata-se de missionários com formação teológica completa (absoluta theologiæ facultate instructos).
  • 8
    ACOSTA, José de. De procuranda indorum salute - Corpus hispaniorum de pace vol. XXIV, Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, 1987. pp. 90-95.
  • 9
    A finalidade e a missão da Companhia de Jesus são expostas recorrentemente em váriostrechos das Constituições. Delas não escapam os objetivos da formação teológica (Escolástica, Escritura e Teologia Positiva) dos padres da Companhia e de seus estudos das "Faculdades Inferiores": Letras de Humanidades (Gramática, Retórica, Poesia e História), Lógica, Física, Metafísica, Matemáticas, Filosofia Natural, Filosofia Moral e Línguas grega, latina, hebréia, caldéia, arábica e indiana. Ver: LOYOLA, Ignácio de. Constituciones de la Compañia de Jesus. In: Obras de San Ignácio de Loyola... pp. 558-559.
  • 10
    ACOSTA, José de. De procuranda indorum salute - Corpus hispaniorum de pace vol. XXIII, Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, 1984. p.14.
  • 11
    Apesar de Acosta colocar-se como observador autopsial das informações que provê, elenão atuava como missionário junto aos índios e não é inverossímil pensar que muitas de suas informações (ou mesmo a sua maioria) tenham sido retiradas de fontes escritas anteriormente, como as crônicas e histórias da conquista do México (ver, por exemplo, as relações entre Acosta e o Frei Diego Durán estabelecidas por Ángel Garibay em sua nota introdutória ao texto do dominicano. Ver: DURÁN, Frey Diego. Historia de las Indias de Nueva España e islas de la tierra firme - tomo I, México: Editorial Porrúa. Edição preparada por Ángel Ma. Garibay K. pp. XXXV-XXXVII) e, sobretudo, do encomiendero Pollo de Ondegardo, cujo texto, Notables daños de no guardar a los indios sus fueros (1571), forma a base das informações de Acosta sobre o Peru, e Pe. Juan de Trovar, missionário jesuíta que lhe proveu as informações sobre o México (Ver: MARZAL, Manuel M. Historia de la Antropologia vol. I - la Antropologia indigenista: Mexico y Peru, Lima: Pontificia Universidad Catolica del Peru / Fondo Editorial,1986. p. 97). Assim, a experiência não pode ser entendida como o ponto inicial para o recolhimento de informações, mas como lugar, no discurso, de autorização das informações como fidedignas. Além disso, diferentemente do seu contemporâneo franciscano Bernardino de Sahagún, cuja aspiração nominalista produziu o mais completo "compendium" sobre os índios mexicanos (seus costumes e sua "falsa religião"), Historia de las cosas de la Nueva España (c. 1582), Acosta preocupa-se menos em inventariar os particulares do que em desvendar a razão de ser das matérias do Novo Mundo.
  • 12
    Diz Acosta: "(...) pois que o conhecimento e especulação das coisas naturais, principalmente quando notáveis e raras, causa natural gosto e deleite em entretenimentos delicados e, igualmente, a notícia de costumes e feitos estrangeiros apraz com sua novidade, tenho para mim que V. A. poderá se servir de um honesto e útil entretenimento ao dar ocasião de considerar as obras que o Altíssimo fabricou na máquina deste mundo, especialmente naquelas partes que chamamos Índias, que, por ser novas terras, dão mais o que considerar e, por serem novos vassalos os que o Sumo Deus deu à Coroa da Espanha, não é sem sentido ter conhecimento" (ACOSTA, José de. Historia natural y moral de las Indias - en que se tratan de las cosas notables del cielo / elementos / metales / plantas y animales dellas / y los ritos / y ceremonias / leyes y gobierno de los indios, México: Fondo de Cultura Económica,1985. p. 09).
  • 13
    LOYOLA, Ignácio de. Constituciones de la Compañia de Jesus. In: Obras de San Ignácio de Loyola... p. 559.
  • 14
    HARTOG, François. A arte da narrativa histórica. In: BOUTIER, Jean & JULIA,Dominique (orgs.). Passados recompostos - campos e canteiros da História, Rio de Janeiro: Editora da UFRJ/ Editora da FGV, 1998. p. 197.
  • 15
    Sobre o assunto, sugerimos o texto: KOSELLECK, Reinhart. Historia magistra vitae:the dissolution of the topos into the perspective of a modernized historical process. In: Future past - on the semantics of historical time, Cambridge-MA: MIT Press. pp. 21-38.
  • 16
    LOYOLA, Ignácio de. Constituciones de la Compañia de Jesus. In: Obras de San Ignácio de Loyola... pp. 559.
  • 17
    Idem pp. 562-563.
  • 18
    ACOSTA, José de. Historia natural y moral de las Índias... p. 14.
  • 19
    Diz Acosta: "(...) o Salvador (...) nos afirma que se predicará o Evangelho em todo o mundo e que, então, verão o fim, certamente declara que enquanto dura o mundo há ainda gentes a quem Cristo não tenha sido anunciado. Portanto, devemos concordar que faltou aos antigos grande parte a conhecer e que a nós, hoje em dia, está encoberta uma parte não pequena do mundo" (idem. p. 45).
  • 20
    Diz Acosta: "(...) o intento desta história não é somente dar notícia do que se passa nas Índias, sem se endereçar esta notícia ao fruto que se pode retirar do conhecimento de tais coisas, que é ajudar aquelas gentes para a sua salvação e glorificar o Criador e Redentor, que os tirou das trevas obscuríssimas de sua infidelidade e lhes comunicou a admirável luz de seu Evangelho" (idem. p. 215).
  • 21
    Idem. p. 278-9.
  • 22
    HANKE, Lewis. Estudios sobre Fray Bartolome de las Casas y sobre la lucha por la justicia en la conquista española de America, Caracas: Universidad Central de Venezuela, 1968. pp. 301-339.
  • 23
    Ver também: VITÓRIA, Francisco de. Obras de Francisco de Vitoria: relecciones teologicas, Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos,1960. p. 664.
  • 24
    ACOSTA, José de. Historia natural y moral de las Indias... p. 281.
  • 25
    Eclesiastes 1, 9-11.
  • 26
    ACOSTA, José de. Historia natural y moral de las Indias... p. 319.
  • 27
    Ver: GIARD, Luce. Epilogue: Michel de Certeau's heterology and the New World. In:Representations, 33, Winter. pp. 212-221, 1991. & CERTEAU, Michel de. A escrita da história, Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982. pp. 219-226.
  • 28
    Andréa Daher, a partir de Frank Lestringant, avalia a situação de contato entre france-ses e Tupinambá através de dois conceitos-chave: o fenômeno do "endotismo" e a formação de alianças através dos truchements. Diz a autora: "a penetração dos franceses na inextrincável tessitura social indígena era condição para as alianças com os tupinambá, visando, num primeiro momento, garantir a eficácia das relações comerciais. Mas ela acabou, após vários anos de contato, produzindo uma verdadeira mestiçagem através dos truchements. Das narrativas em língua francesa que descrevem a 'acomodação' dos truchements no meio tupinambá e a 'mestiçagem' franco-tupi, uma das primeiras é a Histoire d'um Voyage, de Jean de Léry, que não se furta a uma descrição radical dos fatos, expondo o risco do triunfo da selvageria sobre os espíritos civilizados." (DAHER, Andréa. "Do selvagem convertível". In: Topoi. Revista de História. Rio de Janeiro: 7Letras, set. 2002, pp. 71-107). No caso jesuítico, o "endotismo" seria indesejável, estando a familiarização com a tessitura cultural do índio sempre subordinada à finalidade de instrumentalização de elementos culturais descontextualizados a favor da redução das diferenças.
  • 29
    Uma vez excluindo os Tupinambá do plano da salvação, Léry poderia tratá-los como ocupando um lugar radicalmente distinto do seu no plano da humanidade, estando liberados a viverem segundo os seus próprios preceitos. Essa é uma das teses de Lestringant em: LESTRINGANT, Frank. Le huguenot et le sauvage, Paris: Aux Amateurs de Livres, 1990.
  • 30
    A própria impossibilidade da conversão do índio repele a motivação política mais cen-tral da escrita jesuítica: a missão. Nesse sentido, a própria colonização espanhola/portuguesa da América seria ilegítima aos olhos do huguenote.
  • 31
    ACOSTA, José de. Historia natural y moral de las Indias... p.320.
  • 32
    Idem p. 374. É interessante, ainda, relacionar esta consideração de Acosta com as relações entre obtenção de ouro e favor divino em outros "cronistas" da América. Pagden (PAGDEN, Anthony. "Ius et factum: text and experience in the writings of Bartolomé de Las Casas"... pp. 85-86), por exemplo, demonstra como, Oviedo, em sua História general y natural de las Indias, entende a obtenção de ouro como favorecimento divino à alma purificada, casta e obediente à lei natural.
  • 33
    ACOSTA, José de. Historia natural y moral de las Indias... p.374.
  • 34
    Idem. p. 375. Os três elementos podem ser visualizados na segunda e na terceira carta de relação de Hernán Cortés a Carlos V (CORTÉS, Hernán. Cartas de relación, Mexico: Editorial Porrúa, 1994. pp. 31-172). Sobre as rivalidades entre "nações", na Nova Espanha, ela se polarizaria, principalmente, entre Tlascala e México e, no Peru, entre Atahualpa e Huascar.
  • 35
    Ver: PÉCORA, Alcir. A arte das cartas jesuíticas do Brasil... p. 52-60.
  • 36
    Os textos a que nos reportamos são: Breve informação do Brasil (1585) e Informação do casamento dos índios (c. 1570), atribuídos a Anchieta (ANCHIETA, José de. Textos históricos, São Paulo: Loyola,1989. pp. 35-82) e aos dois manuscritos atribuídos a Fernão Cardim (Do clima e terra do Brasil e Do princípio e origem dos índios do Brasil - c. 1584) que se encontram em Évora e que foram publicados, por Capistrano de Abreu e Rodolfo Garcia, junto com Narrativa epistolar de uma viagem e missão jesuítica, como Tratados da terra e gente do Brasil. Entre esses escritos de Cardim e Anchieta há, como observaram Capistrano de Abreu e Rodolfo Garcia, muitas coincidências e semelhanças, ambas podendo ter bebido na mesma fonte ou mesmo Anchieta ter imitado seu colega de ordem. Ver na introdução ao Tratado de Cardim elaborada por Rodolfo Garcia (CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil, São Paulo: Cia Editora Nacional, 1936. p. 20). Embora não tendo sido escrito por um missionário, mas por um leigo oficial da administração do Governo Mem de Sá, podemos encontrar inúmeras semelhanças, inclusive éticas, entre as "histórias" jesuíticas e os tratado e história de Pero de Magalhães Gandavo (GANDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da terra do Brasil; História da província de Santa Cruz, Belo Horizonte: Itatiaia, 1980).
  • 37
    No caso do Brasil, em 1560, seis anos após à já comentada carta do padre Polanco ao padre Gaspar Berze, obedecendo a uma ordem de Nóbrega, Anchieta escreve uma carta ao Geral da Companhia bem na trilha do modelo que estabelece Inácio de Loyola em relação às informações cosmográficas. Nela, fica evidente que a continuidade das descobertas de novidades, motivo que atrai o leitor esperado pela carta, é colocada em função do aumento da experiênciamissionária na terra, ou seja, da continuidade da "conversão do país". O lugar da experiência, deste modo, é colocado como mecanismo legitimador da empresa missionária, assim como somente a empresa missionária justificaria a permanência e a experiência da Companhia de Jesus - e dos próprios portugueses - na terra (Ver: ANCHIETA, José de. Cartas de Anchieta, correspondência ativa e passiva, São Paulo: Loyola, 1984. pp. 123-152). Essa carta de Anchieta pode ser tomada como paradigmática do uso da informação cosmográfica adquirida pela experiência, no caso, do "rústico" (Anchieta, no momento, era tão-somente um irmão), para os objetivos mais espirituais da Companhia de Jesus nas terras de além-mar.
  • 38
    Ver: NÓBREGA, Manuel da. Cartas do Brasil (1549-1560), Belo Horizonte - São Paulo: Itatiaia - Edusp, 1988. pp. 191-219.
  • 39
    Os dois textos encontram-se reproduzidos em: EISENBERG, José. As missões jesuíticas e o pensamento político moderno, Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2000. pp. 222-246.
  • 40
    Além do estudo de Eisenberg, sugerimos o artigo: CHAMBOULEYRON, Rafael. A evangelização do Novo Mundo: o plano do padre Manuel da Nóbrega. In: Revista de História, São Paulo, USP, no. 134, pp. 37-47, 1996.
  • 41
    Inspirada na República Romana e particularmente forte na primeira metade do século XV, a república pode ser sumariamente entendida como uma forma de governo em que o ponto central é a participação dos "excelentes" nas decisões políticas e não a centralização delas exclusivamente na figura de um monarca. Para uma visão mais profunda do tema no início da Idade Moderna, sugerimos: GUENÉE, Bernard. O Ocidente nos séculos XIV e XV (os Estados), São Paulo: Pioneira / Edusp, 1981.
  • 42
    PÉCORA, Alcir. "A conversão pela política". In: Máquina de gêneros... pp. 97-98.
  • 43
    Para um panorama a respeito da diálogo no humanismo português, sugerimos: OSÓRIO, Jorge A. "O diálogo no humanismo português". In: O humanismo português (1500-1600): Primeiro Simpósio Nacional (21-25 de Outubro de 1985), Lisboa: Publicações do II Centenário da Academia de Ciências de Lisboa, 1988. pp. 383-412.
  • 44
    PÉCORA, Alcir. "A conversão pela política"... p. 99.
  • 45
    TOLEDO, Maria Fátima de Melo. O sonho da quimera: uma análise do Diálogo sobre a conversão do gentio do padre Manuel da Nóbrega, Dissertação de Mestrado, São Paulo: Universidade de São Paulo, 2000. Ver o capítulo III: "A razão a serviço da fé", pp. 73-95.
  • 46
    Chaïm Perelman afirma que, no diálogo, a controvérsia de opiniões "tem como efeito estender ou modificar o campo do razoável". Neste sentido, novas teses, uma vez vinculadas às precedentes, podem ser integradas ao conjunto das opiniões aceitas (Ver: PERELMAN, Chaïm. A linguagem: pragmática e dialógica. In: Retóricas, São Paulo: Martins Fontes, 1999. pp. 52-53).
  • 47
    Os textos de Caxa e Nóbrega, que restam como os documentos conhecidos do embate, encontram-se em: NÓBREGA, Manuel da. Cartas do Brasil e mais escritos - Edição facsimilar comemorativa dos 500 anos da descoberta do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000. pp. 397-430. A resposta de Nóbrega é reproduzida também em: EISENBERG, José. As missões jesuíticas e o pensamento político moderno... pp. 247-264.
  • 48
    PAGDEN, Anthony. "Ius et factum: text and experience in the writings of Bartolomé de Las Casas". In: GREENBLATT, Stephen (Ed.). New World encounters, Berkeley: University of California Press, 1993. p. 96.
  • 49
    Idem p. 91.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2003
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