Acessibilidade / Reportar erro

O Banco Mundial e a construção político-intelectual do "combate à pobreza"

Resumos

Este artigo discute as razões e os meios pelos quais o Banco Mundial lançou, no final dos anos 1960, o lema do "combate à pobreza". Para isso, relaciona a atuação do Banco a fatores externos, ligados às disputas políticas da Guerra Fria e às provisões norte-americanas no âmbito do desenvolvimento. O trabalho mostra que instrumentos o Banco utilizou para levar adiante essa divisa; que argumentos lhe deram sustentação, qual direção política assumiu e que limites enfrentou nos anos 1970. Discute como esse lema foi instrumentalizado pelos programas de ajustamento estrutural implementados durante a década de 1980, culminando na gestação de um novo modelo de política social no início da década de 1990, sintonizado com o neoliberalismo.

Banco Mundial; Estados Unidos; assistência externa ao desenvolvimento; pobreza; políticas sociais


This article discusses the reasons and means through which the World Bank launched the motto of "fight against poverty" in the end of the 1960s. In order to do that, it relates the Bank's actions to external factors, linked to the political disputes of the Cold War and to the North American advancement in the development field. The paper shows which instruments the Bank used to bring forward this motto, which arguments based it, which political guidance it assumed and which limits it faced in the 1970s. It discusses how this motto was used by the structural adjustment programs implemented during the 1980s, culminating in the birth of a new model of social policy in the beginning of the 1990s that was in tune with neoliberalism.

World Bank; United States; foreign aid for development; poverty; social policies


Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • ASSMANN, Hugo. El "progresismo conservador" del Banco Mundial. In:. ASSMANN, Hugo (ed.). Banco Mundial: un caso de "progresismo conservador". San José: Departamento Ecuménico de Investigaciones, 1980. p. 9-68.
  • AYRES, Robert. Banking on the poor: the World Bank and world poverty. London: MIT Press, 1983.
  • BANCO MUNDIAL. Annual report. Washington DC: The World Bank, 1993.
  • BANCO MUNDIAL. Informe sobre el Desarrollo Mundial. Washington DC: Oxford University Press, 1991.
  • BANCO MUNDIAL.. Informe sobre el Desarrollo Mundial Washington DC: Oxford University Press, 1990.
  • BANCO MUNDIAL. Sub-Saharan Africa: from crisis to sustainable growth. Washington DC: Oxford University Press, 1989. BANCO MUNDIAL. Accelerated development in Sub-Saharan Africa: an agenda for action. Washington DC: Oxford University Press, 1981.
  • BANCO MUNDIAL. Informe anual . Washington DC: The World Bank, 1972.
  • BANCO MUNDIAL.. Annual report Washington DC: The World Bank, 1968.
  • BARROS, Flávia. Banco mundial e ONGs ambientalistas internacionais. Ambiente, desenvolvimento, governança global e participação da sociedade civil. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília. Brasília, 2005.
  • BATISTA JR., Paulo Nogueira. O Plano Real à luz da experiência mexicana e argentina. Estudos Avançados, vol. 10, nº 28, set-dez, 1996. p. 127-97.
  • BRENNER, Robert. O boom e a bolha: os Estados Unidos na economia mundial. Rio de Janeiro, Record, 2003.
  • BROWN, Michael Barrat. Africa's choices after thirty years of the World Bank. Boulder: Westview Press, 1995.
  • BURBACH, Roger e FLYNN, Barbara. Agroindústria nas Américas. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
  • BURKETT, Paul. Poverty crisis in the Third World: the contradictions of World Bank policy. Monthly Review, vol. 42, nº 7, December, 1990. p. 20-31.
  • BUSTELO, Pablo. Teorías contemporáneas del desarrollo económico. Madri: Editorial Sintesis, 1999.
  • CAMMACK, Paul. Ataque a los pobres. New Left Review, nº 13, jan.-feb., 2002. p. 104-12.
  • CASABURI, Gabriel e TUSSIE, Diana. La sociedad civil y las agendas de los organismos de crédito. In: TUSSIE, Diana (comp.) Luces y sombras de una nueva relación. El Banco Interamericano de Desarrollo, el Banco Mundial y la sociedad civil. Buenos Aires: FLACSO/Temas Grupo Editorial, 2000. p. 15-38.
  • CAUFIELD, Catherine. Masters of illusion: the World Bank and the poverty of nations. New York: Henry Holt, 1996.
  • CHENERY, Hollis et al. Redistribución con crecimiento. Madrid: Tecnos, 1976.
  • CORNIA, G.A. et al. (eds.). Adjustment with a human face. Washington DC: Oxford University Press, 1987.
  • COVEY, Jane. Critical cooperation? Influencing the World Bank through policy dialogue and operational cooperation. In: FOX, Jonathan e BROWN, David (eds.). The struggle for accountability: the World Bank, NGOs and grassroots movements. Cambridge and London: MIT Press, 1998. p. 81-120.
  • DAVIS, Mike. Planeta Favela. São Paulo: Boitempo, 2006.
  • DEZALAY, Yves e GARTH, Bryant. La internacionalización de las luchas por el poder: la competencia entre abogados y economistas por transformar los Estados latinoamericanos. México DF: Instituto de Investigaciones Jurídicas/Universidad Nacional Autónoma de México, 2005.
  • FEDER, Ernest. La pequena revolución verde de McNamara. El proyecto del Banco Mundial para la eliminación del campesinado del Tercer Mundo. Comercio Exterior (México), vol. 26, nº 7, julio, 1976. p. 793-803.
  • FINNEMORE, Martha. Redefining development at the World Bank. In: COOPER, Frederick e PACKARD, Randall (eds.). International Development and the Social Sciences. Essays on the history and politics of knowledge. Berkeley: University of California Press, 1997. p. 203-27.
  • GEORGE, Susan. O mercado da fome. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
  • GEORGE, Susan e SABELLI, Fabrizio. La religión del crédito: el Banco Mundial y su imperio secular. 2.ed. Barcelona: Intermón, 1996.
  • GOLDMAN, Michael. Imperial nature: the World Bank and struggles for social justice in the age of globalization. New Haven/London: Yale University Press, 2005.
  • GORE, Charles. The rise and fall of the Washington Consensus as a paradigm for developing countries. World Development, vol. 28, nº 5, 2000. p. 789-804.
  • GOWAN, Peter. A roleta global: uma aposta faustiana de Washington para a dominação do mundo. Rio de Janeiro: Record, 2003.
  • GWIN, Catherine. U.S. relations with the World Bank, 1945-1992. In: KAPUR, Devesh et al (eds.). The World Bank: its first half century - Perspectives. Washington DC: Brookings Institution Press, vol. 2, 1997, p. 195-274.
  • HILDYARD, Nicholas. Public risk, private profit: the World Bank and the private sector. The Ecologist, vol. 26, nº 4, 1996. p. 176-79.
  • HUNTINGTON, Samuel. A ordem política nas sociedades em mudança. São Paulo: Editora da USP; Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975.
  • KAPUR, Devesh et al. The World Bank: its first half century. History. Washington DC: Brookings Institution Press, 1997. vol. 1.
  • KAY, Cristóbal. Rural poverty and development strategies in Latin America. Journal of Agrarian Change, vol. 6, nº 4, October, 2006. p. 455-508.
  • KRUIJT, Dirk. Monopolios de filantropía: el caso de las llamadas "organizaciones no gubernamentales" en América Latina. Polémica, 16, 1992. p. 41-47.
  • MASON, Edward e ASHER, Robert. The World Bank since Bretton Woods. Washington DC: The Brookings Institution, 1973.
  • McNAMARA, Robert. Discurso ante la Junta de Gobernadores. Washington DC: 30 de septiembre, 1980.
  • McNAMARA, Robert. Discurso anual ante la Junta de Gobernadores. Washington DC: 1-5 de septiembre, 1975.
  • McNAMARA, Robert. O problema da população: mitos e realidades. In: McNAMARA, Robert. Cem países, dois bilhões de seres: a dimensão do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1974. p. 17-34.
  • McNAMARA, Robert. A imposição do desenvolvimento. In: McNAMARA, Robert..Cem países, dois bilhões de seres: a dimensão do desenvolvimento Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1974a. p. 3-16.
  • McNAMARA, Robert.. Discurso ante la Junta de Gobernadores Nairóbi: 24-28 de septiembre, 1973.
  • McNAMARA, Robert.. Discurso ante la Junta de Gobernadores Washington DC: 25-29 de septiembre, 1972.
  • McNAMARA, Robert. A essência da segurança. São Paulo: IBRASA, 1968.
  • NELSON, Paul. Teoría y práctica en la nueva agenda del Banco Mundial. In: TUSSIE, Diana (comp.).. Luces y sombras de una nueva relación. El Banco Interamericano de Desarrollo, el Banco Mundial y la sociedad civil Buenos Aires: FLACSO/Temas Grupo Editorial, 2000. p. 73-100.
  • PAYER, Cheryl . The World Bank: a critical analysis. New York: Monthly ReviewPress, 1982.
  • PAYER, Cheryl. El Banco Mundial y los pequeños agricultores. In: ASSMANN, Hugo (ed.).. Banco Mundial: un caso de "progresismo conservador" San José, Departamento Ecuménico de Investigaciones, 1980. p. 135-70.
  • PEET, Richard et al. La maldita trinidad: el Fondo Monetario Internacional, el Banco Mundial y la Organización Mundial de Comercio. Pamplona: Laetoli, 2004.
  • PEREIRA, João Márcio Mendes. O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008). São Paulo/Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
  • RABOTNIKOF, Nora et al. Los organismos internacionales frente a la sociedad civil: las agendas en juego. In: TUSSIE, Diana (comp.).. Luces y sombras de una nueva relación. El Banco Interamericano de Desarrollo, el Banco Mundial y la sociedad civil Buenos Aires: FLACSO/Temas Grupo Editorial, 2000. p. 39-72.
  • RICH, Bruce. Mortgaging the Earth: the World Bank, environmental impoverishment, and the crisis of development. Boston: Beacon Press, 1994.
  • ROSTOW, Walter W. A estratégia americana. Rio de Janeiro : Zahar, 1965.
  • SANAHUJA, José Antonio. Altruismo, mercado y poder: el Banco Mundial y la lucha contra la pobreza. Barcelona: Intermón Oxfam, 2001.
  • SERRANO, Franklin. Relações de poder e a política macroeconômica americana de Bretton Woods ao padrão dólar flexível. In: FIORI, José Luís (Org.). O poder americano. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 190-204.
  • SOGGE, David. Dar y tomar: ¿qué sucede con la ayuda internacional? Barcelona: Icaria Editorial, 2002.. SOGGE, David (ed.). Compasión y cálculo: un análisis crítico de la cooperación no gubernamental al desarrollo. Barcelona: Icaria Editorial, 1998.
  • STAHL, Karin. Política social en América Latina: la privatización de la crisis. Nueva Sociedad, nº 131, mayojunio, 1994. p. 48-71.
  • STERN, Nicholas e FERREIRA, Francisco. The World Bank as "intellectual actor". In: KAPUR, Deveshet al. (eds.).. The World Bank: its first half century - Perspectives Washington DC: Brookings Institution Press, 1997. vol. 2. p. 523-610.
  • STRANGE, Susan. Dinero loco: el descontrol del sistema financiero global. Buenos Aires: Paidós, 1999. STREETEN, Paul et al. Lo primero es lo primero: satisfacer las necesidades básicas en los países en desarrollo. Madrid: Tecnos/Banco Mundial, 1986.
  • TABB, William. Economic governance in the age of globalization. New York: Columbia University Press, 2004.
  • TOUSSAINT, Eric. Banco Mundial: el golpe de Estado permanente. Madri: El Viejo Topo, 2006.
  • VELASCO E CRUZ, Sebastião. Trajetórias: capitalismo neoliberal e reformas econômicas nos países da periferia. São Paulo: Editora UNESP, 2007.
  • VILAS, Carlos M. La reforma del Estado como cuestión política. Política y Cultura, vol. 8, 1997. p. 147-85.. VILAS, Carlos M De ambulancias, bomberos y policías: la política social del neoliberalismo (notas para una perspectiva macro). Desarrollo Económico, vol. 36, nº. 144, jan.-mar., 1997. p. 931-52.
  • WADE, Robert Hunter. Japón, el Banco Mundial y el arte del mantenimiento del paradigma: el Milagro del Este Asiático en perspectiva política., Desarrollo Económico vol. 37, nº. 147, oct.-dic., 1997. p. 351-87.
  • WILLIAMSON, John. What Washington means by policy reform. In: WILLIAMSON, John. Latin American adjustment: how much has happened. Washington DC: Institute of International Economics, 1990. p. 5-20.
  • WOODS, Ngaire. The globalizers: the IMF, the World Bank and their borrowers. Ithaca e Londres: Cornell University Press, 2006.
  • 1
    O presente artigo sintetiza argumentos desenvolvidos extensamente em PEREIRA, João Márcio Mendes. O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008). São Paulo/Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
  • 2
    Cf. AYRES, Robert. Banking on the poor: the World Bank and world poverty. London: MIT Press, 1983. p. 7.
  • 3
    Cf. McNAMARA, Robert. A essência da segurança. São Paulo: IBRASA, 1968. p. 143.
  • 4
    ROSTOW, Walter W. A estratégia americana. Rio de Janeiro: Zahar, 1965.
  • 5
    Cf. McNAMARA, Robert. A essência da segurança, op. cit., p. 171.
  • 6
    Idem, ibidem, p. 12 e 173.
  • 7
    Cf. GWIN, Catherine. U.S. relations with the World Bank, 1945-1992. In: KAPUR, Devesh et al (eds.). The World Bank: its first half century - Perspectives. Washington DC: Brookings Institution Press, 2, 1997. vol. p. 211.
  • 8
    Idem, ibidem, p. 211-13.
  • 9
    Cf. BURBACH, Roger e FLYNN, Barbara. Agroindústria nas Américas. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. p. 72-73.
  • 10
    McNAMARA, Robert. A imposição do desenvolvimento. In: ______. Cem países, dois bilhões de seres: a dimensão do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1974a. p. 5.
  • 11
    Idem, ibidem, p. 4.
  • 12
    Uma das coordenadas intelectuais que guiavam o Banco e todo o mainstream da assistência internacional ao desenvolvimento era a ideia de que a distribuição de renda se concentrava nos estágios iniciais do ciclo econômico e se desconcentrava nos estágios finais, de tal maneira que, após uma fase ascendente e sustentada de crescimento econômico, operar-se-ia o "efeito derrame" (trickle-down), i.e., o gotejamento gradual de renda para os estratos mais baixos da estrutura social. Ver KAPUR, Devesh et al. The World Bank: its first half century. History. Washington DC: Brookings Institution Press, 1997. vol. 1. p. 116-17; STERN, Nicholas e FERREIRA, Francisco. The World Bank as "intellectual actor". In: KAPUR, Devesh et al. (eds.). The World Bank: its first half century - Perspectives, op. cit., p. 530-32. Quanto tempo esse processo duraria e qual a intensidade e o alcance do derrame acabaram se tornando questões secundárias naquele período frente à própria crença no derrame.
  • 13
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank: its first half century. History, op. cit., p. 217.
  • 14
    Cf. BANCO MUNDIAL. Annual report. Washington DC: The World Bank, 1968. p. 11.
  • 15
    Cf. McNAMARA, Robert. A imposição do desenvolvimento, op. cit., p. 11.
  • 16
    Cf. TOUSSAINT, Eric. Banco Mundial: el golpe de Estado permanente. Madri: El Viejo Topo, 2006. p. 110-11.
  • 17
    Cf. McNAMARA, Robert. A imposição do desenvolvimento, op. cit., p. 8-9.
  • 18
    Cf. RICH, Bruce. Mortgaging the Earth: the World Bank, environmental impoverishment, and the crisis of development. Boston: Beacon Press, 1994., p. 82-83; KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 220.
  • 19
    Cf. GEORGE, Susan e SABELLI, Fabrizio. La religión del crédito: el Banco Mundial y su imperio secular. 2.ed. Barcelona: Intermón, 1996. p. 57-58.
  • 20
    Cf. MASON, Edward e ASHER, Robert. The World Bank since Bretton Woods. Washington DC: The Brookings Institution, 1973. p. 574.
  • 21
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 399-401.
  • 22
    Idem, ibidem, p. 401.
  • 23
    Ver GOLDMAN, Michael. Imperial nature: the World Bank and struggles for social justice in the age of globalization. New Haven/London: Yale University Press, 2005.
  • 24
    Cf. FINNEMORE, Martha. Redefining development at the World Bank. In: COOPER, Frederick e PACKARD, Ran-dall (eds.). International Development and the Social Sciences. Essays on the history and politics of knowledge. Berkeley: University of California Press, 1997. p. 214-16.
  • 25
    Cf. FINNEMORE, Martha. Redefining development at the World Bank, op. cit., p. 207; KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 247.
  • 26
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 130.
  • 27
    Idem, ibidem, p. 251-52.
  • 28
    Cf. HUNTINGTON, Samuel. A ordem política nas sociedades em mudança. São Paulo: Editora da USP; Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975. p. 302.
  • 29
    Cf. GOLDMAN, Michael. Imperial nature, op. cit., p. 68-69.
  • 30
    Cf. FINNEMORE, Martha. Redefining development at the World Bank, op. cit., p. 208-09.
  • 31
    Cf. BUSTELO, Pablo. Teorías contemporáneas del desarrollo económico. Madri: Editorial Sintesis, 1999. p. 144.
  • 32
    Cf. AYRES, Robert. Banking on the poor, op. cit., p. 9.
  • 33
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 239-40.
  • 34
    Cf. McNAMARA, Robert. Discurso ante la Junta de Gobernadores. Washington DC: 25-29 de septiembre, 1972. p. 31.
  • 35
    Cf. McNAMARA, Robert. Discurso ante la Junta de Gobernadores. Nairóbi: 24-28 de septiembre, 1973, p. 27.
  • 36
    Cf. FEDER, Ernest. La pequena revolución verde de McNamara. El proyecto del Banco Mundial para la eliminación del campesinado del Tercer Mundo. In: Comercio Exterior (México), vol. 26, nº. 7, julio, p. 793-803, 1976. p. 793-94; GEORGE, Susan. O mercado da fome. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, p. 238-39.
  • 37
    Cf. AYRES, Robert. Banking on the poor, op. cit., p. 104.
  • 38
    Idem, ibidem, p. 19.
  • 39
    Cf. CHENERY, Hollis et al. Redistribución con crecimiento. Madrid: Tecnos, 1976. p. 76.
  • 40
    Idem, ibidem, p. 78.
  • 41
    Idem, ibidem.
  • 42
    Cf. ASSMANN, Hugo. El "progresismo conservador" del Banco Mundial. In: _______. (ed.). Banco Mundial: un caso de "progressismo conservador". San José: Departamento Ecuménico de Investigaciones, 1980. p. 11.
  • 43
    Cf. AYRES, Robert. Banking on the poor, op. cit., p. 90.
  • 44
    Cf. McNAMARA, Robert. Discurso ante la Junta de Gobernadores, op. cit., p. 6.
  • 45
    Cf. KAY, Cristóbal. Rural poverty and development strategies in Latin America. In: Journal of Agrarian Change, vol. 6, nº 4, October, p. 455-508, 2006. p. 457.
  • 46
    Cf. GOLDMAN, Michael. Imperial nature, op. cit., p. 77-81; FINNEMORE, Martha. Redefining development at the World Bank, op. cit., p. 208.
  • 47
    Cf. ASSMANN, Hugo. El "progresismo conservador" del Banco Mundial, op. cit., p. 47; PAYER, Cheryl. The World Bank: a critical analysis. New York: Monthly Review Press, 1982. p. 140.
  • 48
    Cf. AYRES, Robert. Banking on the poor, op. cit., p. 154; KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 263.
  • 49
    McNAMARA, Robert. Discurso anual ante la Junta de Gobernadores. Washington DC: 1-5 de septiembre, 1975. p. 36.
  • 50
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 317-18.
  • 51
    Cf. DAVIS, Mike. Planeta Favela. São Paulo: Boitempo, 2006. p. 80-81.
  • 52
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 320.
  • 53
    Cf. DAVIS, Mike. Planeta Favela, op. cit., p. 76-81.
  • 54
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 265-67.
  • 55
    Cf. AYRES, Robert. Banking on the poor, op. cit., p. 85-89.
  • 56
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 265-67.
  • 57
    Cf. STREETEN, Paul et al. Lo primero es lo primero: satisfacer las necesidades básicas en los países en desarrollo. Madrid: Tecnos/Banco Mundial, 1986. p. 95-105.
  • 58
    Cf. McNAMARA, Robert. Discurso ante la Junta de Gobernadores. Washington DC: 30 de septiembre, 1980. p. 34.
  • 59
    Cf. ASSMANN, Hugo. El "progresismo conservador" del Banco Mundial, op. cit., p. 49-50.
  • 60
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 339.
  • 61
    Cf. CAUFIELD, Catherine. Masters of illusion: the World Bank and the poverty of nations. New York: Henry Holt, 1996. p. 97-98; GOLDMAN, Michael. Imperial nature, op. cit., p. 74.
  • 62
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 271.
  • 63
    Sobre o tema consulte-se, em especial, RICH, Bruce. Mortgaging the Earth, op. cit.; GEORGE, Susan e SABELLI, Fabrizio. La religión del crédito, op. cit.; CAUFIELD, Catherine. Masters of illusion, op. cit. e SANAHUJA, José Antonio. Altruismo, mercado y poder: el Banco Mundial y la lucha contra la pobreza. Barcelona: Intermón Oxfam, 2001.
  • 64
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 321-39.
  • 65
    Idem, ibidem, p. 321.
  • 66
    Cf. VELASCO E CRUZ, Sebastião. Trajetórias: capitalismo neoliberal e reformas econômicas nos países da periferia. São Paulo: Editora UNESP, 2007. p. 377.
  • 67
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 273; VELASCO E CRUZ, Sebastião. Trajetórias, op. cit., p. 378-80.
  • 68
    Cf. TABB, William. Economic governance in the age of globalization. New York: Columbia University Press, 2004. p. 82-83; BRENNER, Robert. O boom e a bolha: os Estados Unidos na economia mundial. Rio de Janeiro, Record, 2003. p. 67-73; VELASCO E CRUZ, Sebastião. Trajetórias, op. cit., p. 364-65.
  • 69
    Cf. GOWAN, Peter. A roleta global: uma aposta faustiana de Washington para a dominação do mundo. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 45-50; SERRANO, Franklin. Relações de poder e a política macroeconômica americana de Bretton Woods ao padrão dólar flexível. In: FIORI, José Luís (Org.). O poder americano. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 190-204.
  • 70
    Cf. VELASCO E CRUZ, Sebastião. Trajetórias, op. cit., p. 371.
  • 71
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 321.
  • 72
    Idem, ibidem, p. 323-24.
  • 73
    Idem, ibidem, p. 324.
  • 74
    Cf. BANCO MUNDIAL. Accelerated development in Sub-Saharan Africa: an agenda for action. Washington DC: Oxford University Press, 1981. p. 156-157.
  • 75
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 1227.
  • 76
    Idem, ibidem, p. 548.
  • 77
    Cf. STRANGE, Susan. Dinero loco: el descontrol del sistema financiero global. Buenos Aires: Paidós, 1999. p. 121-22; WOODS, Ngaire. The globalizers: the IMF, the World Bank and their borrowers. Ithaca e Londres: Cornell University Press, 2006. p. 84-94.
  • 78
    Cf. TOUSSAINT, Eric. Banco Mundial, op. cit., p. 185.
  • 79
    Idem, ibidem, p. 193-194.
  • 80
    Cf. STERN, Nicholas e FERREIRA, Francisco. The World Bank as "intellectual actor", op. cit., p. 560.
  • 81
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 353.
  • 82
    Idem, ibidem, p. 365.
  • 83
    Cf. STAHL, Karin. Política social en América Latina: la privatización de la crisis. In: Nueva Sociedad, nº 131, mayo-junio, p. 48-71, 1994. p. 54-58; SANAHUJA, José Antonio. Altruismo, mercado y poder, op. cit., p. 131-33.
  • 84
    Ver CORNIA, G.A. et al. (eds.). Adjustment with a human face. Washington DC: Oxford University Press, 1987.
  • 85
    Cf. KAPUR, Devesh et al. The World Bank, op. cit., p. 353.
  • 86
    Ver WILLIAMSON, John. What Washington means by policy reform. In: ______. Latin American adjustment: how much has happened. Washington DC: Institute of International Economics, 1990. p. 5-20.
  • 87
    Cf. WADE, Robert Hunter. Japón, el Banco Mundial y el arte del mantenimiento del paradigma: el Milagro del Este Asi-ático en perspectiva política. Desarrollo Económico, vol. 37, nº 147, oct.-dic., 1997. p. 351-87.
  • 88
    Ver GORE, Charles. The rise and fall of the Washington Consensus as a paradigm for developing countries. World Development, vol. 28, nº 5, 2000. p. 789-804.
  • 89
    Ver BATISTA JR., Paulo Nogueira. O Plano Real à luz da experiência mexicana e argentina. Estudos Avançados, vol. 10, nº 28, set-dez, 1996. p. 127-97.
  • 90
    BANCO MUNDIAL. Informe sobre el Desarrollo Mundial. Washington DC: Oxford University Press, 1990. p. iii.
  • 91
    Ver BURKETT, Paul. Poverty crisis in the Third World: the contradictions of World Bank policy. Monthly Review, vol. 42, nº 7, December, 1990. p. 20-31; CAMMACK, Paul. Ataque a los pobres. New Left Review, nº 13, jan.-feb., 2002. p. 104-12.
  • 92
    Ver VILAS, Carlos M. La reforma del Estado como cuestión política. Política y Cultura, vol. 8, 1997. p. 147-85; e VILAS, Carlos M. De ambulancias, bomberos y policías: la política social del neoliberalismo (notas para una perspectiva macro). Desarrollo Económico, vol. 36, nº 144, jan.-mar., 1997. p. 931-52.
  • 93
    Ver BANCO MUNDIAL. Sub-Saharan Africa: from crisis to sustainable growth. Washington DC: Oxford University Press, 1989; e BANCO MUNDIAL. Informe sobre el Desarrollo Mundial. Washington DC: Oxford University Press, 1991.
  • 94
    Ver CASABURI, Gabriel e TUSSIE, Diana. La sociedad civil y las agendas de los organismos de crédito. In: TUSSIE, Diana (comp.) Luces y sombras de una nueva relación. El Banco Interamericano de Desarrollo, el Banco Mundial y la sociedad civil. Buenos Aires: FLACSO/Temas Grupo Editorial, 2000, p. 15-38; RABOTNIKOF, Nora et al. Los organismos internacionales frente a la sociedad civil: las agendas en juego. In: TUSSIE, Diana (comp.). Luces y sombras de una nueva relación, op. cit., p. 39-72.; NELSON, Paul. Teoría y práctica en la nueva agenda del Banco Mundial. In: TUSSIE, Diana (comp.). Luces y sombras de una nueva relación, op. cit., p. 73-100.
  • 95
    Ver HILDYARD, Nicholas. Public risk, private profit: the World Bank and the private sector. The Ecologist, vol. 26, nº. 4, 1996. p. 176-79.
  • 96
    Cf. COVEY, Jane. Critical cooperation? Influencing the World Bank through policy dialogue and operational coopera-tion. In: FOX, Jonathan e BROWN, David (eds.). The struggle for accountability: the World Bank, NGOs and grassroots movements. Cambridge and London: MIT Press, 1998. p. 83.
  • 97
    Cf. BARROS, Flávia. Banco mundial e ONGs ambientalistas internacionais. Ambiente, desenvolvimento, governança global e participação da sociedade civil. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília. Brasília, 2005. p. 138.
  • 98
    Ver KRUIJT, Dirk. Monopolios de filantropía: el caso de las llamadas "organizaciones no gubernamentales" en América Latina. Polémica, 16, 1992. p. 41-47; SOGGE, David (ed.). Compasión y cálculo: un análisis crítico de la cooperación no gubernamental al desarrollo. Barcelona: Icaria Editorial, 1998; SOGGE, David. Dar y tomar: ¿qué sucede con la ayuda internacional? Barcelona: Icaria Editorial, 2002; e DEZALAY, Yves e GARTH, Bryant. La internacionalización de las luchas por el poder: la competencia entre abogados y economistas por transformar los Estados latinoamericanos. México DF: Instituto de Investigaciones Jurídicas/Universidad Nacional Autónoma de México, 2005.
  • 99
    Cf. WOODS, Ngaire. The globalizers, op. cit., p. 200-01; DAVIS, Mike. Planeta Favela, op. cit., p. 83-84.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2010
Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Largo de São Francisco de Paula, n. 1., CEP 20051-070, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21) 2252-8033 R.202, Fax: (55 21) 2221-0341 R.202 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: topoi@revistatopoi.org