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Aspectos econômicos em uma sociedade agrária (Rio Pardo, século XIX): evidências na composição da riqueza local

Resumos

O artigo analisa aspectos econômicos da sociedade de Rio Pardo, identificados com base nos setores econômicos e em elementos da riqueza local. As fontes constituem uma série de 401 processos de inventário post-mortem. Constata-se uma economia de base agrária e de sistema escravista, caracterizada por relações de produção não capitalistas. As principais atividades econômicas eram a agricultura e a pecuária. A diversificação de atividades era proporcionada pela presença do setor de atividades artesanais e do mercantil. São observadas conjunturas locais, regional, provincial e em âmbito do Império do Brasil, que auxiliam na compreensão da conformação da economia local, bem como das alterações ocorridas, sem, contudo, sinalizarem mudanças estruturais no período.

sistema escravista; pecuária; agricultura; transações de crédito.


This paper analyses the economic aspects of the Rio Pardo society, identified through economic sectors and elements of local wealth. Sources are a series of 401 of post-mortem inventory processes. It was basically an agrarian economy characterized by slave system and non-capitalist production relations. The main economic activities were agriculture and cattle ranching. The diversification of activities came from artisans and merchants. The paper studies local, provincial, regional, and national circumstances, in the context of the Empire of Brazil, which help to understand the shaping of local economy. Changes in these factors, though, did not lead to deep structural transformations in the economy of the period. Keywords: slave system; livestock; agriculture; credit transactions.


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  • 1
    O número de processos (401) corresponde ao total de documentos conservados pelo Arquivo do Fórum da Comarca de Rio Pardo de Minas (AFCRPM) para o período de 1833-1872. O estudo da riqueza de sociedades com base em processos de inventários post-mortem é corrente em trabalhos de cunho historiográfico e econômico.
  • 2
    Sobre sistemas econômicos e meios de produção, CARDOSO, Ciro Flamarion Santana. Agricultura, escravidão e capitalismo. Petrópolis: Vozes, 1979. p. 39-42.
  • 3
    Verifica-se coerência dos dados de processos de inventário sobre setores econômicos quando confrontados com os de Lista nominativa (1840) e Recenseamento (1872), referentes a dados de ocupação de grupo social mais amplo (CHAVES, Edneila Rodrigues. Hierarquias sociais na câmara municipal em Rio Pardo (1833-1872). Tese (doutorado em história) - Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012).
  • 4
    GEBARA, Ademir. O mercado de trabalho livre no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 11-25.
  • 5
    FLORENTINO, Manolo. Em costas negras. São Paulo: São Paulo Cia. das Letras, 1997. p. 43-44; MAMIGONIAN, Beatriz. A proibição do tráfico atlântico e a manutenção da escravidão. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. O Brasil imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. v. 1, cap. 6, p. 207-233.
  • 6
    BERGAD, Laird W. Escravidão e história econômica. Bauru: Edusc, 2004. p. 249-251.
  • 7
    Ibid., p. 252-258.
  • 8
    LIBBY, Douglas; PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil. São Paulo: Moderna, 2000. p. 62-63.
  • 9
    BOTELHO, Tarcísio Rodrigues. Famílias e escravarias. Dissertação (mestrado em história) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994. p. 76-78.
  • 10
    Os valores dos bens são tratados como valor nominal e correlacionados em valores percentuais, a fim de não comprometê-los com um eventual processo inflacionário que pode ter ocorrido no tempo observado.
  • 11
    CARDOSO DE MELLO, João Manuel. O capitalismo tardio. São Paulo: Brasiliense, 1985.
  • 12
    FRAGOSO, João. Sistema agrários em Paraíba do Sul (1850-1920). Dissertação (mestrado em história) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1983. p. 15-16.
  • 13
    CASTRO, Hebe Maria. Ao sul da história. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV; Faperj, 2009. p. 21-22.
  • 14
    BERGAD, Laird W. Escravidão e história econômica, op. cit. p. 170-171.
  • 15
    ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado imperial brasileiro. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008. p. 73-74.
  • 16
    Hebe Mattos faz esta constatação para Capivary, que se tratava de uma economia comercial escravista. Conforme a autora, a propriedade da terra por si só não diferenciava socialmente os proprietários, e sim a dimensão da exploração agrícola e da escravaria. CASTRO, Hebe Maria. Ao sul da história, op. cit. p. 40.
  • 17
    RODARTE, Mario Marcos Sampaio; PAULA, João Antônio de; SIMÕES, Rodrigo Ferreira. Rede de cidades em Minas Gerais no século XIX. História econômica & História de Empresas, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 7-45, 2004. p. 16-37. Os autores analisam a estrutura urbana da província na década de 1830 e em 1872, definindo três níveis de centralidade. Verificam-se o número e as categorias de ocupações para 143 localidades, com base nas informações das listas nominativas da década de 1830 e do recenseamento de 1872. Dada a estrutura ocupacional de Rio Pardo da década de 1830, o termo não se inseriu em nenhum nível de urbanização. Já em 1872, as categorias ocupacionais existentes habilitaram o termo para o nível médio de urbanização em âmbito provincial.
  • 18
    BRASIL. Lei de 25 de junho de 1850. Coleção das leis do Imperio do Brasil de 1850. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1851. p. 57-239. Disponível em: <www2.camara.gov.br/atividade-legislativa>
  • 19
    CHAVES, Edneila Rodrigues. Hierarquias sociais na câmara municipal em Rio Pardo (1833-1872), op. cit. p. 121-128.
  • 20
    A distribuição da propriedade escrava é observada por meio da classificação das posses em cinco faixas: menores (1-5), médias inferiores (6-10), médias superiores (11-20), grandes (21-40) e muito grandes (acima de 40).
  • 21
    SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos. 2. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1999. p. 356-376; CASTRO, Hebe Maria. Ao sul da história, op. cit. p. 35.
  • 22
    LUNA, Francisco Vidal. Estrutura da posse de escravos. In: LUNA, Francisco; COSTA, Iraci. Minas colonial: economia e sociedade. São Paulo: Fipe; Pioneira, 1982. p. 31-56.
  • 23
    LIBBY, Douglas. Transformação e trabalho em uma economia escravista. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 97-104. Sobre os dados para a Bahia, SCHWARTZ, Stuart B. Padrões de propriedade de escravos nas Américas: nova evidência para o Brasil. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 259-287, 1983; para São Paulo, ver LUNA, Francisco; COSTA, Iraci. Posse de escravos em São Paulo no início do século XIX. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 211-221, 1983.
  • 24
    Sobre a diferenciação regional na estrutura de posses, PAIVA, Clotilde Andrade. População e economia nas Minas Gerais do século XIX. Tese (doutorado) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996. p. 136-138; PAIVA, Clotilde Andrade; GODOY, Marcelo Magalhães. Território de contrastes: economia e sociedade das Minas Gerais do século XIX. In: SEMINÁRIO SOBRE A ECONOMIA MINEIRA, 10, 2002, Diamantina. Anais... Belo Horizonte: Cedeplar/UFMG, 2002. p. 50-53.
  • 25
    Entre outros trabalhos, LIBBY, Douglas. Transformação e trabalho em uma economia escravista, op. cit.; PAIVA, Clotilde Andrade. População e economia nas Minas Gerais do século XIX, op. cit.; PAIVA, Clotilde Andrade; GODOY, Marcelo Magalhães. Território de contrastes, op. cit.
  • 26
    LIBBY, Douglas. Transformação e trabalho em uma economia escravista, op. cit. p. 56-57.
  • 27
    ALMEIDA, Carla Maria. Alterações nas unidades produtivas mineiras. Dissertação (mestrado em história) - Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1994. p. 114.
  • 28
    MARTINS, Roberto Borges. Minas e o tráfico de escravos no século XIX, outra vez. Belo Horizonte: Cedeplar/UFMG, 1994. (Texto para discussão n. 70) 2
  • 29
    LUNA, Francisco Vidal; CANO, Wilson. Economia escravista em Minas Gerais. Cadernos IFCH, Campinas, n. 10, 1983; BERGAD, Laird W. Escravidão e história econômica, op. cit.
  • 30
    PAIVA, Clotilde Andrade; GODOY, Marcelo Magalhães. Território de contrastes, op. cit. p. 55.
  • 31
    BOTELHO, Tarcísio Rodrigues. Famílias e escravarias, op. cit. p. 84-124.
  • 32
    SARAIVA, Luiz Fernando. O Império nas Minas Gerais, op. cit. p. 91, 242-243.
  • 33
    PAIVA, Clotilde Andrade; LIBBY, Douglas. Caminhos alternativos: escravidão e reprodução em Minas Gerais no século XIX. Revista de Estudos Econômicos, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 203-233, 1995.
  • 34
    Prado Júnior identifica três grandes regiões de pecuária da época colonial: os sertões do norte, as planícies do sul e a parte meridional de Minas Gerais (PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2000. p. 192-198).
  • 35
    OFÍCIO do fiscal do distrito do Rio Pardo. Rio Pardo, 29 dez. 1829. Acervo do Arquivo da Câmara Municipal de Minas Novas (ACMMN); OFÍCIO da Câmara Municipal de Rio Pardo. Rio Pardo, 11 jan. 1837. Acervo do APM. PP 1.33, cx. 222, doc. 30.
  • 36
    OFÍCIO do fiscal do distrito do Rio Pardo Salvador Cardoso de Sá. Rio Pardo, 2 jul. 1831. Acervo do ACMMN.
  • 37
    RESTITUTTI, Cristiano Corte. As fronteiras da província: rotas de comércio interprovincial, Minas Gerais, 1839-1884. Dissertação (mestrado em economia) - Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, Universidade Estadual Paulista, 2006. p. 170. Sobre exportações mineiras pelas recebedorias nas fronteiras, ver a mesma obra.
  • 38
    PAIVA, Clotilde Andrade. População e economia nas Minas Gerais do século XIX, op. cit. p. 118-120.
  • 39
    Além dos autores já citados que tratam do assunto, cf. FURTADO, Júnia Ferreira. Homens de negócios. São Paulo: Hucitec, 1999; CHAVES, Cláudia Maria das Graças. Perfeitos negociantes. São Paulo: Annablume, 1999.
  • 40
    RESTITUTTI, Cristiano Corte. As fronteiras da província, op. cit. p. 82.
  • 41
    Ibidem, p. 124-126.
  • 42
    PAIVA, Clotilde Andrade. População e economia nas Minas Gerais do século XIX, op. cit. p. 117-120; RESTITUTTI, Cristiano Corte. As fronteiras da província, op. cit. p. 124.
  • 43
    GRAÇA FILHO, Afonso de Alencastro. A princesa do oeste e o mito da decadência de Minas Gerais. São Paulo: Annablume, 2002. p. 146.
  • 44
    ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado imperial brasileiro, op. cit. p. 124, 222-223.
  • 45
    PROCESSO de inventário post-mortem de João Lourenço Ribeiro. Rio Pardo, 1859. Acervo do AFCRPM.
  • 46
    RESTITUTTI, Cristiano Corte. As fronteiras da província, op. cit. p. 244.
  • 47
    LIBBY, Douglas. Transformação e trabalho em uma economia escravista, op. cit. p. 91.
  • 48
    Consideram-se unidades produtivas que atuavam na agricultura não somente as que tinham terra, mas também aquelas que, mesmo sem terra, tinham instrumentos de trabalho agrícola. Daí a diferença de percentual entre as unidades que possuíam terra (78%) e as que desenvolviam agricultura (88%).
  • 49
    RELATÓRIO do presidente da província de Minas Gerais, 1854 apud FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992. p. 106-107.
  • 50
    MATOS, Raimundo José da Cunha. Corografia histórica da província de Minas Gerais. Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1981. v. 1, p. 196.
  • 51
    No estudo sobre o sistema agrário de Paraíba do Sul, Fragoso identifica esses mesmos instrumentos de trabalho agrícola, com exceção da alavanca. FRAGOSO, João. Sistema agrários em Paraíba do Sul (1850-1920), op. cit. p. 28.
  • 52
    Essa prática agrícola, que remete desde aos tempos de colônia, era comum também em Portugal. MAGALHÃES, Joaquim Romero. O Algarve económico: 1600-1773. Lisboa: Estampa, 1993. p. 135-136.
  • 53
    Sobre o assunto para outras localidades, ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado imperial brasileiro, op. cit.; ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de. Homens ricos, homens bons: produção e hierarquização social em Minas colonial (1750-1822). Tese (doutorado em história) - Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2001; FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura, op. cit.; MATTOSO, Kátia. Bahia, século XIX, op. cit.
  • 54
    Foram definidos três níveis de dívidas ativas em cinco faixas de valores: pequenas dívidas, faixa inferior de $50 a 49$000 e faixa superior de 50$000 a 99$000; dívidas médias, faixa inferior de 100$000 a 499$000 e faixa superior de 500$000 a 999$000; dívidas grandes, faixa de 1:000$000 a 2:746$000.
  • 55
    Santos demonstra, para a comarca do Rio das Velhas (século XVIII), o predomínio de pequenas dívidas ativas. Do total das dívidas, 73% eram referentes a valores abaixo de 100$000. Ainda que se tratasse de uma temporalidade anterior e de localidades de economias distintas da de Rio Pardo, verificou-se em Minas a permanência no tempo do recurso ao crédito predominantemente para atender às necessidades cotidianas da população. SANTOS, Raphael Freitas. "Devo que pagarei". Dissertação (mestrado em história) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005. p. 102-104; SANTOS, Raphael Freitas. O ouro e a palavra. In: CARRARA, Angelo Alves. À vista ou a prazo. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2010. p. 81.
  • 56
    Há informação sobre as transações que originaram os créditos para 6% das dívidas.
  • 57
    LIBBY, Douglas. Transformação e trabalho em uma economia escravista, op. cit. p. 94-96.
  • 58
    Sobre a questão do crédito e da circulação monetária na economia colonial, cf. ARRUDA, José Jobson. O Brasil no
  • 59
    Comércio Colonial. São Paulo: Ática, 1980; RUSSELL-WOOD, Anthony John R. Fidalgos e filantropos. Brasília: UnB, 1981; FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura, op. cit.; SAMPAIO, Antônio Carlos Jucá de. Crédito e circulação monetária na colônia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA ECONÔMICA, V; CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE HISTÓRIA DE EMPRESAS, VI, 2003, CAXAMBU. Anais... Caxambu: ABPHE, 2003.
  • 60
    FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura, op. cit. p. 253-273.
  • 61
    FURTADO, Júnia Ferreira. Homens de negócios, op. cit. p. 120-122; SILVEIRA, Marco Antônio. O universo do indistinto. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 99-100; CHAVES, Cláudia Maria das Graças. Perfeitos negociantes, op. cit. p. 33- 45; PAIVA, Eduardo França. Escravos e libertos nas Minas Gerais do século XVIII. São Paulo: Annablume, 1995. p. 176-184; BOXER, Charles Ralph. A idade de ouro do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p. 218; FERNANDES, Neusa. A inquisição em Minas no século XVIII. Rio de Janeiro: EdUerj, 2000. p. 135; SANTOS, Raphael Freitas. Dívida e endividamento. In: ROMEIRO, Adriana; BOTELHO, Angela Vianna. Dicionário histórico das Minas Gerais: período colonial. Belo Horizonte, Autêntica, 2004. p. 113-115.
  • 62
    SANTOS, Raphael Freitas. "Devo que pagarei", op. cit. p. 109-156; SANTOS, Raphael Freitas. O ouro e a palavra, op. cit. p. 71-89.
  • 63
    FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura, op. cit. p. 212.
  • 64
    Entre outros estudos para Minas: Carla Maria Carvalho de. Homens ricos, homens bons, op. cit.; GRAÇA FILHO, Afonso de Alencastro. A princesa do oeste e o mito da decadência de Minas Gerais, op. cit.; ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado imperial brasileiro, op. cit.; ALMICO, Ria de Cássia da Silva. Dívida e obrigação. Tese (doutorado em história) - Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2009. Para Rio de Janeiro: FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura, op. cit. Para a Bahia: MATTOSO, Kátia. Bahia, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2012

Histórico

  • Recebido
    17 Jul 2012
  • Aceito
    02 Out 2012
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