Acessibilidade / Reportar erro

Grupos intermédios em Portugal (1600-1850): uma aproximação ao vocabulário social

Resumos

O presente estudo pretende contribuir para lançar a discussão em torno daquilo que, no período moderno, se entendia por camadas intermédias. Para conhecer as visões sociais no período de referência (1600-1850) foram usadas fontes heterogêneas. O objetivo central é sublinhar, por um lado, a multiplicidade dos esquemas de representação social e a coexistência de taxinomias e, por outro, provar que, apesar de estranhas ao discurso legal e ao enquadramento normativo, a noção de mediania e as visões da sociedade que a incluem estão difundidas em Portugal no período em análise.

vocabulário social; taxinomia; estado do meio; classe média; mediania.

social vocabulary; taxonomy; "estado do meio"; middle class; middlingness.


This study discusses what was understood as intermediate strata in the Early Modern period. To identify the social visions in the reference period (1600-1850), we used heterogeneous sources. The main objective is to emphasize, on one hand, the multiplicity of schemes of social representation and the coexistence of taxonomies, and, on the other, to prove that, although foreign to legal discourse and framework, the notion of intermediate strata and the visions of the society that included it were quite widespread in Portugal at the time.


Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • *
    Trabalho realizado no âmbito do projeto "Portas Adentro: modos de habitar do séc. XVI a XVIII em Portugal" financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), coordenado pela Professora Doutora Isabel dos Guimarães Sá. Agradecemos à Professora Doutora Isabel dos Guimarães Sá e ao Professor Doutor Nuno Gonçalo Monteiro todos os comentários e sugestões que muito enriqueceram o presente trabalho.
  • 1
    1 WEATHERILL, Lorna. Consumer behaviour and material culture in Britain 1660-1760. Londres: Routledge, 1998 (1988); EARLE, Peter. The making of the english middle class: business, society and family life in London, 1660-1730. Londres: Methuen, 1991; BARRY, Jonathan; BROOKS, Christopher (Ed.). The middling sort of people: culture, society and politics in England, 1550-1800. Londres: Palgrave Macmillan, 1994; DAVIDOFF, Leonore; HALL, Catherine. Family fortunes: men and women of the English middle class, 1780-1850. Londres: Routledge, 1992.
  • 2
    2 BURKE, Peter. The language of orders in early modern Europe. In: BUSH, Michael L. (Ed.). Social orders and social classes in Europe since 1500: studies in social stratification. Londres; Nova York: Longman, 1992. p. 10-11; WRIGHTSON, Keith. Sorts of people in Tudor and Stuart England. In: BARRY, Jonathan; BROOKS, Christopher (Ed.). The middling sort of people, op. cit. p. 50.
  • 3
    3 Esta pluralidade tem sido sublinhada por vários autores. Refira-se, a título de exemplo, BURKE, Peter. The language of orders in early modern Europe, op. cit.
  • 4
    4 Sobre o contexto da introdução deste modelo em França, leia-se DUBY, Georges. As três ordens ou o imaginário do feudalismo. Lisboa: Estampa, 1994.
  • 5
    5 HESPANHA, António. M. As vésperas do Leviathan. Instituições e poder político. Portugal - Séc. XVII. Coimbra: Almedina, 1994. p. 307.
  • 6
    6 Ibid., p. 307-308 e ss.
  • 7
    7 RODRIGUES, José Damião. A estrutura social. In: SERRÃO, Joel; MARQUES, António Henrique de Oliveira (Dir.). Nova História de Portugal. Lisboa: Presença, 2001. v. VII, p. 406.
  • 8
    8 Ibid., p. 407.
  • 9
    9 VIEIRA, Benedita M. Duque. A sociedade: configuração e estrutura. In: SERRÃO, Joel; MARQUES, António Henrique de Oliveira (Dir.). Nova História de Portugal, op. cit. v. X, p. 162.
  • 10
    10 MAGALHÃES, Joaquim Romero. A sociedade. In: MATTOSO, José (Dir.). História de Portugal. Lisboa: Estampa, 1993. v. III, p. 481.
  • 11
    11 HESPANHA, António M. As vésperas do Leviathan, op. cit. p. 309 e ss.
  • 12
    12 Ibid., p. 321.
  • 13
    13 MONTEIRO, Nuno G. Poder senhorial, estatuto nobiliárquico e aristocracia. In: MATTOSO, José (Dir.). História de Portugal, op. cit. v. IV, p. 333-334.
  • 14
    14 Sobre este assunto, leia-se HESPANHA, António M. As vésperas do Leviathan, op. cit. p. 313 e ss.
  • 15
    15 MAGALHÃES, Joaquim Romero. A sociedade, op. cit. p. 481.
  • 16
    16 PEDREIRA, Jorge M. V. Os Homens de Negócio da Praça de Lisboa de Pombal ao Vintismo (1755-1822). Tese (doutorado em sociologia) - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 1995. p. 103-104, citação p. 103.
  • 17
    17 MAGALHÃES, Joaquim Romero. A sociedade, op. cit. p. 483 e 499-500; SAMPAIO, António Carlos Jucá de. Comércio, riqueza e nobreza: elites mercantis e hierarquização social no Antigo Regime português. In: FRAGOSO, João et al. (Org.). Nas rotas do Império. Vitória: Edufes, 2006. p. 74.
  • 18
    18 MAGALHÃES, Joaquim Romero. A sociedade, op. cit. p. 501-509; HESPANHA, António M. As vésperas do Leviathan, op. cit. p. 309-312.
  • 19
    19 BURKE, Peter. The language of orders in early modern Europe, op. cit. p. 5 e 8.
  • 20
    20 DOYLE, William. Myths of order and ordering myths. In: BUSH, Michael L. (Ed.). Social orders and social classes in Europe since 1500, op. cit. p. 219-220.
  • 21
    21 BURKE, Peter. The language of orders in early modern Europe, op. cit. p. 7.
  • 22
    22 CORFIELD, Penelope. Class by name and number in eighteenth-century. In: CORFIELD, Penelope (Ed.). Language, history and class. Cambridge: Cambridge University Press, 1991. p. 101-130; WRIGHTSON, Keith. Sorts of people in Tudor and Stuart England, op. cit. p. 28-51.
  • 23
    23 MARAVALL, José Antonio. Poder, honor y élites en el siglo XVII. Madri: Siglo XXI de España Editores, 1979. p. 251-302; THOMPSON, I. A. A. Hidalgo and pechero: the language of 'estates' and 'classes' in early-modern Castile. In: CORFIELD, Penelope (Ed.). Language, history and class, op. cit. p. 53-78; PELERSON, J. M. El concepto de "mediania". In: TUÑON DE LARA, Manuel (Dir.). Historia de España. Barcelona: Labor, 1980. t. V, p. 314-317. Para a França existe pelo menos uma referência a este tipo de linguagem. Veja-se JOUANNA, Arlette. De "gros et gras" aux "gens d'honneur". In NOGARET, Guy Chaussinand. Histoire des élites en France. Paris: Éditions Tallandier, 1991. p. 50. Muito embora, em França, segundo Sarah Maza, a expressão "classe moyenne" tenha sido usada sistematicamente apenas a partir de 1820. No período de referência, 1750-1850, o termo burguesia foi usado com mais frequência. MAZA, Sarah. The myth of the French bourgeoisie. An essay on the social imaginary 1750-1850. Cambridge: Massachussets: Harvard University Press, 2003. p. 4.
  • 24
    24 Refira-se que, em Portugal, vários historiadores aludiram já ao conceito e ao modelo. Entre estes contam-se A. M. Hespanha, Nuno G. Monteiro; Diogo Ramada Curto, Ângela Barreto Xavier, J. Damião Rodrigues, Jorge M. V. Pedreira, cujos trabalhos são citados ao longo do presente artigo. Refiram-se ainda os trabalhos de OLIVEIRA; António de. A vida económica e social de Coimbra de 1537 a 1640. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1971. v. I., p. 382-434; Id. Poder e oposição política em Portugal no período filipino (1580-1640). Lisboa: Difel, 1990. p. 109; e OLIVAL, Fernanda. As ordens militares e o Estado moderno: honra, mercê e venalidade em Portugal (1641-1789). Lisboa: Estar, 2001. p. 370-371.
  • 25
    25 MARAVALL, José Antonio. Poder, honor y élites en el siglo XVII, op. cit. p. 254-255; PELERSON, J. M. El concepto de "mediania", op. cit. p. 314; RODRIGUES, José Damião. A estrutura social, op. cit. p. 408. Sobre o modelo propriamente dito, leia-se ARISTÓTELES. Política. Lisboa: Vega, 1998. p. 311-321.
  • 26
    26 MARAVALL, José Antonio. Poder, honor y élites en el siglo XVII, op. cit. p. 263-264.
  • 27
    27 Ibid., p. 255.
  • 28
    28 HESPANHA, António M. A nobreza nos tratados jurídicos dos séculos XVI a XVIII. Penélope, n. 12, p. 36-37, 1993.
  • 29
    29 RODRIGUES, José Damião. A estrutura social, op. cit. p. 408-409.
  • 30
    30 XAVIER, Ângela Barreto; HESPANHA, António M. A representação da sociedade e do poder. In: MATTOSO, José (Dir.). História de Portugal, op. cit. v. IV, p. 131.
  • 31
    31 HESPANHA, António. M. As vésperas do Leviathan, op. cit. p. 312.
  • 32
    32 Ibid., p. 312-313.
  • 33
    33 MONTEIRO, Nuno G. Poder senhorial, estatuto nobiliárquico e aristocracia, op. cit. p. 334-335; Id. O crepúsculo dos grandes: a casa e o património da aristocracia em Portugal (1750-1850). Lisboa: Imprensa Nacional. p. 26-27; XAVIER, Ângela Barreto; HESPANHA, A. M. A representação da sociedade e do Poder, op. cit. p. 131. Sobre amplitude, fluidez e caráter difuso do estatuto nobre, leia-se, em particular, MONTEIRO, Nuno G. Notas sobre nobreza, fidalguia e titulares nos finais do Antigo Regime. Ler História, n. 10, p. 15-51, 1987.
  • 34
    34 SILVA, Manoel Telles (Marquês de Alegrete). Colecçam dos documentos estatutos e memorias da Academia Real da Historia Portugueza. Lisboa: Officina de Pascoal da Sylva, 1729. p. 237. De acordo com a política editorial da revista e de forma a facilitar a leitura, em todas as transcrições a grafia será modernizada e atualizada.
  • 35
    35 Ibid.
  • 36
    36 SILVA, José Justino de Andrade e. Collecção chronologica da legislação portugueza. Lisboa: Imprensa de F. X. de Souza, 1856. v. 6, p. 80-82.
  • 37
    37 CASTRO, Gabriel Pereira de. Decisiones Supremi Eminentissimo que Senatus Portugalliae. Ulisipone: Petrum Craesbeeck, 1621. dec. 113, n. 2. Tradução do excerto em HESPANHA, António M. A nobreza nos tratados jurídicos dos séculos XVI a XVIII, op. cit. p. 36.
  • 38
    38 SAMPAYO, Villas Boas. Nobiliarchia portugueza. Tratado da nobreza hereditaria, e politica. Amesterdam: Manuel António Monteiro de Campos, 1754 (1676). p. 182.
  • 39
    39 Ibid., p. 182.
  • 40
    40 Ibid., p. 182-183.
  • 41
    41 Ibid., p. 182.
  • 42
    42 Cf. BLUTEAU, Raphael. Vocabulário português e latino. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728. v. III, p. 302-303.
  • 43
    43 CABRAL, António Vanguerve. Epilogo juridico de varios casos civeis e crimes. Lisboa Occidental: Officina de Antonio Pedrozo Galram, 1729. p. 96.
  • 44
    44 Antiguidades de Portugal acerca das diversas classes de Nobreza. Biblioteca Nacional (B.N.), Fundo Reservados, cód. 4595. fls. 122-124v.
  • 45
    45 Sobre este conceito leia-se Négociants, banquiers, manufacturiers parisiens du Directoire à l'Empire. Paris: École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1978. p. 36.
  • 46
    46 RODRIGUES, José Damião. A estrutura social, op. cit. p. 408.
  • 47
    47 MONTEIRO, Nuno G. Poder senhorial, estatuto nobiliárquico e aristocracia, op. cit. p. 334-336; XAVIER, Ângela Barreto; HESPANHA, António M. A representação da sociedade e do Poder, op. cit. p. 131.
  • 48
    48Decisiones Senatus Regni Lusitaniae. Ulissipone: Francisco de Sousa e António Leite Pereira, 1678 (1619). t. I, dec.14, n. 11; XAVIER, Ângela Barreto; HESPANHA, António M. A representação da sociedade e do Poder, op. cit. p. 131; HESPANHA, António M. A nobreza nos tratados jurídicos dos séculos XVI a XVIII, op. cit. p. 36.
  • 49
    49 SOUSA, Manuel de Almeida e. Notas de uso pratico e criticas. Lisboa: Imprensa Nacional, 1863. Parte II, p. 27.
  • 50
    50 Ibid., p. 27, 29-30.
  • 51
    51 Ordenações, Liv. 4, tít. 92, § 1.
  • 52
    52 Ibid., p. 29-30.
  • 53
    53 Ibid.
  • 54
    54 Cf. MONTEIRO, Nuno G. O crepúsculo dos grandes: a casa e o património da aristocracia em Portugal (1750-1850), op. cit. p. 30 e ss.
  • 55
    55 HOMEM, Barbosa. Discursos de la juridica y verdadera razon de Estado. Coimbra: Nicolao Carvalho, 1627. fl. 187v.
  • 56
    56 Ibid., fls. 187v-188.
  • 57
    57 Ibid., fl. 188v.
  • 58
    58 Ibid., fl. 189.
  • 59
    59 Ibid., fl. 189v.
  • 60
    60 Ibid., fls. 189v-190.
  • 61
    61 VERA, Álvaro Ferreira de. Origem da nobreza política, brasões de armas, apelidos, cargos e títulos nobres. Lisboa: Oficina de João António da Silva, 1791 (1631). p. 178.
  • 62
    62 Ibid., p. 31.
  • 63
    63 Ibid., p. 31-39, citação p. 39. Uma visão similar havia sido proposta pelo escritor Miguel Leitão de Andrada (1553-1630). Miscellanea. Lisboa: Imprensa Nacional, 1867 (1629). p. 537-538.
  • 64
    64 SANTOS, Ribeiro dos. Notas ao plano de direito publico de Portugal. Biblioteca Central da Marinha, cota RDe4-05, fls. 35v-36. Manuscrito.
  • 65
    65 Ibid., fl. 36.
  • 66
    66 Ibid., fls. 36-36v.
  • 67
    67 Ibid., fls. 36v-37.
  • 68
    68 Poder senhorial, estatuto nobiliárquico e aristocracia, op. cit. p. 337.
  • 69
    69 Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), HOC, Letra A, Mç. 8, n. 11 (1758). Referência gentilmente facultada pela Professora Doutora Fernanda Olival.
  • 70
    70 ANTT, HOC, Letra A, Mç. 37, n. 1 (1782).
  • 71
    71 OLIVEIRA, Luiz da Silva Pereira. Privilegios da nobreza, e fidalguia de Portugal. Lisboa: Oficina de J. Rodrigues Neves, 1806. p. 113.
  • 72
    72 Ibid., p. 115-117, cit. p. 115.
  • 73
    73 Ibid., p. 115-116.
  • 74
    74 Ibid., p. 116.
  • 75
    75 Ibid., p. 150.
  • 76
    76 Ibid., p. 151.
  • 77
    77 BOURDIEU, P. Language and Symbolic Power. Cambridge: Polity Press, 2008 (1991). p. 239.
  • 78
    78 DUBY. (Discussão). In: MOUSNIER, Roland. Problemas de Estratificação Social. Colóquio Internacional, 1966. Actas. Lisboa: Cosmos, 1988. p. 36.
  • 79
    79 SOUSA, M. F. de Barros e (Visconde de Santarém). Memorias para a História e Theoria das Cortes Gerais. Lisboa: Impressão Régia, 1828. v. 2, p. 162.
  • 80
    80 Ibid., p. 171.
  • 81
    81 RESENDE, Garcia de. Livro das obras de Garcia de Resende. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994 (1545). p. 139. É possível encontrar uma segunda referência à expressão na p. 565.
  • 82
    82 PEREIRA, Manoel Botelho Ribeiro. Dialogos moraes e politicos. Viseu: Junta Distrital, 1955 (1630). p. 177. Já vimos antes a visão de Barbosa Homem. Diogo Ramada Curto remete ainda para os textos de Cristóvão Ferreira e Sampaio, frei António Freire e frei Miguel Soares. O discurso político em Portugal (1600-1650). Lisboa: Projecto Universidade Aberta, 1988. p. 208-209 e 258.
  • 83
    83 VEIGA, António Lopes da. Heraclito i Democrito de nuestro siglo. Madri: Diego Díaz de la Carrera, 1641. p. 68.
  • 84
    84 Ibid., p. 105 e 110.
  • 85
    85 Militar que viveu na primeira metade de século XVII. Não foi possível apurar com segurança as datas de nascimento e morte.
  • 86
    86Tempo de agora em diálogos. Lisboa: Pedro Craesbeeck, 1622. fls. 75-75v.
  • 87
    87Arte militar. Alenquer: Vicente Álvares, 1612. fls. 64-65v e 65v-66.
  • 88
    88 Ibid., fls. 66v e 67.
  • 89
    89 Ibid., fl. 67.
  • 90
    90 PEREIRA, Manoel Botelho Ribeiro. Dialogos moraes e politicos, op. cit. p. 174-176.
  • 91
    91 BN, Fundo Reservados, Cód. 11469, fl. 11.
  • 92
    92 Ibid., fl. 11v.
  • 93
    93 Ibid., fl. 11v.
  • 94
    94 COX, Thomas; MACRO, Cox. Relação do Reino de Portugal: 1701. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2007. p. 279.
  • 95
    95 Ibid., p. 296.
  • 96
    96 L'ÉVEQUE. Portuguese costumes. Lisboa: Ed. Inapa, 1993 (1814). s.p.
  • 97
    97 KINSEY, William M. Portugal illustrated: in a series of letters. Londres: Treuttel, Würtz and Richter, 1828. p. 113.
  • 98
    98 Apesar de publicada anonimamente, a obra é atribuída a sir Robert Ker Porter (1777-1842). ANÔNIMO. Letters from Portugal and Spain, 1809. In: SOUSA, Maria Leonor Machado de (Coord.). A guerra peninsular em Portugal: relatos britânicos. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2007. p. 133. O autor refere-se às características do traje das mulheres da "classe média". Ibid., p. 140.
  • 99
    99 CARRÈRE, Joseph B. F. Panorama de Lisboa no ano de 1796. Lisboa: Biblioteca Nacional, 1989. p. 50.
  • 100
    100 Capelão da legação da Suécia em Lisboa de 1798 a 1802.
  • 101
    101 RUDERS, Carl I. Viagem em Portugal, 1798-1802. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2002. v. I, p. 165.
  • 102
    102 Ibid., p. 257. Para mais exemplos do emprego da expressão neste autor ver p. 37, 96 e 125.
  • 103
    103 Pseudônimo de James Ferrier, conhecido como Diogo Ferrier, oficial escocês que serviu na armada portuguesa.
  • 104
    104 COSTIGAN, Arthur W. Cartas sobre a sociedade e os costumes de Portugal (1778-1779). Lisboa: Círculo de Leitores, 1991. v. I, p. 185.
  • 105
    105 Ibid., v. II, p. 117.
  • 106
    106 LINK, Heinrich F. Notas de uma viagem a Portugal e através de França e Espanha. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2005. p. 133. A referência às "classes média e baixa" repete-se na p. 104.
  • 107
    107 SANTOS, Maria de Lourdes Lima dos. Intelectuais portugueses na 1a metade de Oitocentos. Lisboa: Presença, 1988. p. 52-56; VERDELHO, Telmo dos Santos. As palavras e as ideias na Revolução Liberal de 1820. Coimbra: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1981. p. 243-245.
  • 108
    108 Ibid., p. 243-245. Sobre a visão de Guizot, leia-se ROSANVALLON, Pierre. Le moment Guizot. Paris: Gallimard, 1985. p. 110-113.
  • 109
    09 VERDELHO, Telmo dos Santos. As palavras e as ideias na Revolução Liberal de 1820, op. cit. p. 245.
  • 110
    110 Ata de 19 de abril de 1822 da Corte Constituinte de 1821. Consultada em 25-4-2013 no catálogo (não concluído) das atas referentes às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa. Disponível em: <http://debates.parlamento.pt/catalog.aspx?cid=mc.c1821>.
  • 111
    111 Contabilizamos o número de intervenções que aludem ao conceito e não o número de vezes que a palavra é repetida ao longo de um discurso ou intervenção. Se considerássemos este último critério, o número seria superior.
  • 112
    112 Ata de 26 de abril de 1837 da Corte Constituinte de 1837. Consultada em 25-4-2013 no catálogo (não concluído) das atas referentes às Cortes Gerais Extraordinárias, e Constituintes da Nação Portuguesa. Disponível em: <http://debates.parlamento.pt/catalog.aspx?cid=mc.c1837>.
  • 113
    113 Veja-se, por exemplo, a ata de 9 de outubro de 1837 da Corte Constituinte de 1837. Consultada na mesma data, no mesmo catálogo.
  • 114
    114 Refira-se, a título de exemplo, o discurso do deputado Monja. Cf. Ata de 21 de abril de 1850 da Câmara dos Senhores Deputados. Consultada em 25-4-2013 no catálogo (não concluído) das atas referentes à Câmara dos Senhores Deputados da Nação Portuguesa. Disponível em: <http://debates.parlamento.pt/catalog.aspx?cid=mc.c1837>.
  • 115
    115 VAZ, Manuel Pires. Discurso filosofico e theologico, juridico e politico sobre a liberdade humana, fysica e moral. Coimbra: Real Imprensa da Universidade, 1823. p. 77.
  • 116
    116 Ibid., p. 77-78.
  • 117
    117Revolução anti-constitucional em 1823, suas verdadeiras causas e effeitos. Londres: L. Thompson, 1825. p. 3.
  • 118
    118 Ibid., p. 5 e 11.
  • 119
    119 Ibid., p. 15-16.
  • 120
    120 MAIA, Joaquim José da Silva. Memórias históricas, políticas e filosóficas da Revolução do Porto em maio de 1828. Rio de Janeiro: Laemmert, 1841. p. 229.
  • 121
    121 Ibid., p. 230-232.
  • 122
    122 Ibid., p. 232-233.
  • 123
    123 Ibid., p. 238-239.
  • 124
    124 GARRETT, Almeida. Portugal na balança da Europa. Londres: S. W. Sustenance, 1830. p. 294.
  • 125
    125 HERCULANO, Alexandre. Mouzinho da Silveira ou la Révolution Portuguaise. In: HERCULANO, Alexandre. Opúsculos. Lisboa: Presença, 1982 (1856). v. I, p. 295.
  • 126
    126 Ibid., p. 303.
  • 127
    127 Ibid., p. 303; Id. História da origem e do estabelecimento da Inquisição em Portugal. Lisboa: Imprensa Nacional, 1864. v. I, p. 150 e 225-226.
  • 128
    128 Ibid., p. X-XI.
  • 129
    129 Refira-se, a título de exemplo, Lopes Mendonça. Cf. SANTOS, Maria de Lourdes Lima dos. Intelectuais portugueses na 1a metade de Oitocentos, op. cit. p. 54.
  • 130
    130 CORFIELD, Penelope. Class by name and number in eighteenth-century, op. cit.; WRIGHTSON, ­Keith. Sorts of people in Tudor and Stuart England, op. cit.
  • 131
    131 WRIGHTSON, Keith, Sorts of people in Tudor and Stuart England, op. cit.
  • 132
    132 CORFIELD, Penelope. Class by name and number in eighteenth-century, op. cit.; WALLECH, Steven. "Class versus rank": the transformation of eighteenth-century English social terms and theories of production. Journal of the History of Ideas, v. 47, n. 3, p. 409-431, 1986.
  • 133
    133 Em rigor, as mesmas que José Mattoso e Armindo de Sousa encontraram para as palavras "estado" e "estados" nos séculos XIV e XV. A Socialidade (estruturas, grupos e motivações). In: MATTOSO, José (Dir.). História de Portugal, op. cit. v. II, p. 398-405.
  • 134
    134 Ibid., p. 399-404.
  • 135
    135 Sobre este assunto, leia-se CORFIELD, Penelope. Class by name and number in eighteenth-century, op. cit. p. 119-128.
  • 136
    136 Por comparação com as visões binárias. Ibid., p. 119.
  • 137
    137 CURTO, Diogo Ramada. O discurso político em Portugal (1600-1650), op. cit. p. 205.
  • 138
    138 Sobre este conceito leia-se BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII. Lisboa: Teorema, 1992. t. II, p. 426-427.
  • 139
    139 Leia-se, por exemplo, BOURDIEU, P. Distinction: a social critique of the judgement of taste. Nova York; Londres: Routledge, 2008 (1979). p. 471-480; BURKE, Peter. The language of orders in early modern Europe, op. cit. p. 1; MAZA, Sarah. The myth of the French bourgeoisie, op. cit. p. 6-7; WAHRMAN, Dror. Imagining the middle class: the political representation of class in Britain 1780-1840. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Dec 2013

Histórico

  • Recebido
    14 Jul 2013
  • Aceito
    03 Set 2013
Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Largo de São Francisco de Paula, n. 1., CEP 20051-070, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21) 2252-8033 R.202, Fax: (55 21) 2221-0341 R.202 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: topoi@revistatopoi.org