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A RBHE comemora seus dezoito anos com novo formato

Apresentamos a primeira edição da Revista Brasileira de História da Educação (RBHE) de 2018 com novidades em seu projeto editorial. Os debates em torno da relevância de dinâmicas de publicação que agilizem a divulgação científica, bem como o acúmulo de experiência editorial amealhada nos dezoito anos em que a Revista Brasileira de História da Educação tem vindo a lume, promoveram melhorias sucessivas na publicação com a afirmação da versão exclusivamente digital, de acesso aberto, indexada em importantes bases nacionais e internacionais e com parte dos artigos em versão bilíngue. Agora, a RBHE chega a sua maioridade com a publicação contínua de artigos, visando mais uma boa prática de comunicação da ciência aberta.

Atentos ao escopo do periódico, embasados nas tendências internacionais de divulgação científica e nas exigências para a editoria contemporânea de excelência, os membros da comissão editorial juntamente com a diretoria da Sociedade Brasileira de História da Educação promovem essa transição importante do projeto editorial da RBHE. A partir de agora, a publicação de artigos será contínua, e não mais organizada em números específicos como se fazia anteriormente. Cabe registrar que essa modificação resulta dos esforços empreendidos pelas comissões editoriais que nos antecederam e é uma das metas da atual Diretoria da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE). A Comissão Editorial da RBHE que tomou posse na última Assembleia da Sociedade Brasileira de História da Educação durante o IX Congresso Brasileiro de História da Educação, realizado entre os dias 15 a 18 de agosto de 2017, na cidade de João Pessoa/PB almeja, com relação à publicação contínua de artigos por meio digital, que esse formato amplie e dinamize ainda mais as edições. Que as mesmas multipliquem as contribuições de quem escreve, publica, avalia e lê a revista, contribuindo para a divulgação e publicização de resultados de pesquisas altamente qualificadas. Intentamos ampliar horizontes e promover espaços de diálogo e visibilidade às pesquisas no campo da História da Educação.

Cabe anunciar ainda que em 2018 teremos a concretização da indexação da RBHE na plataforma Scielo, procedimento que também figura como prioridade, pois permite afirmarmos mais uma etapa da qualificação de nosso periódico. Também nesse sentido, é relevante destacar que a Comissão Editorial da RBHE conta com um membro externo que muito nos honra com sua presença, a Professora Alicia Civera Cerecedo da Universidade do México. Sua contribuição como editora e experiência como investigadora reconhecidamente qualificada soma aos esforços da Comissão Editorial em manter um periódico alinhado com os desafios da pesquisa histórico-educativa latino-americana.

Consideramos que o ano que iniciamos é emblemático e profundamente relevante para o nosso país e - se como alertou Nóvoa (2015Nóvoa, A. (2015). Carta a um jovem historiador da educação. In: Historia y Memoria de la Educación. Sociedad Española de Historia de la Educación, n. 1, p. 23 - 34, p.32), “A história não serve para nada, a não ser para pensar. E isto é tudo”-, queremos provocar nossos leitores dessa edição para o pensar. Que sejamos capazes de pensar, mas também de promover o pensar profundo e vagaroso, livre e crítico. Acreditamos que os intelectuais não podem calar-se, não podem omitir-se de provocar o pensar, a reflexão. Como escreveu Chauí (2006Chauí, M. (2006). Intelectual engajado: uma figura em extinção? In: Novaes, A. (org). O silêncio dos intelectuais. São Paulo: Companhia das Letras, p. 19 - 43., p. 30) “o silêncio dos intelectuais é, aqui, signo de uma ausência mais profunda: a ausência de um pensamento capaz de desvendar e interpretar as contradições que movem o presente”. Se as perguntas dos historiadores da educação são mobilizadas pelo tempo presente e suas contradições, levadas a termo por orientações teórico-metodológicas diversas, que os resultados publicizados das pesquisas sejam relevantes, afinal “sem conhecimento, sem criação, sem cultura, sem história, não há futuro para a universidade nem para a educação” (Nóvoa, 2015, p. 33) e isso se faz com liberdade.

Que os artigos que ora publicamos produzam ressonâncias em nossos estudos e em nossos pensares. Boa leitura!

Referências

  • Chauí, M. (2006). Intelectual engajado: uma figura em extinção? In: Novaes, A. (org). O silêncio dos intelectuais São Paulo: Companhia das Letras, p. 19 - 43.
  • Nóvoa, A. (2015). Carta a um jovem historiador da educação. In: Historia y Memoria de la Educación. Sociedad Española de Historia de la Educación, n. 1, p. 23 - 34

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Jan 2019
  • Data do Fascículo
    2018
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