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Me escreve, eu preciso. Resenha de Amor mais que maiúsculo: cartas da Luiz Augusto, de Ana Cristina Cesar

Write to me, I need it. Review of Amor mais que maiúsculo -- cartas a Luiz Augusto, by Ana Cristina Cesar

Escríbeme, lo necesito. Reseña de Amor mais que maiúsculo -- cartas a Luiz Augusto, de Ana Cristina Cesar

Cesar, Ana Cristina. Write to me, I need it. Review of Amor mais que maiúsculo -- cartas a Luiz Augusto

Resumo

Esta resenha de Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto busca traçar e discorrer sobre três aspectos da escrita epistolar de Ana Cristina Cesar que fazem eco à sua poesia: o plurilinguismo, o amor à resposta e a metalinguagem. Nas cartas contidas nessa edição (Companhia das Letras, 2022), podemos ver não apenas a correspondência da jovem Ana, mas também desenhos de sua escrita e de seu estilo que passam a tomar forma. Trata-se de uma leitura que privilegia o aspecto da escrita ao invés do conteúdo biográfico presente nas cartas.

Palavras-chave:
Ana Cristina Cesar; carta; poesia; endereçamento

Abstract

This review of Amor mais que maiúsculo -- cartas a Luiz Augusto seeks to trace and discuss three aspects of Ana Cristina Cesar's epistolary writing that echo her poetry: plurilingualism, love of response, and metalanguage. In the letters in this edition (Companhia das Letras, 2022), one can see not only the correspondence of a young Ana, but also drafts of her writing and style that begin to take shape. It is a reading that favors the aspect of writing rather than the biographical content present in the letters.

Keywords:
Ana Cristina Cesar; letters; poetry; addressing

Resumen

Esta reseña de Amor mais que maiúsculo -- cartas a Luiz Augusto busca rastrear y discutir tres aspectos de la escritura epistolar de Ana Cristina Cesar que hacen eco de su poesía: el plurilingüismo, el amor a la respuesta y el metalenguaje. En las cartas contenidas en esta edición (Companhia das Letras, 2022), podemos ver no solo la correspondencia de la joven Ana, sino también dibujos de su escritura y estilo que comienzan a tomar forma. Es una lectura que privilegia el aspecto de escritura más que el contenido biográfico presente en las cartas.

Palabras clave:
Ana Cristina Cesar; cartas; poesía; direccionamento

Ana Cristina Cesar escreveu. Escreveu poemas, críticas, traduções, resenhas, bilhetes, diários. E cartas. Talvez o elo entre os gêneros, todos eles, seja a curiosa experiência do endereçamento — mesmo na crítica e na tradução, onde ela busca estabelecer um diálogo a partir de uma enunciação que balança entre quem lê e quem escreve1 1 Cf. o livro Escrever para quem? Ana Cristina Cesar (do qual participam os autores da presente resenha). . Uma das principais questões para Ana C. é: eu, leitor, o que faço com esse apelo à resposta? Com esse desespero pela interlocução? Cadê minha caneta? Ana Cristina Cesar, é a mim que você pergunta?

Entre os anos de 1969 e 1970, a jovem Ana estudava em Londres, na Richmond County School for Girls, num intercâmbio financiado pela ICYE (federação internacional de intercâmbios ligada à Igreja). No mesmo momento em que ela vai para a Inglaterra, Luiz Augusto, seu namorado carioca, parte para a Alemanha pelo mesmo programa. Em Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto, lemos as cartas que a poeta de 17 anos escreve durante esse período de adolescência e amor distante, quando traços de seus gestos literários ganham forma, ou buscam ganhar forma, a partir da escrita epistolar amorosa.

O recorte é tentador: a coletânea de cartas a um só destinatário não traria, a leitores apaixonados por dados biografílicos2 2 A expressão é de Ana Cristina Cesar: “Navarro, te deixo meus textos póstumos. Só te peço isto: não permitas que digam que são produtos de uma mente doentia! Posso tolerar tudo menos esse obscurantismo biografílico. Ratazanas esses psicólogos da literatura — roem o que encontram com o fio e o ranço de suas analogias baratas” (Cesar, 2013, p. 316). , a mesma experiência de um romance epistolar? De fato, encontramos aí a história de uma paixão — melhor, a história de uma de suas vozes. E esse é o caminho de leitura que a edição propõe: a história do romance entre Ana e Luiz narrada pelas cartas da poeta, acompanhada de muitas notas de rodapé que nos ajudam a situar a vida pessoal no contexto político daquele momento, no Brasil e na Europa. Não temos acesso às respostas de Luiz Augusto (a editora afirma não ter conseguido encontrar as cartas), o que faz com que a leitura seja duplamente epistolar: lemos as cartas para Luiz, mas também podemos nos colocar no lugar do remetente, como se as cartas nos fossem destinadas a partir da distância física e temporal, de um outro modo e de uma outra época.

É uma possibilidade de leitura. Quando lemos cartas de escritores, estamos o tempo inteiro frente a dois textos: o primeiro, aquele que conta os fatos narrados na carta, a novela da vida pessoal do escritor; o segundo, a escrita propriamente dita daquele texto. A carta é um gênero textual ambíguo, flexível, na corda bamba entre o documento e a literatura, entre a escrita e a oralidade, entre a distância e a presença.

Na correspondência, poderíamos encontrar ensaios de algo que não é a própria obra, mas, antes, sua “antecâmara” (Haroche-Bouzinac, 2016HAROCHE-BOUZINAC, Geneviève (2016). Escritas epistolares. Tradução: Ligia Fonseca Ferreira. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo., p. 17). Apesar de não ser intencionalmente a obra, a carta carregaria consigo algo que prepara a obra, como uma espécie de laboratório; cria um espaço onde o artista pode ensaiar a escrita, os movimentos de sua escrita. Haveria um “potencial literário” (Moraes, 2018MORAES, Marcos Antonio de (2018). L’épistolaire au-délà de la littérature: les enjeux et les perspectives de l'interdisciplinarité. Épistolaire, v. 44, p. 191-196., p. 193) da carta: aquilo que se enxerga por trás de repetições de som, de volteios sintáticos, de metáforas poéticas. Antes que obra, a carta seria antes um eco da obra. Sem dúvida, ecos são audíveis de um lado e de outro.

Mas não se pode esquecer que a carta é uma escrita. E que ela constitui o corpus textual de uma obra que excede a simples divisão de gêneros. Por isso, cabe fazer algumas observações sobre aquilo que, na correspondência a Luiz Augusto, tem paralelo com o jogo literário de Ana Cristina Cesar. Nessas cartas, há, pelo menos, três aspectos que encontram coerência com a escrita da poeta: o plurilinguismo, o amor à resposta e a metalinguagem. São lances de escrita que encontram coerência com tipos de composição muito frequentes na autora.

I AM IN SCHOOL, YES SIR, J'Y SUIS SIM

Enquanto morava na Inglaterra, Ana estudava inglês, francês e correspondia-se com Luiz Augusto, que estava na Alemanha. Essa experiência de troca de línguas aparece explicitamente nas cartas. Para além da simples alternância entre os quatro idiomas, lemos uma espécie de reformulação constante de expressões estrangeiras que lembram muito a experiência de tradução de poesia: Ana C. se apropria não apenas da sintaxe e do vocabulário estrangeiro, mas também do estranhamento que a tradução de uma segunda língua pode carregar.

A primeira carta, de 19/08/1969 (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 39), nos dá uma pista — ou uma piscadela — interessante no que diz respeito à questão das diversas línguas utilizadas. Lemos: “Tudo muito pequeno e apertado. Mas it's delicious, you see. I can't think in Portuguese. It sounds false, see” (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 39). Desde o início, entramos num ritmo plurilinguístico curioso: a escrita desliza entre os idiomas e constrói — ou melhor, destrói — uma suposta linha divisória entre dois terrenos, duas línguas. As frases são atravessadas por detalhes de uma língua diferente daquela com a qual se escreve3 3 É curioso que a edição da Companhia das Letras tenha escolhido ora traduzir (em nota de rodapé) as expressões estrangeiras, ora deixá-las sem tradução. Em alguns casos, infelizmente, há erros de tradução nas notas (cf. nota 2 da carta de 21/12/1970). . Não exatamente porque tal língua soa mais artificial do que outra, mas porque nenhuma delas parece suficiente; como se, para além do “materno”, o outro idioma trouxesse um arrebatamento, uma irrupção do estrangeiro na língua: “Tou me sentindo enjoada, vazia, sem nenhuma metáfora, sonolenta nos tempos vagos, o fog partout, você, você, você, você” (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 175, grifo nosso).

Há casos em que a confusão linguística é elevada a um nível ainda mais complexo, não apenas vocabular, mas sintático ou idiomático; a poeta recria expressões a partir de traduções literais do francês e do inglês, como é o caso de “eu caio amorosa por você, eu caio em amor por você” (tomber amoureuse/to fall in love), “vou sentar os bebês” (to baby-sit) ou “mas antes eu queria te dizer qualquer coisa” (je voulais te dire quelque chose). Essas “intraduções” (para adaptar aqui um termo de Augusto de Campos), graças ao dispositivo da surpresa e ao tom do sotaque estrangeiro, criam um efeito poético de estranhamento.

Muitos efeitos desse tipo também aparecem em sua poesia. É o caso de trechos de “Luvas de pelica”, onde encontramos um “Blissful Sunday afternoon enroscada na cama”, por exemplo, ou um verso apaixonado bilíngue: “estou maniac e não sei onde você” (Cesar, 2013CESAR, Ana Cristina (2013). Poética. São Paulo: Companhia das Letras., p. 65).

Em outra carta (11/11/1969; Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 134), a poeta desabafa sobre a experiência de viver entre línguas e descreve a sensação de apreender o significante — coisa cara à poesia! — a partir de uma definição particular e poética de “língua pura”. Ela diz:

Talvez nem seja alemão seja holandês ou dinamarquês ou inglês ou mesmo português mas eu disse: — seja alemão! E assim talvez eu ouça o que você ouve com a incompreensão absoluta de quem distingue sons estratosféricos e só, como ondas abstraídas da linguagem — é bonito escutar a língua “pura”, só a forma, conteúdo nenhum, espelhoespelho que não reflete nada (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 135, grifos nossos).

Assim, a língua “pura” — esse espelho que não reflete nada — ativa no ouvido uma escuta plural, poliglota, plurilinguística, criando um universo particular de escrita no qual a relação tradicional com os sons (e, de certo modo, também com a “forma” em geral) desloca o raciocínio do signo, associando o afeto amoroso a uma estranha experiência do estrangeiro.

ME ESCREVE, EU PRECISO: QUEM MAIS FALA COMIGO É O RÁDIO

Outro aspecto presente nas cartas da poeta — e bastante marcado em sua poesia — é o desejo de resposta. É evidente que, no caso de uma troca de cartas, a expectativa da resposta está implícita, faz parte desse contrato. Porém, entendida como escrita, a tarefa do missivista não deixa de ser a de um sedutor. O sucesso da carta depende da resposta, e esse é o pacto implícito da sedução epistolar. O que é interessante destacar é que Ana Cristina Cesar não deixa esse desejo apenas como pressuposto da correspondência; antes, faz dele um dos temas principais de suas cartas.

Já conhecíamos esse apelo à resposta de outra publicação de cartas, nas quais lemos a correspondência da poeta com suas professoras (Heloísa Buarque de Hollanda, Clara Avim e Maria Cecília Londres), entre os anos de 1976 e 1980. Trata-se do livro Correspondência Completa, publicado pela editora Aeroplano (em parceria com o Instituto Moreira Salles), em 1999. Nas cartas agora publicadas, cruzamos o tempo todo com expressões que indicam a angústia da espera e a frustração do vazio deixado pela demora da resposta — pequena fórmula que associa a escrita das cartas ao projeto poético autoral: o impulso da interlocução, o jogo do endereçamento, o desejo da resposta.

“Me escreve depressa”, “me escreve devagar”, “me escreve manso, me faz perguntas”: são muitos os pedidos de troca, no sentido amplo; pedidos de correspondência, de uma relação a ser constituída pelas palavras. Nesse sentido, a poeta é exigente. É exigente com Luiz Augusto, que demora a responder, e é exigente com o leitor, que precisa entrar no seu jogo de cartas. Não basta responder, é preciso responder à altura. Nos seus poemas, lemos questões desse tipo. Em Luvas de Pelica, um reflexo da escrita da carta aparece impetuoso:

Estou jogando na caixa do correio mais uma carta para você que só me escreve alusões, elidindo fatos e fatos. É irritante ao extremo, eu quero saber qual foi o filme, com quem foi. É quase indecente essa tarefa de elisão, ainda mais para mim, para mim! É um abandono quase grave, e barato. Você precisava de uma injeção de neorrealismo, na veia (Cesar, 2013CESAR, Ana Cristina (2013). Poética. São Paulo: Companhia das Letras., p. 61).

Em muitos outros poemas, a impaciência da poeta aparece como o fervor de uma escrita epistolar: “devagar escreva/ uma primeira palavra/ escrava” (Cesar, 2013CESAR, Ana Cristina (2013). Poética. São Paulo: Companhia das Letras., p. 209). Ou então: “Querida. É a terceira com esta, a quarta que te escrevo sem resposta” (Cesar, 2013CESAR, Ana Cristina (2013). Poética. São Paulo: Companhia das Letras., p. 63).

PARA NÃO SOFRER NEM ESCREVER CATARSES

Por fim, é impossível não observar outro ponto comum com sua escrita poética: a metalinguagem. Enquanto escreve cartas, Ana fala sobre escrever cartas. São muitas as reflexões sobre a correspondência, sobre o estatuto daquilo que se escreve e, sobretudo, as limitações do gênero. Se, por um lado, a carta aproxima, por outro, é ela que instaura a distância. A correspondência é difícil: “EU NÃO POSSO ESCREVER ESSE MEU AMOR, EU NÃO POSSO TE AMAR POR ESSAS CARTAS” (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 51). É difícil no sentido amplo — e a busca pela resposta nos mostra o quão crucial essa questão da reciprocidade se coloca para Ana Cristina Cesar. No caso das cartas, a impossível reciprocidade motiva uma escrita altamente reflexiva, beirando às vezes uma espécie de salto ensaístico que busca suprir os limites do gênero.

Ana não desmente, escrever cartas é difícil:

É isso: eu não gosto de te falar por carta, é limitado, não expressa o que eu quero, dá uma ideia burra do que eu sinto e quero e penso e não penso. Eu sempre pensei que viesse a saber escrever um dia, mas escrever pro amor não tem nada a ver com saber, e eu nem sei (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 130).

A preocupação com a forma e com a qualidade daquilo que se escreve demonstra também como a carta flerta com a literatura: não se trata apenas do que se escreve, mas do como e do para quem, sobre qual papel. A preocupação estética é evidente4 4 A edição traz belíssimas imagens dos manuscritos de algumas cartas, nas quais podemos observar a preocupação estética presente no texto: a cor, a disposição, a sobreposição de papéis, as colagens. e fala-se muito sobre esse temor estético: “Está muito engraçada a parte da carta escrita hoje de madrugada. O estilo é cafona e eu estou tão admiravelmente sem máscara dizendo que queria encostar em você no verdadeiro sentido e sentir tua pele junto da minha” (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 43).

Tamanha atenção dedicada à carta — tanto àquelas enviadas pela autora quanto à própria questão geral da correspondência — mostra como esse tipo de escrita tem uma importância decisiva para a autora. Mais do que isso, mostra como sua reflexão sobre o endereçamento aparece desde cedo e se nutre continuamente não apenas da retórica da correspondência, mas também de sua lógica mais geral que associa o poético ao ato de estabelecer relação; e a leitura, a uma utopia da reciprocidade.

Ler as cartas a Luiz Augusto traz uma sensação paradoxal: rememorar a experiência muito específica de uma época passada e, ao mesmo tempo, vibrar pela novidade daquilo que nos fala no presente, num tom e num ritmo, numa entrega e numa espera familiares aos leitores de Ana C. O ouvido busca estar atento às diversas línguas que entortam e entornam a fala em traduções e intraduções; anseia pelo retorno do significante empenhado na leitura. Pela angústia da resposta, o leitor confirma a correspondência “desencontrada (integrando-se no desencontro geral)” (Cesar, 2022CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto. São Paulo: Companhia das Letras., p. 65).

  • 1
    Cf. o livro Escrever para quem? Ana Cristina Cesar (do qual participam os autores da presente resenha).
  • 2
    A expressão é de Ana Cristina Cesar: “Navarro, te deixo meus textos póstumos. Só te peço isto: não permitas que digam que são produtos de uma mente doentia! Posso tolerar tudo menos esse obscurantismo biografílico. Ratazanas esses psicólogos da literatura — roem o que encontram com o fio e o ranço de suas analogias baratas” (Cesar, 2013CESAR, Ana Cristina (2013). Poética. São Paulo: Companhia das Letras., p. 316).
  • 3
    É curioso que a edição da Companhia das Letras tenha escolhido ora traduzir (em nota de rodapé) as expressões estrangeiras, ora deixá-las sem tradução. Em alguns casos, infelizmente, há erros de tradução nas notas (cf. nota 2 da carta de 21/12/1970).
  • 4
    A edição traz belíssimas imagens dos manuscritos de algumas cartas, nas quais podemos observar a preocupação estética presente no texto: a cor, a disposição, a sobreposição de papéis, as colagens.

Referências

  • CESAR, Ana Cristina (2013). Poética São Paulo: Companhia das Letras.
  • CESAR, Ana Cristina (2022). Amor mais que maiúsculo: cartas a Luiz Augusto São Paulo: Companhia das Letras.
  • HAROCHE-BOUZINAC, Geneviève (2016). Escritas epistolares Tradução: Ligia Fonseca Ferreira. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
  • MORAES, Marcos Antonio de (2018). L’épistolaire au-délà de la littérature: les enjeux et les perspectives de l'interdisciplinarité. Épistolaire, v. 44, p. 191-196.
  • SISCAR, Marcos (org.) (2023). Escrever para quem? Ana Cristina Cesar. Campinas: Asa da Palavra. (No prelo.)

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    29 Nov 2022
  • Aceito
    11 Ago 2023
Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
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