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Uma reflexão potente sobre o ato de filosofar em Friedrich Nietzsche

Resenha: KRIEGER, Saulo. . O cerne oculto do projeto de Nietzsche: logos vs. pathos no ato de filosofar . São Paulo: Ideias&Letras, 2022, 288 pp.

É amplamente reconhecido o quanto a realidade outra da consciência - o inconsciente - teria sido anunciada já na obra do Friedrich Nietzsche, antecipando os caminhos seguidos por Freud, ainda que este viesse matizar essa problemática com cores e tons inesperados. É fecunda a reflexão sobre as relações entre a consciência e os impulsos orgânicos na obra do filósofo alemão, seja entre os pesquisadores brasileiros ou estrangeiros. O que parece de fato inédito ou ao menos muito pouco explorado - não na obra freudiana, decerto, mas em Nietzche - é uma interpelação acerca da natureza da consciência que inspecionasse o quanto sua instituição, sua atuação, seu esforço para pensar - e para filosofar - se efetua em simultaneidade e graças à ação efetiva dos mesmos impulsos que com ela antinomizam e dos quais ela deriva. Eis a novidade com que nos brinda Saulo Krieger, com o belo livro que chega agora às livrarias brasileiras: O cerne oculto do projeto de Nietzsche: Logos versus Pathos no ato de filosofarKRIEGER, Saulo. O cerne oculto do projeto de Nietzsche: logos vs. páthos no ato de filosofar. São Paulo, Ideias&Letras, 2022.

O livro que acaba de ser lançado pela editora Ideias e Letras impacta pela forma como está organizado, pela intensidade da escrita, pela qualidade do constructo. E também, evidentemente, pelo problema eleito como central, que norteia todo o texto, o qual é já enunciado no título, a saber, a dilemática relação, no pensamento nietzschiano, entre logos e pathos no fazer-se mesmo da filosofia. Problema, como advoga Krieger, que se enuncia nos primeiros textos do filósofo, os quais dialogam com a arte, mas que vai percorrer toda a obra, mesmo quando essa questão parece entrar num momento de hibernação. Por exemplo, no período em que o filósofo prioriza o diálogo com a ciência, no qual se prolonga, mas de modo um tanto tácito, a mesma perplexidade inaugural, a saber, a problemática interdependência entre consciência e inconsciente. Cumpre frisar que há certa beleza nessa insistência em defender a tese de que uma inquietação aparentemente localizada no início do percurso nietzschiano, a qual depois teria se perdido ou atenuado, na verdade nunca deixou de atuar, de sorte que reverbera fortemente e irradia pela completude da obra afora, mesmo nos momentos em que parece suplantada, esmaecida, ou mesmo desconhecida do próprio filósofo.

É nessa direção que Saulo Krieger vislumbra em O nascimento da tragédiaNIETSCHE, F. O nascimento da tragédia ou Helenismo e Pessimismo. São Paulo, Cia Letras, 2005. os problemas que constituirão o cerne oculto do projeto nietzschiano, cujos elementos fundantes já presentes nessa obra inaugural vão ressurgindo de modos inesperados nas obras posteriores - e não necessariamente sob o mesmo registro. O autor vai, destarte, manifestar-se acerca do caráter de protagonização inconsciente que esse livro primordial assume em toda a filosofia nietzschiana, uma vez que nessa obra o cerne do projeto nietzschiano já se teria delineado, ainda que numa espécie de lusco-fusco, ou seja, em tons que dificultam o seu pronto reconhecimento.

Miremos mais diretamente o problema privilegiado pelo autor em sua incursão por essa filosofia, o qual, sob a sua perspectiva, insistamos, trasborda o limiar da reflexão nietzschiana e derrama-se por toda a obra. Mais do que uma questão ligada à reflexão sobre a natureza da tragédia, efetivamente levada a cabo pelo filósofo alemão nos primórdios de sua reflexão, trata-se de vislumbrar, não apenas na obra inaugural, mas em todo o percurso nietzschiano, a recusa de um pensamento que não assuma a tragicidade de sua própria condição, digamos assim. Ou seja, a proposta lançada por Krieger implica interrogar o processo em que esta filosofia, desde seu limiar, se reconhece impulsionada por forças que, mais do que se antinomizarem com o ato de filosofar, revelam-se como a condição de sua potência, de sua fecundidade, de sua existência mesma, as quais revelam-se a um só tempo requisito incontornável de uma vida e de uma filosofia não mutiladas.

Nesse sentido, a filosofia nietzschiana, todo o livro em questão o demonstra, é aquela que opta por um pensar ou por um exercício de razão que não se reconhece fora do embate com as forças pulsionais, as quais, em última instância, são aquelas que conformarão ou que darão lugar às próprias forças conscientes a serem nutridas por esse embate. E assim será, mesmo que a consciência se ligue à linguagem verbal articulada, que se deixe ser facilmente traduzida por ela e que os impulsos permaneçam vinculados à obscuridade do que não se deixa expressar, ao indizível, o que aponta para a heterogeneidade das forças que assim se fundem. Sob esse aspecto é sintomática a discordância de Krieger em relação às leituras que perfilham uma dissolução da oposição entre consciência e inconsciente na obra nietzschiana, bem como sua contemporização com as interpretações que vislumbram nesta filosofia um pensar aberto à escuta e a profundos enlaces entre a consciência e o outro dela mesma, este que, em última instância, constitui a sua própria natureza - uma consciência do inconsciente, um inconsciente que devém consciência, para evocar aqui Enrico Müller, autor mencionado por Krieger.

Ao acompanhar a discussão acerca da relação entre a arte e o agonismo na interação entre os impulsos, adentramos o coração da densidade do livro. Ali tudo se amarra, e o autor explora claramente, a partir das dimensões pulsionais, o modo pelo qual se dá o embate entre consciência e os impulsos que com ela contraditam e, por outro lado, como desse confronto sai um pensamento vivo, um pensamento que se faz carne. São muito bonitas as passagens em que a discussão atinge o ponto fulcral da proposta dessa investigação e se debruça sobre o pathos do filosofar nietzschiano, apontando para o modo pelo qual ele se põe no encalço do equilíbrio agônico necessário para uma filosofia completamente destoante daquela produzida pela tradição. Ou seja, no auge desse embate, quando o pensar assume o seu tônus agonal, de modo que a embriaguez e o gozo se articulam com as condições gerais de preparo do que se está a produzir, encaminhando-se, assim, para uma natureza artística ancorada no dificultoso e doloroso confronto entre os impulsos, quando o pensamento se revela trágico no seu âmago mais profundo, é que uma filosofia efetivamente pulsante e viva advém.

Com efeito, de uma tradição que tende a postular a consciência como a totalidade da vida psíquica, Nietzsche teria se esquivado radicalmente, visto que não apenas acolheu esse outro da consciência, mas dele se nutriu, com ele se instrumentalizou para construir uma das obras filosóficas mais pungentes. Empenho que logra inverter a hierarquia secular instituída na história da filosofia, como evidencia muito bem o autor ao vincular a metáfora à clareza e à lucidez, ao mesmo tempo em que sublinha a prevalência de um pensar dominante, mas vítima de suas limitações, ao qual subjaz o conluio entre o conceito e o desconhecimento. Nesse sentido, o texto de Krieger tem o mérito de sustentar que um filosofar que incorpora as alteridades da razão, que se erige no confronto entre forças pulsionais antitéticas, reconhece a si mesmo como resultante do despertar dos impulsos orgânicos ou do inconsciente, - registro esse que não acompanhamos sem pensar em Freud, certamente.

Decerto, não passa despercebida, já na abertura do livro, as ricas indicações de um tensionamento entre distintas leituras da obra nietzschiana que se aproximam ou convergem para a interrogação que mobiliza o autor desse livro. A referência à tensão entre abordagens múltiplas e heterogêneas fornece um roteiro criterioso e bastante importante para o leitor que se interesse pela questão do inconsciente em Nietzsche. Com o esforço de sistematizar olhares que se contraditam ou que estabelecem consonâncias acerca dessa relação entre a consciência e o inconsciente na obra do filósofo alemão, Krieger nos direciona para as correlações entre a noção de inconsciente em Nietzsche e a obra de Freud. É assim que o autor nos remete ao estudo de Paul Laurent Assoun acerca das relações entre Freud e Nietzsche, no que toca à noção de impulso e inconsciente e brinda-nos com uma sistematização dos sentidos tomados por essas noções em diferentes momentos da obra nietzschiana. Nessa direção ainda, é mencionada a tese de Günter Gödde, segundo a qual Nietzsche teria antecipado o conceito de resistência, bem como conceitos fundamentais do Freud mais tardio, tais como superego e pulsão de morte. Claramente, esse movimento tecido na introdução da obra visa esclarecer que rastrear essas relações ou o percurso desses conceitos na obra de Nietzsche, bem com sua relação com a psicanálise, não perfaz o seu escopo, mas concede simultaneamente que o espectro das relações entre esse pensamento - que assume o enlace entre logos e phatos, entre consciente e inconsciente - e a psicanálise irrompe durante a leitura, e que essas interrogações acerca da relação entre essa filosofia e esse saber despontam virtualmente em muitos momentos do percurso seguido pelo autor. À guisa de exemplo, poderíamos mencionar o capítulo II, quando Krieger procede à fundamentação das noções de instintos e de impulso, momento em que a leitura evoca as noções de pulsão e de princípio de prazer tal como fundamentadas no universo teórico de Freud. Temos aqui a evidência e o reconhecimento, por parte do autor, de que um texto escrito ultrapassa sempre as pretensões claramente estabelecidas por seu autor.

Mas, para além dessas conexões espectrais que ecoam pelo livro, a ideia que se impõe, na leitura encetada por Krieger, é a de que uma filosofia que se constitui no embate - ou no enlace - entre forças antitéticas, a consciência e o outro dela mesma, não se consuma sem que se transmude em sua forma, amalgamando-se com o fazer artístico, temas que afloram nos dois primeiros capítulos e nos conduzem às questões nucleares do livro. Os argumentos desenvolvidos vêm, pois, sustentar que a arte está profundamente ligada à presença da natureza em nós, ao orgânico, aos instintos. Nesse sentido, o seu fazer e os seus rebentos estão relacionados a estados de alma elevados, com alto sentimento de potência, a momentos felizes, à divinização da vida e à celebração da existência. A arte é, por excelência, a esfera em que as criações revelam a sua condição de resultado da dialética sem síntese entre princípios antinômicos, ou do embate insuperável e interminável entre consciente e inconsciente. A filosofia, por sua vez, deve se assumir como resultante estético do embate entre as pulsões. Assim como na arte, também ela deve ser antecipada por alguma ação pulsional vigorosa, com a embriaguez que parece preceder os afetos cujo vigor culminam na criação. Ambas - filosofia e arte - devem pois configurar uma voluptuosa afirmação da vida. Em última instância, depreendemos da tese sustentada por Krieger que o horizonte almejado pela filosofia em Nietzsche implica apossar-se dos propostos traços estruturantes do fazer artístico, para que um outro processo de interiorização se efetue, diverso daquele que mutilou a vida instintiva ou pulsional do homem e o transformou em ser reflexivo. Assim, se consideramos um dos aspectos do fazer artístico, que evidencia a relação da arte com a fisiologia, a saber, a fusão do organismo com a natureza em meio à qual o orgânico age como artista, e se a consciência não se dissocia de impulsos orgânicos, filosofar é também fazer arte. A filosofia, tal como a arte, deve também transfigurar o invisível em forma. Ambas compartilham os mesmos traços e são movidas pela mesma necessidade de converter obstáculos - a matéria a que se dá forma - em estímulos, operando destarte a passagem do inconsciente para o consciente, não numa relação de causa e efeito, decerto, mas como protagonistas do ato gerador. A forma daí resultante, em Nietzsche, ultrapassa a mera condição de expressão - no caso o aforismo - e implica a recriação da linguagem para além do gregarismo que dela exala, ou para aquém, já que se trata de retomar a força do momento anterior à cristalização, quando a linguagem está associada ao instinto e não ao processo de interiorização, de dissociação da vida e de supremacia do simbólico. O estilo que expressa o pensamento sentido seria então a forma resultante do esforço de retorno a esse momento, em que as palavras ainda não são prisioneiras de sentidos cristalizados. Com esse retorno elas se tornam capazes de expressar a violência criadora e dramática do embate entre o inconsciente e a consciência, a tensão interna ou o pathos que define a condição humana. O estilo adquire assim um protagonismo. Ele aflora como a tradução do homem concreto em detrimento do homem abstrato; cabe a ele exprimir uma filosofia não mais alheia aos instintos e ao drama que a produz, uma filosofia que não mais se defenda de si mesma. O estilo será, em suma, revelador de um ato de filosofar pautado pela assunção do embate agônico que a constitui e finda por operar a convergência entre poesia e filosofia. O fazer linguístico dessa filosofia, ou seja, o seu estilo, é artístico. Com o estilo o pensamento filosófico se faz carne, reivindica Krieger. Daí o recurso a todas as figuras de linguagem e a celebração da imagem como recurso vivo e primordial. Mas para além das imagens o estilo dessa filosofia introduz nela o ritmo, quando então ela se coaduna com a própria vida. Questões aqui irrompem na mente do leitor inquieto. Esse estilo que atualiza o confronto agônico entre os impulsos e a consciência, em última instância opera uma fusão entre filosofia e poesia? Ou ele exige do prosador que a despeito da sua poética e da sua natureza metafórica nunca ultrapasse a linha que as separa, já que o fazer artístico não está restrito aos tradicionais domínios artísticos? E nesse caso haveria uma especificidade que impediria essa fusão ou não? O ritmo teria algum papel na manutenção dos diques, ou não faria mais sentido falar em diques entre filosofia, literatura e poesia? Cabe ao leitor buscar as respostas se tiver a audácia de acompanhar os argumentos e as reflexões de Krieger.

A questão nuclear do livro - a saber, a indagação acerca da natureza estruturante da consciência, que não apenas se interrelaciona com o inconsciente, mas que é dele decorrente, é por ele habitada, numa convivência que nada tem de plácida ou tranquila - não se esmaece em nenhum momento desse texto potente. E o ápice dessa problematização delineia-se no momento em que o autor nos remete à figura perturbadora de Dioniso que remete ao terror e ao êxtase da ruptura do principium individuationis, como afirma Nietzzsche em O nascimento da Tragédia, (Nietzsche, 2005NIETSCHE, F. O nascimento da tragédia ou Helenismo e Pessimismo. São Paulo, Cia Letras, 2005., p.30) e ao princípio do dionisíaco, cuja analogia lemos em O nascimento da tragédiaNIETSCHE, F. O nascimento da tragédia ou Helenismo e Pessimismo. São Paulo, Cia Letras, 2005.: Não poderia haver imagem mais penetrante e emblemática de um pensamento ou de um filosofar que se recusou a perfilhar a trajetória eleita pela tradição. E essa imagem, em Nietzsche, reaparece revigorada e reinventada, já que não se trata de dar vazão a um inconsciente sem diques, à embriaguez ou à hybris. O teor da discussão assim desenvolvida vem esclarecer que o desvio da tradição operado pelo enlace entre a consciência e os impulsos orgânicos e não mais pela expulsão e ignorância sistemática desses últimos, não pode ser apenas conteudista, ele implica também uma guinada radical no que tange ao seu caráter formal. Afinal, dizer que a consciência brota da desrazão é o mesmo que dizer que Apolo está subsumido a Dioniso, alfa e ômega dessa filosofia, parafraseando o autor. Tal subsunção, entretanto, não opera nem a anulação, nem a minimização do apolíneo, implica antes interrogar o modo pelo qual o Dioniso transmuda-se em Apolo, que no dizer de Deleuze “Divinisa o princípio de individuação, constrói a aparência da aparência, a bela aparência, o sonho ou a imagem plástica, e liberta-se assim do sofrimento” (Deleuze, s/dDELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia, Porto, Rés Editora, s/d, p.20).

Nesse sentido, a singularidade trazida pela perspectiva do livro que o leitor tem em mãos é a de exacerbar as leituras que entendem que a pura defesa da continuidade entre a consciência e os impulsos orgânicos e inconscientes ofusca o papel que a hierarquia das funções orgânicas tem na constituição da consciência, ou aquelas que vislumbram em Dioniso um mero suplemento da consciência. Ou seja, mais do que prosseguir na reafirmação do caráter indissociável entre consciência e inconsciente, como muitos já o fizeram, a pretensão levada a cabo por Krieger consiste em sustentar que a transfiguração do inconsciente em consciência não se evade nunca de um embate agônico entre impulsos antinômicos. Confronto que se atualiza na imagem do pathos filosófico, em Dioniso, pois. Daí a assertiva da qual Krieger não abdica: não só a modalidade de uma filosofia artística advém dessa fusão entre forças antinômicas, mas também um filosofar que só logra se manifestar num estilo trágico, compreendido como o pensar que expressa e porta em si a “protagonização agônica” das pulsões, num equilíbrio gritantemente tenso de princípios antinômicos. Instaura-se assim um filosofar que se apropria da linguagem de modo que o discurso não seja mais ignorante dos processos que o edificam. Um estilo que funde fisiologia e linguagem e que, portanto, efetua uma aproximação cerrada com a poesia

Ademais, O cerne oculto do projeto de NietzscheKRIEGER, Saulo. O cerne oculto do projeto de Nietzsche: logos vs. páthos no ato de filosofar. São Paulo, Ideias&Letras, 2022 tem o mérito de expandir a radicalidade dessa conotação nietzschiana do trágico. Já não se trata apenas de mostrar que essa filosofia reflete sobre o trágico, que nela tragicidade e existência se fundem, pois de acordo com algumas leituras é somente com a filosofia nietzschiana que isso de fato ocorre, mas trata-se de mostrar que ela - esta filosofia - é, em si mesma, na sua forma e no seu conteúdo, uma experiência de tragicidade, uma criação trágica, o que impede que o seu conteúdo, resultante do confronto permanente de princípios diversos, não possa ser pensado dissociado do seu estilo e do seu processo de criador. É nessa direção que Krieger explora a possibilidade de uma forma ou de um gesto de criação fisiologicamente entrelaçado ao que pretende expressar. Nesse sentido, “o que mostra se entrelaça ao que faz com que se mostre”, o que culmina numa filosofia permanentemente tensionada pelo embate de placas tectônicas. Imagem forte essa mobilizada por Krieger, profundamente reveladora da força e da estatura dessa filosofia.

Por todas as razões aqui expostas, Saulo Krieger, ao trazer a público esse seu texto inquietante, brinda-nos com uma reflexão de qualidade e densidade ímpares. Ao mesmo tempo, seu livro vem atualizar uma perspectiva que paira sobre a obra nietzschiana, mas que por vezes se ofusca, a saber, o vislumbre de que por toda a sua obra fundem-se o filósofo e o artista e de que o advento da obra de ambos implica sempre o enlace tenso, pujante e doloroso entre logos e pathos.

Referências

  • DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia, Porto, Rés Editora, s/d
  • KRIEGER, Saulo. O cerne oculto do projeto de Nietzsche: logos vs. páthos no ato de filosofar São Paulo, Ideias&Letras, 2022
  • NIETSCHE, F. O nascimento da tragédia ou Helenismo e Pessimismo São Paulo, Cia Letras, 2005.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Jun 2023
  • Data do Fascículo
    Jan-Apr 2023

Histórico

  • Recebido
    03 Set 2022
  • Aceito
    08 Nov 2022
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