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Editorial

No início de dezembro de 2014, indicadas pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e apoiadas pelas antigas editoras, assumimos esta função na Revista CoDAS, cientes da relevância desta jornada e da responsabilidade em garantir a excelência deste periódico para a comunidade científica da Fonoaudiologia. Com a seriedade e dedicação necessárias, temos utilizado longos períodos neste processo para discutir escopo, critérios editoriais, pareceristas, editores associados e, assim, refletir ações futuras que possam manter todo o excelente trabalho realizado pelas editoras anteriores e, ainda, buscar novas indexações. Para isto, precisamos incentivar e garantir a qualidade das produções científicas, fortalecer a análise dos desenhos de estudo, manter rigorosos critérios metodológicos e estimular a submissão de estudos multicêntricos.

O novo grupo de Editores Associados, que passará a exercer forte colaboração junto aos Editores Chefes, manteve a representação internacional anterior e trouxe mudanças significativas na representação nacional de pesquisadores. Critérios baseados em áreas, expertise e representação científica foram nossa prioridade.

Neste primeiro fascículo da CoDAS de 2015, temos a representação de cinco estados brasileiros e de dez Instituições de Ensino distintas. O fascículo contém 5 artigos na área de Audiologia e 5 na área de Linguagem, 1 em Motricidade orofacial, 2 em Voz e 1 em Disfagia. Destes, 13 são artigos originais e um de revisão.

O estudo de Sanchez, Oliveira, Kii, Freire, Cota e Moraes avaliou a vulnerabilidade auditiva em adolescentes com zumbido. Concluíram que não houve evidência de alterações auditivas mínimas e levantaram hipótese de que a diminuição do limiar de desconforto ao som poderia ser o primeiro sinal de vulnerabilidade. O artigo de Frederique-Lopes, Bevilacqua ( in memorian ) e Costa teve por objetivo realizar a tradução e adaptação transcultural para a Língua Portuguesa do Munich Music Questionaire.Concluíram que a tradução e adaptação permitiu verificar a aplicabilidade na população de usuários de Implante Coclear. Barbosa, Medeiros, Rossi-Barbosa eCaldeira analisaram a autoavaliação de usuários de aparelho de amplificação sonora individual em região específica do País. Concluíram que os escores encontrados são menores do que os verificados em outras regiões do País. Almeida, Matas, Couto e Carvalho estudaram a qualidade de vida de crianças portadoras de Implante Coclear na perspectiva de seus pais. Os autores constataram que houve interferência do tempo de uso do Implante Coclear no domínio comunicação.Marchesin e Iório analisaram o efeito do longo tempo de uso de próteses auditivas com a compreensão de frequências em testes comportamentais verbais e atividades diárias na população adulta. Verificaram que a compreensão de frequência propicia a audibilidade. Giorgetti, Oliveira e Giachetiinvestigaram o perfil comportamental e de competências sociais de indivíduos com e sem gagueira e correlacionaram o desempenho comportamental e de competência social com o grau de severidade da gagueira. Concluíram que, na opinião dos pais, os filhos com gagueira apresentam comportamento e competência social peculiar. Prado-Oliveira, Marques, Souza, Souza-Brosco e Dutka reportaram os resultados da palatoplastia na Sequência de Pierre Robin. Concluíram que a ocorrência de nasalidade foi menor na população que recebeu a técnica de Furlow e que o grau de nasalidade variou de acordo com o método de avaliação. O trabalho de Pereira, Santos, Nunes, Oliveira, Santos e Martins-Reis verificou a associação entre os recursos familiares e o desempenho de escolares na região de Belo Horizonte, Minas Gerais. Para os autores, o ambiente familiar influenciou o desempenho escolar das crianças do estudo. Fleury e Avila caracterizaram e correlacionaram o desempenho de escolares brasileiros expostos a dois idiomas, em fluência leitora, memória fonológica e nomeação rápida, segundo o ano escolar. Encontraram influência positiva da aquisição da segunda língua sobre as variáveis estudadas. Chacon e Villega estudaram a presença e ausência de hesitação no par dialógico. Constataram que a hesitação no discurso possui relação com o tipo de pergunta do interlocutor. O estudo de Bussanelo-Sthela, Blanco-Dutra, Corrêa e Silva investigou a fadiga do músculo orbicular em crianças por meio de eletromiografia de superfície. Verificaram que a fadiga do músculo orbicular ocorre já nos cinco segundos iniciais da atividade. Santos, Aguiar, Baeck e Borsel traduziram, adaptaram e analisaram a aplicabilidade do Transgender Voice Questionnaire for Male to Female Transsexuals para o Português Brasileiro. Concluíram que o instrumento é indicado para autoavaliação vocal de pacientes transexuais independentemente do gênero. Fadel, Dassie-Leite, Santos, Rosa e Marquesdescreveram as características acústicas da qualidade vocal metálica em cantoras amadoras. As análises evidenciaram valor de frequência de formante F0aumentado e valores de frequências de formantes F2, F3 e F4 maiores quando comparados ao grupo controle, de cantoras sem voz metálica. Lima, Côrtes, Bouzada eFriche apresentaram artigo de revisão sistemática e metanálise sobre a prontidão do recém-nascido para a alimentação por via oral. Incluíram 29 estudos e, apesar da impossibilidade de generalização dos resultados devido à heterogeneidade encontrada, constataram a importância de estratégias de estimulação do sistema sensório motor oral para a diminuição do período de transição até a alimentação oral plena.

Contamos com a participação de todos na submissão de novos trabalhos e sentimo-nos honradas com a confiança depositada para dar continuidade às conquistas da revista.

Ana Luiza NavasRoberta Gonçalves da Silva

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Feb 2015
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