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Editorial

Um dos nossos compromissos com a CoDAS incluía aumentar o número de artigos publicados por fascículo, garantindo a qualidade e a sustentabilidade da revista. Essa missão, a partir de 2016, tornou-se um fato com a parceria que a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia estabeleceu com o Conselho Federal de Fonoaudiologia e com a aprovação de consecutivos Editais de financiamento CNPQ e FAPESP. Neste fascículo 28(2), temos 16 artigos, sendo três na área de Audiologia, quatro em Linguagem, seis em Motricidade Orofacial, um em Disfagia e quatro em Voz. Destes, 13 são artigos originais, dois são comunicações breves e um artigo do tipo revisão sistemática. Leite, Souza Silva e Buzo no artigo sobre “Emissões otoacústicas em recém-nascidos com hipóxia perinatal leve e moderada” estudaram as amplitudes das emissões otoacústicas em recém-nascidos a termo, sem risco para deficiência auditiva, que apresentaram hipóxia leve ou moderada e concluíram que a privação mínima de oxigênio pode comprometer as respostas. No estudo sobre “Avaliação da atenuação de protetor auditivo em uma situação real de trabalho por meio do método field Microphone-in-real-ear (f-MIRE)”, os autores Rocha, Longo, Moreira e Samelli analisaram a eficácia da atenuação de um protetor auditivo em uma situação real de trabalho utilizando o método f-Microphone-in-real-ear (f-MIRE) e verificaram que foi possível conhecer o nível pessoal de atenuação do protetor auditivo durante uma situação real de trabalho. Os autores Angelo, Moret, da Costa, Nascimento e Alvarenga na pesquisa sobre “Qualidade de vida em adultos usuários de implante coclear” sugeriram que avaliar a qualidade de vida nessa área deve ser uma preocupação das equipes interdisciplinares em implante coclear para uma intervenção com cuidado humanizado. Os autores internacionais Steele, Ahmed, Peladeau-Pigeon, Valenzano e Namasivayam no artigo “The Effectiveness of the Head-Turn-Plus-Chin-Down Maneuver for Eliminating Vallecular Residue” estudaram a combinação de manobras posturais de cabeça para a limpeza de resíduos faríngeos e concluíram que a aplicação dessa combinação de manobras auxilia efetivamente na limpeza desses resíduos. Monteiro-Luperi, Befi-Lopes, Diniz, Krebs, Carvalho no artigo “Desempenho linguístico no prematuro de 2 anos, considerando idade cronológica e idade corrigida” concluíram que o grupo de prematuros aos 2 anos de idade representa uma população de risco para alterações de linguagem que não podem ser compensadas com a correção da idade. Os autores Alves, Casella e Ferraro no artigo “Desempenho ortográfico de escolares com dislexia do desenvolvimento e com dislexia do desenvolvimento associado ao transtorno do déficit de atenção e hiperatividade” analisaram o desempenho ortográfico de crianças com dislexia do desenvolvimento e com dislexia do desenvolvimento e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e concluíram que os resultados poderão auxiliar em um programa de intervenção. No artigo sobre “Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde e afasia: um estudo da participação social”, os autores Pommerehn, Delboni e Fedosse concluíram que a restrição na participação foi a mais evidente, decorrente mais dos fatores ambientais do que das sequelas advindas das lesões cerebrais. Furlan de Oliveira, Scarmagnani, Fukushiro e Yamashita no artigo “Influência do treinamento dos avaliadores no julgamento perceptivo da hipernasalidade” investigaram a influência do treinamento prévio sobre a concordância entre diferentes avaliadores no julgamento perceptivo da hipernasalidade e concluíram que o treinamento das avaliadoras e a definição de critérios para a classificação da hipernasalidade levaram ao aumento do índice de concordância intra e interavaliadores. Hilasaca-Mamani, Barbosa, Fegadolli, Midori Castelo no artigo “Validity and reliability of the Quality of Masticatory Function Questionnaire applied in Brazilian adolescents” desenvolveram etapas da validação do instrumento sobre a função mastigatória em adolescentes brasileiros. No artigo “Efeito do Tempo de Contração e Repouso na Atividade dos Músculos Masseter e Temporal Anterior em Indivíduos com DTM”, os autores Ries, Graciosa, Soares, Sperandio, Santos, Degan e Gadotti investigaram o efeito do tempo de contração e repouso na atividade dos músculos masseter e temporal e concluíram que, apesar de os sujeitos com DTM apresentarem maior suscetibilidade à fadiga, comparados a controles, ambos os grupos devem respeitar o tempo máximo de contração e o mínimo de repouso. Neste artigo de revisão “Interferências dos bicos ortodônticos e convencionais no sistema estomatognático”, os autores Corrêa, Bueno, Lauris, Berretin-Felix verificaram que não foi possível concluir a existência de diferenças quanto às consequências ao sistema estomatognático ocasionadas por bicos convencionais e ortodônticos de chupeta/mamadeira. Os autores Albuquerque e da Silva no artigo “Características do percurso da movimentação mandibular nos diferentes tipos de Doença de Parkinson (DP)” concluíram que os fatores relacionados aos processos adaptativos e compensatórios derivados da diminuição da ação dopaminérgica pareceram explicar melhor as alterações observadas na movimentação mandibular no grupo com DP. No estudo sobre “Análise perceptivo-auditiva de vozes rugosas e soprosas: Correspondência entre a escala visual analógica e a escala numérica”, os autores Baravieira, Brasolotto, Montagnoli, Silvério, Yamasaki e Behlau determinaram valores de corte dos diferentes graus de rugosidade e soprosidade vocal em uma escala visual analógica, a partir de uma escala numérica. Os autores Mendes, de Lucena, De Araújo, de Melo, Lopes, de Lima Silva no artigo “Voz do professor: sintomas de desconforto do trato vocal, intensidade vocal e o ruído em sala de aula” constataram correlação entre intensidade vocal e sintomas de desconforto do trato vocal, sendo a maioria dos sintomas relatados em maior frequência e intensidade após a aula. No artigo “Telerreabilitação vocal na Doença de Parkinson”, os autores Dias, Limongi, Barbosa e Hsing sugerem que a telerreabilitação é uma intervenção eficiente para os sintomas da qualidade da voz associados à DP e pode ser indicada para pacientes com acesso a tecnologias e dificuldades no alcance de profissionais ou centros especializados. Gama, Santos, Pedra, Rabelo, Magalhães, de Las Casas no artigo “Dose vocal em professores: correlação com a presença de disfonia” investigaram o tempo de fonação e a dose cíclica de professoras com disfonia e de professoras sem alteração de voz durante a atividade letiva e concluíram que a disfonia associa-se com maior tempo de fonação e maior exposição do tecido da prega vocal a fonotraumas.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Abr 2016
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