Acessibilidade / Reportar erro

Editorial

Um dos maiores desafios dos periódicos nacionais é aumentar a visibilidade de seus artigos e, consequentemente, aumentar o número de citações destes em outros trabalhos tanto na literatura internacional como nacional. Mesmo considerando que os artigos publicados têm qualidade científica, o processo de divulgação dessa produção qualificada não é automático. Houve avanços importantes com a política de acesso aberto (Open access) implementada por diversas bases de dados como é o caso da SCIELO, mas ainda é limitado a uma busca ativa por esses artigos. Várias iniciativas têm fomentado que a produção científica seja divulgada não somente para leitores especializados, mas também para o público em geral. Ferramentas como Facebook, Twitter, blogs de ciência têm certamente contribuído para esta divulgação. Cabe aos autores procurarem os melhores caminhos para esta visibilidade desde que respeitem as regras de propriedade intelectual de cada revista. Portais de divulgação científica como o Research Gate e Google Scholar ajudam bastante. Além disso, recomendamos que todos os autores e avaliadores atualizem o seu registro nas plataformas ResearchID e OrchiID que facilitam a padronização das citações. No fascículo 28(3), apresentamos 18 artigos, sendo dois na área de Audiologia, sete em Linguagem, quatro em Motricidade Orofacial, dois em Disfagia e três em Voz. Destes, 15 são artigos originais, dois são comunicações breves e um artigo, de revisão sistemática. Luiz, Garcia e Azevedo no artigo “Potencial evocado auditivo de estado estável em crianças e adolescentes” verificaram que a correlação entre os limiares eletrofisiológicos e os limiares comportamentais obtidos na audiometria tonal liminar em crianças e adolescentes com audição normal e perda auditiva foi encontrada apenas no grupo com perda auditiva. Levy e Rodrigues-Sato apresentaram o resultado do estudo de “Validação do questionário Parent’s Evaluation of Aural/Oral Performance of Children–PEACH em Língua Portuguesa Brasileira”. Rezende, Lemos e Medeiros estudaram os “Aspectos temporais auditivos de crianças com mau desempenho escolar e fatores associados” e concluíram que as crianças com mau desempenho escolar apresentaram alterações dos aspectos temporais auditivos. No artigo de Campos e Fernandes “Perfil escolar e as habilidades cognitivas e de linguagem de crianças e adolescentes do espectro do autismo”, os autores verificaram que crianças com melhores resultados em inteligência não verbal e melhores habilidades de comunicação e comportamento tendem a permanecer mais tempo na escola por semana. Glória, Hanauer, Wiethan, Nóro e Mota no artigo “O uso das conjunções por crianças com desenvolvimento típico de linguagem” verificaram que, quanto maior a faixa etária, maior foi a variedade encontrada em relação aos tipos de conjunções. Kruel, Rechia, Oliveira e Souza estudaram as “Categorias enunciativas na descrição do funcionamento de linguagem de mães e bebês de um a quatro meses” e perceberam a mutualidade mãe-bebê na maior parte das cenas analisadas. Rosell-Clari, González estudaram a relação entre Teoria da mente e linguagem em pessoas com demência no trabalho “Theory of Mind (ToM) and language. Stimulating metalinguistic skills in people with dementia”. Martins-Reis, Maciel, Ribeiro, Souza e Chaves no trabalho “Gagueira na escola: efeito de um programa de formação docente em gagueira” verificaram a eficácia do Programa de Formação na ampliação dos conhecimentos sobre a gagueira. Araújo, Maciel, Paiva, Bezerra no estudo “Volume derramado, saturação de oxigênio e frequência cardíaca durante a alimentação de recém-nascidos prematuros: comparação entre dois métodos alternativos de oferta” compararam o uso da seringa e da técnica sonda-dedo e constataram que a técnica sonda-dedo proporciona menor derramamento da dieta. Os pesquisadores Medeiros, Fukushiro e Yamashita estudaram a “Influência da amostra de fala na classificação perceptiva da hipernasalidade” e concluíram que a repetição de sentenças favoreceu a confiabilidade do julgamento perceptivo da hipernasalidade de um mesmo avaliador. O estudo de Marino, Cardoso, Ramos e Dutka estabeleceu os “Valores de nasalância para sílabas produzidas por falantes do Português Brasileiro” e demonstrou variação quanto às sílabas investigadas e também para variável gênero para falantes adultos. Rondon-Melo e Andrade compararam métodos de aprendizagem em Fonoaudiologia no estudo intitulado “Educação mediada por tecnologia em Fonoaudiologia: impacto na motivação para aprendizagem sobre o Sistema Miofuncional Orofacial”. A partir das respostas a um questionário específico, constatou-se que o modelo computacional 3D foi mais eficiente para motivar os estudantes durante a aprendizagem. Os autores Bolzan, Berwig, Prade, Cuti, Yamamoto, Silva e Weinmann avaliaram a acurácia de um protocolo de “Avaliação para o início da alimentação oral de recém-nascidos pré-termo”. Lopes e Silva analisaram a relação da “Autoavaliação e prontidão para mudança em pacientes disfônicos” e constataram que pacientes com maior frequência de sintomas vocais referidos na Escala de Sintomas Vocais apresentam maior prontidão para a mudança, já que os sintomas impactam a qualidade de vida. O trabalho de Andrade, Giannini, Duprat e Ferreira não identificou “Relação entre a presença de sinais videolaringoscópicos sugestivos de refluxo laringofaríngeo e distúrbio de voz em professoras” e, por outro lado, encontrou a associação entre idade e escore de IDV. O estudo intitulado “Curva Receiver Operating Characteristic Curve (curva ROC)” do Protocolo qualidade de vida em voz pediátrico (QVV-P) dos autores Krohling, Paula, Behlau constatou que a percepção dos pais/responsáveis quando há uma alteração na voz de seu filho possibilita a compreensão do comprometimento na qualidade de vida relacionada à voz, principalmente no que se refere às questões físicas do QVV-P. Porta, Carrada e Ison desenvolveram um programa de intervenção para crianças de risco, “Phonological Awareness Intervention and Attention Efficiency in Children at Risk: Evidence of Effectiveness on Visual Attention” e indicaram a melhora da atenção dessas crianças para estímulos linguísticos. Os autores Monteiro, Cordeiro, Silva e Queiroga no estudo “O desenvolvimento da linguagem da criança após o implante coclear: uma revisão de literatura” verificaram a partir de uma revisão sistemática da literatura que usuários de implante coclear apresentam desenvolvimento linguístico e educacional aquém de seus pares com audição normal, porém melhor que os usuários de próteses convencionais, podendo igualar-se a eles com o passar do tempo.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2016
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Al. Jaú, 684, 7º andar, 01420-002 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax 55 11 - 3873-4211 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@codas.org.br