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Conhecimento em cuidados vocais por indivíduos disfônicos e saudáveis de diferentes gerações* * Apresentado no 22º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia: 8 a 11 de outubro de 2014, Joinville, SC, Brasil.

RESUMO

O objetivo deste estudo é identificar as opiniões de indivíduos disfônicos e vocalmente saudáveis sobre os fatores que fazem bem e mal para a voz, analisando-os de acordo com a geração a que pertencem. Oitocentos e sessenta e seis indivíduos (304 sujeitos disfônicos e 562 vocalmente saudáveis; 196 homens e 670 mulheres), categorizados por gerações, 22 indivíduos na Silent Generation (1926/-/1945), 180 na Baby Boomers (1946/-/1964), 285 na Geração X (1965/-/1981) e 379 na Geração Y (1982/-/2003), responderam a duas questões abertas: “Cite até cinco coisas que você acha que façam bem/mal para a sua voz”. Foram identificadas 5260 respostas (2478 positivas e 2782 negativas) e categorizadas em 365 fatores relacionados à voz. Os três fatores positivos e negativos de maior ocorrência para cada geração foram: Silent Generation – fatores positivos: 1- água, mel e romã, 2 - maçã e 3 - chá de gengibre, exercícios vocais e gargarejo; fatores negativos: 1 - bebidas geladas, 2 - falar muito e 3 - bebidas alcoólicas, fumar e gritar; Baby Boomers – fatores positivos: 1- água, 2 - maçã e 3 - dormir bem; fatores negativos: 1 - bebidas geladas, 2 - gritar e 3 - fumar; Geração X – fatores positivos: 1 - água, 2 - maçã e 3 - aquecimento vocal; fatores negativos: 1 - gritar, 2 - fumar e 3 - bebidas alcoólicas; Geração Y – fatores positivos: 1 - água, 2 - maçã e 3 - aquecimento vocal; fatores negativos: 1 - gritar, 2 - fumar e 3 - bebidas alcoólicas. O impacto das gerações foi mais observado na frequência das respostas que em seu tipo. Água e maçã são os aspectos positivos mais citados em todas as gerações; gritar e fumar são os negativos mais frequentes. Aspectos comportamentais relacionados às crenças foram mais relatados pelas gerações mais antigas.

Descritores:
Voz; Disfonia; Inquéritos e Questionários; Conhecimento; Relação entre Gerações; Fonoaudiologia

ABSTRACT

The purpose of this study was to identify the opinions of both dysphonic and vocally healthy individuals regarding the factors that affect their voices positively and negatively, analyzing them according to the generation to which the participants belong. Eight hundred sixty-six individuals (304 dysphonic and 562 vocally healthy; 196 men and 670 women) categorized by generation: 22 individuals in Silent Generation (1926/-/1945), 180 in Baby Boomers (1946/-/1964), 285 in Generation X (1965/-/1981), and 379 in Generation Y (1982/-/2003) responded to two open questions: “Cite five things that you believe are good/bad to your voice”. Five thousand, two hundred sixty answers were identified (2478 positive and 2782 negative) and organized in 365 factors related to voice care. The three most prevalent positive and negative factors for each generation were as follows: Silent Generation – positive factors: 1 - water, honey and pomegranate, 2 - apple, and 3 - ginger tea, voice exercises and gargling; negative factors: 1 - cold drinks, 2 - excessive speaking, and 3 - alcoholic drinks, smoking and screaming; Baby Boomers – positive factors: 1 - water, 2 - apple, and 3 - sleeping well; negative factors: 1 - cold drinks, 2 - screaming, and 3 - smoking; Generation X – positive factors: 1 - water, 2 - apple, and 3 - vocal warm-up; negative factors: 1 - screaming, 2 - smoking, and 3 - alcoholic drinks; and Generation Y – positive factors: 1 - water, 2 - apple, and 3 - vocal warm-up; negative factors: 1 - screaming, 2 - smoking, and 3 - alcoholic drinks. The impact of generation was greater on the frequency of the responses than on their type. Water and apple were the most frequently cited positive factors for all the generations investigated, whereas screaming and smoking were the most frequently mentioned negative factors. Behavioral aspects related to popular beliefs were reported more frequently by the older generations.

Keywords:
Voice; Dysphonia; Surveys and Questionnaires; Knowledge; Intergenerational Relations; Speech, Language and Hearing Sciences

INTRODUÇÃO

A terapia vocal indireta tem como um de seus objetivos contribuir para a conscientização de fatores e hábitos que interferem na produção da voz(11 Carding PN, Horsley IA, Docherty GJ. A study of the effectiveness of voice therapy in the treatment of 45 patients with nonorganic dysphonia. J Voice. 1999;13(1):72-104. http://dx.doi.org/10.1016/S0892-1997(99)80063-0. PMid:10223677.
http://dx.doi.org/10.1016/S0892-1997(99)...
). É tradicionalmente chamada de higiene vocal e consta de uma série de procedimentos que ajudam a cuidar da voz, desde normas de bom senso até recomendações baseadas em pesquisas(22 Behlau M, Madazio G. Voz: tudo o que você queria saber sobre fala e canto: perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Revinter; 2015.). É complementar à terapia vocal direta, feita por meio de exercícios. O objetivo final da abordagem indireta é auxiliar o próprio paciente a identificar hábitos vocais não saudáveis, modificando-os ou eliminando-os(33 Gartner-Schmidt JL, Roth DF, Zullo TG, Rosen CA. Quantifying component parts of indirect and direct voice therapy related to different voice disorders. J Voice. 2013;27(2):210-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2012.11.007. PMid:23352061.
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).

Estudos científicos têm buscado compreender o conhecimento em cuidados vocais por populações específicas, profissionais(44 Scheuring EW, Scearce L, Nixon T, Cohen SM. Validation of the singing vocal health knowledge questionnaire. In: 42nd Annual Symposium: Care of the Professional Voice; 2013 May 29; Philadelphia. Proceedings. Philadelphia: The Voice Foundation; 2013 [citado em 2015 Jun 08]. [abstract ref#: SLP38]. Disponível em: http://voicefoundation.org/wp-content/uploads/2013/09/2013Abstracts.pdf
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) ou não da voz, disfônicos e/ou vocalmente saudáveis(55 Fletcher HM, Drinnan MJ, Carding PN. Voice care knowledge among clinicians and people with healthy voices or dysphonia. J Voice. 2007;21(1):80-91. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2005.09.002. PMid:16427768.
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). Contudo, esses dados não permitem generalizações visto que pode haver forte influência cultural nestas informações(44 Scheuring EW, Scearce L, Nixon T, Cohen SM. Validation of the singing vocal health knowledge questionnaire. In: 42nd Annual Symposium: Care of the Professional Voice; 2013 May 29; Philadelphia. Proceedings. Philadelphia: The Voice Foundation; 2013 [citado em 2015 Jun 08]. [abstract ref#: SLP38]. Disponível em: http://voicefoundation.org/wp-content/uploads/2013/09/2013Abstracts.pdf
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,55 Fletcher HM, Drinnan MJ, Carding PN. Voice care knowledge among clinicians and people with healthy voices or dysphonia. J Voice. 2007;21(1):80-91. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2005.09.002. PMid:16427768.
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). Além disso, possivelmente pode haver influência da geração a que o indivíduo pertence, pela forma com que buscam informações, pensam ou interpretam as questões relacionadas à saúde e/ou comportamento(66 Washburn ER. Are you ready for generation X? Physician Exec. 2000;26(1):51-7. PMid:10788119.).

Desta forma, o objetivo deste estudo é identificar as opiniões de indivíduos disfônicos e vocalmente saudáveis sobre os fatores que fazem bem e mal para a voz, analisando-os de acordo com a geração a que pertencem.

MÉTODOS

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (parecer nº 86985, CAAE: 04872912.5.0000.5505). Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.

O estudo realizado é prospectivo, qualitativo e descritivo. Participaram 866 indivíduos de 18 a 86 anos, 196 homens e 670 mulheres, sendo 304 disfônicos (com queixa vocal e diagnóstico otorrinolaringológico) e 562 vocalmente saudáveis (ausência de queixas e/ou problemas vocais/laríngeos), categorizados pelas gerações a que pertencem(66 Washburn ER. Are you ready for generation X? Physician Exec. 2000;26(1):51-7. PMid:10788119.): 22 indivíduos da Silent Generation – SG (nascimento 1926/-/1945), 180 da Baby Boomers – BB (1946/-/1964), 285 da Geração X (1965/-/1981) e 379 da Geração Y (1982/-/2003). Todos os indivíduos preencheram questionário com dados demográficos e duas questões: “Cite até cinco coisas que você acha que façam bem/mal para a sua voz”. As respostas foram tabuladas e categorizadas para se obter uma lista de fatores relacionados à voz e identificar os positivos e negativos para cada geração.

RESULTADOS

Foram levantadas 5260 respostas dos 866 indivíduos (2478 positivas e 2782 negativas). Depois da organização destas respostas e exclusão de itens repetidos, obteve-se uma lista total de 365 fatores relacionados à voz, independente de serem potencialmente positivos ou prejudiciais para a voz, apresentados em ordem alfabética no Quadro 1.

Quadro 1
Fatores relacionados à voz relatados por indivíduos disfônicos e vocalmente saudáveis, organizados em ordem alfabética

Água e maçã foram relatados por todas as gerações como aspectos potencialmente positivos para a voz, com diferentes frequências de ocorrência. Aquecimento vocal foi mais relatado pelas gerações mais novas, X e Y, enquanto as mais antigas, SG e BB, relataram aspectos comportamentais relativos às crenças, como chás e gargarejos.

Com relação aos aspectos negativos, fumar e gritar foram os de maior ocorrência em todas as gerações, aumentando a frequência de ocorrência nas gerações mais novas. As gerações mais antigas, SG e BB, referiram também com maior frequência de ocorrência que bebidas geladas podem fazer mal para a voz.

As três porcentagens de maior ocorrência de fatores positivos e negativos relacionados à voz para cada geração são apresentadas no Quadro 2.

Quadro 2
Aspectos positivos e negativos relacionados à voz de maior ocorrência para cada geração

DISCUSSÃO

A quantidade semelhante de itens positivos e negativos relacionados à voz mostra que as pessoas reconhecem a possibilidade de efeitos positivos ou negativos vários(55 Fletcher HM, Drinnan MJ, Carding PN. Voice care knowledge among clinicians and people with healthy voices or dysphonia. J Voice. 2007;21(1):80-91. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2005.09.002. PMid:16427768.
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), além do fato de a SG, a mais antiga(66 Washburn ER. Are you ready for generation X? Physician Exec. 2000;26(1):51-7. PMid:10788119.), relatar fatores mais relacionados às crenças que ao conhecimento científico.

Os resultados do presente estudo apontam que alguns aspectos foram comuns para todas as faixas etárias. O consumo da maçã e a hidratação foram os aspectos positivos mais relatados por todas as gerações. A maçã é historicamente relatada há pelo menos duas décadas por sua ação adstringente que auxilia a limpeza da boca e faringe, diminuindo o excesso de secreção e favorecendo uma voz com melhor ressonância(22 Behlau M, Madazio G. Voz: tudo o que você queria saber sobre fala e canto: perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Revinter; 2015.,77 Behlau M, Pontes P. Higiene vocal: informações básicas. São Paulo: Lovise; 1993.,88 Behlau M, Pontes P. Higiene vocal: cuidando da voz. 4. ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2009.). A hidratação é importante para as pregas vocais, pois diminui a viscosidade e, consequentemente, o esforço vibratório(99 Verdolini-Marston K, Sandage M, Titze IR. Effect of hydration treatments on laryngeal nodules and polyps and related voice measures. J Voice. 1994;8(1):30-47. http://dx.doi.org/10.1016/S0892-1997(05)80317-0. PMid:8167785.
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), favorecendo uma melhor qualidade da voz(22 Behlau M, Madazio G. Voz: tudo o que você queria saber sobre fala e canto: perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Revinter; 2015.), aspecto que pode auxiliar na redução de fadiga vocal(1010 Yiu EM, Chan RM. Effect of hydration and vocal rest on the vocal fatigue in amateur karaoke singers. J Voice. 2003;17(2):216-27. http://dx.doi.org/10.1016/S0892-1997(03)00038-9. PMid:12825654.
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).

Em relação aos aspectos negativos, gritar e fumar foram os mais relatados por todas as gerações. Gritar é o comportamento de maior risco vocal, pois a laringe é utilizada em sua potência máxima, podendo causar lesões(22 Behlau M, Madazio G. Voz: tudo o que você queria saber sobre fala e canto: perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Revinter; 2015.,1111 Behlau M, Oliveira G, Pontes P. Vocal fold self-disruption after phonotrauma on a lead actor: a case presentation. J Voice. 2009;23(6):726-32. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2008.03.006. PMid:18538985.
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,1212 Lennon CJ, Murry T, Sulica L. Vocal fold hemorrhage: factors predicting recurrence. Laryngoscope. 2014;124(1):227-32. http://dx.doi.org/10.1002/lary.24242. PMid:23754508.
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), devendo ser evitado. O tabagismo é altamente nocivo para a voz, pois, no momento em que se traga, a fumaça quente carregada de produtos químicos agride todo o trato respiratório, podendo causar irritação, tosse, edema, aumentando a secreção e infecções(77 Behlau M, Pontes P. Higiene vocal: informações básicas. São Paulo: Lovise; 1993.,99 Verdolini-Marston K, Sandage M, Titze IR. Effect of hydration treatments on laryngeal nodules and polyps and related voice measures. J Voice. 1994;8(1):30-47. http://dx.doi.org/10.1016/S0892-1997(05)80317-0. PMid:8167785.
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). Sabe-se que pode haver significante relação entre tabagismo e disfonia(1313 Byeon H. The association between lifetime cigarette smoking and dysphonia in the Korean general population: findings from a national survey. PeerJ. 2015;3:e912. http://dx.doi.org/10.7717/peerj.912. PMid:25945309.
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), além de ser a principal causa de câncer da laringe e pulmões(22 Behlau M, Madazio G. Voz: tudo o que você queria saber sobre fala e canto: perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Revinter; 2015.), com aumento da taxa de morte(1414 Sharp L, McDevitt J, Carsin AE, Brown C, Comber H. Smoking at diagnosis is an independent prognostic factor for cancer-specific survival in head and neck cancer: findings from a large, population-based study. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2014;23(11):2579-90. http://dx.doi.org/10.1158/1055-9965.EPI-14-0311. PMid:25128401.
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).

Indivíduos com faixas etárias diferentes avaliam os aspectos relacionados à voz de forma diferente(1515 Putnoki DS, Hara F, Oliveira G, Behlau M. Qualidade de vida em voz: o impacto de uma disfonia de acordo com gênero, idade e uso vocal profissional. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2010;15(4):485-90. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342010000400003.
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), pois cada geração tem sua própria experiência e conjuntos de pressupostos, variando de uma geração para a seguinte(66 Washburn ER. Are you ready for generation X? Physician Exec. 2000;26(1):51-7. PMid:10788119.).

CONCLUSÕES

Diversos fatores foram apontados como potencialmente positivos e negativos para a voz, muitos deles presentes constantemente, independente da geração dos respondentes. Nos fatores positivos, água e maçã estão entre os mais citados por todas as gerações; já para os negativos, gritar e fumar apareceram entre os mais frequentes, com maior ocorrência nas gerações mais novas. Aspectos comportamentais relacionados às crenças populares como chás, gargarejos e bebidas geladas foram mais relatados pelas gerações mais antigas. O impacto das gerações foi mais observado na frequência das respostas que em seu tipo.

  • Trabalho realizado no Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil.
  • Fonte de Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Ago 2016

Histórico

  • Recebido
    08 Jun 2015
  • Aceito
    12 Ago 2015
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