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Editorial

Este fascículo encerra o volume 28 de publicação da Revista CoDAS, no ano de 2016. Agradecemos a confiança de autores e pareceristas e ressaltamos que este trabalho só foi possível graças à participação de cada um. Temos a satisfação de informar que foram feitas as adequações de normas, visibilidade e processos para que a Revista CoDAS esteja preparada para a solicitação de novos índices de indexação. Aguardamos um ano de 2017 com muitas novidades. Neste fascículo 28(6) da CoDAS, temos 20 artigos, sendo quatro em Audiologia, seis na área de Linguagem, dois em Motricidade orofacial, dois em Saúde Coletiva, três em Disfagia e três em Voz. Destes, 15 são artigos originais, dois são Relatos de caso, dois artigos são Revisões sistemáticas e um, comunicação breve. No estudo “Classificação de perdas auditivas por grau e configuração e relações com Índice de Inteligibilidade de Fala (SII) amplificado”, Figueiredo, Mendes, Cavanaugh e Novaes verificaram que o valor de índice de inteligibilidade de fala pode ser considerado um indicador da audibilidade para sons de fala para diferentes características de perdas auditivas e nortear avalições de comportamento auditivo. Kazan, Samelli, Neves-Lobo, Magliaro, Limongi e Matas estudaram o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) e o P300 na Síndrome de Down (SD). Os autores concluíram que, em indivíduos audiologicamente normais, no artigo “Caracterização eletrofisiológica da audição em indivíduos com Síndrome de Down”, crianças e adolescentes com SD podem apresentar respostas precoces para os componentes do PEATE, sugerindo que a via auditiva destes necessita de menor tempo para a transmissão neural do estímulo acústico até o tronco encefálico. E quanto ao P300, indivíduos com SD podem apresentar latências aumentadas, sugerindo comprometimento na via auditiva central quanto ao processamento cortical da informação auditiva. Souza, Braga, Mota, Zamberlan-Amorim e Reis relataram a “Construção e aplicabilidade de um teste de percepção de fala com figuras” e verificaram concordância entre os juízes em relação às palavras e figuras. Freitas, Quixabeiro, Luz, Franco e Santos apresentaram o estudo “Standard operating procedure: implementation, critical analysis, and validation in the Audiology Department at CESTEH/Fiocruz”. Neste trabalho, a avaliação do procedimento operacional padrão foi realizada por meio de um questionário que mostrou necessidade de adequação de partes do texto. No estudo “Percepção dos Agentes Comunitários de Saúde quanto aos agravos fonoaudiológicos”, os autores Knochenhauer e Vianna pretenderam conhecer a percepção dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) quanto aos agravos fonoaudiológicos. Concluíram que o conhecimento dos ACS sobre o trabalho do fonoaudiólogo ainda é limitado, mas a importância do trabalho fonoaudiológico é reconhecida na atenção básica. Os autores Santos, Bergmann, Coça, Garcia e Valente avaliaram a “Função olfatória e qualidade de vida após a reabilitação do olfato em laringectomizados totais” e os resultados demonstraram que a reabilitação do olfato melhora a função olfatória e tem impacto positivo nas atividades de vida diária e na qualidade de vida dos laringectomizados totais. Sales, Castaneda, Barreto, Paoliello e Campanha utilizaram um questionário para identificar os paramentos da comunicação de promotores de justiça no estudo “Autoavaliação da comunicação em promotores de justiça em um estado do nordeste, Brasil” e verificaram que todas as mulheres do estudo relataram insegurança ao falar em público e um terço dos promotores referiu alteração de voz. O estudo “Parâmetros cardiorrespiratórios e sua relação com a idade gestacional e nível de habilidade de alimentação oral de recém-nascido pré-termo” de Yamamoto, Prade, Berwig, Weinmann e Keske-Soares correlacionou os parâmetros cardiorrespiratórios com a idade gestacional e com o nível de habilidade de alimentação oral na introdução da alimentação oral de recém-nascidos pré-termo. Os resultados indicaram que as frequências cardíaca e respiratória sofreram alterações quando comparadas com dados pré e pós-prandial na primeira alimentação por via oral, assim como quando comparadas sobre aspectos da idade gestacional e nível de habilidade oral. O estudo de Zanata, Santos, Marques, Hirata e Santos intitulado “Avaliação fonoaudiológica para decanulação traqueal em pacientes acometidos por traumatismo cranioencefálico” apresentou dados da aplicação do Protocolo Fonoaudiológico de Decanulação Traqueal em pacientes traqueostomizados com traumatismo cranioencefálico (TCE) na busca da redução dos tempos de permanência com traqueostomia e de internamento hospitalar. O estudo “Association between neurological injury and the severity of oropharyngeal dysphagia after stroke” de Otto, Ribeiro, Barea, Mancopes e Almeida identificou associação entre o grau de comprometimento e o tipo de acidente cerebral com o grau da disfagia orofaríngea, medida pelo nível de comprometimento biomecânico no processo de deglutição. Venezian e Freire apresentaram os dados de “Validação dos indicadores de risco para a constituição do leitor/escrevente” e concluíram que o questionário desenvolvido possui confiabilidade aceitável e, na análise da validade convergente, apresentou correlação positiva considerada regular, estatisticamente significativa com a sondagem diagnóstica de escrita, ou seja, quanto maior o escore no questionário melhor o desempenho na sondagem. Oliveira e Capellini elaboraram um banco de palavras de alta, média e baixa frequência em leitura para o Ensino Fundamental II, denominado “E-LEITURA II: banco de palavras para leitura de escolares do Ensino Fundamental II”. Concluíram que o recurso será útil para fins de pesquisa, educacionais e clínicos em escolares do Ensino Fundamental II. Ishihara, Tamanaha e Perissinoto compararam a habilidade de “Compreensão de ambiguidade em crianças com Transtorno Específico de Linguagem e Fala e Transtorno do Espectro Autista” e encontraram diferença significativa com melhor desempenho do grupo Transtorno Específico de Linguagem em comparação ao grupo Transtorno do Espectro Autista, na interpretação de informações ambíguas. MGP da Silva, Silva, Vilela, Gomes, Falcão, Cabral e Lima identificaram os “Fatores associados às alterações fonoaudiológicas em vítimas de acidentes de motocicletas” e verificaram que houve alto percentual de lesões em região de cabeça e face decorrentes dos acidentes, associadas principalmente à não habilitação para conduzir moto e colisões entre motocicletas, sugerindo que tais fatores podem agravar os distúrbios fonoaudiológicos. Os autores Melo, Gomes, Cunha, SJH Lima, Lima, Andrade da Cunha e Silva estimaram as “Mudança nas áreas nasais em crianças com respiração oral após a limpeza e massagem nasal” e foram observadas mudanças significativas em relação ao fluxo aéreo nasal em ambos os lados, após limpeza e massagem nasais. No estudo do “Efeito do tratamento fonoaudiológico após a laserterapia de baixa intensidade em pacientes com DTM: estudo descritivo” de Melchior, Machado, Magri e Mazzetto, de acordo com a percepção das pacientes, após a fonoterapia houve alívio dos sinais e sintomas de Disfunção Temporomandibular - DTM. E a fonoterapia instituída após a analgesia com laser terapia de baixa intensidade promoveu equilíbrio das funções orofaciais da amostra estudada e diminuição dos sinais e sintomas de DTM remanescentes. Em “Linguagem, comportamento e neurodesenvolvimento na Síndrome de Joubert: relato de caso”, Lamônica, Ribeiro, Costa e Giacheti descreveram as principais manifestações que incluem hipotonia, ataxia, atraso psicomotor, apraxia oculomotora e anormalidades respiratórias neonatais. A avaliação de linguagem mostrou ausência de oralidade, prejuízo na recepção da linguagem, confirmando o diagnóstico de transtorno de linguagem, com grau de comprometimento grave. Oliveira, Zambon, Vaiano, Costa e Behlau exploraram as duas versões reduzidas do protocolo de enfrentamento PEED-27 com o objetivo de verificar suas correspondências com o protocolo original. O estudo “Versões reduzidas para protocolo clínico de enfrentamento das disfonias” verificou que os três instrumentos apresentam níveis de correlação elevados entre si e, portanto, seus resultados são comparáveis. Machado-Nascimento, Melo e Kümmer e Lemos investigaram, por meio de uma revisão, as “Alterações Fonoaudiológicas no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: revisão sistemática de literatura”, na qual foram selecionados 23 artigos que revelaram que as alterações fonoaudiológicas mais frequentes foram os distúrbios de leitura e que há poucas publicações acerca da relação entre o processamento auditivo e o transtorno, bem como a respeito da atuação do fonoaudiólogo na avaliação e no tratamento de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. “Efeitos da prematuridade na aquisição da linguagem e na maturação auditiva: revisão sistemática” de Rechia, Oliveira, Crestani, Biaggio e Souza teve como objetivo verificar quais os prejuízos a prematuridade causa à linguagem e à audição. A partir da análise dos artigos selecionados pôde-se constatar que a prematuridade bem como os aspectos relacionados a ela (idade gestacional, baixo peso e intercorrências ao nascer) influenciam a maturação da via auditiva central podendo causar efeitos negativos na aquisição da linguagem.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2016
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