Acessibilidade / Reportar erro

O cuidado ao idoso do ponto de vista fonoaudiológico na rede assistencial em saúde de Florianópolis: uma ação de vigilância em saúde

RESUMO

Objetivo

Verificar aspectos relacionados ao cuidado na atenção à saúde do idoso, como forma de efetivar ações de vigilância em saúde.

Método

Estudo quantitativo transversal com idosos participantes de grupos de promoção da saúde em Centros de Saúde de Florianópolis, SC, que apresentam Hipertensão Arterial (HA) e/ou Diabetes Mellitus (DM). Foram conduzidos inquéritos que permitiram verificar aspectos relacionados ao cuidado integral à saúde, desde cadastro na Estratégia de Saúde Família, diagnóstico, conhecimento de ações voltadas a estes agravos, assim como conhecimento quanto aos riscos e complicações. Foi realizada uma análise estatística descritiva quanto ao perfil e percepção dos idosos no que se refere à integralidade do cuidado.

Resultados

Foram entrevistados 58 idosos, destes, 94,83% referiram HA, 44,83%, DM e 39,66% relataram ambas as comorbidades. Pequena parcela dos participantes conhece ações promovidas pelos centros de saúde relacionadas à HA e ao DM, configurando pouca participação de idosos nessas atividades. Com relação ao conhecimento quanto aos riscos da falta de controle destas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), observa-se conhecimento, ainda que limitado.

Conclusão

O desconhecimento da população quanto às ações na atenção primária, assim como a baixa adesão, deve compor a agenda de planejamento em saúde da atenção primária. Da mesma forma, propostas educativas incorporando ações de promoção e prevenção da saúde representam efetivação do cuidado integral ao idoso, contribuindo para as ações de vigilância em saúde.

Descritores
Idosos; Cuidados Primários à Saúde; Vigilância em Saúde; Fonoaudiologia

ABSTRACT

Purpose

To investigate aspects of health care provided to the elderly, as a way to undertake health surveillance initiatives.

Methods

Cross-sectional quantitative study with elderly people who participate in health promotion groups in health centers at Florianópolis, Santa Catarina, Brazil. Surveys were conducted on aspects relative to comprehensive health care provision, namely, records of the Family Health Strategy, diagnosis, awareness of initiatives to treat non-communicable diseases, as well as awareness of related risks and complications. A descriptive statistical analysis was performed of the profile and perception of elderly patients about comprehensive health care.

Results

Were interviewed 58 elderly patients; 94.83% of them reported having Arterial Hypertension (AH); 44.83%, Diabetes Mellitus (DM) and 39.66% reported having both comorbidities. Only a small part of the participants was aware of initiatives promoted by health centers for treatment of AH and DM; thus, there is little participation of the elderly in such initiatives. It was found that these patients still have limited awareness of the risks of not treating chronic Non-Communicable Diseases (NCDs).

Conclusion

The population’s lack of awareness of primary health care initiatives and low adherence must be addressed by primary health care policies. Importantly, awareness-raising proposals that seek to integrate health promotion and disease prevention may bring comprehensive health care provision to the elderly, thus strengthening health surveillance initiatives.

Keywords
Elderly; Primary Healht Care; Health Surveillance; Speech-Language Therapy

INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é uma realidade no Brasil e no mundo decorrente da transição demográfica em função da diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade e pelo aumento da expectativa de vida(11 Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev Saude Publica. 2009;43(3):548-54. PMid:19377752. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000300020.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009...
,22 Closs VE, Schwanke CHA. A evolução do índice de envelhecimento no Brasil, nas suas regiões e unidades federativas no período de 1970 a 2010. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2012;15(3):443-58. http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232012000300006.
http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232012...
). Aliada a esta transição, observam-se mudanças no processo saúde doença, com aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como doenças cardiovasculares, Diabetes Mellitus, doenças respiratórias crônicas e neoplasias.

Essas mudanças impactam o planejamento das ações em saúde, já que as DCNT necessitam de controle e monitoramento como forma de prevenir complicações que podem gerar impacto no estado de saúde e na capacidade funcional dos idosos, comprometendo sua autonomia e qualidade de vida, além de representar um desafio para o sistema de saúde, em função do aumento de gastos em saúde direcionados para o tratamento e recuperação destes agravos(33 Campolina AG, Adami F, Santos JLF, Lebrão ML. A transição de saúde e as mudanças na expectativa de vida saudável da população idosa: possíveis impactos da prevenção de doenças crônicas. Cad Saude Publica. 2013;29(6):1217-29. PMid:23778553. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000600018.
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013...
).

O modelo assistencial orientador das ações na atenção básica em Florianópolis é a Estratégia de Saúde da Família (ESF), implementada em 2005. Em 2011, Sisson e colaboradores(44 Sisson MC, Andrade SR, Giovanella L, Almeida PF, Fausto MCR, Souza CRP. Estratégia de Saúde da Família em Florianópolis: integração, coordenação e posição na rede assistencial. Saude Soc. 2011;20(4):991-1004. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011000400016.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011...
) descreveram que a cobertura populacional das famílias cadastradas na ESF do município era de 77,6% com 87 ESF implantadas. Atualmente, existem aproximadamente 140 equipes de Saúde da Família e 100% de cobertura ESF. Apesar disso, ainda existem dificuldades relacionadas à tecnologia operacional que define o Centro de Saúde como porta de entrada preferencial, em função do uso de serviços de pronto atendimento como fonte de cuidado regular. Como forma de organizar o modelo e a assistência à atenção básica, foram definidas ações prioritárias para idosos, implantação do Programa Saúde do Idoso, denominado Capital Idoso e tentativa de criação e/ou manutenção de atividades de grupos de promoção da saúde como prática de atividade física (Floripa Ativa), antitabagismo e grupos de portadores de agravos específicos como hipertensos e diabéticos.

A produção do cuidado visa à integralidade da atenção ao envelhecimento saudável garantido vínculo na assistência. A prática do cuidar deve se configurar em um modo de agir que incorpora as vivências e a fragilidade social da população no território de modo contínuo. O cuidado à saúde do idoso deve incorporar ações de promoção da saúde que permitam autocuidado e automonitoramento, além da busca ativa desta população visando minimizar indicadores que refletem em gastos em saúde(55 Ayres JRCM. O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Saude Soc. 2004;13(3):16-29. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902004000300003.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902004...
).

Os grupos operacionais na atenção primária são planejados com base nos marcadores de saúde de cada território, já que a convivência com DCNT representa risco de complicações em saúde. As ações desenvolvidas nestes grupos visam alertar para a importância do controle e tratamento medicamentoso, assim como de adoção de um estilo de vida saudável. Aliado a isto, vale ressaltar que o envelhecimento natural do organismo humano pode afetar órgãos e funções comprometendo a funcionalidade e tornando o idoso mais vulnerável(66 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em saúde - parte 1. Brasília; 2011. 320 p.). A presença de declínio funcional pode ser destacada como o principal determinante de fragilidade nessa população, que pode ser entendida como preditora do risco de incapacidade, hospitalização, institucionalização e morte. Assim, o reconhecimento de idosos frágeis representa um importante indicador no planejamento em saúde.

Este estudo teve por objetivo verificar aspectos relacionados ao cuidado na atenção à saúde do idoso, como forma de efetivar ações de vigilância em saúde.

MÉTODO

Trata-se de um estudo observacional transversal descritivo com idosos (indivíduos com 60 anos e mais) que possuem Hipertensão Arterial (HA) e/ou Diabetes Mellitus (DM), participantes de grupos de promoção da saúde propostos em Centros de Saúde: João Paulo, Lagoa da Conceição, Córrego Grande e Ponta das Canas no período de junho a setembro de 2015.

A rede de atenção à saúde do município de Florianópolis é dividida em cinco distritos sanitários (DS): centro, continente, norte, leste e sul. Esses distritos são compostos por Centros de Saúde (CS) e, alguns deles, por Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Foi realizado um levantamento com os coordenadores de centros de saúde para verificar os grupos operantes no município e foram identificados grupos de promoção da atividade física e grupos de convivência para idosos. Foi realizado o contato com os responsáveis pela condução dos grupos, explicado a respeito dos objetivos da pesquisa e agendada a coleta de dados. A amostra foi de conveniência por reunir idosos que participavam do grupo nos dias da coleta. Foram estabelecidos dois dias de coleta em cada grupo visitado.

Para a coleta de dados, foi usado um questionário com informações referentes à participação em grupo de idosos do município, ao cadastro na ESF, consultas nos CS, diagnóstico, controle e percepção quanto aos riscos e complicações da convivência com HA e/ou DM. Os questionários foram aplicados pela pesquisadora antes do início dos grupos ou ao seu término. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Os dados coletados foram armazenados no software Microsoft Excel®. Foi realizada uma análise estatística descritiva referente às características sociodemográficas e ao conhecimento e percepção de questões relacionadas à HA e ao DM. Foram realizadas análises de associação entre participar dos grupos propostos pelo município e aspectos sociodemográficos e questões relacionadas ao cuidado com a HA e DM. O teste de associação aplicado foi o Quiquadrado, o nível de significância adotado foi de 5%, as análises foram conduzidas no Programa STATA 11.0.

Este estudo fez parte de um projeto de pesquisa intitulado Fonoaudiologia e SUS: Contribuições Fonoaudiológicas na Vigilância de Agravos Não Transmissíveis, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa para Seres Humanos (CEPSH) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), segundo o Parecer 1.018.426.

RESULTADOS

Foram entrevistados 58 idosos participantes de grupos de promoção da saúde de quatro centros de saúde do município de Florianópolis. Foi encontrada maior porcentagem de participantes do sexo feminino (91,38%), a média de idade foi 73,03 (dp=7,53) anos, com faixa etária variando entre 61 e 87 anos. No que se refere ao estado civil, 29 (50%) dos idosos relataram ser viúvos e 18 (31%) casados. A maioria referiu ser da raça branca (94,83%), com nível de escolaridade ensino fundamental (56,90%), e, com relação à religião, a católica foi a mais relatada (84,48%) (Tabela 1).

Tabela 1
Distribuição das características sociodemográficas dos idosos, segundo participação ou não no grupo de convivência. Florianópolis, SC, 2015

A maioria dos participantes (84,48%) relatou ser cadastrada na Estratégia Saúde da Família (ESF) e 41,38% (24) participam do Programa Floripa Ativa. Quanto às DCNT, 55 (94,83%) idosos relataram possuir Hipertensão Arterial (HA), 26 (44,83%), Diabetes Mellitus (DM), e 23 (39,66%) possuem diagnóstico de ambas as comorbidades (Tabela 2).

Tabela 2
Distribuição quanto aos centros de saúde pesquisados, participação no Floripa Ativa e comorbidades relatadas pelos idosos. Florianópolis, SC, 2015

Com relação às características inerentes à HA, 93,10% dos idosos relataram que o diagnóstico foi realizado pelo médico, com uma média de tempo igual 5,12 anos. Quanto à frequência de visitas ao Centro de Saúde (CS) como forma de controle da HA, a maioria (60%) relatou fazer acompanhamento de rotina, seguida por 34,55%, que disseram só frequentar em caso de problemas de saúde.

Com relação às atividades promovidas pelos CS relacionadas à HA, apenas 36,36% dos idosos relataram já ter tido conhecimento dessas atividades. Quando questionados quanto à participação nestas atividades, a maioria (64,45%) nunca participou, seguida de 35,55%, que participaram ao menos uma vez.

No que se refere às complicações, 30,91% já precisou ser internado por conta dessa DCNT e com relação aos riscos da falta de controle da doença, 76,36% afirmaram possuir conhecimento, sendo o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o mais relatado (66,67%) (Tabela 3).

Tabela 3
Distribuição das características referidas quanto à Hipertensão Arterial (HA), Florianópolis, SC, 2015. (n=55)

Com relação às características inerentes ao DM, todos os idosos relataram que o diagnóstico foi realizado pelo médico, com tempo médio de diagnóstico de 4,88 anos.

Quanto às visitas ao CS para controle do DM, pouco mais da metade (57,69%) relatou fazer acompanhamento de rotina, seguido de 30,77% que só frequenta em caso de problemas de saúde.

No que se refere ao conhecimento de atividades promovidas pelo CS relacionadas à DM, apenas 42,31% relatou já ter tido conhecimento. Com relação à participação nestas atividades, a maioria (69,23%) nunca participou, seguida de 30,77%, que já participaram ao menos uma vez.

Quanto às complicações, 23,08% já precisaram ser internados por conta dessa DCNT e com relação aos riscos da falta de controle da doença, 57,69% afirmam possuir conhecimento. Dentre os riscos relatados pelos idosos, estão a cegueira (26,67%), problemas renais (13,33%) e perda dos membros (13,33%) (Tabela 4).

Tabela 4
Distribuição das características referidas quanto ao Diabetes Mellitus (DM), Florianópolis, SC, 2015. (n=26)

Foram observadas associações entre ser participante do Programa Floripa Ativa e ser mais idoso, ou seja, pertencer à faixa etária: maior que 76 anos (p=0.056); possuir maior nível de escolaridade (p=0.026) e participar mais de atividades referentes ao Diabetes Mellitus (p=0.059).

DISCUSSÃO

Os resultados mostraram que os idosos possuem conhecimento quanto aos riscos da falta de controle das DCNT pesquisadas (HA e DM), porém este conhecimento não envolveu agravos fonoaudiológicos decorrentes de complicações e/ou tratamento das DCNT. Além disso, pouco mais da metade dos idosos relatou frequentar o CS para exames de rotina e menos da metade dos participantes possui conhecimento quanto às ações promovidas pelos CS voltadas a estas DCNT e, como consequência, observou-se baixa adesão a estas ações.

A Estratégia Saúde da Família no município de Florianópolis possui como prática rotineira a realização de atividades em diversos grupos, entre eles, grupos com usuários portadores de agravos específicos, bem como de educação em saúde e atividades para idosos(44 Sisson MC, Andrade SR, Giovanella L, Almeida PF, Fausto MCR, Souza CRP. Estratégia de Saúde da Família em Florianópolis: integração, coordenação e posição na rede assistencial. Saude Soc. 2011;20(4):991-1004. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011000400016.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011...
). A ESF é determinante para a operacionalização da Vigilância em Saúde, uma vez que esta planeja as ações de saúde com base em dois princípios básicos da ESF: a corresponsabilidade sanitária e a participação social(77 Limongi JE, Menezes EC, Menezes AC. Vigilância em saúde no Programa Saúde da Família. Hygeia. 2008;4:35-44.).

O avanço da idade é um fator importante no aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), principalmente quando associado a hábitos pouco saudáveis e restrita informação a respeito do cuidado em saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus são consideradas como DCNT que se caracterizam como doenças de extensa duração, por isso estão entre as que mais necessitam de ações e estratégias de saúde(66 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em saúde - parte 1. Brasília; 2011. 320 p.,88 Duncan BB, Chor D, Aquino EML, Bensenor IM, Mill JG, Schmidt MI, et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Rev Saude Publica. 2012;46(1 Suppl 1):126-34. PMid:23532314. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000700017.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012...
,99 Brasil. A vigilância, o controle e a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis: DCNT no contexto do Sistema Único de Saúde brasileiro. Brasília: Organização Pan-americana da Saúde; 2005. 80 p.). Sendo assim, é necessário priorizar a promoção da saúde, a prevenção de complicações, a acessibilidade ao cuidado primário e longitudinal(33 Campolina AG, Adami F, Santos JLF, Lebrão ML. A transição de saúde e as mudanças na expectativa de vida saudável da população idosa: possíveis impactos da prevenção de doenças crônicas. Cad Saude Publica. 2013;29(6):1217-29. PMid:23778553. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000600018.
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013...
).

Dentre os participantes da pesquisa, observou-se predominância do sexo feminino, viúvas, com escolaridade até o ensino fundamental e renda mensal de um a três salários mínimos. Esse dado corrobora um estudo realizado, também no município de Florianópolis, cujo objetivo foi verificar a associação entre condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência do munícipio. Tal pesquisa identificou maior participação de mulheres viúvas com baixa escolaridade e renda nestes grupos(1010 Benedetti TRB, Mazo GZ, Borges LJ. Condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência de Florianópolis. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2012;17(8):2087-93. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000800019.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012...
). Esse achado pode estar relacionado com a resistência de idosos viúvos do sexo masculino em realizar atividades após a aposentadoria. Além disso, a adesão do sexo feminino à atividade de autocuidado é relatada em outros estudos, em função da maior preocupação com a saúde e com a prevenção de doenças(1010 Benedetti TRB, Mazo GZ, Borges LJ. Condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência de Florianópolis. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2012;17(8):2087-93. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000800019.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012...
,1111 Pereira JRP, Okuma SS. O perfil dos ingressantes de um programa de educação física para idosos e os motivos da adesão inicial. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2009;23(4):319-34. http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092009000400002.
http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092009...
).

Nos últimos anos, houve um aumento de incentivos governamentais e não governamentais em estratégias que favoreçam atenção à saúde do idoso no Brasil. Entre elas, estão os grupos de convivência para idosos, cujos benefícios envolvem interação social, aumento de autoestima, suporte social e estilo de vida mais ativo e saudável. A prática de exercícios físicos contribui para a prevenção e o controle dos agravos de diversas doenças crônicas(1010 Benedetti TRB, Mazo GZ, Borges LJ. Condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência de Florianópolis. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2012;17(8):2087-93. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000800019.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012...
,1212 Benedetti TRB, Schwingel A, Gomez LSR, Chodzko-zajko W. Programa “VAMOS” (Vida Ativa Melhorando a Saúde): concepcção aos primeiros resultados. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2012;14(6):723-37. http://dx.doi.org/10.5007/1980-0037.2012v14n6p723.
http://dx.doi.org/10.5007/1980-0037.2012...
,1313 Toscano JJO, Oliveira ACC. Qualidade de vida e, idosos com distintos níveis de atividade física. Rev Bras Med Esporte. 2009;15(3):169-73. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000300001.
http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009...
). O município de Florianópolis possui um programa de atividade física, denominado Floripa Ativa, que ocorre nos centros de saúde da cidade desde 2006, cujos objetivos principais são reabilitação, promoção e prevenção de saúde da população idosa(1414 Gomes LNGL, Bressan LDB, Lisboa M, Fortunato S. Sistemas de accountability utilizados em programas da prefeitura municipal de florianópolis: estudo de caso do programa floripa ativa [tese] Florianópolis: Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências da Administração e Sócio-Econômicas; 2009.). No presente estudo, a grande maioria dos idosos relatou ser cadastrada na Estratégia Saúde da Família e apresentou ao menos uma DCNT, embora esse número seja significativo, o percentual de participantes do Programa Floripa Ativa não chega a atingir metade dessa população.

Um estudo realizado em 2009(1515 Mazo GZ, Meurer ST, Benedetti TRB. Motivação de idosos para a adesão a um programa de exercícios físicos. Estud Psicol. 2012;17(2):299-303.) analisou os fatores e índices motivacionais para a adesão de idosos participantes do Floripa Ativa. O referido estudo concluiu que os principais fatores da adesão ao programa foram saúde, prazer e sociabilidade. Dessa forma, entendeu-se que há grandes possibilidades de os idosos permanecerem realizando as atividades propostas, visto que há fatores motivacionais significativos. No entanto, o estudo afirma que a inserção ao programa ocorre a partir de uma oportunidade, ou seja, para que haja efetiva adesão é necessário e fundamental que tais oportunidades sejam oferecidas e indicadas aos idosos. Diante dos resultados encontrados que indicaram baixa participação dos idosos neste programa, sugere-se que a inserção dos idosos que frequentam os grupos de convivência ao Floripa Ativa requer ações motivacionais e de divulgação do grupo.

A vigilância em saúde abrange a prevenção e o controle de fatores de risco tanto em doenças transmissíveis, quanto em doenças não transmissíveis. Sendo assim, é indispensável que essa ação ocorra de forma integrada entre todas as áreas e em todos os níveis do Sistema Único de Saúde(66 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em saúde - parte 1. Brasília; 2011. 320 p.,1616 Santana MCCP, Brandão KKCP, Goulart BNG, Chiari BM. Fonoaudiologia e saúde do trabalhador: vigilância é informação para a ação! Rev CEFAC. 2009;11(3):522-8. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462009000300022.
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462009...
). A HA e o DM se configuram em DCNT que requerem controle e monitoramento para prevenção de agravos. Sob a ótica da Fonoaudiologia, tendo em vista que uma das principais complicações da HA é o AVC e que este pode levar a um distúrbio de linguagem que pode comprometer severamente a vida social do idoso, ações de educação em saúde junto aos grupos voltados a estes agravos específicos contribui na efetivação do cuidado integral e representa uma ação de vigilância em saúde. No que tange ao DM, uma das consequências pode ser a perda auditiva que se torna um fator potencializador, pois o envelhecimento natural já pode ser considerado um fator de risco para a perda auditiva.

A longitudinalidade do cuidado vista como uma relação de longa duração entre equipe de saúde, paciente e família apresenta benefícios para todos, pois contribui para a melhor percepção das necessidades dos indivíduos, diagnóstico mais conciso, ações de promoção e prevenção de saúde mais elaboradas e maior satisfação dos pacientes(1717 Baratieri T, Marcon SS. Longitudinalidade do cuidado: compreensão dos enfermeiros que atuam na estratégia saúde da família. Esc Anna Nery. 2011;15(4):802-10. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452011000400020.
http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452011...
). Os aspectos fonoaudiológicos como a perda da audição e até mesmo a afasia tendem a compor um papel natural, como aspecto componente do processo do envelhecimento ou de um quadro resultante do AVC. Assim, o idoso pode apresentar comportamentos de isolamento social e depressão, que muitas vezes não são associados a estes agravos. Dessa forma, percebe-se a importância da realização de grupos de promoção e prevenção de agravos específicos e de convivência para idosos, e principalmente a necessidade de conhecimento da ESF para detectar situações de vulnerabilidade em função do próprio processo do envelhecimento e de agravos, como forma de aumentar a adesão desta população a estas ações.

A maioria dos participantes possui diagnóstico de HA, relatou frequentar o centro de saúde para acompanhamento de rotina e possuir algum conhecimento quanto ao risco da falta de controle da HA. A principal consequência da falta de controle da HA citada pelos idosos entrevistados foi o Acidente Vascular Encefálico (AVE). Um estudo realizado em Salvador em 2012 buscou identificar as concepções dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença e identificou como as consequências mais relatadas pelos participantes o AVE e o Infarto do miocárdio(1818 Machado MC, Pires CGS, Lobão WM. Concepções dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2012;17(5):1357-63. PMid:22634829. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000500030.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012...
).

Os idosos participantes desta pesquisa que possuem diagnóstico de DM apontaram, em sua maioria, diferentes riscos quanto à falta de controle da doença. Os mais citados foram cegueira, problemas renais e perda dos membros. Foi possível perceber que, embora demonstrem conhecer a necessidade de realizar o controle da comorbidade, muitos se mostraram inseguros ao afirmar um risco para a falta deste controle.

Uma expressiva porcentagem dos idosos participantes possui diagnóstico de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Um estudo realizado em 2013(1919 Gibrin PCD, Melo JJ, Marchiori LLM. Prevalência de queixa de zumbido e prováveis associações com perda auditiva, diabetes mellitus e hipertensão arterial em pessoas idosas. CoDAS. 2013;25(2):176-80. PMid:24408248. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-17822013000200014.
http://dx.doi.org/10.1590/S2317-17822013...
) buscou conhecer a relação entre zumbido e as comorbidades acima citadas. De acordo com o estudo, a DM pode ocasionar o descontrole da pressão, dessa forma, pessoas com esse diagnóstico estão mais propensas a desenvolver a HA. Do mesmo modo, a HA está associada a um maior grau de resistência à insulina, e medicamentos para o controle da HA podem piorar essa resistência, o que contribui para o aparecimento da DM. Quanto ao zumbido, o estudo concluiu que as comorbidades associadas em um indivíduo caracterizam fator de risco independente para seu surgimento.

A presente pesquisa envolveu idosos com HA, DM ou ambos. Nesse contexto, a participação do fonoaudiólogo é indispensável e seus conhecimentos devem ser incorporados nas ESF, com ações de educação em saúde, como forma de efetivar a integralidade em saúde e promover cuidado integral.

A Portaria nº. 665(2020 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012. Dispõe sobre os critérios da habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), institui o respectivo incentivo financeiro e aprova a Linha de Cuidados em AVC [Internet]. Brasília; 12 abril 2012 [cited 2016 Feb 11]. Available from: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3353.
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3353...
), que dispõe sobre o atendimento e a linha de cuidado aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), prevê o atendimento fonoaudiológico integrado às demais áreas da saúde, para a realização da prática da Linha de cuidados em AVC. No entanto, essa portaria não prevê nada a respeito da Afasia, a sequela mais comum do AVC. A afasia é uma alteração no processo de produção e/ou compreensão da linguagem, gerada por uma lesão cerebral desencadeada por acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cranianos ou tumores, e a fonoaudiologia pode contribuir diretamente no cuidado aos pacientes acometidos por essas lesões(2020 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012. Dispõe sobre os critérios da habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), institui o respectivo incentivo financeiro e aprova a Linha de Cuidados em AVC [Internet]. Brasília; 12 abril 2012 [cited 2016 Feb 11]. Available from: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3353.
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3353...
,2121 Giulio RM. O impacto da afasia na perspectiva de cuidadores e/ou familiares de sujeitos afásicos fluentes e não-fluentes usuários de comunicação suplementar e/ou alternativa [dissertação]. São Paulo: Curso de Programa de Pós Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação, Unicamp; 2011.).

Cabe, ainda, ao fonoaudiólogo, garantir, no que diz respeito à sua área de atuação, o cuidado integral ao usuário no âmbito da saúde auditiva, como dispõe a Portaria nº 2,073/GM de 28 de setembro de 2004(2222 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.073/GM, de 28 de setembro de 2004. Institui a Política de Atenção à Saúde Auditiva [Internet]. Brasília; 28 setembro 2004 [cited 2016 Feb 11]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2073_28_09_2004.html.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis...
) que institui a política nacional de atenção à saúde auditiva. Estudos apontam associações entre a DM e a perda auditiva, uma vez que distúrbios metabólicos podem atingir tecidos nervosos e vasculares, que afetam os órgãos responsáveis pela audição. Dessa forma, a saúde auditiva da população acometida por essa comorbidade deve ser acompanhada por profissionais da área(2222 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.073/GM, de 28 de setembro de 2004. Institui a Política de Atenção à Saúde Auditiva [Internet]. Brasília; 28 setembro 2004 [cited 2016 Feb 11]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2073_28_09_2004.html.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis...

23 Ferreira JM, Sampaio FMO, Coelho JMS, Almeida NMGS. Perfil audiológico de pacientes com diabetes mellitus tipo II. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2007;12(4):292-7. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342007000400007.
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342007...

24 Diniz TH, Guida HL. Hearing loss in patients with diabetes mellitus. Braz J Otorhinolaryngol. 2009;75(4):573-8. PMid:19784428. http://dx.doi.org/10.1016/S1808-8694(15)30498-5.
http://dx.doi.org/10.1016/S1808-8694(15)...
-2525 Gutierrex SM, Zanato LE, Pelegrini P, Cordeiro RC. Queixas fonoaudiológicas de idosos residentes em uma instituição de longa permanência. Disturb Comun. 2009;21(1):21-30.).

Os participantes da presente pesquisa relataram o AVC como um dos riscos para a falta de controle da HA e, dentre os idosos com diagnóstico de DM, somente um relatou a perda de audição como consequência do não controle desse agravo.

Esses dados reforçam a importância dos agravos Fonoaudiológicos estarem inseridos nas ações realizadas pela vigilância em saúde, principalmente nas propostas educativas, de promoção e prevenção de saúde. O acesso à informação permite que o indivíduo com essas ou demais comorbidades busquem acompanhamento especializado e/ou reabilitação.

Uma das principais limitações encontradas na condução deste estudo se refere à dificuldade na adesão dos idosos à pesquisa, em função de estarem envolvidos nas atividades propostas nos grupos de convivência e não se interessarem em parar para responder ao questionário.

CONCLUSÃO

Os dados obtidos neste estudo sugerem que os idosos relatam ações relacionadas ao monitoramento das doenças crônicas, relatam conhecer os riscos da falta de controle delas, porém não têm conhecimentos de ações voltadas a estes agravos realizadas na atenção primária e, como consequência, observou-se baixa adesão a estas ações.

A integralidade do cuidado é essencial em ações de vigilância em saúde, como forma de garantir qualidade de vida à população idosa. Os grupos de promoção da saúde visitados integram idosos portadores de DCNT que requerem longitudinalidade do cuidado, como forma de evitar complicações que possam comprometer a autonomia e a capacidade funcional desta parcela da população.

A inserção do saber fonoaudiológico nas equipes de saúde da rede assistencial de Florianópolis, com propostas educativas incorporando ações de promoção e prevenção da saúde, representa um avanço para a efetivação do cuidado integral ao idoso, contribuindo para as ações de vigilância em saúde.

  • Trabalho realizado nos Centros de Saúde do município de Florianópolis (SC), Brasil.
  • Fonte de financiamento: nada a declarar.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev Saude Publica. 2009;43(3):548-54. PMid:19377752. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000300020
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000300020
  • 2
    Closs VE, Schwanke CHA. A evolução do índice de envelhecimento no Brasil, nas suas regiões e unidades federativas no período de 1970 a 2010. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2012;15(3):443-58. http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232012000300006
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232012000300006
  • 3
    Campolina AG, Adami F, Santos JLF, Lebrão ML. A transição de saúde e as mudanças na expectativa de vida saudável da população idosa: possíveis impactos da prevenção de doenças crônicas. Cad Saude Publica. 2013;29(6):1217-29. PMid:23778553. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000600018
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000600018
  • 4
    Sisson MC, Andrade SR, Giovanella L, Almeida PF, Fausto MCR, Souza CRP. Estratégia de Saúde da Família em Florianópolis: integração, coordenação e posição na rede assistencial. Saude Soc. 2011;20(4):991-1004. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011000400016
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011000400016
  • 5
    Ayres JRCM. O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Saude Soc. 2004;13(3):16-29. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902004000300003
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902004000300003
  • 6
    Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em saúde - parte 1. Brasília; 2011. 320 p.
  • 7
    Limongi JE, Menezes EC, Menezes AC. Vigilância em saúde no Programa Saúde da Família. Hygeia. 2008;4:35-44.
  • 8
    Duncan BB, Chor D, Aquino EML, Bensenor IM, Mill JG, Schmidt MI, et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Rev Saude Publica. 2012;46(1 Suppl 1):126-34. PMid:23532314. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000700017
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000700017
  • 9
    Brasil. A vigilância, o controle e a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis: DCNT no contexto do Sistema Único de Saúde brasileiro. Brasília: Organização Pan-americana da Saúde; 2005. 80 p.
  • 10
    Benedetti TRB, Mazo GZ, Borges LJ. Condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência de Florianópolis. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2012;17(8):2087-93. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000800019
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000800019
  • 11
    Pereira JRP, Okuma SS. O perfil dos ingressantes de um programa de educação física para idosos e os motivos da adesão inicial. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2009;23(4):319-34. http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092009000400002
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092009000400002
  • 12
    Benedetti TRB, Schwingel A, Gomez LSR, Chodzko-zajko W. Programa “VAMOS” (Vida Ativa Melhorando a Saúde): concepcção aos primeiros resultados. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2012;14(6):723-37. http://dx.doi.org/10.5007/1980-0037.2012v14n6p723
    » http://dx.doi.org/10.5007/1980-0037.2012v14n6p723
  • 13
    Toscano JJO, Oliveira ACC. Qualidade de vida e, idosos com distintos níveis de atividade física. Rev Bras Med Esporte. 2009;15(3):169-73. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000300001
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000300001
  • 14
    Gomes LNGL, Bressan LDB, Lisboa M, Fortunato S. Sistemas de accountability utilizados em programas da prefeitura municipal de florianópolis: estudo de caso do programa floripa ativa [tese] Florianópolis: Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências da Administração e Sócio-Econômicas; 2009.
  • 15
    Mazo GZ, Meurer ST, Benedetti TRB. Motivação de idosos para a adesão a um programa de exercícios físicos. Estud Psicol. 2012;17(2):299-303.
  • 16
    Santana MCCP, Brandão KKCP, Goulart BNG, Chiari BM. Fonoaudiologia e saúde do trabalhador: vigilância é informação para a ação! Rev CEFAC. 2009;11(3):522-8. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462009000300022
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462009000300022
  • 17
    Baratieri T, Marcon SS. Longitudinalidade do cuidado: compreensão dos enfermeiros que atuam na estratégia saúde da família. Esc Anna Nery. 2011;15(4):802-10. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452011000400020
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452011000400020
  • 18
    Machado MC, Pires CGS, Lobão WM. Concepções dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2012;17(5):1357-63. PMid:22634829. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000500030
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000500030
  • 19
    Gibrin PCD, Melo JJ, Marchiori LLM. Prevalência de queixa de zumbido e prováveis associações com perda auditiva, diabetes mellitus e hipertensão arterial em pessoas idosas. CoDAS. 2013;25(2):176-80. PMid:24408248. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-17822013000200014
    » http://dx.doi.org/10.1590/S2317-17822013000200014
  • 20
    Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012. Dispõe sobre os critérios da habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), institui o respectivo incentivo financeiro e aprova a Linha de Cuidados em AVC [Internet]. Brasília; 12 abril 2012 [cited 2016 Feb 11]. Available from: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3353
    » https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3353
  • 21
    Giulio RM. O impacto da afasia na perspectiva de cuidadores e/ou familiares de sujeitos afásicos fluentes e não-fluentes usuários de comunicação suplementar e/ou alternativa [dissertação]. São Paulo: Curso de Programa de Pós Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação, Unicamp; 2011.
  • 22
    Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.073/GM, de 28 de setembro de 2004. Institui a Política de Atenção à Saúde Auditiva [Internet]. Brasília; 28 setembro 2004 [cited 2016 Feb 11]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2073_28_09_2004.html
    » http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2073_28_09_2004.html
  • 23
    Ferreira JM, Sampaio FMO, Coelho JMS, Almeida NMGS. Perfil audiológico de pacientes com diabetes mellitus tipo II. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2007;12(4):292-7. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342007000400007
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342007000400007
  • 24
    Diniz TH, Guida HL. Hearing loss in patients with diabetes mellitus. Braz J Otorhinolaryngol. 2009;75(4):573-8. PMid:19784428. http://dx.doi.org/10.1016/S1808-8694(15)30498-5
    » http://dx.doi.org/10.1016/S1808-8694(15)30498-5
  • 25
    Gutierrex SM, Zanato LE, Pelegrini P, Cordeiro RC. Queixas fonoaudiológicas de idosos residentes em uma instituição de longa permanência. Disturb Comun. 2009;21(1):21-30.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2017

Histórico

  • Recebido
    11 Fev 2016
  • Aceito
    26 Fev 2017
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Al. Jaú, 684, 7º andar, 01420-002 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax 55 11 - 3873-4211 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@codas.org.br