Acessibilidade / Reportar erro

Tradução e adaptação cultural e linguística da Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings para o português brasileiro

RESUMO

Objetivo

Desenvolver a adaptação cultural e linguística da versão brasileira da Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings.

Método

O instrumento Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings foi traduzido para a língua portuguesa por duas fonoaudiólogas brasileiras bilíngues, cujas traduções foram compiladas em uma versão; posteriormente, foi realizada a retrotradução para o inglês por uma terceira fonoaudióloga brasileira, bilíngue, que não participou das etapas anteriores. Após a tradução e retrotradução, realizou-se a comparação dos itens com o instrumento original, sendo as discrepâncias modificadas por consenso, por um comitê composto por três fonoaudiólogos, chegando-se a uma única versão traduzida para o português brasileiro denominada Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal. Para a equivalência cultural da versão em português, a opção “não aplicável” foi acrescida na chave de respostas e 15 indivíduos disfônicos, com diagnóstico médico-otorrinolaringológico, responderam à Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal após a leitura das frases do protocolo de avaliação perceptivo-auditiva CAPE-V.

Resultados

No processo de tradução e adaptação cultural, não houve modificação e/ou eliminação de nenhuma das questões. A Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal reflete a versão original do inglês, com uma escala com variação de 0 a 10, sendo 0 “nenhum esforço vocal” e 10 o “máximo esforço vocal”.

Conclusão

A versão para o português brasileiro da Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings, intitulada Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal, apresenta equivalência cultural e linguística em relação ao instrumento original.

Descritores
Voz; Teste de Esforço; Protocolos; Inquéritos e Questionários; Fonoaudiologia

ABSTRACT

Purpose

To develop the cultural and linguistic adaptation of the Brazilian version of the Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings.

Methods

The instrument Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings was translated into Portuguese by two Brazilian bilingual speech-language pathologists, whose translations were compiled into one version. Back-translation into English was performed by a third bilingual Brazilian speech-language pathologist who did not participate in the previous stages. After translation and back-translation, the items of the translated version were compared with the original instrument and discrepancies were modified by consensus of a committee composed of three speech-language pathologists, resulting in the version translated into Brazilian Portuguese entitled Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal. For cultural equivalence of the Portuguese version, the option “not applicable” was added to the categorical scale and 15 individuals with dysphonia, with otorhinolaryngological medical diagnosis, responded to the Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal after reading the perceptual-auditory evaluation protocol CAPE-V phrases.

Results

During the process of translation and cultural adaptation, no item was changed and/or eliminated from the questions. The Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal kept the same structure as the original, with a scale ranging from 0 to 10, with 0 being “no vocal effort at all” and 10 being “maximum vocal effort”.

Conclusion

The Brazilian version of the Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings, entitled Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal, presents cultural and linguistic equivalence to the original instrument.

Keywords
Voice; Exercise Test; Protocols; Surveys and Questionnaires; Speech, Language and Hearing Sciences

INTRODUÇÃO

A produção da voz depende de vários fatores, entre eles, o equilíbrio entre as forças aerodinâmicas e mioelásticas da laringe, e também do aparelho ressonador(11 Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Anatomia da laringe e fisiologia da produção vocal. In: Behlau M, editor. Voz: o livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter; 2004. p. 1-51. vol. 1.). Uma voz saudável deve, em geral, ser emitida de maneira eficaz e sem esforço, ser interessante e clara, a fim de garantir a atenção do ouvinte(22 Vieira AC, Behlau M. Análise de voz e comunicação oral de professores de curso pré-vestibular. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009;14(3):346-51. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342009000300010.
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342009...
). Quando a harmonia muscular é mantida, obtemos um som dito de boa qualidade para os ouvintes e produzido sem dificuldade ou desconforto para o falante(11 Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Anatomia da laringe e fisiologia da produção vocal. In: Behlau M, editor. Voz: o livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter; 2004. p. 1-51. vol. 1.).

Alguns aspectos podem trazer influência na produção vocal e acarretar maior esforço vocal, tais como: competição sonora, a necessidade de o indivíduo projetar a voz a uma grande distância, ou pela presença de alguma alteração vocal ou alteração na laringe ou por uso excessivo da voz(33 Stepp CE, Sawin DE, Eadie TL. The relationship between perception of vocal effort and relative fundamental frequency during voicing offset and onset. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(6):1887-96. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2012/11-0294). PMid:22615477.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2012...
). Quando esse esforço vocal torna-se crônico e excessivo, pode ocorrer desconforto ao falante e prejudicar o desempenho da sua comunicação, motivando-o à busca de um tratamento profissional(44 Chang A, Karnell MP. Perceived phonatory effort and phonation threshold pressure across a prolonged voice loading task: a study of vocal fatigue. J Voice. 2004;18(4):454-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2004.01.004. PMid:15567047.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2004....
).

A sensação de esforço vocal é individual, podendo ser percebida de forma diferente de um paciente para outro; note-se que tais sensações individuais são impossíveis de se medir e de se comparar(55 Borg G. Psychophysical scaling with applications in physical work and the perception of exertion. Scand J Work Environ Health. 1990;16(Suppl 1):55-8. http://dx.doi.org/10.5271/sjweh.1815. PMid:2345867.
http://dx.doi.org/10.5271/sjweh.1815...
). Os mecanismos que contribuem para que o esforço vocal ocorra são variados e complexos, podendo ter influências cognitivo-comportamentais e influências fisiológicas(66 Vinney L. The role of self-regulation in the modification of vocal behavior during reading and speech [dissertation]. Madison: University of Wisconsin; 2013.). Portanto, para mensurar esse esforço vocal, é necessário contemplar dados da avaliação física do indivíduo e da sua autopercepção.

Na prática clínica atual, não existe um instrumento de avaliação para o autorrelato do esforço vocal(77 Ford Baldner E, Doll E, van Mersbergen MR. A review of measures of vocal effort with a preliminary study on the establishment of a vocal effort measure. J Voice. 2015;29(5):530-41. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014.08.017. PMid:26186811.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014....
), mas na literatura é possível encontrar uma escala, elaborada por Gunnar Borg, que reitera a importância do uso de instrumentos padronizados para avaliação de sintomas subjetivos e psicofísicos, a escala psicofísica Borg CR10(55 Borg G. Psychophysical scaling with applications in physical work and the perception of exertion. Scand J Work Environ Health. 1990;16(Suppl 1):55-8. http://dx.doi.org/10.5271/sjweh.1815. PMid:2345867.
http://dx.doi.org/10.5271/sjweh.1815...
). Embora não diretamente relacionada ao esforço vocal, ela associa respostas psicológicas e fisiológicas do corpo humano ao estresse físico. Na medida em que o esforço vocal é um fenômeno subjetivo, perceptivo e individual, o instrumento Borg CR10 é uma escala psicométrica útil para auxiliar na avaliação de tal fenômeno(77 Ford Baldner E, Doll E, van Mersbergen MR. A review of measures of vocal effort with a preliminary study on the establishment of a vocal effort measure. J Voice. 2015;29(5):530-41. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014.08.017. PMid:26186811.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014....
).

Outros pesquisadores têm proposto a Borg CR10 como uma ferramenta potente para medir o esforço vocal e alguns têm sugerido a escala de classificação de Borg para futuras direções(44 Chang A, Karnell MP. Perceived phonatory effort and phonation threshold pressure across a prolonged voice loading task: a study of vocal fatigue. J Voice. 2004;18(4):454-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2004.01.004. PMid:15567047.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2004....
,88 Van Mersbergen M, Patrick C, Glaze L. Functional dysphonia during mental imagery: testing the train theory of voice disorders. J Speech Lang Hear Res. 2008;51(6):1405-23. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2008/06-0216). PMid:18664709.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2008...
), elucidando muitas pesquisas na área de voz e acrescentando um novo instrumento de autoavaliação na clínica fonoaudiológica. A Borg CR10 tem sido usada com sucesso na pesquisa clínica para a classificação de esforço vocal(66 Vinney L. The role of self-regulation in the modification of vocal behavior during reading and speech [dissertation]. Madison: University of Wisconsin; 2013.,88 Van Mersbergen M, Patrick C, Glaze L. Functional dysphonia during mental imagery: testing the train theory of voice disorders. J Speech Lang Hear Res. 2008;51(6):1405-23. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2008/06-0216). PMid:18664709.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2008...
,99 Van Leer E. Effect of social cognitive variables in voice therapy outcomes [dissertation]. Madison: University of Wisconsin; 2010.).

Os protocolos de autoavaliação vocal são de grande valor no trabalho clínico, auxiliando o paciente a compreender e perceber o impacto da disfonia em sua vida, colaborando também na adesão ao tratamento. Os protocolos medem sintomas vocais, porém o esforço para a fonação, uma queixa comum, não tem sido especificamente pesquisado; portanto, verifica-se a grande importância de um instrumento robusto que contribua para esta percepção. O protocolo de autoavaliação do esforço vocal traz muitos benefícios, permitindo que o próprio paciente identifique tal fenômeno e os fatores que o desencadeiam, buscando, juntamente com o fonoaudiólogo, tanto na pesquisa quanto na prática clínica, dispositivos e técnicas para evitar maiores prejuízos à produção fonatória, contribuindo assim para uma comunicação mais efetiva.

Pensando na necessidade de um instrumento brasileiro que colabore na autoavaliação do esforço vocal, o objetivo deste estudo foi realizar a equivalência cultural da Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings(77 Ford Baldner E, Doll E, van Mersbergen MR. A review of measures of vocal effort with a preliminary study on the establishment of a vocal effort measure. J Voice. 2015;29(5):530-41. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014.08.017. PMid:26186811.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014....
) para o português brasileiro por meio da tradução e adaptação cultural e linguística do instrumento.

MÉTODO

A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNITAU – Universidade de Taubaté (CAAE: 80142517.5.0000.5501 e parecer n.º 2488373, de 06/02/2018). Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A versão original da Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings foi traduzida para o português brasileiro por duas fonoaudiólogas bilíngues (Tradutor 1 - T1 e Tradutor 2 - T2). Essas traduções foram sobrepostas considerando-se as equivalências culturais e revisadas pelos pesquisadores, e por um comitê composto por três fonoaudiólogos especialistas em voz, chegando-se a uma tradução final do instrumento (Versão em Português - VP). A versão final traduzida do protocolo foi retrotraduzida por uma terceira fonoaudióloga brasileira bilíngue, que não participou das etapas anteriores. A versão retrotraduzida foi comparada à versão original do protocolo, chegando-se então à versão em português brasileiro intitulada Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal.

Como o protocolo original, a Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal permaneceu com uma escala de variação de 0 a 10, sendo 0 nenhum esforço vocal e 10 o máximo esforço vocal. Pelo fato de o esforço vocal interligar respostas fisiológicas e psicológicas do organismo após uma atividade, antes da aplicação do protocolo existe a necessidade da realização de uma tarefa pré-estabelecida.

Para a equivalência cultural da Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal, participaram do estudo 15 indivíduos disfônicos, com diagnóstico médico-otorrinolaringológico. Por consenso dos pesquisadores, a tarefa estabelecida foi a leitura das frases do CAPE-V – Consensus Auditory-Perceptual Evaluation of Voice(1010 Behlau M. Consensus auditory-perceptual evaluation of voice (CAPE-V), ASHA 2003. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2004;9(3):187-9.) – (Protocolo desenvolvido por fonoaudiólogos e especialistas em percepção humana que fazem parte do SID3 - ASHA 2003); logo em seguida, os participantes responderam à Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal.

Para cada um dos itens da Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal, foi acrescida a opção “não aplicável” na chave de respostas. Tal acréscimo foi proposto objetivando-se identificar as sentenças não compreendidas ou inapropriadas para a população, para, caso se mostrasse necessário, posterior modificação ou eliminação da questão.

O critério de inclusão para o estudo foi presença de disfonia, com diagnóstico médico-otorrinolaringológico, independentemente do grau ou tipo. Indivíduos adultos, de ambos os gêneros, sem a presença de distúrbios neurológicos, cognitivos e/ou psiquiátricos e/ou analfabetismo, para que não se inviabilizasse a aplicação do instrumento.

RESULTADOS

No processo de tradução e adaptação cultural, nenhum participante da pesquisa escolheu a opção “não aplicável” em algum item da Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal, portanto não houve modificação e/ou eliminação de qualquer item. A composição final da tradução da Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal (Apêndice A Apêndice A Versão traduzida e culturalmente adaptada para o português brasileiro do protocolo Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings(7), chamada Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal Nome completo:______________________________________________ D.N.:___/___/___ Data de hoje:___/___/___ Assinale o número que corresponde à intensidade de esforço de voz após a realização da tarefa solicitada: INTENSIDADE ESCALA Nenhum esforço vocal 0 Mínima sensação de esforço vocal (apenas percepção de esforço) 0,5 Pouquíssimo esforço vocal 1 Esforço vocal leve 2 Esforço vocal moderado 3 Grande esforço vocal 4 Esforço vocal intenso 5 6 Esforço vocal muito intenso 7 8 Esforço vocal extremamente intenso (quase máximo esforço) 9 Máximo esforço vocal 10 ), após adaptação cultural e linguística, é semelhante ao instrumento original, com uma escala com variação de 0 a 10, na qual 0 corresponde a nenhum esforço vocal e 10 corresponde a máximo esforço vocal, sendo os itens da escala 5 e 6 correspondentes à mesma intensidade (Esforço vocal intenso), assim como 7 e 8 (Esforço vocal muito intenso). O processo de tradução e adaptação cultural e linguística da escala encontra-se no Quadro 1.

Quadro 1
Processo de tradução e adaptação cultural e linguística do protocolo Adapted Borg – CR 10 for Vocal Effort Ratings(77 Ford Baldner E, Doll E, van Mersbergen MR. A review of measures of vocal effort with a preliminary study on the establishment of a vocal effort measure. J Voice. 2015;29(5):530-41. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014.08.017. PMid:26186811.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014....
) para o português brasileiro

DISCUSSÃO

Os protocolos de autoavaliação vocal são de grande valor no trabalho clínico, auxiliando o paciente a compreender e perceber o impacto da disfonia em sua vida, colaborando também na adesão ao tratamento.

A obtenção da equivalência cultural é uma etapa importante e essencial para que um instrumento desenvolvido originalmente em outro idioma seja utilizado em uma diferente língua e cultura(1111 Aaronson N, Alonso J, Burnam A, Lohr KN, Patrick DL, Perrin E, et al. Assessing health status and quality-of-life instruments: attributes and review criteria. Qual Life Res. 2002;11(3):193-205. http://dx.doi.org/10.1023/A:1015291021312. PMid:12074258.
http://dx.doi.org/10.1023/A:101529102131...
), para que assim não existam barreiras entre o instrumento e sua população-alvo(1212 Rocha BR, Moreti F, Amin E, Madazio G, Behlau M. Cross-cultural adaptation of the Brazilian version of the protocol Evaluation of the Ability to Sing Easily. CoDAS. 2014;26(6):535-9. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20142014175. PMid:25590918.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2014...
). Tal metodologia de adaptação cultural tem sido utilizada para a tradução e validação de outros instrumentos de áreas da Fonoaudiologia para o português brasileiro(1212 Rocha BR, Moreti F, Amin E, Madazio G, Behlau M. Cross-cultural adaptation of the Brazilian version of the protocol Evaluation of the Ability to Sing Easily. CoDAS. 2014;26(6):535-9. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20142014175. PMid:25590918.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2014...

13 Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Cross-cultural adaptation of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale: VoiSS. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(4):398-400. http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011000400018. PMid:22231064.
http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011...
-1414 Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Cross-cultural adaptation, validation, and cutoff values of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale-VoiSS. J Voice. 2014;28(4):458-68. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2013.11.009. PMid:24560004.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2013....
).

Muitos dos protocolos medem sintomas vocais(1313 Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Cross-cultural adaptation of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale: VoiSS. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(4):398-400. http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011000400018. PMid:22231064.
http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011...
,1414 Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Cross-cultural adaptation, validation, and cutoff values of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale-VoiSS. J Voice. 2014;28(4):458-68. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2013.11.009. PMid:24560004.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2013....
), porém esforço à fonação, uma queixa comum, não tem sido especificamente pesquisado, portanto a Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal é um instrumento específico para a autoavaliação do esforço vocal após uma tarefa específica, podendo contribuir tanto para pesquisa quanto para a prática clínica.

O processo de adaptação cultural do Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal não gerou mudanças no protocolo, o que mostrou que o instrumento possui equivalência linguística e cultural para o português brasileiro.

CONCLUSÃO

A versão traduzida para o português brasileiro do instrumento, chamada Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal, apresenta equivalência cultural e linguística em relação ao original Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings.

Apêndice A Versão traduzida e culturalmente adaptada para o português brasileiro do protocolo Adapted Borg CR10 for Vocal Effort Ratings(77 Ford Baldner E, Doll E, van Mersbergen MR. A review of measures of vocal effort with a preliminary study on the establishment of a vocal effort measure. J Voice. 2015;29(5):530-41. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014.08.017. PMid:26186811.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014....
), chamada Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal

Escala Borg CR10-BR adaptada para esforço vocal

Nome completo:______________________________________________

D.N.:___/___/___

Data de hoje:___/___/___

Assinale o número que corresponde à intensidade de esforço de voz após a realização da tarefa solicitada:

INTENSIDADE ESCALA
Nenhum esforço vocal 0
Mínima sensação de esforço vocal (apenas percepção de esforço) 0,5
Pouquíssimo esforço vocal 1
Esforço vocal leve 2
Esforço vocal moderado 3
Grande esforço vocal 4
Esforço vocal intenso 5
6
Esforço vocal muito intenso 7
8
Esforço vocal extremamente intenso (quase máximo esforço) 9
Máximo esforço vocal 10
  • Trabalho realizado no Centro de Estudos da Voz – CEV - São Paulo (SP), Brasil.
  • Fonte de financiamento: nada a declarar.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Anatomia da laringe e fisiologia da produção vocal. In: Behlau M, editor. Voz: o livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter; 2004. p. 1-51. vol. 1.
  • 2
    Vieira AC, Behlau M. Análise de voz e comunicação oral de professores de curso pré-vestibular. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009;14(3):346-51. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342009000300010
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342009000300010
  • 3
    Stepp CE, Sawin DE, Eadie TL. The relationship between perception of vocal effort and relative fundamental frequency during voicing offset and onset. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(6):1887-96. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2012/11-0294) PMid:22615477.
    » http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2012/11-0294)
  • 4
    Chang A, Karnell MP. Perceived phonatory effort and phonation threshold pressure across a prolonged voice loading task: a study of vocal fatigue. J Voice. 2004;18(4):454-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2004.01.004 PMid:15567047.
    » http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2004.01.004
  • 5
    Borg G. Psychophysical scaling with applications in physical work and the perception of exertion. Scand J Work Environ Health. 1990;16(Suppl 1):55-8. http://dx.doi.org/10.5271/sjweh.1815 PMid:2345867.
    » http://dx.doi.org/10.5271/sjweh.1815
  • 6
    Vinney L. The role of self-regulation in the modification of vocal behavior during reading and speech [dissertation]. Madison: University of Wisconsin; 2013.
  • 7
    Ford Baldner E, Doll E, van Mersbergen MR. A review of measures of vocal effort with a preliminary study on the establishment of a vocal effort measure. J Voice. 2015;29(5):530-41. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014.08.017 PMid:26186811.
    » http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2014.08.017
  • 8
    Van Mersbergen M, Patrick C, Glaze L. Functional dysphonia during mental imagery: testing the train theory of voice disorders. J Speech Lang Hear Res. 2008;51(6):1405-23. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2008/06-0216) PMid:18664709.
    » http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2008/06-0216)
  • 9
    Van Leer E. Effect of social cognitive variables in voice therapy outcomes [dissertation]. Madison: University of Wisconsin; 2010.
  • 10
    Behlau M. Consensus auditory-perceptual evaluation of voice (CAPE-V), ASHA 2003. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2004;9(3):187-9.
  • 11
    Aaronson N, Alonso J, Burnam A, Lohr KN, Patrick DL, Perrin E, et al. Assessing health status and quality-of-life instruments: attributes and review criteria. Qual Life Res. 2002;11(3):193-205. http://dx.doi.org/10.1023/A:1015291021312 PMid:12074258.
    » http://dx.doi.org/10.1023/A:1015291021312
  • 12
    Rocha BR, Moreti F, Amin E, Madazio G, Behlau M. Cross-cultural adaptation of the Brazilian version of the protocol Evaluation of the Ability to Sing Easily. CoDAS. 2014;26(6):535-9. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20142014175 PMid:25590918.
    » http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20142014175
  • 13
    Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Cross-cultural adaptation of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale: VoiSS. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(4):398-400. http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011000400018 PMid:22231064.
    » http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011000400018
  • 14
    Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Cross-cultural adaptation, validation, and cutoff values of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale-VoiSS. J Voice. 2014;28(4):458-68. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2013.11.009 PMid:24560004.
    » http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2013.11.009

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Out 2019
  • Data do Fascículo
    2019

Histórico

  • Recebido
    31 Ago 2018
  • Aceito
    18 Jan 2019
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Al. Jaú, 684, 7º andar, 01420-002 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax 55 11 - 3873-4211 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@codas.org.br