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Efeitos do treinamento da língua: revisão sistemática com metanálise

RESUMO

Objetivo

Avaliar a eficácia de exercícios mioterápicos no aumento da pressão e da força lingual. Buscou-se, de forma secundária, analisar quais os tipos de exercícios utilizados, os parâmetros de treinamento e os resultados funcionais obtidos.

Estratégia de pesquisa

Revisão sistemática da literatura guiada conforme as diretrizes do protocolo Prisma.

Critérios de seleção

Foram incluídos ensaios clínicos que avaliaram efeitos do treinamento muscular da língua, sem limite quanto ao idioma ou ano de publicação.

Análise dos dados

Incluiu as etapas de eliminação de artigos duplicados; leitura de resumos e exclusão de estudos que não contemplaram os critérios de elegibilidade; leitura na íntegra dos artigos selecionados com extração de informações importantes, reunidas em tabela; e metanálise, realizada por meio do método do inverso da variância. A avaliação da qualidade metodológica dos estudos foi realizada pela ferramenta do Joanna Briggs Institute. A qualidade da evidência foi avaliada pelo Sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation.

Resultados

A metanálise indicou aumento significativo da pressão máxima anterior e posterior como efeito do treinamento. O exercício mais utilizado foi pressão de língua contra o palato, mas os parâmetros de treinamento variaram entre estudos, não sendo possível afirmar que exercícios isolados promovem melhora funcional. A qualidade da evidência foi considerada baixa.

Conclusão

Os exercícios mioterápicos promovem o aumento da pressão anterior e posterior da língua de indivíduos adultos, porém a qualidade dessa evidência é baixa. Há variabilidade quanto aos tipos de exercícios utilizados e parâmetros de treinamento. Não é possível afirmar que os exercícios promovem melhora funcional.

Descritores:
Língua; Terapia por Exercício; Terapia Miofuncional; Reabilitação; Fonoaudiologia

ABSTRACT

Purpose

To assess the effectiveness of myotherapy exercises in increasing tongue pressure and strength. A secondary aim was to analyze the exercise types, training parameters, and functional results.

Research strategies

This systematic literature review was based on the Prisma protocol guidelines.

Selection criteria

The review included clinical trials that assessed the effects of tongue muscle training, with no restriction on the language or year of publication.

Data analysis

The steps included eliminating duplicates; reading abstracts and excluding studies that did not meet the inclusion criteria; reading selected articles in full text, extracting important data, and gathering them in a table; and meta-analysis, using the inverse variance method. The methodological quality of the studies was assessed with the Joanna Briggs Institute’s tool. The quality of evidence was assessed with the Grading System of Recommendations Assessment, Development and Evaluation.

Results

The meta-analysis indicated a significant increase in maximum anterior and posterior pressure as an effect of training. The most performed exercise was tongue pressure against the palate. However, training parameters varied between studies, and whether exercises alone led to functional improvement cannot be stated. The quality of the evidence was considered low.

Conclusion

Myotherapy exercises increased anterior and posterior tongue pressure in adults, but the quality of this evidence is low. The studies used various exercise types and training parameters. It cannot be stated whether exercises alone led to functional improvement.

Keywords:
Tongue; Exercise Therapy; Myofunctional Therapy; Rehabilitation; Speech; Language and Hearing Sciences

INTRODUÇÃO

Envolvida em todas as funções do sistema estomatognático, a língua é um órgão fundamental tanto no processo de nutrição e comunicação, quanto na estabilidade da oclusão(11 Motta AR, Las Casas EB, César CC, Bommarito S, Chiari BM. Caracterização da força da língua por meio de medidas objetivas. Rev CEFAC. 2017;19(1):82-9. http://dx.doi.org/10.1590/1982-021620171919116.
http://dx.doi.org/10.1590/1982-021620171...
). Sua estrutura é característica de organismos muito particulares chamados de hidróstatos musculares, como a tromba de um elefante ou os tentáculos de um polvo(22 Miller JL, Watkin KL, Chen MF. Muscle, adipose, and connective tissue variations in intrinsic musculature of the adult human tongue. J Speech Lang Hear Res. 2002;45(1):51-65. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2002/004). PMid:14748638.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2002...
,33 Gilbert RJ, Napadow VJ, Gaige TA, Wedeen VJ. Anatomical basis of lingual hydrostatic deformation. J Exp Biol. 2007;210(23):4069-82. http://dx.doi.org/10.1242/jeb.007096. PMid:18025008.
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). Trata-se de órgãos formados exclusivamente por músculos, capazes de criar e sustentar movimentos diversos, por apresentarem fibras em várias direções: longitudinal, vertical, transversal e, em alguns casos, circular(22 Miller JL, Watkin KL, Chen MF. Muscle, adipose, and connective tissue variations in intrinsic musculature of the adult human tongue. J Speech Lang Hear Res. 2002;45(1):51-65. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2002/004). PMid:14748638.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2002...
,33 Gilbert RJ, Napadow VJ, Gaige TA, Wedeen VJ. Anatomical basis of lingual hydrostatic deformation. J Exp Biol. 2007;210(23):4069-82. http://dx.doi.org/10.1242/jeb.007096. PMid:18025008.
http://dx.doi.org/10.1242/jeb.007096...
).

A língua é composta por músculos intrínsecos e extrínsecos e o desempenho de suas funções ocorre mediante a interação de diferentes grupos musculares, sendo que a maior parte dos movimentos requer intensa contração de vários grupos ao mesmo tempo(44 Maia AV, Furlan RMMM, Moraes KO, Amaral MS, Medeiros AM, Motta AR. Reabilitação da força da língua utilizando biofeedback: relato de caso. CoDAS. 2019;31(5):e20180163. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20182018163. PMid:31664370.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2018...
). Apresenta, em sua constituição morfológica, predomínio de fibras musculares dos tipos I e IIa na sua porção anterior. As fibras do tipo I são resistentes à fadiga e as do tipo IIa apresentam rápida contração. Essa combinação favorece os movimentos da fala, que são rápidos, repetitivos e não requerem muita força. Na base da língua predominam fibras do tipo IIb, que possuem maior capacidade de geração de força, o que é importante para a deglutição(55 Burkhead LM, Sapienza CM, Rosenbek JC. Strength-training exercise in dysphagia rehabilitation: principles, procedures, and directions for future research. Dysphagia. 2007;22(3):251-65. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-006-9074-z. PMid:17457549.
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).

Devido a todas essas especificidades, a aplicação da fisiologia do exercício para o tratamento das alterações relacionadas à força e/ou à resistência da língua, baseada nos mesmos princípios utilizados para os demais músculos do corpo, pode não ser uma boa opção. Esta modalidade terapêutica baseada em exercícios, chamada de mioterapia, é utilizada para a reabilitação das alterações orofaciais de origem muscular e/ou na prevenção dessas alterações; faz parte da prática fonoaudiológica em Motricidade Orofacial (MO) e tem por objetivo melhorar a força, resistência, mobilidade e coordenação(66 Rezende BA, Furlan RMMM, Casas EBL, Motta AR. Avaliação clínica da língua em adultos jovens. Rev CEFAC. 2016;18(3):559-67. http://dx.doi.org/10.1590/1982-021620161832516.
http://dx.doi.org/10.1590/1982-021620161...
). Entretanto, além da mioterapia, e preferencialmente associada a essa, o fonoaudiólogo pode lançar mão da terapia miofuncional orofacial, que busca melhorar as estruturas e funções do sistema estomatognático por meio de treino funcional assistido(77 Bacha SM, Rispoli CF. Myofunctional therapy: brief intervention. Int J Orofacial Myology. 1999;25(1):37-47. http://dx.doi.org/10.52010/ijom.1999.25.1.5. PMid:10863453.
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).

Há alguns anos pesquisadores têm procurado métodos para aprimorar o treinamento da musculatura da língua e muitos instrumentos e exercícios têm sido elaborados com essa finalidade(88 Furlan RMMM, Valentim AF, Motta AR, Barroso MFS, Costa CG, Las Casas EB. Métodos quantitativos para avaliação da força de língua. Rev CEFAC. 2012;14(6):1215-25. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462012005000099.
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). Contudo, ao mesmo tempo em que a diversidade de exercícios promove uma ampliação das possibilidades no tratamento individualizado, afetando positivamente a sua eficácia, pode dificultar o conhecimento e o desenvolvimento dessas mesmas técnicas se não houver estudos acerca de seus efeitos. O presente artigo traz os resultados de uma investigação acerca dos efeitos do treinamento da língua a fim de refletir sobre a sua efetividade na perspectiva do cuidado fonoaudiológico.

OBJETIVO

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficácia de exercícios mioterápicos no aumento da pressão e da força lingual. Buscou-se, de forma secundária, analisar quais os tipos de exercícios utilizados, os parâmetros de treinamento (tempo de contração, número de repetições, quantidade de treinos por semana, duração do tratamento) e os resultados funcionais obtidos.

ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, registrada na plataforma International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) (CRD42021224324) e desenvolvida de acordo com as diretrizes do protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA)(99 Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 2021;372(71):n71. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.n71. PMid:33782057.
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), que envolveu as seguintes etapas: elaboração da pergunta norteadora, estabelecimento de palavras-chave e de critérios de elegibilidade de artigos, seleção dos artigos e avaliação crítica desses.

A pergunta que norteou o presente estudo foi: os exercícios mioterápicos para a língua proporcionam aumento de força/pressão dessa musculatura? De forma secundária, buscou-se conhecer quais os tipos, parâmetros e efeitos funcionais dos exercícios utilizados.

Para seleção dos artigos, houve levantamento na literatura nacional e internacional, sem restrição de idioma ou do ano de publicação, utilizando-se as bases de dados Biblioteca Brasileira de Odontologia (BBO), via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), CINAHL, Cochrane, EMBASE, Lilacs (via BVS), Medline (via Pubmed), Scopus e Web of Science. Os descritores, obtidos nas plataformas Medical Subject Heading (MeSH), Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Embase Subject Headings (Emtree), utilizados na busca foram tongue, muscle strength, physical endurance, resistance training, exercise therapy, rehabilitation, exercise e, os termos livres, lingual e tongue strength, assim como seus equivalentes em português e espanhol, conforme estratégias de busca apresentadas no Quadro 1. A busca, em todas as bases de dados, foi realizada no mês de setembro de 2020.

Quadro 1
Estratégias de busca da pesquisa por fonte

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Para definição dos critérios de elegibilidade, foram utilizados os elementos do PICOT: participantes (indivíduos maiores de 18 anos, sem restrição quanto ao sexo ou condição clínica); intervenção (exercícios para treino de força/pressão ou resistência de língua); comparador (indivíduos que não realizaram os exercícios propostos ou realizaram outras estratégias terapêuticas); desfechos (valores de força/pressão e desempenho em funções orofaciais); tipo de estudo (ensaios clínicos randomizados ou não). Após o estudo dos títulos e resumos, os textos compatíveis com ou que deixaram dúvidas quanto aos critérios de elegibilidade foram lidos na íntegra.

Sendo assim, com relação aos critérios de elegibilidade, foram considerados os seguintes critérios de inclusão: artigos originais de pesquisa com delineamento do tipo ensaios clínicos; com amostra composta por indivíduos acima de 18 anos que realizaram exercícios para musculatura da língua; grupo comparador composto por indivíduos que não realizaram os exercícios propostos ou realizaram outras estratégias terapêuticas; e que avaliaram como desfecho os valores de força ou pressão e/ou o desempenho em funções orofaciais. Constituíram os critérios de exclusão não abordar pelo menos um dos seguintes dados: tipo do exercício, parâmetros de realização e resultados obtidos para pelo menos um desfecho.

ANÁLISE DOS DADOS

Após a leitura na íntegra dos artigos que contemplavam os critérios de elegibilidade, os dados foram reunidos em uma tabela que permitia o preenchimento de informações sobre: autor, ano de publicação, país onde o estudo foi realizado, características da amostra, tipo do exercício, parâmetros do treinamento, instrumentos utilizados na coleta de dados e os resultados do estudo, com ênfase para os valores de pressão ou força da língua.

A avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos foi realizada por meio da ferramenta JBI Critical Appraisal Checklist for Randomized Controlled Trials Studies (1010 The Joanna Briggs Institute [Internet]. (2017). Adelaide: The Joanna Briggs Institute; c2023 [citado em 2021 Ago 22]. Disponível em: https://jbi.global/critical-appraisal-tools
https://jbi.global/critical-appraisal-to...
). O instrumento apresenta critérios para avaliação da qualidade metodológica dos estudos com três possibilidades de resposta: sim, este critério se verifica; não, este critério não se verifica e não está claro. Atribuiu-se um ponto para cada resposta sim e zero ponto para as demais respostas. Quanto maior a pontuação atingida, maior a qualidade interna e menor o risco de viés relacionado à qualidade metodológica do estudo. Determinou-se que estudos com menos de 50% das respostas positivas seriam considerados de baixa qualidade metodológica, estudos entre 50 e 75% das respostas positivas considerados de média qualidade metodológica e estudos com 75% ou mais respostas positivas seriam considerados de alta qualidade metodológica.

O viés de publicação foi analisado por meio de funnel plot e teste de Egger, utilizando-se o programa estatístico STATA, versão 13.0. A avaliação da qualidade da evidência foi realizada pelo Sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE)(1111 Guyatt G, Oxman AD, Akl EA, Kunz R, Vist G, Brozek J, et al. Grade guidelines: 1. Introduction-Grade evidence profiles and summary of findings tables. J Clin Epidemiol. 2011;64(4):383-94. http://dx.doi.org/10.1016/j.jclinepi.2010.04.026. PMid:21195583.
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).

Todas as etapas da pesquisa foram realizadas por três pesquisadoras. A análise dos dados que determinou o cumprimento dos critérios de elegibilidade mediante a uma escala binária (sim/não) foi realizada de forma manual e independente pelas três participantes, utilizando-se uma planilha do Microsoft Excel®. Os artigos que obtiveram respostas sim por parte de duas avaliadoras foram incluídos no estudo. A extração dos dados foi feita, também em planilha Microsoft Excel®, por pelo menos uma pesquisadora e conferida por pelo menos outra pesquisadora. A análise de qualidade dos estudos foi realizada por uma pesquisadora e conferida por outra pesquisadora.

Para a metanálise, a medida de efeito da intervenção considerada foi a diferença de pressão anterior e a diferença de pressão posterior da língua entre os momentos antes e após a intervenção, a qual foi realizada por meio do método do inverso da variância no software estatístico STATA, versão 13.0. Os estudos foram analisados em conjunto, bem como de forma subdividida por condição clínica e idade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram localizadas, inicialmente, 526 referências nas bases consultadas sobre exercícios destinados ao treinamento da musculatura da língua (137 na Medline, sete na Lilacs, uma no BBO, 48 na CINAHL, 39 na Embase, 56 na Cochrane, 121 na Scopus e 117 na Web of Science). Após a eliminação das duplicatas ficaram 274 artigos e, com a exclusão de artigos pela leitura do resumo permaneceram 26, que foram lidos na íntegra. Após a exclusão de outros 12 artigos, que não cumpriram os critérios de elegibilidade, chegaram à fase final de inclusão para a análise 14 artigos, conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1
Fluxograma com as diferentes fases da revisão baseada nas diretrizes do protocolo PRISMA. Fonte: Flow Diagram(99 Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 2021;372(71):n71. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.n71. PMid:33782057.
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)

Ao se iniciar a análise dos estudos incluídos nesta pesquisa, nota-se que o interesse pelo tema é recente, os artigos foram publicados de 2003 a 2020. Este fato pode ser explicado pelo também recente surgimento da Motricidade Orofacial como prática fonoaudiológica regulamentada. No Brasil, por exemplo, a regulamentação da profissão de fonoaudiólogo só ocorreu em 1981, sendo que a concessão de Títulos de Especialistas, incluindo a área de Motricidade Orofacial, foi regulamentada apenas em 1996(1212 Marchesan IQ, Duarte LIM. Histórico e áreas de domínio da Motricidade Orofacial. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Berretin-Felix G, Marchesan IQ, editores. Tratado de Motricidade Orofacial. São José dos Campos: Pulso Editorial; 2019. p. 37-44.). Os próprios instrumentos para medir força/pressão de língua, apesar de diversos, são recentes e alguns continuam em aperfeiçoamento(88 Furlan RMMM, Valentim AF, Motta AR, Barroso MFS, Costa CG, Las Casas EB. Métodos quantitativos para avaliação da força de língua. Rev CEFAC. 2012;14(6):1215-25. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462012005000099.
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). Apesar disso, observa-se que a preocupação com a reabilitação das funções estomatognáticas se manifesta em diversos países. Dos 14 artigos, todos publicados em língua inglesa, dois são brasileiros(1313 Ieto V, Kayamori F, Montes MI, Hirata RP, Gregório MG, Alencar AM, et al. Effects of oropharyngeal exercises on snoring: a randomized trial. Chest. 2015;148(3):683-91. http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953. PMid:25950418.
http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953...
,1414 Diaféria G, Santos-Silva R, Truksinas E, Haddad FLM, Santos R, Bommarito S, et al. Myofunctional therapy improves adherence to continuous positive airway pressure treatment. Sleep Breath. 2017;21(2):387-95. http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-1429-6. PMid:27913971.
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), sendo que os oriundos da Coreia do Sul somam o maior número, com oito textos(1515 Park JS, Kim HJ, Oh DH. Effect of tongue strength training using the Iowa Oral Performance Instrument in stroke patients with dysphagia. J Phys Ther Sci. 2015;27(12):3631-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631. PMid:26834320.
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16 Byeon H. Effect of orofacial myofunctional exercise on the improvement of dysphagia patients’ orofacial muscle strength and diadochokinetic rate. J Phys Ther Sci. 2016;28(9):2611-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611. PMid:27799705.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611...

17 Kim HD, Choi JB, Yoo SJ, Chang MY, Lee SW, Park JS. Tongue-to-palate resistance training improves tongue strength and oropharyngeal swallowing function in subacute stroke survivors with dysphagia. J Oral Rehabil. 2017;44(1):59-64. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461. PMid:27883209.
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18 Byeon H. Is the combined application of tongue pressure training and tongue base exercise more effective in improving the strength of tongue and lips in Korean patients with flaccid dysarthria? Indian J Public Health. 2018;9(11):1041-7. http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018.01594.2.
http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018...

19 Park HS, Oh DH, Yoon T, Park JS. Effect of effortful swallowing training on tongue strength and oropharyngeal swallowing function in stroke patients with dysphagia: a double-blind, randomized controlled trial. Int J Lang Commun Disord. 2019;54(3):479-84. http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.12453. PMid:30693627.
http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.1245...

20 Park JS, Hwang NK, Kim HH, Choi JB, Chang MY, Jung YJ. Effects of lingual strength training on oropharyngeal muscles in South Korean adults. J Oral Rehabil. 2019;46(11):1036-41. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835. PMid:31206763.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835...

21 Park JS, Lee SH, Jung SH, Choi JB, Jung YJ. Tongue strengthening exercise is effective in improving the oropharyngeal muscles associated with swallowing in community-dwelling older adults in South Korea: a randomized trial. Medicine. 2019;98(40):e17304. http://dx.doi.org/10.1097/MD.0000000000017304. PMid:31577721.
http://dx.doi.org/10.1097/MD.00000000000...
-2222 Lee KH, Jung ES, Choi YY. Effects of lingual exercises on oral muscle strength and salivary flow rate in elderly adults: a randomized clinical trial. Geriatr Gerontol Int. 2020;20(7):697-703. http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944. PMid:32489001.
http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944...
); dos Estados Unidos são dois(2323 Lazarus C, Logemann JA, Huang CF, Rademaker AW. Effects of two types of tongue strengthening exercises in young normals. Folia Phoniatr Logop. 2003;55(4):199-205. http://dx.doi.org/10.1159/000071019. PMid:12802092.
http://dx.doi.org/10.1159/000071019...
,2424 Clark HM. Specificity of training in the lingual musculature. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(2):657-67. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011/11-0045). PMid:22215031.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011...
); e China(2525 Hsiang CC, Chen AW, Chen CH, Chen MK. Early postoperative oral exercise improves swallowing function among patients with oral cavity cancer: a randomized controlled trial. Ear Nose Throat J. 2019;98(6):E73-80. http://dx.doi.org/10.1177/0145561319839822. PMid:31088304.
http://dx.doi.org/10.1177/01455613198398...
) e Bélgica(2626 Van den Steen L, Vanderwegen J, Guns C, Elen R, De Bodt M, Van Nuffelen G. Tongue-strengthening exercises in healthy older adults: does exercise load matter? A randomized controlled trial. Dysphagia. 2019;34(3):315-24. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-9940-5. PMid:30209561.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-994...
) contam com um artigo de cada nação incluídos nesta pesquisa. A faixa etária predominante das amostras compreendeu adultos jovens e idosos entre 24 e 85 anos, num quantitativo aproximado de homens e mulheres.

A maioria dos estudos foi realizada com pessoas com disfagia, quatro deles devido a acidente vascular cerebral (AVC)(1515 Park JS, Kim HJ, Oh DH. Effect of tongue strength training using the Iowa Oral Performance Instrument in stroke patients with dysphagia. J Phys Ther Sci. 2015;27(12):3631-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631. PMid:26834320.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631...

16 Byeon H. Effect of orofacial myofunctional exercise on the improvement of dysphagia patients’ orofacial muscle strength and diadochokinetic rate. J Phys Ther Sci. 2016;28(9):2611-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611. PMid:27799705.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611...
-1717 Kim HD, Choi JB, Yoo SJ, Chang MY, Lee SW, Park JS. Tongue-to-palate resistance training improves tongue strength and oropharyngeal swallowing function in subacute stroke survivors with dysphagia. J Oral Rehabil. 2017;44(1):59-64. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461. PMid:27883209.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461...
,1919 Park HS, Oh DH, Yoon T, Park JS. Effect of effortful swallowing training on tongue strength and oropharyngeal swallowing function in stroke patients with dysphagia: a double-blind, randomized controlled trial. Int J Lang Commun Disord. 2019;54(3):479-84. http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.12453. PMid:30693627.
http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.1245...
) e um com pessoas com câncer em cavidade oral e/ou orofaringe submetidas à cirurgia de ressecção do tumor em pós-operatório recente(2525 Hsiang CC, Chen AW, Chen CH, Chen MK. Early postoperative oral exercise improves swallowing function among patients with oral cavity cancer: a randomized controlled trial. Ear Nose Throat J. 2019;98(6):E73-80. http://dx.doi.org/10.1177/0145561319839822. PMid:31088304.
http://dx.doi.org/10.1177/01455613198398...
). Alterações na força/pressão da língua podem afetar tanto a fase oral quanto a fase faríngea da deglutição, sendo o emprego da força adequada crucial para uma deglutição eficiente e segura(1717 Kim HD, Choi JB, Yoo SJ, Chang MY, Lee SW, Park JS. Tongue-to-palate resistance training improves tongue strength and oropharyngeal swallowing function in subacute stroke survivors with dysphagia. J Oral Rehabil. 2017;44(1):59-64. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461. PMid:27883209.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461...
), o que explica o número expressivo de estudos incluídos nesta pesquisa realizados com essa população. Inclui-se também nesta pesquisa um estudo realizado com pessoas com disartria pós-AVC(1818 Byeon H. Is the combined application of tongue pressure training and tongue base exercise more effective in improving the strength of tongue and lips in Korean patients with flaccid dysarthria? Indian J Public Health. 2018;9(11):1041-7. http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018.01594.2.
http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018...
). As médias de idade dos indivíduos destes estudos foram semelhantes, e variaram de 56,2 a 67,3 anos. O Quadro 2 apresenta os principais achados dos estudos realizados com indivíduos com disfagia ou disartria pós-AVC e câncer de boca e/ou orofaringe.

Quadro 2
Resumo dos principais achados dos artigos com indivíduos com alterações orofaciais (disfagia ou disartria pós-acidente vascular cerebral e câncer de boca)

Essa atenção à força da língua e sua relação com a deglutição é mais relevante em se tratando de idosos, que apresentam tônus reduzido devido à perda de massa muscular, natural do envelhecimento, e menor força de reserva(2727 Furlan RMMM, Motta AR, Las Casas EB. Pressão e força de língua. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Berretin-Felix G, Marchesan IQ, editores. Tratado de Motricidade Orofacial. São José dos Campos: Pulso Editorial; 2019. p. 385-95.), estando mais propensos à disfagia. Isso justifica o fato de que a metade dos estudos realizados com indivíduos sem histórico de alterações orofaciais tenha sido realizada com idosos(2121 Park JS, Lee SH, Jung SH, Choi JB, Jung YJ. Tongue strengthening exercise is effective in improving the oropharyngeal muscles associated with swallowing in community-dwelling older adults in South Korea: a randomized trial. Medicine. 2019;98(40):e17304. http://dx.doi.org/10.1097/MD.0000000000017304. PMid:31577721.
http://dx.doi.org/10.1097/MD.00000000000...
,2222 Lee KH, Jung ES, Choi YY. Effects of lingual exercises on oral muscle strength and salivary flow rate in elderly adults: a randomized clinical trial. Geriatr Gerontol Int. 2020;20(7):697-703. http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944. PMid:32489001.
http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944...
,2626 Van den Steen L, Vanderwegen J, Guns C, Elen R, De Bodt M, Van Nuffelen G. Tongue-strengthening exercises in healthy older adults: does exercise load matter? A randomized controlled trial. Dysphagia. 2019;34(3):315-24. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-9940-5. PMid:30209561.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-994...
), enquanto a outra metade foi realizada com adultos(2020 Park JS, Hwang NK, Kim HH, Choi JB, Chang MY, Jung YJ. Effects of lingual strength training on oropharyngeal muscles in South Korean adults. J Oral Rehabil. 2019;46(11):1036-41. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835. PMid:31206763.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835...
,2323 Lazarus C, Logemann JA, Huang CF, Rademaker AW. Effects of two types of tongue strengthening exercises in young normals. Folia Phoniatr Logop. 2003;55(4):199-205. http://dx.doi.org/10.1159/000071019. PMid:12802092.
http://dx.doi.org/10.1159/000071019...
,2424 Clark HM. Specificity of training in the lingual musculature. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(2):657-67. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011/11-0045). PMid:22215031.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011...
). Os Quadros 3 e 4 apresentam os principais achados dos estudos realizados com indivíduos sem alterações orofaciais, adultos e idosos, respectivamente.

Quadro 3
Resumo dos principais achados dos artigos com indivíduos adultos sem alterações orofaciais
Quadro 4
Resumo dos principais achados dos artigos com indivíduos idosos sem alterações orofaciais

Dois estudos relacionados ao ronco primário e/ou à apneia obstrutiva do sono (AOS)(1313 Ieto V, Kayamori F, Montes MI, Hirata RP, Gregório MG, Alencar AM, et al. Effects of oropharyngeal exercises on snoring: a randomized trial. Chest. 2015;148(3):683-91. http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953. PMid:25950418.
http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953...
,1414 Diaféria G, Santos-Silva R, Truksinas E, Haddad FLM, Santos R, Bommarito S, et al. Myofunctional therapy improves adherence to continuous positive airway pressure treatment. Sleep Breath. 2017;21(2):387-95. http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-1429-6. PMid:27913971.
http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-142...
) (Quadro 5) foram incluídos nesta pesquisa. Ambas as condições podem estar relacionadas à hipotensão da musculatura orofaríngea, incluindo a língua que, se enfraquecida, tende a reduzir a passagem de ar, aumentando a pressão e provocando vibração das partes moles - o que resulta no ronco -, ou mesmo obstruí-la, causando apneia(2828 Bianchini EMG, Kayamori F, Lorenzi-Filho G. Distúrbios do sono: classificações e tipos de tratamentos. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Berretin-Felix G, Marchesan IQ, editores. Tratado de Motricidade Orofacial. São José dos Campos: Pulso Editorial; 2019. p. 733-50.). Ambos foram realizados com adultos, incluindo grupos cujas médias de idade variaram entre 45 e 48 anos.

Quadro 5
Resumo dos principais achados dos artigos com indivíduos com distúrbios do sono

Nos estudos relacionados ao ronco primário e/ou AOS(1313 Ieto V, Kayamori F, Montes MI, Hirata RP, Gregório MG, Alencar AM, et al. Effects of oropharyngeal exercises on snoring: a randomized trial. Chest. 2015;148(3):683-91. http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953. PMid:25950418.
http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953...
,1414 Diaféria G, Santos-Silva R, Truksinas E, Haddad FLM, Santos R, Bommarito S, et al. Myofunctional therapy improves adherence to continuous positive airway pressure treatment. Sleep Breath. 2017;21(2):387-95. http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-1429-6. PMid:27913971.
http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-142...
) predominaram os exercícios orofaríngeos, com diversas variações de parâmetros e frequência e duração de um a três meses. Exercícios de pressão e fortalecimento de língua foram realizados predominantemente por idosos e adultos hígidos, sendo que os idosos realizaram também treino de deglutição, além de permanecerem em treinamento por mais tempo, em média oito semanas(2121 Park JS, Lee SH, Jung SH, Choi JB, Jung YJ. Tongue strengthening exercise is effective in improving the oropharyngeal muscles associated with swallowing in community-dwelling older adults in South Korea: a randomized trial. Medicine. 2019;98(40):e17304. http://dx.doi.org/10.1097/MD.0000000000017304. PMid:31577721.
http://dx.doi.org/10.1097/MD.00000000000...
,2222 Lee KH, Jung ES, Choi YY. Effects of lingual exercises on oral muscle strength and salivary flow rate in elderly adults: a randomized clinical trial. Geriatr Gerontol Int. 2020;20(7):697-703. http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944. PMid:32489001.
http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944...
,2626 Van den Steen L, Vanderwegen J, Guns C, Elen R, De Bodt M, Van Nuffelen G. Tongue-strengthening exercises in healthy older adults: does exercise load matter? A randomized controlled trial. Dysphagia. 2019;34(3):315-24. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-9940-5. PMid:30209561.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-994...
), enquanto os hígidos completavam o treinamento entre quatro e seis semanas(2020 Park JS, Hwang NK, Kim HH, Choi JB, Chang MY, Jung YJ. Effects of lingual strength training on oropharyngeal muscles in South Korean adults. J Oral Rehabil. 2019;46(11):1036-41. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835. PMid:31206763.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835...
,2323 Lazarus C, Logemann JA, Huang CF, Rademaker AW. Effects of two types of tongue strengthening exercises in young normals. Folia Phoniatr Logop. 2003;55(4):199-205. http://dx.doi.org/10.1159/000071019. PMid:12802092.
http://dx.doi.org/10.1159/000071019...
,2424 Clark HM. Specificity of training in the lingual musculature. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(2):657-67. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011/11-0045). PMid:22215031.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011...
). Os indivíduos com câncer(2525 Hsiang CC, Chen AW, Chen CH, Chen MK. Early postoperative oral exercise improves swallowing function among patients with oral cavity cancer: a randomized controlled trial. Ear Nose Throat J. 2019;98(6):E73-80. http://dx.doi.org/10.1177/0145561319839822. PMid:31088304.
http://dx.doi.org/10.1177/01455613198398...
) - geralmente submetidos à radioterapia ou quimioterapia - realizaram principalmente exercícios para mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios (língua, lábios e mandíbula). Indivíduos com disfagia pós-AVC(1515 Park JS, Kim HJ, Oh DH. Effect of tongue strength training using the Iowa Oral Performance Instrument in stroke patients with dysphagia. J Phys Ther Sci. 2015;27(12):3631-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631. PMid:26834320.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631...

16 Byeon H. Effect of orofacial myofunctional exercise on the improvement of dysphagia patients’ orofacial muscle strength and diadochokinetic rate. J Phys Ther Sci. 2016;28(9):2611-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611. PMid:27799705.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611...
-1717 Kim HD, Choi JB, Yoo SJ, Chang MY, Lee SW, Park JS. Tongue-to-palate resistance training improves tongue strength and oropharyngeal swallowing function in subacute stroke survivors with dysphagia. J Oral Rehabil. 2017;44(1):59-64. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461. PMid:27883209.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461...
,1919 Park HS, Oh DH, Yoon T, Park JS. Effect of effortful swallowing training on tongue strength and oropharyngeal swallowing function in stroke patients with dysphagia: a double-blind, randomized controlled trial. Int J Lang Commun Disord. 2019;54(3):479-84. http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.12453. PMid:30693627.
http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.1245...
) realizaram protrusão, retração, elevação e abaixamento de língua por um período aproximado de quatro semanas. Observou-se que o exercício mais realizado dentre os estudos analisados foi o de pressão de língua contra o palato, variando entre isométrico e isotônico(1313 Ieto V, Kayamori F, Montes MI, Hirata RP, Gregório MG, Alencar AM, et al. Effects of oropharyngeal exercises on snoring: a randomized trial. Chest. 2015;148(3):683-91. http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953. PMid:25950418.
http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953...

14 Diaféria G, Santos-Silva R, Truksinas E, Haddad FLM, Santos R, Bommarito S, et al. Myofunctional therapy improves adherence to continuous positive airway pressure treatment. Sleep Breath. 2017;21(2):387-95. http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-1429-6. PMid:27913971.
http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-142...
-1515 Park JS, Kim HJ, Oh DH. Effect of tongue strength training using the Iowa Oral Performance Instrument in stroke patients with dysphagia. J Phys Ther Sci. 2015;27(12):3631-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631. PMid:26834320.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631...
,1717 Kim HD, Choi JB, Yoo SJ, Chang MY, Lee SW, Park JS. Tongue-to-palate resistance training improves tongue strength and oropharyngeal swallowing function in subacute stroke survivors with dysphagia. J Oral Rehabil. 2017;44(1):59-64. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461. PMid:27883209.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461...
,1818 Byeon H. Is the combined application of tongue pressure training and tongue base exercise more effective in improving the strength of tongue and lips in Korean patients with flaccid dysarthria? Indian J Public Health. 2018;9(11):1041-7. http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018.01594.2.
http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018...
,2020 Park JS, Hwang NK, Kim HH, Choi JB, Chang MY, Jung YJ. Effects of lingual strength training on oropharyngeal muscles in South Korean adults. J Oral Rehabil. 2019;46(11):1036-41. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835. PMid:31206763.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835...

21 Park JS, Lee SH, Jung SH, Choi JB, Jung YJ. Tongue strengthening exercise is effective in improving the oropharyngeal muscles associated with swallowing in community-dwelling older adults in South Korea: a randomized trial. Medicine. 2019;98(40):e17304. http://dx.doi.org/10.1097/MD.0000000000017304. PMid:31577721.
http://dx.doi.org/10.1097/MD.00000000000...

22 Lee KH, Jung ES, Choi YY. Effects of lingual exercises on oral muscle strength and salivary flow rate in elderly adults: a randomized clinical trial. Geriatr Gerontol Int. 2020;20(7):697-703. http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944. PMid:32489001.
http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944...

23 Lazarus C, Logemann JA, Huang CF, Rademaker AW. Effects of two types of tongue strengthening exercises in young normals. Folia Phoniatr Logop. 2003;55(4):199-205. http://dx.doi.org/10.1159/000071019. PMid:12802092.
http://dx.doi.org/10.1159/000071019...
-2424 Clark HM. Specificity of training in the lingual musculature. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(2):657-67. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011/11-0045). PMid:22215031.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011...
,2626 Van den Steen L, Vanderwegen J, Guns C, Elen R, De Bodt M, Van Nuffelen G. Tongue-strengthening exercises in healthy older adults: does exercise load matter? A randomized controlled trial. Dysphagia. 2019;34(3):315-24. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-9940-5. PMid:30209561.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-994...
), o que provavelmente se explica pela facilidade de execução do exercício.

Os principais desfechos analisados pelos estudos foram a pressão máxima anterior e/ou posterior(1515 Park JS, Kim HJ, Oh DH. Effect of tongue strength training using the Iowa Oral Performance Instrument in stroke patients with dysphagia. J Phys Ther Sci. 2015;27(12):3631-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631. PMid:26834320.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631...

16 Byeon H. Effect of orofacial myofunctional exercise on the improvement of dysphagia patients’ orofacial muscle strength and diadochokinetic rate. J Phys Ther Sci. 2016;28(9):2611-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611. PMid:27799705.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611...

17 Kim HD, Choi JB, Yoo SJ, Chang MY, Lee SW, Park JS. Tongue-to-palate resistance training improves tongue strength and oropharyngeal swallowing function in subacute stroke survivors with dysphagia. J Oral Rehabil. 2017;44(1):59-64. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461. PMid:27883209.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461...

18 Byeon H. Is the combined application of tongue pressure training and tongue base exercise more effective in improving the strength of tongue and lips in Korean patients with flaccid dysarthria? Indian J Public Health. 2018;9(11):1041-7. http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018.01594.2.
http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018...

19 Park HS, Oh DH, Yoon T, Park JS. Effect of effortful swallowing training on tongue strength and oropharyngeal swallowing function in stroke patients with dysphagia: a double-blind, randomized controlled trial. Int J Lang Commun Disord. 2019;54(3):479-84. http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.12453. PMid:30693627.
http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.1245...

20 Park JS, Hwang NK, Kim HH, Choi JB, Chang MY, Jung YJ. Effects of lingual strength training on oropharyngeal muscles in South Korean adults. J Oral Rehabil. 2019;46(11):1036-41. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835. PMid:31206763.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835...

21 Park JS, Lee SH, Jung SH, Choi JB, Jung YJ. Tongue strengthening exercise is effective in improving the oropharyngeal muscles associated with swallowing in community-dwelling older adults in South Korea: a randomized trial. Medicine. 2019;98(40):e17304. http://dx.doi.org/10.1097/MD.0000000000017304. PMid:31577721.
http://dx.doi.org/10.1097/MD.00000000000...

22 Lee KH, Jung ES, Choi YY. Effects of lingual exercises on oral muscle strength and salivary flow rate in elderly adults: a randomized clinical trial. Geriatr Gerontol Int. 2020;20(7):697-703. http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944. PMid:32489001.
http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944...

23 Lazarus C, Logemann JA, Huang CF, Rademaker AW. Effects of two types of tongue strengthening exercises in young normals. Folia Phoniatr Logop. 2003;55(4):199-205. http://dx.doi.org/10.1159/000071019. PMid:12802092.
http://dx.doi.org/10.1159/000071019...
-2424 Clark HM. Specificity of training in the lingual musculature. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(2):657-67. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011/11-0045). PMid:22215031.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011...
,2626 Van den Steen L, Vanderwegen J, Guns C, Elen R, De Bodt M, Van Nuffelen G. Tongue-strengthening exercises in healthy older adults: does exercise load matter? A randomized controlled trial. Dysphagia. 2019;34(3):315-24. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-9940-5. PMid:30209561.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-994...
), mensuradas utilizando o Iowa Oral Performance Instrument (IOPI). A videofluoroscopia, método padrão ouro para a avaliação funcional da deglutição, foi utilizada em quatro estudos(1515 Park JS, Kim HJ, Oh DH. Effect of tongue strength training using the Iowa Oral Performance Instrument in stroke patients with dysphagia. J Phys Ther Sci. 2015;27(12):3631-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631. PMid:26834320.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631...
,1717 Kim HD, Choi JB, Yoo SJ, Chang MY, Lee SW, Park JS. Tongue-to-palate resistance training improves tongue strength and oropharyngeal swallowing function in subacute stroke survivors with dysphagia. J Oral Rehabil. 2017;44(1):59-64. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461. PMid:27883209.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12461...
,1919 Park HS, Oh DH, Yoon T, Park JS. Effect of effortful swallowing training on tongue strength and oropharyngeal swallowing function in stroke patients with dysphagia: a double-blind, randomized controlled trial. Int J Lang Commun Disord. 2019;54(3):479-84. http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.12453. PMid:30693627.
http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.1245...
,2525 Hsiang CC, Chen AW, Chen CH, Chen MK. Early postoperative oral exercise improves swallowing function among patients with oral cavity cancer: a randomized controlled trial. Ear Nose Throat J. 2019;98(6):E73-80. http://dx.doi.org/10.1177/0145561319839822. PMid:31088304.
http://dx.doi.org/10.1177/01455613198398...
). A ultrassonografia para avaliação da espessura da língua e musculatura suprahioidea(2020 Park JS, Hwang NK, Kim HH, Choi JB, Chang MY, Jung YJ. Effects of lingual strength training on oropharyngeal muscles in South Korean adults. J Oral Rehabil. 2019;46(11):1036-41. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835. PMid:31206763.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835...
,2121 Park JS, Lee SH, Jung SH, Choi JB, Jung YJ. Tongue strengthening exercise is effective in improving the oropharyngeal muscles associated with swallowing in community-dwelling older adults in South Korea: a randomized trial. Medicine. 2019;98(40):e17304. http://dx.doi.org/10.1097/MD.0000000000017304. PMid:31577721.
http://dx.doi.org/10.1097/MD.00000000000...
), bem como a polissonografia(1313 Ieto V, Kayamori F, Montes MI, Hirata RP, Gregório MG, Alencar AM, et al. Effects of oropharyngeal exercises on snoring: a randomized trial. Chest. 2015;148(3):683-91. http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953. PMid:25950418.
http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953...
,1414 Diaféria G, Santos-Silva R, Truksinas E, Haddad FLM, Santos R, Bommarito S, et al. Myofunctional therapy improves adherence to continuous positive airway pressure treatment. Sleep Breath. 2017;21(2):387-95. http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-1429-6. PMid:27913971.
http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-142...
) foram realizadas em dois estudos cada. Outros desfechos analisados foram a resistência da língua(2323 Lazarus C, Logemann JA, Huang CF, Rademaker AW. Effects of two types of tongue strengthening exercises in young normals. Folia Phoniatr Logop. 2003;55(4):199-205. http://dx.doi.org/10.1159/000071019. PMid:12802092.
http://dx.doi.org/10.1159/000071019...
,2424 Clark HM. Specificity of training in the lingual musculature. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(2):657-67. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011/11-0045). PMid:22215031.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011...
) utilizando-se o IOPI, diadococinesia(1616 Byeon H. Effect of orofacial myofunctional exercise on the improvement of dysphagia patients’ orofacial muscle strength and diadochokinetic rate. J Phys Ther Sci. 2016;28(9):2611-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611. PMid:27799705.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611...
), porcentagem de consoantes articuladas corretamente(1818 Byeon H. Is the combined application of tongue pressure training and tongue base exercise more effective in improving the strength of tongue and lips in Korean patients with flaccid dysarthria? Indian J Public Health. 2018;9(11):1041-7. http://dx.doi.org/10.5958/0976-5506.2018.01594.2.
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), taxa de fluxo salivar(2222 Lee KH, Jung ES, Choi YY. Effects of lingual exercises on oral muscle strength and salivary flow rate in elderly adults: a randomized clinical trial. Geriatr Gerontol Int. 2020;20(7):697-703. http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944. PMid:32489001.
http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944...
), impacto na saúde oral(2727 Furlan RMMM, Motta AR, Las Casas EB. Pressão e força de língua. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Berretin-Felix G, Marchesan IQ, editores. Tratado de Motricidade Orofacial. São José dos Campos: Pulso Editorial; 2019. p. 385-95.), qualidade do sono e características do ronco(1313 Ieto V, Kayamori F, Montes MI, Hirata RP, Gregório MG, Alencar AM, et al. Effects of oropharyngeal exercises on snoring: a randomized trial. Chest. 2015;148(3):683-91. http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953. PMid:25950418.
http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953...
,1414 Diaféria G, Santos-Silva R, Truksinas E, Haddad FLM, Santos R, Bommarito S, et al. Myofunctional therapy improves adherence to continuous positive airway pressure treatment. Sleep Breath. 2017;21(2):387-95. http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-1429-6. PMid:27913971.
http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-142...
).

De modo geral, os grupos de estudo apresentaram aumento da pressão da língua após o tratamento e o grupo controle que realizou algum exercício (mesmo que fosse diferente do grupo de estudo) mostrou melhoras em relação aos outros grupos controle que não fizeram exercícios nos estudos dos quais participaram. Baseado nos conceitos de fisiologia do exercício, era de se esperar que a realização de exercícios apresentasse resultados, considerando que o treino de força promove recrutamento de mais unidades motoras, aumenta a velocidade e coordenação do recrutamento e transforma fibras indiferenciadas em fibras de força ou resistência(55 Burkhead LM, Sapienza CM, Rosenbek JC. Strength-training exercise in dysphagia rehabilitation: principles, procedures, and directions for future research. Dysphagia. 2007;22(3):251-65. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-006-9074-z. PMid:17457549.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-006-907...
). Melhora nos aspectos funcionais foi verificada nos estudos com indivíduos com AOS(1313 Ieto V, Kayamori F, Montes MI, Hirata RP, Gregório MG, Alencar AM, et al. Effects of oropharyngeal exercises on snoring: a randomized trial. Chest. 2015;148(3):683-91. http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953. PMid:25950418.
http://dx.doi.org/10.1378/chest.14-2953...
,1414 Diaféria G, Santos-Silva R, Truksinas E, Haddad FLM, Santos R, Bommarito S, et al. Myofunctional therapy improves adherence to continuous positive airway pressure treatment. Sleep Breath. 2017;21(2):387-95. http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-1429-6. PMid:27913971.
http://dx.doi.org/10.1007/s11325-016-142...
) e disfagia(1515 Park JS, Kim HJ, Oh DH. Effect of tongue strength training using the Iowa Oral Performance Instrument in stroke patients with dysphagia. J Phys Ther Sci. 2015;27(12):3631-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631. PMid:26834320.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.27.3631...
,1616 Byeon H. Effect of orofacial myofunctional exercise on the improvement of dysphagia patients’ orofacial muscle strength and diadochokinetic rate. J Phys Ther Sci. 2016;28(9):2611-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611. PMid:27799705.
http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.2611...
,1919 Park HS, Oh DH, Yoon T, Park JS. Effect of effortful swallowing training on tongue strength and oropharyngeal swallowing function in stroke patients with dysphagia: a double-blind, randomized controlled trial. Int J Lang Commun Disord. 2019;54(3):479-84. http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.12453. PMid:30693627.
http://dx.doi.org/10.1111/1460-6984.1245...
). A realização das funções se beneficia da melhora de força e resistência das estruturas(55 Burkhead LM, Sapienza CM, Rosenbek JC. Strength-training exercise in dysphagia rehabilitation: principles, procedures, and directions for future research. Dysphagia. 2007;22(3):251-65. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-006-9074-z. PMid:17457549.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-006-907...
), mas é preciso ressaltar que o treino funcional também foi realizado pelos participantes dos estudos mencionados. Portanto, não é possível avaliar se os exercícios em si promoveram qualquer efeito na função.

Onze estudos, por apresentarem a variável pressão máxima anterior da língua antes e após intervenção no grupo de estudo e no grupo controle, foram utilizados na primeira metanálise (Figura 2). Observa-se que o losango ao final do gráfico encontra-se à direita e não toca o eixo, refletindo que o exercício miofuncional resulta em aumento do desfecho analisado (pressão anterior de língua). O valor de I2 de 0% e o de p=0,650, no teste Q de Cochran, indicam que os estudos, no geral, são homogêneos quanto aos valores mensurados. Analisando os estudos, de forma geral, na coluna de diferença de médias, verifica-se que o grupo experimental apresentou valores maiores em 6,05 kPa, com valor de p<0,001, portanto apresentando significância estatística. Alguns estudos apresentaram mais de um grupo experimental(2222 Lee KH, Jung ES, Choi YY. Effects of lingual exercises on oral muscle strength and salivary flow rate in elderly adults: a randomized clinical trial. Geriatr Gerontol Int. 2020;20(7):697-703. http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944. PMid:32489001.
http://dx.doi.org/10.1111/ggi.13944...
,2323 Lazarus C, Logemann JA, Huang CF, Rademaker AW. Effects of two types of tongue strengthening exercises in young normals. Folia Phoniatr Logop. 2003;55(4):199-205. http://dx.doi.org/10.1159/000071019. PMid:12802092.
http://dx.doi.org/10.1159/000071019...
,2626 Van den Steen L, Vanderwegen J, Guns C, Elen R, De Bodt M, Van Nuffelen G. Tongue-strengthening exercises in healthy older adults: does exercise load matter? A randomized controlled trial. Dysphagia. 2019;34(3):315-24. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-9940-5. PMid:30209561.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-994...
), por isso, cada grupo de estudo em comparação ao controle foi tratado em uma linha independente. Na análise por subgrupos, houve diferença estatisticamente significante para todos os subgrupos, com aumento de pressão em 5,74 kPa para adultos sem alterações orofaciais (p<0,001); em 7,78 kPa para idosos sem alterações orofaciais (p<0,001), sendo este o grupo com melhor resultado de ganho de pressão devido ao exercício; e em 3,57 kPa para indivíduos com alterações orofaciais (p=0,049), sendo este o grupo com menor resultado.

Figura 2
Forest Plot da metanálise dos estudos referentes ao desfecho pressão anterior da língua

Cinco estudos apresentaram a variável pressão máxima posterior da língua antes e após intervenção no grupo de estudo e no grupo controle e foram utilizados na segunda metanálise (Figura 3). Observa-se que o losango ao final do gráfico também se encontra à direita e não toca o eixo, refletindo que o exercício miofuncional resultou em aumento do desfecho analisado (pressão posterior de língua). O valor de I2 de 48,5% indicou heterogeneidade moderada para estes valores(2929 Higgins JPT, Thompson SG, Deeks JJ, Altman DG. Measuring inconsistency in meta-analyses. BMJ. 2003;327(7414):557-60. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.327.7414.557. PMid:12958120.
http://dx.doi.org/10.1136/bmj.327.7414.5...
). Na coluna de diferença de médias, observa-se que o grupo experimental, no geral, apresentou valores maiores em 5,45 kPa, com p<0,001, mostrando evidência estatística de diferença de pressão posterior entre os grupos submetidos aos exercícios e o grupo controle. Dois estudos apresentaram mais de um grupo experimental(2020 Park JS, Hwang NK, Kim HH, Choi JB, Chang MY, Jung YJ. Effects of lingual strength training on oropharyngeal muscles in South Korean adults. J Oral Rehabil. 2019;46(11):1036-41. http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835. PMid:31206763.
http://dx.doi.org/10.1111/joor.12835...
,2626 Van den Steen L, Vanderwegen J, Guns C, Elen R, De Bodt M, Van Nuffelen G. Tongue-strengthening exercises in healthy older adults: does exercise load matter? A randomized controlled trial. Dysphagia. 2019;34(3):315-24. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-9940-5. PMid:30209561.
http://dx.doi.org/10.1007/s00455-018-994...
), por isso cada grupo de estudo em comparação ao controle foi tratado em uma linha independente. Na análise por subgrupos, houve diferença estatisticamente significante para todos, com aumento de pressão em 9,32 kPa para idosos sem alterações orofaciais (p<0,001), sendo este o grupo com melhor resultado de ganho de pressão devido ao exercício; e em 3,57 kPa para indivíduos com alterações orofaciais (p=0,049), sendo este o grupo com menor resultado. Não foram encontrados estudos que avaliaram este desfecho em adultos sem alterações orofaciais.

Figura 3
Forest Plot da metanálise dos estudos referentes ao desfecho pressão posterior da língua

Os melhores resultados observados no grupo de idosos hígidos provavelmente ocorreram por apresentarem, inicialmente, menores valores de pressão lingual (o que é inerente ao processo de envelhecimento e explicado pela redução de massa muscular(3030 Furlan RMMM, Valenti AF, Perilo TVC, Costa CG, Barroso MFS, Las Casas EB, et al. Quantitative evaluation of tongue protrusion force. Int J Orofacial Myology. 2010;36(1):33-43. http://dx.doi.org/10.52010/ijom.2010.36.1.4. PMid:23362601.
http://dx.doi.org/10.52010/ijom.2010.36....
)) aliado à ausência de alterações morfológicas e/ou neurológicas que poderiam dificultar a realização do exercício e o ganho de força/pressão.

A análise da qualidade metodológica dos estudos (Tabela 1) indicou resultados que variaram entre 6 e 11 pontos, de um total de 12, considerando que um dos critérios avaliados pela ferramenta não se aplicava aos estudos do treinamento de língua: o cegamento dos pesquisadores que acompanhavam os exercícios, o qual não era possível pela natureza da intervenção estudada. Sendo assim, a qualidade metodológica foi classificada como média em oito (57,1%) estudos e alta em seis (42,9%). Os principais vieses dos estudos estiveram relacionados à alocação dos participantes nos grupos, sendo que em vários artigos não esteve claro se a alocação havia sido realizada de forma aleatória e cega e se, nos casos de perdas de seguimento, os participantes haviam sido analisados nos grupos aos quais foram randomizados. A falta de informação quanto ao cegamento dos avaliadores também constituiu viés frequente nos estudos.

Tabela 1
Análise da qualidade metodológica dos estudos

De acordo com os gráficos funnel plot (Figuras 4 e 5), é possível observar que os estudos estão simétricos em relação à média e dentro das retas do intervalo de confiança de 95%. Isso indica evidência de ausência de viés de publicação, o que foi corroborado pelo teste de Egger, tanto para a pressão anterior (coeficiente=0,121; p=0,179) quanto para a posterior (coeficiente=0,621; p=0,453).

Figura 4
Funnel Plot dos estudos referentes ao desfecho pressão anterior da língua
Figura 5
Funnel Plot dos estudos referentes ao desfecho pressão posterior da língua

A avaliação da qualidade da evidência, para os desfechos pressão anterior e pressão posterior da língua, foi iniciada com pontuação máxima, visto que a revisão utiliza ensaios clínicos randomizados. Posteriormente, houve o rebaixamento em dois pontos para ambos os desfechos. Sendo assim, a certeza foi considerada fraca para ambos os desfechos. No caso da pressão anterior, o rebaixamento se deu pelo fato de que mais de 50% dos estudos tiveram qualidade metodológica classificada como baixa ou média. Já no caso da pressão posterior, o rebaixamento foi realizado por problemas na evidência direta (ausência de estudos com adultos que avaliaram este desfecho) e imprecisão (número de participantes reduzido) (Quadro 6).

Quadro 6
Qualidade da evidência (GRADE)

Esta pesquisa identificou que poucos são os estudos realizados sobre o tema, especialmente no que diz respeito à pressão posterior da língua. Todos os artigos incluídos mostraram algum tipo de benefício do treinamento da musculatura da língua, quer seja o aumento da medida de pressão anterior e/ou posterior da língua quer seja a melhora funcional. A metanálise indicou que o exercício miofuncional resultou no aumento dos desfechos analisados, sendo que os indivíduos idosos foram os que mais se beneficiaram da terapêutica. Contudo, a maioria dos estudos incluídos apresentou vieses relacionados à qualidade metodológica, principalmente quanto à falta ou inadequação da randomização dos participantes nos grupos e cegamento dos avaliadores dos desfechos, e a qualidade da evidência foi considerada baixa. Portanto, é necessária cautela na interpretação dos resultados.

Como limitações da presente pesquisa, tem-se a quantidade reduzida de bases utilizadas na busca e a não investigação da literatura cinzenta, o que pode ter ocasionado a não identificação de algum estudo relevante. Outra importante limitação é a heterogeneidade verificada, tanto relacionada às características da amostra quanto aos tipos de exercícios empregados nas diferentes pesquisas. Exercícios diferentes podem gerar resultados distintos no ganho de pressão da língua(2424 Clark HM. Specificity of training in the lingual musculature. J Speech Lang Hear Res. 2012;55(2):657-67. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011/11-0045). PMid:22215031.
http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2011...
) e isso deve ser considerado na interpretação dos achados deste estudo.

CONCLUSÃO

Os exercícios mioterápicos promovem o aumento da pressão anterior e posterior da língua de indivíduos adultos; porém, a qualidade dessa evidência é baixa. Há variabilidade quanto aos tipos de exercícios utilizados e parâmetros de treinamento. Não é possível afirmar que os exercícios promovem melhora funcional.

  • Trabalho realizado na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Belo Horizonte (MG), Brasil.
  • Fonte de financiamento: Pró-reitoria de Pesquisa da UFMG (PRPq-UFMG) - Número do processo: 27764.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Ago 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    21 Dez 2021
  • Aceito
    14 Set 2022
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