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O Brazilian Journal of Geology faz parte da Coleção SciELO

Neste curto editorial tenho a grande satisfação de informar que no dia 1º de setembro recebi a esperada informação que, por decisão do Comitê Consultivo SciELO Brasil, em sua reunião realizada em 29 de agosto de 2014, o Brazilian Journal of Geology (BJG) foi considerado apto a integrar a Coleção SciELO Brasil. Com a ajuda de nosso corpo editorial competente e diversificado, das ações de editoração conduzidas com profissionalismo, e com o fluxo contínuo de artigos científicos de qualidade advindos de nossa comunidade nacional, conseguimos cumprir uma de nossas metas mais importantes.

A SciELO - Science Eletronic Libray On-Line - é uma biblioteca virtual de revistas científicas brasileiras em formato eletrônico. Sua missão é a de organizar e publicar textos completos de revistas na Internet, assim como produzir e publicar indicadores do seu uso e impacto. Com a utilização da Internet, a SciELO desenvolveu uma metodologia para publicação eletrônica rápida, de acesso aberto e com cobertura universal. Essa metodologia incluiu preparação e avaliação de publicações científicas eletrônicas, o que viabilizou tecnicamente o processo de transição entre a publicação tradicional impressa e o formato eletrônico.

A primeira fase da SciELO foi desenvolvida em 1997-1998, como resultado de uma parceria entre a FAPESP, o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) e editores de revistas científicas, cuja meta principal era a de aumentar a visibilidade da produção científica nacional. A Revista Brasileira de Geociências (RBG) fazia parte do reduzido número inicial de periódicos brasileiros participantes, mas infelizmente teve que ser precocemente excluída do programa por perda de pontualidade. Desde meados de 2011, a RBG havia recuperado a sua pontualidade, e nessa época a diretoria da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) decidiu que seria importante promover uma reestruturação editorial da revista para buscar maior visibilidade no mundo, buscando a sua indexação junto às principais bases de periódicos internacionais, como a SciELO e posteriormente o ISI. O Conselho Editorial criado pela SBG no início de 2012 decidiu que a busca de sua reintegração na coleção SciELO seria uma das metas principais a serem atingidas pela revista.

O processo de avaliação pelo Comitê Consultivo da SciELO, baseado nos critérios internacionais adotados pelas grandes bases de dados, é rigoroso e completo. As revistas são avaliadas obviamente pela sua qualidade científica, mas também por outros critérios, tais como:

  • ■ Publicar predominantemente contribuições originais;

  • ■ Praticar a revisão e aprovação das contribuições por pares;

  • ■ Possuir um comitê editorial, cuja composição seja pública;

  • ■ Manter uma periodicidade regular e pontualidade na publicação;

  • ■ Tempo de existência do periódico;

  • ■ Apresentar resumos, título e palavras-chave em inglês, quando este não é o idioma do artigo;

  • ■ Especificar a norma utilizada no periódico, e efetivamente adotá-la.

Os critérios acima são verificados pela SciELO mediante a análise de alguns números sucessivos da revista, e são feitas diversas interações com os editores, com comentários e sugestões diretas e objetivas. No caso do BJG, os comentários principais foram relativos à manutenção estrita da pontualidade. Acresce que foi sugerida a necessidade de incrementar o uso da língua Inglesa. Quanto a esse último ponto, como já foi indicado em vários de nossos editoriais, os editores do BJG estão dando prioridade a artigos em Inglês. Além disso, ao que parece, está diminuindo a postura que ainda se verifica na comunidade geocientífica brasileira, de incentivar a publicação de artigos em português, argumentando que seria importante defender a língua pátria. Entendo que a diminuição da resistência ao uso do Inglês é auspiciosa. Que este idioma é a língua da ciência é fato e publicar em Inglês obviamente permite o aumento da visibilidade das publicações que são indexadas em bases de dados internacionais. Para mim, a melhor evidência disso é que países que pretendem ser cientificamente visíveis e competitivos, como a França, a Alemanha e a Itália, para não falar da China e da Rússia, já mudaram para o Inglês o nome de suas revistas principais, como aliás, é o caso de nosso BJG, e já publicam há muito tempo seu material científico no idioma da ciência.

O processo de avaliação do BJG pelo Comitê Consultivo da SciELO, que analisou e acompanhou o desenvolvimento, conteúdo e pontualidade da revista, foi iniciado no começo de 2013 e levou menos de dois anos para a sua conclusão. A vantagem de pertencer à SciELO, compartilhando com as melhores revistas científicas brasileiras uma metodologia comum e avançada na criação de bibliotecas de periódicos científicos on-line, irá permitir ao Brazilian Journal of Geology um radical aumento em sua acessibilidade e visibilidade na literatura científica e seguramente contribuirá para o aumento do seu impacto.

Umberto Giuseppe Cordani
Editor chefe

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2014
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