PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE

PROFILE OF THE PHYSICAL EDUCATION TEACHERS OF THE FEDERAL INSTITUTE SUL-RIO-GRANDENSE

RESUMO

O objetivo desse estudo foi descrever o perfil dos professores de Educação Física (EF) que trabalham no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), identificando dados sociodemográficos, processo de qualificação, atuação na instituição e formação complementar. Para a coleta de dados, enviamos um questionário autoaplicado, utilizamos dados do Portal da Transparência e Currículo Lattes. Os dados foram apresentados com base na distribuição de frequências relativas, absolutas e seus respectivos intervalos de confiança (95%). O programa estatístico utilizado foi o PSPP. Participaram do estudo 35 professores efetivos e, como desfecho, consideramos os anos de atuação na instituição, estando 14 nos anos inicias de atuação, 15 nos anos intermediários e seis nos anos finais. Os resultados demonstraram que professores que se encontram nos anos iniciais e intermediários de atuação estão mais envolvidos em atividades de pesquisa e extensão, bem como em cursos de capacitação e eventos científicos. Concluímos que apesar da exigência de atividades de ensino, pesquisa e extensão, a ênfase da atuação recai sobre as atividades de ensino. Destacamos que apesar de ser reduzida a atuação em atividades de pesquisa e extensão, vê-se um corpo docente qualificado e que continua buscando sua qualificação profissional.

Palavras-chave:
Carreira EBTT; Formação profissional; Educação profissional e tecnológica

ABSTRACT

The aim of this study was to describe the profile of Physical Education (PE) teachers working at the Federal Institute of Education, Science and Technology Sul-rio-grandense, identifying sociodemographic data, qualification process and complementary training. A self-administered questionnaire was done with the subjects, and data from the Transparency Portal and from Lattes Curriculum was used. The data was presented based on the distribution of relative frequencies, absolute, and their respective confidence intervals (95%). The statistical program used was the PSPP. Thirty-five teachers participated in the study, and as a result, we consider the years of performance in the institution, 14 of them were in the first years of service, 15 in the intermediate years and six in the final years. The results showed that teachers in the early and intermediate years of work are more involved in research and extension activities, as well as training courses and scientific events. We conclude that despite the teaching requirement that suggest research and extension activities, the working emphasis falls on the teaching activities. We highlight that although the reduced performance in research and extension activities, it is seen as a qualified teaching group that keeps seeking for professional qualification.

Keywords:
EBTT Career; Professional qualification; Professional and technological education

Introdução

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF), criados no final de 2008 por intermédio da Lei 11.892¹, têm ampliado seu campo de atuação e passam por momentos de transição e de estruturação dos seus processos de ensino, tendo como uma de suas finalidades promover a integração e a verticalização da educação básica, perpassando pela educação profissional até a educação superior, possibilitando a atuação do docente em diferentes níveis de ensino^1),(2. A expansão dos IF e a criação de novos campi em distintos estados brasileiros promoveu o crescimento da oferta e a consolidação de uma perspectiva educacional baseada na educação tecnológica³.

Nesse cenário, a atuação dos professores no IF adaptou-se às mudanças ocorridas, acompanhando e atuando diretamente na qualidade do ensino. O docente pode atuar desde o Ensino Médio (EM) até os cursos de pós-graduação, desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa, extensão, gestão e assessoramento pedagógico e/ou administrativo².

Devido à necessidade de ressignificação da formação docente para a atuação na educação profissional⁴, é relevante conhecer quem é e quais as características profissionais do professor que atua nos IF, nomeadamente, nesse estudo, os professores de Educação Física (EF). Estudos centrados em professores que atuam nos IF revelam o desenvolvimento profissional docente, mediante as experiências na formação dos estudantes, bem como as práticas pedagógicas desenvolvidas, inclusive de professores de EF^5),(6),(7.

Nos IF, a área da EF apresenta papel relevante na formação dos estudantes, tendo como finalidade contribuir para a promoção da saúde dos alunos e para a compreensão, de forma crítica, dos diferentes conteúdos de ensino⁸. Para Metzner⁷, a estrutura e a organização dos IF favorecem o fazer pedagógico e a legitimação da EF no EM Integrado (EMI). Entretanto, Mesquita Júnior e Thiesen⁹ ressaltam que a EF, nos IF, ainda busca sua legitimação e sua identidade dentro da instituição. A EF, como um componente da formação geral, tem papel importante na constituição do sujeito, no sentido de desenvolver integralmente a autonomia e a reflexão crítica dos alunos para a vida em sociedade^7),(10),(11.

O fazer pedagógico da EF e sua identidade dentro da instituição estão extremamente vinculados ao perfil dos professores que atuam na área. Investigações têm estabelecido relações da carreira docente com o processo de socialização e ação profissional, as quais podem ser modificadas de acordo com o tempo de atuação e a função exercida pelo professor^{2),(12),(13),(14}.

A educação profissional possui singularidades em seu fazer pedagógico, o que demanda outros saberes e formas de atuação do professor. Nesse sentido, destacamos a expectativa, em relação aos docentes, dos setores produtivos nas regiões em que os IF estão localizados, assim como a relação íntima desses profissionais, tanto com a educação básica como com a educação superior, no sentido de atender a complexidade exigida pela Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e a heterogeneidade do ensino superior^2),(4. Tais fatores permitem sugerir que o perfil dos professores dos IF aproxima-se dos docentes universitários federais. Além disso, a estrutura física e a organização dos IF, assim como a constante discussão de equiparação das carreiras de professores de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e magistério superior, demonstram a aproximação entre essas instituições^2),(3.

Mesmo considerando a aproximação das carreiras EBTT e de magistério superior, reconhecemos a existência da classificação da carreira por ciclo de desenvolvimento profissional evidenciada nos estudos de Hubermann¹⁴, porém a mesma está direcionada para professores da educação básica. Já no campo da EF, os estudos de Farias et al.¹⁵ estabelecem algumas diferenciações específicas da área. Porém, ressaltamos haver características profissionais diferenciadas entre professores da rede federal de ensino quando comparados aos das redes municipal e estadual, pois os últimos apresentam em suas carreiras o pluriemprego, atuação em mais de uma escola, média salarial menor, maior carga horária em sala de aula, entre outros fatores que marcam diretamente o perfil profissional¹⁶. Esses fatores nos levaram a optar pela proposta de Isaia e Bolzan¹⁷, as quais analisam e discutem a carreira do professor de magistério superior.

Tendo em vista a recente implementação dos IF, a inexistência de estudos traçando o perfil de professores de EF dessas instituições e as inúmeras possibilidades de atuação nas diferentes instâncias dessa rede de ensino, o presente estudo teve como objetivo descrever o perfil dos professores de EF vinculados ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), identificando os dados sociodemográficos, a atuação na instituição, o processo de qualificação e a formação complementar. Nesse sentido, analisaremos o perfil desses professores de acordo com o seu tempo de atuação no IFSul, aproximando-nos dos estudos de Isaia e Bolzan¹⁷, que entendem que os professores, ao ingressarem nas universidades, por mais que já tenham atuado em outros níveis de ensino, passam por um novo momento de desenvolvimento da sua carreira profissional.

Métodos

Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, de caráter descritivo, tendo como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno, o estabelecimento de relações entre as variáveis e, ainda, a determinação da natureza dessa relação¹⁸. Esse estudo é um recorte de uma pesquisa maior, em nível de doutorado, a qual investiga e aprofunda as discussões sobre o desenvolvimento da autonomia nas aulas de EF no IFSul, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Escola Superior de Educação Física, da Universidade Federal de Pelotas, sob o número 2757758.

Participantes do estudo

Foram incluídos no estudo os professores de EF do IFSul e com vínculo efetivo de carreira docente. Dessa forma, do total de 41 professores, seis eram substitutos e foram excluídos, sendo a amostra final composta por 35 professores efetivos, lotados em diferentes campi: Bagé (dois), Camaquã (dois), Charqueadas (dois), Gravataí (um), Jaguarão (um), Lajeado (um), Novo Hamburgo (um), Pelotas (13), Pelotas Visconde da Graça (quatro), Santana do Livramento (um), Sapiranga (um), Sapucaia do Sul (quatro) e Venâncio Aires (dois).

Procedimento de coleta de dados

Para a coleta dos dados, foram contactados os participantes via e-mail, telefone e/ou contato pessoal. Foi utilizado um questionário para ser respondido por cada professor, via Formulário Google, aplicado no primeiro semestre de 2018, ficando o formulário aberto por dois meses. Dentro desse período, foram realizadas, no máximo, cinco tentativas de contato do pesquisador com o participante. O questionário era composto por 54 questões, agrupadas em quatro sessões: dados pessoais (nome, sexo, cor da pele, idade, estado civil e número de filhos) escolaridade (informações relativas à graduação, especialização, mestrado e/ou doutorado), atuação no IFSul (situação funcional, data de ingresso, nível na carreira, horas de aula, níveis de ensino em que atuam, atuação em atividades de pesquisa, extensão e/ou gestão) e formação continuada (participação em cursos de capacitação, eventos científicos, publicação de trabalhos e artigos científicos). O tempo médio de preenchimento era de aproximadamente 30 minutos. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi enviado juntamente com o questionário.

A fim de complementar as informações que não foram respondidas no questionário, utilizamos como fonte os dados do Portal da Transparência¹⁹, com intenção de obter a remuneração salarial, e do Currículo Lattes²⁰, para acrescentar informações relativas à escolaridade e à formação continuada, visto que esses são documentos públicos.

Análise de dados

O desfecho do presente estudo está centrado no tempo de atuação, em anos, dos docentes de EF do IFSul, considerando-se desde a data de ingresso até a data da coleta dos dados. Para a categorização dos anos de atuação, adotou-se a classificação de Isaia e Bolzan¹⁷, considerando os seguintes períodos de atuação: anos iniciais (zero a cinco anos); anos intermediários (seis a 15 anos); e anos finais (16 anos ou mais). As variáveis de estratificação utilizadas para análise foram: sexo (masculino e feminino), idade (até 35 anos, de 36 a 45 anos e acima de 46 anos), formação acadêmica (especialização, mestrado e doutorado), renda salarial (até sete salários mínimos, de oito a 10 salários mínimos e acima de 11 salários mínimos), carga horária em sala de aula (até 11 horas-aula, de 12 a 14 horas-aula e acima de 15 horas-aula), atuação em outros níveis de ensino, atuação em atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão, participação em cursos, eventos científicos, apresentação de trabalhos e publicação de artigos.

Para a digitação e análise dos dados, foi utilizado o programa estatístico PSPP (versão 1.2.0-g0fb4db). As análises foram de característica descritiva, com base em distribuição de frequências relativas, absolutas e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. O nível de significância adotado no estudo foi de 95% (p<0,05).

Resultados

A Tabela 1 descreve, de modo geral, a amostra do estudo e permite observar que a maioria dos professores é do sexo masculino (60%), com idade acima de 36 anos (65,7%), com titulação acadêmica de mestrado (62,9%), recebe de oito a dez salários mínimos (54,3%), tem carga horária entre 12-14 horas-aula (34,3%), atua em outras atividades de ensino (60,0%) e participa de curso de capacitação (45,7%).

Tabela 1
Descrição dos professores de EF do IFSul

Números Absolutos / Percentuais	n	(%)
Sexo
Feminino	14	(40,0)
Masculino	21	(60,0)
Idade (anos)
Até 35	9	(25,7)
36-45	12	(34,3)
46 ou mais	11	(31,4)
Não informada	3	(8,6)
Formação acadêmica
Especialização	6	(17,1)
Mestrado	22	(62,9)
Doutorado	7	(20,0)
Faixa Salarial*
Até 7 salários mínimos	7	(20,0)
8-10 salários mínimos	19	(54,3)
11 ou mais salários mínimos	9	(25,7)
Carga Horária no EMI
Até 11 horas-aula	7	(20,0)
12-14 horas-aula	12	(34,3)
15 ou mais horas-aula	9	(25,7)
Não informado / Não se aplica	7	(20,0)
Exercício de outras funções
Atuação em outro nível	6	(17,1)
Outras atividades de ensino	21	(60,0)
Atividade em gestão	9	(25,7)
Atividade de pesquisa	7	(20,0)
Atividade de extensão	8	(22,9)
Comissões/Núcleos	15	(42,9)
Formação Continuada
Participação em curso de capacitação	16	(45,7)
Participação em evento científico	11	(31,4)
Publicação de trabalho em evento	6	(17,1)
Publicação de artigo em periódico	4	(11,4)
Participação em evento promovido pelo IFSul	11	(31,4)

• Nota: Referência salário mínimo no ano de 2018 - R$ 954,00
• Fonte: Os autores

A Tabela 2 demonstra as análises estratificadas pelos anos de atuação na carreira, de acordo com Isaia e Bolzan¹⁷, e as variáveis de interesse do estudo. Apesar de não ter apresentado diferença entre os sexos, importa ressaltar o maior número de mulheres com atuação nos anos inicias (57,1%) e a inexistência de mulheres nos anos finais de atuação no IFSul.

Com relação à formação acadêmica, os professores que se encontram nos anos iniciais (40,0%) e intermediários (42,9%) de atuação têm uma formação mais qualificada em relação aos professores dos anos finais. Dos professores com mestrado, é grande a diferença entre os que estão nos anos intermediários (50%) e os que estão nos anos finais (13,6%). No caso dos professores com doutorado, a maioria está nos anos iniciais (57,1%) apresentando também diferença considerável para os que estão nos anos finais de atuação (14,3%).

Referente à faixa salarial, a maior prevalência dos que recebem até sete salários mínimos é dos que estão nos anos iniciais de atuação (71,4%) e nenhum desses professores recebe mais do que 11 salários mínimos. Nenhum professor que se encontra nos anos finais trabalha menos do que 11 horas-aula e os professores que se encontram nos anos intermediários (66,7%) trabalham mais entre 12-14 horas-aula do que os dos anos iniciais (25%) e finais (8,3%).

Professores com atuação nos anos finais não relataram participar de atividades de pesquisa e extensão, assim como não atuam em outros níveis de ensino. Docentes que se encontram nos anos intermediários (66,7%) apontaram maior envolvimento com atividades de gestão, comparados aos que estão nos anos iniciais (22,2%) e finais (11,1%) de atuação na instituição. Os professores que se encontram nos anos iniciais (50%) e intermediários (43,7%) participam mais de cursos de capacitação do que os dos anos finais (6,3%). Os professores dos anos finais de atuação não participaram de evento científico, evento promovido pelo IFSul, apresentação de trabalhos e publicação de artigo. Ademais, somente professores nos anos iniciais de atuação relataram publicação em periódico científico.

Tabela 2
Estratificação dos professores de EF do IFSul de acordo com os anos de atuação

Variáveis	Anos de Atuação na Carreira
	Anos Iniciais			Anos Intermediários			Anos Finais
Números Absolutos / Percentuais	n	(%)	IC95%	n	(%)	IC95%	n	(%)	IC95%
Professores	14	(40,0)	23,9; 57,9	15	(42,9)	26,3; 60,6	6	(17,1)	6,6; 33,6
Sexo
Feminino	8	(57,1)	39,3; 73,7	6	(42,9)	26,3; 60,6
Masculino	6	(28,6)	14,6; 46,3	9	(42,8)	26,3; 60,6	6	(28,6)	14,6; 46,3
Idade (anos)
Até 35	6	(66,7)	47,8; 80,9	3	(33,3)	19,1; 52,2
36-45	6	(50,0)	34,0; 68,6	6	(50,0)	34,0; 68,6
46 ou mais	1	(9,0)	1,8; 23,0	5	(45,5)	28,8; 63,3	5	(45,5)	28,8; 63,3
Não informada	1	(33,3)	19,1; 52,2	1	(33,3)	19,1; 52,2	1	(33,3)	19,1; 52,2
Formação acadêmica
Especialização	2	(33,3)	19,1; 52,2	2	(33,3)	19,1; 52,2	2	(33,3)	19,1; 52,2
Mestrado	8	(36,4)	21,5; 55,1	11	(50,0)	34,0; 68,6	3	(13,6)	4,8; 30,2
Doutorado	4	(57,1)	39,3; 73,7	2	(28,6)	14,6; 46,3	1	(14,3)	4,8; 30,2
Faixa Salarial
Até 7 salários mínimos	5	(71,4)	53,7; 85,4	1	(14,3)	4,8; 30,2	1	(14,3)	4,8; 30,2
8-10 salários mínimos	9	(47,4)	31,4; 66,0	9	(47,4)	31,4; 66,0	1	(5,2)	0,7; 19,1
11 ou mais salários mínimos				5	(55,6)	36,6; 71,2	4	(44,4)	28,8; 63,3
Carga Horária no EMI
Até 11horas-aula	4	(57,1)	39,3; 73,7	3	(42,9)	26,3; 60,6
12 - 14 horas-aula	3	(25,0)	12,5; 43,2	8	(66,7)	47,8; 80,9	1	(8,3)	1,8; 23,0
15 ou mais horas-aula	3	(33,3)	19,1; 52,2	2	(22,2)	10,4; 40,1	4	(44,5)	28,8; 63,3
Não informada / Não se aplica	4	(57,1)	39,3; 73,7	2	(28,6)	14,6; 46,3	1	(14,3)	4,8; 30,2
Exercício de outras funções
Atuação em outro nível	4	(66,7)	47,8; 80,9	2	(33,3)	19,1; 52,2
Outras atividades de ensino	9	(42,9)	26,3; 60,6	9	(42,9)	26,3; 60,6	3	(14,2)	4,8; 30,2
Atividade em gestão	2	(22,2)	10,4; 40,1	6	(66,7)	47,8; 80,9	1	(11,1)	3,2; 26,7
Atividade de pesquisa	4	(57,1)	39,3; 73,7	3	(42,9)	26,3; 60,6
Atividade de extensão	4	(50,0)	34,0; 68,6	4	(50,0)	34,0; 68,6
Comissões/Núcleos	7	(46,7)	28,8; 63,3	5	(33,3)	19,1; 52,2	3	(20,0)	8,4; 36,9
Formação Continuada
Participação em curso capacitação	8	(50,0)	34,0; 68,6	7	(43,7)	26,3; 60,6	1	(6,3)	0,7; 19,1
Participação em evento científico	5	(45,4)	28,8; 63,3	6	(54,6)	36,6; 71,2
Publicação de trabalho em evento	2	(33,3)	19,1; 52,2	4	(66,7)	47,8; 80,9
Publicação de artigo em periódico	4	(100,0)
Partic. em evento promovido pelo IF	6	(54,5)	36,6; 71,2	5	(45,5)	28,8; 63,3

• Fonte: Os autores

Discussão

O IFSul é um dos três Institutos do estado do Rio Grande do Sul, composto por 12 campi, dois campi avançados e a sede administrativa. A EF é componente curricular dos cursos de EMI, tendo a sua configuração, em relação à carga horária e distribuição ao longo dos anos, de acordo com a especificidade de cada campus. De acordo com a Resolução nº 14, de 16 de novembro de 2009, do IFSul, ficam estabelecidas as cargas mínimas para as diversas áreas, sendo de 180 horas para a EF, as quais devem ser distribuídas ao longo do currículo dos cursos integrados²¹.

Conforme os resultados apresentados, em relação ao tempo de atuação no IFSul, identificamos que 14 professores estão nos anos iniciais (zero a cinco anos), 15 nos anos intermediários (seis a 15 anos) e seis nos anos finais (16 anos ou mais). Salientamos a concentração muito grande no período inicial e intermediário, fenômeno que acreditamos estar relacionado a concursos públicos realizados no período de expansão dos IF, com a ampliação de oferta em outros níveis de ensino e com a criação de novos campi^2),(3.

Um ponto a destacar nos achados é que nos anos finais só atuam professores do sexo masculino, quadro esse que se inverte nos anos iniciais, onde atuam mais docentes do sexo feminino. Apesar de uma maior inserção de mulheres nos cursos superiores, devido à profissionalização do magistério ocorrida nos anos 1970, e de um maior número de formandas mulheres em cursos de licenciatura em EF²², o fato de haver apenas homens lecionando nos anos finais pode estar relacionado à carreira docente que é mais longa para o sexo masculino.

Os professores têm em média 41 anos (dp=8,94), estando nos anos iniciais de atuação os professores mais jovens e nos anos finais os mais velhos, fato esse relacionado diretamente à entrada na carreira. Normalmente, os professores ingressam no IF mais jovens, poucos são aqueles que iniciam a carreira de EBTT mais velhos. Todos os professores possuem graduação em EF, tendo seu período de conclusão de curso entre os anos de 1982-2014. Todos possuem o título de graduação em Licenciatura Plena, sendo que apenas um é formado após a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em EF²³.

A maioria dos docentes possui formação profissional nos moldes do currículo tradicional, com ênfase nos esportes coletivos, e do currículo científico, com disciplinas de cunho teórico-científico²⁴. Ambos currículos foram instituídos antes da implementação das Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em EF²³, as quais propõem uma formação mais ampliada, voltada para as áreas da saúde, das ciências biológicas, humanas e sociais, bem como à arte e à filosofia²⁴. Todos possuem formação continuada em nível de pós-graduação, o que os diferencia muito dos professores de EF das redes municipal e estadual, que em sua grande maioria possuem apenas graduação¹⁶. Destacamos que o número de mestres em todos os anos de atuação é superior às demais titulações.

Dos professores participantes, 16 já ingressaram no IFSul com o título de mestre e três com o título de doutor; esse fato está diretamente relacionado com as exigências dos concursos públicos, onde a avaliação do currículo é um determinante²⁵. Quatro docentes realizaram mestrado ainda nos anos iniciais de atuação, quatro nos anos intermediários e dois nos anos finais. Em relação ao doutorado, três o concluíram nos anos iniciais de atuação e quatro docentes estão com o curso em andamento, sendo que dois ingressaram no doutorado dentro dos anos iniciais de carreira e dois quando estavam nos anos intermediários. Atualmente, o IFSul possui em seu quadro efetivo seis docentes com títulos de especialistas (17,1%), 22 de mestres (62,9%) e sete de doutores (20%).

De acordo com Isaia e Bolzan¹⁷, dois fatores influenciam a busca pela qualificação profissional: um ligado à possibilidade de atuação em cursos de pós-graduação e outro relacionado à progressão funcional. Observamos que sete docentes ingressaram na instituição antes de 2008 e buscaram a sua qualificação, em nível de especialização, mestrado e doutorado, após a criação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, através da Lei 11.892 de 29 de dezembro de 2008¹. Esse fato pode estar relacionado tanto à possibilidade de atuação em outros níveis de ensino, quanto ao plano de carreira. Para Brito e Caldas³, os planos de carreira incentivam a busca pela qualificação profissional.

Considerando as informações obtidas no currículo Currículo Lattes²⁰, foram estabelecidos quatro eixos investigativos, de acordo com os estudos desenvolvidos pelos professores em seus cursos de pós-graduação, a saber: a) Exercício, atividade física e saúde; b) Formação profissional e prática pedagógica; c) Estudos socioculturais; e d) Desenvolvimento e comportamento motor. Foi possível verificar uma diversidade nas escolhas por qualificação profissional, muito próxima ao perfil de qualificação dos docentes universitários de EF da rede federal²⁶, fazendo com que as práticas desses professores sejam diversas, ressignificando sua atuação profissional, consolidando, dessa forma, uma nova configuração de instituição.

Em relação à classe e nível na carreira, considerando o regime de trabalho integral de 40 horas semanais, sabemos que quanto maior o nível em que o professor encontra-se na carreira e a sua titulação, maior o seu salário. Sendo assim, professores dos anos iniciais recebem menos do que os dos anos intermediários e finais, pois ingressam no primeiro nível da carreira de EBTT. Importante salientar que, para o presente estudo, usamos como referência o salário mínimo no Brasil no ano de 2018 e os dados do Portal da Transparência¹⁹.

No intuito de compreender as diferentes atividades com as quais o professor do IFSul pode estar envolvido, utilizamos como base o Regulamento da Atividade Docente (RAD) do IFSul²⁷. No que diz respeito às atividades de ensino, essas estão relacionadas à atuação nos diferentes níveis de ensino, assim como orientação e supervisão discente, participação em reuniões pedagógicas e desenvolvimento de projetos de ensino²⁷.

Em relação à atuação em aulas regulares de EF para o EMI, os professores que responderam essa questão no questionário (n=25) têm em média 13,7 horas-aula semanais (dp=5,2). Os professores dos anos intermediários trabalham entre 12-14h e têm diferença estatística dos anos iniciais e finais, observada através do intervalo de confiança. Apenas seis professores (21%) atuam em outro nível de ensino, especificamente em cursos de especialização. Destacamos uma característica dos professores vinculada à antiga carreira do magistério de primeiro e segundo graus^2),(3, na qual a atuação dos docentes de EF estava apenas atrelada às aulas para o EM.

As atividades extraclasses esportivas, ou seja, os treinamentos de equipes representativas da instituição, são denominadas de projetos de ensino, no âmbito do IFSul. De acordo com o RAD²⁷, os projetos de ensino “são atividades acadêmicas desenvolvidas para atender a comunidade interna do IFSul” (p.6). Atualmente, 20 professores (62,5%) estão trabalhando com projetos de ensino, atuando como professor/treinador das modalidades de basquetebol, voleibol, futsal, handebol, atletismo e xadrez. A carga horária destinada a esses projetos é de três a 12 horas, diferentemente do contexto apresentado em estudo realizado em âmbito municipal, cuja média é de 19 horas²⁸. O estudo revela que o trabalho com atividades extraclasse é um componente de motivação da carreira do professor, sendo um fator que influencia em sua realização pessoal e profissional²⁸.

Foi possível constatar a relação com a esportivização da EF, pois encontramos um número significativo de professores atuando com os treinamentos de equipe. Dos docentes envolvidos, 19 (54,3%) concluíram a graduação entre os anos de 1986-2009, período em que os cursos de EF possuíam um currículo voltado para a prática, com tendência de formação tradicional-esportiva, que enfatiza as chamadas disciplinas "práticas", especialmente esportivas^24),(29. Esses professores mostram-se vinculados ao movimento, chamado por Isaia e Bolzan, de professoralidade docente¹⁷, pois envolvem-se em outros processos de ensino e não estão centrados apenas nas disciplinas do EMI. Existe uma reorganização do trabalho pedagógico, com foco em interesses específicos dos alunos, que buscam, nesse caso, atividades extraclasse esportivas para aprofundar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se técnica/taticamente¹⁷.

Identificamos nove professores (25,7%) atuando em atividades de gestão (diretor geral e coordenadores de área), com carga horária específica para tais funções. Destacamos a participação de professores como diretor geral nos campi de Camaquã e Sapucaia do Sul, com carga horária majoritária destinada à gestão administrativa. Outras atividades relacionadas à gestão contam com um quadro de 15 professores (42,9%), distribuídos em diferentes comissões e núcleos, reforçando a participação ativa dos professores em setores administrativos, atuando em cargos de coordenação e vice-presidência. Os professores que atuam nessas diversas atividades estão, em sua grande maioria, nos anos intermediários de atuação. Esse dado traz novas discussões sobre o papel do professor de EF dentro da escola, desmistificando a imagem, equivocada, que docentes dessa área estejam à parte do processo de formação escolar, político e pedagógico. Os professores reconhecem a importância da gestão escolar e de seu envolvimento com a mesma, ainda que muitas vezes desconheçam formas de interagir e se relacionar com atividades administrativas³⁰.

De acordo com o RAD²⁷, atividades de pesquisa são ações docentes que envolvem a produção do conhecimento e atividades de extensão são as ações realizadas abertas à comunidade externa, ambas atendendo às demandas de interesse institucional. Dos participantes do estudo, sete (20%) fazem parte de projetos como pesquisador/coordenador de pesquisas, tendo uma carga horária de até 20 horas, de acordo com a função no projeto. Todos se encontram nos anos intermediários de atuação. Com relação à participação em projetos de extensão, há oito docentes (22,9%) envolvidos, com carga de no máximo 14 horas, de acordo com a demanda do projeto. Destacamos que, mais uma vez, a predominância de professores foi nos anos iniciais e intermediários, atuando como colaboradores e coordenadores dos projetos de extensão. Os professores que se encontram nos anos finais de atuação não estão envolvidos com pesquisa e extensão.

Pudemos verificar que a atuação dos professores de EF do IFSul está mais vinculada às atividades de ensino, mais especificamente à atuação no EMI. Esse dado está relacionado ao fato de que muitos professores têm um vínculo com a antiga carreira de magistério de primeiro e segundo graus³. Além disso, como ressaltado no estudo de Silva e Melo², os docentes encontram dificuldades de atuação devido à expansão dos IF, em especial à incorporação de atividades de pesquisa e extensão, pois durante muitos anos, as instituições que viraram IF, dedicavam-se exclusivamente aos cursos técnicos, sem exigência de pesquisa e extensão.

No que diz respeito à formação continuada, a partir da participação em eventos científicos e apresentação de trabalhos, verificamos maior envolvimento dos professores que atuam nos anos iniciais e intermediários. Apenas 11 professores (31,4%) informaram participar de capacitações promovidas pela instituição, sendo quatro dessas relacionadas à educação profissional em específico. Fonseca³¹, em seu estudo, já alertava sobre a falta de uma formação voltada exclusivamente para a educação profissional, devido à especificidade desse nível de ensino, no qual muitas vezes os professores acabam trabalhando da mesma forma que no EM.

A instituição deve oferecer formações, no sentido de capacitar o profissional para a atuação na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), assim como é compromisso docente buscar essa formação, que vá ao encontro da função social dos IF³¹. Ou seja, uma formação que vise a articulação entre a dimensão técnica e a dimensão humana. Torna-se necessário pensar e/ou repensar a formação dos professores que ingressam, ou estão nos IF, considerando a articulação dos saberes gerais aos específicos da EPT^4),(31.

Considerando as limitações do estudo, podemos destacar o tamanho amostral, o que dificulta a extrapolação dos dados para outras realidades. Entretanto, cabe ressaltar que esse é um estudo descritivo, que caracteriza o perfil da totalidade dos professores de EF que atuam no IFSul. Assim, o tamanho da amostra não influencia nas associações realizadas e na caracterização dos participantes. Embora os professores investigados pertencem à rede federal de ensino e apresentem características de formação e profissionais semelhantes aos demais professores de outros IF, de outros estados, ainda assim, permanece a possibilidade de esses últimos possuírem características distintas. Ademais, salientamos a inexistência de estudos traçando o perfil de professores de EF que atuam nessas instituições, tendo em vista a recente criação dos IF. Nesse sentido, é importante conhecer as inúmeras possibilidades de atuação nas diferentes instâncias dessa rede de ensino e quem são os profissionais que estão atuando nessas instituições.

Conclusões

O IFSul possui características típicas de uma instituição de ensino, com uma visão inovadora e tecnológica dos processos de ensino e de aprendizagem. Acompanhando essa perspectiva, o perfil dos professores de EF, nesse estudo em específico, vai ao encontro dessa proposta. Quanto à formação desse profissional, podemos afirmar que se deu entre o final da década de 1980 até 2009, majoritariamente em instituições públicas. Esses docentes têm uma preocupação com a atualização dos saberes e permanecem em formação de maneira continuada, tendo em vista que cursos de pós-graduação, capacitação profissional e participação em eventos são recorrentes em suas trajetórias de vida profissional.

Envolvidos não apenas com o exercício da docência dentro da sala de aula, os professores ocupam cargos de gestão administrativa, desenvolvem atividades pedagógicas e as relacionadas às políticas educacionais e coordenam projetos de ensino, pesquisa e extensão, permitindo identificar a diversidade na prática pedagógica docente que faz com que esses sejam considerados professores plenos em suas carreiras. Ponto marcante da EF na instituição é a liderança e preparo de equipes esportivas, já que observamos um número significativo de professores trabalhando nesses projetos de ensino. Sinalizamos que todas essas atividades estão voltadas para o desenvolvimento da instituição e do corpo discente, pois é possível visualizar os docentes produzindo e compartilhando conhecimento.

Por fim, salientamos que os professores de EF que trabalham no IFSul possuem um perfil profissional semelhante ao dos professores universitários federais, como a exigência do tripé ensino, pesquisa e extensão. Porém, mesmo atuando nessas três esferas, ficou evidente uma ênfase em atividades de ensino. Ainda que reduzido o envolvimento com projetos de pesquisa e extensão, vê-se um corpo docente qualificado e que continua buscando sua qualificação profissional.

Referências

• ¹
  Brasil. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Educação, 2008[acesso em 24 set 2018]. Disponível em: Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11892.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2011.892%2C%20DE%2029%20DE%20DEZEMBRO%20DE%202008.&text=Institui%20a%20Rede%20Federal%20de,Tecnologia%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
  » http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11892.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2011.892%2C%20DE%2029%20DE%20DEZEMBRO%20DE%202008.&text=Institui%20a%20Rede%20Federal%20de,Tecnologia%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
• ²
  Silva PF, Melo SDG. O trabalho docente nos Institutos Federais no contexto de expansão da educação superior. Educ Pesqui 2018;44:1-18. Doi: https://dx.doi.org/10.1590/s1678-4634201844177066
  » https://doi.org/10.1590/s1678-4634201844177066
• ³
  Brito DS, Caldas FS. A evolução da carreira de magistério de ensino básico, técnico e tecnológico (EBTT) nos institutos federais. Rev. Bras. Educ Prof. Tecnol 2016;(10):85-96. Doi: http://orcid.org/10000-0001-5207-179X
  » https://doi.org/10000-0001-5207-179X
• ⁴
  Morais JKC, Henrique ALS. O professor licenciado na educação profissional: quais os saberes docentes que alicerçam seu trabalho? Rev Bras Educ Prof Tecnol 2014;1(7):66-74. Doi: https://doi.org/10.15628/rbept.2014.3499
  » https://doi.org/10.15628/rbept.2014.3499
• ⁵
  Cambraia AC, Zanon LB. Desenvolvimento profissional docente numa licenciatura: interlocuções sobre o projeto integrador. Rev Bras Educ 2018;23:1-24. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/s1413-24782018230043
  » https://doi.org/10.1590/s1413-24782018230043
• ⁶
  Romanowisk JP, Silva PJ. A formação pedagógica no curso de licenciatura em física: articulação entre os campos do conhecimento. Ens Pesqui Educ Ciên 2018;20:1-24. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983-211720182001019
  » https://doi.org/10.1590/1983-211720182001019
• ⁷
  Metzner AC, Ferreira HJ, Nunes HFP, So MR, Drigo AJ. Contribuição da Educação Física para o ensino médio: estudo a partir da prática docente de professores de Institutos Federais. Motrivivência2017;29(52):106-123. Doi: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2017v29n52p106
  » https://doi.org/10.5007/2175-8042.2017v29n52p106
• ⁸
  Boscatto JD, Darido, SC. A educação física no ensino médio integrado à educação profissional e tecnológica: percepções curriculares. Pensar Prát 2017;20(1):99-111. Doi: https://doi.org/10.5216/rpp.v20i1.39029
  » https://doi.org//10.5216/rpp.v20i1.39029
• ⁹
  Mesquita Júnior PF, Thiesen JS. Identidade pedagógica e curricular da educação física escolar: territórios de reconhecimento e legitimidade no Instituto Federal Catarinense. Motriviência2018;28(48):241-264. Doi: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n48p241
  » https://doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n48p241
• ¹⁰
  Cortes DFG, Oliva FJC. Desarrollo de valores y actitudes a través de la clase de educación física. Movimento2016;22(1):251-262. Doi: https://doi.org/10.22456/1982-8918.53455
  » https://doi.org/10.22456/1982-8918.53455
• ¹¹
  Perles Jardim N, Pizani J, Teixeira FC, Barbosa-Rinaldi IP. O mundo do trabalho como elemento articulador dos conteúdos da educação física escolar. Motrivivência2014;26(43):150-163. Doi: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n43p150
  » https://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n43p150
• ¹²
  Valle IR. Carreira do magistério: uma escolha profissional deliberada? Rev Bras Estud Pedagog 2006;87(216):178-187. Doi: https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.87i216.792
  » https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.87i216.792
• ¹³
  Tardif M, Raymond D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educ Soc 2000;21(73):209-244. Doi: https://doi.org/10.1590/S0101-73302000000400013
  » https://doi.org/10.1590/S0101-73302000000400013
• ¹⁴
  Huberman M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: Nóvoa A. Vida de professores. Porto: Porto Editora; 1995, p. 53-56.
• ¹⁵
  Farias GO, Batista PMF, Graça A, Nascimento, JV. Ciclos da trajetória profissional na carreira docente em Educação Física. Movimento(Porto Alegre) 2018;24(2), 441-454. Doi: https://doi.org/10.22456/1982-8918.75045
  » https://doi.org/10.22456/1982-8918.75045
• ¹⁶
  Vieira SV, Beuttemmuller LJ, Both J. Preocupações de professores de educação física conforme os ciclos de desenvolvimento profissional e características sociodemográficas. J. Phys. Educ. 2018;29(1):1-9. Doi: http://dx.doi.org/10.4025/jphyseduc.v29i1.2924
  » https://doi.org/10.4025/jphyseduc.v29i1.2924
• ¹⁷
  Isaia SMA, Bolzan DPV. Compreendendo os movimentos construtivos da docência superior: construções sobre pedagogia universitária. Linhas Críticas 2008;14(26):25-42.
• ¹⁸
  Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas; 2007.
• ¹⁹
  Brasil. [internet] Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Portal da transparência. [acesso em 10 de set 2018]. 2018 Disponível em: Disponível em: http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/consulta?busca-especifica-tipo=pessoa&pessoa=&ordenarPor=nome&direcao=asc
  » http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/consulta?busca-especifica-tipo=pessoa&pessoa=&ordenarPor=nome&direcao=asc
• ²⁰
  CNPQ. [internet]Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Plataforma Lattes [acesso em 10 de set 2018]. 2018 Disponível em: Disponível em: http://lattes.cnpq.br/
  » http://lattes.cnpq.br/
• ²¹
  Pró-Reitoria de Ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense [Internet]. Resolução nº 14 de 16 de novembro de 2009 2009. [acesso em 2 de jun 2018]. Disponível em: Disponível em: http://www.ifsul.edu.br/regulamentos-institucionais
  » http://www.ifsul.edu.br/regulamentos-institucionais
• ²²
  Silveira VT, Rigo LC, César MRA, Pardo ER. Escola de formação de “professoras”: As relações de gênero no currículo superior de educação física. Rev. bras. ciênc. Esporte (Online) 2011;33(4):857-872. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32892011000400005
  » https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000400005
• ²³
  Brasil. Resolução n° 7, de 31 de março de 2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física, em nível superior de graduação plena. Brasília: Ministério da Educação, 2004[acesso em 24 set 2018] Disponível:Disponível:http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces0704edfisica.pdf
  » http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces0704edfisica.pdf
• ²⁴
  Darido SC. Teoria, prática e reflexão na formação profissional em Educação Física. Motriz Rev Educ Fís 1995;1(2):24-128. Doi: https://doi.org/10.5016/928
  » https://doi.org/10.5016/928
• ²⁵
  Pena GAC. Formação docente e aprendizagem da docência: um olhar sobre a educação profissional. Educ Perspec 2011;2(1):98-118. Doi: https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v2i1.122
  » https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v2i1.122
• ²⁶
  Andrade DM, Rodrigues CN, Montiel FC, Nascimento FM, Santos LL, Afonso MR. O perfil dos docentes da ESEF/UFPel através do Currículo Lattes. Rev. Didática Sistêmica. 2010;(edição especial):165-176. Doi: https://doi.org/10.14295/rds.v11i0.1752
  » https://doi.org/10.14295/rds.v11i0.1752
• ²⁷
  Conselho Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense [Internet]. Resolução nº 36 de 23 de maio de 2014. [acesso em 2 de jun 2018]. Disponível em: Disponível em: http://www.ifsul.edu.br/regulamento-da-atividade-docente
  » http://www.ifsul.edu.br/regulamento-da-atividade-docente
• ²⁸
  Andrade DM. Caracterização dos professores de Educação Física que trabalham com esporte extraclasse: motivações, trajetórias, saberes e identidades. [Dissertação de Mestrado em Ciências]. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas. Programa de Pós-graduação em Educação Física; 2011.
• ²⁹
  Rangel-Betti IC, Betti M. Novas Perspectivas na formação profissional em Educação Física. Motriz Rev Edu Fís 1996;2(1):p.10-15. Doi: https://doi.org/10.5016/6507
  » https://doi.org/10.5016/6507
• ³⁰
  Pedretti A, Leite LFS, Mello J, Lacerda RP, Barreto SMG. A atuação do professor de educação física como gestor escolar. Rev Kines 2017;35(3):46-56. Doi: https://doi.org/10.5902/2316546427553
  » https://doi.org/10.5902/2316546427553
• ³¹
  Fonseca CMF. Formação e saberes docentes na educação profissional: um relato de experiência. Rev Bras Educ Prof Tecnol 2017;1(12):170-178. Doi: https://doi.org/10.15628/rbept.2017.5873
  » https://doi.org/10.15628/rbept.2017.5873

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  07 Jan 2022
• Data do Fascículo
  2021

Histórico

• Recebido
  10 Jun 2019
• Revisado
  06 Dez 2019
• Aceito
  07 Fev 2020