Acessibilidade / Reportar erro

Propriedades psicométricas do The Maastricht Upper Extremity Questionnaire: revisão sistemática e meta-análise

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

Com a necessidade de avaliar as queixas musculoesqueléticas ocasionadas pelo uso de computadores, foi criado o The Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ), cujo objetivo foi avaliar as queixas musculoesqueléticas relativas aos membros superiores, ao complexo do ombro e à cervical em usuários de computadores. No entanto, atualmente não existe uma sumarização abrangente, na literatura científica, sobre as propriedades psicométricas do MUEQ. O objetivo deste estudo foi realizar uma síntese de evidências científicas disponíveis que analisaram as propriedades psicométricas do MUEQ.

CONTEÚDO:

Este estudo seguiu as recomendações do PRISMA. A busca bibliográfica foi realizada nas bases de dados Medline (via BVS), Embase, LILACS (via BVS), Pubmed, PsycINFO, Scielo, Academic Search Premier, CINAHL, Rehabilitation & Sports Medicine Source, MEDLINE Complete, Web of Science CENTRAL, Scopus e SPORTDiscus. Foram incluídos estudos que abordaram as propriedades psicométricas do MUEQ, desde que fossem artigos originais de pesquisas desenvolvidas com seres humanos e indexados nas bases utilizadas. A seleção dos estudos ocorreu em duas fases, com dois revisores independentes. Foram incluídos 6 artigos/publicações na análise. A evidência baseada na estrutura interna apresentou resultados aceitáveis. Os índices de fidedignidade variaram de α=0,52 a α=0,84 e ICC/confiabilidade composta foram maiores que 0,70 nos estudos selecionados, classificados como “bom” e “excelente”, respectivamente.

CONCLUSÃO:

De um modo geral, esta pesquisa constatou a falta de detalhamento sobre o processo de validade de conteúdo e de evidências relacionados a variáveis externas e à descrição da amostra. Esses problemas se estenderam à evidência baseada na estrutura interna e à confiabilidade do MUEQ, que não alcançaram níveis considerados aceitáveis para garantir sua adequação e precisão.

Descritores:
Dor musculoesquelética; Extremidade superior; Inquéritos e questionários; Saúde ocupacional; Teletrabalho

ABSTRACT

BACKGROUND AND OBJECTIVES:

With the necessity to assess musculoskeletal complaints caused by computer use, The Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) was created, which aims to assess musculoskeletal complaints of the upper limbs, shoulder complex and cervical spine in computer users. However, there is currently no comprehensive summary in the scientific literature on the psychometric properties of the MUEQ. The objective of this study was to conduct a synthesis of all available scientific evidence that has analyzed the psychometric properties of the MUEQ.

CONTENTS:

This study followed the PRISMA recommendations. The bibliographic search was carried out in the following databases: MEDLINE (via VHL), Embase, LILACS (via VHL), Pubmed, PsycINFO, Scielo, Academic Search Premier, CINAHL, Rehabilitation & Sports Medicine Source, MEDLINE Complete, Web of Science CENTRAL, Scopus and SPORTDiscus. Studies that addressed the psychometric properties of the MUEQ were included, as long as they were original articles of research carried out with human beings and indexed in the databases used. The studies were selected in two phases, with two independent reviewers. A total of 6 articles were included in the analysis. The evidence based on internal structure showed acceptable results. The reliability indexes ranged from α=0.52 to α=0.84, and ICC/composite reliability > 0.70 in the analyzed studies, classified as “good” and “excellent,” respectively.

CONCLUSION:

In general, this research found a lack of detail on the process of content validity and evidence related to external variables and the description of the sample. These problems extended to the evidence based on the internal structure and reliability of the MUEQ, which did not reach levels considered acceptable to ensure its adequacy and accuracy.

Keywords:
Musculoskeletal pain; Occupational health; Surveys and questionnaires; Teleworking; Upper extremity

DESTAQUES

  • Esta foi a primeira revisão sistemática que avaliou as propriedades psicométricas do Maastricht Upper Extremity Questionnaire;

  • Esta revisão sistemática forneceu evidências abrangentes e atualizadas das propriedades psicométricas e do nível de evidências do MUEQ;

  • A evidência baseada na estrutura interna e na confiabilidade do MUEQ não alcançou níveis considerados aceitáveis em todos os estudos.

DESTAQUES

  • Esta foi a primeira revisão sistemática que avaliou as propriedades psicométricas do Maastricht Upper Extremity Questionnaire;

  • Esta revisão sistemática forneceu evidências abrangentes e atualizadas das propriedades psicométricas e do nível de evidências do MUEQ;

  • A evidência baseada na estrutura interna e na confiabilidade do MUEQ não alcançou níveis considerados aceitáveis em todos os estudos.

INTRODUÇÃO

As queixas musculoesqueléticas nos membros superiores, complexo do ombro e cervical têm sido objeto de grande atenção na sociedade moderna, uma vez que os distúrbios nessa região constituem um grave problema, impactando negativamente a saúde dos trabalhadores e gerando efeitos negativos, incluindo diminuição da produtividade no trabalho, absenteísmo e, consequentemente, a perda do emprego11 Bongers PM, Ijmker S, van den Heuvel S, Blatter BM. Epidemiology of work related neck and upper limb problems: Psychosocial and personal risk factors (Part I) and effective interventions from a bio behavioural perspective (Part II). J Occup Rehabil. 2006;16(3):272-95.,22 Hutting N, Staal J, Heerkens YF, Engels JA, Sanden MWN der. A self-management program for employees with complaints of the arm, neck, or shoulder (CANS): study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2013;14(1):258.. As queixas musculoesqueléticas de braço, pescoço e/ou ombro (CANS - Complaints of Arm, Neck and Shoulder) são definidas como queixas não causadas por traumatismo agudo ou por qualquer doença sistêmica33 Huisstede BMA, Miedema HS, Verhagen AP, Koes BW, Verhaar JAN. Multidisciplinary consensus on the terminology and classification of complaints of the arm, neck and/or shoulder. Occup Environ Med. 2007;64(5):313-9..

Dados epidemiológicos globais, especialmente de países desenvolvidos, relataram que a prevalência anual dos sintomas musculoesqueléticos relacionados às regiões da mão, braço, ombro e pescoço, em usuários de computador, varia entre 10% e 51,7%44 Kashif M, Anwar M, Noor H, Iram H, Hassan HMJ. Prevalence of musculoskeletal complaints of arm, neck and shoulder and associated risk factors in computer office workers. Phys Medizin, Rehabil Kurortmedizin. 2020;30(05):299-305.,55 AlOmar RS, AlShamlan NA, Alawashiz S, Badawood Y, Ghwoidi BA, Abugad H. Musculoskeletal symptoms and their associated risk factors among Saudi office workers: a cross-sectional study. BMC Musculoskelet Disord. 2021;22(1):763.. Assim, esses sintomas podem ser considerados um problema de saúde mundial relacionado ao trabalho66 European Commission. Health and safety at work in Europe (1999-2007) - A statistical portrait. In: 2010th ed. Luxembourg: Eurostat; 2010. 41-70p.,77 Punnett L, Wegman DH. Work-related musculoskeletal disorders: the epidemiologic evidence and the debate. J Electromyogr Kinesiol. 2004;14(1):13-23.. Nos últimos 20 anos e, principalmente, durante e após a pandemia do coronavírus, houve um aumento significativo de usuários de computador, o que também resultou em um aumento das CANS88 Sonne M, Villalta DL, Andrews DM. Development and evaluation of an office ergonomic risk checklist: ROSA - Rapid office strain assessment. Appl Ergon. 2012;43(1):98-108.

9 Gerding T, Syck M, Daniel D, Naylor J, Kotowski SE, Gillespie GL, Freeman AM, Huston TR, Davis KG. An assessment of ergonomic issues in the home offices of university employees sent home due to the COVID-19 pandemic. Work. 2021;68(4):981-92.
-1010 Global Workplace Analytics. Global Work-from-Home Experience Survey [Internet]. 2023 [cited 2023 Aug 7]. Available from: https://globalworkplaceanalytics.com/work-at-home-after-covid-19-our-forecast (2023).
https://globalworkplaceanalytics.com/wor...
.

É importante destacar que o aumento de queixas pode estar relacionado a fatores psicossociais associados ao home office, bem como as questões ergonômicas99 Gerding T, Syck M, Daniel D, Naylor J, Kotowski SE, Gillespie GL, Freeman AM, Huston TR, Davis KG. An assessment of ergonomic issues in the home offices of university employees sent home due to the COVID-19 pandemic. Work. 2021;68(4):981-92.,1111 Fernandes T, Salgueiro ACF. Dores musculoesqueléticas e ergonomia em tempos de home office. Res Soc Dev. 2022;11(13):e414111335743-e414111335743.. Muitos desses usuários e trabalhadores não possuem as condições mínimas adequadas em suas casas, aumentando os riscos ocupacionais nesse contexto1212 Asundi K, Odell D, Luce A, Dennerlein JT. Notebook computer use on a desk, lap and lap support: Effects on posture, performance and comfort. Ergonomics. 2010;53(1):74-82.

13 Davis KG, Kotowski SE, Daniel D, Gerding T, Naylor J, Syck M. The home office: ergonomic lessons from the “new normal”. Ergon Des Q Hum Factors Appl. 2020;28(4):4-10.

14 Werth AJ, Babski-Reeves K. Assessing posture while typing on portable computing devices in traditional work environments and at home. Proc Hum Factors Ergon Soc Annu Meet. 2012;56(1):1258-62.
-1515 Rodrigues MS, Leite RDV, Lelis CM, Chaves TC. Differences in ergonomic and workstation factors between computer office workers with and without reported musculoskeletal pain. Work. 2017;57(4):563-72.. Em outras palavras, o desempenho de tarefas no computador, de forma prolongada e em posição sentada, é considerado um dos fatores de risco para o desenvolvimento de problemas musculoesqueléticos no ambiente de trabalho1616 Szeto GPY, Straker LM, O’Sullivan PB. A comparison of symptomatic and asymptomatic office workers performing monotonous keyboard work-2: Neck and shoulder kinematics. Man Ther. 2005;10(4):281-91.

17 Nakatsuka K, Tsuboi Y, Okumura M, Murata S, Isa T, Kawaharada R, Matsuda N, Uchida K, Horibe K, Kogaki M, Ono R. Association between comprehensive workstation and neck and upper-limb pain among office worker. J Occup Health. 2021;63(1):e12194.

18 Marques NR, Hallal CZ, Gonçalves M. Características biomecânicas, ergonômicas e clínicas da postura sentada: uma revisão. Fisioter Pesqui. 2010;17(3):270-6.
-1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.. Como desfecho desses distúrbios, podem ser observadas queixas relacionadas a sintomas graves e debilitantes, tais como dor intensa, sensação de dormência e formigamento nas regiões dos braços, pescoço e ombros2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41..

Visando avaliar as dores musculoesqueléticas dos membros superiores em usuários de computadores e seus fatores de risco físicos e psicossociais associados, foi desenvolvido o The Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ), um instrumento que tem como finalidade avaliar as CANS2121 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.,2222 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.. A versão original do MUEQ foi validada na população holandesa, especificamente em trabalhadores de escritório da área de Informática. Os 95 itens do questionário foram agrupados em seis domínios diferentes: posto de trabalho, postura corporal, controle do trabalho, demanda de trabalho, pausas, ambiente de trabalho e suporte social. Cada domínio contém de 7 a 10 itens, que utilizam uma escala de resposta do tipo likert de cinco pontos, que variam de “sempre” a “nunca”, ou uma afirmação dicotômica, “sim” e “não”2121 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.,2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33..

Para a validação do MUEQ, foram realizadas análises para avaliar suas propriedades psicométricas, incluindo as evidências de validade com base na estrutura interna e a confiabilidade. A confiabilidade foi avaliada por meio do alfa de Cronbach e apresentou resultados aceitáveis (α>0,70), indicando alta confiabilidade do questionário. Para verificar a relação entre os itens avaliados e o construto do questionário, foi utilizada a correlação item-total, na qual a maioria dos resultados encontrados variou entre 0,2 e 0,5; o que indicou que os itens avaliados estavam relacionados ao construto do questionário2121 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.,2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.. É importante ressaltar que a validação de um instrumento, em um contexto específico, não implica automaticamente em sua aplicabilidade em outras populações ou contextos. Portanto, é importante realizar novos estudos de validação, em diferentes amostras, para utilizar o MUEQ em outras situações ou grupos de pessoas2424 Terwee CB, Prinsen CAC, Chiarotto A, Westerman MJ, Patrick DL, Alonso J, Bouter LM, de Vet HCW, Mokkink LB. COSMIN methodology for evaluating the content validity of patient-reported outcome measures: a Delphi study. Qual Life Res. 2018;27(5):1159-70..

Considerando que os sintomas musculoesqueléticos mais prevalentes estão relacionados às regiões da mão, braço, ombro e pescoço, é importante, e de interesse da saúde pública mundial, utilizar o MUEQ para identificar fatores de risco físicos e psicossociais associados às queixas musculoesqueléticas, em usuários de computador2121 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.. Portanto, o MUEQ é uma ferramenta simples e de baixo custo, que pode facilitar a implementação de políticas públicas de saúde ocupacional e prevenção de doenças relacionadas ao trabalho, tornando-se uma opção importante para a saúde pública2121 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.,2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.. Diante dessas considerações, reforça-se a necessidade de que o MUEQ apresente propriedades psicométricas aceitáveis, conforme com as recomendações dos Padrões de Testagem Psicológica e Educacional (Standards for Psychological and Educational Testing)2525 American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. Standards for Educational and Psychological Testing. Lanham, MD: American Educational Research Association; 2014. 1-230p..

Atualmente, não existe uma sumarização abrangente, na literatura científica, sobre as propriedades psicométricas do MUEQ, dificultando o seu uso em diferentes países, contextos e em estudos clínicos. Diante dessa lacuna, o objetivo deste estudo foi realizar uma síntese de todas as evidências científicas disponíveis que analisaram as propriedades psicométricas do MUEQ. Essa análise permitirá a compilação de informações relevantes sobre aplicabilidade, qualidade metodológica e nível de evidência dos estudos disponíveis.

CONTEÚDO

Este estudo de revisão sistemática e meta-análise seguiu as recomendações do PRISMA2626 Chien PF, Khan KS, Siassakos D. Registration of systematic reviews: PROSPERO. BJOG An Int J Obstet Gynaecol. 2012;119(8):903-5. e do PROSPERO2727 Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, Shamseer L, Tetzlaff JM, Moher D. Updating guidance for reporting systematic reviews: development of the PRISMA 2020 statement. J Clin Epidemiol. 2021;134:103-12.,2828 Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.3 (updated February 2022) [Internet]. 2nd ed. Chichester (UK): Cochrane; 2022 [cited 2023 Aug 7]. p. 1-728. Available from: www.training.cochrane.org/handbook.
www.training.cochrane.org/handbook...
, e foi registrado sob o número CRD42022339858.

Critérios de elegibilidade

Para garantir a inclusão, os estudos deveriam atender aos seguintes critérios: 1) estudos das propriedades psicométricas do MUEQ (evidência de validade de conteúdo, evidência baseada no processo de resposta ao item, evidência baseada na estrutura interna, evidências baseadas nas relações com variáveis externas, e confiabilidade); 2) estudos originais de pesquisas envolvendo seres humanos; 3) estar indexados nas bases de dados eletrônicas utilizadas. Foram excluídos: 1) estudos de revisão; 2) editoriais; 3) publicação de conferências; 4) teses/dissertações; 5) arquivos de trabalho de conclusão de curso.

Estratégias de busca

A pesquisa bibliográfica incluiu artigos/publicações divulgados até 10 de junho de 2022 e listados nas seguintes bases de dados eletrônicas: Medline (via BVS), Embase, LILACS (via BVS), Pubmed, PsycINFO, Scielo, Academic Search Premier, CINAHL, Rehabilitation & Sports Medicine Source, Medline Complete, Web of Science, CENTRAL, Scopus e SPORTDiscus. Foram realizadas buscas na literatura cinzenta, base de dados Embase e Rede de Redes BVS.

As buscas nas bases de dados eletrônicas foram realizadas sem restrições de idioma e de ano. O item, type of instrument da estratégia de busca, recomendado pelo The Consensus-based Standards for the selection of health Measurement Instruments (COSMIN), foi aplicado neste estudo2828 Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.3 (updated February 2022) [Internet]. 2nd ed. Chichester (UK): Cochrane; 2022 [cited 2023 Aug 7]. p. 1-728. Available from: www.training.cochrane.org/handbook.
www.training.cochrane.org/handbook...
,2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.. As estratégias de busca foram desenvolvidas por um pesquisador especialista (JLCJ) e revisadas, seguindo a diretriz Peer Review of Electronic Search Strategies (PRESS)3030 McGowan J, Sampson M, Salzwedel DM, Cogo E, Foerster V, Lefebvre C. PRESS Peer Review of Electronic Search Strategies: 2015 Guideline Statement. J Clin Epidemiol. 2016;75:40-6..

Para a identificação dos termos, foram realizadas buscas, relacionadas ao termo “The Maastricht Upper Extremity Questionnaire”, por meio de palavras-chave e descritores, buscados nos dicionários de termos MeSH, DeCS/MeSH e em artigos científicos da área. Os termos sinônimos identificados, foram combinados, usando o operador booleano OR (The Maastricht Upper Extremity Questionnaire OR Maastricht Upper Extremity Questionnaire OR MUEQ OR The MUEQ). Nas bases de dados eletrônicas, a chave [TIAB] foi utilizada para limitar a exibição dos termos de pesquisa, relacionados ao título e ao resumo2828 Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.3 (updated February 2022) [Internet]. 2nd ed. Chichester (UK): Cochrane; 2022 [cited 2023 Aug 7]. p. 1-728. Available from: www.training.cochrane.org/handbook.
www.training.cochrane.org/handbook...
.

Seleção dos estudos

Para a seleção dos estudos, foi desenvolvido um formulário de avaliação, com base nos critérios de elegibilidade (inclusão e exclusão). Em seguida, foi realizada a calibração do formulário antes da triagem para a seleção dos estudos. Os estudos duplicados foram identificados no software Mendeley e removidos por um pesquisador treinado (JLCJ). Em seguida, os estudos foram exportados para o aplicativo da web Rayyan QCRI (http://rayyan.qcri.Org/)3131 Ouzzani M, Hammady H, Fedorowicz Z, Elmagarmid A. Rayyan-a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev. 2016;5(1):210.,3232 Hupe M. EndNote X9. J Electron Resour Med Libr. 2019;16(3-4):117-9..

Os estudos remanescentes foram analisados por quatro avaliadores (BNB; MFST; SCSPS; SPSC), independentes, em duas etapas: 1) triagem por título e resumo; e 2) triagem pela leitura do texto na íntegra. Na primeira etapa, os títulos e resumos foram analisados de acordo com critérios de elegibilidade, para identificação de estudos relevantes. Esses estudos foram classificados como: “sim” (incluído) ou “não” (excluído). Em seguida, os estudos selecionados por título e resumo foram lidos na íntegra, e examinados por quatro avaliadores (BNB; MFST; SCSPS; SPSC), independentes, com base nos critérios de elegibilidade (inclusão e exclusão), usando o formulário de avaliação2828 Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.3 (updated February 2022) [Internet]. 2nd ed. Chichester (UK): Cochrane; 2022 [cited 2023 Aug 7]. p. 1-728. Available from: www.training.cochrane.org/handbook.
www.training.cochrane.org/handbook...
,2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57..

Todas as inconsistências entre os quatro avaliadores foram discutidas, e uma decisão final foi alcançada por consenso. Na ausência de consenso, um quinto avaliador foi consultado (JLCJ), para determinar a inclusão ou exclusão do estudo. Por fim, os estudos selecionados para leitura na íntegra foram submetidos a uma busca na lista de referências, para a identificação de artigos/publicações relevantes que não foram rastreados nas buscas nas bases de dados eletrônicas2828 Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.3 (updated February 2022) [Internet]. 2nd ed. Chichester (UK): Cochrane; 2022 [cited 2023 Aug 7]. p. 1-728. Available from: www.training.cochrane.org/handbook.
www.training.cochrane.org/handbook...
,2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57..

Extração dos dados

Inicialmente, os avaliadores foram submetidos a um treinamento e à familiarização com a planilha de extração de dados, e, posteriormente, foi realizada a calibração com um estudo da área. Os dados extraídos dos estudos, que satisfizeram os critérios de elegibilidade, foram inseridos em uma planilha eletrônica do Excel. Foram extraídos os seguintes dados dos estudos: dados cadastrais, objetivo e tipo de estudo, características do instrumento e resultados das propriedades psicométricas (evidências baseadas no conteúdo, evidências baseadas no processo de resposta ao item, evidências baseadas na estrutura interna, evidências baseadas nas relações com variáveis externas e confiabilidade).

Os quatro avaliadores descritos anteriormente extraíram de forma independente os dados descritivos e os resultados quantitativos dos estudos selecionados. Todas as discrepâncias não resolvidas entre os quatro avaliadores foram resolvidas por um quinto avaliador (JLCJ), a inclusão ou exclusão do estudo.

Avaliação do risco de viés

A qualidade metodológica dos estudos incluídos na revisão foi avaliada usando a ferramenta Critical Appraisal Tool (CAT) for validity and reliability studies of objective clinical tools3333 Brink Y, Louw QA. Clinical instruments: reliability and validity critical appraisal. J Eval Clin Pract. 2012;18(6):1126-32.. Esse instrumento inclui 13 itens, sendo os itens 1, 2, 10, 12 e 13 aplicados para os estudos de validade e confiabilidade; os itens 3, 7, 9 e 11 aplicados para os estudos de validade; e os itens 4, 5, 6 e 8 aplicados para os estudos de confiabilidade. Cada item foi pontuado por uma escala de avaliação de 3 pontos (sim - S, não - N, ou não se aplica - N/A).

Inicialmente, os avaliadores foram submetidos a um treinamento e à familiarização com a ferramenta para avaliação do risco de viés e, posteriormente, foi realizada a calibração com um estudo da área. Em seguida, dois avaliadores (JLCJ e HFBC) independentes avaliaram a qualidade metodológica dos estudos selecionados. Todas as inconsistências entre os dois avaliadores foram discutidas, e uma decisão final foi alcançada por consenso. Na ausência de consenso, um terceiro avaliador foi consultado (RFD) para determinar a pontuação, ou não, do item2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.,3434 GRADEpro GDT: GRADEpro Guideline Development Tool [Software]. McMaster University and Evidence Prime, 2022. Available from gradepro.org.

Avaliação da certeza da evidência

Inicialmente, os avaliadores foram submetidos a um treinamento e familiarização com a ferramenta, para avaliação da certeza da evidência e, posteriormente, foi realizada a calibração com um estudo da área. Em seguida, dois avaliadores, independentes, (HFBS e JLCJ), avaliaram a certeza da evidência, utilizando as cinco recomendações da abordagem GRADE modificada2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.,3434 GRADEpro GDT: GRADEpro Guideline Development Tool [Software]. McMaster University and Evidence Prime, 2022. Available from gradepro.org. Esse instrumento possui 4 itens de avaliação. Foram considerados os seguintes critérios para diminuir a certeza das evidências: um a dois níveis - risco de viés, inconsistência (inexplicável), imprecisão (tamanho reduzido da amostra) ou evidência indireta; e três níveis - evidência baseada em apenas um estudo inadequado (alto risco de viés)2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.,3434 GRADEpro GDT: GRADEpro Guideline Development Tool [Software]. McMaster University and Evidence Prime, 2022. Available from gradepro.org. Ao final, o nível e a certeza da evidência foram classificados como altos, moderados, baixos ou muito baixos.

Todas as inconsistências entre os dois avaliadores (JLCJ e HFBC) foram discutidas e uma decisão final foi alcançada por consenso. Na ausência de consenso, um terceiro avaliador foi consultado (RFD) para determinar a pontuação, ou não, do item2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.,3434 GRADEpro GDT: GRADEpro Guideline Development Tool [Software]. McMaster University and Evidence Prime, 2022. Available from gradepro.org.

Análise dos dados

Para agrupar os valores de alfa de Cronbach (α) de cada fator do MUEQ, foram calculadas meta-análises de coeficientes de correlação usando a transformação Z de Fisher. As meta-análises foram calculadas usando modelos de efeitos aleatórios (RE), calculados pelo método da máxima verossimilhança restrita, assumindo que os estudos selecionados foram amostrados a partir de um conjunto maior de estudos. Esse cálculo reduz o risco do erro do tipo I, pois esses modelos consideram a variabilidade entre os estudos incluídos.

É importante destacar que o modelo de efeitos aleatórios foi escolhido em vez do modelo de efeito fixo devido a fatores experimentais, como a metodologia do estudo (por exemplo, condições das amostras, como universitários e escolares), que podem influenciar o relato dos comportamentos interpessoais das amostras e a confiabilidade dos resultados dos estudos3535 Sitoe SA, Codonhato R, Both J, Fiorese L. Educação física e satisfação das necessidades psicológicas básicas em escolares de Maputo-Moçambique. Pensar a Prática. 2019;22:1-11.

36 Souza GS, Duarte MFS. Estágios de mudança de comportamento relacionados à atividade física em adolescentes. Rev Bras Med Esp. 2005;11(2):104-8.

37 Loprinzi PD, Cardinal BJ, Loprinzi KL, Lee H. Benefits and environmental determinants of physical activity in children and adolescents. Obes Facts. 2012;5(4):597-610.
-3838 De Lara PZM. Fairness, teachers’ non-task behavior and alumni satisfaction: the influence of group commitment. J Educ Adm. 2008;46(4):514-38.. Para além desses fatores, o modelo de efeitos aleatórios permite uma maior generalização externa, em comparação com o modelo de efeito fixo.

A heterogeneidade entre os estudos foi avaliada por meio da estatística do teste Cochran Q (adotando o nível de significância p < 0,1) e a inconsistência avaliada pelo índice I22 Hutting N, Staal J, Heerkens YF, Engels JA, Sanden MWN der. A self-management program for employees with complaints of the arm, neck, or shoulder (CANS): study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2013;14(1):258. de Higgins3939 Higgins JPT, Thompson SG, Deeks JJ, Altman GD. Measuring inconsistency in meta-analyses Julian. BMJ. 2003;327:132-35.. Foram adotados os seguintes critérios: valores de ≤ 40% indicam baixa heterogeneidade; 30% a 60% indicam heterogeneidade moderada; > 50% a 90% indicam heterogeneidade substancial e > 75% a 100% indicam heterogeneidade considerável2828 Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.3 (updated February 2022) [Internet]. 2nd ed. Chichester (UK): Cochrane; 2022 [cited 2023 Aug 7]. p. 1-728. Available from: www.training.cochrane.org/handbook.
www.training.cochrane.org/handbook...
. Quando I22 Hutting N, Staal J, Heerkens YF, Engels JA, Sanden MWN der. A self-management program for employees with complaints of the arm, neck, or shoulder (CANS): study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2013;14(1):258. > 50% e tau squared22 Hutting N, Staal J, Heerkens YF, Engels JA, Sanden MWN der. A self-management program for employees with complaints of the arm, neck, or shoulder (CANS): study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2013;14(1):258.) > 1, foram acompanhados pela significância estatística (p < 0,05), considerou-se que houve heterogeneidade significativa.

Para a análise da consistência interna e para a interpretação qualitativa, foram utilizados os valores do alfa de Cronbach, adotando as seguintes categorias: excelente (excellent) ≥ 0,85; bom (good) 0,80 - 0,84; moderado (moderate) 0,75 - 0,79 e justo (fair) 0,70 - 0,74. Os valores de alfa de Cronbach foram determinados considerando os fatores e o tamanho amostral4040 Santos GM, Strathdee SA, El-Bassel N, Patel P, Subramanian D, Horyniak D, Cook RR, McCullagh C, Marotta P, Choksi F, Kang B, Allen I, Shoptaw S. Psychometric properties of measures of substance use: a systematic review and meta-analysis of reliability, validity and diagnostic test accuracy. BMC Med Res Methodol. 2020;20(1):1-22.,4141 Ponterotto JG. An overview of coefficient alpha and a reliability matrix for estimating adequacy of internal consistency coefficients with psychological research measures. Percept Mot Skills. 2007;5(7):997.. Para os resultados da evidência baseada na estrutura interna, foram considerados aceitáveis os seguintes critérios: Comparative Fit Index (CFI) ou Tucker Lewis Index (TLI) > 0,95; Root-Mean-Square Error of Approximation (RMSEA) < 0,06; ou Standardized Root Mean Square Residual (SRMR) < 0,082, Average Variance Extracted (AVE) > 0,52929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.,4242 Terwee CB, Bot SDM, de Boer MR, van der Windt DA, Knol DL, Dekker J, Bouter LM, de Vet HC. Quality criteria were proposed for measurement properties of health status questionnaires. J Clin Epidemiol. 2007;60(1):34-42.

43 Prinsen CAC, Vohra S, Rose MR, Boers M, Tugwell P, Clarke M, Williamson PR, Terwee CB. How to select outcome measurement instruments for outcomes included in a ‘Core Outcome Set’ - a practical guideline. Trials. 2016;17(1):1-10.
-4444 Hair Jr JF, Hult GTM, Ringle CM, Sarstedt M. A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). 1st ed. Thousand Oaks (CA): Sage publications; 2021. 1-328 p.. Para os resultados da evidência baseada nas relações com variáveis externas (validade de critério, do tipo convergente), foram considerados aceitos os resultados > 0,702929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.. Para os resultados de confiabilidade - fidedignidade, avaliados pelo Intraclass Correlato Coefficients (ICC) e pela confiabilidade composta, foram considerados aceitáveis resultados > 0,702929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.. Todas as análises e as figuras foram realizadas no software estatístico programa R versão 4.1.3 utilizando o pacote meta.

RESULTADOS

Foram encontrados 1.635 artigos/publicações nas 14 bases de dados eletrônicas selecionadas, entre os quais 858 duplicados foram excluídos. Após a triagem por título/resumo, foram excluídos 756 artigos/publicações, restando 21 artigos/publicações para a leitura do texto completo. Após a leitura na íntegra, 6 artigos/publicações foram elegíveis para as extrações quantitativa e qualitativa (Figura 1). Entre os 6 artigos/publicações elegíveis, em um único artigo2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41. foram identificados 3 estudos. No geral, foram totalizados 8 estudos. Na etapa de seleção por título/resumo, a concordância foi de 99,9% entre os avaliadores; e na etapa de leitura na íntegra, a concordância foi de 71,43%.

Figura 1
Fluxograma da seleção dos estudos.

Característica dos estudos

Para a síntese narrativa deste estudo foram incluídos seis artigos/publicações, contendo um total de oito estudos, sendo que um artigo2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41. continha três estudos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. Os estudos foram publicados entre os anos de 2007 e 2021, sendo validados em seis idiomas diferentes, como grego, holandês, árabe, persa, cingalês e português1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. A amostra total, considerando todos os estudos, foi composta por 2.841 indivíduos, com uma variação no tamanho da amostra de 50 a 600.

Os participantes de todos os estudos foram compostos por ambos os sexos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. Porém, o sexo feminino foi predominante em quatro estudos2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.,2222 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. As idades dos participantes variaram entre 20 e 65 anos nos estudos (Tabela 1). Em todos os estudos, o processo de recrutamento das amostras foi por conveniência1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68..

Tabela 1
Síntese e características dos resultados dos estudos do instrumento Maastricht Upper Extremity Questionnaire para avaliar a natureza e ocorrência das CANS.

Os estudos incluídos nesta revisão avaliaram as seguintes propriedades psicométricas: validade de conteúdo, evidência baseada na estrutura interna e confiabilidade. Entretanto, as evidências baseadas nas relações com variáveis externas e com o processo de resposta ao item não foram avaliadas em nenhum dos estudos incluídos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. A taxa de resposta entre os estudos variou de 44% a 97,7%1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. Para os estudos que apresentavam dados incompletos e/ou ausentes, foram enviadas solicitações via e-mail, porém não foi obtida resposta de nenhum dos autores.

Análise do risco de viés

Quanto aos critérios que avaliam validade e confiabilidade: apenas um estudo1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245. descreveu detalhadamente a amostra de sujeitos (item 1); detalhou a execução do teste para a sua replicação (item 10); utilizou métodos estatísticos apropriados (item 13); e relatou o esclarecimento da qualificação ou competência do(s) avaliador(es) (item 2 - tabela 2).

Tabela 2
Avaliação da qualidade metodológica utilizando a ferramenta CAT for validity and reliability studies of objective clinical tools.

Quanto aos critérios que avaliam validade, nenhum dos estudos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.: explicou o teste padrão de referência (item 3); informou sobre a independência do teste padrão de referência (item 9); detalhou a execução do teste padrão de referência para a sua replicação (item 11); ou relatou se a condição alvo não mudou entre a aplicação dos dois testes (item 7 - tabela 2).

Quanto aos critérios que avaliam confiabilidade, nenhum estudo1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68. relatou: cegamento inter-avaliadores (item 4); cegamento intra-avaliadores (item 5) e ordem variada da aplicação do teste (item 6 - tabela 2).

Observando o conjunto, é possível constatar que os itens 3, 4, 5, 6, 7, 9, 11 e 12 não foram pontuados em nenhum dos estudos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.; o que pode gerar risco de viés nos estudos (Figura 2). Por fim, a concordância entre os dois avaliadores quanto ao risco de viés foi de 57,7%.

Figura 2
Qualidade metodológica geral utilizando a ferramenta CAT for validity and reliability studies of objective clinical tools. Os dados são apresentados em porcentagem (%).

Síntese das evidências das propriedades psicométricas

As evidências baseadas na estrutura interna, mensuradas por CFI ou RMSEA, apresentaram níveis de validade de estrutura interna que foram considerados aceitáveis, com ótimos ajustes nos estudos que os relataram1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.,2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.; exceto por um estudo que continha resultados do CFI abaixo do preconizado pela literatura científica (> 0,95 - tabela 3)2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.. A evidência de confiabilidade, analisada pelo ICC, foi relatada em dois estudos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.,2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41., que apresentaram resultados moderado e excelente, respectivamente (tabela 3).

Tabela 3
Síntese dos resultados quantitativos das propriedades psicométricas de validade dos estudos do instrumento The Maastricht Upper Extremity Questionnaire para avaliar riscos físicos, ambientais e psicológicos no local de trabalho.

Apenas dois estudos incluíram outros índices da análise fatorial confirmatória: a) Em um estudo1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245. foram relatados os índices do Parsimony comparative fit index (PCFI), com resultado de 0,732; Parsimony goodness of fit index (PGFI), com resultado de 0,680 e Normed fit index (NFI), com resultado de 0,6801919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.; e b) Em outro estudo2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41. foram relatados os índices de Consistent Akaike information criterion (CAIC), com resultado de 2.230,40; Goodness-of-fit index (GFIÿ), com resultado de 0,90; Non-normed fit index (NNFI), com resultado de 0,90 e Expected cross-validation index (ECVI), com resultado de 3,782020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41..

Síntese dos resultados de consistência interna

Os estudos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68. foram analisados pelo alfa de Cronbach. Quando todos os estudos foram agrupados e metanalisados1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68., os resultados para os fatores do MUEQ foram os seguintes: no primeiro domínio, “postura corporal”, dividido em dois fatores, a confiabilidade média foi de α = 0,88 [0,85; 0,91 IC95%] para o fator “postura de corpo e cabeça” (Figura 3) e α = 0,65 [0,57; 0,72 IC95%] para o fator “postura desajeitada” (Figura 3). No segundo domínio, “pausas”, dividido em dois fatores, a confiabilidade média foi de α = 0,80 [0,65; 0,89 IC95%] para o fator “autonomia” e α = 0,80 [0,77; 0,82 IC95%] para o fator “qualidade das pausas” (Figura 4). No terceiro domínio, “suporte social”, dividido em dois fatores, os resultados da meta-análise para a confiabilidade média foi de α = 0,84 [0,69; 0,92 IC95%] para o fator “suporte social” e α = 0,68 [0,58; 0,76 IC95%] para o fator “fluxo de trabalho” (Figura 5).

Figura 3
Comparação das evidências de confiabilidade dos fatores “postura de corpo e cabeça” (“head and body posture”) e “postura desajeitada” (“awkward body posture”), do domínio “postura corporal” (“body posture”) dos estudos do MUEQ.

Figura 4
Comparação das evidências de confiabilidade dos fatores “autonomia” (“autonomous management”) e “qualidade das pausas” (“alternative”, “no computer”), do domínio “pausas” (“break time”) dos estudos do MUEQ.

Figura 5
Comparação das evidências de confiabilidade dos fatores “suporte social” (“social support”) e “fluxo de trabalho” (“work flow”), do domínio “suporte social” (“social support”) dos estudos do MUEQ.

No quarto domínio, “controle do trabalho”, dividido em dois fatores, os resultados da meta-análise para a confiabilidade média foi de α = 0,73 [0,65; 0,80 IC95%] para o fator “autoridade de decisão” e α = 0,78 [0,71; 0,84 IC95%] para o fator “critério de habilidade” (Figura 6). No quinto domínio, “demanda do trabalho”, dividido em dois fatores, a confiabilidade média foi de α = 0,77 [0,54; 0,90 IC95%] para o fator “complexidade das tarefas” e α = 0,71 [0,46; 0,86 IC95%] para o fator “pressão do trabalho” (Figura 7). No sexto e último domínio apresentado, “ambiente de trabalho”, dividido em dois fatores, a confiabilidade média foi de α = 0,52 [0,47; 0,57 IC95%] para o fator “equipamento de escritório” e α = 0,61 [0,43; 0,74 IC95%] para o fator “posição do computador” (Figura 8).

Figura 6
Comparação das evidências de confiabilidade dos fatores “autoridade de decisão” (“decision authority”) e “critério de habilidade” (“creative skill development”), do domínio “controle do trabalho” (“work control”) dos estudos do MUEQ.

Figura 7
Comparação das evidências de confiabilidade dos fatores “complexidade das tarefas” (“task complexity”) e “pressão do trabalho” (“work pressure”), do domínio “demanda do trabalho” (“work demand”) dos estudos do MUEQ.

Figura 8
Comparação das evidências de confiabilidade dos fatores “equipamento de escritório” (“office equipment”) e “posição do computador” (“computer position”), do domínio “ambiente de trabalho” (work station) dos estudos do MUEQ.

A análise global dos resultados dos fatores do MUEQ em relação ao índice de consistência interna representado pelo alfa de Cronbach variou de 0,52 a 0,84, com um intervalo de confiança de 95% de 0,43 a 0,92 (IC 95%) e com alguns fatores apresentando valores de consistência interna classificados como “Bom”, “Moderado” e “Justo”, enquanto outros não alcançaram os valores mínimos aceitáveis (Figuras 3 a 8).

Apenas 25% dos fatores atingiram valores de alfa de Cronbach classificados como “Bom”, o que indica uma consistência interna satisfatória para esses fatores específicos do MUEQ (Figuras 4-5). Outros 25% dos fatores atingiram valores de alfa de Cronbach classificados como “Moderado” (Figuras 3; 6-7), e 16,6% atingiram valores classificados como “Justo” (Figura 6-7), sugerindo que a consistência interna desses fatores pode ser questionada. No entanto, a preocupação maior recai sobre os quatro fatores que não apresentaram valores mínimos aceitáveis para o alfa de Cronbach (Figuras 3, 5, 8). Com relação aos resultados de inconsistência, avaliada pelo I22 Hutting N, Staal J, Heerkens YF, Engels JA, Sanden MWN der. A self-management program for employees with complaints of the arm, neck, or shoulder (CANS): study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2013;14(1):258., pode-se observar variação substancial de 77% a 98%, sendo que 83,33% dos fatores do MUEQ apresentaram valores superiores a 75%, indicando uma considerável heterogeneidade substancial.

Análise da certeza da evidência

Todos os estudos apresentaram certeza da evidência muito baixa, mostrando resultados adequados para os itens de evidência indireta, imprecisão e inconsistência, com exceção de dois fatores (“impacto das condições de trabalho” e “ambiente de trabalho”), que apresentaram inconsistência grave. Porém, os estudos não apresentaram resultados adequados para os itens de risco de viés (tabela 4). Os estudos analisados pela GRADE foram os mesmos incluídos na meta-análise, com exceção de dois fatores (“impacto das condições de trabalho” e “ambiente de trabalho”), que não foram meta-analisados devido ao fato de estarem presentes em apenas um único estudo. A concordância entre os dois avaliadores quanto à certeza da evidência foi de 44,65%2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57..

Tabela 4
Avaliação da certeza da evidência utilizando a ferramenta Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation.

DISCUSSÃO

Esta é a primeira revisão sistemática que avaliou as propriedades psicométricas do MUEQ. O objetivo desse questionário foi avaliar as dores musculoesqueléticas em usuários de computadores, juntamente aos fatores de risco físicos e psicossociais associados1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. Esta revisão forneceu evidências de sua aplicabilidade, qualidade metodológica, evidências das propriedades psicométricas e certeza da evidência com base nos estudos incluídos. A partir dos resultados obtidos, pode-se afirmar que o questionário não apresentou níveis considerados aceitáveis de evidência baseada na estrutura interna (Figuras 3-8).

De forma geral, entre os resultados da consistência interna dos seis domínios do MUEQ - “postura corporal”; “pausas”; “suporte social”; “controle do trabalho”; “demanda de trabalho”; “local de trabalho”, avaliados pelo alfa de Cronbach e agrupados pela meta-análise, alguns foram considerados aceitáveis (classificados de “moderado” a “bom”) (Figuras 3-7). No entanto, outros estudos obtiveram valores abaixo do limite aceitável (Figuras 6 e 7). É importante ressaltar que essas estimativas podem ter sido infladas pela heterogeneidade entre os estudos, que variou de 77% (“substancial”) a 98% (“considerável”), mas não foram explicadas, devido à inclusão de poucos estudos.

Com relação aos resultados da confiabilidade dos seis domínios do MUEQ, apenas dois estudos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.,2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41., avaliados pelo ICC, foram classificados como aceitáveis (ICC > 0,70 - tabela 3)2525 American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. Standards for Educational and Psychological Testing. Lanham, MD: American Educational Research Association; 2014. 1-230p.. As medidas de consistência interna são utilizadas para indicar a quantidade de erros de medição. Assim, os resultados do presente estudo corroboram com a baixa quantidade de erros de medição2525 American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. Standards for Educational and Psychological Testing. Lanham, MD: American Educational Research Association; 2014. 1-230p.. A evidência baseada na estrutura interna, de natureza incremental (TLI/CFI, > 0,95) e de natureza absoluta (RMSEA, < 0,06), foi analisada por dois estudos1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.,2020 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41., que, no entanto, não apresentaram resultados considerados aceitáveis pela literatura científica2929 Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.,4242 Terwee CB, Bot SDM, de Boer MR, van der Windt DA, Knol DL, Dekker J, Bouter LM, de Vet HC. Quality criteria were proposed for measurement properties of health status questionnaires. J Clin Epidemiol. 2007;60(1):34-42.

43 Prinsen CAC, Vohra S, Rose MR, Boers M, Tugwell P, Clarke M, Williamson PR, Terwee CB. How to select outcome measurement instruments for outcomes included in a ‘Core Outcome Set’ - a practical guideline. Trials. 2016;17(1):1-10.
-4444 Hair Jr JF, Hult GTM, Ringle CM, Sarstedt M. A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). 1st ed. Thousand Oaks (CA): Sage publications; 2021. 1-328 p..

Nenhum estudo avaliou a validade de conteúdo, as evidências relacionadas a variáveis externas ou o processo de resposta ao item1919 Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.

20 Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.

21 Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.

22 Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
-2323 Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.,4545 Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.. Essas evidências são fundamentais para garantir a clareza e coerência dos itens em instrumentos psicométricos, e a falta delas pode comprometer a qualidade dos itens e a compreensão dos instrumentos2525 American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. Standards for Educational and Psychological Testing. Lanham, MD: American Educational Research Association; 2014. 1-230p.. Portanto, embora o MUEQ seja um questionário amplamente utilizado para avaliar dores musculoesqueléticas em usuários de computadores, é importante realizar outras formas de validação, como a validade de conteúdo e as evidências relacionadas a variáveis externas e processo de resposta ao item, para garantir sua validade e confiabilidade na prática clínica. Essas validações são essenciais para implementar medidas preventivas e protetivas eficazes para a saúde e bem-estar dos trabalhadores.

Aplicabilidade clínica

Este estudo forneceu resultados indicando que o MUEQ possui propriedades psicométricas em determinados países, como Grécia, Holanda, Sudão, Irã, Sri Lanka e Brasil. Entretanto, é crucial realizar uma análise mais minuciosa antes de aplicá-lo em outros países. Além das vantagens já conhecidas dos questionários, o MUEQ tem um papel significativo na aplicabilidade clínica, pois seus resultados estão associados ao ambiente de trabalho e às dores musculoesqueléticas.

Os achados desta pesquisa ressaltam a importância de realizar outras formas de validação do MUEQ, por validade de conteúdo, evidência baseada na estrutura interna, confiabilidade e evidência baseada nas relações com variáveis externas2525 American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. Standards for Educational and Psychological Testing. Lanham, MD: American Educational Research Association; 2014. 1-230p., para o seu uso em contextos clínicos, especialmente visando identificar fatores de risco relacionados às lesões musculoesqueléticas e aos aspectos psicossociais em trabalhadores que passam longas horas utilizando computadores. Essa validação faz-se necessária para a implementação de medidas preventivas e protetivas que visem à saúde e ao bem-estar desses trabalhadores.

No Brasil, existem alguns instrumentos válidos que avaliam aspectos do trabalho, como o Quick Exposure Check4646 Comper MLC, Costa LOP, Padula RS. Quick Exposure Check (QEC): a crosscultural adaptation into Brazilian-Portuguese. Work. 2012;41(Supp1):2056-9., o Job Factors Questionnaire4747 Karasek R, Brisson C, Kawakami N, Houtman I, Bongers P, Amick B. The Job Content Questionnaire (JCQ): An instrument for internationally comparative assessments of psychosocial job characteristics. J Occup Health Psychol. 1998;3(4):322-55. e o Nordic Musculoskeletal Questionnaire4848 de Barros ENC, Alexandre NMC. Cross-cultural adaptation of the Nordic musculoskeletal questionnaire. Int Nurs Rev. 2003;50(2):101-8.. No entanto, entre os instrumentos disponíveis, o MUEQ-Br destaca-se como a única ferramenta que avalia de forma abrangente os aspectos físicos e biopsicossociais relacionados às CANS em trabalhadores brasileiros que utilizam computadores.

Limitações e pontos fortes do estudo

O ponto forte deste estudo foi a abordagem sistemática, utilizando um protocolo de busca sensível e amplo em 14 bases de dados eletrônicas. Além desse ponto, foi aplicado um controle rigoroso em todas as etapas do processo e foram estabelecidos critérios de elegibilidade que não restringiram a inclusão por tipos de estudo, população, idioma, idade, sexo e data de publicação. Essa abordagem ampla e inclusiva permitiu uma análise mais abrangente dos dados disponíveis e contribuiu para a robustez e validade dos resultados obtidos. Apesar deste estudo ter apresentado uma síntese dos resultados de consistência interna do MUEQ, não foi possível explorar o viés de publicação e os fatores que podem afetar a heterogeneidade dos resultados, devido ao número limitado de estudos incluídos na meta-análise (≤ 4 estudos). E, ainda, alguns estudos não forneceram informações detalhadas sobre a consistência interna dividida por fatores, o que comprometeu a análise em conjunto dos estudos incluídos nesta revisão.

Sobre os resultados relativos às evidências baseadas na estrutura interna e na confiabilidade do MUEQ, que não apresentaram propriedades psicométricas, aceitáveis, é recomendável que novos estudos avaliem, de forma abrangente, as propriedades psicométricas das evidências baseadas em estrutura interna, na confiabilidade, no conteúdo e no processo de resposta ao item, bem como das evidências baseadas nas relações com variáveis externas2525 American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. Standards for Educational and Psychological Testing. Lanham, MD: American Educational Research Association; 2014. 1-230p.. Essas avaliações detalhadas e abrangentes são fundamentais para melhor compreender a validade e confiabilidade do MUEQ em diferentes contextos e populações, garantindo que esse questionário seja uma ferramenta eficaz para a avaliação de dores musculoesqueléticas em usuários de computadores.

CONCLUSÃO

Este estudo apresentou evidências das propriedades psicométricas do MUEQ, sendo que a análise realizada destacou a falta de detalhamento nos procedimentos metodológicos, especialmente em relação a validade de conteúdo, evidências de variáveis externas e descrição da amostra. As evidências baseadas na estrutura interna e na confiabilidade do MUEQ não atingiram níveis aceitáveis para garantir sua adequação e precisão. Para uma compreensão mais completa das propriedades psicométricas do MUEQ, é recomendada a realização de futuras pesquisas com maior rigor metodológico, amostras diversificadas e técnicas robustas, o que asseguraria sua aplicação confiável em contextos acadêmicos e clínicos.

REFERENCES

  • 1
    Bongers PM, Ijmker S, van den Heuvel S, Blatter BM. Epidemiology of work related neck and upper limb problems: Psychosocial and personal risk factors (Part I) and effective interventions from a bio behavioural perspective (Part II). J Occup Rehabil. 2006;16(3):272-95.
  • 2
    Hutting N, Staal J, Heerkens YF, Engels JA, Sanden MWN der. A self-management program for employees with complaints of the arm, neck, or shoulder (CANS): study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2013;14(1):258.
  • 3
    Huisstede BMA, Miedema HS, Verhagen AP, Koes BW, Verhaar JAN. Multidisciplinary consensus on the terminology and classification of complaints of the arm, neck and/or shoulder. Occup Environ Med. 2007;64(5):313-9.
  • 4
    Kashif M, Anwar M, Noor H, Iram H, Hassan HMJ. Prevalence of musculoskeletal complaints of arm, neck and shoulder and associated risk factors in computer office workers. Phys Medizin, Rehabil Kurortmedizin. 2020;30(05):299-305.
  • 5
    AlOmar RS, AlShamlan NA, Alawashiz S, Badawood Y, Ghwoidi BA, Abugad H. Musculoskeletal symptoms and their associated risk factors among Saudi office workers: a cross-sectional study. BMC Musculoskelet Disord. 2021;22(1):763.
  • 6
    European Commission. Health and safety at work in Europe (1999-2007) - A statistical portrait. In: 2010th ed. Luxembourg: Eurostat; 2010. 41-70p.
  • 7
    Punnett L, Wegman DH. Work-related musculoskeletal disorders: the epidemiologic evidence and the debate. J Electromyogr Kinesiol. 2004;14(1):13-23.
  • 8
    Sonne M, Villalta DL, Andrews DM. Development and evaluation of an office ergonomic risk checklist: ROSA - Rapid office strain assessment. Appl Ergon. 2012;43(1):98-108.
  • 9
    Gerding T, Syck M, Daniel D, Naylor J, Kotowski SE, Gillespie GL, Freeman AM, Huston TR, Davis KG. An assessment of ergonomic issues in the home offices of university employees sent home due to the COVID-19 pandemic. Work. 2021;68(4):981-92.
  • 10
    Global Workplace Analytics. Global Work-from-Home Experience Survey [Internet]. 2023 [cited 2023 Aug 7]. Available from: https://globalworkplaceanalytics.com/work-at-home-after-covid-19-our-forecast (2023).
    » https://globalworkplaceanalytics.com/work-at-home-after-covid-19-our-forecast
  • 11
    Fernandes T, Salgueiro ACF. Dores musculoesqueléticas e ergonomia em tempos de home office. Res Soc Dev. 2022;11(13):e414111335743-e414111335743.
  • 12
    Asundi K, Odell D, Luce A, Dennerlein JT. Notebook computer use on a desk, lap and lap support: Effects on posture, performance and comfort. Ergonomics. 2010;53(1):74-82.
  • 13
    Davis KG, Kotowski SE, Daniel D, Gerding T, Naylor J, Syck M. The home office: ergonomic lessons from the “new normal”. Ergon Des Q Hum Factors Appl. 2020;28(4):4-10.
  • 14
    Werth AJ, Babski-Reeves K. Assessing posture while typing on portable computing devices in traditional work environments and at home. Proc Hum Factors Ergon Soc Annu Meet. 2012;56(1):1258-62.
  • 15
    Rodrigues MS, Leite RDV, Lelis CM, Chaves TC. Differences in ergonomic and workstation factors between computer office workers with and without reported musculoskeletal pain. Work. 2017;57(4):563-72.
  • 16
    Szeto GPY, Straker LM, O’Sullivan PB. A comparison of symptomatic and asymptomatic office workers performing monotonous keyboard work-2: Neck and shoulder kinematics. Man Ther. 2005;10(4):281-91.
  • 17
    Nakatsuka K, Tsuboi Y, Okumura M, Murata S, Isa T, Kawaharada R, Matsuda N, Uchida K, Horibe K, Kogaki M, Ono R. Association between comprehensive workstation and neck and upper-limb pain among office worker. J Occup Health. 2021;63(1):e12194.
  • 18
    Marques NR, Hallal CZ, Gonçalves M. Características biomecânicas, ergonômicas e clínicas da postura sentada: uma revisão. Fisioter Pesqui. 2010;17(3):270-6.
  • 19
    Ghasemi M, Kamalikhah T, Salesi M, Rahmati F. Evaluation of psychometric properties of the maastricht upper extremity questionnaire (MUEQ) in iranian computer users. J Educ Health Promot. 2021;10:245.
  • 20
    Turci AM, Bevilaqua-Grossi D, Pinheiro CF, Bragatto MM, Chaves TC. The Brazilian Portuguese version of the revised Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br revised): translation, cross-cultural adaptation, reliability, and structural validation. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16(1):41.
  • 21
    Eltayeb S, Staal JB, Kennes J, Lamberts PH, de Bie RA. Prevalence of complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers and psychometric evaluation of a risk factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8(1):68.
  • 22
    Bekiari EI, Lyrakos GN, Damigos D, Mavreas V, Chanopoulos K, Dimoliatis IDK. A validation study and psychometrical evaluation of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ) for the Greek-speaking population. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2011;11(1):52-76.
  • 23
    Eltayeb SM, Staal JB, Hassan AA, Awad SS, de Bie RA. Complaints of the arm, neck and shoulder among computer office workers in Sudan: a prevalence study with validation of an Arabic risk factors questionnaire. Environ Heal. 2008;7(1):33.
  • 24
    Terwee CB, Prinsen CAC, Chiarotto A, Westerman MJ, Patrick DL, Alonso J, Bouter LM, de Vet HCW, Mokkink LB. COSMIN methodology for evaluating the content validity of patient-reported outcome measures: a Delphi study. Qual Life Res. 2018;27(5):1159-70.
  • 25
    American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. Standards for Educational and Psychological Testing. Lanham, MD: American Educational Research Association; 2014. 1-230p.
  • 26
    Chien PF, Khan KS, Siassakos D. Registration of systematic reviews: PROSPERO. BJOG An Int J Obstet Gynaecol. 2012;119(8):903-5.
  • 27
    Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, Shamseer L, Tetzlaff JM, Moher D. Updating guidance for reporting systematic reviews: development of the PRISMA 2020 statement. J Clin Epidemiol. 2021;134:103-12.
  • 28
    Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.3 (updated February 2022) [Internet]. 2nd ed. Chichester (UK): Cochrane; 2022 [cited 2023 Aug 7]. p. 1-728. Available from: www.training.cochrane.org/handbook
    » www.training.cochrane.org/handbook
  • 29
    Prinsen CAC, Mokkink LB, Bouter LM, Alonso J, Patrick DL, de Vet HCW, Terwee CB. COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Qual Life Res. 2018;27(5):1147-57.
  • 30
    McGowan J, Sampson M, Salzwedel DM, Cogo E, Foerster V, Lefebvre C. PRESS Peer Review of Electronic Search Strategies: 2015 Guideline Statement. J Clin Epidemiol. 2016;75:40-6.
  • 31
    Ouzzani M, Hammady H, Fedorowicz Z, Elmagarmid A. Rayyan-a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev. 2016;5(1):210.
  • 32
    Hupe M. EndNote X9. J Electron Resour Med Libr. 2019;16(3-4):117-9.
  • 33
    Brink Y, Louw QA. Clinical instruments: reliability and validity critical appraisal. J Eval Clin Pract. 2012;18(6):1126-32.
  • 34
    GRADEpro GDT: GRADEpro Guideline Development Tool [Software]. McMaster University and Evidence Prime, 2022. Available from gradepro.org
  • 35
    Sitoe SA, Codonhato R, Both J, Fiorese L. Educação física e satisfação das necessidades psicológicas básicas em escolares de Maputo-Moçambique. Pensar a Prática. 2019;22:1-11.
  • 36
    Souza GS, Duarte MFS. Estágios de mudança de comportamento relacionados à atividade física em adolescentes. Rev Bras Med Esp. 2005;11(2):104-8.
  • 37
    Loprinzi PD, Cardinal BJ, Loprinzi KL, Lee H. Benefits and environmental determinants of physical activity in children and adolescents. Obes Facts. 2012;5(4):597-610.
  • 38
    De Lara PZM. Fairness, teachers’ non-task behavior and alumni satisfaction: the influence of group commitment. J Educ Adm. 2008;46(4):514-38.
  • 39
    Higgins JPT, Thompson SG, Deeks JJ, Altman GD. Measuring inconsistency in meta-analyses Julian. BMJ. 2003;327:132-35.
  • 40
    Santos GM, Strathdee SA, El-Bassel N, Patel P, Subramanian D, Horyniak D, Cook RR, McCullagh C, Marotta P, Choksi F, Kang B, Allen I, Shoptaw S. Psychometric properties of measures of substance use: a systematic review and meta-analysis of reliability, validity and diagnostic test accuracy. BMC Med Res Methodol. 2020;20(1):1-22.
  • 41
    Ponterotto JG. An overview of coefficient alpha and a reliability matrix for estimating adequacy of internal consistency coefficients with psychological research measures. Percept Mot Skills. 2007;5(7):997.
  • 42
    Terwee CB, Bot SDM, de Boer MR, van der Windt DA, Knol DL, Dekker J, Bouter LM, de Vet HC. Quality criteria were proposed for measurement properties of health status questionnaires. J Clin Epidemiol. 2007;60(1):34-42.
  • 43
    Prinsen CAC, Vohra S, Rose MR, Boers M, Tugwell P, Clarke M, Williamson PR, Terwee CB. How to select outcome measurement instruments for outcomes included in a ‘Core Outcome Set’ - a practical guideline. Trials. 2016;17(1):1-10.
  • 44
    Hair Jr JF, Hult GTM, Ringle CM, Sarstedt M. A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). 1st ed. Thousand Oaks (CA): Sage publications; 2021. 1-328 p.
  • 45
    Ranasinghe P, Perera YS, Lamabadusuriya DA, Kulatunga S, Jayawardana N, Rajapakse S, Katulanda P. Work-related complaints of arm, neck and shoulder among computer office workers in an Asian country: prevalence and validation of a risk-factor questionnaire. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12(1):68.
  • 46
    Comper MLC, Costa LOP, Padula RS. Quick Exposure Check (QEC): a crosscultural adaptation into Brazilian-Portuguese. Work. 2012;41(Supp1):2056-9.
  • 47
    Karasek R, Brisson C, Kawakami N, Houtman I, Bongers P, Amick B. The Job Content Questionnaire (JCQ): An instrument for internationally comparative assessments of psychosocial job characteristics. J Occup Health Psychol. 1998;3(4):322-55.
  • 48
    de Barros ENC, Alexandre NMC. Cross-cultural adaptation of the Nordic musculoskeletal questionnaire. Int Nurs Rev. 2003;50(2):101-8.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2023
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2023

Histórico

  • Recebido
    22 Mar 2023
  • Aceito
    11 Set 2023
Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 937 Cj2 - Vila Mariana, CEP: 04014-012, São Paulo, SP - Brasil, Telefones: , (55) 11 5904-2881/3959 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: dor@dor.org.br