Acessibilidade / Reportar erro
Jornal de Pediatria, Volume: 94, Número: 2, Publicado: 2018
  • O estabelecimento da respiração nasal deve ser o objetivo final para garantir desenvolvimento craniofacial e respiratório adequados em crianças Editorial

    Torre, Carlos; Guilleminault, Christian
  • Fatores associados à manutenção da amamentação por 12 meses ou mais: revisão sistemática Review Article

    Santana, Géssica S.; Giugliani, Elsa Regina J.; Vieira, Tatiana de O.; Vieira, Graciete O.

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Sintetizar as informações sobre os fatores associados à manutenção da amamentação por 12 meses ou mais. Fontes de dados Foi conduzida revisão sistemática nas bases de dados Pubmed/Medline, Scielo e Lilacs, inclusive artigos publicados em língua portuguesa ou inglesa desde 2004 sobre fatores associados à amamentação por, no mínimo, 12 meses. Excluíram-se artigos de revisão e com delineamento qualitativo. Os fatores foram organizados em quatro níveis de acordo com a proximidade cronológica com o desfecho: distal, intermediário distal, intermediário proximal e proximal; nacionalidade e local/área de residência foram considerados fatores contextuais. Síntese dos dados Identificaram-se 1.174 artigos, dos quais 19 foram selecionados para revisão, sete estudos de coorte e 12 transversais. Dos 75 fatores explorados, 39 mostraram-se associados ao desfecho ao menos uma vez. Os fatores com os maiores percentuais de associações com a manutenção da amamentação por 12 meses ou mais, considerando o número de vezes que foram testados, foram: filhos terem os pais como cuidadores (100%), algum tipo de exposição materna ao fumo (54%), crianças e/ou pais serem imigrantes/estrangeiros (50%), morar em zona urbana (42,9%), maior idade materna (40%), mãe ser casada (37,5%), maior escolaridade materna (31,3%), maior número de filhos (30,8%) e menor renda familiar (30%). Conclusões A manutenção da amamentação por 12 meses ou mais está associada a múltiplos fatores, com destaque para os fatores contextuais e os relacionados a algumas características sociodemográficas das mães. As associações diferem em efeito e magnitude entre as diferentes populações estudadas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective Synthesize the information about the factors associated with maintenance of breastfeeding for 12 months or more. Data source A systematic review was conducted in the Pubmed/Medline, Scielo, and Lilacs databases, including articles published in Portuguese or English since 2004 on the factors associated with breastfeeding maintenance for at least 12 months; review articles and those with qualitative design were excluded. The factors were organized into four levels, according to the chronological proximity to the outcome: distal, distal intermediate, proximal intermediate, and proximal; nationality and place/area of residence were considered contextual factors. Summary of data 1174 articles were identified, of which 19 were included in this review, comprising seven cohort studies and 12 cross-sectional studies. A total of 39 of the 75 assessed factors were associated with the outcome at least once. The factors with the highest percentages of associations with maintenance of breastfeeding for 12 months or more, considering the number of times they were tested were: children whose parents are the caregivers (100%), none type of maternal exposure to smoke (54%), children and/or parents are immigrants/foreigners (50%), live in urban areas (42.9%), older maternal age (40%), married women (37.5%), higher level of maternal education (31.3%), greater parity (30.8%), and lower income (30%). Conclusions The maintenance of breastfeeding for 12 months or more is associated with multiple factors, emphasizing the contextual factors and those related to some maternal sociodemographic characteristics. Associations differ in effect and magnitude between the different populations studied.
  • Influência do modo de respiração sobre o desenvolvimento craniofacial e a postura da cabeça Original Articles

    Chambi-Rocha, Annel; Cabrera-Domínguez, Ma Eugenia; Domínguez-Reyes, Antonia

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo A incidência da respiração anormal e de suas consequências no desenvolvimento craniofacial aumenta e não é limitada a crianças com fácies adenoideanas. O objetivo deste estudo foi avaliar as diferenças cefalométricas nas estruturas craniofaciais e na postura da cabeça entre crianças e adolescentes com respiração nasal e respiração bucal com padrão de crescimento facial normal. Método 98 pacientes com idades entre 7-16 anos com padrão de crescimento facial normal foram avaliados de forma clínica e radiológica. Eles foram classificados como pacientes com respiração nasal ou respiração bucal de acordo com a predominância do modo de respiração por meio da avaliação clínica e histórica e da predominância da frequência respiratória conforme qualificado por um sensor de fluxo de ar. Os pacientes foram divididos em duas faixas etárias (G1: 7 a 9) (G2: 10 a 16) para contabilizar o crescimento normal facial relacionado à idade. Resultados As crianças com respiração bucal (8,0 ± 0,7 anos) mostraram menor dimensão transversal nasofaríngea (MPP) (p = 0,030), ao passo que outras estruturas foram semelhantes a seus pares com respiração nasal (7,6 ± 0,9 anos). Contudo, os adolescentes com respiração bucal (12,3 ± 2,0 anos) mostraram maior comprimento do palato (espinha nasal anterior-espinha nasal posterior [ENA-ENP]) (p = 0,049), maior dimensão vertical na menor face anterior (Xi-ENA-Pm) (p = 0,015) e menor posição do osso hioide a respeito do plano mandibular (H-PM) (p = 0,017) do que seus pares com respiração nasal (12,5 ± 1,9 anos). Não foram constatadas diferenças estatisticamente significativas na postura da cabeça. Conclusão Mesmo em indivíduos com padrão de crescimento facial normal, em comparação com indivíduos com respiração nasal, as crianças com respiração bucal apresentam diferenças nas dimensões das vias aéreas. Entre os adolescentes, essas dissimilaridades incluem estruturas no desenvolvimento facial e na posição do osso hioide.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The incidence of abnormal breathing and its consequences on craniofacial development is increasing, and is not limited to children with adenoid faces. The objective of this study was to evaluate the cephalometric differences in craniofacial structures and head posture between nasal breathing and oral breathing children and teenagers with a normal facial growth pattern. Method Ninety-eight 7-16 year-old patients with a normal facial growth pattern were clinically and radiographically evaluated. They were classified as either nasal breathing or oral breathing patients according to the predominant mode of breathing through clinical and historical evaluation, and breathing respiratory rate predomination as quantified by an airflow sensor. They were divided in two age groups (G1: 7-9) (G2: 10-16) to account for normal age-related facial growth. Results Oral breathing children (8.0 ± 0.7 years) showed less nasopharyngeal cross-sectional dimension (MPP) (p = 0.030), whereas other structures were similar to their nasal breathing counterparts (7.6 ± 0.9 years). However, oral breathing teenagers (12.3 ± 2.0 years) exhibited a greater palate length (ANS-PNS) (p = 0.049), a higher vertical dimension in the lower anterior face (Xi-ANS-Pm) (p = 0.015), and a lower position of the hyoid bone with respect to the mandibular plane (H-MP) (p = 0.017) than their nasal breathing counterparts (12.5 ± 1.9 years). No statistically significant differences were found in head posture. Conclusion Even in individuals with a normal facial growth pattern, when compared with nasal breathing individuals, oral breathing children present differences in airway dimensions. Among adolescents, these dissimilarities include structures in the facial development and hyoid bone position.
  • Desigualdade socioeconômica na obesidade infantil e seus determinantes: decomposição de Oaxaca-Blinder Original Articles

    Kelishadi, Roya; Qorbani, Mostafa; Heshmat, Ramin; Djalalinia, Shirin; Sheidaei, Ali; Safiri, Saeid; Hajizadeh, Nastaran; Motlagh, Mohammad Esmaeil; Ardalan, Gelayol; Asayesh, Hamid; Mansourian, Morteza

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo A obesidade infantil se tornou uma preocupação de saúde prioritária em todo o mundo. A situação socioeconômica (SSE) é um de seus principais determinantes. Este estudo tem como objetivo avaliar a desigualdade socioeconômica com relação à obesidade entre crianças e adolescentes em nível nacional e subnacional no Irã. Métodos Este estudo transversal multicêntrico foi conduzido em 2011-2012 como parte de um programa nacional de vigilância escolar realizado com 40000 alunos, com idade entre 6-18 anos, de áreas urbanas e rurais de 30 províncias do Irã. Utilizando a análise de componentes principais, a SSE dos participantes foi categorizada em quintis. A desigualdade da SSE no excesso de peso foi estimada pelo cálculo da prevalência de excesso de peso (ou seja, sobrepeso, obesidade geral e obesidade abdominal) em todos os quintis da SSE, o índice de concentração (C) e o slope index of inequality (SII). Os determinantes dessa desigualdade foram determinados pela decomposição de Oaxaca-Blinder. Resultados No total, 36529 alunos completaram o estudo (taxa de resposta: 91,32%), dos quais 50,79% eram meninos e 74,23%, habitantes urbanos. A idade média (DP) foi 12,14 (3,36) anos. A prevalência de sobrepeso, obesidade geral e obesidade abdominal foi 11,51%, 8,35% e 17,87%, respectivamente. A SSE com relação a sobrepeso, obesidade e obesidade abdominal foi -0,1, -0,1 e -0,15, respectivamente. O índice C com relação a sobrepeso, obesidade geral e obesidade abdominal foi positivo, o que indica que a desigualdade estava em favor de grupos de baixa SSE. A área de residência, o histórico familiar de obesidade e a idade foram os fatores que mais contribuíram para a desigualdade da prevalência de obesidade observados entre os grupos em SSE mais alta e mais baixa. Conclusão Este estudo fornece informações consideráveis sobre a alta prevalência de excesso de peso em famílias em SSE mais alta em nível nacional e subnacional. Esses achados podem ser usados para comparações internacionais e políticas de saúde, melhorar a programação ao considerar as diferenças em nível subnacional.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective Childhood obesity has become a priority health concern worldwide. Socioeconomic status is one of its main determinants. This study aimed to assess the socioeconomic inequality of obesity in children and adolescents at national and provincial levels in Iran. Methods This multicenter cross-sectional study was conducted in 2011-2012, as part of a national school-based surveillance program performed in 40,000 students, aged 6-18-years, from urban and rural areas of 30 provinces of Iran. Using principle component analysis, the socioeconomic status of participants was categorized to quintiles. Socioeconomic status inequality in excess weight was estimated by calculating the prevalence of excess weight (i.e., overweight, generalized obesity, and abdominal obesity) across the socioeconomic status quintiles, the concentration index, and slope index of inequality. The determinants of this inequality were determined by the Oaxaca Blinder decomposition. Results Overall, 36,529 students completed the study (response rate: 91.32%); 50.79% of whom were boys and 74.23% were urban inhabitants. The mean (standard deviation) age was 12.14 (3.36) years. The prevalence of overweight, generalized obesity, and abdominal obesity was 11.51%, 8.35%, and 17.87%, respectively. The SII for overweight, obesity and abdominal obesity was -0.1, -0.1 and -0.15, respectively. Concentration index for overweight, generalized obesity, and abdominal obesity was positive, which indicate inequality in favor of low socioeconomic status groups. Area of residence, family history of obesity, and age were the most contributing factors to the inequality of obesity prevalence observed between the highest and lowest socioeconomic status groups. Conclusion This study provides considerable information on the high prevalence of excess weight in families with higher socioeconomic status at national and provincial levels. These findings can be used for international comparisons and for healthcare policies, improving their programming by considering differences at provincial levels.
  • Cirurgia torácica vídeoassistida antes e depois de drenagem torácica em crianças com derrame parapneumônico complicado Original Articles

    Knebel, Rogerio; Fraga, Jose Carlos; Amantea, Sergio Luis; Isolan, Paola Brolin Santis

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivos Avaliar a eficácia da cirurgia torácica videoassistida no tratamento de derrame pleural parapneumônico complicado e determinar se há diferença no resultado da cirurgia torácica videoassistida realizada antes ou depois da drenagem torácica. Métodos Analisamos retrospectivamente prontuários médicos de 79 crianças (idade média de 35 meses) submetidas a cirurgia torácica videoassistida de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. O mesmo algoritmo de tratamento foi utilizado no manejo de todos os pacientes. Os pacientes foram divididos em dois grupos: o Grupo 1 foi submetido a cirurgia torácica videoassistida como procedimento inicial; o Grupo 2 foi submetido a cirurgia torácica videoassistida após drenagem torácica prévia. Resultados A cirurgia torácica videoassistida foi eficaz em 73 crianças (92,4%); as outras seis (7,6%) necessitaram outro procedimento. Sessenta pacientes (75,9%) foram diretamente submetidos a cirurgia torácica videoassistida (Grupo 1) e 19 (24%) foram primeiramente submetidos a drenagem torácica (Grupo 2). A cirurgia torácica videoassistida primária foi associada à redução do tempo de internação (p = 0,05), do tempo para resolução (p = 0,024) e do tempo com o tubo torácico (p < 0,001). Contudo, não houve diferença entre os grupos a respeito do tempo até que não tivessem mais febre, do tempo com o tubo torácico e do tempo de internação após a cirurgia torácica videoassistida. Não foram observadas diferenças entre os grupos com relação à necessidade de cirurgia adicional e à presença de complicações. Conclusões A cirurgia torácica videoassistida é um procedimento altamente eficaz para tratar crianças com derrame pleural parapneumônico complicado. Quando a cirurgia torácica vídeoassistida é indicada na presença de loculações (fase II ou fibrinopurulenta) não há diferença no tempo de melhora clínica e no tempo de internação entre os pacientes com ou sem drenagem torácica antes da cirurgia torácica videoassistida.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objectives To evaluate the effectiveness of videothoracoscopic surgery in the treatment of complicated parapneumonic pleural effusion and to determine whether there is a difference in the videothoracoscopic surgery outcome before or after the chest tube drainage. Methods The medical records of 79 children (mean age 35 months) undergoing videothoracoscopic surgery from January 2000 to December 2011 were retrospectively reviewed. The same treatment algorithm was used in the management of all patients. Patients were divided into two groups: in group 1, videothoracoscopic surgery was performed as the initial procedure; in group 2, videothoracoscopic surgery was performed after previous chest tube drainage. Results Videothoracoscopic surgery was effective in 73 children (92.4%); the other six (7.6%) needed another procedure. Sixty patients (75.9%) were submitted directly to videothoracoscopic surgery (group 1) and 19 (24%) primarily underwent chest tube drainage (group 2). Primary videothoracoscopic surgery was associated with a decrease of hospital stay (p = 0.05), time to resolution (p = 0.024), and time with a chest tube (p < 0.001). However, there was no difference between the groups regarding the time until fever resolution, time with a chest tube, and the hospital stay after videothoracoscopic surgery. No differences were observed between groups regarding the need for further surgery and the presence of complications. Conclusions Videothoracoscopic surgery is a highly effective procedure for treating children with complicated parapneumonic pleural effusion. When videothoracoscopic surgery is indicated in the presence of loculations (stage II or fibrinopurulent), no difference were observed in time of clinical improvement and hospital stay among the patients with or without chest tube drainage before videothoracoscopic surgery.
  • Questionário de Hábitos de Sono das Crianças - Versão de Neonatos Original Articles

    Dias, Cláudia Castro; Figueiredo, Bárbara; Pinto, Tiago Miguel

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivos Este estudo propôs uma versão do Questionário de Hábitos de Sono das Crianças para bebés com menos de 12 meses (CSHQ-I). Métodos Amostra composta de 299 bebés, entre duas semanas e 12 meses. Resultados A análise fatorial exploratória revelou quatros subescalas: resistência a ir para a cama, ansiedade do sono, hábitos de sono positivos e sonolência diurna. A escala completa do CSHQ-I apresentou boa confiabilidade teste-reteste e consistência interna. O CSHQ-I também mostrou boa validade concorrente, com associações significativas encontradas entre a escala completa e subescalas do CSHQ-I e uma medida de comportamentos de sono-vigília dos bebés. Conclusões O presente estudo sugeriu o CSHQ-I como um instrumento confiável para avaliar os problemas de sono em bebés durante o primeiro ano de vida.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objectives This study proposed a version of the Children's Sleep Habits Questionnaire for infants under 12 months (CSHQ-I). Methods The sample was comprised of 299 infants, aged between 2 weeks and 12 months. Results Exploratory factor analysis revealed four subscales: Bedtime Resistance, Sleep Anxiety, Positive Sleep Habits, and Daytime Sleepiness. The CSHQ-I total scale presented good test-retest reliability and internal consistency. The CSHQ-I also showed good concurrent validity, with significant associations found between the CSHQ-I total scale and subscales and a measure of infant sleep-wake behaviors. Conclusions The present study suggested the CSHQ-I as a reliable instrument to assess sleep problems in infants during the first year of life.
  • Insatisfação com a imagem corporal e padrões alimentares de acordo com o estado nutricional em adolescentes Original Articles

    Ribeiro-Silva, Rita de Cássia; Fiaccone, Rosemeire Leovigildo; Conceição-Machado, Maria Ester Pereira da; Ruiz, Ana Santos; Barreto, Maurício Lima; Santana, Mônica Leila Portela

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Há poucos dados sobre a associação entre autopercepção corporal e padrões alimentares no Brasil. Assim, este estudo teve como objetivo explorar a relação entre insatisfação com a imagem corporal (IIC) e padrões alimentares de acordo com o estado antropométrico em adolescentes. Métodos Um estudo transversal com 1.496 adolescentes foi conduzido. Os participantes preencheram o Questionário de Imagem Corporal. Dados demográficos, antropométricos e socioeconômicos foram coletados, bem como informações relacionadas ao desenvolvimento puberal e ao consumo alimentar. Foi feita uma regressão logística para avaliar as associações de interesse. Resultados A IIC foi identificada em 19,5% dos adolescentes. Três padrões alimentares foram identificados: (1) O padrão Ocidental, composto de doces e açúcares, refrigerantes, pratos típicos, artigos de pastelaria, fast food, carne bovina, leite e laticínios, (2) o padrão Tradicional, composto de óleos, frango, peixe, ovos, produtos de carne processada, cereais (arroz, farinha de mandioca, massas etc.), feijão cozido e pão e (3) o padrão Restritivo, composto de granola, raízes, verduras e frutas. Entre adolescentes acima do peso/obesos, os dados indicaram uma associação negativa entre IIC leve [RC = 0,240 (0,100; 0,576)] e IIC moderada [RC = 0,235 (0,086; 0,645)] e padrões alimentares ocidentais. Além disso, nesse grupo, houve uma associação positiva entre a IIC grave e o padrão Restritivo [RC = 2,794 (1,178; 6,630)]. Conclusão Entre adolescentes acima do peso/obesos, aqueles com IIC (leve e moderada) apresentaram menor probabilidade de seguir um padrão alimentar Ocidental em comparação com os satisfeitos com sua imagem corporal. Além disso, nesse grupo, adolescentes com IIC grave apresentaram maior probabilidade de seguir um padrão Restritivo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective There is a lack of data on the association between body self-perception and eating patterns in Brazil. Thus, this study aimed to explore the relationship between body image dissatisfaction and eating patterns by the anthropometric status in adolescents. Methods A cross-sectional study of 1496 adolescents was conducted. The participants completed the Body Shape Questionnaire. Demographic, anthropometric, and socioeconomic data were collected, as well as information regarding the pubertal development and dietary intake. Logistic regression was performed to evaluate the associations of interest. Results Body image dissatisfaction was identified in 19.5% of the adolescents. Three dietary patterns were identified: (1) the Western pattern was composed of sweets and sugars, soft drinks, typical dishes, pastries, fast food, beef, milk, and dairy products; (2) the Traditional pattern was composed of oils, chicken, fish, eggs, processed meat products, cereals (rice, cassava flour, pasta, etc.), baked beans, and bread; and (3) the Restrictive pattern was composed of granola, roots, vegetables, and fruit. Among overweight/obese adolescents, the data indicated a negative association of slight body image dissatisfaction (OR: 0.240 [0.100; 0.576]) and moderate body image dissatisfaction (OR: 0.235 [0.086; 0.645]) with the Western dietary pattern. Additionally, in this group, there was a positive association between high body image dissatisfaction and the Restrictive pattern (OR: 2.794 [1.178; 6.630]). Conclusion Amongst overweight/obese adolescents, those with slight and moderate body image dissatisfaction were less likely to follow a Western-like dietary pattern when compared with those satisfied with their body image. Additionally, in this group, adolescents with high body image dissatisfaction was more likely to follow a restrictive pattern.
  • Fatores associados à subestimação do status do peso da criança pelos pais Original Articles

    Warkentin, Sarah; Mais, Laís A.; Latorre, Maria do Rosário D.O.; Carnell, Susan; Taddei, José Augusto A.C.

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Analisar a prevalência de percepção errônea dos pais sobre o status do peso infantil e identificar fatores socioeconômicos, antropométricos, comportamentais e dietéticos associados à subestimação. Método Trata-se de um estudo transversal. Os dados foram coletados em 14 escolas particulares brasileiras. Pais de crianças de dois a oito anos de idade (n = 976) preencheram um questionário autoaplicável sobre sua percepção do estado nutricional do seu filho e informações sociodemográficas, antropométricas, comportamentais e dietéticas. Para medir o grau de concordância entre a percepção dos pais do peso do filho e o peso real do filho, estimamos o coeficiente Kappa e investigamos as associações entre subestimação do pai e variáveis independentes, calculamos o qui-quadrado seguido do modelo de regressão logística múltipla considerando p≤0,05 para significância estatística. Resultados Em geral, 48,05% dos pais classificaram incorretamente o peso de seus filhos; particularmente, 45,08% subestimaram o peso do seu filho e apenas 3% subestimaram o peso infantil. A regressão logística demonstrou que as crianças com maior índice de massa corporal (OR = 2,03; p < 0,001) e os meninos (OR = 1,70; p < 0,001) tinham maior probabilidade de ter seu peso subestimado pelos pais. Conclusão Médicos clínicos devem concentrar suas intervenções nessas crianças para ajudar os pais a avaliar corretamente o seu peso. A consciência dos pais sobre um problema de peso em crianças é essencial para a prevenção e tratamento da obesidade infantil e estilos de vida saudáveis.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The aim of this study was to examine the prevalence of parental misperception of child weight status, and identify socioeconomic, anthropometric, behavioral and dietary factors associated with underestimation. Method Cross-sectional study. Data was collected in 14 Brazilian private schools. Parents of children aged 2-8 years (n = 976) completed a self-reported questionnaire assessing their perception of their child's weight status, and sociodemographic, anthropometric, behavioral and dietary information. To measure the agreement between parental perception about child weight status and actual child weight status, the Kappa coefficient was estimated, and to investigate associations between parental underestimation and independent variables, chi-squared tests were performed, followed by multiple logistic regression, considering p ≤ 0.05 for statistical significance. Results Overall, 48.05% of the parents incorrectly classified their child's weight. Specifically, 45.08% underestimated their child's weight status, with just 3% of parents overestimating. Children with higher body mass index (OR = 2.03; p < 0.001) and boys (OR = 1.70; p < 0.001) were more likely to have their weight status underestimated by parents. Conclusion Since awareness of weight problems is essential for prevention and treatment, clinical practitioners should help parents at high risk of misperception to correctly evaluate their child's weight status.
  • Deficiências de BH4identificadas em um programa de triagem neonatal para hiperfenilalaninemias Original Articles

    Souza, Cezar Antonio Abreu de; Alves, Michelle Rosa Andrade; Soares, Rosangelis del Lama; Kanufre, Viviane de Cássia; Rodrigues, Valéria de Melo; Norton, Rocksane de Carvalho; Starling, Ana Lúcia Pimenta; Aguiar, Marcos José Burle de

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivos Apresentar a prevalência geral e caracterizar as deficiências de tetrahidrobiopterina - BH4 - com hiperfenilalaninemia, identificadas pelo Programa de Triagem Neonatal do Estadode Minas Gerais. Métodos Estudo descritivo de pacientes com deficiência de BH4 do Programa de Triagem Neonatal do Estado de Minas Gerais. Resultados A prevalência encontrada foi de 2,1 para 1.000.000 recém-nascidos vivos e a frequência de 1,71%, dentre as hiperfenilalaninemias. Quatro casos (40%) com deficiência de 6-piruvoil-tetrahidropterina sintase, três com deficiência de GTP ciclohidrolase I e três com deficiência de dihidropteridina redutase (30% cada um). Seis pacientes foram diagnosticadospor suspeita clínica e quatro pela pesquisa sistemática na triagem neonatal. Após o início do tratamento, os pacientes identificados pela triagem neonatal tiveram melhora rápida e melhor desenvolvimento neuropsicomotor em comparação com aqueles diagnosticados pela história clínica. Conclusões A prevalência das deficiências de BH4 em Minas Gerais foi um pouco maior que a encontrada na literatura, mas a frequência, entre as hiperfenilalaninemias, foi semelhante. Embora raras, são graves e, se não tratadas, levam a atraso de desenvolvimento, movimentos anormais, convulsões e morte precoce. O tratamento precoce (início antes dos 5 meses) mostrou bons resultados na prevenção de deficiência intelectual, justificando a pesquisa dessas deficiências nos recém-nascidos com hiperfenilalaninemia pelos programas de triagem neonatalpara fenilcetonúria.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objectives To show the general prevalence and to characterize tetrahydrobiopterin (BH4) deficiencies with hyperphenylalaninemia, identified by the Neonatal Screening Program of the State of Minas Gerais. Methods Descriptive study of patients with BH4 deficiency identified by the Neonatal Screening Program of the State of Minas Gerais. Results The prevalence found was 2.1 for 1,000,000 live births, with a frequency of 1.71% among hyperphenylalaninemias. There were four cases (40%) with 6-pyruvoyl-tetrahydropterin synthase deficiency, three with GTP cyclohydrolase I - autosomal recessive form deficiency, and three with dihydropteridine reductase deficiency (30% each). Six patients were diagnosed due to clinical suspicion and four cases due to systematic screening in neonatal screening. After the start of the treatment, patients identified by neonatal screening had rapid improvement and improved neuropsychomotor development compared to those diagnosed by the medical history. Conclusions The prevalence of BH4 deficiencies in Minas Gerais was slightly higher than that found in the literature, but the frequency among hyperphenylalaninemias was similar. Although rare, they are severe diseases and, if left untreated, lead to developmental delays, abnormal movements, seizures, and premature death. Early treatment onset (starting before 5 months of age) showed good results in preventing intellectual disability, justifying the screening of these deficiencies in newborns with hyperphenylalaninemia identified at the neonatal screening programs for phenylketonuria.
  • Agregação dos indicadores de risco à saúde cardiometabólica e musculoesquelética em adolescentes brasileiros nos períodos de 2008/09 e 2013/14 Original Articles

    Gaya, Anelise R.; Dias, Arieli F.; Lemes, Vanilson B.; Gonçalves, Juliana Correa; Marques, Priscila A.; Guedes, Gabriela; Brand, Caroline; Gaya, Adroaldo C.A.

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Verificar a ocorrência de risco agregado à saúde cardiometabólica e musculoesquelética de adolescentes brasileiros no período de 2008/09 e 2013/14 e identificar se existem diferenças no risco entre os sexos e nesses períodos. Métodos Trata-se de um estudo epidemiológico de tendência com abordagem quantitativa, composto por uma amostra voluntária de adolescentes, de 16 estados brasileiros. Os dados foram extraídos da base de dados do Projeto Esporte Brasil. A aptidão física relacionada a saúde foi avaliada a partir de: índice de massa corporal, aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade, e força/resistência abdominal. Para o tratamento estatístico foi utilizado análise descritiva, qui-quadrado e regressão Poisson log. Resultados Nos anos de 2008/09, 14,6% de jovens brasileiros apresentaram risco à saúde cardiometabólica agregada e 17,1% risco agregado dos indicadores musculoesqueléticos. Enquanto em 2013/14, os valores dos indicadores de risco foram, respectivamente 40,0% e 22,4%. Observou-se que nos anos de 2013/14 o risco à saúde cardiometabólica dos meninos era 2,51 vezes maior que em 2008/09. Já para as meninas o aumento desse risco foi de 3 vezes. No que se refere à saúde musculoesquelética, as meninas apresentaram risco de 2,21 de estar na zona de risco em 2013/14 em relação à 2008/09. Conclusão A ocorrência de risco agregado à saúde cardiometabólica e musculoesquelética de adolescentes brasileiros aumentou nos períodos de 2008/09 e 2013/14. Com relação ao sexo houve um aumento no risco cardiometabólico e musculoesquelético nas meninas entre esses períodos. Já para os meninos houve aumento apenas do risco cardiometabólico.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To assess the occurrence of an aggregate risk to cardiometabolic and musculoskeletal health of Brazilian adolescents in the period 2008/09 and 2013/14 and to identify whether there are differences in risk between the genders and in these periods. Methods This was a trend epidemiological study with a quantitative approach, consisting of a voluntary sample of adolescents from 16 Brazilian states. Data were extracted from the database of Brazil Sports Project (Projeto Esporte Brasil). Health-related physical fitness was evaluated based on body mass index, cardiorespiratory fitness, flexibility, and abdominal strength/resistance. Descriptive analysis, chi-squared test, and Poisson log regression were used for the statistical treatment. Results In the years 2008/09, 14.6% of Brazilian youngsters showed an aggregate risk to cardiometabolic health and 17.1% an aggregate risk for musculoskeletal indicators, whereas in 2013/14, the values of the risk indicators were, respectively 40.0% and 22.4%. It was observed that, in the years 2013/14, the risk to the cardiometabolic health of boys was 2.51 times greater than in 2008/09, while for girls, a three-fold increase in risk was observed. Concerning musculoskeletal health, girls showed a 2.21 risk of being in the risk zone in 2013/14 when compared with 2008/09. Conclusion The occurrence of an aggregate risk to the cardiometabolic and musculoskeletal health of Brazilian adolescents increased in the 2008/09 and 2013/14 periods. Regarding gender, an increase in the cardiometabolic and musculoskeletal risk between these periods was observed in girls. As for boys, an increase was observed only in cardiometabolic risk.
  • Peso ao nascer e sua associação com pressão arterial e estado nutricional em adolescentes Original Articles

    Ferreira, Vanessa Roriz; Jardim, Thiago Veiga; Póvoa, Thais Rolim; Mendonça, Karla Lorena; Nascente, Flávia Noggueira; Carneiro, Carolina Sousa; Barroso, Weimar Sebba; Morais, Polyana; Peixoto, Maria Gondim; Sousa, Ana Luiza Lima; Jardim, Paulo Cesar Brandão Veiga

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O manejo de crianças com baixo peso ao nascer não é o mesmo em países com diferentes recursos. Investigamos a associação do peso ao nascer com a pressão arterial e o estado nutricional em uma amostra representativa de adolescentes de uma capital brasileira com o objetivo de identificar possíveis consequências destas diferenças. Métodos Estudo transversal de base escolar conduzido com adolescentes (12-18 anos) matriculados em escolas públicas e privadas. Investigou-se o peso ao nascer, a pressão arterial, e o estado nutricional, por meio do índice de massa corporal, do escore z de estatura para idade e da circunferência da cintura. Resultados Um total de 829 adolescentes com uma idade média 14.6 ± 1.62 anos foram incluídos, 43.3% do sexo feminino e 37.0% de escolas privadas. A prevalência de baixo peso ao nascer foi 8.7%. Baixa estatura leve foi mais prevalente nos adolescentes com peso ao nascer baixo/insuficiente (11.7 × 4.2% - p < 0.001). Na análise de regressão linear múltipla, para cada aumento de 100 g no peso ao nascer, a estatura aumentou em 0.28 cm (IC 95% = 0.18-0.37; p < 0.01). O peso ao nascer não influenciou a pressão arterial (casual e residencial), o índice de massa corporal e a circunferência da cintura dos adolescentes. Conclusões O peso ao nascer esteve diretamente associado à altura, mas não associado à pressão arterial, índice de massa corporal e circunferência da cintura em adolescentes de uma área urbana de um país em desenvolvimento.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The management of children with low birth weight is not the same in countries with different resources. The authors assessed the association of birth weight with blood pressure and nutritional status in a representative sample of adolescents from a Brazilian state, aiming to identify possible consequences of these differences. Methods A cross-sectional school-based study was conducted with adolescents (12-18 years) enrolled in public and private schools. Birth weight, office blood pressure, home blood pressure measurements, and nutritional status (body mass index, height z-score for the age, and waist circumference) were assessed. The association of birth weight with the outcomes (blood pressure, height, body mass index, and waist circumference) was studied through univariate and multivariable linear regression models. Results A total of 829 adolescents with a mean age of 14.6 ± 1.62 years were included; 43.3% were male, and 37.0% from private schools. The prevalence of low birth weight was 8.7%. Mild low height prevalence was higher among those adolescents with low/insufficient birth weight when compared to those with normal/high birth weight (11.7 vs. 4.2%; p < 0.001). In the multiple linear regression analysis, for each increase of 100 g in birth weight, height increased by 0.28 cm (95% CI: 0.18-0.37; p < 0.01). Birth weight did not influence office blood pressure and home blood pressure, body mass index, or waist circumference of adolescents. Conclusions Birth weight was directly associated to height, but not associated to blood pressure, body mass index, and waist circumference in adolescents from an urban area of a developing country.
  • Adaptação transcultural e validação da Karitane Parenting Confidence Scale para avaliação da confiança materna para uso no Brasil Original Articles

    Pereira, Lívia W.; Bernardi, Juliana R.; Matos, Salete de; Silva, Clecio H. da; Goldani, Marcelo Z.; Bosa, Vera L.

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivos Adaptar transculturalmente e validar a ferramenta Karitane Parenting Confidence Scale para a língua portuguesa e cultura brasileira, além de verificar a associação de seus resultados com as características sociodemográficas maternas. Metodologia Trata-se da validação e adaptação transcultural aninhada a estudo observacional longitudinal feito em Porto Alegre (RS), com puérperas de diferentes condições gestacionais e perinatais. Os processos ocorreram mediante autorização dos autores originais da escala Karitane Parenting Confidence Scale para a tradução para o português brasileiro, montagem de versão unificada, retradução, análise por experts, aplicação da versão final e validação. Realizou-se a análise Alpha de Cronbach. Para a comparabilidade entre os grupos do estudo utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis com post hoc de Dunn. As características socioeconômicas e demográficas das puérperas, obtidas através de questionário estruturado nas 24-48 h pós-parto, foram relacionadas com a confiança materna obtida através da aplicação da escala, utilizando-se a correlação de Spearman e o teste de Mann-Whitney. Resultados A amostra foi composta por 251 puérperas, com a aplicação do questionário sobre confiança materna aos 15 dias pós-parto. A mediana da pontuação de confiança materna foi 40,00 [37,00-43,00]. O protocolo obteve valor de Alpha de Cronbach de 0,717. Houve correlações fracas significativas positivas entre confiança e idade materna (p = 0,013; r = 0,157) e entre confiança e escolaridade materna (p = 0,048; r = 0,125). Além disso, houve associação significativa entre a confiança materna e a paridade (p = 0,030). Conclusão A adaptação transcultural e validação da ferramenta sobre a confiança materna para o português brasileiro mostrou boa confiabilidade. Os resultados de sua aplicação demonstraram que a confiança materna esteve associada à escolaridade, à idade e à paridade.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objectives To transculturally adapt and validate the Karitane Parenting Confidence Scale to the Brazilian Portuguese language and culture and verify the combination of the results with the maternal sociodemographic characteristics. Methodology This is a validation and transcultural adaptation nestled in a longitudinal and observational study in Porto Alegre, RS, Brazil, assessing mother-infant pairs from different gestational and perinatal environments. The original authors authorized the translation into Brazilian Portuguese, unified version creation, back-translation, analysis by specialists, final version implementation, and acceptance. Cronbach's alpha analysis was performed. The Kruskal-Wallis test with post-hoc Dunn's test was used to compare the study groups. Socioeconomic and demographic characteristics, obtained through a questionnaire in the first 24-48 h of the newborns' life, were associated with maternal results by the Brazilian version of the scale, using Spearman's correlation and Mann-Whitney's test. Results The sample consisted of 251 postpartum women, with the confidence maternal questionnaire being applied at 15 days postpartum. The median score of the mothers' confidence was 40.00 (37.00-43.00). The protocol obtained a Cronbach's alpha of 0.717. There were significant weak positive correlations between maternal confidence and age (p = 0.013, r = 0.157) and between maternal confidence and schooling (p = 0.048, r = 0.125). Additionally, a significant association was observed between maternal confidence and parity (p = 0.030). Conclusion The transcultural adaptation and validation of the confidence maternal questionnaire into Brazilian Portuguese language and culture showed good reliability for this sample. The results of its use demonstrated that maternal confidence was associated with schooling, age and parity.
  • Prevalência de natimortos no Brasil: investigação de diferenças regionais Original Articles

    Carvalho, Taiana Silva; Pellanda, Lucia Campos; Doyle, Pat

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O Brasil é um país grande, heterogêneo e diverso, marcado por desigualdades sociais, econômicas e regionais. A natimortalidade é uma preocupação global, principalmente em países de renda baixa e média. Este estudo investigou a prevalência e os possíveis determinantes da natimortalidade em diferentes regiões do Brasil. Métodos Estudo transversal que incluiu todas as mulheres em idade reprodutiva que estiveram grávidas nos últimos cinco anos registradas na Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS-2006/07). A regressão logística foi usada para avaliar a relação entre região e outras características maternas e risco de natimortalidade. Resultados A prevalência de natimortos no Brasil foi de 14,82 a cada 1.000 nascimentos, com grande variação de acordo com a região do país e uma prevalência mais alta entre as mais precárias. As regiões Norte e Nordeste tiveram as taxas de natimortalidade mais altas em comparação com a região Centro-Oeste, que perdurou após o ajuste das diversas variáveis de confusão - inclusive nível de pobreza e etnia. A baixa idade e a obesidade maternas também estavam relacionadas a taxas de natimortalidade mais elevadas. Conclusão No Brasil, a região influencia o risco de natimortalidade, com riscos muito mais altos no Norte e no Nordeste. A variação no nível de pobreza não explica esse achado. Futuras pesquisas sobre o assunto devem explorar outras possíveis explicações, como cuidado pré-natal e tipo de parto, bem como o papel dos sistemas de saúde público e privado com relação à natimortalidade. As estratégias de prevenção devem ser direcionadas a essas regiões historicamente desfavorecidas, como garantir acesso e qualidade da assistência durante a gravidez e perto do momento do nascimento.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective Brazil is a large, heterogeneous, and diverse country, marked by social, economic, and regional inequalities. Stillbirth is a global concern, especially in low- and middle-income countries. This study investigated the prevalence and possible determinants of stillbirth in different regions of Brazil. Methods This is a cross-sectional study including all women of reproductive age who had had a pregnancy in the last five years, enrolled in the most recent Brazilian Demographic and Health Survey (DHS/PNDS-2006/07). Logistic regression was used to assess the association between region and other maternal characteristics and stillbirth risk. Results The prevalence of stillbirth in Brazil was 14.82 per 1000 births, with great variation by region of the country, and a higher prevalence among the most deprived. The North and Northeast regions had the highest odds of stillbirth compared to the Center-West, which persisted after adjustment for multiple confounders - including deprivation level and ethnicity. Low maternal age and maternal obesity were also related to higher odds of stillbirth. Conclusion In Brazil, the region influences stillbirth risk, with much higher risk in the North and Northeast. Variation in socioeconomic level does not explain this finding. Further research on the subject should explore other possible explanations, such as antenatal care and type of delivery, as well as the role of the private and public health systems in determining stillbirth. Preventive strategies should be directed to these historically disadvantaged regions, such as guaranteeing access and quality of care during pregnancy and around the time of birth.
  • Estado nutricional de vitamina A de puérperas de alta e baixa renda e seu efeito sobre o colostro e a necessidade do recém-nascido a termo Original Articles

    Gurgel, Cristiane Santos Sânzio; Grilo, Evellyn C.; Lira, Larissa Q.; Assunção, Débora G.F.; Oliveira, Priscila G.; Melo, Larisse R.M. de; Medeiros, Silvia V. de; Pessanha, Luanna C.; Dimenstein, Roberto; Lyra, Clélia O.

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar o estado nutricional de vitamina A no soro e colostro de puérperas com diferentes condições de renda, comparando os níveis de retinol fornecido através do colostro coma necessidade de vitamina A do recém-nascido. Métodos Estudo transversal com 424 mulheres pós-parto. A ingestão de vitamina A dietética pelas mães foi estimada através de um questionário de frequência do consumo alimentar. Os níveis retinol no soro e colostro foram quantificados por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Concentrações de retinol <20 µg/dL no soro foram indicativas de vitamin A deficiency. Os níveis de vitamina A fornecidas pelo colostro < 400 µg/RAE/dia foram considerados insuficientespara os recém-nascidos a termo. Resultados A ingestão média de vitamina A das mães durante a gravidez foi de 872,2 ± 639,2 µgRAE/dia em mulheres de baixa renda e 1169,2 ± 695,2 µgRAE/dia em mulheresde alta renda (p < 0,005). A prevalência de vitamin A deficiency foi de 6,9% (n = 18) no grupo de baixa renda e de 3,7% (n = 6) no grupo de alta renda. A estimativa dos valores médios de ingestão de retinol por lactentes de mães de baixa e alta renda foi de 343,3 µg/RAE/dia (85,8%AI) e 427,2 µg/RAE/dia (106,8% AI), respectivamente. Conclusões A vitamin A deficiency no soro foi prevalente em ambas as populações, entretanto, recém-nascidos de mães de baixa renda foram mais propensos a receberem níveis inferiores de retinol no colostro em comparação com recém-nascidos de mães de alta renda.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate the vitamin A status in serum and colostrum of postpartum women with different socioeconomic status, comparing the colostrum retinol supply with the vitamin A requirement of the newborn. Methods Cross-sectional study conducted with 424 postpartum women. Vitamin A maternal dietary intake was estimated using a food frequency questionnaire. Colostrum and serum retinol levels were measured by high performance liquid chromatography (HPLC). Serum retinol concentrations <20 µg/dL were indicative of vitamin A deficiency (VAD). Vitamin A levels provided by colostrum <400 µgRAE/day were considered as insufficient for term newborns. Results The mean maternal vitamin A intake during pregnancy was 872.2 ± 639.2 µgRAE/day in low-income women and 1169.2 ± 695.2 µgRAE/day for high-income women (p < 0.005). The prevalence of vitamin A deficiency was 6.9% (n = 18) in the low-income group and 3.7% (n = 6) in the high-income group. The estimated mean retinol intake by infants of the high- and low-income mothers were 343.3 µgRAE/day (85.8% AI) and 427.2 µgRAE/day (106.8% AI), respectively. Conclusions Serum vitamin A deficiency was considered a mild public health problem in both populations; however, newborns of low-income women were more likely to receive lower retinol levels through colostrum when compared with newborns of high-income mothers.
  • Errata de "Versão curta do inventário de necessidades da família na unidade de cuidados intensivos neonatais"

Sociedade Brasileira de Pediatria Av. Carlos Gomes, 328 cj. 304, 90480-000 Porto Alegre RS Brazil, Tel.: +55 51 3328-9520 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: jped@jped.com.br