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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 27, Número: 11, Publicado: 2005
  • Pesquisas com células embrionárias e reprodução assistida Editorial

    Ferriani, Rui Alberto
  • Aspectos histológicos do ovário de coelhas após criopreservação Artigos Originais

    Thomaz, Beatriz Angélica Charlotte; Biondo-Simões, Maria de Lourdes Pessole; Almodin, Carlos Gilberto; Minguetti-Camara, Vânia Cibele; Ceschin, Álvaro Pigato; Ioshii, Sergio Ossamu

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a preservação folicular e as características celulares do tecido ovariano criopreservado, em coelhas. MÉTODOS: fez-se, sob anestesia, a ooforectomia direita de dez coelhas brancas, adultas. Dissecou-se o ovário mantendo-se o córtex com espessura de 1,5 milímetros. Fragmentou-se o tecido em pequenas secções, algumas para o estudo histológico de controle e outras destinadas à criopreservação pelo protocolo de congelamento lento. Passadas seis semanas efetuou-se o descongelamento e fez-se a avaliação histológica. As amostras do controle e do experimento, após processamento, foram coradas pela hematoxilina-eosina para identificação dos aspectos histológicos e submetidas à técnica imuno-histoquímica utilizando-se o PCNA (proliferating cell nuclear antigen) para a avaliação da viabilidade celular. Utilizaram-se os testes não paramétricos "comparação entre duas proporções" e Mann-Whitney e o teste paramétrico t de Student. RESULTADOS: observou-se que no tecido criopreservado só persistiram oócitos primordiais. Entre as alterações reversíveis identificaram-se: vacuolização citoplasmática em todas as amostras (p=0,039), lise estromal em 50% (p=0,648) e oócitos com contornos irregulares em 80% (p=0,007). Encontraram-se alterações irreversíveis como degeneração hialina e picnose em 30% das amostras (p=0,210). A análise imuno-histoquímica demonstrou os folículos, em diferentes estágios de desenvolvimento, no tecido não congelado e folículos primordiais no tecido criopreservado com positividade para o PCNA, indicando a presença de DNA ativo. CONCLUSÃO: no tecido ovariano criopreservado sobrevivem apenas os folículos primordiais; existem alterações histológicas reversíveis (vacuolização citoplasmática, lise estromal, fragmentação das células da granulosa e oócitos com contornos irregulares); alterações irreversíveis, em níveis não significantes (degeneração hialina e picnose) e presença de PCNA positivo em todos os folículos.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate follicular preservation and histologic characteristics of the cryopreserved ovarian tissue and to compare with the fresh one, in rabbits. METHODS: ten adult female white rabbits were submitted to right oophorectomy. The dried ovary was dissected and the cortex was maintained with approximately 1.5 millimeter thickness. The tissue was fractionated into small sections, some reserved for control histologic study and others destined for cryopreservation. Six weeks later the ovarian tissue was thawed and evaluated histologically. After histologic processing, the control and the experimental samples were stained with hematoxylin and eosin and treated immunohistochemically by the PCNA technique for evaluation of DNA preservation. Histologic alterations present in the fresh and in the cryopreserved tissues were identified, and cryopreserved tissue viability was evaluated. RESULTS: in the cryopreserved tissue only primordial follicles persisted. Reversible alterations were identified: cytoplasmatic vacuolation (p=0,039), stromal lysis (p=0.648) and oocytes with irregular contours (p=0.007). Irreversible alterations: (hyalin degeneration and pyknosis) were found, but not at significant levels (p=0.210). The immunohistochemical analysis showed PCNA staining of follicles at different stages of development in the fresh tissue and primordial follicles in the cryopreserved tissue, indicating the presence of active DNA in both tissues. CONCLUSION: in the cryopreserved ovarian tissue the following were observed: survival of only primordial follicles; significant reversible histologic alterations (cytoplasmic vacuolation, stromal lysis and oocytes with irregular contours); irreversible alterations (hyalin degeneration and pyknosis), and PCNA staining of all follicles.
  • Detecção e exérese de lesões mamárias não palpáveis orientadas por cirurgia radioguiada com injeção de ar para controle radiológico Artigos Originais

    Machado, Rafael Henrique Szymanski; Oliveira, Afrânio Coelho de; Rocha, Augusto César Peixoto; Souza, Sérgio Augusto Lopes de; Martins, Flávia Paiva Proença; Gutfilen, Bianca; Fonseca, Lea Mirian Barbosa da

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a eficiência da localização e exérese por cirurgia radioguiada de lesões ocultas mamárias utilizando radiofármaco injetado diretamente no interior das lesões ou até dois centímetros destas com posterior injeção de ar como controle radiológico. MÉTODOS: vinte e nove pacientes com 32 lesões mamárias ocultas, detectadas por mamografia ou ultra-sonografia, classificadas como Bi-Rads® 3, 4 e 5 foram incluídas neste estudo observacional com resultados expressos em percentagens. O radiofármaco utilizado foi o macroagregado de albumina marcado com tecnécio-99m (99mTc-MAA) injetado por orientação mamográfica ou guiado por ultra-sonografia. A injeção do radiofármaco foi seguida pela imediata administração de ar, através da agulha da estereotaxia, visando o controle radiológico da injeção do radiofármaco. A biopsia excisional foi feita com o auxílio do aparelho portátil gamma-probe (detector de radiação gama) e a remoção completa das lesões foi verificada pela radiografia das peças cirúrgicas ou por exame por congelação intra-operatório. RESULTADOS: câncer de mama foi encontrado em 10% (1/10) das lesões BI-RADS® 3, em 31,5% (6/19) das BI-RADS® 4 e em 66,6% (2/3) das BI-RADS® 5. As 29 pacientes corresponderam a 32 espécimes, cirúrgicos. O radiofármaco foi corretamente posicionado em 96,8% (31/32) dos espécimes permitindo remoção de 96,8% das lesões mamárias não palpáveis estudadas. A completa remoção da lesão foi demonstrada pela radiografia das peças em 23 casos (71,8%), pelo estudo intra-operatório por congelação em 21,8% (7/32) e por ambos os métodos em 6,2% (2/32). CONCLUSÃO: a cirurgia radioguiada é importante instrumento na remoção de lesões mamárias não palpáveis, tratando-se de método simples, rápido e exeqüível que pode ser implementado na rotina clínica dessas pacientes.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to asses the efficiency of the radioguided localization and removal of occult breast lesions using radiopharmaceuticals injected directly into the lesions or close to them with posterior air injection as a radiological control. METHODS: twenty-nine consecutive patients with thirty-two occult breast lesions detected mammographically or by ultrasound, and categorized 3, 4 and 5 BI-RADS®, were included in this observational study with results expressed in percentages. The radiopharmaceutical used was human serum albumin labeled with 99mTc-HSA injected inside or close to the lesion using mammographic or ultrasonographic guidance. The injection of the radiopharmaceutical was followed immediately by air injection through the needle used for stereotaxis as a radiological control of the radiopharmaceutical placement. The excision biopsy was carried out with the aid of a hand-held gamma-detecting probe and the entire removal of the lesion was verified by X-ray of the surgical specimens or by intraoperative frozen section examination. RESULTS: breast cancer was found in 10.0% (1/10) of the 3 BI-RADS® lesions, in 31.5% (6/19) of the 4 BI-RADS® and in 66.6% (2/3) of the 5 BI-RADS®. The radiotracer was correctly positioned in 96.8% of the specimens (31/32) allowing the removal of also 96.8% of the studied non-palpable breast lesions. To show the entire removal, X-ray was used in 23 cases (71.8%), intraoperative frozen section study in 21.8% (7/32) and both methods in 6.2% (2/32). CONCLUSIONS: radioguided surgery showed to be an important tool in the removal of non-palpable breast lesions, as a simple, fast and feasible method that can be implemented in the clinical routine of these patients.
  • Estadiamento inicial dos casos de câncer de mama e colo do útero em mulheres brasileiras Artigos Originais

    Thuler, Luiz Claudio Santos; Mendonça, Gulnar Azevedo

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: analisar a evolução temporal do estadiamento no momento do diagnóstico dos casos de câncer de mama e do colo do útero em mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). MÉTODOS: em uma primeira etapa foram identificados os relatórios disponíveis contendo a descrição do estadiamento clínico inicial dos casos de câncer atendidos nos hospitais brasileiros. Considerando-se sua escassez e pouca representatividade, realizou-se uma segunda etapa na qual foi efetuada busca ativa de informações. Uma planilha foi enviada por via postal a todos (n=173) os Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) cadastrados pelo Ministério da Saúde para atendimento ao SUS solicitando informações para o período compreendido entre 1995 e 2002. Para a análise estatística foi utilizado o programa "R". Os resultados são apresentados como percentuais e boxplots. RESULTADOS: na primeira etapa (1990-1994) foram identificadas informações de 18 hospitais, referentes a 7.458 pacientes com câncer de mama e 7.216 pacientes com câncer do colo do útero. A mediana de casos diagnosticados em estádio avançado (estádios III e IV) foi de 52,6 e 56,8%, respectivamente. Na segunda etapa (1995-2002) foram obtidas informações de 89 hospitais e 7 serviços isolados de quimioterapia ou radioterapia, referentes a 43.442 casos de câncer de mama e 29.263 casos de câncer de colo do útero. A taxa de resposta, baseada na listagem inicial de CACONs, foi de 55%. A mediana do percentual de pacientes em estádio avançado foi de 45,3% para os casos de câncer de mama e de 45,5% para os casos de câncer do colo do útero. CONCLUSÕES: no Brasil, poucos estudos analisaram as tendências temporais do estadiamento dos casos de câncer. Os dados obtidos a partir dos registros hospitalares de Câncer mostraram que, na última década, houve redução no percentual de casos de câncer de mama e do colo do útero em estádio avançado, o que pode indicar que nas regiões onde estes hospitais estão localizados houve melhora na detecção precoce destes tipos de câncer.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to analyze time trends in the clinical staging at the moment of diagnosis in patients with breast and cervix cancer based on data produced by the Brazilian Public Health System (SUS). METHODS: in the first part of this study we identified the published documents describing clinical staging of patients at the moment of diagnosis. Considering their scarcity and poor representativity we conducted the second part of this study through an active search for information. A form was sent via regular mail to all cancer centers in the country (n=173) requesting information about the tumor site and stage at diagnosis by year, in the period of 1995-2002. The statistical analysis was performed using the "R" statistical package. The results are reported as percentage and boxplots. RESULTS: in the first part of the study (1990-1994) we described data from 18 hospitals concerning 7,458 patients with breast cancer and 7,216 patients with cervix cancer. The median of the percentage of cancers diagnosed at an advanced stage (stages III or IV) was 52.6 and 56.8%, respectively. In the second part of the study (1995-2002) data were collected from 89 cancer hospitals and 7 chemotherapy or radiotherapy clinics. There was a total of 43,442 cases of breast cancer and 29,263 of cervix cancer. The response rate based on the potential contact list was 55%. The median percentage of patients in advanced stage was 45.3% for breast cancer and 42.5% for cervix cancer. CONCLUSIONS: few studies have examined the time trends in staging of cancer at diagnosis in Brazilian hospitals. Data obtained from Hospital Cancer Registries showed that in the last decade there was a reduction in the percentage of cervix and breast cancer at the advanced stage. This reduction can be due to an improvement in early detection of these cancers.
  • Resultados das técnicas de reprodução assistida em mulheres doadoras de oócitos no ciclo de tratamento Artigos Originais

    Cavalcante, Edvaldo; Juliano, Yara; Pereira, Dirceu Mendes; Catafesta, Edir; Shimabukuro, Litsuko; Cury, Maria Cristina Faria da Silva; Cavagna, Mario

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: comparar os resultados de ciclos de reprodução assistida em mulheres doadoras de oócitos no ciclo de tratamento com o de mulheres não doadoras. MÉTODOS: foram avaliadas, retrospectivamente, as taxas de gravidez, implantação e abortamento de 50 pacientes que doaram oócitos durante o ciclo de reprodução assistida (grupo de doadoras) e de 50 pacientes que não doaram oócitos (grupo de não-doadoras), em clínica privada de reprodução assistida em São Paulo, entre os anos de 2001 e 2003. Os critérios de inclusão no estudo foram os seguintes: idade menor que 35 anos; ciclos menstruais regulares; dosagem basal de FSH<10 mUI/mL; pacientes submetidas à primeira tentativa de fertilização assistida; recuperação de mais de seis oócitos maduros após a aspiração folicular. Os resultados foram analisados estatisticamente por meio do teste do chi2. RESULTADOS: ambos os grupos eram comparáveis em termos de idade, indicação e duração da infertilidade. A média de idade no grupo de doadoras foi de 30,6 anos e no grupo de não doadoras, 31,1 anos. Todas as pacientes tiveram mais do que seis oócitos aspirados e identificados. No grupo de doadoras foram recuperados 590 oócitos e 215 oócitos foram doados para receptoras (36,5%), levando à transferência de 152 embriões. Foram obtidas 15 gestações (30% por transferência), com 2 abortamentos (13,3%), sendo que a taxa de implantação foi de 11,2%. No grupo de não-doadoras, recuperaram-se 545 oócitos e foram transferidos 153 embriões. Foram obtidas 17 gravidezes (34% por transferência) e houve três abortamentos (17,6%). A taxa de implantação foi de 14,3%. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos no que se refere às taxas de gravidez, implantação e abortamento (p>0,05). CONCLUSÃO: em pacientes que recuperam mais de seis oócitos, a doação de oócitos no ciclo de tratamento não prejudica os resultados dos ciclos de reprodução assistida e não eleva as taxas de abortamento.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to compare the outcome of treatment in patients undergoing assisted reproductive technology (ART) cycles who donated eggs during their own ART treatment with the outcome of patients undergoing ART without egg donation. METHODS: we studied retrospectively the pregnancy and implantation rates of 50 patients who donated eggs during the course of their ART treatment (donor group), and the pregnancy and implantation rates of 50 patients who underwent ART cycles and kept all their eggs (non-donor group). between the years 2001-2003. The inclusion criteria used were as follows: age <35 years old, normal menstrual cycles, FSH<10 mIU/mL, first attempt of ART treatment and more than six mature oocytes retrieved. The results were analyzed statistically using the chi2 test. RESULTS: both groups were comparable in terms of age, indication, and duration of infertility. The mean age was 30.6 years for the donor group and 31.1 years for the non-donor group. All the patients of the donor group produced more than 6 eggs. From the donor group we collected 590 oocytes; 215 eggs were donated to recipients (36.5%) and 152 embryos were transferred. A total of 15 pregnancies were achieved (pregnancy rate per transfer: 30%); the implantation rate was 11.2% and there were 2 miscarriages (miscarriage rate: 13.3%). From the non-donor group, 545 oocytes were collected and 153 embryos were transferred. A total 17 pregnancies were achieved (pregnancy rate per transfer: 34%); the implantation rate was 14.3% and there were 3 miscarriages (miscarriage rate: 17.6%). The pregnancy and implantation rates were similar in both groups, and there were no significant statistical differences regarding the miscarriage rate (p>0.05). CONCLUSION: this study suggests that in patients who produce more than 6 oocytes, egg donation in the treatment cycle does not influence adversely the outcome of ART cycles and does not increase the miscarriage rate.
  • Caracterização da inviabilidade evolutiva de embriões visando doações para pesquisas de células-tronco Artigos Originais

    Donadio, Nilka Fernandes; Donadio, Nilson; Celestino, Carlos Oliveira; Aoki, Tsutomu

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: estabelecer quais as características que definem um embrião como inviável, tornando-o passível de doação para pesquisa com células-tronco. MÉTODOS: avaliação retrospectiva de ciclos de fertilização in vitro realizados entre janeiro de 1995 a 2005. Foram selecionados ciclos nos quais se transferiram para a cavidade uterina embriões com classificações morfológicas iguais entre si. Desta forma, avaliaram-se as taxas de gravidez, implantação e involução de sacos gestacionais dos embriões frescos e criopreservados, distribuídos em grupos, de acordo com sua morfologia. Foram considerados embriões tipo A aqueles simétricos e sem fragmentação; tipo B, assimétricos ou com até 25% de fragmentação; tipo C, com 25 a 50% do seu volume ocupado por fragmentos, e tipo D, aqueles com 50% ou mais de fragmentação. Para as análises estatísticas utilizaram-se os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. RESULTADOS: em 87 ciclos foram transferidos 172 embriões tipo D, obtendo-se 11% de gravidez, embora somente metade dos embriões inicialmente implantados manteve sua evolução. Já embriões de mesma morfologia quando criopreservados, após descongelamento, não mostraram capacidade evolutiva, apresentando, a partir da transferência de 113 embriões em 36 ciclos, somente uma implantação, perfazendo uma diminuta taxa de 3% de gravidez. A única gestação obtida involuiu antes da 12ª semana de gestação. CONCLUSÃO: embriões de baixos escores morfológicos não podem ser considerados inviáveis por serem capazes, embora com uma freqüência muito baixa, de promoverem gestação. Mas estes mesmos embriões, quando criopreservados e posteriormente transferidos após descongelamento, mostraram taxa de gravidez irrisória, além de não resultarem em gravidez viável. Logo, quando extranumerários, os embriões tipo D não deveriam ser criopreservados, podendo então, ao invés de serem descartados, ser doados para pesquisa de células-tronco embrionárias.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to define the characteristics of unviable embryos that may be donated for stem-cell research. METHODS: a retrospective evaluation of in vitro fertilzation cycles between January 1995 and January 2005 was structured. Cycles were chosen in which the embryos transferred to the uterine cavity had the same morphological characteristics. Subsequently, the rates of pregnancy, implantation, and involution of the gestational sacs of the fresh embryos as well as of those cryopreserved were analyzed and distributed into groups according to their morphology. Embryos that were symmetric and with 0% of fragmentation were designated type A; asymmetric with up to 25% of fragmentation were designated type B; between 25 and 50% of volume occupied were designated type C, and those with 50% or more of fragmentation were designated type D. RESULTS: one hundred and seventy-two type D embryos transferred in 87 cycles presented low rates of implantation (11%) with 50% of those implanted persisting in development. Embryos with the same morphology, after cryopreservation and thawing, did not show the capacity to evolve. In 36 cycles, 113 thawed type D embryos were transferred, resulting in only one implantation, presenting a minute 3% pregnancy rate. The implanted gestational sac did not evolve, showing a 100% rate of involution. CONCLUSION: embryos with low morphological scores cannot be considered unviable because they are capable, even though with a very low frequency, of supporting gestation. However, these same embryos, after cryopreservation, thawing and transfer showed an insignificant rate of pregnancy, that did not result in viable pregnancy. Therefore, when in excess to requirements, type D embryos should not be cryopreserved; instead, rather than discarded, they should be donated for embryo stem-cell research.
  • Influência do conteúdo vaginal de gestantes sobre a recuperação do estreptococo do grupo B nos meios de transporte Stuart e Amies Artigos Originais

    Simões, José Antonio; Poletti, Giana Balestro; Portugal, Priscilla Mendes; Brolazo, Eliane Melo; Discacciati, Michelle Garcia; Crema, Gabriela Daoud

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a influência do meio vaginal de gestantes na sobrevivência do estreptococo do grupo B (EGB) mantido por 8, 24 e 48 horas nos meios de transporte Amies e Stuart. MÉTODOS: foram coletados três swabs vaginais de 30 gestantes atendidas no Ambulatório de Pré-Natal do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O primeiro swab foi mergulhado diretamente no meio seletivo de Todd-Hewitt; o segundo foi utilizado para a realização da bacterioscopia corada pelo Gram e o terceiro foi mergulhado em 2 mL de solução salina à qual foram acrescentados 200 µL de uma suspensão contendo EGB na concentração de 1-2 x 10(8) unidades formadoras de colônia. Desta última suspensão de EGB, foram colhidos três swabs do meio Amies e três do meio Stuart, os quais foram mantidos em temperatura ambiente por 8, 24 e 48 horas, para posterior semeadura em ágar sangue. A leitura do crescimento das placas foi realizada após 24 horas de incubação e classificada semiquantitativamente (0-3 cruzes) de acordo com o número de colônias observadas. A análise estatística foi efetuada com o teste exato de Fisher. RESULTADOS: a recuperação do EGB nos meios de transporte Amies e Stuart após 48 horas de estocagem foi de 97 e 87%, respectivamente. Em um dos quatro casos em que não houve a recuperação do EGB após 48 horas de armazenamento, o pH vaginal foi superior a 4,5 e em dois casos havia a presença de vaginose citolítica. CONCLUSÕES: ambos os meios de transporte mostraram-se adequados para a recuperação do EGB em gestantes até 48 horas após a coleta. As características do meio vaginal não influenciaram a recuperação do EGB no presente estudo.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate the influence of vaginal environment of pregnant women on group B streptococcus (GBS) survival after 8, 24 e 48 h in Amies and Stuart transport media. METHODS: Three vaginal samples were collected from 30 pregnant women attending the Prenatal Care Outpatient Clinic of the Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). The first sample was placed directly onto Todd-Hewitt selective medium; the second was used to perform a gram-stained microscopy, and the third swab was placed in 2 mL physiological saline to which 200 µL of a suspension with 1-2 x 10(8) colony-forming units of GBS was added. After homogenization, six swabs were collected from this suspension (3 from Amie medium and 3 from Stuart medium). These six swabs were kept at room temperature for 8, 24 and 48 h and then incubated on blood agar. Bacterial growth at 37ºC was observed after a 24-h incubation period and it was semiquantitatively graded (0-3+) according to the number of colonies. Statistical analysis was performed by the exact Fisher test and the level of significance was set at 0.05. RESULTS: the recovery of GBS after 48-h storage in Amie and Stuart media was 97 e 87%, respectively. In one of the four cases where no GBS recovery was possible after 48 h of storage, vaginal pH was higher than 4.5, and in two of those cases cytolytic vaginosis was found. CONCLUSIONS: both transport media showed to be appropriate for GBS recovery up to 48 h after sampling. Characteristics of the vaginal enviroment did not influence GBS recovery as observed in this study.
  • Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico Artigos Originais

    Barbosa, Angélica Mércia Pascon; Carvalho, Lídia Raquel de; Martins, Anice Maria Vieira de Camargo; Calderon, Iracema de Mattos Paranhos; Rudge, Marilza Vieira Cunha

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: analisar a influência da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico (FM-AP). MÉTODOS: estudo clínico de corte transversal, para avaliar a FM-AP pelo teste da avaliação da força do assoalho pélvico (AFA) e uso do perineômetro em primíparas, entre 20-30 anos de idade, 4-6 meses pós-parto. A contração, medida pelos dois testes, foi classificada em: zero - ausência, um - leve, dois - moderada e três - normal, sustentada por 6 segundos. Avaliaram-se 94 mulheres, entre 20 e 30 anos, divididas em três grupos: pós-parto vaginal (n=32); pós-cesárea (n=32) e nulíparas (n=30). A variável independente foi a via de parto e a dependente, a FM-AP. A comparação entre os graus de contração foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis e o teste de Dunn para comparações múltiplas; a influência da via de parto pelo teste chi2, o risco relativo (RR) para alteração da FM-AP e o coeficiente kappa para avaliar equivalência entre os testes. RESULTADOS: a mediana e 1º e 3º quartil da FM-AP foram menores (p=0,01) pós-parto vaginal (2,0;1-2) e intermediários pós-cesárea (2,0; 2-3) em relação às nulíparas (3,0;2-3), tanto analisadas pelo AFA como pelo perineômetro. Aumentou o RR de exame alterado pós-parto vaginal (RR=2,5; IC 95%: 1,3-5,0; p=0,002); (RR=2,3; IC 95%: 1,2-4,3; p=0,005) e pós-cesárea (RR=1,5; IC 95%: 0,94-2,57; p=0,12); (RR=1,3; IC 95%: 0,85-2,23; p=0,29) pelo PFSE e perineômetro, respectivamente. CONCLUSÕES: o parto vaginal diminuiu a força muscular do AP de primíparas quando comparado com os casos submetidos à cesárea e com as nulíparas.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate the influence of the delivery route on pelvic floor (PF) muscle strength. METHODS: a cross-sectional study was conducted to evaluate PF muscle strength by the pelvic floor strength evaluation (PFSE) test and perineometer in primiparous patients aged 20 to 30 years 4 to 6 months after delivery. The categorization was: zero lack of muscle contraction; one - weak contraction; two - moderate contraction not sustained for 6 s and three - normal contraction sustained for 6 s. A total of 94 patients were divided into there groups based on prior delivery route. They were: 32 patients with vaginal delivery with singleton cephalic presentation; 32 patients with cesarean delivery, and 30 nulliparous patients as a control group. The independent variable was delivery route and the dependent one was the muscle strength of the PF. Comparison between contraction levels was performed by Kruskal-Wallis and Dunn multiple comparison tests and the influence of delivery method was tested by chi2. Confidence interval of 95% was obtained for relative risk (RR) of Pf muscle strength changes and kappa statistics. RESULTS: the 1st and 3rd quartiles of delivery route regarding PF muscle strength were lower (p=0.01) for vaginal delivery (2.0;1-2) and intermediate for cesarean section (2.0;2-3) compared to the nulliparous (3.0;2-3) by the PFSE test and perineometer. RR of the altered examination was increased after vaginal delivery (RR=2.58; CI 95%: 1.32-5.04, p=0.002); (RR=2.31; CI 95%: 1.24-4.32, p=0.005), and after cesarean section (RR=1.56; CI 95%: 0.94-2.57, p= 0.12); (RR=1.38; CI 95%: 0.85-2.23, p=0.29) by AFA and perineometer, respectively. CONCLUSIONS: vaginal delivery decreased PF muscle strength when compared with cesarean delivery and control groups.
  • Resultados maternos e perinatais de dez anos de assistência obstétrica a portadoras do vírus da imunodeficiência humana Artigos Originais

    Melo, Victor Hugo; Aguiar, Regina Amélia Lopes Pessoa; Lobato, Ana Christina de Lacerda; Cavallo, Ines Katerina Damasceno; Kakehasi, Fabiana Maria; Romanelli, Roberta Maia de Castro; Pinto, Jorge Andrade

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: avaliar a transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e os fatores de risco associados à infecção perinatal. MÉTODOS: estudo descritivo de 170 gestantes infectadas pelo HIV e seus 188 recém-nascidos, admitidas na Maternidade do Hospital das Clínicas da UFMG, no período de junho de 1994 a setembro de 2004. Foram analisados as características demográficas, o perfil sorológico e a via de parto das gestantes, assim como os resultados perinatais. As crianças foram acompanhadas por período de 18 meses após o nascimento. Os dados foram armazenados e analisados no Epi-Info, Versão 6.0. Estabeleceu-se intervalo de confiança a 95% (p<0,05). RESULTADOS: o diagnóstico da infecção pelo HIV foi confirmado durante a gestação em 84 (45,4%) pacientes. A carga viral era inferior a 1000 cópias/mL em 60,4% das pacientes. O esquema predominante de uso dos anti-retrovirais foi a terapia tríplice (65,5%). Foi alta a taxa de cesariana: 79,5%. A taxa de prematuridade foi 18,2%. Entre os 188 recém-natos houve 184 (97,8%) nativivos e quatro (2,2%) mortes perinatais. Dos nascidos vivos, 97,8% receberam zidovudina após o nascimento. A taxa global de transmissão materno-fetal global foi 3,8%. As taxas de transmissão vertical do vírus, por período, foram: 60%, até 1996; 28%, entre 1996 e 1998; 0,68%, entre 1999 e 2004. Não foram encontrados fatores de risco significativamente associados à infecção perinatal pelo HIV, devido ao pequeno número de recém-nascidos infectados (n=6). CONCLUSÃO: houve grande redução da transmissão vertical do HIV no período analisado. A taxa atual de transmissão é zero, confirmando que, adotando-se medidas adequadas, pode-se prevenir a transmissão perinatal do vírus.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate human immunodeficiency virus (HIV) vertical transmission and risk factors related to perinatal infection. METHODS: descriptive study of 170 HIV-infected pregnant women and their 188 neonates, admitted from June 1994 to September 2004 at the "Maternidade do Hospital das Clínicas da UFMG". Demographic characteristics, mother's serologic state, mode of delivery and perinatal results were analyzed. Children were followed for 18 months after birth. Data were stored and analyzed by Epi-Info, version 6.0. Confidence interval was established at 95% (p<0.05). RESULTS: HIV infection was confirmed in 84 (45.4%) patients during gestation. Viral load was below 1,000 copies/mL in 60.4% patients. Highly active antiretroviral therapy was the predominant antiretroviral regimen (65.5%). C-section rate was high: 79.5%. Prematurity rate was 18.2%. There were 184 (97.8%) live births and four (2.2%) perinatal deaths among 188 neonates. Among live neonates 97.8% received zidovudine after birth. Global mother-to-child transmission rate was 3.8%. Virus vertical transmission rates for each period were: 60%, until 1996; 28% between 1996 and 1998; 0.68%, between 1999 and 2004. Significant risk factors were not found related to perinatal HIV-infection because there was a small number of infected neonates (n=6). CONCLUSION: there was a great reduction of HIV vertical transmission during the analyzed period. Current transmission rate is zero. This confirms that by adopting adequate measures perinatal virus transmission can be prevented.
  • Hiperglicemia materna diária diagnosticada pelo perfil glicêmico: um problema de saúde pública materno e perinatal Revisão

    Rudge, Marilza Vieira Cunha; Calderon, Iracema de Mattos Paranhos; Ramos, Maria Delgi; Brasil, Maria Aparecida Mourão; Rugolo, Lígia Maria Suppo Souza; Bossolan, Grasiela; Odland, Jon Øyvind

    Resumo em Português:

    Este trabalho constitui uma síntese e revisão dos principais resultados das pesquisas, com o objetivo de validar o grupo IB de Rudge. As gestantes deste grupo têm rastreamento positivo e diagnóstico negativo para o diabete gestacional, ou seja, apresentam resposta normal ao teste oral de tolerância à glicose (TTG100g). Apesar disso, as alterações nas glicemias ao longo do dia, confirmadas no perfil glicêmico (PG) caracterizam a hiperglicemia diária, fator responsável por risco materno e desfecho perinatal adverso. Estas gestantes são erroneamente incluídas na categoria de "pré-natal de baixo risco" e não estão sendo diagnosticadas e tratadas. Correspondem a 13,8% da população de gestantes rastreadas que, somados aos 7,0% das gestações complicadas por diabete, aumentam a ocorrência de distúrbios hiperglicêmicos na gestação para cerca de 20,0%. Tem índice de mortalidade perinatal de 41‰, semelhante ao de gestantes diabéticas e 10 vezes maior que o de não diabéticas; suas placentas apresentam alterações morfológicas e funcionais diferenciadas dos grupos de gestantes não diabéticas e diabéticas, indicativas de ajuste para manutenção da atividade funcional, facilitando a passagem de glicose para o feto e explicando a macrossomia fetal (53,8% das gestantes não tratadas). O risco materno para hipertensão, obesidade e hiperglicemia é elevado e parece reproduzir modelo da síndrome metabólica, favorecendo risco potencial para diabete no futuro; 10 anos após a gravidez-índice, o diabete clínico tipo 2 foi confirmado em 16,7% das mulheres do grupo IB. Os autores propõem o desenvolvimento de projetos multicêntricos, para identificar biomarcadores, de múltiplos enfoques, específicos das gestantes do grupo IB de Rudge e estabelecer protocolos para o diagnóstico dos distúrbios hiperglicêmicos da gestação, padronizando a associação TTG100g + PG, conduta que poderá causar impacto na morbimortalidade perinatal das gestações complicadas por hiperglicemia diária.

    Resumo em Inglês:

    This is both a synthesis and a review of the major research findings, with the aim of validating Rudge's group IB. In this group of pregnants, screening for gestational diabetes was positive while the diagnosis was negative (normal 100 g-oral glucose tolerance test 100 g-OGTT). Nonetheless, the variations in glucose levels observed throughout the day, and confirmed by the glycemic profile (GP), characterized diurnal hyperglycemia, which accounts for maternal risk and adverse perinatal outcome. The description of this group is unique for both the establishment of the diagnosis during gestation and the follow-up of both the mother and the infant. These pregnancies have been erroneously classified as "low risk" and have not been diagnosed or treated. The IB group corresponds to 13.8% of the pregnant women screened in our service. This rate, added to the 7% of pregnancies complicated by diabetes, increase the occurrence of hyperglycemic disorders during gestation to up to 20.0%. In Rudge's group IB: a) perinatal mortality rate is 41‰, which is similar to that observed among diabetic pregnant women and 10 times higher than that found among non-diabetics; b) the observed placental abnormalities (both morphological and functional) differed from those seen in non-diabetic and diabetic pregnant women, indicating an adjustment to maintain functional activities that facilitated the passage of glucose to the fetus and explained fetal macrosomia (53.8% in non-treated pregnancies); c) maternal risk for hypertension, obesity and hyperglycemia was high and seemed to reproduce a model of metabolic syndrome, favoring the potential risk for future diabetes; d) 10 years after the index-pregnancy, type 2 diabetes was confirmed in 16.7% of the women in group IB. The authors suggest the development of multicentric studies in order to identify biomarkers specific for Rudge's group IB and establish protocols for the diagnosis of gestational hyperglycemic disorders using the combination GP + 100g-GTT as a standard. This procedure may cause an impact on the morbidity/mortality rate among pregnancies complicated by diurnal hyperglycemia.
  • Fatores que influenciam a transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 Revisão

    Duarte, Geraldo; Quintana, Silvana Maria; El Beitune, Patricia

    Resumo em Português:

    Um dos mais expressivos avanços visando controlar a dispersão da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) ocorreu no contexto da transmissão vertical (TV), reduzindo-a de cifras que chegavam a 40% para menos de 3%. O progresso tecnológico, aliado ao melhor conhecimento fisiopatológico dessa infecção, permitiu elencar as situações e os fatores que elevam as taxas de transmissão perinatal desse vírus, indicando quais as intervenções mais adequadas para o seu controle. Estas situações de maior risco para a TV do HIV-1 podem ser agrupadas em fatores maternos, anexiais, obstétricos, fetais, virais e pós-natais. Dos fatores maternos destaca-se a carga viral, o principal indicador do risco desta forma de transmissão. No entanto, a despeito da relevância da carga viral, ela não é a única variável desta equação, devendo ser lembrado o uso de drogas ilícitas, parceria sexual múltipla com sexo desprotegido, desnutrição, tabagismo, doença materna avançada e falta de adesão ou de acesso aos anti-retrovirais. Dos fatores anexiais apontam-se a corioamniorrexe prolongada, a perda da integridade placentária e a expressão dos receptores secundários no tecido placentário. Entre os fatores obstétricos deve ser lembrado que intervenções invasivas sobre o feto ou câmara amniótica, cardiotocografia interna, tipo de parto e contato do feto/recém-nascido com sangue materno também são importantes elementos a serem controlados. Dos fatores fetais são citados a expressão de receptores secundários para o HIV-1, a suscetibilidade genética, a função reduzida dos linfócitos T-citotóxicos e a prematuridade. Sobre os fatores virais aventa-se que a presença de mutações e cepas indutoras de sincício sejam fatores de risco para a TV. Finalmente, há os fatores pós-natais, representados pela carga viral elevada no leite, baixa concentração de anticorpos neste fluído, mastite clínica e lesões mamilares, que podem ser resumidos no contexto da amamentação natural.

    Resumo em Inglês:

    One of the most important advances in the control of the spread of infection with type 1 human immunodeficiency virus (HIV-1) occurred within the context of vertical transmission (VT), with a reduction from levels of more than 40% to levels of less than 3%. Technological progress together with a better physiopathological understanding of this infection has permitted the determination of the situations and factors that increase the rates of perinatal transmission of the virus, indicating which interventions are most adequate for its control. The situations of higher risk for VT of HIV involve maternal, adnexal, obstetrical, fetal, viral, and postnatal factors. Among maternal factors, particularly important is viral load, the major indicator of the risk of this form of transmission. However, despite its relevance, viral load is not the only variable in this equation, with the following factors also playing important roles: use of illicit drugs, multiple sex partners and unprotected sex, malnutrition, smoking habit, advanced maternal disease, and lack af access or compliance with antiretroviral drugs. Among the adnexal factors are prolonged chorion-amniorrhexis, loss of placental integrity, and the expression of secondary receptors in placental tissue. Among the obstetrical factors, it should be remembered that invasive interventions in the fetus or amniotic chamber, internal cardiotocography, type of delivery, and contact of the fetus/newborn infant with maternal blood are also important elements to be controlled. Among the fetal factors are the expression of secondary HIV-1 receptors, genetic susceptibility, reduced cytotoxic T-lymphocyte function, and prematurity. Among the viral factors, mutations and syncytium-inducing strains are believed to be risk factors for VT. Finally, there are postnatal factors represented by an elevated viral load in maternal milk, a low antibody concentration in this fluid, clinical mastitis and nipple lesions, which can be grouped within the context of breast-feeding.
  • Avaliação dos efeitos do óxido nítrico no desenvolvimento de embriões de camundongos in vitro e in vivo Resumo De Tese

    Barroso, Roberto Pimenta
  • Incidência de lesão cervical em mulheres com citologia de rastreamento normal segundo a detecção do papilomavírus humano Resumo De Tese

    Gontijo, Renata Clementino
  • Quantificação dos volumes do líquido amniótico e do embrião obtidos pela ultra-sonografia bidimensional e tridimensional no primeiro trimestre da gestação Resumo De Tese

    Spara, Patricia
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