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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 29, Número: 10, Publicado: 2007
  • Densidade mamográfica como fator de risco para o câncer de mama Editorial

    Macchetti, Alexandre Henrique; Marana, Heitor Ricardo Cosiski
  • Avaliação ultra-sonográfica, ecocardiográfica fetal e resultados perinatais em gestantes portadoras do HIV em uso de terapia anti-retroviral Artigos Originais

    Lopes, Marco Antonio Borges; Bunduki, Victor; Ruocco, Rosa Maria de Souza Aveiro; Lopes, Lílian Maria; Tavarez, Gláucia; Zugaib, Marcelo

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: descrever as alterações estruturais e/ou funcionais fetais à ultra-sonografia e à ecocardiografia fetais e os resultados perinatais em gestantes soropositivas para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em relação a um grupo controle de pacientes atendidas pelo pré-natal de baixo risco. MÉTODOS: foram avaliadas, prospectivamente, 109 gestantes soropositivas para o HIV em uso de anti-retrovirais (Grupo de Estudo, GE) e 200 gestantes controles (GC), sendo realizado acompanhamento ultra-sonográfico obstétrico mensal e ecocardiografia fetal e pós-natal com a avaliação do volume de líquido amniótico, da adequação do peso fetal, da presença de alterações estruturais fetais e dos resultados perinatais. RESULTADOS: foram observados oito casos de alterações estruturais fetais (7,3%) contra dois (1%) no GC (p=0,61). Observamos quatro casos de cardiopatia congênita e quatro de hidronefrose no GE, com diferença estatística para as cardiopatias (p=0,015). Foram diagnosticados, no GE, oito (7,3%) casos de oligoidrâmnio e 11 (10%) casos de polidrâmnio contra dois casos (1%) de oligoidrâminio e nenhum de polidrâmnio (p de 0,004 e p<0,001, respectivamente). Onze recém-nascidos (10%) foram pequenos para a idade gestacional no GE contra três (2,7%) no GC (p=0,002). A incidência de prematuridade foi de 8,7 e 2,5% nos grupos de estudo e controle, respectivamente (p=0,041). A taxa de óbito fetal foi de 5,5% (seis casos) no GE, contra nenhum no GC (p=0,002). CONCLUSÕES: observamos maior prevalência de cardiopatia fetal e de alterações da quantidade de líquido amniótico no grupo estudado em relação ao GC. A taxa de óbito fetal no GE provavelmente está vinculada à presença de malformações fetais; já a incidência de neonatos pequenos para a idade gestacional e de prematuridade, está associada à terapia anti-retroviral e ao uso do tabaco e de drogas ilícitas.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate fetal structural and/or functional abnormalities by ultrasound examination and fetal echocardiography, in pregnant women positive for human immunodeficiency virus (HIV). METHODS: we analyzed prospectively 109 HIV positive pregnant women under antiretroviral therapy (Study Group) and 200 low risk pregnant patients (Control Group). All of them were submitted to ultrasound scan and fetal and neonatal echocardiography once a month. The amniotic fluid volume, fetal growth, fetal structural and functional alteration and the perinatal outcome were evaluated. RESULTS: there were eight (7.3%) cases of fetal structural abnormality in the Study Group and two (1%) in the Control Group (p=0.616). There were four cases of congenital heart disease and four cases of hydronephrosis in the Study Group, with statistic significance (p=0.015) for the cardiac abnormalities. There were eight cases (7.3%) of oligohydramnios and 11 cases (10%) of polyhydramnios in the Study Group against two cases (1%) of oligohydramnios and none of polyhydramnios in the Control Group (p=0.004 and p<0.001). Eleven (10%) newborn babies were too small for their gestation age in the Study Group, against three (2.7%) in the Control Group (p=0,002). The incidence of preterm delivery was 8.7 and 2.5% in the Study and Control Groups respectively (p=0.041). It was observed six cases (5.5%) of fetal death in the Study Group and none in the Control Group (p=0.002). CONCLUSIONS: in the present study, we have observed higher prevalence of amniotic fluid volume and congenital heart abnormalities in the Study Group as compared to the Control Group. Statistical significance was found in both situations. The high fetal death rate found in the Study Group was probably due to fetal malformation, whereas the high prematurity rate and the prevalence of small size for the gestational age of the newborn babies were probably related to antiretroviral therapy, smoking and drug abuse.
  • A curva de regressão da gonadotrofina coriônica humana é útil no diagnóstico precoce da neoplasia trofoblástica gestacional pós-molar? Artigos Originais

    Delmanto, Lúcia Regina Marques Gomes; Maestá, Izildinha; Braga Neto, Antônio Rodrigues; Michelin, Odair Carlito; Passos, José Raimundo de Souza; Gaiotto, Fernanda Régnier; Rudge, Marilza Vieira Cunha

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a utilidade da curva de regressão normal da gonadotrofina coriônica humana (hCG) no diagnóstico precoce de neoplasia trofoblástica gestacional pós-molar (NTG). MÉTODOS: estudo longitudinal, incluindo 105 pacientes com mola hidatiforme completa (MHC) acompanhadas no Centro de Doenças Trofoblásticas de Botucatu, entre 1998 e 2005. Os títulos da hCG sérica foram mensurados quinzenalmente em todas as pacientes. Curvas individuais de regressão da hCG das 105 pacientes foram estabelecidas. A comparação entre a curva de regressão normal estabelecida em nosso serviço com as curvas individuais da hCG foi usada no rastreamento e diagnóstico (platô/ascensão) de NTG. O número de semanas pós-esvaziamento quando a hCG excedeu o limite normal foi comparado com o número semanas em que a hCG apresentou platô/ascensão. RESULTADOS: das 105 pacientes com MHC, 80 apresentaram remissão espontânea (RE) e 25 desenvolveram NTG. Das 80 pacientes com RE, 7 (8,7%) apresentaram, inicialmente, dosagem da hCG acima do normal, mas, no devido tempo, alcançaram a remissão. Todas as 25 pacientes com NTG apresentaram desvio da curva normal da hCG em 3,8±2,5 semanas e mostraram platô ou ascensão em 8,4±2,9 semanas (p<0,001). CONCLUSÕES: a curva de regressão normal da hCG pós-molar pode ser útil para diagnóstico de NTG.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate the usefulness of the normal human chorionic gonadotropin (hCG) regression curve in the early diagnosis of post-molar trophoblastic neoplasia (GTN). METHODS: a longitudinal study including 105 patients with complete hydatidiform mole (CHM) followed up at the Botucatu Center of Trophoblastic Diseases from 1998 to 2005. Serial serum hCG titers were measured fortnightly in all patients. Individual curves of the 105 patients were built. Comparison between the normal regression curve established at our center with individual hCG curves was used to screen and diagnose (plateau/rise) GTN. The number of weeks postevacuation when hCG levels exceeded the normal limits was compared with the number of weeks when hCG reached plateau/rise. RESULTS: among the 105 patients with CHM, 80 reached spontaneous remission (SR) and 25 developed GTN. Among the 80 SR patients, 7 (8.7%) initially showed hCG concentrations above normal but eventually achieved remission. All the 25 GTN patients showed deviation from the normal hCG curve at 3.84±2.57 weeks and reached plateau or rise at 8.40±2.94 weeks (p<0.001). CONCLUSIONS: the normal regression curve of post-molar hCG is useful in the early diagnosis of GTN.
  • Associação entre o estado nutricional pré-gestacional e a predição do risco de intercorrências gestacionais Artigos Originais

    Padilha, Patricia de Carvalho; Saunders, Cláudia; Machado, Raphaela Côrrea Monteiro; Silva, Cristina Lúcia da; Bull, Aline; Sally, Enilce de Oliveira Fonseca; Accioly, Elizabeth

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: analisar a associação entre o estado nutricional pré-gestacional materno e os desfechos maternos - síndromes hipertensivas da gravidez, diabetes gestacional, deficiência de vitamina A e anemia - e do concepto - baixo peso ao nascer. MÉTODOS: estudo transversal, com 433 puérperas adultas (>20 anos), atendidas na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e seus respectivos recém-nascidos. As informações foram coletadas em consulta a prontuários e entrevistas. O estado nutricional pré-gestacional materno foi definido por meio do índice de massa corporal pré-gestacional, segundo os pontos de corte para mulheres adultas da World Health Organization (WHO), em 1995. Estimou-se a associação entre os desfechos gestacionais e o estado nutricional pré-gestacional, por meio da odds ratio (OR) e intervalo de confiança (IC) de 95%. RESULTADOS: a freqüência de desvio ponderal pré-gestacional (baixo peso, sobrepeso e obesidade) foi de 31,6%. Considerando-se o estado nutricional pré-gestacional, aquelas com sobrepeso e obesidade apresentaram menor ganho ponderal do que as eutróficas e as com baixo peso (p<0,05). As mulheres com obesidade pré-gestacional apresentaram risco aumentado de desenvolver síndromes hipertensivas da gravidez (OR=6,3; IC95%=1,90-20,5) e aquelas com baixo peso pré-gestacional, maior chance de ter recém-nascidos com baixo peso ao nascer (OR=7,1; IC95%=1,9-27,5). Não foi evidenciada a associação entre estado nutricional pré-gestacional e o desenvolvimento de anemia, deficiência de vitamina A e diabetes gestacional. A média de ganho de peso entre as gestantes com sobrepeso e obesas foi significativamente menor, quando comparadas às eutróficas e às com baixo peso (p=0,002, p=0,049, p=0,002, p=0,009). CONCLUSÕES: a expressiva quantidade de mulheres com desvio ponderal pré-gestacional reforça a importância da orientação nutricional que favoreça o estado nutricional adequado e minimize os riscos de intercorrências maternas e do recém-nascido.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to analyze the association between maternal pre-gestational nutritional status and maternal outcomes - hypertensive disorders of pregnancy, gestational diabetes, vitamin A deficiency, and anemia - and the newborn outcome - low birth weight. METHODS: cross-sectional study, with 433 adult puerperal women (> 20 years old) and their newborns, attending the Maternidade Escola of Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Data was collected through interviews and access to their medical records. Maternal pre-gestational nutritional status was established through pre-gestational body mass index according to the cut-offs for adult women defined by the World Health Organization (WHO), in 1995. The association between gestational outcomes and pre-gestational nutritional status was estimated through odds ratio (OR) and a 95% confidence interval (95%CI). RESULTS: frequency of pre-gestational weight deviation (low weight, overweight and obesity) was 31.6%. Considering the pre-gestational nutritional status, overweight and obese women presented a lower weight gain than eutrophic and low-weight women (p<0.05). Women with pre-gestational obesity presented a higher risk of developing hypertensive disordens of pregnancy (OR=6.3; 95%CI=1.9-20.5) and those with low pre-gestational weight were more likely to give birth to low birth weigh infants (OR=7.1; 95%CI=1.9-27.5). There was no evidence of the association between pre-gestational nutritional status and the development of anemia, vitamin A deficiency and gestational diabetes. The mean weight gain among overweight and obese pregnant women was significantly lower when compared to eutrophic and low-weight pregnant women (p=0.002, p=0.049, p=0.002, p=0.009). CONCLUSIONS: the high number of women with pre-gestational weight deviation reinforces the importance of a nutritional guidance that favors a good nutritional state and reduces the risks of maternal and newborn adverse outcomes.
  • Avaliação do impacto da correção cirúrgica de distopias genitais sobre a função sexual feminina Artigos Originais

    Prado, Daniela Siqueira; Arruda, Raquel Martins; Figueiredo, Raquel Cristina de Moraes; Lippi, Umberto Gazi; Girão, Manoel João Batista Castello; Sartori, Marair Gracio Ferreira

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar as repercussões das cirurgias de correção de distopia genital sobre a função sexual feminina, bem como os resultados anatômicos pós-operatórios, e detectar possíveis correlações entre eles. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado entre outubro de 2004 e setembro de 2006. Foram incluídas 43 mulheres sexualmente ativas com distopia genital com indicação de cirurgia de reconstrução do assoalho pélvico. No pré-operatório e três e seis meses após a cirurgia, as pacientes responderam ao questionário de avaliação do comportamento sexual e escalas analógicas para quantificação do grau de desejo, excitação e satisfação, além de se submeterem a exame físico para graduação da distopia genital. Para análise dos resultados, utilizaram-se os testes de simetria de Bowker, Wilcoxon, t de Student, chi2 e análise de variância (ANOVA), quando indicados, com limite de significância estatística de 5% (p<0,05). RESULTADOS: as 43 mulheres completaram o seguimento de três e seis meses após a cirurgia, mas duas perderam os parceiros. Houve melhora significativa na qualificação da vida sexual (p=0,03). Dispareunia (25,6% no pré-operatório versus 17,1% no pós-operatório), incômodo (27,9 versus 0%), embaraço (20,9 versus 0%) e medo (2,3 versus 0%) melhoraram de forma significativa (p<0,001). As escalas analógicas de desejo (5 versus 7, p=0,001), excitação (6 versus 8, p<0,001) e satisfação com a vida sexual (5 versus 7, p<0,001) também apresentaram melhora significativa. Houve melhora significativa entre os estádios clínicos do pré-operatório e seis meses após a cirurgia (p<0,001). Não houve correlação significativa entre as alterações nas dimensões vaginais e a mudança na função sexual. CONCLUSÕES: após cirurgias de reconstrução do assoalho pélvico, houve melhora significativa na qualificação da vida sexual e no estadiamento clínico das distopias. No entanto, não houve correlação entre estes indicadores.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to identify the impact of pelvic reconstructive surgery on female sexual function, as well as the changes in vaginal anatomy, and to detect possible correlations between them. METHODS: a prospective, descriptive study, including 43 sexually active women with genital dystopy, undergoing surgery for pelvic organ prolapse, conducted between October 2004 and September 2006. The women completed the same multiple-choice questionnaire regarding sexual function, and analogic scales to quantify the degree of desire, arousal and satisfaction, and were clinically assessed using the pelvic organ prolapse quantification (POP-Q) staging system, before the surgery and three and six months after it. Statistical analysis was performed through the Bowker test for symmetry, Wilcoxon test, Student t test, chi2 and analysis of variance (ANOVA) as appropriate, with statistical significance set at 5% (p<0.05). RESULTS: all 43 women completed the follow-up at three and six months after the surgery, but two of them lost their partners after the surgery. Quality of sexual life improved significantly (p=0.03). Symptoms such as dyspareunia (25.6% before versus 17.1% after surgery), discomfort (27.9 versus 0%), embarrassment (20.9% versus 0%) and fear (2.3% versus 0%) significantly improved (p<0.001). Analogical scales scores regarding desire (5 versus 7, p=0.001), arousal (6 versus 8, p<0.001) and satisfaction with sexual life (5 versus 7, p<0.001) also improved. There was a statistically significant improvement (p<0.001) of the POP-Q stages after the surgery. However, there was no statistically significant correlation between changes in vaginal dimensions and changes in sexual function. CONCLUSIONS: after pelvic reconstructive surgery, there was a significant improvement in the quality of sexual life and of the POP-Q stages. However, there was no correlation between them.
  • Efeito do raloxifeno sobre a densidade mamográfica em mulheres na pós-menopausa Artigos Originais

    Silverio, Cristiane Donida; Nahas-Neto, Jorge; Nahas, Eliana Aguiar Petri; Guazeelli, Marcos Maurício de Oliveira; Gomes, Marina Ayabe; Dias, Rogerio

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a densidade mamográfica (DM) de mulheres na pós-menopausa submetidas ao tratamento com raloxifeno. MÉTODOS: em estudo aberto prospectivo, não randomizado, avaliaram-se 80 mulheres (média de idade=61,1 anos). Quarenta pacientes receberam 60 mg/dia de raloxifeno e 40 mulheres compuseram o grupo não tratado (controle), pareadas pela idade e tempo de menopausa. O grupo tratado foi composto por pacientes com osteoporose da coluna lombar. Foram excluídas aquelas com história de cirurgia mamária e usuárias de terapia hormonal (TH) até seis meses prévios. A DM foi avaliada de forma qualitativa (subjetiva) e quantitativa (objetiva) em dois momentos: inicial e após seis meses de seguimento. As 320 mamografias (crânio-caudal e oblíqua) foram interpretadas qualitativamente pela classificação do Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS) e quantitativamente pela digitalização computadorizada da imagem. Para análise estatística empregaram-se os testes t, Wilcoxon Mann-Whitney, correlação de Spearman e teste de concordância de kappa. RESULTADOS: na comparação estatística inicial, os grupos foram homogêneos para todas as variáveis analisadas (idade, tempo de menopausa, paridade, amamentação, TH prévia e índice de massa corpórea). Na DM inicial, pelos métodos qualitativo e quantitativo, houve correlação negativa com a idade, em ambos os grupos (p<0,05). Para as demais variáveis analisadas, não houve correlação significativa. Após seis meses não se encontrou alteração na DM em 38 usuárias de raloxifeno e 38 controles pela análise qualitativa, enquanto que pela análise quantitativa, a imagem manteve-se inalterada em 30 usuárias de raloxifeno e em 27 controles (p>0,05). Observou-se fraco valor de concordância (kappa=0,25) entre a classificação de BI-RADS e a digitalização da imagem. CONCLUSÕES: mulheres na pós-menopausa com osteoporose, submetidas ao tratamento com raloxifeno por seis meses, não apresentaram alterações no padrão de DM.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate changes in mammographic breast density in postmenopausal women using raloxifene. METHODS: in this clinical trial, 80 women (mean age=61.1 years) were studied prospectively. Forty patients received 60 mg/day raloxifene, and 40 women comprised the non-treated group (control), paired by age and time of menopause. The treated group was composed of patients with osteoporosis of the lumbar spine. Those with history of breast surgery and users of hormone therapy up to six months prior to the study were excluded. The breast density was assessed qualitatively (subjective) and quantitatively (objective) in two moments, initial and final, after a 6-month follow-up. The 320 mammograms (craniocaudal and oblique) were interpreted qualitatively by the Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS) classification and quantitatively by digital scanning and computer-assisted segmentation. For statistical analysis t-test, Wilcoxon Mann-Whitney, Spearman correlation and the kappa index were used. RESULTS: on the initial statistical comparison, the groups were considered homogenous for the variables: analyzed age, time of menopause, parity, breast feeding, previous hormonal therapy and body mass index. Baseline breast density, by qualitative and quantitative methods, correlated negatively with the age in both groups (p<0.05). Concerning the other variables, there was no correlation. After six months, no alteration was observed in the mammographic breast density in 38 women of raloxifene group and 38 of the control group, by qualitative method. However, by quantitative method, no alteration was observed in 30 women of the raloxifene group and 27 controls (p>0.05). It was observed a weak agreement rate (kappa=0.25) between the BI-RADS classification and digital scanning/computer-assisted segmentation. CONCLUSIONS: in post-menopausal women with osteoporosis, submitted to raloxifene treatment for six months, no alterations were observed on the mammographic breast density.
  • Efeitos da isoflavona de soja sobre os sintomas climatéricos e espessura endometrial: ensaio clínico, randomizado duplo-cego e controlado Artigos Originais

    Sena, Vera Maria Gomes de Moura; Costa, Laura Olinda Bregieiro Fernandes; Costa, Hélio de Lima Ferreira Fernandes

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar o efeito da isoflavona de soja sobre os sintomas climatéricos e espessura endometrial em mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado envolvendo 90 mulheres pós-menopausadas, entre 45 e 60 anos, com queixas de fogachos, acompanhados ou não de outros sintomas climatéricos. Foram randomizadas para receber 50 mg de isoflavona a cada 12 horas, diariamente, por 12 semanas (n=42), ou placebo (n=48), e avaliadas antes e ao final do tratamento, pelo índice menopausal de Kupperman (IK), no qual se registrava a intensidade dos sintomas climatéricos, utilizando uma escala visual analógica de 100 mm. Os fogachos foram avaliados separadamente também. Foram submetidas a uma ultra-sonografia transvaginal para a avaliação da espessura do eco endometrial. Para a análise estatística, empregaram-se o teste do chi2, ANOVA ou t de Student e Mann-Whitney, ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: não foram observadas diferenças significantes no IK (64 versus 82, p>0,05) nem nos fogachos (20 versus 20, p>0,05), entre os grupos tratados com isoflavona ou placebo, respectivamente. Também não foram observadas diferenças significantes no IK e nos fogachos, antes e após o tratamento, quando os grupos tratados com isoflavona ou placebo foram analisados separadamente. Nenhuma diferença foi observada na espessura do endométrio após o tratamento entre os grupos tratados com isoflavona ou placebo (0,28 versus 0,26 mm, respectivamente, p>0,05). CONCLUSÕES: a isoflavona de soja, na dose de 100 mg/dia, não é mais efetiva que o placebo para a redução das ondas de calor e sintomas do hipoestrogenismo em mulheres na pós-menopausa e não apresenta efeitos sobre a espessura endometrial.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to determine the effects of soy-derived isoflavone on hot flashes, menopausal symptoms, and endometrial thickness in postmenopausal women. METHODS: this double-blind, placebo-controlled, randomized study involved 90 postmenopausal patients aged 45-60 years old attended at the Outpatient Menopause Clinic. All patients had been experiencing hot flashes accompanied or not by other hypo-estrogenic symptoms. Patients were randomized to receive either two soy capsules containing 50 mg of soy-derived isoflavone or two identical placebo capsules, twice a day for 12 weeks in a double-blind fashion. Each patient was observed for 12 weeks, with two evaluations being made, one at baseline and the other at the end of the study. At each time point, the patients were given a diary to record the severity of the climacteric symptoms experienced, assessed with a modified Kupperman index, using a 100 mm Visual Analogue Scale (VAS). The intensity of hot flashes was also assessed separately. The patients were also submitted to a transvaginal echography for the measurement of endometrial thickness. Yates chi2, ANOVA or t de Student and Mann-Whitney were used for statistical analysis. RESULTS: no significant difference was detected in the Kupperman index (64 versus 82, p>0,05) or in the hot flashes (20 versus 20, p>0,05) between the isoflavone and placebo groups. No significant difference was either detected concerning the Kupperman index and hot flashes before and after treatment, when the two groups were analyzed separately. No difference was detected in the endometrial thickness either in the isoflavone or the placebo group (0.28 versus 0.26 mm, respectively, p>0.05). CONCLUSIONS: our results indicate that 100 mg of isoflavone are not more effective than placebo in reducing hot flashes and hypo-estrogenic symptoms in postmenopausal women and present no effect on the endometrium thickness.
  • Hormônios femininos e hemostasia Artigos Originais

    Vieira, Carolina Sales; Oliveira, Luciana Correa Oliveira de; Sá, Marcos Felipe Silva de

    Resumo em Português:

    Os hormônios femininos exógenos utilizados para contracepção ou para terapia hormonal (TH) no climatério estão associados a aumento de risco para tromboembolismo venoso (TEV), principalmente por provocarem alterações pró-coagulantes na hemostasia. Este risco não é cumulativo e parece ser maior no primeiro ano de uso. A dose de estrogênio, o tipo de estrogênio e progestagênio utilizados, a via de administração hormonal e os fatores de risco hereditários para trombose venosa de cada paciente interferem no risco final para trombose venosa. O conhecimento dos efeitos na hemostasia inerentes a cada composto hormonal é essencial para uma prescrição adequada.

    Resumo em Inglês:

    Exogenous female hormones used for contraception or postmenopausal hormonal replacement therapy are associated with an increase of venous thromboembolism (VTE) risk, mainly because they cause a hypercoagulable state. The risk is highest during the first year of use and it is not cumulative. The dose of estrogen, the type of estrogen and progestogen, the route of administration of female sex steroid hormones, and the hereditary risk factors for VTE of each patient can interfere on the final risk for VTE. The knowledge of their effect on hemostasis is essential for a correct prescription.
  • Vacina contra o HPV ou contra o câncer de colo uterino? Carta Ao Editor

    Murta, Eddie Fernando Candido
  • Eventos reprodutivos pregressos como indicadores de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo-II entre mulheres idosas Resumo De Tese

    Gomes, Demétrio Antônio Gonçalves da Silva
  • Avaliação da prevalência de síndrome metabólica, microalbuminúria e risco cardiovascular em mulheres com síndrome dos ovários policísticos Resumo De Tese

    Soares, Elvira Maria Mafaldo
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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