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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 34, Número: 8, Publicado: 2012
  • Gravidez na adolescência: situação atual Editorial

    Silva, João Luiz Pinto e; Surita, Fernanda Garanhani Castro
  • Monitoramento externo da qualidade dos exames citopatológicos cervicais realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de Mato Grosso do Sul Artigos Originais

    Freitas, Hilda Guimarães de; Thuler, Luiz Claudio Santos

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Analisar a concordância de diagnósticos citopatológicos de laboratórios credenciados e os verificados no monitoramento. MÉTODOS: Foram calculados o coeficiente de concordância global e o coeficiente Kappa de Cohen de uma amostra de conveniência dos exames selecionados mensalmente pelo Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) para monitoramento externo da qualidade (MEQ) dos 15 laboratórios que realizaram exames citopatológicos para o SUS entre 2002 e 2011 no Estado do Mato Grosso do Sul (região central do Brasil). A comparação entre os valores de concordância (coeficiente de concordância global e coeficiente Kappa) dos anos inicial e final foi computada por meio da variação absoluta (delta) e variação percentual relativa (VPR). RESULTADOS: Foram encaminhadas para releitura 15.989 esfregaços, dos quais 48,1% apresentavam laudo normal/alteração benigna, seguidos de atipia/lesão de baixo grau (36,3%), lesão de alto grau/carcinoma/adenocarcinoma (4,2%) e insatisfatórios para leitura (11,4%). O coeficiente de concordância global oscilou entre 0,2 e 1,0, sendo que o valor mediano passou de 0,7 em 2002 para 1,0 em 2011 (VPR=+36,6%). Nesse mesmo período, os valores medianos do coeficiente Kappa aumentaram de 0,5 para 0,9 (VPR=+80,8%). CONCLUSÕES: Conclui-se pela exequibilidade do MEQ dos exames citopatológicos na esfera estadual e que sua implementação resulta em melhoria nos diagnósticos realizados na rede SUS.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To evaluate the diagnostic agreement between the cytopathology reports issued by accredited laboratories and those obtained by quality control. METHODS: We calculated the overall agreement and Cohen's kappa coefficients of a convenience sample of smears selected monthly by the Information System of Cervical Cancer (SISCOLO) for External Quality Control of the 15 laboratories that performed cytopathological PAP tests for the Brazilian Public Health System (SUS) between 2002 and 2011 in Mato Grosso do Sul, a State of the Midwest Region of the country. A comparison of the reliability values (coefficient of concordance and Kappa coefficient) between the initial and final years was computed by the absolute change (delta) and relative percent difference (RPD). RESULTS: There were 15.989 smears sent for rereading, 48.1% of which had a report of normal/benign changes, followed by atypical/low-grade squamous intraepithelial lesions (36.3%), high grade squamous intraepithelial lesion/carcinoma/adenocarcinoma (4.2%), and unsatisfactory (11.4%). The overall correlation coefficient ranged between 0.2 and 1.0, and the median value increased from 0.7 in 2002 to 1 in 2011 (RPD=+36.6%). During the same period, the median values of the Kappa coefficient increased from 0.5 to 0.9 (RPD=+80.8%). CONCLUSIONS: These results emphasize the feasibility of the External Quality Control of cytopathology at the state level and its implementation results in improvement in the diagnoses performed in the SUS network.
  • Frequência e fatores de risco para síndrome metabólica em mulheres adolescentes e adultas com síndrome dos ovários policísticos Artigos Originais

    Pedroso, Daiana Cristina Chielli; Melo, Anderson Sanches; Carolo, Adriana Lúcia; Vieira, Carolina Sales; Silva, Ana Carolina Japur de Sá Rosa e; Reis, Rosana Maria dos

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: Comparar a frequência de síndrome metabólica (SMet) e dos fatores de risco para esta síndrome em mulheres adultas e adolescentes do sudeste brasileiro com síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 147 pacientes que apresentavam diagnóstico de SOP e que foram divididas em dois grupos: Adolescência, constituído por 42 adolescentes com 13 a 19 anos e Adultas, composto por 105 mulheres com idade entre 20 e 40 anos. Foram avaliadas características clínicas (índice de massa corporal - IMC, índice de Ferriman, circunferência abdominal - CA e pressão arterial sistêmica), o volume ovariano médio, variáveis laboratoriais (perfil androgênico sérico, lipidograma, glicemia e insulina de jejum) e frequência da SMet. Os resultados foram expressos em média±desvio padrão. Utilizou-se regressão logística múltipla tendo como variável resposta a presença de SMet e como variáveis preditoras para SMet os níveis de testosterona total, insulina e IMC. RESULTADOS: A frequência de SMet foi aproximadamente duas vezes maior no grupo de mulheres adultas em relação às adolescentes com SOP (Adolescência: 23,8 versus Adultas: 42,9%, p=0,04). Entre os critérios definidores da SMet, apenas a variável qualitativa da pressão arterial sistêmica ≥130/85 mmHg foi mais frequente nas adultas (p=0,01). O IMC foi preditor independente para SMet em mulheres adolescentes (p=0,03) e adultas (p<0,01) com SOP; o nível sérico de insulina foi preditor para SMet apenas para o grupo de mulheres com SOP adultas (p<0,01). A média das CA foi maior nas mulheres de idade adulta (p=0,04). CONCLUSÃO: Mulheres com SOP adultas apresentam frequência de SMet duas vezes maior do que adolescentes com SOP do sudeste brasileiro. Embora o IMC esteja associado com a SMet em qualquer fase da vida da mulher com SOP, o nível sérico de insulina foi preditor independente apenas da SMet em pacientes com esse distúrbio na idade adulta.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To compare the frequency of metabolic syndrome (MetS) and the risk factors associated with this syndrome in women from the Brazilian Southeast with polycystic ovary syndrome (POS) evaluated during adolescence and adult age. METHODS: This was a cross-sectional study conducted on 147 patients with a diagnosis of POS who were divided into two groups: Adolescents, 42 adolescents aged 13 to 19 years, and Adults, 105 women aged 20 to 40 years. The following factors were evaluated: clinical characteristics (body mass index - BMI, Ferriman index, abdominal circumference - AC, and systemic arterial pressure), mean ovarian volume, laboratory variables (serum androgen profile, lipid profile, glycemia, and fasting insulin), and frequency of MetS. The results were expressed as mean±standard deviation. We used multiple logistic regression with the response variable being the presence of MetS and the predictor variables the levels of total testosterone, insulin and BMI. RESULTS: The frequency of MetS was approximately twice higher in the group of adult women compared to the adolescents with POS (Adolescents: 23.8 vs. Adults: 42.9%, p=0.04). Among the defining criteria of MetS, only the qualitative variable of systemic arterial pressure ≥130/85 mmHg was more frequent among the adult women (p=0,01). The BMI was an independent predictor of MetS among the adolescent (p=0.03) and adult women (p<0.01) with POS. Serum insulin level was a predictor of MetS only among adult women with POS (p<0.01). AC was greater among adult women (p=0.04). CONCLUSION: Adult women with POS have a twice higher frequency of MetS than adolescents with POS from the Brazilian Southeast. Although the BMI is associated with the development of MetS in any phase of life in women with POS, serum insulin level was an independent predictor of MetS only among adult women with this disorder.
  • Níveis de alfa-tocoferol no soro e colostro de lactantes e associação com variáveis maternas Artigos Originais

    Lira, Larissa Queiroz de; Ribeiro, Penha Patrícia Cabral; Grilo, Evellyn Câmara; Lima, Mayara Santa Rosa; Dimenstein, Roberto

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: Diagnosticar bioquimicamente o estado nutricional de vitamina E de lactantes por meio da análise do alfa-tocoferol no soro e no colostro, verificar sua associação com variáveis maternas e determinar a prevalência de deficiência de vitamina E nessas mulheres. MÉTODOS: Participaram do estudo 103 puérperas que foram classificadas quanto às seguintes variáveis maternas: idade, estado nutricional pré-gestacional, ganho de peso gestacional, paridade e tipo de parto. Amostras de soro e colostro foram coletadas em jejum no pós-parto imediato e o alfa-tocoferol foi analisado por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para definir o estado nutricional de vitamina E, foi adotado ponto de corte sérico (697,7 μg/dL). A análise estatística foi realizada com o uso do teste t de Student para amostras independentes e correlação de Pearson. As diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. RESULTADOS: A concentração média de alfa-tocoferol foi 1.125,1±551,0 μg/dL no colostro e 1.138,6±346,0 μg/dL no soro, indicativo de estado nutricional bioquímico adequado. Entretanto, ao analisar as puérperas individualmente, constatamos que 16% apresentaram valores abaixo do esperado para esta vitamina. As mulheres submetidas à cesárea apresentaram níveis de alfa-tocoferol no colostro (1.280±591 μg/dL) significativamente maiores em relação àquelas cuja via de parto foi a normal (961,7±370 μg/dL) (p<0,05). Verificou-se que as parturientes com excesso de peso pré-gestacional tiveram concentração da vitamina no colostro maior (1.331,5±548 μg/dL) quando comparadas às mulheres com baixo peso (982,1±374 μg/dL) ou eutrofia (992,3±346 μg/dL) (p<0,05). Entretanto, as demais variáveis estudadas não apresentaram associação com o alfa-tocoferol do colostro. Além disso, nenhuma variável mostrou estar relacionada aos níveis da vitamina no soro materno e não foi demonstrada correlação entre os níveis de alfa-tocoferol no soro e no leite. CONCLUSÕES: Apesar do diagnóstico de satisfatório estado nutricional, as lactantes apresentaram risco importante de deficiência subclínica para vitamina E. Sugere-se que a concentração de alfa-tocoferol presente no colostro esteja associada ao tipo de parto e ao estado nutricional pré-gestacional da mulher.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To determine the nutritional status of vitamin E in breastfeeding women through the analysis of alpha-tocopherol concentration in serum and colostrum, to analyze its relation with maternal variables and to determine the prevalence of vitamin E deficiency in these women. METHODS: The study included 103 mothers who were classified according to maternal variables: age, nutritional status before pregnancy, gestational weight gain, parity and mode of delivery. Colostrum and serum samples were collected under fasting conditions in the immediate postpartum period. Alpha-tocopherol was analyzed by high performance liquid chromatography (HPLC). A serum cutoff of 697.7 μg/dL was adopted to define the nutritional status of vitamin E. Statistical analysis was performed with the Student's t test for independent samples and Pearson's correlation. Differences were significant when p<0.05. RESULTS: The average concentration of alpha-tocopherol was 1.125±551.0 μg/dL in colostrum and 1,138.6±346.0 μg/dL in serum, indicating adequate biochemical nutritional status. However, when analyzing the mothers individually, a 16% rate of subclinical vitamin E deficiency was detected. Women undergoing cesarean delivery had significantly higher alpha-tocopherol levels in colostrum (1.280±591 μg/dL) compared with those undergoing normal delivery (961.7±370 μg/dL) (p<0.05). It was found that mothers who were overweight before pregnancy had higher vitamin concentration in colostrum (1,331.5±548 μg/dL) when compared to underweight women (982.1±374 μg/dL) or women of normal weight (992.3±346 μg/dL) (p<0.05). However, the other variables were not associated with alpha-tocopherol in colostrum. Moreover, no variable showed association with vitamin E levels in maternal serum and no correlation was demonstrated between the alpha-tocopherol levels in serum and in milk. CONCLUSIONS: Despite the diagnosis of satisfactory nutritional status, breastfeeding women showed significant risk of subclinical vitamin E deficiency. We suggest that the concentration of alpha-tocopherol in colostrum be associated with type of delivery and pre-gestational nutritional status of women.
  • Resultados de dois esquemas de tratamento da pielonefrite durante a gravidez e correlação com o desfecho da gestação Artigos Originais

    Calegari, Saron Souza; Konopka, Cristine Kolling; Balestrin, Bruna; Hoffmann, Maurício Scopel; Souza, Floriano Soeiro de; Resener, Elaine Verena

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Determinar o perfil epidemiológico das gestantes internadas por infecção do trato urinário, bem como verificar os agentes mais prevalentes e a resposta à antibioticoterapia. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, que incluiu 106 gestantes internadas para tratamento de infecção do trato urinário no período entre janeiro de 2007 a dezembro de 2010. A avaliação constituiu-se de análise de prontuários dessas gestantes, observando-se informações sobre a internação e a gestação, bem como seu desfecho. Foi realizada a análise estatística por meio do programa Statistical Package for the Social Science, versão 15.0. Foram utilizados, para análise dos dados, o teste bilateral exato de Fisher e o teste t de Student, bem como métodos de estatística descritiva. RESULTADOS: Uroculturas positivas foram encontradas em 60,5% das gestantes internadas por infecção do trato urinário. O agente infeccioso mais frequente foi Escherichia coli e não houve diferença quanto à resistência, à recorrência ou a complicações entre os agentes etiológicos mais frequentes. Gestantes com infecção do trato urinário prévia tiveram maior risco de recorrência (OR=10,8; p<0,05). Os antibióticos mais frequentemente utilizados na internação foram ampicilina e cefazolina. Troca de esquema terapêutico por resistência bacteriana ocorreu em 11,9% das pacientes que usaram cefazolina e em 20% das que usaram ampicilina (OR=5,5; p<0,05). O índice de complicações gestacionais foi igual nos dois tratamentos. Não houve diferença entre as médias do número de dias de internação para os dois tratamentos. CONCLUSÃO: A ampicilina esteve associada a maior índice de resistência bacteriana que a cefazolina, necessitando de maior número de trocas do esquema terapêutico, sem resultar em diferença nos desfechos clínicos e tempo de internação.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To determine the epidemiological profile of women admitted for urinary tract infection as well as to verify the most prevalent agents and response to antibiotic therapy. METHODS: A retrospective study of 106 pregnant women admitted to a university hospital for urinary tract infection treatment during the period between January 2007 to December 2010. The evaluation was based on analysis of the medical records of these pregnant women, with the observation of hospitalization and pregnancy data, as well as its outcome. Statistical analysis was performed using Statistical Package for the Social Science, version 15.0. The bilateral Fisher exact test and Student's t test were used for data analysis, as well as descriptive statistical methods. RESULTS: Positive urine cultures were observed in 60.5% of pregnant women admitted due to urinary tract infection. The most frequent infectious agent was Escherichia coli and no difference in resistance, recurrence or complications was observed between the most frequent etiologic agents. Pregnant women with previous UTI had a higher recurrence risk (OR=10.8; p<0.05). The antibiotics most commonly used during hospitalization were ampicillin and cefazolin. Change of therapeutic agent due to bacterial resistance occurred in 11.9% of patients who took cefazolin and in 20% of patients who took ampicillin (OR=5.5; p<0.05). The rate of gestational complications was the same for both treatments. There was no difference in mean number of days of hospitalization between the treatments. CONCLUSION: In the studied population ampicillin showed a higher rate of bacterial resistance than cefazolin, requiring a larger number of treatment regimen exchanges, without resulting in differences in clinical outcome or time of hospitalization.
  • Avaliação da inicialização da marcha na gestante de baixo risco nos três trimestres gestacionais Artigos Originais

    Andrade, Sara Rosa de Sousa; Nora, Fernanda Grazielle da Silva Azevedo; Avelar, Ivan Silveira de; Soares, Viviane; Amaral, Waldemar Naves do; Vieira, Marcus Fraga

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: Descrever o processo de inicialização da marcha de gestantes e comparar o comportamento do centro de pressão nos três trimestres gestacionais. MÉTODOS: Foram avaliadas 57 gestantes de baixo risco, com idades de 18 a 35 anos, em três trimestres gestacionais, selecionadas por conveniência. Foram dividas em três grupos por idade gestacional - 1º trimestre (4-12 semanas), 2º trimestre (13-28 semanas) e 3º trimestre (29-42 semanas) -, sendo 19 gestantes para cada trimestre. Cada gestante foi posicionada em posição ortostática, com um pé em cada plataforma de força AMTI, ficando assim até ouvir um sinal sonoro para iniciar a marcha em um percurso de quatro metros. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística com o programa SPSS. Para a comparação dos grupos utilizou-se os teste de Kolmogorov Smirnov, teste de Tukey e o coeficiente de correlação de Spearman. Em todas as análises considerou-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram encontradas diferenças significativas quando comparados os grupos 1º trimestre (GPT) e 3º trimestre (GTT), para as variáveis amplitude de oscilação médio lateral GPT (0,4 cm) e GTT (0,2 cm) e velocidade de deslocamento médio-lateral - GPT (0,9 cm/s) e GTT (0,4 cm/s). Observou-se uma diminuição gradativa nas variáveis de amplitude de oscilação anteroposterior e médio-lateral, bem como, na velocidade de deslocamento do primeiro trimestre na plataforma 1 em relação à plataforma 2. Houve diferenças significativas nas variáveis de amplitude de oscilação médio-lateral e velocidade de deslocamento médio-lateral comparando GPT e GTT. CONCLUSÃO: As variáveis analisadas apresentaram pequenas diferenças e não constituem risco eminente para a estabilidade dinâmica da gestante.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSES: To describe the process of gait initiation of pregnant women and to compare the behavior of the pressure center in the three trimesters of pregnancy. METHODS: Fifty-seven low-risk pregnant women were evaluated, aged 18 to 35 years, selected for convenience location during the three trimesters of pregnancy. The women were divided into three groups of 19 subjects each, according to gestational age - 1st quarter (4-12 weeks), 2nd quarter (13-28 weeks), and 3rd quarter (29-42 weeks,). Each patient was positioned standing up with one foot on each AMTI force platform until she heard a beep indicating that she should start walking a distance of four meter. Data were analyzed using the SPSS software. The Kolmogorov Smirnov test, Tukey's test and Spearman correlation coefficient were used for group comparisons, with 5% significance level in all tests. RESULTS: Significant differences were found between the 1st quarter (GFT) and 3rd quarter (GTT) groups regarding mediolateral oscillation amplitude (GFT: 0.4 cm and GTT: 0.2 cm) and mediolateral displacement rate (GFT: 0.9 cm/s and GTT: 0.4 cm/s). There was a gradual decrease in anteroposterior and mediolateral oscillation rate, and in the speed of displacement from platform 1 to platform 2 in GFT. There was a significant difference in oscillation amplitude and mediolateral displacement speed between GFT and GTT. CONCLUSION: The variables analyzed showed minor differences and do not constitute an imminent risk for the stability dynamics of pregnant woman.
  • Fatores perinatais associados a recém-nascidos de termo com pH<7,1 na artéria umbilical e índice de Apgar <7,0 no 5º minuto Artigos Originais

    Zorzi, Patrícia de Moraes De; Madi, José Mauro; Rombaldi, Renato Luís; Araújo, Breno Fauth de; Zatti, Helen; Madi, Sônia Regina Cabral; Barazzetti, Daniel Ongaratto

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Avaliar os fatores perinatais associados a recém-nascidos de termo com pH<7,1 na artéria umbilical e índice de Apgar no 5º min<7,0. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com delineamento caso-controle, realizado após revisão dos prontuários de todos os nascimentos ocorridos entre setembro/1998 e março/2008, no Hospital Geral de Caxias do Sul. Foi considerado fator de inclusão os recém-nascidos de termo que apresentaram índice de Apgar no 5º min <7,0 e pH de artéria umbilical <7,1. Na análise univariada foi utilizado o teste t de Student e Mann-Whitney para as variáveis contínuas, o teste do c² para as variáveis dicotômicas e estimativa de risco pelo odds ratio (OR). Foi utilizado um valor de p<0,05 como estatisticamente significativo. RESULTADOS: De um total de 15.495 nascimentos consecutivos observaram-se 25 neonatos (0,16%) de termo com pH<7,1 na artéria umbilical e índice de Apgar no 5º min <7,0. Apresentaram associação significativa com o evento acidótico a apresentação pélvica (OR=12,9; p<0,005), parto cesáreo (OR=3,5; p<0,01) e cardiotocografia intraparto alterada (OR=7,8; p<0,02). Dentre as características fetais, associaram-se o déficit de base (-15,0 versus -4,5; p<0,0001), necessidade de internação em unidade de terapia intensiva neonatal (OR=79,7; p<0,0001) e necessidade de reanimação (OR=12,2; p<0,0001). CONCLUSÃO: Baixo índice de Apgar no 5º min de vida associado a pH<7,1 na artéria umbilical pode predizer desfechos neonatais desfavoráveis.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To assess perinatal factors associated with term newborns with pH<7.1 in the umbilical artery and 5th min Apgar score<7,0. METHODS: Retrospective case-control study carried out after reviewing the medical records of all births from September/1998 to March/2008, that occurred at the General Hospital of Caxias do Sul. The inclusion criterion was term newborns who presented a 5th min Apgar score <7.0 and umbilical artery pH<7.10. In the univariate analysis, we used the Student's t-test and the Mann-Whitney test for continuous variables, the c² test for dichotomous variables and risk estimation by the odds ratio (OR). The level of significance was set at p<0.05. RESULTS: Of a total of 15,495 consecutive births, 25 term neonates (0.16%) had pH<7.1 in the umbilical artery and a 5th min Apgar score <7.0. Breech presentation (OR=12.9, p<0.005), cesarean section (OR=3.5, p<0.01) and modified intrapartum cardiotocography (OR=7.8, p<0.02) presented a significant association with the acidosis event. Among the fetal characteristics, need for hospitalization in the neonatal intensive care unit (OR=79.7, p <0.0001), need for resuscitation (OR=12.2, p <0.0001) and base deficit were associated with the event (15.0 versus -4.5, p<0.0001). CONCLUSION: Low Apgar score at the 5th min of life associated with pH<7.1 in the umbilical artery can predict adverse neonatal outcomes.
  • Adequação do ganho ponderal de gestantes em dois municípios do Estado do Rio de Janeiro (RJ), Brasil, 2008 Artigos Originais

    Marano, Daniele; Gama, Silvana Granado Nogueira da; Pereira, Ana Paula Esteves; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Avaliar fatores sociodemográficos, comportamentais, reprodutivos e morbidades associados à inadequação do ganho de peso gestacional. MÉTODOS: Estudo de coorte, desenvolvido entre dezembro de 2007 e agosto de 2008, incluindo mulheres no primeiro trimestre de gestação, acompanhadas no pré-natal de unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios de Petrópolis e Queimados, estado do Rio de Janeiro. Foram excluídas as mulheres que residiam fora desses municípios, com gravidez múltipla, aborto e sem as informações necessárias para o cálculo do estado nutricional pré-gestacional e de ganho de peso materno. Tanto o estado nutricional pré-gestacional quanto o ganho de peso gestacional foram avaliados segundo o critério preconizado pelo Institute of Medicine. A análise estatística foi realizada por modelo de regressão logística multinomial. RESULTADOS: Foram incluídas 1.287 gestantes. Verificaram-se 26,6% de sobrepeso ou obesidade pré-gestacional e 11,0% de baixo peso. A inadequação no ganho de peso gestacional foi observada em 71,4% das gestantes, sendo que, 35,6% ganharam peso insuficiente e 35,8% acima do recomendado. Na análise multivariada, mulheres hipertensas (OR=2,1; IC95% 1,4-3,1), com sobrepeso (OR=2,5; IC95% 1,4-4,5), obesidade pré-gestacional (OR=2,7; IC95% 1,8-3,9) e com maior nível de escolaridade tiveram mais chance de ganhar peso acima do recomendado. Por outro lado, o baixo pré-gestacional (OR=0,6; IC95% 0,4-0,9) foi proteção para o ganho excessivo. CONCLUSÃO: O diagnóstico nutricional pré-gestacional e o monitoramento do ganho de peso durante a gestação devem ser ações instituídas efetivamente na rotina do profissional de saúde.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To evaluate sociodemographic, behavioral and reproductive factors and morbidities associated with inadequate weight gain during pregnancy. METHODS: Cohort study conducted from December 2007 to August 2008 with women in the first trimester of pregnancy looking for prenatal care in the Public Health System who lived in the cities of Petrópolis or Queimados, Rio de Janeiro state (Brazil). Women with multiple pregnancy, who had a miscarriage in the index pregnancy or who lacked information for the assessment of pregravid nutritional status or weight gain were excluded. Pregravid nutritional status and weight gain during pregnancy were determined according to the criterion established by the Institute of Medicine (IOM). Statistical analysis was performed using a multinomial logistic regression model. RESULTS: A total of 1,287 women were included in the study; 26.6% of them were overweight or obese while 11% were underweight. Inadequate weight gain during pregnancy was observed in 71.4% of pregnant women; 35.6% of them did not gain enough weight while 35.8% gained more weight than recommended by the IOM. In the multivariate analysis, women with hypertension (OR=2.1; 95%CI 1.4-3.1), pregravid overweight (OR=2.5; 95%CI 1.4-4.5) or obesity (OR=2.7; 95%CI 1.8-3.9) and who had a higher educational level were more likely to gain more weight than recommended, while pregravid underweight (OR=0.6; 95%CI 0.4-0.9) represented a protection against excessive gain. CONCLUSION: Pregravid nutritional diagnosis and weight gain monitoring should be actions effectively instituted in the routine of health professionals.
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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