Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 38, Número: 7, Publicado: 2016
  • Pólipos endometriais - quando a resseção histeroscópica deve ser realizada? Editorial

    Troncon, Júlia Kefalas; Zani, Ana Carolina Tagliati; Candido-dos-Reis, Francisco José; Rosa-e-Silva, Júlio Cesar
  • Sedentarismo e alto consumo de carboidratos associados à inflamação crônica de baixo grau na pós-menopausa: um estudo transversal Original Article

    Alves, Bruna Cherubini; Silva, Thaís Rasia da; Spritzer, Poli Mara

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A doença cardiovascular é a principal causa de morte em mulheres na pós-menpausa e inflamação está envolvida com o processo de aterosclerose. Objetivo avaliar se o padrão alimentar, o perfilmetabólico, a composição corporal e a atividade física estão associados à inflamação crônica de baixo grau, de acordo com os níveis de proteína C-reativa (PCR-us), em mulheres na pós-menopausa. Métodos noventa e cinco participantes pós-menopáusicas foram submetidas a avaliações antropométrica, metabólica e hormonal. A ingestão alimentar foi avaliada por meio de questionário de frequência alimentar, a atividade física habitual, com pedômetro digital, e a composição corporal, por bioimpedância elétrica. Pacientes com PCR-us ≥10 mg/L ou em uso de terapia hormonal nos últimos três meses antes do estudo foram excluídas. As participantes foram estratificadas de acordo PCR-us inferior ou ≥3 mg/L. Pacientes com menos de 6 mil passos/dia foram consideradas sedentárias. Para análise estatística foram utilizados teste t de Student, Wilcoxon-Mann- Whitney U ou Qui-quadrado (x 2), além de modelo de regressão logística para estimar a razão de chances para PCR-us elevada. Resultados participantes com PCR-us ≥3 mg/L apresentaram maior índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal, circunferência da cintura, triglicerídeos, glicose e índice de insulino-resistência (HOMA-IR) (p = 0,01) comparadas às mulheres com PCR-us <3 mg/L. O grupo PCR-us ≥3 mg/L apresentou uma dieta com maior carga glicêmica e menor ingestão de proteínas. A prevalência de sedentarismo e síndrome metabólica foi maior em mulheres com PCR-us ≥3 mg/L (p < 0,01). Após ajuste para idade e tempo de menopausa, a razão de chances para PCR-us ≥3mg/L foi maior nas sedentárias (4,7, intervalo de confiança de 95% [95%CI] 1,4-15,5) e com maior ingestão de carboidratos (2,9, 95%CI 1.1-7,7). Conclusões Sedentarismo e alta ingestão de carboidratos foram associados com inflamação crônica de baixo grau e risco cardiovascular em mulheres na pósmenopausa.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Cardiovascular disease (CVD) is the leading cause of death in post menopausal women, and inflammation is involved in the atherosclerosis process. Purpose to assess whether dietary pattern, metabolic profile, body composition and physical activity are associated with low-grade chronic inflammation according to highsensitivity C-reactive protein (hs-CRP) levels in postmenopausal women. Methods ninety-five postmenopausal participants, with no evidence of clinical disease, underwent anthropometric, metabolic and hormonal assessments. Usual dietary intake was assessed with a validated food frequency questionnaire, habitual physical activity was measured with a digital pedometer, and body composition was estimated by bioelectrical impedance analysis. Patients with hs-CRP ≥ 10 mg/L or using hormone therapy in the last three months before the study were excluded from the analysis. Participants were stratified according to hs-CRP lower or ≥3 mg/L. Sedentary lifestyle was defined as walking fewer than 6 thousand steps a day. Two-tailed Student's t-test, Wilcoxon-Mann-Whitney U or Chi-square (x 2) test were used to compare differences between groups. A logistic regression model was used to estimate the odds ratio of variables for high hs-CRP. Results participants with hs-CRP ≥ 3 mg/L had higher body mass index (BMI), body fat percentage, waist circumference (WC), triglycerides, glucose, and homeostasis model assessment of insulin resistance (HOMA-IR) (p = 0.01 for all variables) than women with hs-CRP <3 mg/L. Also, women with hs-CRP ≥3 mg/L had a higher glycemic load diet and lower protein intake. Prevalence of sedentary lifestyle (p < 0.01) and metabolic syndrome (p < 0.01) was higher in women with hs-CRP ≥3 mg/L. After adjustment for age and time since menopause, the odds ratio for hs- CRP ≥3 mg/L was higher for sedentary lifestyle (4.7, 95% confidence interval [95%CI] 1.4-15.5) and carbohydrate intake (2.9, 95%CI 1.1-7.7). Conclusions sedentary lifestyle and high-carbohydrate intake were associated with low-grade chronic inflammation and cardiovascular risk in postmenopause.
  • Manejo da dor perineal com crioterapia no pós-parto vaginal: ensaio clínico randomizado Original Article

    Morais, Ítalo; Lemos, Andréa; Katz, Leila; Melo, Lorena Fernandes Rosendo de; Maciel, Mariano Maia; Amorim, Melania Maria Ramos de

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Revisões sistemáticas que avaliam a crioterapia perineal para redução da dor no pós-parto por via vaginal são inconclusivas. Objetivo Avaliar a efetividade clínica da crioterapia para controlar a dor e o edema perineais após parto vaginal humanizado. Métodos Ensaio clínico (n° UTN: U1111-1131-8433) randomizado controlado duplocego, realizado em uma maternidade no Nordeste do Brasil. Incluíram-se mulheres após parto vaginal humanizado, de gestação única, cefálica, a termo, e foram excluídas aquelas com lesão perineal prévia, episiotomia no parto atual, parto instrumental e hemorragia perineal ativa. O grupo experimental foi submetido a seis aplicações de bolsa de gelo triturado na região do períneo, por 20minutos, reduzindo a temperatura entre 10 e 15°C, com 60 minutos entre as aplicações. O grupo sem crioterapia recebeu uma bolsa de água, que não reduzia a temperatura a esse nível, respeitando o mesmo protocolo de aplicação do primeiro grupo. Amonitorização da temperatura perineal foi realizada nos minutos zero, 10 e 20 de aplicação, emambos os grupos. Para determinar a associação entre as variáveis, foramrealizadas avaliações imediatamente antes e após as aplicações e 24 horas após o parto. Resultados Foram incluídas 80 puérperas no estudo, sendo 40 em cada grupo. Não houve diferença significativa para os escores de dor e edema perineais entre os grupos comou sem crioterapia até 24 horas após o parto. Não houve diferença entre os grupos quando realizada análise de medidas repetidas em todas as avaliações, considerando a mediana dos escores de dor (p = 0,3) e edema (p = 0,9) perineais. A crioterapia perineal não influenciou na quantidade de analgésicos utilizados (p = 0,07) e nenhum efeito adverso foi registrado. Conclusões A utilização da crioterapia após parto vaginal humanizado, minimamente intervencionista, nãomodifica escores de dor e edema perineais, por já serem, substancialmente, baixos, tampouco altera a necessidade de medicamentos analgésicos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Systematic reviews that evaluate the perineal cryotherapy to reduce pain in the vaginal postpartum are inconclusive. Purpose To evaluate clinical effectiveness of cryotherapy in the management of humanized postpartum perineal pain and vaginal edema. Methods A double-bind randomized controlled clinical trial (UTN number: U1111- 1131-8433) was conducted in a hospital in Northeastern, Brazil.Women were included following humanized childbirth. All had vaginal deliveries of a single, full-term pregnancy with cephalic presentation. Exclusion criteria included previous perineal lesion, episiotomy during the current delivery, instrumental delivery, uterine curettage and postpartum hemorrhage. In the experimental group, an ice pack was applied six times on the perineum for 20 minutes, reducing the temperature between 10 and 15° C, then 60 minutes without exposure to cold. In the non-cryotherapy, a water bag unable to reduce the temperature to this extent was used, compliance with the same application protocol of the first group. Perineal temperature wasmonitored at zero, 10 and 20 minutes for application in both groups. Evaluations were made immediately before and after the applications and 24 hours after delivery spontaneous, to determine the association between variables. Results A total of 80 women were included in the study, 40 in each group. There was no significant difference in scores of perineal pain and edema between the groups with or without cryotherapy until 24 hours after childbirth. There was no difference between groups when accomplished repeated measures analysis over the 24 hours after delivery, considering the median perineal pain (p = 0.3) and edema (p = 0.9). Perineal cryotherapy did not influence the amount of analgesics used (p = 0.07) and no adverse effect was registered. Conclusion The use of cryotherapy following normal vaginal delivery within the concept of humanized minimally interventionist childbirth had no effect on perineal pain and edema, since it was already substantially lower, nor the need for pain medicaments.
  • Comparação da viabilidade do tecido ovariano após congelamento lento e vitrificação em modelo bovino Original Article

    Campos, Ana Luisa Menezes; Guedes, Janaína de Souza; Rodrigues, Jhenifer Klienchem; Pace, Walter Antônio Prata; Fontoura, Renato Rinco; Caetano, João Pedro Junqueira; Marinho, Ricardo Mello

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo avaliar a viabilidade do tecido ovariano bovino após a criopreservação, utilizando congelamento lento e vitrificação, e comparando com o tecido controle por meio de análises morfológicas. Métodos o estudo incluiufragmentos de córtex de vinte ovários bovinos divididos em grupos controle, vitrificação e congelamento lento. Cada grupo foi composto por quatro fragmentos do mesmo ovário, sendo dois fragmentos fixados sem cultivo e dois fragmentos fixados pós-cultivo. Os tecidos foram avaliados pela morfologia folicular logo após o aquecimento e após sete dias de cultivo, e comparados com o grupo controle. Resultados um total de 240 fragmentos foi analisado, gerando uma amostra de 1.344 folículos sem cultivo e 552 pós-cultivo. Quando a amostra sem cultivo teve seus folículos agrupados em não atrésicos, obtivemos 572 no grupo controle, 289 no vitrificação, e 373 no congelamento lento, não apresentando diferença estatística. Quando agrupados em atrésicos, o grupo controle apresentou 46 folículos, o vitrificação, 23, e o congelamento lento, 41, não apresentando também diferença estatística. Na amostra pós-cultivo, podemos observar uma evolução dos estágios foliculares: esse achado foi importante para sustentar que os folículos considerados não atrésicos na avaliação morfológica sem cultivo estavam realmente viáveis. Conclusão não havendo diferenças entre os protocolos, a vitrificação se mostra um avanço e um método alternativo para pacientes que irão se submeter a tratamentos que podem levar a uma falência ovariana, uma vez que a metodologia é mais barata, mais rápida e mais bem adaptável a uma rotina de um laboratório.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To assess the viability of bovine ovarian tissue after cryopreservation through either slow freezing or vitrification, and to compare it to that of control tissue by performing morphological analyses. Methods The study included 20 bovine ovarian cortex fragments that were divided into control, vitrification, and slow freezing groups. Each group consisted of four fragments of the same ovary, two fixed without cultivation, and two fixed with cultivation. Tissues were evaluated based on follicular morphology immediately after heating and after 7 days of culture, and compared with the control group. Results A total of 240 fragments were analyzed, generating a sample of 1,344 follicles without cultivation and 552 with cultivation. When the non-cultivated samples were classified as non-atretic follicles, 572 were found in the control group, 289 in the vitrification group, and 373 in the slow freezing group, showing no significant differences. When classified as atretic, 46 follicles were found in the control group, 23 in the vitrification group, and 41 in the slow freezing group, also showing no statistical difference. In the post-culture sample, an evolution of the follicular stages could be observed. This finding was important to support that the follicles considered non-atretic in the non-cultivated group were actually viable in the morphological evaluation. Conclusion With no differences between the protocols, vitrification was shown to be an advanced and alternative method for patients who will undergo treatments that
  • Qualidade de vida emmulheres com síndrome de ovários policísticos após um programa de treinamento de exercício resistido Original Article

    Ramos, Fabiene K. Picchi; Lara, Lúcia Alves da Silva; Kogure, Gislaine Satyko; Silva, Rafael Costa; Ferriani, Rui Alberto; Silva de Sá, Marcos Felipe; Reis, Rosana Maria dos

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivos Exercícios aeróbicos podem melhorar a qualidade de vida (QV) de mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP). No entanto, não há dados sobre o efeito de um programa de treinamento de exercício resistido (TER) sobre a QV destas mulheres. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de um programa de TER de 16 semanas na QV em mulheres com SOP. Métodos Estudo caso-controle com 16 semanas de duração, para o qual foram incluídas 43 mulheres com SOP (grupo com SOP, GSOP) e 51 controles saudáveis com received idade entre 18 a 37 anos (grupo de controle, GC). Todas as mulheres foramsubmetidas ao protocolo TER supervisionado por 16 semanas, e foram avaliadas em dois momentos: na semana 0 (linha de base), e na semana 16 (após TER). A qualidade de vida foi avaliada pelo 36-Item Short Form Health Survey (SF-36). Resultados Houve redução significativa da testosterona emambos os grupos após o TER (p < 0,01). O GSOP obteve significativa melhora na capacidade funcional na semana 16 em relação à semana 0 (p = 0,02). O GC apresentou significativa melhora no escore do domínio vitalidade, aspectos sociais e saúde mental na semana 16 em relação à semana 0 (p ≤ 0,01). Houve uma fraca correlação entre os aspectos sociais de domínio SF-36 e o nível de testosterona em mulheres com SOP. Conclusão a aplicação de um programa de treinamento físico resistido durante 16 semanas resultou em melhora modesta da QV de mulheres com SOP.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Purpose Aerobic exercises may improve quality of life (QoL) in women with polycystic ovary syndrome (PCOS). However, there is no data on the effect of resistance exercise training (RET) programs on the QoL of women with PCOS. Thus, this study aimed to assess the effect of a 16-week RET program on QoL in PCOS women. Methods This 16-week case-control study enrolled 43 women with PCOS (PCOS group, PCOSG) and 51 healthy pre-menopausal controls aged 18 to 37 years (control group, CG). All women underwent a supervised RET program for 16 weeks, and were evaluated in two different occasions: week-0 (baseline), and week-16 (after RET). Quality of life was assessed using the 36-Item Short Form Health Survey (SF-36). Results Testosterone reduced significantly in both groups after RET (p < 0.01). The PCOSG had improvements in functional capacity at week-16 relative to week-0 (p = 0.02). The CG had significant improvements in vitality, social aspects, and mental health at week-16 relative to week-0 (p ≤ 0.01). There was a weak correlation between social aspects of the SF-36 domain and testosterone levels in PCOS women. Conclusion A 16-week RET program modestly improved QoL in women with PCOS.
  • Fatores de risco epidemiológicos e resultados perinatais das anomalias congênitas Original Article

    Almeida, Lissa Fernandes Garcia; Araujo Júnior, Edward; Crott, Gerson Claudio; Okido, Marcos Masaru; Berezowski, Aderson Tadeu; Duarte, Geraldo; Marcolin, Alessandra Cristina

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivos Identificar os fatores epidemiológicos de risco para anomalias congênitas (ACs) e o impacto destas malformações fetais sobre os resultados perinatais. Métodos Este estudo de coorte prospectivo compreendeu 275 mulheres cujos fetos tinham ACs. Variáveis maternas para estabelecer potenciais fatores de risco para cada grupo de AC e resultados perinatais foram avaliados. O desfecho primário foi CAs. Os desfechos secundários incluíram: restrição de crescimento fetal (RCF); sofrimento fetal (SF); ruptura prematura de membranas (RPM); oligo-hidrâmnio ou polidrâmnio; parto pré-termo (PPT); morte fetal; parto cesárea; baixo peso ao nascer; índice de Apgar < 7 no 1° e 5° minutos; necessidade de ventilação assistida no momento do nascimento; infecção neonatal; necessidade de tratamento cirúrgico; óbito neonatal precoce; e tempo de internação. Teste de Qui-quadrado (x2) e análise de regressãomúltipla foram aplicados para comparar os resultados entre os grupos e determinar os efeitos das características maternas sobre a incidência de ACs. Resultados A prevalência geral de ACs foi de 2.4%. Várias características maternas foram associadas às ACs, tais como: idade; cor da pele; escolaridade; paridade; suplementação com ácido fólico; tabagismo; e histórico de aborto anterior. Não houve diferenças significativas entre os grupos de ACs com relação à RCF, SF, RPM, índice de Apgar < 7 no 1°minuto e necessidade de ventilação assistida no nascimento. Por outro lado, a prevalência dos demais resultados adversos considerados variou significativamente entre os grupos. O parto pré-termo foi significativamente mais frequente nos casos de defeitos do trato gastrointestinal/parede abdominal. As taxas de óbito fetal foram elevadas em todos os grupos de ACs, principalmente na hidropsia fetal isolada (odds ratio [OR]: 27.13; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 2.90-253.47). O tempo de internação foi maior nos casos de anomalias do trato urinário e nas cardiopatias congênitas (p < 0,01). O óbito neonatal foi significativamente menos frequente no grupo de anomalias do sistema nervoso central. Conclusão Foi possível identificar vários fatores de risco para ACs. Resultados perinatais adversos foram observados em todos os grupos de ACs, e podem diferir de acordo com o tipo de AC considerada.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objectives To identify the epidemiological risk factors for congenital anomalies (CAs) and the impact of these fetal malformations on the perinatal outcomes. Methods This prospective cohort study comprised 275 women whose fetuses had CAs. Maternal variables to establish potential risk factors for each group of CA and perinatal outcomes were evaluated. The primary outcome was CA. Secondary outcomes included: fetal growth restriction (FGR); fetal distress (FD); premature rupture of membranes (PROM); oligohydramnios or polyhydramnios; preterm delivery (PTD); stillbirth; cesarean section; low birth weight; Apgar score < 7 at the 1st and 5th minutes; need for assisted ventilation at birth; neonatal infection; need for surgical treatment; early neonatal death; and hospitalization time. Chi-square (x2) test and multilevel regression analysis were applied to compare the groups and determine the effects of maternal characteristics on the incidence of CAs. Results The general prevalence of CAs was of 2.4%. Several maternal characteristics were associated to CAs, such as: age; skin color; level of education; parity; folic acid supplementation; tobacco use; and history of previous miscarriage. There were no significant differences among the CA groups in relation to FGR, FD, PROM, 1-minute Apgar score > 7, and need for assisted ventilation at birth. On the other hand, the prevalence of the other considered outcomes varied significantly among groups. Preterm delivery was significantly more frequent in gastrointestinal tract/abdominal wall defects. The stillbirth rate was increased in all CAs, mainly in isolated fetal hydrops (odds ratio [OR]: 27.13; 95% confidence interval [95%CI]: 2.90-253.47). Hospitalization time was higher for the urinary tract and congenital heart disease groups (p < 0.01). Neonatal death was significantly less frequent in the central nervous system anomalies group. Conclusion It was possible to identify several risk factors for CAs. Adverse perinatal outcomes were presented in all CA groups, and may differ according to the type of CA considered.
  • Cirurgia com tela para correção de prolapso de parede anterior: metanálise Review Article

    Juliato, Cássia Raquel Teatin; Santos Júnior, Luiz Carlos do; Haddad, Jorge Milhem; Castro, Rodrigo Aquino; Castro, Marcelo Lima1 Edilson Benedito de

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Prolapso de órgãos pélvicos é problema de saúde públicas, sendo o mais comumo anterior. Para tratamento são utilizadas cirurgias, comou semtelas. O uso de telas é para diminuir recidivas, mas não h á consenso. Métodos Foi realizada revisão da literatura e metanálise, sobre uso de telas na correção do prolapso anterior. Base de dados foi PUBMED , com termos (MESH): "Anterior Pelvic Organ OR Cystocele AND Surgery AND (Mesh or Colporrhaphy)". Critérios de exclusão foram: seguimento menor que 1 ano, telas biológicas ou absorvíveis. Resultados: foram avaliados 115 artigos. Após revisão dos títulos, 70 estudos foram descartados e 18 após leitura de resumos. Após critérios de Jadad (>2), 12 estudos foram incluídos. Análise estatística foi razão de risco ou diferença entre médias dos grupos, e as análises com grande heterogeneidade foram avaliadas através de análise de efeito aleatório. Resultados Cura objetiva foi superior no grupo com tela - OR 1,28 (1,07-1,53, p 1 0,00001), maior perda sanguínea - diferença média (MD) 45,98 (9,72-82,25, p = 0,01), tempo cirúrgico mais longo - MD 15,08 (0,48-29,67, p = 0,04), porém menor recorrência - OR 0,22 (0,13-0,38, p = 0,00001), não apresentando maior resolução dos sintomas - OR 1,93 (0,83-4,51, p = 0,15). Dispareunia e taxa de reoperação também não foram diferentes entre grupos. Qualidade de vida não apresentou diferença. Conclusões Cirurgia com tela para prolapso vaginal anterior apresenta melhor taxa de cura anatômica e menor recorrência, sem diferenças cura subjetiva, reoperação e qualidade de vida. Há maior tempo cirúrgico e perda sanguínea. Uso de telas deve ser individualizado.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Purpose Pelvic organ prolapse (POP) is a major health issue worldwide, affecting 6- 8% of women. The most affected site is the anterior vaginal wall. Multiple procedures and surgical techniques have been used,with or without the use of vaginalmeshes, due to common treatment failure, reoperations, and complication rates in some studies. Methods Systematic review of the literature and meta-analysis regarding the use of vaginal mesh in anterior vaginal wall prolapse was performed. A total of 115 papers were retrieved after using the medical subject headings (MESH) terms: 'anterior pelvic organ prolapse OR cystocele AND surgery AND (mesh or colporrhaphy)' in the PubMed database. Exclusion criteria were: follow-up shorter than 1 year, use of biological or absorbable meshes, and inclusion of other vaginal wall prolapses. Studies were put in a data chart by two independent editors; results found in at least two studies were grouped for analysis. Results After the review of the titles by two independent editors, 70 studies were discarded, and after abstract assessment, 18 trials were eligible for full text screening. For final screening and meta-analysis, after applying the Jadad score (> 2), 12 studies were included. Objective cure was greater in the mesh surgery group (odds ratio [OR] = 1,28 [1,07-1,53]), which also had greater blood loss (mean deviation [MD] = 45,98 [9,72-82,25]), longer surgery time (MD = 15,08 [0,48-29,67]), but less prolapse recurrence (OR = 0,22 [01,3-0,38]). Dyspareunia, symptom resolution and reoperation rates were not statistically different between groups. Quality of life (QOL) assessment through the pelvic organ prolapse/urinary incontinence sexual questionnaire (PISQ-12), the pelvic floor distress inventory (PFDI-20), the pelvic floor impact questionnaire (PFIQ-7), and the perceived quality of life scale (PQOL) was not significantly different. Conclusions Anterior vaginal prolapse mesh surgery has greater anatomic cure rates and less recurrence, although there were no differences regarding subjective cure, reoperation rates and quality of life. Furthermore, mesh surgery was associated with longer surgical time and greater blood loss. Mesh use should be individualized, considering prior history and risk factors for recurrence.
  • Teratoma maduro cístico do ovário com níveis aberrantes de Ca19-9: caso clínico Case Report

    Sampaio, Joana; Sarmento-Gonçalves, Inês; Barros, Joana Moreira; Felix, Joana; Tiago-Silva, Pedro

    Resumo em Português:

    Resumo Os teratomas maduros císticos do ovário, ou tumores dermoides, são as neoplasias benignas mais frequentes em mulheres jovens. A sua transformação maligna é rara, e ocorre emmenos de 2% dos casos. A composição histológica heterogénea destes tumores pode ser responsável pela ocasional elevação de marcadores tumorais, como o Ca19-9 e o Ca125. Descrevemos umcaso de teratoma maduro cístico do ovário numa paciente de 50 anos com o segundo valor mais elevado de Ca19-9 (8922,76 UI/mL) descrito na literatura. Concluímos que níveis anormalmente elevados de Ca19-9 não estão necessariamente associados a tumores malignos, e podem conduzir a intervenções médicas desnecessárias e contribuir para o aumento da ansiedade da paciente. Portanto, as características clínicas, os estudos imagiológicos e os marcadores tumorais devem ser interpretados cuidadosamente, e não devem limitar o tipo de conduta cirúrgica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Mature cystic teratomas, or dermoid tumors, are the most common benign ovarian neoplasms in young women. Malignant transformation is rare, and occurs in less than 2% of the cases. The heterogeneous histological composition of these tumors may be responsible for the occasional elevation of various tumor markers, such as Ca19-9 and Ca125. We describe one case of mature cystic teratoma in a 50-year old woman with the second highest level of Ca19-9 (8922.76 UI/mL) described in the literature. We concluded that abnormal levels of Ca19-9 are not necessarily associated with ovarian malignancy, and may lead to unnecessary medical intervention and patient anxiety. Therefore, the clinical features, imaging studies and antigen testing should be interpreted carefully, and should not limit the surgical approach.
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br