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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 39, Número: 11, Publicado: 2017
  • What Value is there in Assessing Postmenopausal Women for Vitamin D Deficiency? Editorial

    Moreira, Mariana Lima Mascarenhas; Paula, Francisco José Albuquerque de
  • Prevalence of Maternal Morbidity and Its Association with Socioeconomic Factors: A Population-based Survey of a City in Northeastern Brazil Original Article

    Rosendo, Tatyana Souza; Roncalli, Angelo Giuseppe; Azevedo, George Dantas de

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Identificar a prevalência da morbidade materna e os fatores socioeconômicos, demográficos e de assistência à saúde associados a ela em uma capital do Nordeste brasileiro. Métodos Estudo seccional, de base populacional, com desenho de amostras complexas. Aplicou-se umquestionário validado paramorbidade materna em848 mulheres com idade entre 15 e 49 anos selecionadas em 8.227 domicílios distribuídos em 60 setores censitários de Natal, capital do Rio Grande do Norte, Brasil. O desfecho principal foi a morbidade materna. A análise multivariada foi feita por meio da regressão de Poisson, com 5% de significância. Resultados A prevalência de morbidade materna foi de 21,2%. A análise bivariada encontrou associação entre o maior número de complicações obstétricas com: mulheres da raça preta/parda (razão de prevalência [RP] = 1,23; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,04-1,46); pior condição socioeconômica (RP = 1,33; IC95%: 1,12-1,58); pré-natal na rede pública (RP = 1,42; IC95%: 1,16 -1,72); mulheres que não foram informadas sobre o lugar da realização do parto durante o pré-natal (RP = 1,24; IC95%: 1,05-1,46); mulheres que realizaram o parto na rede pública (RP = 1,63; IC95%: 1,30-2,03); pacientes que percorreram mais de um hospital para realizar o parto (RP = 1,22; IC95%: 1,03-1,45); e aquelas que não tiveram acompanhante em todos os momentos da assistência ao parto - antes, durante e depois do parto (RP = 1,25; IC95% = 1,05-1,48). No modelo final da regressão, tanto o local do parto quanto a condição socioeconômica mantiveram a associação. Conclusões A maior prevalência da morbidade materna esteve associada às piores condições socioeconômicas e à realização do parto na rede pública. Isso reforça a necessidade de fortalecimento de políticas públicas que reduzam as desigualdades em saúde.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Purpose To identify the prevalence of maternal morbidity and its socioeconomic, demographic and health care associated factors in a city in Northeastern Brazil. Methods A cross-sectional and population-based study was conducted, with a design based on multi-stage complex sampling. A validated questionnaire was applied to 848 women aged between 15 and 49 years identified in 8,227 households from 60 census tracts of Natal, the capital of the state of Rio Grande do Norte (RN), Brazil. The main outcome measure was maternal morbidity. The Poisson regression analysis, with 5% significance, was used for the analysis of the associated factors. Results The prevalence of maternal morbidity was of 21.2%. A bivariate analysis showed the following variables associated with an increased number of obstetric complications: non-white race (prevalence ratio [PR] =1.23; 95% confidence interval [95%CI]: 1.04-1.46); lower socioeconomic status (PR = 1.33; 95%CI: 1.12-1.58); prenatal care performed in public services (PR = 1.42; 95%CI: 1.16-1.72): women that were not advised during prenatal care about where they should deliver (PR = 1.24; 95%CI: 1.05-1.46); delivery in public services (PR = 1.63; 95%CI: 1.30-2.03); need to search for more than one hospital for delivery (PR = 1.22; 95%CI: 1.03-1.45); and no companion at all times of delivery care (PR = 1.25, 95%CI: 1.05-1.48). The place where the delivery occurred (public or private) and the socioeconomic status remained significant in the final model. Conclusion Women in a worse socioeconomic situation and whose delivery was performed in public services had a higher prevalence of maternal morbidity. Such an association reinforces the need to strengthen public policies to tackle health inequalities through actions focusing on these determinants.
  • Parameters Associated with Adverse Fetal Outcomes in Parvovirus B19 Congenital Infection Original Article

    Agra, Isabela Karine Rodrigues; Amorim, Antonio Gomes; Lin, Lawrence Hsu; Biancolin, Sckarlet Ernandes; Francisco, Rossana Pulcineli Vieira; Brizot, Maria de Lourdes

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Investigar os parâmetros clínicos e ultrassonográficos associados ao desfecho fetal adverso em pacientes com infecção congênita por parvovírus B19 manejada por meio de transfusão intrauterina. Métodos Trata-se de um estudo retrospectivo de um único centro realizado entre janeiro de 2005 e dezembro de 2016, que avaliou pacientes com gestação única com infecção fetal por parvovírus confirmada por reação em cadeia da polimerase de líquido amniótico ou amostras de sangue fetal submetidas a pelo menos uma transfusão intrauterina. As características maternas, os achados ultrassonográficos e os parâmetros relacionados à transfusão intrauterina foram comparados entre os dois grupos (recuperação/não recuperação), que foram categorizados com base na resposta fetal após transfusão intrauterina. A progressão para morte fetal ou parto sem recuperação fetal após transfusões foi considerada não recuperação, e categorizada como um desfecho adverso. Resultados A análise final incluiu dez gravidezes únicas: sete foram categorizadas no grupo de recuperação, e três, no grupo de não recuperação. As características basais foram semelhantes entre os grupos. Todos os fetos estavam hidrópicos no momento do diagnóstico. Não foram identificadas diferenças significativas entre os grupos em relação aos parâmetros ultrassonográficos ou os das transfusões intrauterinas; Entretanto, o grupo de não recuperação tendeu a ter um número aumentado demarcadores ultrassonográficos e níveis mais baixos de hemoglobina e plaquetas fetais antes da transfusão. Conclusão Não foi possível estabelecer firmemente os parâmetros clínicos ou ultrassonográficos associados ao desfecho fetal adverso em pacientes com infecção por parvovírus manejada por meio de transfusões intrauterinas. Entretanto, edema de pele, espessamento placentário e oligoidrâmnio podem indicar maior comprometimento fetal e, posteriormente, desfechos fetais adversos. No entanto, estudos adicionais são necessários, principalmente devido ao pequeno número de casos analisados neste estudo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To investigate the clinical and sonographic parameters associated with adverse fetal outcomes in patients with congenital parvovirus B19 infection managed by intrauterine transfusion. Methods This was a single-center retrospective study conducted from January 2005 to December 2016 that assessed patients with singleton pregnancies with fetal parvovirus infection confirmed by a polymerase chain reaction of the amniotic fluid or fetal blood samples who underwent at least one intrauterine transfusion. The maternal characteristics, sonographic findings and parameters related to intrauterine transfusion were compared between the two groups (recovery/non-recovery), who were categorized based on fetal response after in-utero transfusions. Progression to fetal death or delivery without fetal recovery after the transfusions was considered nonrecovery and categorized as an adverse outcome. Results The final analysis included ten singleton pregnancies: seven of which were categorized into the recovery group and three of which into the non-recovery group. The baseline characteristics were similar between the groups. All fetuses were hydropic at the time of diagnosis. No significant differences related to sonographic or intrauterine transfusion parameters were identified between the groups; however, the nonrecovery group tended to have an increased number of sonographic markers and lower fetal hemoglobin and platelet levels before the transfusion. Conclusion We were unable to firmly establish the clinical or sonographic parameters associated with adverse fetal outcomes in patients with parvovirus infection managed with intrauterine transfusions; however, edema, placental thickening and oligohydramnios may indicate greater fetal compromise and, subsequently, adverse outcomes. However, further studies are necessary, mainly due to the small number of cases analyzed in the present study.
  • Relationship between Anxiety and Interleukin 10 in Female Soccer Players with and Without Premenstrual Syndrome (PMS) Original Article

    Foster, Roberta; Vaisberg, Mauro; Araújo, Maíta Poli de; Martins, Marcia Aparecida; Capel, Tiago; Bachi, Andre Luis Lacerda; Bella, Zsuzsanna Ilona Katalin de Jármy-Di

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Investigar o nível de ansiedade e a sua relação com a interleucina 10 (IL-10) em jogadoras de futebol de campo com e sem síndrome pré-menstrual (SPM). A IL-10 é uma citocina anti-inflamatória que modula o humor e a ansiedade. Métodos Foram avaliadas 52 jogadoras de futebol de campo eumenorreicas (idade 19.8 ± 4.7 anos). A síndrome pré-menstrual (SPM) e as fases do ciclo menstrual foram determinadas pelo questionário de sintomas (DSR) por 3 meses consecutivos. A concentração da interleucina (IL)-10 foi obtida das amostras de urina coletadas em 4 momentos: nas fases folicular e lútea do ciclo menstrual e antes e depois do jogo, e foi quantificada por citometria de fluxo (Luminex xMAP - EMDMillipore, Billerica,MA, USA). O nível de ansiedade foi determinado pelo questionário de ansiedade de BAI, respondido por todas as atletas nos mesmos momentos das coletas de urina. O teste t de Student, a análise de variância (ANOVA) e a correlação de Pearson com nível de significância de 5% foram utilizados para a análise dos dados. Resultados Observou-se 59,6% de SPM nas jogadoras de futebol avaliadas, similar aos dados da literatura. O grupo com SPM possui um estado de ansiedade mais elevado quando comparado ao grupo sem SPM (p = 0,002). A IL-10 apresentou diminuição significante na fase lútea antes do jogo em comparação ao mesmo momento na fase folicular nas jogadoras sem SPM (p < 0,05). A correlação entre a IL-10 e a ansiedade revelou correlação negativa na fase lútea após o jogo no grupo sem SPM (p = 0,02; r = -0,50), bem como correlação positiva na fase lútea após o jogo no grupo com SPM (p = 0,04; r = 0,36). Conclusão Os resultados no grupo sem SPM evidenciam provável controle da ansiedade com a contribuição da IL-10. O grupo com SPM; com ansiedade maior que o grupo sem SPM; não teve variação significativa na IL-10, sugerindo dificuldade maior no controle da ansiedade nessas atletas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To investigate the level of anxiety and its relationship with interleukin (IL)- 10 (anti inflammatory cytokine that modulates mood swings) in a group of female soccer players. Methods Fifty-two eumenorrheic soccer players were evaluated (age 19.8 ± 4.7 years). The presence of premenstrual syndrome (PMS) and phases of the menstrual cycle were determined by a daily symptomreport (DSR) kept for 3 consecutivemonths. The concentration of cytokine IL-10 was determined from urine samples collected at four moments: at the follicular and luteal phases of the menstrual cycle, and before (pre) and after (post) the simulated game, and it was quantified by flow cytometry (Luminex xMAP - EMDMillipore, Billerica, MA, USA). The level of anxietywas determined through the BAI anxiety questionnaire answered by all athletes at the same time of the urine collection. The Student t-test, analysis of variance (ANOVA) and Pearson correlation with significance level at 5% were used for data analysis. Results We showed that the prevalence of PMS among female soccer players is similar to that reported in the literature. In addition,we showed that the group withPMS has a higher level of anxiety compared with group without PMS (p = 0.002). Interleukin-10 analysis in players without PMS revealed that there was a significant decrease in the level of this cytokine before the game during the luteal phase when compared with the follicular phase (p < 0.05). The correlation analysis between IL-10 and anxiety showed a negative correlation post-game in the luteal phase in the group without PMS (p = 0.02; r = -0.50) and a positive correlation post-game in the luteal phase in PMS group (p = 0.04; r = 0.36). Conclusion Our results suggest that IL-10 may contribute to reduce anxiety in the group without PMS. This could be attributed to the fact that no IL-10 variation was observed in the group with PMS, which presented higher anxiety symptoms when compared with the group without PMS.
  • Brazilian Women’s Health after 65 Years of Age Original Article

    Fonseca, Angela Maggio da; Bagnoli, Vicente Renato; Massabki, Josefina Odete Polak; Arie, Wilson Maça Yuki; Azevedo, Raymundo Soares; Soares, José Maria; Baracat, Edmund C.

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar os aspectos de saúde das mulheres brasileiras após os 65 anos de idade. Métodos O estudo foi retrospectivo, e incluiu 1.001mulheres brasileiras atendidas no ambulatório de ginecologia geriátrica de nossa instituição. Foi feita uma análise transversal de mulheres com idade acima de 65 anos, incluindo dados demográficos, sintomas clínicos (sintomas vasomotores), morbidades associadas, bem como alterações no exame físico e queixas em relação à atividade sexual. Utilizamos o teste qui-quadrado para avaliar os dados. Resultados A idade das pacientes na primeira visita clínica variou de 65 a 98 anos, com média etária de 68,56 ± 4,47 anos. A média etária de entrada na menopausa foi de 48,76 ± 5,07 anos. Os sintomas clínicos mais frequentes relatados durante o período analisado foram os sintomas vasomotores (n = 188), seguidos de artropatia, astenia e vagina seca. Asmorbidades associadasmais frequentes após os65anos foram hipertensão arterial sistêmica, distúrbios gastrintestinais, diabete melito e depressão, entre outras. A avaliação do índice de massa corporal (IMC) mostrou redução deste parâmetro antropométrico com o progredir da idade. No momento da visita, 78 pacientes relataram ter relações sexuais. A maioria das mulheres que relatou ter relações sexuais (89,75%, n = 70) estava entre 65 e 69 anos, 8,97% (n = 7) tinham entre 70 e 74 anos, e apenas 1,28% (n = 1) eram mais velhas do que 75 anos de idade. Conclusões Nossos achados sugerem que os sintomas vasomotores podem persistir após os 65 anos. Houve uma diminuição significativa na relação sexual com o aumento da idade. Os distúrbios cardiovasculares em nosso estudo são preocupações de saúde nestas mulheres.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Purpose The aim of this study was to evaluate the health aspects of Brazilian women older than 65 years of age. Design This was a retrospective study that included 1,001 Brazilian women cared for in the gynecological geriatric outpatient office of our institution. We report a crosssectional analysis of female adults aged over 65 years, including data on demographics, clinical symptoms such as vasomotor symptoms, associated morbidities, physical examination and sexual intercourse. We used the chi-squared test to assess the data. Results The age of the patients on their first clinic visit ranged from65 to 98 years, with a mean age of 68.56 ± 4.47 years; their mean age at the time of natural menopause was 48.76 ± 5.07 years. The most frequent clinical symptoms reported during the analyzed period were hot flashes (n = 188), followed by arthropathy, asthenia, and dry vagina. The most frequent associated morbidities after 65 years of age were systemic arterial hypertension, gastrointestinal disturbance, diabetes mellitus, and depression, among others. The assessment of the bodymass index (BMI) found decreases inBMIwith increased age. At the time of the visit, 78 patients reported sexual intercourse. The majority of women reporting sexual intercourse (89.75%, n = 70) were between 65 and 69 years of age, 8.97% (n = 7) were between 70 and 74 years of age, and only 1.28% (n = 1) of those were aged older than 75 years. Conclusions Our findings suggested that vasomotor symptoms can persist after 65 years of age. There was a significant decrease in sexual intercourse with increased age. The cardiovascular disturbances in our study are health concerns in these women.
  • Follicle Viability after Vitrification of Bovine Ovarian Tissue Original Article

    Guedes, Janaína de Souza; Rodrigues, Jhenifer Kliemchen; Campos, Ana Luisa Menezes; Moraes, Camila Cruz de; Caetano, João Pedro Junqueira; Marinho, Ricardo Mello

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da vitrificação na viabilidade dos folículos utilizando a cultura in vitro tridimensional (3D). Métodos Foi utilizado tecido ovariano bovino (n = 5) obtido de abatedouros. O córtex foi cortado em pequenos fragmentos de 2 x 3 x 0,5 mm, utilizando o tissue slicer e a partir destes fragmentos foram isolados folículos secundários por meio de método enzimático e mecânico, encapsulados em gel de alginato e cultivados individualmente durante 20 dias. Outros fragmentos do mesmo tecido ovariano foram vitrificados em solução contendo 25% de glicerol e 25% de etilenoglicol. Após aquecimento, os folículos passaram pelo mesmo processo de isolamento folicular realizado a fresco. Resultados Foram isolados 61 folículos, sendo 51 originários de tecido ovariano a fresco, e 10 de tecido vitrificado. Após a cultura, os folículos vitrificados apresentaram taxa de sobrevida de 20%, e o grupo a fresco apresentou taxa de 43,1% (p = 0,290). O diâmetro folicular ao final da cultura também não apresentou diferença significativa entre o grupo vitrificado (422,93 ± 85,05 μm) e a fresco (412,99 ± 102,55 μm) (p = 0,725). Os folículos a fresco apresentarammaior taxa média de formação de antro do que os folículos vitrificados (47,1% e 20,0%, respectivamente), mas sem diferença significativa (p = 0,167). Conclusões Os folículos foram capazes de se desenvolver, crescer e formar antro em sistema 3D após a vitrificação.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Purpose The present study aimed to evaluate the impact of vitrification on the viability of follicles using a three-dimensional (3D) in vitro culture. Methods Bovine ovarian tissue samples (n = 5) obtained from slaughterhouses were utilized. The cortex was cut into small fragments of 2 x 3 x 0.5 mm using a tissue slicer. From these fragments, secondary follicles were first isolated by mechanical and enzymatic methods, then encapsulated in alginate gel and individually cultured for 20 days. Additional fragments of the same ovarian tissue were vitrified in a solution containing 25% glycerol and 25% ethylene glycol. After warming, the follicles underwent the same follicular isolation process that was performed for the fresh follicles. Results A total of 61 follicles were isolated, 51 from fresh ovarian tissue, and 10 from vitrified tissue. After the culture, the vitrified and fresh follicles showed 20% and 43.1% survival rates respectively (p = 0.290),with no significant differences. At the end of the culture, therewere no significant differences in follicular diameter between the vitrified (422.93 ± 85.05 μm) and fresh (412.99 ± 102.55 μm) groups (p = 0.725). Fresh follicles showed higher mean rate of antrum formation when compared with vitrified follicles (47.1% and 20.0% respectively), but without significant difference (p = 0.167). Conclusions The follicles were able to develop, grow and form antrum in the 3D system after vitrification, despite the lower results obtained with the fresh tissue.
  • Preterm Preeclampsia and Timing of Delivery: A Systematic Literature Review* Systematic Review

    Guida, José Paulo de Siqueira; Surita, Fernanda Garanhani; Parpinelli, Mary Angela; Costa, Maria Laura

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A pré-eclâmpsia, doença multifatorial e com fisiopatologia ainda não totalmente estabelecida, é importante causa de morbimortalidade materna e perinatal, especialmente quando pré-termo. O diagnóstico é realizado quando há associação entre hipertensão arterial e proteinúria ou evidência de gravidade. Existem questionamentos na literatura se, frente ao diagnóstico de pré-eclâmpsia, a resolução da gravidez deve ser imediata ou postergada, considerando o risco de desenvolvimento de complicações maternas versus os resultados perinatais associados à prematuridade. O objetivo desta revisão sistemática é estabelecer o melhor momento de resolução da gestação em mulheres com pré-eclâmpsia antes das 37 semanas. Metodologia Revisão sistemática da literatura, realizada na base de dados PubMed, usando os termos preeclampsia parturition e timing of delivery, para encontrar estudos feitos entre 2014 a 2017. Foram selecionados estudos que comparassem os desfechos maternos e perinatais de mulheres submetidas a resolução imediata ou a postergação do parto, na ausência de evidência de pré-eclâmpsia grave. Resultados Foram localizados 629 artigos; após leitura dos títulos, 78 foram selecionados. Realizada avaliação dos seus resumos, 16 foram avaliados na integralmente e, finalmente, 6 estudos preencheram os requisitos de inclusão (2 ensaios clínicos randomizados e 4 estudos observacionais). Os resultados foram apresentados conforme a faixa de idade gestacional (± 34 semanas, e entre 34 e 37 semanas) e a avaliação dos desfechos maternos e perinatais. Antes das 34 semanas, os resultados maternos foram semelhantes; entretanto, os desfechos perinatais foram significativamente piores quando houve resolução imediata. Entre 34 e 37 semanas, a progressão para doença materna grave foi discretamente maior entre as mulheres submetidas a conduta expectante; entretanto, os desfechos perinatais forammelhores quando o parto foi postergado. Conclusões Na ausência de evidências de pré-eclâmpsia grave ou de prejuízo da vitalidade fetal, o parto deve ser postergado, principalmente antes das 34 semanas, com vigilância materna e fetal rigorosas. Entre 34 e 37 semanas, a decisão deve ser compartilhada com a gestante e sua família, após esclarecimento sobre os desfechos adversos associados à pré-eclâmpsia e prematuridade.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Preeclampsia, a multifactorial disease with pathophysiology not yet fully understood, is a major cause of maternal and perinatal morbidity and mortality, especially when preterm. The diagnosis is performed when there is an association between arterial hypertension and proteinuria or evidence of severity. There are unanswered questions in the literature considering the timing of delivery once preterm preeclampsia has been diagnosed, given the risk of developingmaternal complications versus the risk of adverse perinatal outcomes associated with prematurity. The objective of this systematic review is to determine the best timing of delivery for women diagnosed with preeclampsia before 37 weeks of gestation. Methods Systematic literature review, performed in the PubMed database, using the terms preeclampsia, parturition and timing of delivery to look for studies conducted between 2014 and 2017. Studies that compared the maternal and perinatal outcomes of women who underwent immediate delivery or delayed delivery, in the absence of evidence of severe preeclampsia, were selected. Results A total of 629 studies were initially retrieved. After reading the titles, 78 were selected, and their abstracts, evaluated; 16 were then evaluated in full and, in the end, 6 studies (2 randomized clinical trials and 4 observational studies) met the inclusion criteria. The results were presented according to gestational age range (< 34 weeks and between 34 and 37 weeks) and by maternal and perinatal outcomes, according to the timing of delivery, considering immediate delivery or expectant management. Before 34 weeks, thematernal outcomeswere similar, but the perinatal outcomes were significantly worse when immediate delivery occurred. Between 34 and 37 weeks, the progression to severe maternal disease was slightly higher among women undergoing expectant management, however, with better perinatal outcomes. Conclusions When there is no evidence of severe preeclampsia or impaired fetal wellbeing, especially before 34 weeks, the pregnancy should be carefully surveilled, and the delivery, postponed, aiming at improving the perinatal outcomes. Between 34 and 37 weeks, the decision on the timing of delivery should be shared with the pregnant woman and her family, after providing information regarding the risks of adverse outcomes associated with preeclampsia and prematurity.
  • Management of Axillary Web Syndrome after Breast Cancer: Evidence-Based Practice Systematic Review

    da Luz, Clarissa Medeiros; Deitos, Julia; Siqueira, Thais Cristina; Palú, Marina; Heck, Ailime Perito Feiber

    Resumo em Português:

    Resumo A síndrome da rede axilar (ou cordão axilar) é uma complicação físico-funcional que interfere na qualidade de vida de mulheres que foram submetidas a tratamento para o câncer de mama. O objetivo do presente estudo foi verificar os tratamentos fisioterapêuticos disponíveis para a síndrome da rede axilar após o tratamento cirúrgico do câncer de mama no contexto da prática clínica baseada em evidências. Utilizou-se como critério de inclusão artigos que discutissem protocolos de tratamento para a síndrome da rede axilar após o tratamento para o câncer de mama. A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE, Scopus, PEDro e LILACS, utilizando como palavras-chave síndrome da rede axilar linfadenectomia e câncer de mama, com foco em mulheres com diagnóstico de câncer de mama que realizaram cirurgia com linfadenectomia como parte do tratamento. Dos 262 estudos encontrados, foram selecionados 4 artigos que utilizaram fisioterapia, os quais incluíram drenagem linfática, mobilização tecidual, alongamento e fortalecimento. Os quatro artigos selecionados tiveram desfechos similares: melhora da dor no membro superior e na função do ombro e/ou desaparecimento do cordão axilar. Embora a síndrome da rede axilar seja tão frequente e prejudicial quanto as outras morbidades após tratamento para o câncer, existem poucos estudos sobre esse tema. As publicações são ainda mais escassas quando se considera uma abordagem intervencionista. Estudos randomizados controlados são necessários para embasar as técnicas de reabilitação na síndrome da rede axilar após tratamento para o câncer de mama.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Axillary web syndrome is characterized as a physical-functional complication that impacts the quality of life of women who have undergone treatment for breast cancer. The present study aims to verify the physiotherapy treatment available for axillary web syndrome after surgery for breast cancer in the context of evidence-based practice. The selection criteria included papers discussing treatment protocols used for axillary web syndrome after treatment for breast cancer. The search was performed in the MEDLINE, Scopus, PEDro and LILACS databases using the terms axillary web syndrome, lymphadenectomy and breast cancer, focusing on women with a previous diagnosis of breast cancer who underwent surgery with lymphadenectomy as part of their treatment. From the 262 studies found, 4 articles that used physiotherapy treatment were selected. The physiotherapy treatment was based on lymphatic drainage, tissue mobilization, stretching and strengthening. The four selected articles had the same outcome: improvement in arm pain and shoulder function and/or dissipation of the axillary cord. Although axillary web syndrome seems to be as frequent and detrimental as other morbidities after cancer treatment, there are few studies on this subject. The publications are even scarcer when considering studies with an interventional approach. Randomized controlled trials are necessary to support the rehabilitation resources for axillary web syndrome.
  • Pregnancy in Non-Communicating Unicornuate Uterus: Diagnosis Difficulty and Outcomes - a Case Report Case Report

    Souza, Camila Silveira de; Dorneles, Gabriela Gindri; Mendonça, Giana Nunes; Santos, Caroline Mombaque dos; Gallarreta, Francisco Maximiliano Pancich; Konopka, Cristine Kolling

    Resumo em Português:

    Resumo Aproximadamente 1 em cada 76 mil gestações se desenvolvememútero unicorno sem comunicação com o colo uterino. Anomalias müllerianas uterinas são, na maioria das vezes, assintomáticas, tornando difícil o diagnóstico, que geralmente é esclarecido durante a gestação ou por conta das complicações gestacionais, como ruptura uterina, hipertensão gestacional, parto pré-termo, hemorragias pós-parto e crescimento intrauterino restrito (CIUR). Com o intuito de evitar cesáreas desnecessárias e os riscos que esse procedimento envolve, considerações devem ser feitas quanto aos diferentes métodos utilizados, e por quanto tempo é viável induzir o parto na possibilidade de útero não comunicante, mesmo sendo uma anomalia rara. Este relato descreve um caso de uma gestação que se desenvolveu em um útero unicorno não comunicante com o colo uterino e as consequências do diagnóstico tardio.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Approximately 1 in every 76,000 pregnancies develops within a unicornuate uterus with a rudimentary horn.Müllerian uterus anomalies are often asymptomatic, thus, the diagnosis is a challenge, and it is usually made during the gestation or due to its complications, such as uterine rupture, pregnancy-induced hypertension, antepartum, postpartum bleeding and intrauterine growth restriction (IUGR). In order to avoid unnecessary cesarean sections and the risks they involve, the physicians should consider the several approaches and for how long it is feasible to perform labor induction in suspected cases of pregnancy in a unicornuate uterus with a rudimentary horn, despite the rarity of the anomaly. This report describes a case of a unicornuate uterus in which a pregnancy developed in the non-communicating rudimentary horn and the consequences of the delayed diagnosis.
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