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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 40, Número: 2, Publicado: 2018
  • Contraceptivos hormonais e risco de câncer de mama: como explicar sem polêmica Editorial

    Machado, Rogério Bonassi
  • Transmissão vertical do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil: 2006-2014 Original Articles

    Melo, Victor Hugo; Maia, Marcelle Marie Martins; Correa Júnior, Mário Dias; Kakehasi, Fabiana Maria; Ferreira, Flávia Gomes Faleiro; Andrade, Beatriz Amélia Monteiro de; Scaramussa, Fernanda Sobral; Ferreira, Fernanda Alves Morais; Messias, Alfredo Augusto; Pinto, Jorge Andrade

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Rever as taxas de transmissão vertical (TV) do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil, de janeiro de 2006 a dezembro de 2014. Métodos Estudo descritivo de uma coorte prospectiva de gestantes infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, monitorados pelo Grupo de Pesquisa em HIV/Aids Materno-Infantil, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. Resultados A taxa geral de TV foi de 1,9% (13/673; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,0-3,3). O uso extensivo de terapia antirretroviral combinada (TARVc) (89,7%; 583/ 650) impactou fortemente a redução de TV durante este período. Carga viral materna superior a 1.000 cópias/mL mostrou associação significante com TV (OR: 6,6; IC 95%:1,3-33,3). A amamentação materna foi descrita em 10 casos nesta coorte (1,5%; IC 95%: 0,7-2,7), mas não foi associada à TV. Conclusão Os dados atuais da coorte foram coerentes com a baixa taxa de TV descrita em outras populações globais, e foi consideravelmentemenor em comparação com os resultados da mesma coorte no período de 1998-2005, quando a taxa de TV foi de 6,2%. Esses dados confirmam a eficiência das Diretrizes Nacionais, e enfatizam a importância de adotar os procedimentos internacionais recomendados para a prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To revise HIV-1 vertical transmission (VT) rates in the metropolitan area of Belo Horizonte, Brazil, from January of 2006 to December of 2014. Methods Descriptive study of a prospective cohort of HIV-1-infected pregnant women and their children, monitored by the Maternal and Child HIV/Aids Research Group of Research Group at Faculty of Medicine of Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil. Results The VT general rate was 1.9% (13/673; confidence interval [CI] 95%: 1.0-3.3). The extensive use of combined highly active antiretroviral therapy (HAART) (89.7%; 583/650) strongly impacted the reduction of VT during this period. Maternal viral load (VL) higher than 1,000 copies/mL showed significant association with VT (OR:6.6; CI 95%:1.3-33.3). Maternal breastfeeding was described in 10 cases in this cohort (1.5%; CI 95%: 0.7-2.7), but it was not associated with VT. Conclusion The present cohort data were coherent with the low VT rate described in other global populations, and it was considerably lower in comparison to the results of the same cohort during the period of 1998-2005, when the VT rate was 6.2%. These data confirm the efficiency of the National Guidelines, and emphasize the importance of adopting the international recommended procedures for prevention of mother-tochild transmission (MTCT) of HIV.
  • Influência da função sexual nas relações sociais e na qualidade de vida de mulheres com insuficiência ovariana prematura Original Articles

    Yela, Daniela Angerame; Soares, Patricia Magda; Benetti-Pinto, Cristina Laguna

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar o impacto da função sexual na qualidade de vida (QV) de mulheres com insuficiência ovariana prematura (IOP). Métodos Estudo de caso-controle que avaliou 80 mulheres com IOP usando terapia hormonal combinada (progestagênio e estrogênio), em comparação com80mulheres com função gonadal preservada pareadas por idade (2 anos). A função sexual (FS) foi avaliada por meio do índice de função sexual feminina (IFSF) e a QV, por meio do instrumento da Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliação da QV (WHOQoLBREF, na sigla em inglês). Resultados Amédia etária dasmulheres comIOP e do grupo controle foi de 38,4 ± 7,3 e 38,1 ± 7,3 anos, respectivamente. A QV do grupo com IOP foi pior, e verificou-se uma diferença significativa nos domínios físico (63,4 ± 17,4 e 72,7 ± 15,2, respectivamente, p = 0,0004) e psicológico (63,2 ± 14,6 e 69,3 ± 13,9, respectivamente, p = 0,0075) para asmulheres comIOP quando comparadas como grupo de controle.Mulheres comIOP apresentaram pior pontuação para excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação, dispareunia, e pior índice de FS emcomparação ao grupo controle. A piora em todos os aspectos da FS foi diretamente correlacionada com a piora no domínio das relações sociais da QV. Conclusão Mulheres comIOP apresentaram pior QV e FS do que o grupo controle. Os aspectos psicológicos (desejo, excitação, orgasmo e satisfação sexual) da FS exerceram grande influência na QV, enquanto os físicos (dor e lubrificação) exerceram pouca influência. A má função sexual em mulheres com IOP está diretamente correlacionada com uma piora em vários domínios da QV; porém, o impacto negativo é particularmente importante no domínio social, sugerindo que a melhora da sexualidade pode auxiliar na melhor integração social das mulheres com IOP.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate the impact of sexual function (SF) in the quality of life (QoL) of women with premature ovarian insufficiency (POI). Methods Case-control study in which 80women with POIwere evaluated using estrogen plus progestogen therapy, compared with 80 women matched by age (2 years) and presenting preserved gonadal function. Sexual function was evaluated using the Female Sexual Function Index (FSFI), and the QoL was evaluated using theWorld Health Organization's (WHO) QoL assessment instrument (WHOQoL-BREF). Results The mean age of the women with POI and of the control group was 38.4 ± 7.3 years and 38.1 ± 7.3 years respectively. The QoL, was worse among the POI group, and there were significant differences in the physical (63.4 ± 17.4 and 72.7 ± 15.2 respectively, p = 0.0004) and psychological (63.2 ± 14.6 and 69.3 ± 13.9 respectively, p = 0.0075) domains among this group when compared with the control group. Women with POI presented significantly lower arousal, lubrication, orgasm and satisfaction, more dyspareunia and a worse FSFI scores when compared with the control group. All aspects of SF correlate directly with the worsening of the QoL regarding social relationships. Conclusion Women with POI showed worse QoL and SF than the control group. The psychological aspects (desire, excitement, orgasm and sexual satisfaction) of SF had greater influence on the parameters of the QoL, while the physical aspects (pain and lubrication) had a low impact on the QoL. The poor SF in women with POI is directly correlated with a worsening acrossmultiple domains of the QoL; however, the negative impact is particularly important in the social domain. These results suggest that the improvement in sexuality can improve the social interactions of women with POI.
  • Como o paciente reage depois de ler o termo de consentimento livre e esclarecido de uma cirurgia ginecológica? Um estudo qualitativo Original Articles

    Amorim, Andrea Cristina; Santos, Luis Guilherme Teixeira dos; Poli-Neto, Omero Benedicto; Brito, Luiz Gustavo Oliveira

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Analisar a reação das mulheres após lerem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes de se submeterem a cirurgias ginecológicas/uroginecológicas eletivas. Métodos Um estudo qualitativo com 53 mulheres foi realizado entre setembro de 2014 e maio de 2015. A análise do conteúdo foi feita depois de uma entrevista que seguia um roteiro, que foi realizada em uma sala reservada e transcrita de forma fidedigna. Nós lemos de novo oTCLE na frente da paciente, e depois ela era entrevistada de acordo comumroteiro de questões sobre emoções e reações que ocorreram sobre o procedimento e suas expectativas sobre o período intra e pós-operatório. Resultados As mulheres tinham uma média de 52 anos, eram multíparas, e com poucos anos de educação (54,7%). A maioria (60,4%) já havia realizado cirurgias uroginecológicas. A histerectomia e a colpoperineoplastia foram as cirurgias mais frequentes. Dez mulheres não tinham sido submetidas a nenhum procedimento. O medo (34,6%) foi o sentimento que mais emergiu das entrevistas depois da leitura do TCLE, seguido da indiferença (30,8%) e da resignação (13,5%). Nove mulheres consideraram suas reações inesperadas depois da leitura do TCLE. Três pacientes não consideraram a informação do TCLE suficiente, e outras 3 tiveram dúvidas sobre a cirurgia depois de lerem o documento. Conclusão A leitura do TCLE desperta o medo namaioria dasmulheres; contudo, elas acreditam que este sentimento não interferiu na tomada de decisão relativa ao tratamento.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To analyze the reaction of women after reading the Informed Consent Form (ICF) before undergoing elective gynecological/urogynecological surgeries. Methods A qualitative study with 53 women was conducted between September 2014 and May 2015. The analysis of the content was conducted after a scripted interview was made in a reserved room and transcribed verbatim.We read the ICF once more in front of the patient, and then she was interviewed according to a script of questions about emotions and reactions that occurred about the procedure and her expectations about the intra- and postoperative period. Results The women had a mean age of 52 years, they were multiparous, and most had only a few years of schooling (54.7%). The majority (60.4%) of them had undergone urogynecological surgeries. Hysterectomy and colpoperineoplasty were themost frequent procedures. Ten women had not undergone any previous abdominal surgery. Fear (34.6%) was the feeling that emerged most frequently from the interviews after reading the ICF, followed by indifference (30.8%) and resignation (13.5%). Nine women considered their reaction unexpected after reading the ICF. Three patients did not consider the information contained in the ICF to be sufficient, and 3 had questions about the surgery after reading the document. Conclusion Reading the ICF generates fear in most women; however, they believe this feeling did not interfere in their decision-making process.
  • Avaliação da expressão do gene WWOX por avaliação imunohistoquímica, sua associação com marcador de angiogênese, expressão do p53, proliferação celular e parâmetros clinicopatológicos no câncer de colo uterino Original Articles

    Seabra, Mariana Ataydes Leite; Cândido, Eduardo Batista; Vidigal, Paula Vieira Teixeira; Lamaita, Rivia Mara; Rodrigues, Angélica Nogueira; Silva Filho, Agnaldo Lopes da

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O presente estudo avaliou a expressão do WWOX, sua associação com características clinicopatológicas e com a expressão do p53, ki-67 (proliferação celular) e CD31 (angiogênese) em pacientes com carcinoma invasivo de células escamosas do colo uterino, ou simplesmente câncer do colo uterino (CCE). Métodos Foram avaliadas prospectivamente pacientes com CCE no estágio IB (n = 20) e mulheres com mioma uterino, no grupo controle (n = 20). As pacientes com CCE foram submetidas à histerectomia radical e à linfadenectomia pélvica do tipo B-C1. As mulheres no grupo-controle foram submetidas à histerectomia vaginal. As amostras de tecido foramcoradas comhematoxilina e eosina para avaliação histológica e a expressão das proteínas foi detectada por imuno-histoquímico. Resultados A expressão do WWOX foi significativamente menor no tumor quando comparada com sua expressão no colo do útero benigno (p = 0,019). A expressão tumoral de CD31 foi inversamente associada à expressão de WWOX (p = 0,018). Sua expressão não foi associada à expressão tumoral de p53 e Ki-67 em pacientes com CCE (p = 0,464 e p = 0,360, respectivamente). Não houve associação entre a expressão de WWOX e o tamanho do tumor (p = 0,156), grau de diferenciação (p = 0,914), presença de invasão vascular linfática (p = 0,155), comprometimento do paramétrio (p = 0,421) ou metástase dos linfonodos pélvicos (p = 0,310) em pacientes com CCE. Conclusão Os resultados sugeriram que o WWOX pode estar envolvido na carcinogênese do CICECU e esse marcador foi associado à angiogênese tumoral.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The current study evaluated the expression of WW domain-containing oxidoreductase (WWOX), its association with clinicopathological features and with p53, Ki-67 (cell proliferation) and CD31 (angiogenesis) expression in patients with invasive cervical squamous cell carcinoma (ICSCC). To the best of our knowledge, no other study has evaluated this association. Methods Women with IB stage-ICSCC (n = 20) and women with uterine leiomyoma (n = 20) were prospectively evaluated. Patients with ICSCC were submitted to type BC1 radical hysterectomy and pelvic lymphadenectomy. Patients in the control group underwent vaginal hysterectomy. Tissue samples were stained with hematoxylin and eosin for histological evaluation and protein expression was detected by immunohistochemistry studies. Results The WWOX expression was significantly lower in the tumor compared with the expression in thebenign cervix (p = 0.019). TheWWOXexpressionwas inversely associated with the CD31 expression in the tumor samples (p = 0.018). There was no association betweentheWWOXexpression with the p53 expression (p = 0.464)or the Ki-67expression (p = 0.360) in the samples of invasive carcinoma of the cervix. There was no association between the WWOX expression and tumor size (p = 0.156), grade of differentiation (p = 0.914), presence of lymphatic vascular invasion (p = 0.155), parametrium involvement (p = 0.421) or pelvic lymph node metastasis (p = 0.310) in ICSCC tissue samples. Conclusion The results suggested that WWOX may be involved in ICSCC carcinogenesis, and this marker was associated with tumor angiogenesis.
  • Comparação de amostras citopatológicas cérvicovaginais coletadas nas unidades básicas de saúde e em clínicas privadas no meio-oeste de Santa Catarina Original Articles

    Dallazem, Bárbara; Dambrós, Bibiana Paula; Gamba, Conrado de Oliveira; Perazzoli, Marcelo; Kirschnick, Alexandre

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Comparar a qualidade das amostras cérvico-vaginais colhidas no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas clínicas privadas para rastrear lesões precursoras de câncer do colo uterino. Métodos Estudo de intervenção cujas variáveis estudadas foram: adequabilidade da amostra, representação de epitélios na amostra, e resultado do exame citopatológico. Um total de 940 formulários contendo as análises das amostras biológicas foram examinados: 470 formulários de mulheres atendidas nas unidades básicas de saúde do SUS, e 470 formulários de mulheres atendidas em clínicas privadas no período de janeiro a fevereiro de 2016. Resultados Todas as amostras insatisfatórias foram coletadas nas unidades básicas de saúde do SUS e corresponderam a 4% do total neste setor (p < 0,0001). Observou-se um índice maior de amostras com representatividade somente de células escamosas no SUS (43,9%). Houve representatividade das células da junção escamo-colunar (JEC) em 82,1% das amostras colhidas no setor privado (p < 0,0001). Em relação aos resultados negativos para lesão intraepitelial e/ou malignidade, os percentuais obtidos foram 95,95% e 99,1% (p < 0,0049) para os exames coletados no sistema privado e no SUS, respectivamente. Em relação às lesões menos graves, no SUS obteve-se um resultado de 0,89% e no sistema privado de 2,56%; as lesões mais graves não foram diagnosticadas no SUS, enquanto que no setor privado representaram 1,49% dos exames. Conclusão As amostras cérvico-vaginais insatisfatórias foram observadas somente em exames realizados no SUS; há necessidade de orientação e capacitação dos profissionais que realizam a coleta do exame citopatológico, possibilitando uma maior confiabilidade nos resultados e mais segurança à mulher que se submete a este exame preventivo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To compare the quality of cervicovaginal samples obtained from basic health units (BHUs) of the Unified Health System (SUS) and those obtained fromprivate clinics to screen precursor lesions of cervical cancer. Methods It was an intervention study whose investigated variables were: adequacy of the samples; presence of epithelia in the samples, and cytopathological results. A total of 940 forms containing the analysis of the biological samples were examined: 470 forms of women attended at BHUs of the SUS and 470 forms of women examined in private clinics in January and February of 2016. Results All the unsatisfactory samples were collected at BHUs and corresponded to 4% of the total in this sector (p < 0.0001). There was a higher percentage of samples containing only squamous cells in the SUS (43.9%). There was squamocolumnar junction (SJC) representativeness in 82.1% of the samples from the private clinics (p < 0.0001). Regarding negative results for intraepithelial lesions and/or malignancies, the percentages obtained were 95.9% and 99.1% (p < 0.0049) in the exams collected in the private system and SUS, respectively. Less serious lesions corresponded to 0.89% of the samples from the SUS and 2.56% of the tests from the private sector; more serious lesions were not represented in the samples obtained from BHUs, whereas the percentage was 1.49% in private institutions. Conclusion Unsatisfactory cervical samples were observed only in exams performed at the SUS. There is a need for guidance and training of professionals who perform this procedure to achieve higher reliability in the results and more safety for women who undergo this preventive test.
  • Sutura de Pereira modificada como uma opção eficaz para tratar a hemorragia causada por atonia uterina Case Report

    Moleiro, Maria Lúcia; Guedes-Martins, Luís; Mendes, Alexandrina; Marques, Cláudia; Braga, Jorge

    Resumo em Português:

    Resumo Atualmente, a hemorragia pós-parto é a maior causa de morbimortalidadematerna em todo o mundo. Sua principal causa é a atonia uterina, pelo que têm sido instituídas e desenvolvidas medidas profiláticas, bem como tratamentos médicos e cirúrgicos para esta complicação. As suturas uterinas de compressão representam uma possibilidade terapêutica que permite a preservação do útero e, por conseguinte, do potencial fértil. Tendo isso por base, apresentamos dois casos de hemorragia pós-parto após cesariana, que foram tratados com sucesso com uma nova modificação da sutura de Pereira - suturas uterinas longitudinais e transversais foram efetuadas após falha das terapias de primeira linha. Ambas as pacientes se recuperaram, e na reavaliação pós-parto objetivou-se um útero normal com manutenção de uma irrigação adequada, sugerindo a preservação do seu potencial fértil, tal como vem sendo descrito na literatura em relação a este tipo de procedimento.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Nowadays, postpartum hemorrhage is the major cause of maternal mortality and morbidity worldwide. Uterine atony is its main cause; thus, prophylactic measures, as well as medical and surgical fast approaches, have been developed to manage it. The uterine compression sutures are a possible treatment that preserves the uterus and, consequently, the fertility potential. Bearing that in mind, we report two cases of postpartum hemorrhage after caesarean section, successfully treated with a new modification of Pereira suture - longitudinal and transverse uterine sutures were applied after no response was registered to the first-line therapies. Both women recovered, and the postpartum evaluation revealed a normal uterus with an adequate blood supply, suggesting potential fertility, as described in the literature regarding this kind of therapeutic approach.
  • Revisão sistemática sobre terapia oral para tratamento dos sintomas da síndrome da bexiga dolorosa: as diretrizes brasileiras Review Article

    Santos, Thaís Guimarães dos; Miranda, Isabela Albuquerque Severo de; Nygaard, Christiana Campani; Schreiner, Lucas; Castro, Rodrigo de Aquino; Haddad, Jorge Milhen

    Resumo em Português:

    Resumo Cistite intersticial (IC), incluindo a síndrome da bexiga dolorosa (SBD), é uma doença crônica e debilitante que afeta principalmente mulheres. É caracterizada por dor pélvica associada à urgência miccional, frequência urinária, noctúria e exame cultural de urina negativo, com citologia normal. A cistite intersticial pode ser suficientemente severa para ter um efeito devastador na qualidade de vida, mas também pode estar associada a sintomas moderados e menos debilitantes. Embora existam vários ensaios clínicos para avaliar terapias orais e intravesicais, o tratamento para IC permanece longe do ideal. Esta revisão sistemática avaliou ensaios clínicos randomizados publicados sobre medicamentos orais usados para tratar sintomas de SBD. Este estudo foi realizado de acordo com ométodo preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses (PRISMA). Dois revisores independentes examinaram os estudos para determinar sua inclusão ou exclusão e para realizar a análise metodológica. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados publicados entre abril de 1988 e abril de 2016 que usaram medicações orais no tratamento dos sintomas da SBD ou CI. De acordo com a revisão sistemática realizada, a melhor opção de medicação oral para o tratamento dos SBD é o pentosano polissulfato sódico. No entanto, esta droga não está disponível no Brasil. A amitriptilina administrada por via oral é um tratamento eficaz para SBD e deve ser oferecida como primeira escolha.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Interstitial cystitis (IC), including bladder pain syndrome (BPS), is a chronic and debilitating disease thatmainly affectswomen. It is characterized by pelvic pain associated with urinary urgency, frequency, nocturia and negative urine culture,with normal cytology. In 2009, the Society for Urodynamics and Female Urology (SUFU) defined the term IC/BPS as an unpleasant sensation (pain, pressure, and discomfort) perceived to be related to the urinary bladder, associated with lower urinary tract symptoms for more than 6 weeks duration, in the absence of infection or other identifiable causes. This is the definition used by the American Urological Association (AUA) in the most recent guidelines on IC/BPS. Interstitial cystitis may be sufficiently severe to have a devastating effect on the quality of life, but it may also be associated with moderate symptoms whose effects are less debilitating. Although there are several clinical trials to assess oral and intravesical therapies, the treatment for IC remains far from ideal. This systematic assessment evaluates published randomized clinical trials on oralmedications used totreat symptoms of BPS. This studywas performed according to the preferred reporting items for systematic reviews and metaanalyses (PRISMA)method. Two independent reviewers screened the studies to determine their inclusion or exclusion and to perform the methodological analysis. The inclusion criteria included randomized studiespublishedbetween April of 1988and April of2016 that used oral medications to treat symptoms of BPS or IC. According to the systematic review performed,we should consider pentosan polysulfate as one of the bestoptions of oral drugs for the treatment of BPS symptoms. However, this drug is not an available option in Brazil. Orally administered amitriptyline is an efficacious medical treatment for BPS, and it should be the first treatment offered.
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