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Revista Brasileira de Reumatologia, Volume: 43, Número: 4, Publicado: 2003
  • Avaliação da proteína amilóide A sérica na atividade clínica da artrite reumatóide Artigos Originais

    Gayer, Carlos Roberto Machado; Pinheiro, Geraldo da Rocha Castelar; Andrade, Carlos Augusto Ferreira de; Freire, Sérgio Miranda; Coelho, Marsen Garcia Pinto

    Resumo em Português:

    A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune, crônica, caracterizada pelo comprometimento inflamatório das articulações sinoviais periféricas. A proteína amilóide A sérica (SAA) é uma das principais proteínas de fase aguda (PFA), porém seu uso na rotina do laboratório clínico ainda é pouco difundido. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi analisar a utilidade da SAA na avaliação da atividade clínica da AR. MÉTODOS: Foram estudados 113 pacientes com AR, diagnosticados segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. Para a caracterização da atividade de doença, foi utilizado o Índice de Atividade de Doença (IAD), proposto pela Liga Européia Contra o Reumatismo. RESULTADOS: A SAA apresentou correlação positiva, estatisticamente significativa, com a proteína C-Reativa (PCR), tanto como a α-1-glicoproteína ácida (AGP), quanto com o IAD. Nossos resultados demonstraram que a SAA apresentou, particularmente, uma maior sensibilidade na determinação da atividade inflamatória da AR, em comparação às outras PFA. Apresentou, também, uma boa capacidade de discriminar os grupos de atividade moderada e alta do IAD. Como o IAD não mede unicamente o componente inflamatório da AR, a dosagem de uma PFA é de grande utilidade para a caracterização da atividade dessa enfermidade. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo sugerem que a SAA pode ser de grande valor na determinação da atividade inflamatória da AR.

    Resumo em Inglês:

    Rheumatoid arthritis (RA) is a systemic autoimmune disease, with chronic inflammation of synovial peripheral joints as the most prominent feature. The serum amyloid A (SAA) is one of the major acute phase proteins (APP), however its use in the clinical laboratory routine is uncommon. OBJECTIVE: The aim of this work was to analyze the usefulness of SAA in the evaluation of RA clinical activity. METHODS: We studied 113 patients diagnosed with RA according to the criteria of the American College of Rheumatology. The disease activity was evaluated by the Disease Activity Score (DAS) according to the European League Against Rheumatism. RESULTS: SAA presented positive correlation, statistically significant, with C-reactive protein (CRP), as well as α-1-acid glycoprotein (AGP) and DAS. The results demonstrated that SAA presented a higher sensibility in relation to other APP in the determination of the inflammatory activity on RA patients. SAA also shows a good capability to discriminate the groups of moderate and high activity of DAS. As DAS doesn't measure only the inflammatory behavior of RA, the determination of APP is of great usefulness for the activity characterization of this illness. CONCLUSIONS: Our data suggest that SAA can be of great value in the determination of the RA inflammatory activity.
  • Efeito de inibidores da sintase de óxido nítrico na dor inflamatória articular e influxo celular da artrite induzida por zymosan em ratos Artigos Originais

    Rocha, Francisco Airton Castro da; Rocha, José Carlos da Silva; Peixoto, Magno Eric Barbosa; Jancar, Sonia; Cunha, Fernando de Queiroz; Ribeiro, Ronaldo de Albuquerque

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Investigar o papel do óxido nítrico (NO) no influxo celular (IC) e a incapacitação articular (IA) na artrite por zymosan (AZy). MÉTODOS: Ratos Wistar receberam injeção de Zy (1mg) no joelho direito. Grupos-controles receberam salina. A IA foi avaliada pelo Teste de incapacitação articular para ratos. Após sacrifício, o IC e a liberação de PGE2 foram avaliados no lavado articular. Avaliou-se o edema pela diferença peso úmido/peso seco do tecido articular. Grupos foram tratados i.p. com L-NAME - inibidor de sintases de NO (NOS) (LN=30-300mg/kg) ou aminoguanidina (AG= 30-300mg/kg) - inibidor seletivo de iNOS 30 min antes ou 2 h após o Zy. RESULTADOS: O pré-tratamento com L-NAME ou AG inibiu de forma dose-dependente a IA e o IC, mas não o edema ou a liberação de PGE2, sendo máximo para LN ou AG (100mg/kg). L-arginina (1g/kg) co-injetada com LN (100mg/kg) reverteu a inibição da IA e do IC. D-NAME (100mg/kg) não teve efeito. Co-injeção de naloxona (antagonista opióide) reverteu o efeito de LN e AG sobre a IA. A pressão arterial média elevou-se (p<0,01) após LN (100mg/kg), mas não com AG (100mg/kg). LN e AG (100mg/kg) dados 2 h após Zy não tiveram efeito. Azul de metileno (inibidor de GMPc), e não hemoglobina (scavenger de NO), reduziu IA e IC (p<0,01). Nitroprussiato de sódio (doador de NO) dado 2 h após Zy, reduziu a IA, mas não o IC (p<0,01). CONCLUSÕES: A antinocicepção na AZy por inibição da iNOS só ocorre como pré-tratamento, por efeito antiinflamatório via GMPc, independentemente de NO exógeno ou de PGE2, associada à liberação de opióides endógenos. Um doador de NO produz analgesia na AZy. Enfim, o trabalho demonstra efeito analgésico de um doador de NO em um modelo de periartrite, abrindo a perspectiva do uso dessas substâncias em humanos.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To study the role of nitric oxide (NO) in the cell influx (CI) and the articular incapacitation (AI) in the zymosan induced-arthritis (ZyA). METHODS: Wistar rats received 1 mg of zymosan (Zy) into the right knee joint, and controls received saline. The AI was evaluated by the Test for AI in rats. After sacrifice, the CI and the release of prostaglandin E2 (PGE2) were assessed in the joint exudate. The joint edema was measured by the wet/dry weight ratio of the articular tissue. Groups were treated i.p. with L-NAME - NO synthase (NOS) inhibitor (LN = 30-300 mg/kg) or aminoguanidine (AG = 30-300 mg/kg) - selective iNOS inhibitor - 30 minutes before or 2 hours after the Zy. RESULTS: Pretreatment with L-NAME or AG dose-dependently inhibited the AI and the CI, but not altering edema or PGE2 release, being maximal for the 100 mg/kg doses of L-N and AG. Coinjection of L-arginine (1g/kg) and LN (100 mg/kg) reversed the inhibition of the AI and of the CI. D-NAME (100 mg/kg) had no effect. Coinjection of naloxone (opioid antagonist) reversed LN or AG effect on the AI. Mean arterial pressure increased (p<0,01) with LN (100 mg/kg), but not with AG (100 mg/ kg). LN and AG (100 mg/kg) given 2 hours after the Zy had no effect. Methylene blue (GMPc inhibitor), but not hemoglobin (NO scavenger) reversed AI and CI (p<0,01). Sodium nitroprusside (NO donor) given 2 hours after Zy reduced significantly AI, but not CI (p<0,01). CONCLUSIONS: The antinociceptive effect of iNOS inhibition in ZyA happens only with a prophylactic administration, due to an anti-inflammatory effect via GMPc, independently of exogenous NO or PGE2 release, but is associated to endogenous opioid release. The administration of an NO donor produces analgesia in ZyA.
  • Diabetes: tendinites e entesopatias Artigos Originais

    Rey, Ludmilla Daru; Coletta, Rocio Della; MuKai, Maira; Silva, Marília B; Skare, Thelma L

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Verificar a prevalência de tendinites e/ou entesopatia em pacientes portadores de diabetes mellitus (DM) tipos 1 e 2 e relacionar a presença das mesmas com a idade dos pacientes, tipo de diabetes e níveis de glicemia. MÉTODOS: Foram estudados 149 pacientes com DM (64 homens e 85 mulheres), sendo 12 portadores de DM tipo 1 e 137 de DM tipo 2, e 55 pessoas normais (23 homens e 32 mulheres). Os indivíduos foram submetidos a exame físico para tendinites e entesopatias, dosagem de glicemia de jejum e hemoglobina (Hb) A1C. RESULTADOS: Achou-se tendinite e/ou entesopatia em 3,6% do grupo-controle contra 32,21% nos diabéticos. A freqüência de tendinites e/ou entesopatia no diabético era semelhante nos dois sexos, e não se notou correlação entre a presença dessas e a idade, o tempo de doença e o tipo de DM. No que diz respeito a níveis glicêmicos, apesar de os diabéticos com tendinites apresentarem uma média das glicemias levemente superior à dos sem tendinites, o estudo não demonstrou diferença estatisticamente significativa, acontecendo o mesmo em relação à Hb A1C. CONCLUSÕES: Concluiu-se que pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de tendinites e/ou entesopatias que a população normal e que estas não dependem da duração da doença nem do tipo de diabetes. A glicemia de jejum e Hb A1C não refletem adequadamente as alterações no metabolismo do colágeno, responsáveis pelas entesopatias e tendinites nesses pacientes.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To verify the prevalence of tendinitis and/or enthesopathy in diabetic patients and its relationship to with age, type and duration of diabetes as well as glycemic control. METHODS: We studied 55 normal controls (23 males and 32 females) and 149 diabetic patients (64 males and 85 females); 12 of them with type 1 diabetes and 137 with type 2. We performed physical examination for tendinitis and determination of fasting glycemic levels and hemoglobin (Hb) A1C. RESULTS: We found that 3.6% (n = 2) of normal persons, and 32.31% of diabetic patients (n = 48) had tendinitis and/or enthesopathy. The frequency of tendinitis and/or enthesopathy in diabetic patients was similar in both gender and we could not find a relationship with age, disease duration and diabetes type. Concerning glycemic control, we found that patients with tendinitis had a glycemic medium level higher than those without it, but no significant statistical difference could be demonstrated, happening the same with HbA1C. CONCLUSIONS: We concluded that diabetic patients have a high prevalence of tendinitis and/or enthesopathy, which does not depend on disease duration or diabetes type. Fasting glycemia and HbA1C do not reflect collagen metabolism changes that favor enthesophaties and tendinitis in these patients.
  • Manifestações musculoesqueléticas nos pacientes em programa de hemodiálise Artigos Originais

    Braz, Alessandra de Sousa; Duarte, Ângela Luzia B. P.

    Resumo em Português:

    Uma diversidade de alterações osteoarticulares tem sido descrita em pacientes em hemodiálise crônica. OBJETIVO: Verificar a proporção e o tipo de manifestação musculoesquelética (MME) nos pacientes em programa de hemodiálise, em três centros da região metropolitana do Recife, e relacionálas com as variáveis sexo, etnia, idade atual do paciente e, ao iniciar a diálise, tempo de tratamento dialítico. MÉTODOS: Inicialmente, foram aplicados questionários em 197 pacientes distribuídos nos três centros no período de março de 2001 a janeiro de 2002. Após excluir 35 pacientes com diagnóstico prévio de doença reumatológica, investigou-se a presença de sinais e/ou sintomas de MME em 162 pacientes. A média de idade foi de 47,3 anos, a média da idade no início do tratamento foi de 43,8 anos, 94 pacientes (58%) eram do sexo masculino e 120 (74,1%), não-caucasóides. O tempo médio do tratamento dialítico foi de 44,1 meses, sendo utilizada a membrana de polissulfona em todos. RESULTADOS: MME foram observadas em 55 (34%) dos 162 pacientes do estudo. Destes, 38 apresentaram um único tipo de manifestação e 17 pacientes, mais de um tipo (16 apresentaram dois e um, três tipos), perfazendo um total de 73 manifestações distribuídas entre articulações (44), ossos (18), estruturas neuromusculares (seis) e periarticulares (cinco). A artralgia foi responsável por 46,6% de todas as MME, e o joelho foi a articulação mais acometida (52,9% dos casos). A dor óssea foi a segunda queixa mais comum (21,9%), as alterações periarticulares corresponderam a 6,8% das MME; e síndrome do túnel do carpo, deformidades ósseas e tumorações articulares ocorreram em 4,1%, 2,7% e 2,7%, respectivamente, do total de MME. Entre os 55 pacientes, alterações articulares foram encontradas em 72,7% deles, ósseas em 32,7%, neuromusculares em 10,8% e periarticulares em 9,1% dos pacientes. Neste estudo, observou-se a relação entre o tempo médio de tratamento dialítico (59,8 meses) e o desenvolvimento de MME (p < 0,001). CONCLUSÕES: a partir destes dados, conclui-se que a proporção de MME nos nossos pacientes foi de 34%; as manifestações articulares foram as mais observadas e a artralgia foi a queixa mais comum. No nosso estudo, com exceção do tempo de tratamento dialítico, as demais variáveis não mostraram associação com o aparecimento de MME.

    Resumo em Inglês:

    A large diversity of ostearticular complaints has been described in patients in long-term hemodialysis. OBJECTIVE: To verify the proportion and the type of musculoskeletal complaints in patients in maintenance hemodialysis, at three centers of metropolitan Recife, and to relate these complains to the following variables: sex, ethnic group, patient's current age and when the dialysis began, and dialitic treatment time. METHODS: Firstly, questionnaires were applied to 197 patients, distributed at the three centers from March 2001 to January 2002. After excluding 35 patients with previous diagnosis of rheumatic disease, we investigatied the presence of musculoskeletal signs and/or symptoms in 162 patients. The average age was 47,3 years old, and 43,8 years old was the average age at the beginning of the treatment; 94 patients (58%) were men and 120 patients (74.1%) were not Caucasian. The average time of the dialitic treatment was 44,1 months, and polysulphone membrane was used in all of them. RESULTS: Musculoskeletal manifestations were observed in 55 (34%) of the patients on this research. One type of manifestation was presented by 38 of these patients, and 17 patients presented more than one type (16 presented two and 1 presented three types), making up a total of 73 manifestations, distributed among joints (44), bones (18), neuromuscular (6) and periarticular (5) structures. Arthralgia was responsible for 46.6% of all musculoskeletal complaints and the knee was the joint most injured (52.9% of all cases). Bone pain was the second common complaint (21.9%), periarticular changes were responsible for 6.8% of musculoskeletal manifestations, and carpal tunnel syndrome, bone deformities and joint tumours occurred in 4.1%, 2.7% and 2.7% of all manifestations, respectively. Among 55 patients, joint changes were found in 72.7% of them, bone changes in 32.7%, neuromuscular complaints in 10.8% and periarticular in 9.1% of the patients. The relation between the dialitic treatment time (59,8 months) and the development of the musculoskeletal manifestations (p < 0.001) was observed in this research. CONCLUSIONS: According to this information, we can conclude that the proportion of musculoskeletal complaints on our patients was 34%; the joint problems were the most frequently observed; and arthralgia was the most common complaint. Except for the dialitic treatment time, all the other variables were not associated with the musculoskeletal manifestations.
  • Etiopatogenia da febre reumática Artigo De Revisão

    Rachid, Acir

    Resumo em Português:

    O autor afirma que, embora haja plena aceitação da responsabilidade do estreptococo beta hemolítico na etiologia da febre reumática (FR), persistem dúvidas se há concomitante uma afecção viral. Revisa as estruturas do estreptococo e chama atenção para o fato de que cada surto da doença é produzido por um sorotipo diferente do estreptococo. Resume os mecanismos patogênicos em três modos diferentes: a) ação lenta das bactérias; b) ação tóxica dos produtos, como a exotoxina; c) fenômenos de hipersensibilidade. Enfatiza a descoberta do antígeno de células B denominado D8/17.

    Resumo em Inglês:

    Although there is a consensus about the responsibility of betahemolytic streptococcus in the rheumatic fever (RF) etiology, in this article the author claims that persist doubts about a possible concomitant viral condition. This paper also reviews the streptococcus structures and stresses the fact that each outbreak of the disease is produced by a different streptococcus serotype. Concerning the pathogenesis, the author discusses three different mechanisms: a) slow bacterial action, b) the action produced by toxins and c) hypersensitivity reactions. Finally, the author also emphasizes the recent discovery of a B cell antigen called D 8/17.
  • Relacionamento médico-paciente Pausa Entre Consultas

    Marques Filho, José
  • Contribuição dos métodos de imagem na avaliação do envolvimento pulmonar na dermatomiosite Vinheta Imagenológica

    Guimarães, Patrícia Noronha; Teixeira, Fábio Henrique Fernandes; Gomides, Ana Paula Monteiro; Vignoli, Marco Aurélio; Carvalho, Willon Garcia; Silva, Maria Luiza Bernardes; Pádua, Paulo Madureira de
  • Bibliografia brasileira sobre febre reumática de 1980 a 2002 Atualização Em Reumatologia

    Rachid, Acir
  • ESPAÇO IMAGEM Espaço Imagem

    Nishinari, Macoto
  • Piomiosite bacteriana aguda (PBA) em crianças eutróficas Relatos De Caso

    Talavera, Mirtha B.; Wakai, Márcia; Campos, Lúcia Maria Arruda; Baldacci, Evandro Roberto; Silva, Clovis Artur Almeida da

    Resumo em Português:

    A infecção aguda do músculo esquelético é denominada piomiosite bacteriana aguda (PBA). Ocorre mais freqüentemente em regiões tropicais e é mais prevalecente em crianças em idade escolar. A maioria dos casos relatados aconteceu em crianças desnutridas, com parasitoses. Relatamos quatro casos de PBA em crianças previamente eutróficas. A presença de dor muscular aguda localizada, com ou sem sintomas inflamatórios, ocorreu em todos os quatro casos. Osteomielite e/ou artrite séptica também ocorreram em todos os casos. O exame de escolha para o diagnóstico definitivo foi a ressonância nuclear magnética. A terapia foi realizada com antibioticoterapia endovenosa e drenagem cirúrgica dos abscessos.

    Resumo em Inglês:

    The acute infection of the skeletal muscle is called acute pyogenic pyomyositis (APP). It is more frequent in tropical regions and prevalent in schoolchildren. The majority of cases occurred in malnourished children with parasitosis. We reported four cases of APP in previously eutrophic children. Acute localized muscle pain, with or without inflammatory symptoms, was present in all of them, as well as osteomyelitis and/or septic arthritis. The magnetic resonance scan was the preferential exam in order to reach the final diagnosis. The therapy consisted of parenteral antibiotics and surgical drainage of abscesses.
  • Trombose de veia jugular em paciente com anticorpo anticardiolipina e lúpus eritematoso sistêmico Relatos De Caso

    Camarosano, Marcel Antônio; Nascimento Júnior, Augusto Pereira do; Casagrande, Marcelo; Godoy, José Maria Pereira de; Braile, Domingo Marcolino; Toledo, Roberto Acayaba de

    Resumo em Português:

    Os autores relatam o caso de uma paciente com 19 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso sistêmico, que apresentou edema súbito e progressivo em membro superior esquerdo e dor e circulação colateral visível em região supraclavicular esquerda. Foi realizado diagnóstico de trombose venosa em veia jugular externa esquerda por meio do dúplex scan. Nos exames laboratoriais, evidenciou-se a presença de anticorpo anticardiolipina.

    Resumo em Inglês:

    The authors report the case of a 19-year-old patient with systemic lupus erythematosus who presented with sudden and progressive edema in the left upper limb. She suffered from pain and visible collateral circulation in the left supra-clavicle region. Using a duplex scan, a diagnosis of venous thrombosis in the external left jugular vein was made. Laboratory tests proved the existence of anticardiolipin antibody.
  • Angiografia como método de diagnóstico da síndrome do desfiladeiro torácico neurovascular: a propósito de um caso Relatos De Caso

    Cruz, Margarida; Matos, António Alves de; Saldanha, Tiago; Branco, Jaime C.

    Resumo em Português:

    O termo síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é usado para descrever o quadro clínico atribuível à compressão do plexo braquial, artéria e veia subclávias na região designada por desfiladeiro torácico. Até hoje, nenhum exame foi considerado gold standard para o diagnóstico. Os autores descrevem o caso de uma adolescente de 16 anos observada na consulta de Reumatologia por omalgia direita com 3 meses de evolução, acompanhada de disestesias do antebraço e mão homolaterais, desencadeadas por movimentos de abdução do ombro. Na observação, a manobra de hiperabdução do membro superior direito desencadeava os sintomas e um enfraquecimento significativo do pulso radial e da pressão arterial, que não sucediam no membro superior contralateral, tendo sido diagnosticada síndrome do desfiladeiro torácico à direita. Foi realizada tomografia axial computorizada (TAC) da região torácica, que não revelou massas infra-claviculares nem axilares à direita. O ecodoppler do membro superior mostrou uma onda trifásica na artéria subclávia, realizou-se também angiografia das artérias subclávia e axilar do membro superior direito. Esta apresentou-se normal em posição neutra, mas, com o braço em abdução máxima, observou-se uma redução do contraste no interior da artéria axilar. Os autores propõem que, quando a clínica for sugestiva de SDT e existir uma suspeita de compressão vascular, deve ser realizada angiografia das artérias subclávia e axilar, para localizar e caracterizar a compressão. A SDT dessa paciente foi atribuída a uma hipotonia muscular do ombro, que foi ultrapassada após fisioterapia com exercícios de reforço dos músculos elevadores do ombro.

    Resumo em Inglês:

    The term "thoracic outlet syndrome" describes a set of manifestations corresponding to the entrapment of the neurovascular bundle that comprises the brachial plexus, axillary vein and artery in a region named thoracic outlet. We still don't have a gold standard diagnostic tool, although different clinical, radiographic and electrodiagnostic tests have been described. The authors describe the case of a 16-year-old female adolescent who came to the ambulatory of the Rheumatology Department complaining of right shoulder pain and ipsilateral forearm and hand disesthesias for 3 months, which were aggravated with arm abduction movements. The right arm hyperabduction maneuver was associated with the symptoms and significant weakening of ipsilateral radial pulse and arterial pressure, but not in the contralateral arm, so a right thoracic outlet syndrome (TOS) was diagnosed. Thoracic axial computerized tomography didn't show any infraclavicular or axillary tumors. The axillary Doppler showed a triphasic wave in the subclavian artery, which lead to the performance of a right subclavian and axillary arteries angiography. It was normal in neutral position but, with arm hyperabduction, a reduction in the amount of contrast in the axillary artery was evident, meaning a local entrapment. The authors propose that, when the clinical evaluation suggests TOS and an arterial compression is suspected, an angiography should be ordered in order to localize and characterize it. The cause of this compression was considered to be a shoulder muscle hipotonia, which was successfully compensated by a set of stretching and reinforcement exercises.
  • Rituximab: uma alternativa terapêutica para o tratamento da trombocitopenia imunológica Cartas Ao Editor

    Scheinberg, Morton; Schlack, Nelson Hamer; Kutner, José Mauro; Ribeiro, Andreza Alice Feitosa
  • Necrose tecidual após injeção de diclofenaco de sódio Cartas Ao Editor

    Marques Filho, José
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