Acessibilidade / Reportar erro
Caderno de Estudos, Número: 14, Publicado: 1996
  • O modelo de gestão ecônomica (GECON) aplicado á área de produção

    Cavenaghi, Vagner

    Resumo em Português:

    Para a realização deste estudo, observou-se duas realidades no cotidiano das empresas e na literatura específica das áreas de Administração, Economia e Contabilidade: 1. a competitividade estabelecida entre as empresas com a globalização dos mercados, a formação de blocos econômicos e a postura mais liberalizante das principais economias mundiais; 2. as informações contábeis geradas com a metodologia da Contabilidade tradicional não atendem satisfatoriamente aos gestores das empresas que, procurando adaptar-se à realidade de mercado extremamente competitivo, assumiram um novo paradigma de produção. Diante destes fatos, verifica-se, como premissa básica do estudo, que as empresas, ao adotarem em suas estratégias de negócios um posicionamento identificado com um novo paradigma de produção, necessitam de uma estruturação no Processo de Gestão compatível com esta opção. Com este enfoque, delineam-se, primeiramente, os conceitos do Modelo de Gestão Econômica - GECON, como uma proposta de suprir as necessidades de informações econômicas dos gestores, no processo decisório de suas áreas de responsabilidade. Em seguida, discorre-se sobre a área de Produção, com características de uma unidade de negócio. A partir desta abordagem, é desenvolvido o Modelo GECON aplicado à área de Produção, que trata esta área como uma unidade administrativa independente, objetivando otimizar o seu resultado econômico com eficácia, para melhor contribuir para o resultado global da empresa e assegurar sua continuidade.
  • Fundamentos conceituais da demonstração dos fluxos de caixa: significado, vantagens e limitações. Algumas evidências

    Braga, Roberto; Marques, José Augusto Veiga da Costa

    Resumo em Português:

    Uma das discussões, ainda presente no cenário contábil nacional, diz respeito à suposta melhor qualidade da informação divulgada pela Demonstração do Fluxo de Caixa em face à DOAR usual. Neste sentido, as principais alegações ressaltam sua relativa simplicidade e facilidade de interpretação no atendimento às necessidades dos usuários; em especial, aqueles externos à entidade. A exposição do confronto entre recebimentos e pagamentos oriundos das três atividades fundamentais do negócio - operações, financiamentos e investimentos - em principio, permitiria um melhor subsídio para as decisões de investimento, haja vista sinalizar de modo mais claro e objetivo a situação de liquidez e solvência da empresa. Todavia, a despeito de, presumivelmente, evitar rateios de custos e, assim, inibir a "maquilagem" dos relatórios financeiros, essa alegação favorável à demonstração não se verifica na prática, uma vez que o relatório pode camuflar atrasos deliberados de pagamentos e antecipações planejadas de recebimento, com o beneficio de um exercício social em detrimento dos outros(s). Em adição, a existência de discrepâncias em alguns de seus itens integrantes, no tocante às variações mostradas no Balanço, parece representar uma desvantagem fundamental, notadamente por "violar" determinados princípios contábeis. Seria conveniente que a provável substituição da DOAR resultasse em debates, sobretudo com a exposição das deficiências inerentes ao novo relatório contábil, que venha a substituí-lo.
  • Conciliação entre a TIR e ROI: uma abordagem matemática e contábil do retorno do investimento

    Kassai, José Roberto

    Resumo em Português:

    A análise de retorno de investimento efetuados em uma empresa não é apenas uma questão de debates e formulações de teorias por parte de especialistas das áreas Contábil e de Finanças. Este assunto não é somente importante; é vital para a continuidade ou sobrevivência das empresas. O presente trabalho tem como objetivo central a discussão dos principais aspectos que possibilitam a conciliação de dois medidores do retorno de investimento empresarial: a Taxa Interna de Retorno, ou simplesmente TIR, determinada através dos cálculos de Finanças e o Return on Investment, ou simplesmente ROI, apurado a partir da análise dos Relatórios Contábeis. Apesar das críticas que os acadêmicos fazem à TIR, nota-se que os profissionais têm uma certa preferência pelo seu uso. Assim, a análise financeira dos projetos de investimento através da TIR é complementada por outros instrumentos como o valor presente líquido ou Net Present Value (NPV), índice de lucratividade e taxa de rentabilidade, valor anual uniforme equivalente ou Annualized Net Present duration, critérios estatísticos para avaliação do grau de incerteza e todo um conjunto de princípios oriundos das Teorias de Finanças. O ROI é uma medida tipicamente contábil e, apesar de seu poder informativo, sofre críticas quanto à qualidade das informações contábeis, ou da metodologia de mensuração do lucro. E, ainda, a ROI tradicional, que compara o montante dos lucros em relação ao total do Ativo, muitas vezes produz números de difícil compreensão. Nos propósitos deste trabalho, verifica-se que a TIR tradicional pode sofrer alguns ajustes e assumir o formato da TIR MODIFICADA (ou MTIR), o que torna possível estabelecer-se uma relação próxima com o ROI na versão ROI sobre o Patrimônio Líquido Ajustado (ou ROI s/PLA). A partir dessas hipóteses, apresentou-se a conciliação desses dois indicadores através da simulação de casos hipotéticos. A conclusão deste estudo é que os conceitos inerentes aos cálculos de Finanças estão mais próximos do entendimento, por parte dos proprietários, do que vem a ser retorno de investimento. E a Contabilidade, quando considera esses critérios, assume também tal importância. E isso pode se substanciar na figura do ROI proposto.
Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 - prédio 3, 05508 - 900 São Paulo - SP - Brasil, Tel.: (55 11) 3091-5820 (ramal 115), Fax: (55 11) 3813-0120 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: ReCont@usp.br