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Brazilian Journal of Psychiatry, Volume: 27 Suplemento 2, Publicado: 2005
  • Saúde mental da mulher: questões e controvérsias atuais

    Soares, Claudio N; Born, Leslie; Steiner, Meir
  • Saúde mental da mulher: o que não sabemos? Editorial

    Steiner, Meir
  • Transtornos de ansiedade em mulheres: gênero influencia o tratamento?

    Kinrys, Gustavo; Wygant, Lisa E

    Resumo em Português:

    Mulheres apresentam um risco significativamente maior comparado com o dos homens para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade ao longo da vida. Além disso, diversos estudos sugerem maior gravidade de sintomas, maior cronicidade e maior prejuízo funcional dos transtornos de ansiedade entre as mulheres. Apesar disso, os motivos que levam a este aumento de risco no sexo feminino são ainda desconhecidos e precisam ser adequadamente investigados. Vários estudos apresentam evidências de que, entre as prováveis causas dessa diferença entre os sexos, estão os fatores genéticos e a influência exercida pelos hormônios sexuais femininos. As diferenças de gênero encontradas nos transtornos de ansiedade em relação ao início e à evolução da doença indicam que é necessário investigar a necessidade de tratamentos diferenciados para homens e mulheres. Entretanto, as evidências de que as diferenças de gênero modifiquem a resposta ao tratamento dos transtornos ansiosos ainda são inconsistentes e amplamente inconclusivas. Este artigo procura rever a literatura existente a respeito da prevalência, epidemiologia e fenomenologia dos transtornos ansiosos entre as mulheres e as implicações destas peculiaridades para a melhor eficácia no seu tratamento.

    Resumo em Inglês:

    Women have a substantially higher risk of developing lifetime anxiety disorders compared with men. In addition, research evidence has generally observed an increased symptom severity, chronic course, and functional impairment in women with anxiety disorders in comparison to men. However, the reasons for the increased risk in developing an anxiety disorder in women are still unknown and have yet to be adequately investigated. Evidence from various studies has suggested that genetic factors and female reproductive hormones may play important roles in the expression of these gender differences. The significant differences in onset and course of illness observed in men and women diagnosed with anxiety disorders warrants investigations into the need of differential treatment; however, evidence of gender differences in treatment response to different anxiety disorders are varying and remain largely inconclusive. This article reviews the prevalence, epidemiology, and phenomenology of the major anxiety disorders in women, as well as the implications of such differences for treatment.
  • Violência doméstica, abuso de álcool e substâncias psicoativas

    Zilberman, Monica L; Blume, Sheila B

    Resumo em Português:

    Violência doméstica e abuso de substâncias psicoativas são comuns em pacientes atendidos no sistema de saúde de baixa complexidade. Apesar de estes problemas acarretarem graves seqüelas físicas e psicológicas, eles freqüentemente não são diagnosticados. Este artigo oferece uma revisão ampla sobre a prevalência destes problemas e suas conseqüências para a saúde de adultos, crianças e idosos, bem como discute os desafios enfrentados por médicos clínicos para a sua detecção, avaliação e encaminhamento.

    Resumo em Inglês:

    Domestic violence and substance abuse are common in primary care patients. Although these problems are associated with severe physical and psychological sequelae, they are often undiagnosed. This article provides an overview of the prevalence of these problems, the health-related consequences for adults, children and elderly, as well as the challenges for clinicians in screening, assessment and referral.
  • Depressão pós-parto: sabemos os riscos, mas podemos preveni-la?

    Zinga, Dawn; Phillips, Shauna Dae; Born, Leslie

    Resumo em Português:

    Nos últimos vinte anos, houve um maior reconhecimento de que a gravidez em algumas mulheres pode ser complicada por problemas emocionais, particularmente depressão, causando um impacto significativo sobre a mãe e a criança. Com a identificação de fatores de risco para a depressão pós-parto e um aumento do conhecimento sobre a vulnerabilidade biológica para os transtornos de humor no período puerperal, um número crescente de estudos tem explorado meios de prevenir a depressão pós-parto, utilizando estratégias psicossociais, psicofarmacológicas e hormonais. A maior parte das intervenções psicossociais e hormonais tem mostrado pouco efeito para a prevenção da depressão pós-parto. Apesar disso, resultados de estudos preliminares sobre a terapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental e sobre o uso de antidepressivos indicam que estas intervenções podem resultar em algum benefício. Dados sobre o uso de suplementos dietéticos são limitados e com resultados pouco conclusivos. A excessiva quantidade de resultados negativos na literatura atual demonstra que a depressão pós-parto ainda não pode ser facilmente prevenida.

    Resumo em Inglês:

    In the past 20 years, there has been increasing recognition that for some women, pregnancy may be burdened with mood problems, in particular depression, that may impact both mother and child. With identification of risk factors for postpartum depression and a growing knowledge about a biologic vulnerability for mood change following delivery, research has accumulated on attempts to prevent postpartum depression using various psychosocial, psychopharmacologic, and hormonal strategies. The majority of psychosocial and hormonal strategies have shown little effect on postpartum depression. Notwithstanding, results from preliminary trials of interpersonal therapy, cognitive-behavioural therapy, and antidepressants indicate that these strategies may be of benefit. Information on prevention of postpartum depression using dietary supplements is sparse and the available evidence is inconclusive. Although a few studies show promising results, more rigorous trials are required. The abounding negative evidence in the literature indicates that postpartum depression cannot be easily prevented, yet.
  • Trauma e o ciclo reprodutivo feminino

    Born, Leslie; Phillips, Shauna Dae; Steiner, Meir; Soares, Claudio N

    Resumo em Português:

    Mulheres estão sujeitas a um maior risco para o desenvolvimento de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) do que os homens, o que acarreta prejuízos e custos significativos do ponto de vista psicossocial e de saúde pública. Estudos recentes mostram interações complexas entre o impacto de experiências traumáticas e o ciclo reprodutivo feminino. Por exemplo, mulheres com transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), que também relatam histórico de trauma ou abuso físico, estão mais sujeitas a apresentar uma resposta neuroendócrina diferenciada após exposição a um fator ou evento estressante, quando comparadas a mulheres com TDPM e sem história de abuso ou mulheres sem TDPM. Além disso, mulheres com histórico de trauma ou abuso podem apresentar recidiva de sintomas durante a gravidez. Por fim, aquelas que sofrem abortamento estão mais sujeitas ao desenvolvimento de sintomas do transtorno de estresse pós-traumático. Neste artigo, examinamos os dados existentes sobre diferenças de gênero e transtorno de estresse pós-traumático, com enfoque especial nos fatores psicológicos e fisiológicos mais relevantes para o surgimento de sintomas após exposição a eventos traumáticos relacionados ao ciclo reprodutivo feminino. Opções terapêuticas existentes são criticamente revistas, incluído terapias de aconselhamento e a técnica de debriefing psicológico.

    Resumo em Inglês:

    Women are at significantly higher risk for developing post-traumatic stress disorder (PTSD) than men, resulting in increased psychosocial burden and healthcare related costs. Recent research has shown complex interactions between the impact of traumatic experiences, and the reproductive lifecycle in women. For example, women suffering from premenstrual dysphoric disorder (PMDD) who also report a history of sexual or physical abuse are more likely to present with different neuroendocrine reactivity to stressors, when compared to premenstrual dysphoric disorder subjects without prior history of trauma or abuse or non-premenstrual dysphoric disorder subjects. In addition, women with a history of abuse or trauma may experience re-emergence of symptoms during pregnancy. Lastly, females who experience miscarriage may present with even higher prevalence rates of post-traumatic stress disorder symptoms. In this manuscript we examine the existing data on gender differences in post-traumatic stress disorder, with particular focus on psychological and physiological factors that might be relevant to the development of symptoms after exposure to traumatic events associated with the reproductive life cycle. Current options available for the treatment of such symptoms, including group and counselling therapies and debriefing are critically reviewed.
  • Saúde mental da mulher no Brasil: desafios clínicos e perspectivas em pesquisa

    Rennó Jr, Joel; Fernandes, César Eduardo; Mantese, João Carlos; Valadares, Gislene Cristina; Maggio Fonseca, Ângela; Diegoli, Mara; Brasiliano, Silvia; Hochgraf, Patrícia
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