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Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Volume: 6, Número: 4, Publicado: 2000
  • "Doping no esporte é uma droga" Editorial

    Nóbrega, Antonio Claudio Lucas da
  • Position statement of the Brazilian Society of Sports Medicine: physical activity and health in children and adolescents Editorial

    Lazzoli, José Kawazoe; Nóbrega, Antonio Claudio Lucas da; Carvalho, Tales de; Oliveira, Marcos Aurélio Brazão de; Teixeira, José Antônio Caldas; Leitão, Marcelo Bichels; Leite, Neiva; Meyer, Flavia; Drummond, Felix Albuquerque; Pessoa, Marcelo Salazar da Veiga; Rezende, Luciano; Rose, Eduardo Henrique de; Barbosa, Sergio Toledo; Magni, João Ricardo Turra; Nahas, Ricardo Munir; Michels, Glaycon; Matsudo, Victor
  • Levantamento epidemiológico da prática de atividade física na cidade de São Paulo Artigo Original

    Mello, Marco Túlio de; Fernandez, Ana Cláudia; Tufik, Sérgio

    Resumo em Português:

    Estudos epidemiológicos conduzidos em geral ou em populações específicas são de vital importância para a determinação e implementação de políticas públicas. Um dos problemas de saúde mais comuns que causa grande preocupação é o crescente número de pessoas obesas e, consequentemente, os problemas de saúde advindos da obesidade. No entanto, as desordens de sono, como a insônia, e distúrbios no ciclo vigília-sono que resultam de fatores psicológicos, neurológicos e sociais são também importantes problemas de saúde. Neste estudo, foi realizado um levantamento epidemiológico da prática de atividade física e problemas de sono na população geral da cidade de São Paulo. Mil indivíduos de todas a regiões da cidade, representando todas as classes sociais, responderam a um questionário específico. Os resultados mostraram que somente 31,3% dos entrevistados estão engajados em algum tipo de atividade física e somente 36,4% desses indivíduos têm supervisão de um profissional qualificado. Os distúrbios de sono associados com a insônia foram reportados por 27,1% dos indivíduos fisicamente ativos e 35,9% dos não ativos (p < 0,003). Dados de um estudo nacional em saúde e nutrição mostram um aumento na percentagem de indivíduos obesos no Brasil. Isto pode ser parcialmente explicado pelos nossos achados de baixos níveis de atividade física desta população pesquisada, o que pode levar a um aumento na incidência de doenças cardíacas e metabólicas (diabetes). Os resultados revelaram uma baixa percentagem de indivíduos engajados em atividade física regular sob supervisão da população em geral. Portanto, é importante alertar a população quanto aos benefícios da prática regular e supervisionada de exercícios físicos.

    Resumo em Inglês:

    Epidemiological studies conducted on general or specific populations are of vital importance for the determination of public health policies. One of the current health problems causing most concern is the growing number of obese people and, consequently, the health problems that result from obesity. In addition, sleep disorders, such as insomnia and disruption of the wake-sleep cycle that result from psychological, neurological and social factors are also important health problems. In the present study, we carried out an epidemiological survey of the practice of physical activity and of sleep problems in the general population of São Paulo City, Brazil. One thousand subjects from all regions of the City and representing all social categories answered a specific questionnaire. The findings showed that only 31.3% of the interviewees engaged in some type of physical activities and only 36.4% of these did so under professional supervision. Sleep complaints associated with insomnia were reported by 27.1% and 35.9% of physically active and inactive subjects (p < 0.03), respectively. Data from the National Survey on Health and Nutrition show an increase in the percentage of obese individuals in Brazil. This could partly be explained by our findings of low levels of physical activity, which could ultimately lead to an augmented incidence of metabolic (diabetes) and cardiac diseases. The present findings revealed a low percentage of engagement in supervised physical activities by the general population. Therefore, it becomes important to alert the population to the benefits of practicing supervised physical exercises.
  • Informações sobre o uso de medicamentos no esporte Artigo De Atualização

    Feder, Marta Goldman; Cardoso, Jari Nóbrega; Marques, Marlice A. Sípoli; Rose, Eduardo Henrique de
  • Afogamento Artigos De Revisão

    Szpilman, David
  • Reabilitação cardiovascular: custo-benefício Artigos De Revisão

    Souza, Eva Cantalejo Munhoz Stadler de; Leite, Neiva; Radominski, Rosana Bento; Rodriguez-Añez, Ciro Romélio; Correia, Márcio Rodrigo H.; Omeiri, Samir

    Resumo em Português:

    Nestes últimos 50 anos deste milênio foi conseguido um volume de pesquisa e recursos para o diagnóstico, a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, focalizando em especial a aterosclerose como uma doença multifatorial e sistêmica. Um grande avanço tecnológico ocorreu, como nunca antes visto em nenhuma área da medicina, mas infelizmente a maioria deste avanço tecnológico foi destinado ao tratamento das complicações da aterosclerose. Nas últimas duas décadas tivemos a oportunidade de assistir, presenciar e empregar resultados de pesquisas que focalizam aquilo que seria o tratamento efetivo da aterosclerose: a prevenção primária e secundária, e em termos de prevenção secundária a palavra de ordem é frear a evolução da doença ou conseguir a regressão da doença aterosclerótica. Estudos clínicos têm demonstrado que estes resultados são possíveis, agora, não apenas um sonho dos médicos e cientistas. Mas há ainda uma distância muito grande entre o conhecimento e seu emprego diário, tanto pelos médicos, como pela comunidade. Entidades dedicadas à prevenção de doenças cardiovasculares propõem pesquisas na prevenção, nos cuidados e tratamento das doenças cardiovasculares¹ e muitos expertos participam de consensos médicos para a normatização e aplicação das medidas discutidas ou em debate mundial. O exercício físico tem seu papel claramente definido na prevenção primária e secundária, não só das doenças cardiovasculares, como também de todas as doenças, ou seja, é mais amplo, é a realização plena da "promoção da saúde", e hoje o exercício físico é abordado como "terapêutica cardiovascula", ou seja, a prescrição de exercícios físicos é uma terapêutica, o médico que não prescreve atividade física está deixando o seu paciente sem uma alternativa terapêutica muito importante. Stephard e Balady² em excelente artigo recentemente publicado, abordando "Exercício como terapêutica cardiovascular", concluíram que um estilo de vida fisicamente ativo pode ser melhor "comprado" pela saúde pública. Existe uma necessidade urgente de traduzir estes achados na implementação da prática clínica, que aumentará o hábito de atividade física em nossos pacientes - aqueles sedentários, mas que ostentam ser saudáveis e aqueles que já desenvolveram manifestações de doenças cardíacas. Existem recomendações bem estabelecidas para os grupos que se dedicam a prestar serviços na área de reabilitação cardiovascular, em várias publicações3,4 e, recentemente, Balady e Chaitman5, enfatizaram em pelo menos 11 itens as recomendações e normas para estas atividades, bem como os seus benefícios e riscos. Para os grupos com atividade desportiva, amadora ou competitiva, melhor reportado por Maron e Mitchell nas recomendações da 26ª Conferência de Bethesda para determinar eligibilidade para competição em atletas com anormalidades cardiovasculares6, com ênfase especial dada às arritmias7 e posteriormente como recomendações "Triagem cardiovascular pré-participação de atletas competitivos", pela Associação Americana de Cardiologia (AHA - American Heart Association)8, originando um adendo9, por conflitos desencadeados por estas diretrizes com National Collegiate Athletic Association (NCAA). Os autores sugerem fortemente que os membros componentes das equipes de promoção de saúde e que empregam o treinamento físico tenham conhecimento destas normas e as pratiquem, para em primeiro lugar estar em dia com os conhecimentos disponíveis na literatura mundial e ainda para evitar problemas legais, especialmente em atletas, como descrito por Maron10. Existem à disposição estudos e questionários que podem predizer a capacidade física e que podem ser empregados com segurança e de muito fácil aplicabilidade a baixo custo11-13. Ainda, a inatividade física deve ser considerada como um risco maior para a saúde e estudos em populações habituais de clubes sociais, agremiações, têm demonstrado um risco muito baixo da atividade física recreativa. Apresentado na 72ª Sessão científica da American Heart Association em Atlanta, novembro de 1999(14), por Barry A. Franklin, de Royal Oak, Michigan - William BeaumontHospital, uma autoridade neste assunto, hoje presidente da American College of Sports Medicine, como "Eventos cardiovasculares fatais durante atividade física recreacional", o que nos permitiria acrescentar que se a inatividade física é um fator altamente prevalente e facilmente modificável, devemos encorajar os indivíduos de nossa comunidade, incluindo familiares, parentes, amigos, pessoas do ambiente de trabalho, indiscutivelmente os nossos pacientes (a estes se não indicarmos atividade física deve ser considerada "má prática médica"), a desenvolverem atividade física com a certeza de que esta é uma recomendação de muito baixo risco e, se seguirmos as normas de triagem, avaliação e elegibilidade, dentro de um contexto científico, podemos certamente beneficiar um grande número de pessoas, com muito baixo risco e muito baixo custo e divulgar, no sentido de popularizar uma "cultura nova: a cultura do movimento para o ser humano", e o novo século possivelmente será caracterizado não pela inatividade, uma aberração (Eston Shostak), mas pelo movimento.
  • Anemia do atleta (II): incidência e conduta terapêutica

    Nuviala Mateo, Ramón José; Lapieza Laínez, María Gloria
  • O papel do fisiologista desportivo no futebol: para quê & por quê? Artigo De Opinião

    Silva, Paulo Roberto Santos

    Resumo em Português:

    A fisiologia desportiva ainda é considerada uma especialidade relativamente nova no futebol. A figura do fisiologista desportivo e, conseqüentemente, sua função e formação, é desconhecida pela grande maioria daqueles que estão envolvidos nesta modalidade, não sabendo caracterizar o papel desse profissional numa equipe de futebol. É importante ressaltar que o especialista desta área trabalha diretamente junto ao fisicultor, cabendo a ele funções como: 1) trabalho em equipe passando informações constantes à comissão técnica sobre as condições funcionais dos jogadores; 2) avaliação sistemática dos atletas; 3) acompanhamento longitudinal das adaptações funcionais em decorrência do treinamento dos atletas e 4) capacidade de investigação e reflexão sobre diversos aspectos do futebol. Sendo assim, o fisiologista desportivo requer amplo conhecimento de metodologias científicas de avaliação funcional e treinamento desportivo, bem como o domínio específico de conceitos bioenergéticos direcionados para o futebol. Isso permite identificar o tipo de esforço e selecionar métodos adequados para o desenvolvimento do programa de treinamento do futebolista. Concluindo, o fisiologista desportivo, em sua essência, é sobretudo um profissional de saúde que tem cada vez mais uma função educativa. Ele contribui para melhorar a informação científica que toda a comunidade esportiva deve ter sobre diversos aspectos de saúde do corpo humano e, em particular, quando submetido à realização de exercícios.

    Resumo em Inglês:

    Sports physiology is still considered a relatively new specialty in soccer. Small wonder, thus, that a sports physiologist, with his function and formation, is a personage unknown to most people engaged in this sport, for they are unable to characterize his role as a specialized professional in a soccer team. So it is important to lay stress on the fact that the work of such specialist in this area is directly connected with the trainer, as he performs, among others, duties like: 1) team work, conveying constant information about the players’ functional condition to the technical commission; 2) systematic evaluation of the athletes; 3) longitudinal follow-up to the functional adaptation resulting from the training to which athletes are submitted; 4) investigation and reflection capacity regarding several aspects of the soccer (football) game. Consequently, it is logical to infer that a sports physiologist requires ample knowledge of the scientific methodologies about functional evaluation and sport training, apart from specific mastery of bioenergetic concepts aimed at the soccer (football) game, so as to allow to identify the kind of effort and, starting from there, adequate methods for the development of the soccer (football) players’ training program. In conclusion, the sports physiologist is essentially a professional concerned with health, whose function is more and more educational and intended to contribute to the improvement of the scientific information that every community must possess about several health aspects of the human body and, particularly, about the performance of exercises.
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