Resumen Esta nota propone investigar los usos de materiales literarios llevados a cabo por las humanidades médicas, a partir de la indagación de las lecturas concitadas por William Carlos Williams y el libro A Fortunate Man de John Berger y Jean Mohr. Por medio del análisis de artículos del área de las humanidades médicas que toman por objeto estos textos, se busca observar qué modos de hacer con lo literario -y, por ende, de comprenderlo- proponen con respecto a aquellos instituidos por los estudios literarios académicos. Se señalan como condiciones generales de estas lecturas un deslizamiento imaginario entre el autor, el narrador o el yo poético, los personajes, y los lectores y lectoras, y el desmonteje de las fronteras disciplinares. Asimismo, se sugieren tres formas específicas de hacer con los textos literarios: una educación de los sentidos, la narración como espacio de especulación ética y la reescritura de discursos como el de la medicina.
Abstract The paper addresses the uses of literary materials performed by the Medical Humanities, through an analysis of their readings of William Carlos Williams and John Berger and Jean Mohr's book A Fortunate Man. Through scrutiny into articles within the Medical Humanities that are devoted to them, I seek to render the ways of engaging the literary -and therefore of understanding it- they propose as they relate to those instituted by literary scholarship. I underscore as their general conditions a certain imaginary slippage between the author, the narrator or poetic subject, characters and readers, and the unmaking of disciplinary borders. There are three specific suggestions for ways to put the text to work: the education of the senses, narrative as a space for ethical speculation, and the rewriting of discourses such as the medical.
Resumo O artigo se propõe a investigação do uso de materiais literários realizado pelas Humanidades Médicas, com base na indagação das leituras de William Carlos Williams e do livro de John Berger e Jean Mohr A Fortunate Man. Servindo-se de uma analise de textos da área das Humanidades Médicas que os tomam como objeto, procura-se entender quais maneiras de fazer com o literário - e, portanto, de compreendê-lo - eles propõem, em relação àquelas instituídas pelos estudos literários académicos. Certo deslizamento imaginário entre o autor, o narrador ou eu poético, os personagens e os leitores e leitoras, e o desmantelamento das fronteiras disciplinares são reconhecidos como suas condições gerais, bem como se notam três sugestões específicas de maneiras de lidar com os textos: a educação dos sentidos, a narração como espaço de especulação ética e a reescrita de discursos como o da medicina.