Resumo Os protestos sociais que tomaram conta da Itália na década de 1970 ganharam fundamentação teórica no trabalho dos obreiristas. Estes, com base numa série de noções, delinearam uma prática revolucionária nova, encarada como retorno a uma interpretação mais autêntica do marxismo. O presente artigo trata da noção de "recusa do trabalho" e do conceito associado de "apropriação", examinando de que modo estas ferramentas teóricas se modelaram nos protestos radicais nas fábricas e foram apresentadas pelos obreiristas como plataforma central de uma estratégia revolucionária para a classe trabalhadora.

Abstract The social protest that engulfed Italy in the 1970s found a theoretical analysis in the work of the operaisti. Through a series of concepts, they outlined a new revolutionary practice that aimed to return to a more authentic reading of Marxism. This article focuses on the notion of 'refusal of work' and the ancillary concept of 'appropriation' and examines how these theoretical tools emerged out of radical protest in factories and were put forward by the operaisti as a central plank of a revolutionary strategy for the working class.

Resumen Las protestas sociales que dominaron Italia en la década de 1970 obtuvieron fundamentación teórica en el trabajo de los obreristas. Con base en una serie de nociones, delinearon una práctica revolucionaria nueva, considerada como el regreso a una interpretación más auténtica del marxismo. El presente artículo trata de la noción de "rechazo al trabajo" y del concepto asociado de "apropiación", examinando de qué modo estas herramientas teóricas se moldaron en las protestas radicales en las fábricas y fueron presentadas por obreristas como plataforma central de una estrategia revolucionaria para la clase obrera.