Afro-Ásiahttps://www.scielo.br/feed/afro/2014.n49/2020-08-09T08:14:14.805000ZNo. 49 - 2014WerkzeugÀ cabeça carrego a identidade: o orí como um problema de pluralidade teológicaS0002-059120140001000012020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZDias, João Ferreira
<em>Dias, João Ferreira</em>;
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O presente artigo pretende observar o sentido do orí, a cabeça, entre os yorùbá da África Ocidental, dando conta do complexo problema de natureza teológica subjacente à pluridimensionalidade discursiva dentro de um quadro cultural descrito como yorùbá, quadro esse que compreende a diáspora afro-brasileira com o Candomblé. Tal pluridimensionalidade - em matéria de predestinação, fabricação e natureza do orí e, bem assim, pela diversidade de entidades religiosas para as quais o bọrí, o ritual de alimento à cabeça mítica, se realiza - se inscreve na dimensão proposta por Berliner e Sarró de aprendizado e transmissão religiosas.Crioulização em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe: divergências históricas e identitáriasS0002-059120140001000022020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZSeibert, Gerhard
<em>Seibert, Gerhard</em>;
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Cabo Verde e São Tomé e Príncipe foram as primeiras sociedades crioulas do mundo atlântico. Inicialmente, em muitos aspetos, a colonização dos dois arquipélagos pelos portugueses era muito semelhante. Contudo, a diferente posição geográfica e as divergências do clima e do meio ambiente condicionaram o desenvolvimento de economias distintas e diferenças no grau da miscigenação nos dois arquipélagos. Diferente desenvolvimento socioeconómico no século XIX, marcado, em São Tomé e Príncipe, pela recolonização e pelo restabelecimento da economia de plantação e, em Cabo Verde, pela consolidação da sociedade crioula e pela emigração, reforçou as divergências existentes. As diferenças refletem-se em distintas afirmações identitárias das duas sociedades crioulas. Cabo Verde afirma uma singularidade da sua sociedade crioula, enquanto, em São Tomé e Príncipe, domina uma identidade africana.As nações de maracatu e os grupos percussivos: as fronteiras identitáriasS0002-059120140001000032020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZLima, Ivaldo Marciano de França
<em>Lima, Ivaldo Marciano De França</em>;
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Este artigo objetiva discutir as diferenças entre os maracatus-nação e os grupos percussivos, tendo como referência os sentidos da palavra "nação", e como ela foi ressignificada ao longo dos séculos XIX e XX. Também busca estabelecer diferentes questões para entender o maracatu-nação, a exemplo das suas fronteiras com os grupos percussivos bem como os sentidos de nação existentes nos maracatus "ditos tradicionais". Procura ainda definir o maracatu-nação mostrando suas fronteiras com os novos grupos da contemporaneidade, definidos como "grupos percussivos", e entender as diferenças bem como as tensões e negociações entre essas práticas culturais.Escravatura, concubinagem e casamento em Macau: séculos XVI-XVIIIS0002-059120140001000042020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZSeabra, Leonor Diaz deManso, Maria de Deus Beites
<em>Seabra, Leonor Diaz De</em>;
<em>Manso, Maria De Deus Beites</em>;
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Nas últimas décadas, o interesse pela história de Macau tem crescido, mas as análises têm privilegiado a história política, institucional e diplomática. É, porém, nosso objetivo estudar matérias menos usuais: movimentos populacionais e mobilidade social; condição social da mulher e subalternidade feminina. Não nos interessa, apenas, conhecer a ligação de Macau ao reino de Portugal, mas a sua conexão no contexto colonial português e asiático. Assim, analisam-se o elemento luso-asiático da população e os elementos étnicos que contribuíram para a constituição de uma sociedade multicultural.Pais, filhos e padrinhos no sul fluminense, século XIXS0002-059120140001000052020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZVasconcellos, Marcia Cristina de
<em>Vasconcellos, Marcia Cristina De</em>;
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O artigo trata dos laços de compadrio e de apadrinhamento criados por escravos em Angra dos Reis, entre os anos de 1805 e 1871. Foram utilizados 3.264 registros paroquiais de crianças existentes no Convento do Carmo e na Igreja de Jacuecanga, ambos localizados em Angra dos Reis, e 220 inventários post-mortem armazenados no Museu da Justiça do Rio de Janeiro e no Arquivo Nacional. Na região, ao longo da segunda metade do século XIX, houve um decréscimo do número de escravos. Em meio às transformações econômicas e demográficas, foram observadas as opções efetuadas pelas famílias nucleares e matrifocais quanto à escolha de protetores espirituais para seus filhos.A arqueologia da diáspora africana nos Estados Unidos e no Brasil: problemáticas e modelosS0002-059120140001000062020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZSymanski, Luís Cláudio P.
<em>Symanski, Luís Cláudio P.</em>;
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O artigo apresenta uma revisão dos principais temas de pesquisa abordados na arqueologia da diáspora africana nos Estados Unidos e no Brasil, adicionando, quando relevante, contextos do Caribe, com o propósito de fornecer um panorama do desenvolvimento das pesquisas nos últimos quarenta anos bem como discutir as mudanças de enfoque e de modelos teóricos aplicados para explicar a dinâmica social das populações africanas na diáspora.Francisco José Gomes de Santa Rosa: experiências de um mestre pedreiro pardo e pernambucano no OitocentosS0002-059120140001000072020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZMac Cord, Marcelo
<em>Mac Cord, Marcelo</em>;
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O artigo explora as experiências do mestre pedreiro e homem pardo Francisco José Gomes de Santa Rosa, que viveu entre os anos de 1810 e 1861. Por meio de livros de associações de artífices especializados e de seu inventário, entre outros documentos, que foram compulsadas nos mais diferentes arquivos recifenses, observamos que o trabalhador foi homem livre, pernambucano, casado, proprietário de alguns imóveis e ganhou destaque em duas organizações dedicadas aos profissionais de seu ofício. Por conta de suas redes de clientela, de seu destaque junto à classe artística e do reconhecimento público de sua perícia, José Francisco Gomes de Santa Rosa alcançou alguma instrução, acumulou cabedal e constituiu uma boa rede de relações. No final de sua vida, contudo, por conta de uma doença crônica e da manutenção de seu padrão de vida (à custa do esgotamento de seus recursos), o artesão de pele escura deixou sua família materialmente desamparada.Trocando galanterias: a diplomacia do comércio de escravos, Brasil-Daomé, 1810-1812S0002-059120140001000082020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZSoares, Mariza de Carvalho
<em>Soares, Mariza De Carvalho</em>;
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O artigo trata da correspondência entre o rei de Portugal e os reis africanos da Costa dos Escravos entre 1910 e 1812. Esses anos correspondem à assinatura de dois importantes tratados com a Grã-Bretanha envolvendo a extinção do tráfico atlântico de escravos. O artigo recupera a análise da historiadora brasileira Ângela de Castro Gomes sobre as correspondências interpessoais como gênero literário para explorar cartas de Adandozan (rei do Daomé) e d. João (na época, regente de Portugal). Essa correspondência mostra um d. João apegado à diplomacia e às diretrizes estabelecidas por seus antepassados, trazendo à tona seus compromissos políticos com a escravidão.Cucumbis Carnavalescos: Áfricas, carnaval e abolição (Rio de Janeiro, década de 1880)S0002-059120140001000092020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZBrasil, Eric
<em>Brasil, Eric</em>;
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Este artigo apresenta uma pesquisa sobre os Cucumbis Carnavalescos. Esses grupos alcançaram a sua maior notoriedade na segunda metade da década de 1880, aparecendo cada vez mais nos jornais e conquistando seu espaço nas ruas durante os dias de carnaval. Eles foram reconhecidos, por jornalistas e outros observadores contemporâneos, como "africanos" - "danças africanas", "instrumentos africanos" e "trajes africanos" - desfilando pelas ruas da cidade. O objetivo principal deste trabalho é tentar entender os possíveis significados por trás do ato de criar, preservar e transformar uma ação festiva que tem o passado africano como elemento fundamental para a formação de identidade para os seus membros. Essa identidade africana foi reforçada precisamente enquanto a luta pela abolição da escravatura tornou-se mais intensa e os debates sobre cidadania tornaram-se mais fortes do que nunca.O mais alto som do silêncio: história e memória do Xangô alagoanoS0002-059120140001000102020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZFigueiredo, Aldrin Moura de
<em>Figueiredo, Aldrin Moura De</em>;
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A boa ventura anti-lusotropicalista de uma tese moçambicanaS0002-059120140001000112020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZCahen, Michel
<em>Cahen, Michel</em>;
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Sertões da Bahia nos tempos da escravidãoS0002-059120140001000122020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZPires, Maria de Fátima Novaes
<em>Pires, Maria De Fátima Novaes</em>;
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A propósito de uma trilogia baianaS0002-059120140001000132020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZMoura, Milton
<em>Moura, Milton</em>;
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Candomblé: religião africana e catolicismo em um jogo de espelhosS0002-059120140001000142020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZRabelo, Miriam C. M.
<em>Rabelo, Miriam C. M.</em>;
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Escravidão, pós-Abolição e a política da memóriaS0002-059120140001000152020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZParés, Luis Nicolau
<em>Parés, Luis Nicolau</em>;
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Trocas culturais no "Rio Atlântico": Angola no auge do trato de escravosS0002-059120140001000162020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZSlenes, Robert
<em>Slenes, Robert</em>;
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A extraordinária história de Mary WalkerS0002-059120140001000172020-08-09T08:14:14.805000Z2020-08-09T06:48:08.363000ZCarretta, Vincent
<em>Carretta, Vincent</em>;
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