Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discursohttps://www.scielo.br/feed/bak/2016.v11n1/2024-02-09T20:16:45.381000ZVol. 11 No. 1 - 2016WerkzeugApresentação10.1590/2176-4573255612024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZBrait, BethPistori, Maria Helena CruzLopes-Dugnani, BrunaMelo Júnior, Orison Marden Bandeira de
<em>Brait, Beth</em>;
<em>Pistori, Maria Helena Cruz</em>;
<em>Lopes-Dugnani, Bruna</em>;
<em>Melo Júnior, Orison Marden Bandeira De</em>;
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Mikhail Bakhtin: seu tempo e o nosso10.1590/2176-4573255602024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZThomson, Clive
<em>Thomson, Clive</em>;
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A virada histórica de Bakhtin e seus antecedentes soviéticos10.1590/2176-4573246262024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZBrandist, Craig
<em>Brandist, Craig</em>;
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RESUMO Baseado em trabalhos anteriores, o artigo oferece uma nova compreensão das ideias de Bakhtin sobre a estratificação e o desenvolvimento histórico da linguagem, apoiado em material de arquivo do Instituto para a História Comparativa das Literaturas e Línguas do Ocidente e Oriente (ILIaZV), não publicado. O foco é o trabalho de Bakhtin do final dos anos 1930, quando ele desvia sua atenção da língua para o desenvolvimento histórico de imagens específicas, séries semânticas e estruturas de enredo. Bakhtin ainda manteve conexões próximas com o trabalho desenvolvido no ILIaZV, mas baseou seu trabalho em diferentes intelectuais, Aleksandr Vesselóvski (1838-1906) e Izrail Frank-Kamenetski (1880-1937), que se tornam influências importantes para ele, especialmente em relação a sua ideia sobre o modo como o ritual sincrético do Carnaval se torna um aspecto estruturador da literatura e em sua análise das estruturas de enredo e metáforas. O artigo oferece algumas informações sobre as assunções por trás das noções bakhtinianas de cronotopo e carnaval e a perspectiva de retomar essas noções, de modo que se tornem ferramentas úteis para pesquisa futura.Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov10.1590/2176-4573243912024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZEmerson, Caryl
<em>Emerson, Caryl</em>;
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RESUMO Este artigo contribui para nossa compreensão de como os russos receberam os conceitos de Bakhtin, principalmente dois influentes estudiosos russos, críticos de Bakhtin, cada um a partir de uma perspectiva diferente. O estudo de tais críticas é valioso, uma vez que nos incentiva a reexaminar nossas próprias percepções, por vezes complacentes, das teorias de Bakhtin. Mikhail Gasparov (1937-2005), um importante classicista e preeminente erudito do verso, publicou críticas virulentas contra Bakhtin entre 1979 e 2004. Seu problema com Bakhtin era essencialmente metodológico. Lydia Ginzburg (1902-1990), conhecida por suas Notes of a Blockade Person, e por estudos sobre os gêneros do diário, das memórias, da carta pessoal e do caderno do escritor, questionou os pressupostos psicológicos por trás das teorias bakhtinianas de simpatia e amor. Ginzburg também tinha sérias dúvidas quanto à ideia bakhtiniana do romance polifônico e a respeito do uso que Bakhtin fazia da oposição entre o monológico e o dialógico para caracterizar os romances de Tolstoi e Dostoiévski. Um exame atento das posições de Bakhtin e Ginzburg sobre o amor revela paralelos e diferenças interessantes. O artigo termina com sugestões sobre como as críticas de Ginsburg e de Gasparov podem nos ajudar a ler Bakhtin de maneiras criativas.Bakhtin e Cassirer: o evento e a máquina10.1590/2176-4573247392024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZLofts, Steve G.
<em>Lofts, Steve G.</em>;
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RESUMO A influência da obra de Cassirer nos escritos de Bakhtin da década de 1930 tem sido estudada em detalhe, mas os estudiosos ainda não examinaram o trabalho inicial de Bakhtin, Para uma filosofia do ato (K filosofii postupka), em relação à filosofia de Cassirer. O artigo primeiramente revela o quão sintonizado Bakhtin estava não somente com o Zeitgeist intelectual de seu próprio tempo, mas também com o do século 20. A intrigante harmonia intelectual entre as ideias de Bakhtin e de Cassirer pode ser vista no início da carreira de Bakhtin. Os dois pensadores estão unidos na sua recepção, transformação e tentativa de conciliar duas posições filosóficas antitéticas dominantes no início do século XX: a filosofia transcendental de Kant, o Neokantismo e o Lebensphilosophie de Simmel, Bergson e Heidegger. Bakhtin e Cassirer ficaram alarmados com o pessimismo cultural e o potencial niilismo inerente à posição da Lebensphilosophie. Em seguida, o autor mostra maneiras como as ideias de Bakhtin e de Cassirer repercutem nas de Jacques Derrida, no final do século XX.A polifonia do Círculo10.1590/2176-4573243972024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZMedvedev, Iuri PavlovichMedvedeva, Daria AleksandrovnaShepherd, David
<em>Medvedev, Iuri Pavlovich</em>;
<em>Medvedeva, Daria Aleksandrovna</em>;
<em>Shepherd, David</em>;
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RESUMO O autor focaliza materiais de arquivo recentemente descobertos e traça a gênese da polifonia (definida como "múltiplas vozes") e seu desenvolvimento nos trabalhos dos membros do Círculo de Bakhtin. Polifonia é um conceito fundamental elaborado colaborativamente pelos membros do Círculo, especialmente na relação dialógica entre Bakhtin e Medviédev. Os membros do Círculo dividem um campo comum no desenvolvimento de suas ideias, enquanto simultaneamente aderem a diferentes orientações ideológicas e estilos. O modo de discussão intelectual e interação pessoal praticados por Bakhtin e seus amigos pode ser descrito como polifônico. O conceito de polifonia se desenvolveu para além do extenso diálogo entre Bakhtin e Medviédev. A coincidência entre pensamentos pode ser vista após um exame cuidadoso de suas primeiras publicações. Este artigo examina também documentos relacionados à autoria dos "textos disputados" não publicados até o momento. Os autores concluem que não há mais nenhuma base para atribuir esses textos a Bakhtin. O apêndice contém traduções de três artigos publicados por Medviédev em 1911 e 1912.Bakhtin e Benjamin: sobre Goethe e outras questões10.1590/2176-4573246642024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZBubnova, Tatiana
<em>Bubnova, Tatiana</em>;
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RESUMO Este artigo reexamina as afinidades e as diferenças entre o pensamento de Bakhtin e Benjamin. Ambos são importantes para aquele ramo da filosofia contemporânea que analisa os destinos do século XX e pertencem à época atual pós-secular. Ambos compreendem nosso mundo por meio do procedimento de revisão de nossas experiências de vida, a fim de encontrar elementos que nos ajudem a avaliá-la e fornecer uma orientação para nossa situação atual. Há semelhanças na recepção de suas ideias. Na América Latina, Bakhtin e Benjamin são frequentemente interpretados num sentido político e servem como base para se refletir sobre acontecimentos históricos e fatos da cultura contemporânea. Os trabalhos de Benjamin são mais frequentemente publicados, disseminados e comentados do que aqueles de Bakhtin. O foco principal deste artigo é estudar como Goethe serviu de catalizador ou pivô para as iluminações particulares desses dois pensadores. Nessa perspectiva, Bakhtin e Benjamin são vistos como vasos comunicantes, a despeito de suas diferenças em questões de linguagem, do papel que Kant desempenha em seus pensamentos ou dos textos que interessaram a ambos. A concepção materialista de linguagem de Bakhtin opõe-se bastante ao misticismo messiânico de Benjamin.Bakhtin contra darwinianos e cognitivistas10.1590/2176-4573247222024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZHirschkop, Ken
<em>Hirschkop, Ken</em>;
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RESUMO Este artigo se inicia com uma crítica à teoria da linguagem defendida pelos cientistas cognitivistas, tal como Steven Pinker (O instinto da linguagem), que descrevem, em termos gramaticais, a complexidade da linguagem humana. Suas explicações sobre a pragmática da linguagem, contudo, são demasiadamente simplistas. Pinker é visto como um idealista, em parte porque imagina o contexto de fala apenas enquanto informação compartilhada, negligenciando, desse modo, a complexidade representada pelas condições enunciativas, bem como por ver a linguagem enquanto dados a serem processados entres duas máquinas computacionais sem corpos. Examinam-se, então, as diferentes posições de Bakhtin sobre a linguagem. Para ele, as pessoas falam com seus corpos e não apenas com seu cérebro. Diferentemente de Pinker ou Saussure, Bakhtin não acreditava que temos dicionários em nossas cabeças, que são consultados quando bem desejarmos. Para Bakhtin, a experiência da linguagem consiste não em uma série de posições tomadas, mas em uma série de tentativas fracassadas para encontrar uma posição, porque não há posição disponível na qual atenderíamos às exigências que são colocadas sobre nós. Ao ressaltar o discurso do outro e a linguagem, Bakhtin é um realista e propicia um contraponto útil para as posições ingênuas e idealistas tomadas por alguns cientistas cognitivistas.Romancização ou serialização: ou diferentes formas de tempo10.1590/2176-4573249952024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZHitchcock, Peter
<em>Hitchcock, Peter</em>;
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RESUMO Este artigo explora a noção bakhtiniana de romancização no que se refere à sua teoria de tempo e serialização. Bakhtin, para quem o romance é histórico, mas sem história, remonta à Grécia antiga para traçar a história do romance. Sem dar a ele uma identidade fixa, compreende-o em termos de tendências e crises. A romancização, para Bakhtin, é um meio de tornar a história literária acessível a uma análise mais dialógica da forma e um modo discursivo para avaliar ideologias criticamente. Ele enfatiza a habilidade desestabilizadora do romance, sua descentralização do discurso e sua acomodação de vozes não oficiais e estrangeiras. Seu sugestivo relato histórico do desenvolvimento do romance nos permite estender seu pensamento e esboçar a romancização mais como uma condição futura do que uma lei genérica. Bakhtin oferece uma versão problemática de modernidade, na qual o romance ativa a influência do tempo sobre o presente; no entanto, por causa da propensão à crise da modernidade, o tempo é suspenso. O artigo também examina um cronotopo do romance sobre o qual Bakhtin tem pouco a dizer: o tempo/espaço da nação. Benedict Anderson e Etienne Balibar, cujos interesses incluem temas relacionados ao comparatismo, ao multiculturalismo e ao pós-colonialismo, questionam a ideia de nação por meio de análises em que o gênero romanesco é privilegiado.A crítica como réplica bakhtiniana: Edward W. Said como crítico musical10.1590/2176-4573243952024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZHutcheon, Linda
<em>Hutcheon, Linda</em>;
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RESUMO O artigo propõe uma leitura do trabalho do teórico pós-colonial Edward Said por meio de um olhar bakhtiniano. Ainda que Said e Bakhtin tenham se engajado de forma diferente na política de suas respectivas épocas e que tivessem ideias distintas sobre a relação entre ética e política, seus escritos abrangentes têm sido adaptados e suas ideias apropriadas por estudiosos em diferentes áreas - com frequência, as mesmas. Eles compartilharam a paixão pelo diálogo, explorando a alteridade e a exotopia, e acreditando na responsa-habilidade. O que o romance era para Bakhtin, o pianismo era para Said, como crítico musical. Said nunca desempenhou o papel de guia do consumidor ou de guardião. Era antes o par crítico ou o professor que atribui menções. A variedade de possíveis respostas do público sempre condicionou as suas. Em toda sua vida musical Said pensou como Bakhtin, talvez sem saber disso. As críticas musicais de Said eram, por definição, respostas ou réplicas. Eram híbridas, narrações e transmissões bivocais, mas também apropriações, como eram os romances aos olhos de Bakhtin. Os escritos de Said sobre música foram analisados à luz de vários conceitos-chaves de Bakhtin: dialogismo, endereçamento, responsa-habilidade e o papel do contexto.A bisbilhotice na pintura10.1590/2176-4573243982024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZWall, Anthony
<em>Wall, Anthony</em>;
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RESUMO Este artigo defende que os princípios dialógicos do discurso são aplicáveis tanto a linguagens verbais como a linguagens icônicas, já que compartilham certas funções, como a importantíssima função metalinguística. O artigo estuda detalhadamente, por uma perspectiva bakhtiniana, uma série de seis pinturas criadas pelo artista holandês do Século XVII Nicolaes Maes (1634-1693). Cada pintura representa poses e gestos diferentes de um bisbilhoteiro, de tal maneira que o analista-observador bakhtiniano é obrigado a ver como a pintura desse tipo curioso combina de maneiras surpreendentes linguagens verbais e visuais. As telas de bisbilhoteiros de Maes concernem à curiosidade, reunindo personagens que poderiam ter preferido permanecer independentes umas das outras. As telas apresentam códigos gestuais, corporais, linguísticos e cromáticos, fazendo o material visual funcionar criativamente e permitindo que cada linguagem se beneficie das vantagens expressivas das outras. Combinam-se aí várias perspectivas para mostrar que as capacidades expressivas de toda linguagem dada são necessariamente mais pobres quando recorrem a um único meio. Uma perspectiva bakhtiniana pode derramar nova luz sobre as pinturas de Nicolaes Maes, ao mesmo tempo em que a análise ilumina novas possibilidades semânticas no pensamento de Bakhtin.BAKHTIN, Mikhail. <i>Teoria do romance I</i>: a estilística. Tradução, prefácio, notas e glossário de Paulo Bezerra; organização da edição russa de Serguei Botcharov e Vadim Kójinov. São Paulo: Editora 34, 2015. 256p.10.1590/2176-4573244242024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZSilva, Adriana Pucci Penteado de Faria e
<em>Silva, Adriana Pucci Penteado De Faria E</em>;
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BRAIT, Beth; MAGALHÃES, Anderson Salvaterra (Orgs.). <i>Dialogismo</i>: teoria e(m) prática. São Paulo: Terracota, 2014. 322 p.10.1590/2176-4573243902024-02-09T20:16:45.381000Z2020-08-09T06:48:13.998000ZWall, Anthony
<em>Wall, Anthony</em>;
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